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Resumos do

44o Encontro do Grupo Brasileiro de


Materiais Dentários
27 a 31 de julho de 2008
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo

COMISSÃO ORGANIZADORA
Coordenador: Paulo Eduardo Capel Cardoso
Tesouraria: Rafael Yagüe Ballester
Comissão Científica: Roberto Ruggiero Braga e Paulo Francisco Cesar
Secretaria: Josete Barbosa Cruz Meira, Flávia Pires Rodrigues e Carina Batiston Tanaka
001 Efeito de métodos de volatilização de solvente sobre a sorção 004 Estudo piloto da degradação química na interface de união
e solubilidade de adesivos solvatados à base de etanol de materiais adesivos/substrato dentinário
AB Correr, LS Gonçalves, RR Moraes, L Correr-Sobrinho, S Consani, MAC Sinhoreti AR Costa, RM Puppin-Rontani, LC Sobrinho, MAC Sinhoreti, S Consani, FG Carvalho, KMC
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Univer- Oliveira
sidade Estadual da Campinas (Unicamp), Piracicaba (SP), Brasil. Departamento de Odontologia Restauradora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),
Área: Materiais Dentários Piracicaba (SP), Brasil.

Objetivo: O estudo verificou métodos de evaporação de solvente sobre a sorção (W ) e solubilidade


sp Objetivo: Este estudo avaliou a resistência de união à microtração imediata e após o desafio cariogê-
(Wsl) de adesivos diluídos em etanol. Materiais e Métodos: Os adesivos Single Bond 2 (SB), Opti nico de quatro dias (solução DES/RE) de dois sistemas adesivos (com e sem flúor), à dentina humana
Bond Solo Plus (OB) e Excite DSC (EX) foram inseridos em matriz metálica tronco-cônica (7,5 x 7,0 hígida. Materiais e Métodos: Superfícies oclusais de terceiros molares hígidos foram planificadas com
x 2,0 mm) e os solventes evaporados pelos seguintes métodos: direto e sem tempo de espera (contro- lixa SiC 600, restauradas com a resina TPH (Dentsplay), utilizando-se dois sistemas adesivos: Clearfil
le), tempo de espera de 20 segundos a 25ºC, tempo de espera em estufa a 37ºC por 20 segundos, jato Protect Bond (CPB) e Clearfil SE Bond – CSEB (Kuraray). Após o armazenamento a 37 °C por 24
de ar por 20 segundos, jato de ar quente 40ºC por 20 segundos, vácuo por 1 minuto, sugador de ar por horas, foram obtidos corpos-de-prova em forma de palitos (n = 79), área de secção igual a 1 mm2, para
20 segundos. A fotoativação dos adesivos foi feita com luz de lâmpada halógena por 40 segundos e os o teste de microtração. As amostras foram divididas aleatoriamente em quatro grupos de acordo com o
volumes calculados. Os ensaios de Wsp e Wsl foram realizados segundo a norma ISO 4049. Os dados sistema adesivo utilizado, com ou sem ciclagem química: CPB I (Controle), CPB C (Ciclagem de pH),
foram submetidos à Análise de Variância de dois fatores e ao teste de Student-Newman-Keuls (p < CSEB I (Controle) e CSEB C (Ciclagem de pH). O ensaio de resistência à microtração foi realizado
0,05). Resultados: O vácuo mostrou a menor Wsp para SB, inferior ao ar quente (p < 0,05). Para EX, na Instron com velocidade de 0,5 mm/min. Os resultados foram submetidos à ANOVA dois critérios.
ar quente mostrou a menor Wsp, inferior ao controle, à espera em 25ºC e à espera em 37ºC (p < 0,05). Resultados: Os valores de resistência de união à microtração (MPa) foram de: CPB I (28,5),CPB
Para OB não houve diferença entre os métodos (p > 0,05). Em geral, a Wsp do SB foi superior ao OB C (30,9), CSEB I (28,7) e CSEB C (27,1) sem diferença estatística entre si. Conclusão: Não houve
(p < 0,05), que foi superior ao EX (p < 0,05). O vácuo mostrou a menor Wsl para SB, inferior a espera diferença entre os sistemas adesivos. O desafio cariogênico (ciclagem de pH) não influenciou na
em 25ºC (p < 0,05). Para EX, vácuo e ar quente mostraram menor Wsl, inferior ao controle e à espera resistência de união para ambos os materiais.
em 25ºC (p < 0,05). Para OB não houve diferença entre os métodos (p > 0,05). Em geral, a Wsl do OB
foi superior ao EX (p > 0,05), que foi superior ao SB (p > 0,05). Conclusão: A sorção e solubilidade
foram influenciadas pelo adesivo e pelo método de volatilização dos solventes.

002 Resistência de união de adesivos à dentina irradiada com 005 Avaliação de sistemas adesivos autocondicionantes
laser de Er,Cr: YSGG recobertos ou não por adesivo hidrófobo
AO Carvalho¹, MT Oliveira¹, AF Reis², PM Freita³, ACC Aranha³, CP Eduardo³, M AGV Moraes, CN Carvalho, RR Braga, C Francci
Giannini¹ Departamento de Biomateriais e Bioquímica Oral da Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo
¹ Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia da Universidade Esta- (SP), Brasil.
dual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil. Financiamento: Fapesp 2005/02719-6.
² Departamento de Dentística da Universidade de Garulhos (UnG) – Guarulhos (SP), Brasil.
³ Departamento de Dentística da Unversidade de São Paulo (USP) – São Paulo (SP), Brasil.
Introdução: O uso de monômeros mais hidrofílicos dos sistemas adesivos autocondicionantes resul-
tou no aumento da permeabilidade da interface adesiva aos fluidos, levando ao consequente aumento
Objetivo: Avaliar a resistência de união (RU) de dois sistemas adesivos (SA), Clearfil SE Bond (CSE, Ku- de sua degradação. Objetivo: Avaliar, in vitro, a resistência ao microcisalhamento da interface dentina/
raray Med.) e Single Bond 2 (SB, 3M ESPE), à dentina irradiada com laser de Er,Cr:YSGG (LA). Materiais e compósito de sistemas adesivos autocondicionantes, recobertos ou não com um adesivo hidrófobo.
Métodos: Trinta terceiros molares tiveram as superfícies oclusais removidas, expondo dentina de profundida- Materiais e Métodos: Incisivos bovinos tiveram a dentina vestibular exposta na qual foram confeccio-
de média. Os dentes foram tratados com lixa de SiC (#600) por 30 segundos e divididos em seis grupos: G1 nados seis cilindros (diâmetro de 0,7 mm) de resina composta (Filtek™ Z250), utilizando os seguintes
(ácido fosfórico a 35% (AF) + SB); G2 (CSE); G3 (LA + AF + SB); G4 (LA + CSE); G5 (LA + AF + NaOCl adesivos: Clearfil SE Bond (CB), Adhese (AD), Xeno III (XE), I-Bond (IB), Bond Force (BF) e Futura
10% + AF + SB) e G6 (LA + AF + NaOCl + CSE). O NaOCl 10% foi aplicado por um minuto, e o parâmetro Bond (FB). Os dentes com os cilindros foram armazenados em água destilada a 37 ºC, por 24 horas,
utilizado para irradiação com o LA foi 2 W e 20 Hz, sob refrigeração com água (55%) e ar (65%). Sobre as até o ensaio de microcisalhamento. Os valores de resistência de união foram submetidos à análise
superfícies dentinárias tratadas, construiu-se incrementalmente um bloco de resina (Supreme XT, 3M ESPE) de variância de dois fatores e os tipos de fratura, tabelados em porcentagem. Resultados: Apenas o
de 5 mm de altura. Os dentes foram armazenados em água destilada a 37 ºC (24 horas) e, posteriormente, sistema AD mostrou diferença estatística significativa (p < 0,01) entre os valores obtidos sem e, poste-
seccionados nos sentidos vestíbulo-lingual e mésio-distal, para obtenção de espécimes com área na secção riormente, com a aplicação do adesivo hidrófobo, o que não ocorreu com os demais sistemas adesivos.
transversal de aproximadamente 1 mm2. Os espécimes foram submetidos ao teste de microtração em máquina Houve predomínio de fratura do tipo adesiva. Conclusões: Os sistemas adesivos autocondicionantes
de ensaio universal (4411, Instron – 0,5 mm/min). Os dados foram analisados pela ANOVA (dois fatores) não apresentaram melhora significativa da resistência ao microcisalhamento após o uso de um adesivo
e teste de Tukey (p < 0,05). Resultados: As médias (DP) de RU (em MPa) foram: G1: 41,2 (5,7); G2: 52,5 hidrófobo sobre eles, exceto o sistema adesivo AD. Independentemente do uso ou não do adesivo
(5,63); G3: 7,9 (1,2); G4: 21,9 (4,6); G5: 5,9 (2,1); G6: 21,3 (3,4). Os grupos não irradiados (G1 e G2) apre- hidrófobo, o tipo de fratura predominante foi adesiva.
sentaram valores similares de RU e superiores aos grupos irradiados. O CSE apresentou valores superiores de
RU quando comparado ao SB nos dentes irradiados. Conclusões: A irradiação da dentina com LA reduziu a
RU, e o tipo de SA influenciou a RU nos tecidos irradiados.

003 Resistência de união de adesivos autocondicionantes e 006 Efeito do tempo de aplicação de bioflavonoides na dentina
convencional desmineralizada
ANG Antunes1, MF de Goes1, PNR Pereira2, MAC Sinhoreti1, AF Reis3 CS Castellan1, AK Bedran-Russo2, PRN Pereira3
1
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da 1
Departamento de Biomateriais e Bioquímica Oral da Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Piracicaba (SP), Brasil. (SP), Brasil.
2
Departamento da Universidade Católica de Brasília (UCB), Brasília (DF), Brasil. 2
University of Illinois, Department of Restorative Dentistry – Chicago (IL), United States.
3
Universidade de Guarulhos (UNG), Guarulhos (SP), Brasil. 3
University of North Carolina, Department of Operative Dentistry – Chapel Hill (N Carolina),
Financiamento: Capes 08/34782. United States.
Financiamento: Capes
Objetivo: Avaliar a resistência de união de sistemas adesivos autocondicionantes e do adesivo con- Objetivo: A camada híbrida pode ser reforçada por agentes indutores de ligações cruzadas, propor-
vencional sobre substrato dentinário. Materiais e Métodos: Vinte e cinco terceiros molares livres de cionando propriedades melhores de resistência à tração e à degradação enzimática. O propósito deste
lesões de cárie tiveram a sua porção coronária e radicular removidas para serem aleatoriamente dis- estudo é avaliar a efetividade de bioflavonoides como agentes indutores de ligações cruzadas sob
tribuídos em cinco grupos. Foram utilizados os sistemas adesivos da 3M ESPE Single Bond 2 (SB2, diferentes tempos de aplicação na resistência coesiva (RC) da dentina desmineralizada. Materiais e
técnica convencional), Easy Bond (EB) e Silorane (SIL); ForceBond da tokuyama (FB) e Adhese One Métodos: Foram utilizados 16 molares humanos para obtenção de palitos de 0,25 mm2 (0,5 x 0,5 mm),
da Vivadent (AO) (técnica autocondicionante). Em cada dente foi confeccionada uma restauração perpendiculares ao longo eixo dos dentes. Os palitos foram desmineralizados e divididos em cinco
com resina composta Z250 (3M ESPE) na cor A2 após a aplicação dos adesivos. Vinte e quatro grupos, sendo quatro submetidos a soluções com 6,5% de proantocianidina provenientes de: semente
horas depois, os dentes restaurados, armazenados em água deionizada a 37 °C foram seccionados de uva dos Estados Unidos (SE), semente de uva do Brasil (SB), açaí (AÇ) e cacau (CA), e um Grupo
em espécimes com formato de palito com aproximadamente 0,8 mm2 de área de secção transversal. Controle (CO). Amostras foram mantidas nas soluções por uma e quatro horas e, então, levadas à
Cinco palitos por dente foram aleatoriamente escolhidos para serem submetidos ao ensaio de tração. máquina de ensaios universais a uma velocidade de 1 mm/min para mensuração da RC (MPa). Foi
Resultados: As médias de resistência de união (MPa) foram: SB2-48,78; EB-48,54; SIL-41,76; FB- utilizado o método de Kruskal-Wallis para análise dos dados (p < 0,05). Resultados: Os grupos SE 4
39,10 e AO-24,65. Após aplicação da análise de variância e teste de Tukey com nível de significância horas (45,3) e 1 hora (28,1) mostraram os maiores resultados, seguidos pelos grupos SB 4 horas (20,3),
de 5%, foi detectada diferença estatística no Grupo AO. Conclusão: As diferenças na composição dos CA 1 hora (20,1), CA 4 horas (18,4), que não mostraram diferença estatística significativa entre eles.
sistemas adesivos e das estratégias de união determinaram valores de resistência de união distintos. Os valores de AÇ 4 horas (17,5) e AÇ 1 hora (16,4) foram estatisticamente semelhantes. E os menores
resultados foram apresentados pelo CO 4 horas (15,3), que não mostrou diferença do CO 1 hora (13,7)
e nem do SB 1 hora (12,6). Conclusão: A aplicação de bioflavonoides na dentina desmineralizada
mostrou ser capaz de aumentar estatisticamente a sua RC, sendo o seu tempo de aplicação dependente
do tipo de solução utilizada.

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007 Desenvolvimento de um sistema adesivo contendo um 010 Avaliação de sistemas adesivos em condições de desafio
inibidor de metaloproteinase cariogênico
S Henn, F Nedel, RV Carvalho, AF Silva, E Piva CF Pinto1, SB Berger1, TR Aguiar1, MT Oliveira1, AF Paes Leme2, M Giannini1
Programa de pós-graduação em Odontologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Pelotas 1
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia da Universidade Esta-
(RS), Brasil. dual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil.
2
Instituto Butantan do Laboratório de Especial de Toxinologia Aplicada – São Paulo (SP), Brasil.
Objetivo: Avaliar a influência da incorporação de um potencial inibidor de metaloproteinase da matriz Financiamento: Fapesp 06/53828-2 e CNPq 303587/2007-5.
(MMP-2) na resistência de união de um sistema adesivo autocondicionante, Clearfil SE Bond (CSE, Kura-
ray). Materiais e Métodos: Para isso, o primer foi modificado pelo acréscimo de  um monômero contendo Objetivo: Este estudo avaliou os efeitos do desafio cariogênico (DC) na resistência de união (RU) e
zinco, incorporado em quantidade de 1 e 5% em massa. Os grupos CSE (Controle), CSE 1% e CSE 5% foram na liberação de fluoretos (LF) de dois sistemas adesivos autocondicionantes quando aplicados no es-
armazenados em estufa a 37 °C em água destilada durante 24 horas. Vinte e um terceiros molares humanos fo- malte e dentina, durante ciclagem de pH. Material e Método: Fragmentos de esmalte e dentina bovinos
ram restaurados e seccionados, e os palitos (n = 20) foram submetidos a ensaio de microtração com posterior foram preparados, restaurados com os adesivos Clearfil Protect Bond (Kuraray/PB) ou One-Up Bond
análise de fratura. Análise de variância, segundo um critério, e teste complementar de Tukey foram utilizados F Plus (Tokuyama/OP) e resina composta Filtek™ Z350 (3M ESPE), de acordo com os grupos: (1) PB
para detectar diferenças entre médias em MPa (α = 5%). O grau de conversão foi avaliado em espectroscopia sem DC; (2) PB com DC; (3) OP sem DC; (4) OP com DC. Os dentes restaurados foram seccionados
no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR), utilizando dispositivo de reflectância total atenuada perpendicularmente em relação à área de união para obtenção de espécimes em formato de “palitos” e
(Shimadzu, Prestige 21). Na impossibilidade da avaliação do primer do CSE, o papel do monômero contendo submetidos à ciclagem de pH, que consistiu em ciclos de desmineralização (oito horas por dia) e remi-
zinco foi investigado através de uma resina adesiva experimental, contendo TEGDMA, EDAB, canforoqui- neralização (16 horas por dia), a 37 ºC, durante oito dias. As soluções foram renovadas diariamente e
nona e monômero contendo zinco em concentrações de 0% (controle), 1, 2,5, 5, 10, 20 e 30%. Resultados: coletadas para análise da LF utilizando eletrodo íon seletivo (96-09, Orion). Em seguida, foi realizado
Os grupos CSE 1% (34,2 ± 14,5), e CSE (40,1 ± 14,7) foram semelhantes e estatisticamente diferentes (p < o ensaio de RU utilizando máquina de ensaio universal (4411, Instron), com velocidade de 0,5 mm/
0,05) de CSE 5% (23,79 ± 7,4). A regressão linear foi significativa (p < 0,001), demonstrando que pode-se min. Os dados foram analisados por meio da análise de variância (dois fatores) e teste de Tukey para
predizer um aumento do grau de conversão com o acréscimo de zinco (r2 = 0.94). O Grupo Controle, sem o RU e testes de Friedman e Wilcoxon para a análise de LF (p < 0,05). Resultados: Os resultados mos-
acréscimo de zinco demonstrou o menor grau de conversão [23% GC], já os grupos 1% [57% GC] e 5% [57% traram que o DC não afetou a RU. Em dentina, o adesivo PB mostrou maior RU que o OP. O adesivo
GC] foram semelhantes. Conclusão: O acréscimo de 1% de material contendo zinco demonstrou não interferir PB liberou maior quantidade de fluoreto que o OP, em ambos os substratos. Conclusões: A LF e a RU
na resistência de união do sistema adesivo autocondicionante testado, o acréscimo de monômero contendo foram dependentes do tipo de sistema adesivo, assim como do tipo de substrato avaliado.
zinco aumentou o grau de conversão da resina experimental, viabilizando assim as etapas posteriores da ca-
racterização desse novo material.

008 Resistência da união de materiais adesivos no selamento da 011 Avaliação de propriedades de compósitos comerciais
dentina radicular contendo carga nanométrica
CHM Arita, ACMR Lima, MF Goes ACRA Lancellotti, LS Gonçalves, RR Moraes, S Consani, L Correr-Sobrinho, MAC Sinhoreti
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Univer- Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Univer-
sidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil. sidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil.

Objetivo: O estudo avaliou a resistência da união dos adesivos Adper SE Plus (AS) e Single Bond Objetivo: Este estudo avaliou algumas propriedades dos compósitos comerciais com nanoparticu-
(SB) + Z350, do sistema Filtek Silorane (FS) (adesivo + resina composta) e do um cimento autoadesi- las: Filtek Z250 e Supreme XT (SXT) (3M/ESPE); TPH3 (Dentsply); Grandio (Voco); Premise (Kerr)
vo Unicem (UC) (3M/ESPE) no selamento da dentina radicular. Materiais e Métodos: Quarenta den- e Concept Advanced (CA) (Vigodent). Materiais e Métodos: Os seguintes testes foram aplicados:
tes bovinos foram seccionados 1 mm acima e 3 mm abaixo da junção cemento-esmalte. As secções de dureza Knoop (DK) (n = 8), rugosidade (n = 8) antes e após 30.000 ciclos de escovação, tração
4 mm de espessura da região da entrada dos condutos radiculares foram preparadas com broca tronco diametral (TD) (n = 5), sorção de água após sete dias e solubilidade após 30 dias (µg/mm3) (n = 5).
de cone (diâmetro da base maior de 2,5 mm). Os espécimes foram aleatoriamente divididos em quatro As amostras foram confeccionadas em matrizes metálicas de diferentes tamanhos de acordo com o
grupos (N = 5), de acordo com o material utilizado: G1-imediato (IM): AS + Z350; G2-(IM): UC: teste empregado, sendo ativadas por 20 segundos com aparelho de luz halógena XL 2500 (3M ESPE)
G3- (IM): FS; G4-(IM): SB +Z350; G5-após sete dias (7D): AS + Z350: G6- sete dias: UC; G7- sete com irradiância de 600 mW/cm2 nas superfícies de topo e base. Resultados: Os resultados submetidos
dias: FS; G8-(sete dias: SB + Z350). Após a restauração, 20 espécimes foram armazenados por sete à análise estatística e testes para comparação das médias foram para DK = Grandio (111,7 ± 13,6) a,
dias e os demais submetidos ao teste de push-out sob velocidade de 1mm/min em máquina de ensaio SXT (72,4 ± 7,4)b, Z250 (69,6 ± 6,1)b, Premise (62,4 ± 0,2)c, TPH (54,9 ± 2,6)d; Concept Advanced
universal (Instron). Os valores de resistência da união (RU), em MPa, foram submetidos à análise de (44,8 ± 2,4)e. Para rugosidade = Z250 TPH3 e Grandio apresentaram rugosidade inicial superior as
variância - dois fatores (p = 0,05). Resultados: Os resultados e os respectivos desvios-padrão foram: demais, não deferindo entre si. Após a escovação = Grandio > Z250 = TPH3 > CA > SXT = Premise,
G1 = 11,06 (3,77); G2 = 10,00(3,36), G3 = 14,78 (3,18), G4 = 10,84 (6,30), G5 = 11,28 (6,63), G6 = apenas Z250 e TPH3 foram estatisticamente semelhantes antes e após escovação. Para TD (MPa)=
13,51 (6,02), G7 = 12,38 (3,98) e G8 = 12,93 (8,23). Os valores de RU não apresentaram diferença SXT (58,0 ± 11,0)a, Z250 (53,7 ± 5,1)ab, Grandio (54,6 ± 11,7)ab, TPH3 (53,4 ± 4,8)ab, Premise (40,1
estatística significativa entre si (p > 0,05). Conclusões: Todos os materiais restauradores adesivos, ± 11,1)b e CA (38,8 ± 7,1)b. Maior sorção de água para Z250 (30,7 ± 4,9)a, SXT (29,1 ± 5,1)a e TPH3
independente da indicação, apresentaram valores de RU indicativos para o selamento da entrada de (26,4 ± 6,4)a, seguidas por Premise (18,1 ± 4,5)ab, CA (17,3 ± 4,3)b e Grandio (15,1 ± 5,3)b. Nenhuma
canais radiculares. resina diferiu estatisticamente no teste de solubilidade.Conclusões: A composição das resinas e o tipo
de carga influenciaram as propriedades mecânicas, bem como a sorção de água; porém, não promoveu
efeito sobre a solubilidade.

009 Resistência de união à dentina de um sistema adesivo 012 Influência de comonômeros solventes em redes poliméricas
experimental livre de HEMA derivadas do Bis-GMA
CH Zanchi, EA Münchow, HH Machado, FA Ogliari, E Piva AS Oliveira, CH Zanchi, FA Ogliari, E Piva
Centro de Controle e Desenvolvimento de Biomateriais (CDC-Bio) da Universidade Federal de Centro de Controle e Desenvolvimento de Biomateriais (CDC-Bio) da Universidade Federal de
Pelotas (UFPel) – Pelotas (RS), Brasil. Pelotas (UFPEL), Pelotas (RS), Brasil.

Objetivo: Este estudo avaliou a resistência de união e a confiabilidade estrutural de um sistema Objetivo: Avaliar a influência da fração molar de comonômeros solventes de diferentes estruturas
adesivo experimental convencional de três passos e livre de HEMA, após aplicação de primers con- moleculares, na resistência à flexão (σ) e módulo de elasticidade (E) de redes poliméricas deriva-
tendo diferentes concentrações de monômeros. Materiais e Métodos: Foram formulados cinco primers das de Bis-GMA. Materiais e Métodos: Foram empregados cinco comonômeros diluentes: trimetil-
com diferentes concentrações (0; 10; 20; 40; 60% de Bis-EMA 30 em massa, P0...P60), e o sistema propano trimetacrilato (TMP), tetraetilenoglicol dimetacrilato (T4G), trietilenoglicol dimetacrilato
Scotchbond™ MultiPurpose (SBMP) foi utilizado como referência comercial. Foram utilizados 60 (TEG), etilenoglicol dimetacrilato (EGD) e metil metacrilato (MMA). Blendas de Bis-GMA com
incisivos bovinos aleatoriamente divididos em seis grupos. Após remoção do esmalte vestibular com cada comonômero foram formuladas em quatro diferentes frações molares: 12,2/87,8%; 27,1/72,9%;
lixa 600 e exposição de dentina, o primer foi aplicado sob agitação. Seguiu-se a aplicação do adesivo 45,6/54,4%; 69,1/30,9% (relação de Bis-GMA/comonômero solvente em mol). Para cada blenda (to-
(Bis-GMA/TEGDMA em 50/50% de massa) e fotoativação por 20 segundos. A restauração foi con- tal de 20 blendas) foram confeccionados dez corpos-de-prova (cp) em incremento único, empregando
feccionada em três incrementos, armazenada em 37 ºC por 24 horas e, após, seccionada em cortadeira uma matriz metálica de dimensões 2 x 2 x 12 mm. Cada cp foi fotoativado com três exposições
de precisão, originando 24 espécimes por grupo. O ensaio de microtração foi realizado em máquina sobrepostas de 20 segundos cada (LED Radii – SDI), nas faces superior e inferior. Após 24 horas, os
de ensaio mecânico, e os valores de resistência de união analisados pelo método Kruskal-Wallis com cp foram submetidos ao ensaio de miniflexão por três pontos e calculado a σ e o E em MPa e GPa,
Student-Newman-Keuls (α = 5%) e análise estatística de Weibull. Resultados: Os valores de resis- respectivamente. Os dados de σ e E foram submetidos a teste estatístico de Kruskal-Wallis e Student-
tência de união (em MPa) foram: P0 [20,5 ± 8e], P10 [25,3 ± 6,2d]; P20 [29,1 ± 7,8c]; P40 [57,2 ± Newman-Keuls com p < 0,05. Resultados: As redes poliméricas compostas por Bis-GMA/TEG e
7,4a]; P60 [39,9 ± 9,1b] e SBMP [59,9 ± 12,9a]. Todos os grupos foram significativamente diferentes Bis-GMA/MMA demonstraram maior σ e E (p < 0,05). Em geral, os grupos de fração molar 27,1/72,9
entre si, exceto P40 e SBMP. P40 demonstrou maior módulo de Weibull e resistência característica, e 45,6/54,4% apresentaram σ e E significativamente maiores que as demais frações, independente-
enquanto P0 e P10 apresentaram os menores valores. Conclusões: Conclui-se que a concentração mente do comonômero utilizado. Conclusão: Pode-se concluir que a estrutura e a fração molar dos
de 40% em massa de Bis-EMA30 é uma alternativa promissora para o desenvolvimento de primers diferentes comonômeros utilizados exercem influência significativa nas propriedades mecânicas de
livres de HEMA. redes poliméricas derivadas do Bis-GMA.

212
013 Compósitos dentários experimentais nanohíbridos: efeito da 016 Variação de temperatura durante a fotopolimerização de
concentração de partículas uma resina composta
BC Ramos, VJRR Pita, AS Gomes C Savaris1, MA Chinelatti1, FA Lima2, L Bachmann2, JD Pécora1, RG Palma Dibb1
Instituto de Macromoléculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro 1
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da
(RJ), Brasil. Universidade de São Paulo (USP) – Ribeirão Preto (SP), Brasil.
Financiamento: Capes 2
Departamento de Física e Matemática da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão
Preto da USP – Ribeirão Preto (SP), Brasil.
Objetivo: Avaliar o efeito da concentração de uma combinação de partículas nas propriedades fí-
sicas e morfológicas de compósitos restauradores dentários experimentais. Materiais e Métodos: As Objetivo: A sensibilidade pós-operatória pode estar relacionada também ao aumento da temperatura
composições experimentais foram preparadas com uma mistura fotopolimerizável de monômeros em do tecido pulpar decorrente da fotopolimerização. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de
concentrações totais de carga de 0, 5, 10 e 40% na razão 1:1 (sílica: montmorilonita organofílica). Fo- dois tipos de fontes de luz e da espessura do remanescente dental no aumento de temperatura na câ-
ram realizadas análises de difração de Raios X (DRX) e microscopia eletrônica de varredura (MEV) mara pulpar durante a fotopolimerização de uma resina composta. Materiais e Métodos: Utilizaram-se
para caracterização da morfologia. A caracterização das propriedades físicas foi feita pela análise 48 fragmentos dentais bovinos divididos aleatoriamente em dois grupos, de acordo com o fotopoli-
termogravimétrica (TG) e por ensaio mecânico de resistência à compressão diametral. Os resultados merizador (luz halógena Jet Lite ou LED Ultra-Lume® LED 5), e em quatro subgrupos, segundo as
das análises de espectrometria de infravermelho foram usados para determinar o grau de conversão espessuras do remanescente dental (3,5 mm, 3,0 mm, 2,0 mm e 1,0 mm) resultantes de preparos cavi-
(GC) dos compósitos experimentais. Resultados: Os valores de GC não variaram significativamente tários. A variação de temperatura (ΔT) foi captada por termosensores no teto da câmara pulpar durante
entre os compósitos. As análises de DRX e as micrografias eletrônicas de varredura sugerem alteração a fotopolimerização do adesivo (Single Bond) e de cada incremento de resina (Z250, A3). Resultados:
das estruturas morfológicas. A análise TG sugeriu que a composição com o maior teor de carga mostra Os dados foram registrados no início e no término de cada fotoativação e pelo tempo em que a tem-
maior estabilidade térmica. Os valores de resistência à compressão diametral não foram influencia- peratura permaneceu crescente após o término da polimerização final (Δt). A análise descritiva dos
dos pela concentração total de cargas. Conclusão: O aumento da concentração de carga parece não dados revelou: luz halógena – ΔT e Δt para cada espessura de remanescente: 3,5 mm (7,4 ºC/10,8”);
influenciar de modo significativo nos valores de resistência térmica, grau de conversão e resistência à 3,0 mm (6,6 ºC/6,7”); 2,0 mm (7,15 ºC/3,9”); 1,0 mm (9,39 ºC/3,16”); LED – 3,5 mm (5,08 ºC/11,9”);
compressão diametral. Os resultados de DRX comprovam a obtenção de materiais nanoestruturados. 3,0 mm (6,43 ºC/12”); 2,0 mm (6,6 ºC/7”); 1,0 mm (8,0 ºC/6,22”). Conclusões: Conclui-se que, apesar
Os resultados obtidos somados à avaliação das micrografias eletrônicas de varredura apontam uma da luz halógena ter promovido maiores valores de temperatura, esses se mantiveram aumentados
possível influência da distribuição homogênea de cargas e da adesão dessas partículas à matriz nas durante menos tempo após o término da fotoativação, enquanto o LED apresentou menor aumento da
propriedades. temperatura, porém o tempo em que a temperatura permaneceu crescente foi maior.

014 Caracterização térmica de compósitos de uso direto 017 Refletância, transmitância direta e fluorescência de resinas
CL Miyazaki , IS Medeiros , JR Matos , MN Gomes , LE Rodrigues Filho
1 1 2 1 1 compostas
1
Departamento de Biomateriais e Bioquímica Oral da Universidade de São Paulo (USP), São Paulo E Placido1, R Hirata2, KRHC Dias2
(SP), Brasil. 1
Departamento de Materiais Dentários da Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo (SP), Brasil.
2
Laboratório de Análise Térmica Ivo Giolito do Instituto de Química da USP, São Paulo (SP), Brasil. 2
Departamento de Dentística da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Rio de Janeiro
Financiamentos: Capes. (RJ), Brasil.

Objetivo: Realizar a caracterização térmica de compósitos de uso direto para uso indireto, por meio Objetivo: Verificar a porcentagem de refletância (R) e transmitância direta (Td), e avaliar a intensidade de
dos parâmetros: temperatura de início de degradação, calor da reação e temperatura de transição ví- fluorescência (F) de três sistemas de resinas compostas, Filtek Supreme XT (SU), 4 Seasons (4S) e Durafill
trea. Materiais e Métodos: Foram utilizados dez compósitos comerciais de uso direto: Z100, Z250, VS (DU), em cores para reproduzir esmalte cromático (EC), esmalte acromático (EA) e dentina (D). Mate-
Z350 e Supreme (3M ESPE), Esthet X e TPH Spectrum (Dentsply), Herculite XRV e Point 4 (Kerr), riais e Métodos: Como controle, foram utilizados discos de esmalte e dentina humanos obtidos de molares
Charisma (Kulzer) e Tetric Ceram (Ivoclar). Para a perda de massa, obtida por meio da termogra- extraídos. Foram confeccionados cinco espécimes por grupo por meio de matrizes metálicas padronizadas.
vimetria (TGA), espécimes foram fotoativados pelo método convencional (C: 20 segundos a 996 Os mesmos espécimes foram utilizados para todos os testes. Para análise quantitativa dos resultados, foi feita
mW/cm2) (n = 1), em aquecimento até 600 ºC a 10 ºC/min. (TA-50, Shimadzu). Para a calorimetria a média dos valores percentuais e determinada a área sob a curva de espectrofotometria entre 340 e 800 nm.
exploratória diferencial (DSC), os espécimes foram fotoativados pelo método C e PD (pulse-delay: Para a fluorescência, escolheu-se o comprimento de 449 nm para avaliação. Os dados foram submetidos à
cinco segundos a 90 mW/cm2, três minutos de espera e 20 segundos a 996 mW/cm2) (n = 3) e subme- análise de variância de um fator e teste de Tukey (a = 0,05). Resultados: Em relação à R, todas as resinas
tidos a duas corridas até 200 ºC (DSC-50, Shimadzu). Na primeira, avaliou-se o calor da reação e, na para EC obtiveram menores valores em comparação ao esmalte. Para Td, somente a DU para EC apresentou
segunda, a temperatura de transição vítrea (Tg). Os dados obtidos foram submetidos à ANOVA e ao semelhança estatística com o esmalte. Todas as resinas para dentina obtiveram menores valores de R em
teste de Tukey (5%). Resultados: Na TGA, observou-se que, a partir de 200 ºC há uma perda de massa comparação à dentina, enquanto em Td somente a 4S diferiu das demais, apresentando os maiores valores.
superior a 0,5%. Na DSC, no calor da reação a ANOVA apontou diferenças significantes para o fator As resinas para EA apresentaram menores valores em R e maiores em Td em comparação ao esmalte, com
material (p < 0,0000), que variou de 1,4 J/g para a Z100 até 4,8 J/g para Esthet X, e modo de ativação exceção da DU em Td. A resina SU para EA apresentou os maiores valores de Td e os menores de R. Entre as
(p < 0,0003), que foi de 2,6 J/g para C até 3,6 J/g para PD. A Tg variou significantemente conforme resinas para EC, somente SU apresentou valores de F semelhantes ao esmalte. Nenhuma das resinas para D
o material (p < 0,039), de 157 ºC para Supreme até 159,5 ºC para Herculite, e o modo de ativação apresentou F semelhante à dentina. DU e 4S apresentaram os maiores valores, e SU para EA não apresentou
(p < 0,002), de 157,7 ºC para C e 159,1 ºC para PD. Conclusão: É possível realizar o tratamento picos de fluorescência. Conclusão: R e Td foram influenciadas pela composição inorgânica dos materiais,
térmico em compósitos de uso direto numa temperatura superior à da Tg, promovendo pós-cura, sem especialmente formato e quantidade de partículas de carga. A intensidade da fluorescência variou de acordo
degradação apreciável. com o material.

015 Profundidade de polimerização de resina composta à base de 018 Capacidade de polimerização e o calor emitido por
silorano e bis-EMA fotopolimerizadores
CGS Azevedo, CHM Arita, MF Goes EP Godoy1, SK Pereira1, BM Carvalho2, APGO Franco3
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Univer- 1
Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) – Ponta Grossa (PR), Brasil.
sidade Estadual de Campinas (Unicamp), Piracicaba (SP), Brasil.
2
Departamento de Engenharia de Materiais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) – Ponta Grossa (PR),
Brasil.
3
Departamento de Odontologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) – Curitiba (PR), Brasil.
Objetivo: Avaliar a profundidade de polimerização da resina composta à base de silorano (P90) e
à base de bis-EMA (Z350), da 3M ESPE, em função do tempo de exposição a duas unidades fotoa-
tivadoras (XL 2500 – lâmpada halógena e Free Light 2 – LED; 3M ESPE), seguindo-se a ISO 4049.
Objetivos: Este estudo avaliou a capacidade de polimerização e a elevação de temperatura produzida
por aparelhos fotopolimerizadores durante a fotoativação das resinas compostas, Filtek™ Z250 e Filtek™
Materiais e Métodos: Foram confeccionadas matrizes de polietileno preto de 4 mm de diâmetro por 10 Z350. Paralelamente, verificou-se o comprimento de onda e a potência dos aparelhos utilizando-se um
mm de comprimento, preenchidas com as resinas compostas (A2) em ambiente escuro. A fotoativação espectrômetro e um power meter. Foram testados um aparelho fotopolimerizador de lâmpada halógena
foi feita em um dos lados da matriz através de uma tira de poliéster aplicada sobre o compósito, nos Optilux e três à base de LEDs: LEDemetron I, Bluephase e Elipar Freelight. Materiais e Métodos: A capa-
tempos de 10, 20, 30, 40 e 60 segundos. Para a lâmpada halógena, a quantidade de energia foi: para cidade de polimerização foi avaliada através de microdureza Vickers, determinada na superfície de base de
10s = 3,16 J; 20s = 6,32 J; 30s = 9,48 J; 40s = 12,64 J; 60s = 18,96J. Para o LED: 10s = 5,10 J; 20s = corpos-de-prova de resina composta, preparados em matrizes metálicas e armazenadas durante 24 horas.
10,20 J; 30s = 15,30 J; 40s = 20,40 J; 60s = 30,60 J. Em seguida, os cilindros de resina foram retirados Utilizando um termopar Tipo-K, posicionado sobre um disco de dentina com 0,5 mm de espessura, verifi-
das matrizes e a parte não polimerizada foi removida com espátula. O restante do cilindro de resina cou-se a elevação de temperatura produzida pelos aparelhos fotopolimerizadores durante a polimerização
composta polimerizado foi medido utilizando-se um paquímetro com precisão de 0,01, e o valor obti- do sistema adesivo e de um incremento de 2 mm de resina composta, os quais foram ativados por 20 e 40
do, em mm, foi dividido por 2. Os valores resultantes foram submetidos à análise de variância de três segundos, respectivamente. Os resultados de microdureza e elevação de temperatura foram submetidos à
fatores (tempo, compósito e fonte de luz) e ao teste de Tukey (α = 0,05). Resultado: A profundidade de análise estatística ANOVA de dois critérios e ao pós-teste de Bonferroni (5% de significância). Resultados:
polimerização aumentou significativamente com o tempo de exposição tanto para a lâmpada halógena Os aparelhos fotopolimerizadores não apresentaram diferenças estatísticas na microdureza da Filtek™
quanto para o LED e foi maior para a Z350. Em função da irradiância maior, o LED apresentou melhor Z250. O aparelho Elipar Freelight com menor irradiância produziu os menores valores de microdureza (p
desempenho na profundidade de polimerização. Conclusão: A lâmpada halógena precisou do dobro < 0,05) na resina composta Filtek™ Z350. A resina composta Filtek™ Z250 apresentou maiores valores
de tempo do LED para fornecer a mesma quantidade de energia (J) para polimerizar 2,5 mm da resina de microdureza que a Filtek™ Z350 (p < 0,05). Os aparelhos Bluephase (1229 mW/cm2) e Optilux (661
composta P90 e 2,0 mm para a Z350. mW/cm2) emitiram estatisticamente a mesma elevação de temperatura, alcançando (17,6°C) durante a po-
limerização do sistema adesivo. Os menores valores de elevação de temperatura foram registrados para o
aparelho Elipar Freelight durante a polimerização da resina composta (3,1°C) (p < 0,05). Conclusão: Os
aparelhos Bluephase e LEDementron à base de LED emitiram tanto calor quanto o aparelho de lâmpada
halógena Optilux e não houve diferenças na capacidade de polimerização entre eles.

213
019 Correlação entre resistência à flexão e partículas inorgânicas 022 Associação de produto microabrasivo, clareador e
de compósitos indiretos restaurador na recuperação do sorriso
FAL Castro1, RV Reges1, CAS Cruz, GL Adabo2, RF Silva1 DS Pita2, DS Neto1, RH Sundfeld2, APA Guedes2, RB Anchieta2, RS Alexandre2, V Rahal2
1
Universidade Paulista (Unip), Ciências da Saúde, Goiânia (GO), Brasil. 1
Departamento de Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campi-
2
Universidade Estadual Paulista (Unesp), Materiais Odontológicos, Araraquara (SP), Brasil. nas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil.
2
Departamento de Odontologia Restauradora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) – Araçatuba (SP), Brasil.

O objetivo deste estudo foi correlacionar a resistência à flexão e o percentual de partículas inor- Objetivo: Associação clínica da técnica da microabrasão do esmalte dental com o clareamento den-
gânicas em massa e volume das resinas compostas Cesead II (Kuraray), Targis (Ivoclar), Artglass
(Hulzer) e Solidex (Shofu), tendo como controle a Z250 (3M). Foram confeccionados dez corpos- tinário e a realização de restaurações de resina composta. Materiais e Métodos: Para a remoção de
de-prova de cada material, com 20 x 2 x 2 mm. A manipulação e polimerização dos materiais manchas superficiais presentes na superfície do esmalte dental, lançamos mão do produto microabra-
sivo de esmalte dental Opalustre (Ultradent Products, Inc., South Jordan, UT, USA), composto por
foram feitas de acordo com as instruções do fabricante. Após a confecção, foram armazenados
uma substância ácida de baixa concentração, associado a micropartículas de sílica carbide. Iniciamos
em água destilada a 37 ºC por 24 horas e levados à máquina de ensaio EMIC, com velocidade
os procedimentos da microrredução do esmalte dental afetado, empregando uma ponta diamantada de
de 0,5 mm/min para o teste de resistência à flexão. Para a avaliação das partículas inorgânicas,
granulação fina 3195 FF (N. 3195 FF, KG Sorensen Indústria e Comércio Ltda, Barueri, São Paulo,
foram confeccionados cinco corpos-de-prova cilíndricos, com 5 x 2 mm para cada material. Foram
Brasil) na região de interesse para, em seguida, uniformizarmos a superfície do esmalte dental, com
ativados por 40 segundos e pesados em balança analítica (Sartorius) a seco e imersos em água
o emprego do produto microabrasivo Opalustre, que foi aplicado sob o isolamento absoluto do campo
destilada. Após a eliminação da matriz orgânica, realizada em forno elétrico a 700 ºC por três operatório e com o auxílio de uma taça de borracha abrasiva em baixa rotação; uma pequena quantidade
horas, foram pesados a seco e armazenados em água destilada por sete dias para nova pesagem em do composto foi firmemente aplicada na região correspondente à mancha em intervalos de um minuto a
imersão. O conteúdo por massa foi calculado com base nas massas seca do compósito e do resíduo cada três dentes e com lavagens periódicas de jatos de água em cada intervalo. Após a última aplicação,
inorgânico e o conteúdo em volume foi baseado na aplicação do princípio de Arquimedes. Diante o dente foi lavado, seco e polido com pasta fluoretada. Em seguida, fluoreto de sódio gel neutro a 2% foi
dos resultados, a correlação apresentou valores positivos para resistência à flexão com percentual aplicado no esmalte dental microabrasionado durante quatro minutos. Um mês depois, foi realizado o
de partículas inorgânicas em massa e em volume, respectivamente (r = 0,52) e (r = 0,30). Sendo clareamento dental caseiro com peróxido de carbarmida 16% Whiteness Perfect (FGM, Joinville, Santa
assim, a resistência à flexão é diretamente proporcional com as partículas inorgânicas em massa e Catarina, Brazil) durante seis semanas. As manchas localizadas nas faces proximais, que não foram re-
volume das resinas compostas. movidas pela técnica de microabrasão, foram removidas com diamantada esférica 1014 (N. 3195 FF, KG
Sorensen Indústria e Comércio Ltda, Barueri, São Paulo, Brasil). As cavidades foram restauradas com
resina composta Four Seasons (Ivoclar Vivadent, São Paulo, SP, Brasil). Resultados: A associação dessas
técnicas estéticas proporcionou considerável sucesso clínico, devolvendo harmonia ao sorriso de nossa
paciente. Conclusão: A realização da técnica de microabrasão para a remoção de manchas do esmalte
associada ao clareamento com peróxido de carbamida e aos procedimentos restauradores com resina
composta nas faces proximais, levaram à obtenção de resultados estéticos altamente satisfatórios.

020 Influência da radiação nas propriedades mecânicas de 023 Efeito de um remineralizador à base de ACP na topografia e
diferentes materiais resinosos conteúdo mineral de dentes
FM Ferreira1, NA Neiva2, VR Novais2, ES Amade2, GR Silva2, PC Santos-Filho2, CJ Soares2, HB Pinheiro, PEC Cardoso
AJ Fernandes-Neto1 Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo (SP), Brasil
1
Área de Oclusão, Prótese Fixa e Materiais Odontológicos da Universidade Federal de Uberlândia Área: Biomateriais e Bioquímica Oral
(UFU), Uberlândia (MG), Brasil.
2
Área de Dentística e Materiais Odontológicos da Universidade Federal de Uberlândia (UFU),
Uberlândia (MG), Brasil.
Objetivo: Investigar por microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectroscopia por dis-
persão de energia (EDS) o efeito de uma substância remineralizadora à base de fosfato de cálcio
Financiamento: Capes
amorfo (ACP) no esmalte e dentina humanos. Materiais e Métodos: Foram selecionados três inci-
sivos inferiores e obtidos três espécimes em esmalte e dentina coronária de cada dente, dividindo-
A radiação gama cobalto-60, empregada no tratamento de pacientes com câncer de cabeça e pes- os aleatoriamente em três grupos (n=3): G1-controle (sem tratamento), G2-tratamento com ácido
coço, provoca alterações deletérias nas estruturas dentárias. A influência dessa radiação em materiais cítrico a 5% por 10 segundos e G3-tratamento com ácido cítrico a 5% por 10 segundos, seguido
restauradores poderia também ser prejudicial. Objetivo: Analisar o efeito da radiação gama cobalto-60 da aplicação de ACP por 30 minutos diários durante 14 dias. Os espécimes foram armazenados em
nas propriedades mecânicas de três materiais resinosos, por meio de teste de microdureza e resistência água destilada a 37ºC durante todo o experimento e após 7 dias de sua finalização. Em seguida,
à tração diametral. Materiais e Métodos: Foram obtidas dez amostras para cada grupo (n = 10), de foram preparados para análise em MEV e EDS. As imagens foram realizadas em três aumentos
acordo com o tipo de material empregado: resina composta Z100 (Rc), resina laboratorial Sinfony (Sf) padronizados. Foram feitas 14 leituras em cada espécime, 7 em esmalte e 7 em dentina para se
e cimento resinoso Rely X (Rx). Posteriormente, as amostras foram divididas em dois subgrupos (n = obterem os valores de fósforo (P) e cálcio (Ca) para cada dente. Resultados: No G2, observaram-se
5): não irradiado (NI) e irradiado (I) com dose única de 60 Gy. Os dados foram submetidos à análise de depressões e porosidades no esmalte e na dentina, túbulos dentinários abertos. As imagens do G3
variância ANOVA e teste de Tukey (p < 0,05). Resultados: Não houve diferença estatística significante revelaram superfície de esmalte semelhante à do Grupo Controle e menos porosa que no G2, sendo
entre os grupos NI e I em nenhuma metodologia aplicada. Com relação ao teste de microdureza, não que, em dentina, os túbulos apresentavam-se completamente obliterados. A análise química revelou
houve diferença entre base e topo da amostra, no entanto, houve diferença significativa entre mate- que no G3 os níveis de P e Ca aumentaram em esmalte e dentina (p < 0,01) comparando-se ao G2.
riais: Rc = 117,09 (± 4,87)A; Rx = 45,60 (± 1,58)B; Sf = 29,38 (± 0,27)C. Os dados obtidos no teste No G2, os níveis de Ca e P diminuíram (p < 0,01) em comparação ao Grupo Controle. Os valores de
de tração diametral apontaram diferença significativa entre os materiais: Rc = 51,83 (± 3,74)A; Rx = P e Ca entre os grupos controle e G3 foram estatisticamente semelhantes. Conclusão: O tratamento
47,81 (± 0,63)AB; Sf = 42,06 (± 2,58)B. Conclusões: A radiação gama cobalto-60 não interfere nas com ACP em esmalte e dentina desmineralizada fez com que houvesse aumento dos níveis de Ca
propriedades dos materiais resinosos testados. No entanto, os compósitos de uso laboratorial apresen- e P perdidos. O ACP promoveu obliteração de túbulos dentinários abertos por meio de deposição
taram os menores valores de dureza e tração diametral. mineral e diminuição de depressões e porosidade no esmalte superficial.

021 Ação do peróxido de carbamida e do ascorbato de sódio 024 Efeito de géis clareadores na rugosidade, topografia e
10% em células pulpares permeabilidade do esmalte bovino
AF Lima1, FCR Lessa2, J Hebling2, CAS Costa3, GM Marchi1 LC Mendonça, CJ Soares, LZ Naves, PS Quagliatto
1
Departamento de Odontologia Restauradora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Piracicaba (SP), Brasil. Universidade Federal de Uberlândia (UFU) – Uberlândia (MG), Brasil
2
Departamento de Ortodontia e Pediatria da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), Área: Dentística e Materiais Dentários
Araraquara (SP), Brasil.
3
Departamento de Fisiologia e Patologia da Unesp, Araraquara (SP), Brasil.
Financiamento: Fapesp 06/58780-8. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a rugosidade superficial, topografia e permeabilidade
Objetivo: Avaliar a citotoxicidade direta e transdentinária do peróxido de carbamida (PC) sobre odontoblas-
do esmalte bovino por meio de rugosímetro e microscopia eletrônica de varredura (MEV), com e
sem infiltrado de nitrato de prata, quando submetidos à exposição de agentes clareadores. Materiais
tos em cultura, e analisar o potencial antioxidante do ascorbato de sódio (AS) 10% na proteção destas células. e Métodos: Cinquenta amostras de esmalte foram aleatoriamente distribuídas entre cinco grupos (n
Materiais e Métodos: No experimento 1, 3 x 104 células/cm2 em meio de cultura (DMEM), foram semeadas = 10): PC16% - Peróxido de Carbamida 16%, Whiteness Perfect; PH6% - Peróxido de Hidrogênio
em wells e incubadas por 48 horas. Foi usado 0,01% de PC (2,21 μg/mL de H2O2) como agente citotóxico. 6%, White Class; PH35% - Peróxido de Hidrogênio 35%, Whiteness HP Maxx; PC37% - Peróxido de
Seis grupos foram estabelecidos (n = 10), G1 (controle) – DMEM/ 1 hora; G2 – AS (0,25 mM/1 hora); G3 – Carbamida 37%, Whiteness Super, e C (controle) sem tratamento e armazenado em saliva artificial.
AS (0,5 mM/ 1 hora); G4 – 0,01% PC + AS 0,25 mM por uma hora; G5 – 0,01% PC + AS 0,5 mM por uma Para análise da rugosidade, foram utilizados os parâmetros de rugosidade aritmética (Ra) e coeficiente
hora; e G6 – 0,01% PC por uma hora. No experimento 2, discos de dentina com 0,5 mm de espessura foram de achatamento (Rku). Observações topográficas e permeabilidade foram realizadas através de MEV.
obtidos de molares humanos íntegros, e sua permeabilidade determinada para distribuição adequada dentro dos
Para avaliação da permeabilidade, as amostras foram submersas em solução de nitrato de prata 50%
grupos propostos. Os discos foram adaptados em câmaras pulpares artificiais (CPA), o que permitiu que células
e analisadas utilizando-se o detector de elétrons retroespalhados e modo em elétrons secundários.
odontoblásticas MDPC-23 fossem semeadas (50.000 células) sobre sua superfície pulpar. Os grupos foram
estabelecidos de acordo com o tratamento da superfície oclusal dos discos (n = 10). No G1, sem tratamento Resultados: Para a avaliação de Ra, foram usados os testes Kruskal-Wallis e Wilcoxon Signed Ranks,
(Controle); G2 com AS 10% por seis horas; G3 com PC 10% por seis horas; G4 com AS 10% por seis horas que demonstraram aumento na Ra em todos os grupos clareados. O Rku sugere alterações na integri-
+ PC 10% por seis horas; G5 com PC 16% por seis horas; G6 com AS 10% por seis horas + PC 16% por seis dade do esmalte. As imagens obtidas pelo MEV demonstraram alterações na topografia do esmalte e
horas. A viabilidade celular nos dois experimentos foi mensurada através do teste de MTT, sendo que os dados revelaram diferentes gradientes de penetração nas amostras infiltradas com nitrato de prata nos grupos
numéricos obtidos foram analisados estatisticamente. Resultados: No experimento 1, considerando o Grupo clareados. Conclusão: Conclui-se que agentes clareadores podem promover alterações na topografia
Controle como 100% de metabolismo celular (letras iguais = grupos que não diferem estatisticamente), foi e rugosidade superficial do esmalte e o fato do nitrato de prata ter penetrado sugere área de fácil
demonstrado para G1, G2, G3, G4, G5, e G6 taxas de 100 (AB); 110 (A); 108 (A); 91 (B); 98 (AB); e 67% penetração pelo oxigênio.
(C), respectivamente. No experimento 2, considerando G1 (AB) como 100% de viabilidade, os Grupos G2,
G3, G4, G5 e G6 apresentaram taxas percentuais de metabolismo celular de 100,65 (A), 87.12 (B), 95.37
(B), 35(C) e 80,7% (B), respectivamente. Conclusão: Tanto a difusão de componentes através dos túbulos
dentinários do PC 16%, como a exposição direta a 0,01% de PC causam significante citotoxicidade às celulas
MDPC-23; o agente antioxidante AS protege as células contra os efeitos citopáticos do PC.

214
025 Efeito de diferentes concentrações de peróxido de hidrogênio 028 Capacidade de dentifrícios em controlar a progressão da
na desmineralização do esmalte dental erosão em dentina radicular
SB Berger1, CF Pinto2, V Cavalli3, M Giannini2 FA Maeda, D Galafassi, FC Rehder Neto, MC Serra, CP Turssi
1
Departamento de Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da
Estadual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil. Universidade de São Paulo (USP) – Ribeirão Preto (SP), Brasil.
2
Departamento de Dentística Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Unicamp –
Piracicaba (SP), Brasil.
3
Departamento de Dentística Restauradora da Universidade de Taubaté (Unitau) – Taubaté (SP), Brasil.
Objetivo: Este estudo testou a hipótese nula de que não haveria diferença na progressão de lesões de
erosão em dentina radicular, na presença ou ausência de dentifrícios. Materiais e Métodos: Cinquenta frag-
Finaciamento: Fapesp 07/54784-1.
mentos de dentina radicular bovina foram planificados e avaliados quanto a sua microdureza superficial
(MDS, Knoop, 10 gramas, 10 segundos). Induziu-se, então, a formação de lesões de erosão com ácido cítri-
Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de três concentrações de peróxido de hidrogênio co (AC, 0,3%) e mensurou-se novamente a MDS. Os espécimes foram casualmente distribuídos em quatro
(PH) na profundidade de desmineralização do esmalte, por meio de microscopia de luz polarizada (MLP). grupos experimentais (n = 10) para serem expostos aos seguintes dentifrícios: 1) convencional (1.100 ppm
Materiais e Métodos: Cem blocos de esmalte bovino foram obtidos e divididos aleatoriamente em dez gru- de flúor, Sensodyne, GSK); 2) com alta concentração de flúor (5.000 ppm, PreviDent, Colgate-Palmolive);
pos (n = 10): Grupo Controle (CG), o qual não foi clareado, e três tratamentos clareadores com diferentes 3) à base de fosfato de cálcio amorfo (ACP), estabilizado por fosfopeptídeo de caseína (CPP) e associado a
concentrações de peróxido de hidrogênio (10% = PH10; 35% = PH35 e 50% = PH50). Os grupos tratados 900 ppm de flúor (CPP-ACP+F, MI Plus Paste, GC America) e, 4) contendo um vidro bioativo (VB, Oravi-
(PH10, PH35 e PH50) foram subdivididos em uma (1), duas (2) ou três (3) aplicações de PH. Em cada ve). Um quinto grupo (n = 10), não exposto a quaisquer dentifrícios, serviu como controle. Com exceção do
sessão, foram realizadas três aplicações do PH por 20 minutos. Após os tratamentos, as amostras foram pre- produto contendo CPP-ACP+F, dosado diretamente sobre a superfície do espécime, os dentifrícios foram
paradas e observadas em MLP (DM5000B, Leica) para determinar a profundidade de desmineralização no aplicados sob a forma de suspensão aquosa (1:3, em peso), em três ocasiões, as quais foram intercaladas
esmalte utilizando o software Leica QWin. Os resultados foram submetidos à ANOVA (dois fatores), teste com um novo desafio erosivo com AC. Ao final dos tratamentos, obtiveram-se os valores finais de MDS.
de Dunnett e Tukey (p < 0,05). Resultados: As médias (DP) da profundidade de desmineralização (µm) dos Resultados: Por meio da ANOVA, ao nível de significância de 5%, a hipótese de nulidade foi rejeitada (p
grupos submetidos a uma sessão de tratamento foram: PH10 = 19,2 (5,9); PH35 = 195,3 (48,7); PH50 = < 0,0001). O teste de Tukey demonstrou que os valores de MDS da dentina exposta aos produtos contendo
148,2 (14,3), para duas sessões: PH10 = 81,4 (6,6); PH35 = 298,0 (26,2); PH50 = 293,8 (64,7); e para três VB (27,3bc) e CPP-ACP+F (25,2c) foram inferiores àquele observado para o grupo em que se aplicou o den-
sessões: PH10 = 90,4 (7,9); PH35 = 274,0 (31,8); PH50 = 358,8 (90,0). Todos os tratados grupos diferiram tifrício com 5.000 ppm de flúor (33,6ª); contudo, este não diferiu significativamente do grupo submetido
estatisticamente do Grupo Controle (GC = 0,0). O aumento do PH e do número de sessões resultou no à suspensão com 1.100 ppm de flúor (30,7ab). O grupo controle apresentou a menor MDS (16,3d). Conclu-
aumento do efeito no estudo. Conclusões: A concentração e o número de aplicações do PH influenciaram sões: Dentifrícios são capazes de controlar a progressão de lesões de erosão em dentina radicular.
na profundidade de desmineralização do esmalte dentário.

026 Efeitos de polidor resinoso na adesão de bráquetes e 029 Cinética de liberação inicial de flúor por materiais
desmineralização do esmalte odontológicos: estudo por potenciometria direta pelo
B Pessoa1, A Melo1, B Pinheiro2, DR Araripe3, AM Teixeira3, CR Perez4
eletrodo íon-seletivo
1
Mestranda pelo Instituto Militar de Engenharia (IME), Departamento de Materiais, Rio de Janeiro RB Caixeta1, JFBG Giovannini1, LF Soares1, M Yamauti2, HEL Palmieri3, OR Fagundes3
(RJ), Brasil. 1
Curso de Odontologia do Centro Universitário Newton Paiva – Belo Horizonte (MG), Brasil.
2
Especialista em Ortodontia pela Marinha do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), Brasil. 2
Curso de Odontologia (FEAD) – Belo Horizonte (MG), Brasil.
3
Faculdade de Química da Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro (RJ), Brasil. 3
Serviço de Química e Radioquímica do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear da
4
Disciplina de Materiais Dentários do Departamento de Dentística da Faculdade de Odontologia da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CDTN/ CNEN) – Belo Horizonte (MG), Brasil.
Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro (RJ), Brasil.

Objetivo: O tratamento ortodôntico de pacientes com alto risco de cárie e elevado índice de manchas Introdução: Aceita-se que o mecanismo de liberação de flúor pelos materiais odontológicos seja baseado
em uma elevada e crescente liberação a curto prazo, correspondente à reação de presa. Objetivo: Avaliar,
brancas é controvertido. O uso de polidores resinosos sobre o esmalte previamente à cimentação adesiva por meio da potenciometria direta pelo eletrodo íon seletivo, a cinética de liberação inicial de flúor de
de acessórios ortodônticos é preconizado preventivamente. O objetivo deste trabalho é avaliar os efeitos diversos materiais odontológicos. Materiais e Métodos: Amostras cilíndricas (2,0 mm x 9,0 mm) de cimen-
da aplicação de um polidor resinoso sobre a adesão e desmineralização em esmalte. Materiais e Métodos: tos ionômero de vidro – um convencional/CIV (Riva Self Cure), um modificado por metal/CIVm (Riva
Para avaliar a resistência adesiva foram separados aleatoriamente 30 espécimes de incisivos inferiores em Silver), um indicado para selante de cicatrículas e fissuras/CIVs (Riva Protect) e de materiais resinosos
dois grupos. No Grupo Teste realizou-se profilaxia, condicionamento ácido, aplicação do polidor químico - um compômero/C (Freedom) e uma resina composta restauradora/RC (Ice) foram preparadas. Os ma-
(Biscover, BISCO®) e cimentação adesiva do bráquete. No Grupo Controle, o mesmo protocolo adesivo teriais foram manipulados de acordo com as recomendações do fabricante, e as amostras armazenadas em
foi executado, porém sem a aplicação de Biscover. Para o teste de desmineralização, foram utilizados 15 50,0 mL de água deionizada (18,2 MOhm), a 37 ºC por diferentes períodos de imersão. Alíquotas (25,0
dentes dos quais foram incluídos dois fragmentos expondo área de 3 x 3 mm de esmalte de cada um. Cada mL) de cada solução foram coletadas em diferentes períodos após a imersão das amostras: 1h, 2h, 6h, 12h,
grupo foi submetido à profilaxia e cada fragmento foi colocado isoladamente em solução ácida por 24 24h, 48h e sete dias. As alíquotas foram preparadas para análise da concentração de flúor pela técnica da
horas. No Grupo Controle foi aplicado Biscover antes da imersão em ácido. As soluções resultantes foram potenciometria direta por eletrodo íon seletivo (Metrohm – AG-9101 – Flúor), acoplado a um ajustador
examinadas para verificar o índice de cálcio através de espectrometria. Resultados: Os resultados foram de força iônica (pH 5,25 ± 0,25), e calibrado com soluções de NaF (0,1 a 1000 ppm), sendo um eletrodo
expressos em MPa e mg/L e analisados estatisticamente (teste t de Student). O teste de cisalhamento não de Ag/AgCl selecionado como padrão. Resultados: As taxas (µg/mL) de flúor liberado por cada material,
demonstrou diferença estatística significativa (p=0,05) entre o Grupo Controle (média de 11,68), e o Grupo nos respectivos períodos de imersão foram: CIV: 0,66; 0,96; 1,92; 1,62; 2,66; 2,40; 5,12; CIV m: 1,19;
Teste (média de 10,27). O teste de desmineralização mostrou diferença estatística significativa (p = 0,005) 1,31; 1,69; 2,20; 3,92; 3,79; 6,59; CIV s: 0,64; 0,91; 2,41; 1,78; 2,46; 4,02; 9,63; C: 0,14; 0,13; 0,09; 0,24;
entre o Grupo Controle (média de 7.6), e o Grupo Teste (média de 4.1). Conclusão: Concluiu-se que o uso 0,24; 0,41; 0,59; RC: 0,02; 0,02; 0,02; 0,04; 0,03; 0,04; 0,03. Conclusões: A cinética de liberação inicial de
de Biscover reduziu a perda do cálcio, mas não a força de adesão. flúor entre materiais de mesma natureza foi semelhante. Os cimentos de ionômero de vidro apresentaram
liberação inicial de flúor maior do que os materiais à base de resina composta.

027 Agentes remineralizantes no controle da progressão de 030 Aderência bacteriana e abrasão de materiais ionoméricos
lesões artificiais de cárie biodegradados
FC Rehder Neto, FA Maeda, MC Serra, CP Turssi SBP Fúcio1, AB Paula1, FG Carvalho1, JCO Sardi2, C Duque2, RM Puppin-Rontani3
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da 1
Área de Materiais Dentários, Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odon-
Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto (SP), Brasil. tologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil.
2
Área de Microbiologia e Imunologia, Departamento de Diagnóstico Oral da Faculdade de Odonto-
Objetivo: Avaliar a progressão de lesões artificiais de cárie em esmalte bovino, na presença ou logia de Piracicaba da Unicamp – Piracicaba (SP), Brasil.
3
Área de Odontopediatria, Departamento de Odontologia Infantil da Faculdade de Odontologia de
ausência de agentes potencialmente remineralizantes. Materiais e Métodos: Fragmentos de esmalte
Piracicaba da Unicamp – Piracicaba (SP), Brasil.
bovino foram embutidos, planificados e polidos. Em sua superfície, isolou-se uma área de 7 mm2 e
avaliou-se a microdureza superficial (MDS, Knoop, 25 g, 5 segundos). Lesões incipientes de cárie
foram induzidas através de um modelo de desremineralização (1e 23 horas, respectivamente). Novas Objetivo: Avaliar a aderência de S. mutans sobre cimentos ionoméricos convencionais e modifica-
medidas de MDS foram realizadas (MDSpós-lesão). Instituíram-se, então, os seguintes tratamentos com: dos por resina e a rugosidade superficial (Ra) desses materiais após abrasão por escovação, quando
dentifrício regular (RE, 1.100 ppm F, Sensodyne, GSK); dentifrício contendo um vidro bioativo (VB, expostos previamente à biodegradação por biofilme. Materiais e Métodos: Foram confeccionados
Oravive); pasta à base de fosfato de cálcio amorfo, estabilizado por fosfopeptídeo de caseína (CPP- oito espécimes de cada material (N100, Vitremer, Fuji IX e Ketac Molar) para a aderência de S. mu-
ACP, MI Paste, GC America) ou CPP-ACP com 900 ppm F (MI Plus Paste, GC America). O Grupo tans. Um inóculo de 20 µL numa DO de 0,6 foi mantido a 37 ºC, por duas horas, sobre os discos, os
Controle não foi exposto a qualquer agente potencialmente remineralizante (n = 15). Aplicaram-se os quais foram agitados em salina para o plaqueamento e contagem das unidades formadoras de colônias
tratamentos quatro vezes, sendo estes intercalados por um novo desafio cariogênico. Mensurou-se a (UFC). Da mesma forma, um biofilme aderente à superfície dos discos foi mantido por sete dias em
MDSfinal. Resultados: A ANOVA, aplicada à diferença percentual entre as MDSfinal/MDSpós-lesão, revelou BHI/sacarose, o qual era renovado a cada 48 horas. Após lavagem em ultrassom, os discos foram
diferença significativa entre os tratamentos (p = 0,0161). Os espécimes expostos ao VB (7,1%)a, RE analisados em rugosímetro previamente à fixação na máquina de escovação, e a abrasão foi feita por
(6,7%)a e CPP-ACP+F (3,8%)a apresentaram menor perda mineral em relação àqueles que serviram escova Colgate, com cerdas macias, e dentifrício Colgate Total 12® (Colgate-Palmolive Company)
como controle (11,0%)b. O Grupo CPP-ACP (3,2%)ab não diferiu dos demais. Conclusão: Na depen- diluído, realizando 250 ciclos/min com carga de 200 g, num total de 30.000 ciclos. As amostras foram
dência do agente utilizado, pode haver efeito remineralizante, que se reflete no controle da progressão lavadas em ultrassom, secas e analisadas no rugosímetro novamente. Os dados de aderência foram
de lesões de cárie. transformados e submetidos ao teste Kruskal-Wallis e os de Ra, aos testes ANOVA e Tukey (p <
0,05). Resultados: Não houve diferença significativa entre os materiais quanto à aderência. Antes da
escovação, N100 e Ketac apresentaram menores valores de Ra estatisticamente em relação às marcas
Vitremer e Fuji. Após a biodegradação e a escovação, N100 apresentou os menores valores de Ra.
Entretanto, todos os materiais apresentaram aumento significativo na Ra, após a biodegradação e a
escovação. Conclusões: A biodegradação e a escovação aumentaram os valores de Ra dos ionômeros
estudados em menor intensidade para o N100.

215
031 Resistência à tração diametral de um núcleo de 034 Influência do pino, cimento e alívio na resistência à tração de
preenchimento de fibra de vidro pinos em raízes bovinas
AT Takahashi, A Gonini-Júnior, MB Lopes BR Reis1, PCF Santos-Filho1,2, PV Soares1,2, CG Castro1, LHA Raposo1, LRM Martins2, RE
Disciplina de Materiais Dentários da Universidade Norte do Paraná (Unopar), Londrina (PR), Campos1, CJ Soares1
Brasil. 1
Departamento de Dentística e Materiais Dentários da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) –
Uberlândia (MG), Brasil.
Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi o de avaliar a resistência mecânica de núcleos pré-fa- 2
Departamento de Dentística da Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil.
bricados em fibra de vidro por meio do teste de tração diametral. Materiais e Métodos: Foram confec-
Financiamento: Fapemig CDS APQ – 3928 – 4.03/07.
cionados 50 corpos-de-prova (4 x 2 mm) divididos em cinco grupos: G1 (controle) – resina composta
(Z350); G2 – pino de fibra de vidro (Reforpost) e resina composta (Z350); G3 – pino de fibra de vidro
(Reforpost) e resina tipo flow; G4 – núcleo de fibra de vidro (Reforcore) fixado com resina composta Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do tipo de pino, do cimento e da profundidade
(Z350) ao pino de fibra de vidro (Reforpost) e G5 – núcleo de fibra de vidro (Reforpost) fixado com de alívio do conduto na resistência à tração de retentores não metálicos em raízes bovinas. Materiais e Mé-
resina tipo flow (Z350) ao pino de fibra de vidro (Reforpost). Resultados: A resistência média foi de todos: Noventa incisivos bovinos foram selecionados e seccionados, resultando em remanescentes de 15
72,99, 40,56, 21,75, 28,28 e 37,99 Kgf, respectivamente para os grupos de 1 a 5, com diferenças mm, que foram tratados endodonticamente. As raízes foram divididas em dois grupos (n = 45): PFVL, pino
significantes entre os mesmos (ANOVA). Segundo o teste de Tukey, G2 foi superior estatisticamente fibra de vidro liso; PFVS, pino fibra de vidro serrilhado. Uma nova divisão foi feita em três grupos para
(p < 0,05) a G3 e G4, com resistência equivalente a G5. Conclusão: A presença do pino não aumentou diferentes alívios (n = 15): P5 = alívio 5,0 mm; P7,5 = alívio 7,5 mm; P10 = alívio 10,0 mm. Esses grupos
a resistência da resina composta, e a utilização do núcleo pré-fabricado com resina tipo flow constitui foram subdivididos para três tipos de cimentos (n = 5): CRQ = resinoso químico; CRD = resinoso dual;
uma alternativa à utilização da resina composta como núcleo de preenchimento. CIV = ionômero de vidro. As amostras foram submetidas ao teste de resistência à tração (N) em máquina de
ensaio sob velocidade de 0,5 mm/min. Os dados foram submetidos à análise de variância seguida do teste
de Tukey (p = 0,05). Resultados: Em relação ao tipo de pino, para os lisos, os valores foram (192,04 ± 8,35)
A, e os serrilhados, (154,889 ± 8,37)B. Para as extensões de 5 mm, os valores foram (138,33 ± 10,23)A,
para 7,5 mm (146,19 ± 10,26)A, e para a extensão de 10 mm (235,50±10,20)B. Em relação ao cimento, os
valores para Rely x ARC foram estatisticamente maiores que para Cement Post e este, superior aos valores
do Rely x Luting, para todos os grupos. Conclusões: Conclui-se que, quanto maior a profundidade de
cimentação, maior é a retenção do pino, e os cimentos resinosos apresentam valores maiores de resistência
à tração do que o ionomérico.

032 Análise do comportamento biomecânico das interfaces 035 Influência do descolamento do pino na fratura de raízes
adesivas na cimentação de pinos intrarradiculares endodonticamente tratadas
APGO Franco1, DH de Bem2, F Hecka2, MB Hecke2, OMM Gomes1, JC Gomes1 COM Espósito, JBC Meira, RY Ballester
1
Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) – Ponta Grossa Departamento de Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo
(PR), Brasil. (USP) – São Paulo (SP), Brasil.
2
Setor de Tecnologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) – Curitiba (PR), Brasil. Financiamentos: Fapesp 05/53069-1 e Bolsa Institucional de Iniciação da USP.

Objetivo: Avaliar o comportamento das interfaces dentina-cimento-pino por meio dos ensaios me- Objetivos: Estudos feitos com análise por elementos finitos mostram que o descolamento dos pinos
cânico de compressão e computacional (Método dos elementos finitos). Materiais e Métodos: Foram intensifica bastante os níveis de tensão na raiz. A hipótese deste trabalho era que raízes restauradas com
selecionados 15 pré-molares unirradiculares, nos quais foram cimentados pinos Excato (Angelus®) com pinos cimentados pela técnica adesiva apresentariam maior resistência à fratura. O objetivo foi avaliar
cimento resinoso Cement-Post (Ângelus®). Os dentes foram submetidos à termociclagem 5 a 55 ºC por a resistência à fratura de raízes restauradas com pinos aderidos ou descolados, metálicos ou de fibra de
15 segundos em cada temperatura a 500 ciclos. Posteriormente, foram seccionados transversalmente, vidro. Materiais e Métodos: Foi realizado um ensaio de resistência à fratura sob forças compressivas de 32
obtendo-se discos de 3 mm de espessura. Os discos foram limpos dos debris, moldados com silicone raízes de incisivos inferiores restauradas com pinos cônicos de fibra de vidro ou metálicos fundidos. Os
de adição e obtidas réplicas de resina epóxi. Os discos foram submetidos ao ensaio de compressão a dentes foram divididos em quatro grupos (n = 8): MA - pinos metálicos aderidos; MD - pinos metálicos
0,2 mm/min e 200 N de força, limpos e moldados novamente para se obterem réplicas de resina epóxi descolados; FA - pinos de fibra de vidro aderidos; FD - pinos de fibra de vidro descolados. Os dentes foram
após o ensaio mecânico. As réplicas foram metalizadas e observadas em MEV. Depois, as fendas da cortados 2 mm acima da junção amelocementária. Para os grupos com pinos aderidos foi utilizado sistema
interface dentina-cimento foram medidas no programa Image-Tool e realizadas as análises estatísticas. adesivo e cimento resinoso de acordo com as instruções do fabricante. Nos grupos com pinos descolados,
Foram realizados modelos tridimensionais dos discos radiculares e, no programa Ansys 10.0, simulou- não foi realizado condicionamento ácido, nem aplicação do adesivo e foi aplicada uma camada de vaselina
se o ensaio de compressão, onde foram determinadas as propriedades dos materiais obtidos de ensaios líquida antes da cimentação. Nas raízes com pinos de fibra de vidro foram feitos núcleos de resina compos-
prévios e da literatura. Resultados: Na avaliação das fendas nas interfaces dentina-cimento, por meio ta. Todas as raízes receberam um coping com um degrau na face lingual para o apoio da faca que aplicou
do teste de Wilcoxon, entre as fendas formadas previa e posteriormente ao teste de compressão, houve carga oblíqua (15º) até a ruptura da raiz. Os valores de carga máxima de ruptura foram submetidos à análise
diferenças significativas (p < 0,05), o que não ocorreu na análise entre os discos cervical, médio e apical de variância. Resultados: As médias e desvio padrão de carga de ruptura foram: MA = 628 ± 152; MD =
antes e após o teste de compressão por meio do teste de Kruskal-Wallis (p > 0,05). O ensaio computa- 598 ± 168, FA = 846 ± 250, FD = 753 ± 69. Não houve diferença estatisticamente significante para o fator
cional apresentou concentração de tensões nas interfaces dentina-cimento e cimento-pino. Conclusão: O adesão e para a interação (p > 0,05). Raízes restauradas com fibra de vidro apresentaram carga de ruptura
ensaio experimental demonstrou uma ocorrência maior de fendas nas interfaces dentina-cimento do que maior do que as restauradas com pinos metálicos (p = 0,005). Conclusões: Os resultados não conseguiram
cimento-pino e, no ensaio computacional, houve uma concentração de tensões nas interfaces dentina- confirmar a hipótese do maior risco de fratura radicular com os pinos descolados. O melhor resultado para
cimento e cimento-pino devido à geometria dos modelos, às propriedades dos materiais e à simulação as raízes restauradas com pinos de fibra de vidro pode estar associado à maior adesão entre estes pinos e
das interfaces adesivas. o cimento resinoso.

033 Fratura vertical em pré-molar com pino intrarradicular: 036 Estudo por elementos finitos da influência da férula na
análise por elementos finitos fratura radicular vertical
AFV Santos, CB Tanaka, JBC Meira, RY Ballester CB Tanaka, AFV Santos, JBC Meira, RY Ballester
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo (SP), Brasil. Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP), São Paulo (SP), Brasil.
Financiamento: CNPq-134701/2007-0 e Fapesp-05/53069-1 Financiamento: Fapesp-07/00191-0, 05/53069-1.

Objetivos: Pré-molares superiores restaurados com pinos intrarradiculares apresentam alta incidên- Objetivo: Acredita-se que a férula diminui o risco de fratura radicular vertical. O objetivo deste
cia de fratura radicular vertical (FRV). A hipótese é que o achatamento mésio-distal do canal e o trabalho foi verificar a influência da férula na tensão de tração, em raízes de pré-molares superiores
descolamento do pino favorecem a FRV, especialmente quando o retentor intrarradicular apresenta restauradas com pinos perfeitamente aderidos ou totalmente descolados. Materiais e Métodos: Foram
formato oval. O objetivo deste trabalho foi verificar a validade da hipótese, através da análise por construídos modelos 3D de segundo pré-molar superior restaurado com pinos intrarradiculares anatô-
elementos finitos. Material e Métodos: A partir de dois modelos 3D estilizados de dente hígido (canal micos com módulo de elasticidade de 100 GPa. Os pinos foram considerados perfeitamente aderidos
oval, Co, e canal circular, Cc), foram construídos modelos com pinos aderidos (A) ou descolados (D), (A) ou totalmente descolados (D). A coroa foi simulada sem ou com férula (altura de 1,5 mm). Uma
com módulo de elasticidade 37 ou 200 GPa. Os casos de Co foram restaurados com Pc ou Po, e os de Cc, carga de 100 N foi aplicada na vertente interna da cúspide vestibular a 45º do longo eixo do dente.
apenas com Pc. Os materiais foram considerados homogêneos, isotrópicos, lineares e elásticos. Uma Todos os materiais foram considerados homogêneos, lineares e isotrópicos. Os diferentes modelos
carga de 300 N foi aplicada na vertente interna da cúspide vestibular a 45º do longo eixo do dente. foram comparados quanto à distribuição da tensão máxima principal (σmax) e magnitude, localização
Analisou-se a distribuição da tensão máxima principal (σmax). Resultados: A σmax para os casos D (em e direção do pico da σmax na raiz. Resultados: Os casos A apresentaram diminuição de até 50% da
MPa, CoPo37: 92,2; CoPo200: 78,0; CoPc37: 139,0; CoPc200: 122,0; CcPc37: 101,0; CcPc200: 65,5) foi σmax na raiz (de 69,7 para 35,1 MPa), nos casos com férula (F); de 78,7 para 33,4 MPa, nos casos
aproximadamente três vezes maior do que o encontrado nos dentes hígidos (em MPa, Ho: 30,4; Hc: sem férula (sf). Não houve diferença evidente nos valores da σmax entre os casos A (F: 35,1 MPa; sf:
30,6) e nos casos A (em MPa, CoPo37: 39,9; CoPo200: 30,2; CoPc37: 40,8; CoPc200: 39,1; CcPc37: 38,9; 33,4 MPa) e o dente hígido (30,4 MPa). Nos casos D, a presença da férula provocou uma diminuição
CcPc200: 37,5). Comparando-se os casos D, os modelos com Po apresentaram tensões inferiores em de 0,8% da σmax (de 78,7 para 69,7 MPa). Conclusão: A presença da férula não demonstrou diminuição
relação aos Pc, mantendo as outras variáveis constantes. Para os Pc, percebe-se uma diminuição da significativa na tensão de tração da dentina em casos de pinos perfeitamente aderidos. Pinos aderidos
σmax de até 35% ao aumentar o módulo do pino (CcD) ou uma redução de até 46% ao mudar a seção apresentaram resposta de tensão semelhante às do dentes hígidos, o que demonstra um menor risco
do canal de oval para circular (D200). Conclusão: O descolamento do pino foi determinante para o de fratura na raiz.
maior risco de FRV. O achatamento mésio-distal do canal só foi determinante para os casos com Pc.
Mantendo-se as outras variáveis constantes, os casos Po apresentaram as menores tensões na raiz,
principalmente nos casos D.

216
037 Análise fotoelástica da tensão gerada pelo agente de 040 Geração de modelos tridimensionais para FEA de dentes
cimentação resinoso quando associados a pinos de fibra de anteriores e posteriores
vidro acessórios PCF Santos-Filho1,2, PV Soares1,2, PY Noritomi3, AY Uehara3, DT Kemmoku3, JVL Silva3, LRM
K Bosso, A Gonini-Júnior, L Wang, MB Lopes Martins2, CJ Soares1
Departamento de Odontologia da Universidade Norte do Paraná (Unopar), Londrina (PR), Brasil.
1
Universidade Federal de Uberlândia (UFU) – Uberlândia (MG), Brasil.
2
Departamento de Dentística da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual

Objetivo: O presente trabalho avaliou, por meio de fotoelasticidade, a tensão gerada pelos agentes de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil.
3
Centro de Pesquisa Renato Archer (CENPRA) – Campinas (SP), Brasil.
de cimentação resinosos sobre as paredes do preparo radicular mediante a inserção ou não de pinos Área: Dentística e Materiais Odontológicos
de fibra de vidro principal ou acessórios. Materiais e Métodos: Os corpos-de-prova foram constitu- Financiamento: Fapesp 07/01489-2
ídos por discos de resina fotoelástica com um orifício de 2 mm de altura e 4 mm de largura. Foram
utilizados cinco corpos-de-prova que tiveram as paredes do orifício jateadas com óxido de alumínio e
revestidas por uma camada de adesivo (Scotchbond Multi-uso), a qual, após aplicada, foi fotoativada Objetivo: O avanço tecnológico tem motivado simulações e análises de comportamento biomecâ-
por 20 segundos. As amostras foram divididas em cinco grupos, de acordo com o sistema de pinos nico em estruturas complexas. O objetivo deste estudo foi desenvolver protocolo de modelagem tri-
empregados: Grupo 1 (G1), controle, cimento resinoso BiFix; Grupo 2 (G2), foi incluída uma secção dimensional para dentes anteriores e posteriores, com aplicabilidade do método de elementos finitos.
de um pino de fibra de vidro principal (Reforpost); Grupo 3 (G3), foram incluídas secções de um pino Materiais e Método: Selecionaram-se incisivo central (IC) e pré-molar (PM) hígidos. Esmalte, dentina
principal e de dois acessórios (Reforpin); Grupo 4 (G4), foram incluídas cinco secções de pinos aces- e polpa foram degradados em diferentes fases com ácido clorídrico a 2% e mapeados com scanner
sórios. Após a polimerização, os corpos-de-prova foram analisados e a representação visual das ten- de contato tridimensional (Modela, Roland). Os arquivos estereolitográficos foram exportados para
sões, medidas pelo programa Imagetool, tendo com base no anel isocromático de ordem 1. Os dados programa Bio-CAD (Rhinoceros-3D). Volumes de cada estrutura dental, de suporte, tratamento en-
foram convertidos em MPa por meio de equação própria e os dados, submetidos à ANOVA e ao teste dodôntico e técnicas restauradoras foram gerados por meio da associação de superfícies NURBS.
de Tukey a 5%, em nível de significância. Resultados: G1 (3,48 ± 0,23) não diferiu estatisticamente Os modelos foram exportados para o programa de elemento finitos (FEMAP-NeiNastran), no qual
de G2 (3,27 ± 0,26), porém ambos diferiram de G3 (2,82 ± 0,14) e G4 (2,80 ± 0,18), os quais não se realizou o processo de malhagem, inserção das propriedades mecânicas e condições de contorno.
diferiram entre si. Conclusões: A inclusão de pinos acessórios em canais radiculares pode contribuir Foram gerados quatro modelos: incisivo central (IC) hígido, IC restaurado indiretamente, PM hígido
para a diminuição da tensão sobre as paredes de dentina. e PM restaurado diretamente. Foi simulada aplicação de carga na palatina do incisivo e oclusal do pré-
molar. Os resultados foram analisados pelo critério de von Mises. Resultados: Os resultados obtidos
mostraram que o modelo geométrico desenvolvido é adequado, tendo facilitado o procedimento de
geração e controle de malhas. Conclusão: O protocolo apresentado pode proporcionar vantagens em
relação a outros métodos de obtenção de geometria complexa pela facilidade de execução, baixo custo
e possibilidade de alterações geométricas.

038 Efeito da morfologia radicular no comportamento 041 Influência da remoção de estrutura no comportamento
biomecânico de pré-molares biomecânico de pré-molares
LHA Raposo1, PV Soares1, PCF Santos-Filho1, A Uehara2, D Taka2, P Noritomi2, JVL Silva2, PV Soares1,2, PCF Santos-Filho1,2, PY Noritomi2, AY Uehara2, DT Kemmoku2, JVL Silva2, LRM
LRM Martins3, CJ Soares1 Martins3, CJ Soares1
1
Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Dentística e Materiais Odontológicos, Uberlândia 1
Grupo de Biomecânica da Área de Dentística e Materiais Odontológicos da Faculdade de Odontolo-
(MG), Brasil. gia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia (MG), Brasil.
2
Centro de Pesquisas Renato Archer, Divisão de Desenvolvimento de Produtos – Promed, Campinas 2
PROMED, Divisão de Desenvolvimento de Produtos do Centro de Pesquisas Renato Archer.
(SP), Brasil. 3
Dentística, Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas
3
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Dentística, Piracicaba (SP), Brasil. (Unicamp), Piracicaba (SP), Brasil.
Financiamento: Fapesp 0659903-6. Financiamento: Fapesp 06/59777-0 e 06/59903-6.

Objetivo: Avaliar o efeito da morfologia radicular na distribuição de tensões em pré-molares supe- Objetivo: A conservação da estrutura dental hígida durante execução de preparos é fator importante na
riores por meio de método de elementos finitos, simulando ensaios laboratoriais de fratura. Materiais longevidade do complexo dente-restauração. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da remoção
e Métodos: Um pré-molar superior humano foi selecionado e as estruturas de esmalte e dentina foram sequencial de estrutura dental de pré-molares por meio de elementos finitos (EF). Material e Métodos:
sequencialmente degradadas com solução de ácido clorídrico 2%. Os contornos de esmalte, dentina Pré-molar hígido foi selecionado, esmalte, dentina e polpa foram degradados em diferentes fases com
e raiz foram escaneados com escâner de contato. Imagens estereolitográficas tridimensionais foram ácido clorídrico 2%, e mapeados com scanner de contato. Os dados de cada estrutura foram exportados
obtidas. Os arquivos foram exportados para programa Bio-CAD (Rhino-3D). Os volumes de cada es- para programa de Bio-CAD (Rhino-3D) e superfícies NURBS de cada estrutura foram obtidas. Pela
trutura foram obtidos pela associação de superfícies NURBS. Neste programa, estruturas de suporte e associação das mesmas foram gerados os volumes das estruturas dentais, de suporte, tratamento endo-
restauração Classe II de resina composta foram criadas. Os volumes foram exportados para programa dôntico e restauração, totalizando sete modelos tridimensionais: M1 – hígido; M2 – preparo oclusal;
de elementos finitos (FEMAP/NASTRAN). As malhas de cada estrutura foram criadas, as proprieda- M3 – ocluso-distal; M4 – mesio-ocluso-distal (MOD); M5 – MOD + acesso endodôntico; M6 – MOD
des mecânicas inseridas e as condições de contorno definidas para execução de análise linear, estática + tratamento endodôntico (TE); e M7 – MOD + TE + restauração de resina composta. Os volumes fo-
e isotrópica. Os modelos foram designados com quatro configurações radiculares: unirradicular (UN); ram exportados para programa de EF (Nastran) para processamento da malha e condições de contorno.
birradicular com furca apical (BA); birradicular com furca média (BM) e birradicular com furca cer- Carregamento de 200 N foi realizado na superfície oclusal e a distribuição de tensões foi analisada pelo
vical (BC). Foi realizada aplicação de carga de 200 N, simulando contato oclusal. A distribuição de critério de von Mises. Resultados: Os maiores níveis de tensão foram observados nos ângulos internos
tensões foi analisada por meio do critério de von Mises. Resultados: Foi detectada concentração de dos modelos M4 (26 MPa); M5 (40 MPa) e M6 (44 MPa). O modelo M7 apresentou comportamento
tensões na região de furca, variando entre 30 a 50 MPa. Nos modelos BC pode-se observar concen- similar ao M1, com máxima concentração de tensões na região cervical (30 MPa). Conclusão: Pode-se
tração de tensões na furca e base da restauração. Conclusão: A morfologia radicular influenciou o concluir que quanto maior a remoção da estrutura dental, maior concentração de tensões e risco de
comportamento biomecânico de pré-molares superiores restaurados. fratura coronária, a qual pode ser evitada e minimizada com restaurações adesivas.

039 Efeito do tipo de cimento na adesão de pinos de fibra de 042 Influência da restauração e irradiação no comportamento de
vidro pré-molares
MC Dutra1, PM Mendonça1, CG Castro1, FR Santana1, MG Roscoe1, FC Amaral1, PCF San- MG Roscoe1, FR Santana1, CG Castro1, PM Mendonça1, FC Amaral1, LHA Raposo1, PV So-
tos-Filho2, CJ Soares1 ares2, CJ Soares1
1
Universidade Federal de Uberlândia (UFU) – Uberlândia (MG), Brasil. Área: Dentística e Materiais Dentários
2
Departamento de Dentística da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual 1
Área de Dentística e Materiais Dentários da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) – Uberlân-
de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil. dia (MG), Brasil.
Área: Dentística e Materiais Dentários 2
Departamento de Dentística da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual
Financiamentos: Fapemig CDS APQ – 3928 – 4.03/07 de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil.
Financiamento: Fapemig CDS APQ – 3928 – 4.03/07.
Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do tipo de cimento na adesão de pinos de fibra
de vidro (PFV) cimentados em raízes humanas. Materiais e Métodos: Trinta dentes humanos unirradicu- Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência à fratura e deformação de cúspide de pré-molares
lares foram seccionados obtendo-se raízes de 15 mm de extensão, que foram tratadas endodonticamente superiores humanos (PM) tratados endodonticamente, restaurados com resina composta ou amálgama e sub-
e divididas em três grupos (n = 10), variando o tipo de cimento: RL - Rely X Luting; RU - Rely X U100; metidos a protocolo de irradiação. Materiais e Métodos: Quarenta PM hígidos com dimensões semelhantes
RA - Rely X ARC, utilizados para cimentação de pinos de fibra de vidro liso cônico (Exacto n° 2, Angelus). foram divididos em quatro grupos (n = 10): HNI: dentes hígidos (dh) não irradiados; HI: dh irradiados; RI:
Cada amostra foi seccionada axialmente em fatias de ± 1,0 mm obtendo-se seis fatias por dente. Poste- dentes tratados endodonticamente irradiados (dTEI) com restauração mésio-ocluso-distal (MOD) em resina
riormente, as amostras foram submetidas a um ensaio de micropush-out em máquina de ensaio mecânico composta; AI: dTEI com restauração MOD em amálgama. O protocolo de irradiação foi de 60 Gy de radiação
EMIC DL2000. A força foi aplicada na direção corono-radicular, sob velocidade de 0,5 mm/min com ponta gama do cobalto-60, após o tratamento endodôntico. Após preparo padronizado e restauração dos grupos,
aplicadora de 1,0 mm até promover a extrusão do pino. Resultados: Os dados foram submetidos à análise cinco dentes de cada grupo foram submetidos a ensaio de extensometria com carregamento de 100 N. Todas
one-way ANOVA e teste Tukey. Os valores médios de resistência adesiva (MPa) e desvio padrão foram: as amostras foram testadas até a fratura em carregamento axial de compressão sob velocidade de 0,5 mm/min.
RU = 15,11± 3,00a; RL = 7,93 ± 2,81b; RA = 6,93 ± 2,3b. As amostras que tiveram pino de fibra cimentado A força máxima (N) foi obtida, e a análise estatística realizada. Resultados: A análise estatística dos valores de
com Rely X U100 apresentaram maior resistência adesiva quando comparada aos cimentos Rely X Luting microdeformação (µs) indicou diferença significante entre os grupos HNI (177,34 µs) e AI (310,56 µs). Os
e Rely X ARC. Os cimentos Rely X Luting e Rely X ARC não apresentaram diferença estatística entre si. valores de resistência à fratura (N) foram: HNI: 909,45A; RI: 710,6AB; HI: 648,5B; AI: 634,3B. Conclusões:
Conclusão: Dentro das limitações deste estudo in vitro, o cimento resinoso autoadesivo Rely X U100 apre- A irradiação diminuiu a resistência à fratura de dentes hígidos. O uso de resina composta como material
sentou melhores resultados de resistência adesiva em comparação ao cimento ionomérico Rely X Luting e restaurador de cavidade MOD para dentes irradiados resultou em resistência à fratura estatisticamente similar
ao cimento resinoso foto ativado Rely X ARC. a resistência de dentes hígidos não irradiados.

217
043 Sal de iodônio aumenta a resistência de união de sistema 046 Influência do HEMA na resistência da união de resinas
adesivo experimental adesivas experimentais
E Piva1, FB Leal1, FA Ogliari1, GS Lima1, CL Petzhold2, NLV Carreño1 FM Collares1, FA Ogliari2, E Piva3, C Petzhold4, SMW Samuel1
1
Centro de Desenvolvimento e Controle de Biomateriais da Universidade Federal de Pelotas 1
Laboratório de Materiais Dentários da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre
(UFPEL), Pelotas (RS), Brasil. (RS), Brasil.
2
Departamento de Química Orgânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS),
2
Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Angelus Ciência e Tecnologia, Londrina (PR), Brasil.
Porto Alegre (RS), Brasil.
3
Departamento de Dentística Operatória da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Pelotas (RS), Brasil.
4
Instituto de Química da UFRGS, Porto Alegre (RS), Brasil.

Objetivo: O presente estudo avaliou a influência de diferentes sistemas de fotoiniciação sobre a resistên- Objetivo: Avaliar a influência da proporção do monômero 2-hidroxietil metacrilato (HEMA) na
cia de união à microtração de um sistema adesivo autocondicionate experimental. Materiais e Métodos:
resistência da união adesiva à dentina de resinas adesivas experimentais. Materiais e Métodos: Foram
Uma resina adesiva modelo foi utilizada e para promover a fotoiniciação do material, utilizou-se somente
utilizados 24 incisivos bovinos que tiveram a dentina superficial vestibular exposta com lixas de gra-
canforoquinona (CQ) ou sistemas binários e ternários de fotoiniciação. O sistema binário foi constituído
nulação 600. Resinas adesivas com 0, 15 e 30% de HEMA foram formuladas. Após o condicionamen-
por 1 mol% de CQ mais difeniliodonio hexafluorofosfato (DPIHFP+CQ), ou então etil 4-dimetilamino
to com ácido fosfórico a 37%, todos os dentes receberam a aplicação do primer do sistema adesivo
benzoato (EDAB+CQ). No sistema ternário constituído de DPIHFP+EDAB+CQ foram utilizados 1, 2
comercial Scotchbond (3M ESPE). Os dentes foram divididos em três grupos de acordo com a resina
e 1 mol%, respectivamente. Adicionalmente, um primer autocondicionante foi formulado e utilizado no
adesiva a ser aplicada: G1, com 0% de HEMA; G2, com 15% de HEMA e, G3, com 30% de HEMA.
procedimento restaurador juntamente aos diferentes adesivos. O sistema adesivo Clearfil SE Bond (CSEB)
As resinas adesivas foram fotoativadas por dez segundos. Quatro restaurações cilíndricas com deli-
serviu como grupo de referência comercial. Para investigar a resistência de união à microtração (µTBS),
mitação da área adesiva foram confeccionadas por dente com o auxílio de uma matriz de silicone,
50 incisivos bovinos foram preparados e as restaurações confeccionadas em dentina, utilizando técnica
totalizando 32 restaurações por grupo. As restaurações foram fotoativadas por 20 segundos. A média
incremental e 20 segundos de fotoativação. Após armazenagem a 37 °C por 24 horas, os dentes foram
da área adesiva foi de 0,88 (± 0,03) mm2. Após armazenagem por 24 horas em água destilada a 37 °C,
seccionados em cortadeira de precisão e a resistência de união foi mensurada (MPa) em uma máquina de
os cilindros foram levados à máquina de ensaios para realização do ensaio de microcisalhamento. Para
ensaios mecânicos universal. A análise de fratura foi realizada em microscopia de luz. Kruskal-Wallis com
análise de 24 horas, dois corpos-de-prova por dente foram avaliados e dois foram reservados para a
método complementar de Dunn foi utilizado para comparações entre grupos. A comparação entre os dois
análise de um ano. Os dados foram analisados através de ANOVA e teste de Tukey para um nível de
tempos foi realizada através do teste de Mann-Whitney (α = 5%). Resultados: Após um ano, os seguintes
significância de 5%. O padrão de fratura foi analisado em microscopia de luz (500 x). Resultados: As
valores foram obtidos: CQ (16,8 ± 11,3)b, CQ+ DPIHFP (18,7 ± 23,2)b, CQ + EDAB (41,4 ± 16,6)a, CQ +
médias e desvios padrão de resistência da união encontrados em MPa, foram: G1: 13,77 (± 3,9); G2:
EDAB + DPIHFP (57,6 ± 22MPa)a e CSEB (49,7 ± 13,8)a. Após um ano houve redução de resistência de
14,02 (± 4,13); e, G3: 14,27 (± 4,83). Não houve diferença significativa entre os grupos testados (p >
união nos grupos CQ + DPI e CQ. *Letras sobrescritas diferentes representam diferenças estatisticamente
0,05). Na análise do padrão de fratura foi encontrada predominância de falhas mistas entre a interface
significantes entre as médias dos grupos (p < 0,05). Conclusão: Os sistemas de fotoiniciação ternário e
adesiva, dentina e resina. Conclusão: Maiores concentrações de HEMA não alteraram a resistência
binário contendo CQ+EDAB, quando utilizados em sistema adesivo autocondicionante experimental, de-
adesiva imediata das resinas adesivas experimentais.
monstraram benefícios sobre a resistência de união, ao longo de um ano de armazenagem.

044 Di-metacrilatos surfactantes como potenciais substitutos ao 047 Resistência de união de um adesivo hidrófobo à dentina
HEMA desidratada com etanol
EA Münchow, CH Zanchi, FA Ogliari, E Piva FT Sadek1, FR Tay2, DH Pashley2, RR Braga1
Centro de Controle e Desenvolvimento de Biomateriais (CDC-Bio) da Universidade Federal de 1
Departamento de Biomateriais e Bioquímica Oral da Faculdade de Odontologia da Universidade de
Pelotas (UFPel) – Pelotas (RS), Brasil. São Paulo (USP) – São Paulo (SP), Brasil.
2
Department of Oral Biology & Maxillofacial Pathology of School of Dentistry of Medical College of
Objetivos: Este estudo avaliou a resistência de união à dentina de sistemas adesivos experimentais Georgia – Augusta (GA), USA.
Financiamento: Fapesp 07/55117-9.
autocondicionantes de dois passos (SA) substituindo o HEMA por diferentes monômeros surfactantes.
Materiais e Métodos: Foram formulados cinco AS, variando o tipo de monômero hidrófilo, empre-
gados na concentração de 30% no primer (com monômero ácido e etanol/água) e 25% no adesivo Objetivo: Avaliar a eficiência da simplificação do processo de desidratação da dentina com etanol na resis-
de cobertura (com Bis-GMA/TEGDMA) em massa. Os SA foram: AP1, com PEG 1000; AP4, com tência de união de um adesivo hidrófobo. Materiais e Métodos: Molares humanos foram distribuídos em cinco
PEG 400; AB3, com Bis-EMA 30; AB1, com Bis-EMA 10; AH, com HEMA – este considerado grupos (n = 5). Sob pressão pulpar simulada de 20 mmHg, as superfícies dentinárias foram condicionadas com
controle. Foram utilizados 50 incisivos bovinos divididos em cinco grupos. Após remoção do esmalte ácido fosfórico 37% por 15 segundos e lavadas abundantemente. No Grupo Controle, foi utilizado o sistema
vestibular com lixa 600 e exposição de dentina, o primer foi aplicado sob agitação por 30 segundos. Scotchbond MP (3M ESPE). Os demais grupos tiveram a dentina desidratada com soluções de etanol, aplica-
Seguiu-se a aplicação do adesivo e fotoativação por 20 segundos. A restauração foi confeccionada em das por meio de diferentes protocolos. Para o Grupo I (50, 70, 80, 95% e 3 x 100%), o tempo de desidratação
três incrementos, armazenada em 37 ºC por 24 horas e, após, seccionada em cortadeira de precisão. foi três minutos e 30 segundos (30 segundos por passo). Os Grupos II, III e IV utilizaram apenas 100% etanol,
O ensaio de microtração foi realizado em máquina de ensaio mecânico, e os valores de resistência de aplicado em sete, três e um passo de 30 segundos, respectivamente. Em seguida, foi feita a aplicação do primer
união analisados pelo método ANOVA (1 fator) e teste de Tukey (α = 5%). Resultados: Os valores de (50% BisGMA + TEGDMA, 50% etanol), seguida da aplicação do adesivo hidrófobo (BisGMA + TEGDMA).
resistência de união (RU) em MPa foram: AP1 (37,4 ± 11,2); AP4 (35,2 ± 13,3); AB3 (24,6 ± 8,7); Após aplicação do adesivo, um bloco em Filtek™ Z250 (3M ESPE) foi construído incrementalmente. Decor-
AB1 (26,9 ± 8,6); AH (58,9 ± 14,2). AH apresentou RU estatisticamente superior aos demais grupos. ridas 24 horas, os dentes foram seccionados, sendo obtidos espécimes com secção retangular de 0,8 mm2, os
AP1 e AP4 apresentaram valores intermediários, sendo significativamente superiores ao AB3. Con- quais foram submetidos ao teste de microtração. Resultados: Os valores de resistência de união observados no
clusões: Conclui-se que os quatro monômeros surfactantes empregados isoladamente proporcionaram grupo com desidratação da dentina utilizando concentrações crescentes de etanol (Grupo I = 45,8 ± 6,2MPaa)
foram semelhantes apenas ao Grupo Controle (44,2 ± 3,5MPaab), sendo que esse também foi semelhante aos
adesão ao substrato dentinário quando presentes em sistemas adesivos autocondicionantes. Entretan-
grupos com a aplicação de 100% etanol em três ou sete passos (em MPa, Grupo II = 35,5 ± 4,8b; Grupo III =
to, a presença de HEMA determinou maior resistência de união à dentina.
34,7 ± 6,2b). Aplicação de 100% etanol em um passo resultou em valores significantemente menores (Grupo IV
= 24,5 ± 5,5MPac). Conclusões: Quando aplicados por três minutos e 30 segundos, o uso de soluções de etanol
com concentrações crescentes resultou em maior resistência de união do que utilização apenas de 100% etanol.
Não obstante, valores de resistência de união semelhantes ao controle também foram obtidos nos grupos com
protocolos de desidratação simplificada realizada em três ou sete passos, com 100% etanol.

045 Resistência de união do sistema adesivo contendo MDPB à 048 Análise micromorfológica da interface resina-dentina com
dentina afetada por cárie após armazenamento em meio com dois sistemas adesivos
S. mutans GC Lopes, EM Daudt, DCS Farias
FG Carvalho1, SBP Fúcio1, AB Paula1, HL Carlo1, L Correr-Sobrinho1, R Puppin-Rontani1,2 Departamento de Estomatologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – Florianópolis
1
Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – (SC), Brasil.
Piracicaba (SP), Brasil.
2
Departamento de Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil.
Objetivo: O objetivo deste trabalho foi o de avaliar a interface adesiva formada na dentina com dois
sistemas adesivos total-etch (1 e 2 frascos) através de diferentes formas de aplicação: uma seguindo
Financiamento: Fapesp 05/57268. as instruções do fabricante e a outra modificada, aplicando-se cinco camadas de cada sistema adesi-
vo. Materiais e Métodos: Dois terceiros molares hígidos, recém-extraídos, provenientes de pacientes
Objetivo: Avaliar a resistência de união (µTB) de sistema adesivo com flúor e MDPB à dentina com idades entre 18 e 23 anos foram cortados em máquina universal de corte (Isomet) obtendo-se
dois discos de dentina com espessura de 1 mm e, posteriormente, no sentido mésio-distal, totalizan-
permanente afetada por cárie quando armazenado em duas soluções: meio com S. mutans e água.
Materiais e Métodos: Doze terceiros molares foram utilizados. A dentina foi exposta ao meio de cárie do oito amostras (n = 4). Os sistemas adesivos utilizados foram os seguintes: Adper Single Bond 2
artificial (BHI) com S. mutans. A dentina infectada foi removida e a dentina afetada foi restaurada com (3M-ESPE, St. Paul, MN, USA) e XP Bond (Dentsply Caulk, York, PA, USA). Os espécimes foram
Scotchbond Multi-Purpose (SB) ou Clearfil Protect Bond (CP) (n = 6) e resina TPH. Palitos de 1 mm2 divididos aleatoriamente em dois grupos: um seguindo as recomendações do fabricante referente à
foram obtidos e armazenados em BHI + S. mutans por três dias (Sm), água deionizada por três meses sua aplicação (duas camadas) e o outro com aplicação de cinco camadas consecutivas (modificada).
(A) ou controle (C) – microtração imediata. Do mesmo dente foram removidos os palitos para os três Todos os espécimes sofreram condicionamento ácido por 15 segundos (ácido fosfórico 37%) e foram
armazenamentos, de acordo com o adesivo (n = 31): 1- SB + C; 2- SB + Sm; 3 - SB + A; 4 – CP + C; posteriormente lavados e gentilmente secados. Após a aplicação do sistema adesivo, os espécimes fo-
5 – CP + Sm; 6 – CP + A. Após o procedimento, o teste de microtração foi realizado. Os dados foram ram restaurados com resina flow (Filtek flow Z-350 - 3M-ESPE, St. Paul, MN, USA) com incremento
submetidos aos testes ANOVA e Tukey (α = 5%). Resultados: Entre os meios de armazenamento, único (1,5 mm) e fotopolimerizados por 40 segundos. Os espécimes foram fixados, desidratados,
houve diferença significante entre os grupos 1 (26 MPa) e 2 (15,3 MPa); 1 e 3 (16,5 MPa); 4 (20,5 incluídos em resina epóxica, polidos, condicionados, (HCl 6N) desproteinizados, recobertos com ouro
MPa) e 6 (14,8 MPa). Entre os adesivos houve diferença somente entre os grupos 1 e 4. Conclusões: paládio (AuPl) e analisados no microscópio eletrônico de varredura (Philips XL- 30). Resultados:
O flúor e MDPB presentes no adesivo CP preveniram a degradação da união quando Sm foi utilizado. Houve formação de camada híbrida em todas as amostras, entretanto, mostrou-se mais espessa nos
Comparando-se os adesivos, não houve diferença na µTB quando Sm e A foram utilizados. espécimes em que foram aplicadas cinco camadas de adesivo. Conclusão: A espessura da camada
híbrida não é influenciada pela aplicação de camadas adicionais dos sistemas adesivos, apresentando
somente um aumento na espessura da camada adesiva.

218
049 Desempenho clínico de restaurações cervicais com duas 052 Influência da matriz orgânica nas propriedades mecânicas
estratégias adesivas de compósitos experimentais
GC Lopes1, A Ballarin1, T Bruggemann2, MT Oliveira2, E Pacheco2, G Fretta2 F Gonçalves, RR Braga
1
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – Florianópolis (SC), Brasil. Departamento de Biomateriais e Bioquímica Oral da Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo
2
Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) – Tubarão (SC), Brasil. (SP), Brasil.
Área: Dentística Financiamento: Capes

Objetivo: Avaliar o desempenho clínico de restaurações de resina composta em lesões cervicais não- Objetivo: Uma das principais causas de falhas nas restaurações de compostos resinosos, quando
cariosas com sistema adesivo autocondicionante de passo único (Xeno III, Dentsply) e com sistema submetidos aos esforços mastigatórios, é a fratura. O objetivo desse estudo foi avaliar a influência da
adesivo simplificado que usa o prévio condicionamento ácido (Prime&Bond NT, Dentsply). Materiais proporção de BisGMA e TEGDMA na resistência à flexão e no módulo de elasticidade de compósitos
e Métodos: Foram restauradas 70 lesões cervicais não-cariosas na face vestibular de caninos e pré-mo- experimentais. Materiais e Métodos: Foram confeccionados sete compósitos experimentais com 40%
lares. Os grupos foram divididos da seguinte forma (n = 35): no Grupo 1, após condicionamento ácido em peso de sílica coloidal contendo BisGMA:TEGDMA nas proporções de 2:8, 3:7, 4:6, 5:5, 6:4,
por 15 segundos (ácido fosfórico 36%) foi aplicado o sistema adesivo simplificado (Prime&Bond NT, 7:3, 8:2 (em mols); e canforquinona e amina em concentração de 2 mol% cada. Resistência à flexão
Dentsply) de acordo com as instruções do fabricante; no Grupo 2, foi aplicado o sistema adesivo auto- e módulo de elasticidade (n = 10) foram determinados por teste de flexão em três pontos (Instron). A
condicionante de passo único (Xeno III, Dentsply) de acordo com as instruções do fabricante. Resina porção linear do gráfico de carga versus deslocamento gerado em cada ensaio foi utilizado para cálcu-
composta de micopartículas (Durafil VS, Heraeus Kulzer) foi utilizada como material restaurador nos lo do módulo de elasticidade. Os dados foram submetidos à ANOVA de fator único/teste de Tukey (α
dois grupos. Todas as restaurações foram avaliadas após 1 semana, 6 meses e 12 meses. A efetividade = 0,05). Resultados: A resistência à flexão e o módulo de elasticidade apresentaram relação inversa à
clínica foi registrada de acordo com a retenção, integridade marginal, ausência de microinfiltração, concentração de BisGMA (R² = -0,970; R² = -0,997, respectivamente). As médias e desvios-padrão,
ausência de cárie secundária e ausência de sensibilidade pós-operatória. Os dados foram comparados em MPa, (proporção de BisGMA:TEGDMA entre parênteses; letras iguais indicam ausência de dife-
com teste de proporção. Resultados: após 6 meses da consulta inicial, 70 restaurações (100% taxa de rença estatisticamente significante, p > 0,05) foram, para resistência à flexão: 73,4 ± 6,3a (2:8); 69,1 ±
retorno) foram avaliadas. Após 12 meses, 53 restaurações (83% taxa de retorno) foram avaliadas. Os 10,3a (3:7); 67,3 ± 10,7ab (4:6); 63,7 ± 6,9ab (5:5); 56,9 ± 8,2bc (6:4); 51,4 ± 6,8c (7:3); 40,3 ± 6,1d (8:2);
resultados percentuais de retenção, integridade marginal, ausência de microinfiltração, ausência de para módulo de elasticidade: 1,9 ± 0,2a (2:8); 1,8 ± 0,1ab (3:7); 1,8 ± 0,2ab (4:6); 1,6 ± 0,2bc (5:5); 1,4 ±
cárie secundária e ausência de sensibilidade pós-operatória foram: Prime&Bond NT - 6 meses: 100, 0,2c (6:4); 1,1 ± 0,2d (7:3); 0,7 ± 0,1e (8:2). Conclusões: O aumento na concentração de BisGMA resul-
89, 89, 100 e 89%; Prime&Bond NT - 12 meses: 88, 82, 82, 100 e 83%; Xeno III - 6 meses: 98, 89, tou em diminuição do módulo de elasticidade e da resistência à flexão dos compósitos estudados.
89, 100 e 83%; Xeno III - 12 meses: 96, 81, 81, 100 e 87%. Não houve diferença significativa entre os
grupos nos diversos parâmetros avaliados. Conclusão: o desempenho clínico do adesivo autocondicio-
nante (Xeno III) foi similar ao sistema adesivo que usa o prévio condicionamento ao ácido fosfórico
(Prime&Bond NT). Ambos os sistemas tiveram desempenho clínico adequado após um ano.

050 Análise da interface adesiva em função da idade dentinária: 053 Benzodioxolas como coiniciadores de origem natural para
observação com MEV polimerização radicalar
GC Lopes1, LCC Vieira1, E Araújo2 GS Lima1, FA Ogliari2, E Munchow1, NLV Carreño3, E Piva1
1
Departamento de Dentística da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – Florianópolis 1
Centro de Controle e Desenvolvimento de Biomateriais da Universidade Federal de Pelotas
(SC), Brasil. (UFPEL), Pelotas (RS), Brasil.
2
Clínica Integrada da UFSC – Florianópolis (SC), Brasil. 2
Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Angelus Ciência e Tecnologia, Londrina (PR),
Brasil.
Objetivo: Analisar através do microscópio eletrônico de varredura (MEV) a interface adesiva for- 3
Instituto de Química e Geociências da UFPEL, Pelotas (RS), Brasil.
Financiamento: CNPq, Processo 478731/2007-8. 
mada nos substratos dentinários jovem e adulto com sistema adesivo após dois tempos de condicio-
namento ácido. Materiais e Métodos: Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa, três molares
humanos foram doados por pacientes adultos (A) com idade entre 55 e 60 anos, e outros três por pa- Objetivo: Este estudo avaliou o desempenho de componentes naturais à base de benzodioxolas,
cientes jovens (J) entre 18 e 22 anos. O esmalte oclusal foi removido e a superfície dentinária oclusal, como coiniciadores para polimerização radicalar de monômeros. Materiais e Métodos: Foi utilizada
polida. Os dentes foram cortados vestíbulo-lingualmente, sendo as metades mesiais condicionadas uma blenda modelo constituída por BisGMA (50%) e TEGDMA (50%) em massa. Canforoquinona
com ácido fosfórico 35% (3M ESPE) por 15 segundos, formando os grupos G15J na dentina jovem (CQ) 1% molar foi utilizada como fotoiniciador da polimerização. Foram formulados grupos experi-
e G15A na dentina adulta. Nas metades distais, o ácido foi aplicado por 30 segundos, formando os mentais com diferentes coiniciadores (álcool piperonílico-AP, 1,3-benzodioxola BZ e difeniliodônio
grupos G30J e G30A. O adesivo SingleBond (3M ESPE) foi aplicado e a resina híbrida (Z250, 3M hexafluorfosfato-DPIHFP) em uma concentração 1% molar, constituindo sistemas binários e ternários
ESPE) foi inserida em incrementos. Depois de 24 horas, os espécimes foram cortados longitudinal- para fotoativação. Um grupo com amina terciária (EDAB) foi formulado como controle. A cinética de
mente, fixados, desidratados, embebidos em resina epóxica, polidos, condicionados, desproteinados, polimerização foi avaliada em espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier acoplado
recobertos e analisados no MEV (Philips XL 30). Resultados: No grupo G15A, a camada híbrida (CH) a um sistema de ATR. Resultados: Quando somente CQ foi utilizada como fotoiniciador, uma lenta e
formada na dentina intertubular e os prolongamentos resinosos apresentaram-se em menor espessura limitada conversão foi observada. A adição de um segundo componente (AP, BZ, DPIHFP ou EDAB)
do que na dentina jovem (G15J e G30J). Houve nítida dificuldade de desmineralização na dentina aumentou a taxa de polimerização e a conversão. Os sistemas ternários de fotoiniciação com AP ou
peritubular (G15A). A duplicação do tempo de condicionamento (G30A) resultou na formação de BZ associados ao DPIHFP revelaram aumento na taxa de polimerização, possibilitando uma elevada
uma CH mais homogênea na dentina intertubular e mais nítida na dentina peritubular. Conclusão: conversão em um curto período de tempo e superando aquele alcançado, quando o sistema convencio-
A dentina de pacientes adultos (entre 55 e 60 anos de idade) é mais resistente ao condicionamento nal CQ + EDAB é utilizado. Conclusão: No presente estudo foram identificadas alternativas efetivas
ácido fosfórico 35%, tornando indicada a aplicação por 30 segundos para permitir uma hibridização de coiniciadores dos grupos das benzodioxolas. Além disso, em termos biológicos as características
mais adequada. das benzodioxolas avaliadas, presentes na dieta humana, podem ser mais promissoras que as aminas
terciárias nas formulações odontológicas.

051 Avaliação da continuidade de margem em restaurações 054 Influência de enxaguatórios bucais na solubilidade e
adesivas absorção de um nanocompósito
IM Vieira, MF de Goes GS Almeida, L Gonçalves, JD Noronha Filho, EM Silva
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Univer- Departamento de Odontotécnica da Universidade Federal Fluminense (UFF) – Niterói (RJ), Brasil.
sidade Estadual de Campina (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil.
Objetivo: Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência de enxaguatórios bucais, com e sem
Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar a continuidade de margem produzida por diferentes ma- álcool, na solubilidade e na absorção salivar de um compósito nanoparticulado – Filtek Z350 (3M
teriais resinosos usados em restaurações adesivas diretas. Materiais e Métodos: Trinta superfícies Espe). Materiais e Métodos: Vinte espécimes (∅ = 6 mm / h = 1 mm), foram fotoativados (Optilux
vestibulares de dentes bovinos foram desgastadas para expor uma área plana em dentina. Cavidades 501) com 650 mW/cm2 por 20 segundos e divididos aleatoriamente em quatro grupos: Grupo 1 – Sa-
circulares (1,5 mm de profundidade e 1,8 mm de diâmetro) foram feitas em cada dente, sendo divi- liva artificial (controle), Grupo 2 – Plax Fresh Mint, Grupo 3 – Plax sem álcool, Grupo 4 – Listerine.
didas em seis grupos (n = 5). G1 = Single Bond 2 (SB) + Z350; G2 = Vitrebond Plus + SB + Z350; Inicialmente, os espécimes foram mantidos em estufa a 37 °C/24h e pesados a cada uma hora, com
G3 = Filtek Silorane + self-etch primer e adesivo; G4 = U100 + SB + Z350; G5 = Vitrebond Plus + precisão de 0,0001 gramas, até atingirem uma massa constante (m1). O volume (V) dos espécimes
self-etch primer e adesivo + Filtek Silorane; G6 = Adper SE Plus + Z350. Todos os produtos foram (mm3) foi obtido com um paquímetro digital. Após os procedimentos, todos os grupos permaneceram
usados de acordo com as instruções do fabricante 3M/ESPE. Os espécimes foram armazenados por em saliva artificial a 37 °C durante sete dias e foram imersos por dois minutos, duas vezes ao dia (com
24 horas em água destilada a 37 ºC e, depois, polidas com lixas de SiC (1200 e 2000). Foram obtidas 12 horas de intervalo) em cada enxaguatório (o Grupo 1 permaneceu em saliva). Depois de lavados
réplicas em resina epóxica de todas as restaurações, analisadas em microscópio eletrônico de varre- e pesados (m2), os espécimes foram colocados em um dessecador com sílica gel azul (24horas) e
dura. O percentual de continuidade das margens da restauração foi obtido pela mensuração linear da pesados a cada uma hora, até a obtenção de uma massa constante (m3). A solubilidade e a absorção
margem descontínua, em µm, pela medida integral do perímetro da restauração multiplicado por 100. (µg/mm3) foram mensuradas com base na norma ISO 4049. Os dados obtidos foram submetidos à
Os valores percentuais obtidos foram submetidos à Análise de Variância a um critério (α = 0,05). análise de variância e teste de Tukey (α = 0,05). Resultados: Os valores de absorção e solubilidade
Resultados: As médias (%) e devios padrão da continuidade da margem das restaurações foram: GI do Grupo 4 (21,69 ± 3,09 / 6,20 ± 1,41) foram estatisticamente superiores aos demais grupos Grupo 3
= 59,86 (8,10); G2 = 92,04 (4,12); G3 = 100 (0,00); G4 = 94,28 (2,55); G5 = 100 (0,00); G6 = 100 (14,36±13,27 / 3,50±1,35) = Grupo 2 (12,9±3,33 / -2,98±1,12) = Grupo 1 (13,95 ± 2,41 / -3,09 ± 1,09),
(0,00). Os grupos 3, 5 e 6 apresentaram 100% de continuidade de margem e foram estatisticamente (p < 0,05). Conclusões: De acordo com publicações anteriores e os resultados deste trabalho, pode-se
diferente dos demais grupos. Conclusão: O sistema restaurador Filtek Silorane e o sistema adesivo concluir que a maior concentração de álcool e o menor pH do Listerine (Grupo 4) possibilitaram o
autocondicionante Adper SE Plus e a resina composta Z 350 produziram restaurações com 100% de aumento dos valores de absorção e solubilidade do compósito avaliado.
margens contínuas.

219
055 Influência do pré e pós-aquecimentos nos compósitos diretos 058 Influência da concentração de nanopartículas de carga em
LC Yamasaki, NRG Fróes-Salgado, RL Rocha, C Francci
propriedades selecionadas de uma resina adesiva
Departamento de Biomateriais e Bioquímica Oral da Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo MCM Conde, CH Zanchi, SA Rodrigues-Junior, NLV Carreño, FA Ogliari, E Piva
(SP), Brasil. Centro de Controle e Desenvolvimento de Biomateriais da Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
Financiamento: Fapesp 05/60479-1. – Pelotas (RS), Brasil.
Financiamento: CNPq 550374/2007-8
Objetivo: Avaliar as influências de tratamentos térmicos pré e pós-cura na microdureza, na rugosi-
dade superficial e no desgaste de compósitos diretos, visando à possibilidade de indicação para restau-
rações indiretas. Materiais e Métodos: Foram avaliados quatro compósitos de uso direto (Esthet-X®,
Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito de diferentes concentrações de nano-
partículas de sílica coloidal (Aerosil) na resistência coesiva (RC), confiabilidade estrutural e no grau
Filtek™ Z350, Opallis, Four Seasons), um indireto – como controle (Cristobal), duas condições de de conversão de uma resina adesiva experimental de cobertura. Materiais e Métodos: Nanopartículas
pré-aquecimento (uso ou não do Calset-Addent a 68 °C) e três de pós-cura (autoclave, forno do siste- foram adicionadas a uma matriz resinosa formulada à base de HEMA/Bis-GMA/TEGDMA, nas se-
ma Cristobal ou sem aquecimento). Os espécimes foram fotoativados (500 mW/cm2) por 20 segundos. guintes concentrações: R0 = 0%; R1 = 1%; R3 = 3%; R5 = 5%; R10 = 10%. A resina de cobertura
Para o teste de microdureza Knoop, os espécimes (10 x 2 x 2 mm, n = 10) receberam dez edentações do sistema Adper Scotchbond® Multi-Purpouse foi utilizado como referência comercial (SBMP).
(30 s/100 g) na face irradiada. Para os outros testes, cilindros (5 x 2 mm, n = 10) dos compósitos Vinte espécimes em formato de ampulheta, com área de secção transversal menor que 1 mm2, foram
tiveram as rugosidades superficiais avaliadas (Ra e Rz) antes e após ciclagem mecânica (400.000/8 confeccionados para cada adesivo e submetidos ao ensaio de resistência coesiva em uma máquina
kgf). As médias de microdureza e rugosidade foram submetidas à ANOVA e ao teste de Tukey (5%). de ensaio universal (DL500, EMIC). Para aferir o grau de conversão dos materiais avaliados, um
O desgaste foi mensurado com a escala M-L (Lugassy e Moffa, 1985), por três avaliadores calibrados, espectrofotômetro no infravermelho (RT-FTIR Shimadzu) acoplado a um sistema ATR foi utilizado.
sendo os valores submetidos ao teste de Kruskal-Wallis. Resultados: Para microdureza, os fatores Os dados foram submetidos à análise de Weibull, à análise de variância (ANOVA) e ao teste com-
principais foram estatisticamente significativos (marca do compósito p < 0,001; pré-aquecimento p < plementar de Tukey. Resultados: As médias para RC em MPa foram as seguintes: R0 = 65,4 ± 8,4;
0,01; pós-cura p < 0,001), assim como suas interações (compósito versus pré-aquecimento p < 0,001; R1 = 73,2 ± 8,8; R3 = 72,0 ± 8,4 e R5 = 73,1 ± 9,7 MPa; R10 = 85,5 ± 13,1 MPa; SBMP = 79,0 ±
compósito versus pós-cura p < 0,05; pré-aquecimento versus pós-cura p < 0,001; interação tripla p < 11,0. R10 apresentou a maior RC (p < 0,05), seguido por R5 e SBMP que não diferiram entre si (p >
0,001). Após a ciclagem mecânica, todos tiveram a rugosidade aumentada (Ra p < 0,01; Rz p < 0,001). 0,05), enquanto R0 apresentou menor RC (p < 0,05). A análise de Weibull não demonstrou diferença
Houve diferenças significativas entre as médias de desgaste (Ho = 0,001% , teste de Kruskal-Wallis). significativa no módulo de Weibull entre os grupos. O grau de conversão final, após 30 segundos, das
Conclusões: Os compósitos apresentaram rugosidade similar à do Cristobal, mesmo sem qualquer tra- resinas experimentais foi de aproximadamente 52%, não havendo diferença na taxa de polimerização.
tamento térmico pré ou pós-cura. O Filtek™ Z350 e o Esthet-X® apresentaram resistência ao desgaste Conclusão: A adição de nanopartículas de carga em concentração de 10% proporcionou um aumento
similar ao do Cristobal, o primeiro sem qualquer tratamento térmico, o segundo quando submetido na resistência coesiva do adesivo experimental testado, sem interferir na confiabilidade estrutural ou
à pré-cura apenas. Já o Opallis pré-aquecido mostrou uma tendência a aumentar sua resistência ao no grau de conversão do mesmo.
desgaste, mas não o suficiente para se equiparar ao Cristobal. Por fim, o Four Seasons apresentou
resistência ao desgaste inferior ao Cristobal, e nenhum tratamento a aumentou.

056 Estabilidade de cor e densidade de ligações cruzadas de 059 Irradiância, comprimento de onda espectral e aumento de
compósitos vencidos temperatura de LEDs
LFR Garcia1, S Consani1, FCP Pires-de-Souza2 MN Gomes1, AGV Moraes1, NRG Fróes-Salgado1, LC Yamasaki1, LM Silva1, L Correr-Sobri-
Área: Materiais Dentários. nho2, RR Moraes2, C Francci1
1
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da 1
Departamento de Biomateriais e Bioquímica Oral da Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil. (SP), Brasil.
2
Departamento de Materiais Dentários e Prótese da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da 2
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da
Universidade de São Paulo (USP) – Ribeirão Preto (SP), Brasil. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil.

Introdução: Atualmente, o excelente resultado estético obtido com compósitos exige que o dentista Objetivo: Avaliar os comprimentos de onda e correlacionar irradiação com aumento de temperatura
utilize-se de diversos matizes de resinas para confeccionar uma restauração. No entanto, para essa dos diferentes dispositivos de LEDs disponíveis no mercado nacional (Ultralight III – UL; LEC 470
confecção, pouco material é utilizado e, muitas vezes, devido ao pouco uso, o compósito atinge seu II – LE; Biolux – BL; Ultra blue – UB; Blue Star – BS; Mais – MS) e internacional (Smart Lite – SL;
prazo de validade e a embalagem ainda contém material. Objetivo: Este estudo teve por objetivo Radii Plus – RP; Elipar 2 – EP; LE Demetron – LD; Celalux – CL; Ultralume 5 – UT; Bluephase – BP;
avaliar a estabilidade de cor associada à densidade de ligações cruzadas (DLC) de três compósitos Flashlite – FL) e lâmpada halógena (Optilux 501 – OP). Materiais e Métodos: Foi utilizada a resina
com prazo de validade vencido (Tetric Ceram, Tetric Ceram HB e Tetric Flow – Ivoclar Vivadent), composta Herculite XRV cor A2, fotoativada por 40 segundos. As irradiâncias dos dispositivos fo-
submetidos ao envelhecimento artificial acelerado (EAA), comparativamente aos mesmos no prazo ram verificadas em radiômetro (LED Radiometer) Demetron e caracterizada com espectroradiômetro
de validade. Materiais e Métodos: Foram obtidos 30 corpos-de-prova (n = 5), a partir de uma matriz (Ocean Optics 1000) acoplado a um microprocessador NOVA. O aumento da temperatura das fontes
de teflon (2 x 7 mm), submetidos à leituras de cor (espectrofotômetro PCB 6807 BYK GARDNER) e de luz foi verificado com termômetro digital, utilizando-se termopares do tipo K posicionados em
à verificação da DLC pelo método indireto (microdureza Knoop, microdurômetro Shimadzu HMV-2 contato com a ponta das fontes de luz a cada 5 segundos. As médias de aumento de temperatura foram
Series) antes e após EAA. Resultados: Após análise estatística (two-way ANOVA, Tukey, p < 0,05), submetidas à análise de variância e ao teste Tukey (5%). Resultados: Os maiores valores de irradiância
observou-se que não houve diferença estatisticamente significante na estabilidade de cor entre os (mW/cm2) com pico máximo de emissão de onda (ηm), respectivamente, foram de acordo com a irra-
compósitos vencidos e dentro do prazo de validade, com exceção do Tetric Flow, que apresentou a diância [BS (1200; 458) = FL(1200, 467) > BP (1180, 458) > CL (1000; 468) = UT (1000; 405 e 468].
menor alteração de cor entre os materiais vencidos (p < 0,05). Antes do EAA, os compósitos vencidos Os maiores valores médios de aumento de temperatura (oC) foram [FL (45,2 ± 2) > UT (38,8 ± 0,5) >
apresentaram menor DLC que os demais, com diferenças estatisticamente significantes (p < 0,05) em BS (26,5 ± 0,3). Há uma correlação significativa (r = 0,82) entre aumento de temperatura e irradiância
relação aos compósitos no prazo de validade e vencidos após EAA. Conclusões: O prazo de validade e (p < 0,01). Conclusão: LEDs com maior irradiância atingem temperaturas mais elevadas.
o EAA têm influência sobre a estabilidade de cor e a densidade de ligações cruzadas dos compósitos.

057 Impacto dos métodos de fotoativação nas propriedades de 060 Coiniciador para fotopolimerização em meio ácido
resinas compostas MS Silva , GS Lima1, FA Ogliari2, CL Petzhold3, FF Demarco1, E Piva1
1

MB Lopes1, RR Moraes2, A Gonini-Júnior1, E Piva3 1


Centro de Desenvolvimento e Controle de Biomateriais da Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
1
Departamento de Odontologia da Universidade Norte do Paraná (Unopar), Londrina (PR), Brasil. – Pelotas (RS), Brasil.
2
Departamento de Odontologia Restauradora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),
2
Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Angelus Ciência e Tecnologia – Londrina (PR),
Piracicaba (SP), Brasil. Brasil.
3
Departamento de Odontologia Restauradora da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Pelotas
3
Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) – Porto Alegre (RS),
(RS), Brasil. Brasil.
Financiamento: CNPq Processo 478731/2007-8 

Objetivo: Investigar o impacto de diferentes métodos de fotoativação em compósito. Materiais e Objetivo: Este estudo avaliou o desempenho de um sistema de foto-iniciação livre de amina, para
Métodos: A fase resinosa foi composta de Bis-GMA (50%p), TEGDMA (50wt%p), canforoquinona
(0.4%p), dimetill-p-toluidina (0.8%p) e hidroquinona (0.1%p); a inorgânica de partículas de vidro de polimerização radicalar de monômeros metacrilatos. Materiais e Métodos: Uma resina modelo com-
estrôncio silanizado (75%p). Os métodos testados foram: alta intensidade contínua (AIC = 500 mW/ posta por 70% de Bis-GMA/TEGDMA (50/50) e 30% de monômero ácido fosforado foi utilizada.
cm2 por 20 segundos), média intensidade contínua (MIC = 250 mW/cm2 por 40 segundos), baixa Para promover a fotopolimerização do material, foi utilizado:  somente canforoquinona (CQ) e sis-
intensidade contínua (BIC = 100 mW/cm2 por 100 segundos), pulse-delay-1 min (PD – um minuto temas binários contendo CQ + ácido sulfínico e CQ +EDAB (controle). Para investigar a cinética
= 100 mW/cm2 por cinco segundos + um minuto de intervalo + 500 mW/cm2 por 19 segundos), de conversão das resinas de cada sistema em tempo real, foi utilizado um espectrofotômetro de in-
pulse-delay – três minutos (PD – três minutos = 100 mW/cm2 por cinco segundos + três minutos de fravermelho com transformada de Fourier acoplado a um sistema ATR (reflectância total atenuada).
intervalo + 500 mW/cm2 por 19 segundos. O grau de conversão (GC) foi avaliado por espectroscopia, Para investigar a resistência à flexão (MPa) e módulo de elasticidade (MPa) dos polímeros formados,
resistência à flexão (RF) e módulo de elasticidade (ME) através de teste de três pontos e coeficiente foram confeccionados corpos-de-prova em matriz metálica de 2 x 2 mm (largura e espessura) e 10
de absorção (α), calculado através da alteração de peso de espécimes cilíndricos após imersão em clo- mm de comprimento. Os corpos-de-prova foram polidos e submetidos a ensaio na máquina de ensaios
rofórmio. Médias foram submetidas à ANOVA e teste de Student-Newman-Keuls (5%). Resultados: mecânicos. Resultados: A adição do ácido sulfínico como coiniciador possibilitou a fotopolimerização
Para GC (%), PD– um minuto (43.9 ± 4.8) mostrou valores estatisticamente inferiores à AIC (50.6 da resina experimental (α = 51%) sendo estatisticamente semelhante ao controle CQ+EDAB (α =
± 2.8), MIC (49.8 ± 2.7), BIC (50.1 ± 2.1) e PD – três minutos (51.7 ± 5.2). Para FS e FM, respecti- 54%). Os resultados de resistência à flexão foram submetidos ao teste t, sendo o sistema alternativo
vamente (MPa), AIC (174 ± 29, 918 ± 124) mostrou valores estatisticamente superiores à BIC (130 com ácido sulfínico semelhante ao controle com EDAB. Os valores de módulo de elasticidade foram
± 35, 716 ± 121), PD – um minuto (138 ± 31, 730 ± 108), PD – três minutos (111 ± 13, 672 ± 97) e submetidos ao teste de Mann-Whitney Rank Sum. O Grupo Controle (707,80 MPa) apresentou valor
MIC (144 ± 34, 748 ± 107), porém neste sem diferir para FS. Para α (g/mL), AIC (0.19 ± 0.08) foi mediano inferior ao grupo experimental com ácido sulfínico (860,65 MPa). Conclusão: O uso do
estatisticamente superior à BIC (0.25 ± 0.02) , PD – um minuto (0.25 ± 0.01) e de três minutos (0.30 ácido sulfínico como coiniciador em meio ácido revelou-se efetivo na reação de polimerização, à
± 0.02), este estatisticamente inferior aos demais. MIC (0.22 ± 0.04) não diferiu de AIC. Conclusão: semelhança da amina terciária usada nos sistemas convencionais.
Em geral, AIC mostrou melhores resultados para todas as propriedades.

220
061 Efeito da área na resistência de união: microcisalhamento e 064 Efeito da temperatura do corante sobre a microinfiltração
análise por elementos finitos em resina composta
AM Andrade1, IAVP Poiate1, EJ Poiate2, SK Moura3, A Reis4, AD Loguercio4, RHM Grande1 CMC Alves1, RC Travincas1, MP Fortes1, JF Costa1, RHM Grande2
1
Departamento de Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo 1
Universidade Federal do Maranhão (UFMA) – São Luís (MA), Brasil.
(USP) – São Paulo (SP), Brasil. 2
Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo (SP), Brasil.
2
Departamento de Engenharia de Minas e Petróleo da Escola Politécnica da USP – São Paulo (SP), Brasil. Financiamento: CNPq – N 185602/2005-3.
3
Departamento de Odontologia da Universidade Norte do Paraná (Unopar) – Londrina (PR), Brasil.
4
Departamento de Odontologia Restauradora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) –
Ponta Grossa (PR), Brasil.
Objetivo: O objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência da temperatura do corante sobre a
microinfiltração marginal em restaurações classe II, utilizando dois adesivos. Materiais e Métodos:
Financiamento: CNPq 135807/06-9 e 141412/08-9.
Foram utilizados 20 molares hígidos, e 40 cavidades classe II (MO/OD) foram confeccionadas. Na
face mesial e distal, de forma aleatória, foram utilizados os adesivos de primer autocondicionante
Nos estudos que avaliam a resistência de união (RU) do sistema adesivo, entre o substrato dental e a Adper Scotchbond multi-purpose (Sctb) (3M ESPE) e a caixa oposta com adesivo de frasco único
resina composta por meio de microcisalhamento, a área considerada nos cálculos é aquela correspondente Adper Single Bond 2 (Sb) (3M ESPE). Todas as cavidades foram restauradas com resina composta
ao diâmetro interno da cânula. Mas, será que o adesivo que fica na posição correspondente à parede dessa FILTEK Z350 (3M ESPE). Os espécimes foram termociclados após 24 horas e depois os dentes do
cânula pode influir no valor de RU e também afetar a distribuição de tensões? Objetivo: Avaliar essa ques- Grupo I foram imersos em solução de nitrato de prata a 25%, por duas horas em temperatura de 37
tão com o emprego da Análise por Elementos Finitos (AEF). Materiais e Métodos: O adesivo Futurabond o
C. No Grupo II, os espécimes foram imersos em solução de nitrato de prata a 25%, por duas horas
NR foi aplicado em esmalte planificado (seis molares) e fotoativado, uma cânula (diâmetro interno de 0,75 em temperatura de 5 oC. Após a imersão, os dentes foram mantidos em solução reveladora por seis
mm, externo de 2,29 mm e altura 0,4 mm) foi posicionada, a resina foi inserida e fotoativada segundo as horas e, então, lavados em água corrente. Os dentes foram seccionados no longo eixo e examinados
normas do fabricante, para confeccionar os corpos-de-prova. Após armazenagem em água (24h/37 °C), as em lupa esteroscópia com 25 X de aumento, por três examinadores calibrados. O teste estatístico
cânulas foram removidas, os corpos-de-prova ensaiados (Instron a 0,5 mm/min) e os dados tratados por utilizado foi ANOVA fatorial com nível de significância de 5%. Resultados: Os resultados mostraram
ANOVA. Dois modelos tridimensionais (programas MSC Patran e MSC Nastran 2005) foram construídos que os valores obtidos para o Grupo I foram 2,8 ± 1,22 (Sb) e 3,3 ± 1,05 (Sctb). Já para o Grupo II,
para a AEF, sendo submetidos às respectivas condições de contorno do ensaio de microcisalhamento, ou os valores encontrados foram 1,8 ± 1,03 (Sb) e 2,0 ± 1,24 (Sctb). O valor de p para os adesivos foi de
seja, com ou sem a camada de adesivo correspondente a parede da cânula. Resultados: O valor de RU (ten- 0,65 (ns) e para as temperaturas foi de 0,0034 (s) e para a interação adesivo versus temperatura foi de
são média de 27,0 ± 5,1 MPa) obtido pelo ensaio de microcisalhamento é inferior (de 4,5 a 8 vezes) ao valor 0,68 (ns). Conclusão: Os autores concluíram que a temperatura do corante teve influência significante
real da tensão de falha (tensão máxima) obtida pela AEF. Considerando os diâmetros externo e interno da sobre a microinfiltração. Houve maior infiltração com o corante na temperatura a 37 ºC. O adesivo Sb
cânula como área aderida, a tensão máxima no adesivo foi de 143 MPa e 320 MPa, respectivamente. Con- promoveu uma menor microinfiltração quando comparado ao adesivo Sctb.
clusões: Com base nas condições do estudo, a área aderida influi nos cálculos de RU e afeta a distribuição
de tensões, devido a melhor dissipação das tensões atuantes numa área aderida maior, minimizando assim,
a concentração de tensões na interface esmalte-adesivo-resina.

062 Caracterização dos ensaios de flexão biaxial e em três pontos 065 Efeitos da ciclagem térmica sobre resistência de união de
por fractografia e AEF selantes odontológicos
B Pick, JBC Meira, RR Braga D Sundfeld Neto1, L Correr-Sobrinho1, TA Valentino1, LS Gonçalves1, V Rahal2, LS Machado2,
Departamento de Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo FG Oliveira2, RH Sundfeld2
(USP) – São Paulo (SP), Brasil. 1
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia da Universidade Esta-
Financiamento: Capes. dual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil.
2
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia da Universidade Esta-
Objetivo: Avaliar as superfícies de fratura e a distribuição de tensões em corpos-de-prova (cps) de dual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – (Unesp) Araçatuba (SP). Brasil.
compósitos após serem submetidos aos ensaios de resistência à flexão biaxial (BI) e em três pontos
(3P). Materiais e métodos: Os fragmentos de 15 discos (15 x 1 mm) e 15 barras (10 x 2 x 1 mm) de Objetivo: Analisar o efeito da ciclagem térmica sobre a resistência de união ao microcisalhamento de um
três compósitos comerciais (Concept Advanced, Vigodent, CA; Heliomolar, Ivoclar-Vivadent, HE e selante autocondicionante e outro resinoso convencional ao esmalte dental. Materiais e Métodos: Vinte e
Filtek™ Z250, 3M ESPE, FZ) resultantes dos ensaios de resistência à flexão BI e 3P foram analisados quatro molares humanos hígidos extraídos por razões ortodônticas foram limpos, seccionados no sentido
em estereomicroscópio, para classificar a origem da fratura em poros ou defeitos, superficiais ou mésio-distal e divididos em dois grupos (n = 24) de acordo com o selante a ser aplicado: G1, Climpro
subsuperficiais. As cinco barras e os cinco discos mais representativos de cada tipo de defeito de (3M/ESPE) e G2, selante autocondicionante Enamel Loc (Premier Dental). Os selantes foram aplicados
origem foram analisados em microscopia eletrônica de varredura (MEV). Para verificar a distribuição seguindo a recomendação dos fabricantes sobre esmalte planificado em matrizes com 1 mm de diâmetro.
de tensões nos cps, foi realizada a análise de elementos finitos (AEF), utilizando modelos tridimen- Os espécimes foram armazenados em água destilada por 24 horas, a 37 ºC; metade das amostras de ambos
sionais. Resultados: Nos discos, o tipo de origem mais frequente para todos os compósitos foi poro os grupos foi, então, submetida a 500 ciclos térmicos com banhos de 30 segundos com temperaturas entre
superficial: FZ (60%), CA (80%) e HE (100%). Nas barras, o tipo mais frequente para FZ (33%), CA 5 e 55 °C. Após 48 horas da confecção das amostras, o ensaio de microcisalhamento foi realizado em uma
(26,7%) e HE (26,7%) foi defeito superficial na aresta, além de poro superficial para CA (26,7%) e máquina de ensaios Instron 4411 com um fio de aço inoxidável de secção transversal cilíndrica de 0,2 mm
poro superficial na aresta para HE (26,7%). A análise em MEV sugeriu a ocorrência de crescimento de diâmetro com velocidade constante de 0,5 mm/s. Após o teste, os valores de resistência de união foram
subcrítico de trinca nos cps e que o trajeto da fratura ocorreu na interface matriz/partícula de todos os submetidos a ANOVA (dois fatores) e os padrões de fratura, examinados em microscopia óptica, com
compósitos. A AEF revelou maior concentração de tensões de tração na superfície oposta à aplicação aumento de 65 vezes. Resultados: A ciclagem térmica não influenciou a resistência de união de ambos os
da carga, sendo que, no ensaio 3P, as arestas do modelo apresentaram tensão máxima. Conclusões: No selantes. Climpro apresentou uma resistência de união ao microcisalhamento (11,72 MPa, 11,34 MPa, com
ensaio 3P, a fratura frequentemente se originou a partir de um defeito na aresta inerente à confecção e sem ciclagem, respectivamente) estatisticamente superior ao selante autocondicionante Enamel Loc (5,92
do cp, coincidindo com a região sob tensões máximas de tração. Para ensaio BI, a origem da fratura MPa, 5,02 MPa, com e sem ciclagem, respectivamente). A análise do padrão de fratura mostrou a ocorrên-
foi no centro do cp, diretamente abaixo da aplicação da carga. cia de 100% de falhas adesivas para o Enamel Loc, enquanto o selante convencional Climpo apresentou
95% de falhas adesivas e 5% de falhas mistas. Conclusões: O selante convencional apresentou uma maior
resistência de união ao microcisalhamento ao esmalte dental comparado ao autocondicionante. A realiza-
ção da termociclagem não afetou a resistência de união dos selantes utilizados nesse estudo.

063 Implicações das normas ADA e ISO frente a um ensaio 066 Efeito do pH de estocagem na liberação e recarga de flúor de
mecânico materiais restauradores
BMH Silva1, MFA Freitas2, CA Freitas2, J Mondelli2, IS Medeiros1, LE Rodrigues Filho1 FDSCM Silva1, RM Duarte2, AKM Andrade2, MAJR Montes3
1
Departamento de Biomateriais e Bioquímica Oral da Faculdade de Odontologia da Universidade de 1
Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – João Pessoa (PB), Brasil.
São Paulo (USP) – São Paulo (SP), Brasil. 2
Departamento de Odontologia Restauradora da UFPB – João Pessoa (PB), Brasil.
2
Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia de 3
Faculdade de Odontologia da Universidade de Pernambuco (UPE) – Recife (PE), Brasil.
Bauru da USP – Bauru (SP), Brasil.
Introdução: O potencial cariostático associado à propriedade de liberação de flúor de materiais res-
Objetivo: As normas estabelecidas pelas American Dental Association (ADA) e International Orga- tauradores tem sido comprovado por muitos estudos in vitro e in situ que utilizam diversos meios de
nization for Standards (ISO) têm como propósito a padronização dos diferentes ensaios mecânicos em imersão. Objetivo: O propósito deste estudo foi avaliar a influência do pH da solução de estocagem
todas as áreas de conhecimento da Odontologia. Para o ensaio de compressão axial, as especificações na capacidade de liberação de flúor de cimentos de ionômero de vidro restauradores. Materiais e
da ADA determinam que as dimensões do corpo-de-prova de formato cilíndrico seriam de 12 mm Métodos: Utilizou-se um modelo in vitro por meio da confecção de quinze corpos-de-prova de cada
de altura por 6 de diâmetro, o que implicava uma relação de 2:1. Na especificação ISO, tal espécime material: Riva (SDI), Ketac Molar (3M ESPE), Vitremer (3M ESPE) e Z-250 (3M ESPE). Posterior-
apresentaria 6 mm de altura por 4 mm de diâmetro, com a relação de 1,5:1. Essa diferença de propor- mente, os corpos de prova foram divididos em grupos de cinco e, cada grupo, estocado em 5 mL de
ções, teoricamente, impede o efeito de comparação de tais resultados. O objetivo no presente trabalho água deionizada, saliva artificial com pH 5,5 e saliva artificial com pH 7,0, respectivamente. Os meios
foi verificar se realmente existe diferença da tensão em ensaios de resistência à compressão axial de de imersão foram trocados diariamente durante 14 dias e aferida a concentração de flúor nos dias 1, 2,
espécimes cilíndricos cujas proporções altura/diâmetro sejam diferentes. Materiais e Métodos: Foram 3, 7 e 14. No décimo quarto dia os corpos de prova foram submetidos a aplicação tópica de fluoreto de
montados dois grupos de dez espécimes cada (de proporção 2:1 e 1,5:1), confeccionados com cimento sódio a 2% e novamente imersos por mais 14 dias, com troca diária dos meios de estocagem e aferição
de fosfato de zinco da SS White (Brasil), manipulado conforme recomendações do fabricante. Cada nos dias 1, 2, 7 e 14. Resultados: Após análise de variância e Teste de Tukey (p < 0,05), verificou-se
espécime foi imerso em água deionizada a 37 ºC, durante 24 horas, até o momento do ensaio efetuado maior liberação de flúor dos materiais em saliva com pH 5,5, seguida de saliva com pH 7,0 e água
numa máquina de ensaios universal EMIC, regulada na velocidade de 0,5 mm/min e equipada com deionizada. Foram observadas, ainda, diferenças estatísticas entre as concentrações de flúor liberadas
célula de carga de 200 kgf. Resultados: A tensão de ruptura no grupo de proporção 2:1 foi de 43,28 pelos materiais em cada meio de estocagem antes e após a recarga com flúor (teste de Tukey, p < 0,05).
MPa e, no de proporção 1,5:1, foi de 53,70 MPa. Para a análise dos dados, foi realizado um teste t, Conclusão: Conclui-se que os materiais estudados podem potencializar a liberação de flúor quando
para efeito de comparação dos resultados, sendo observada uma diferença estatisticamente significan- estocados em saliva com pH 5,5, que o cimento Vitremer (3M/ ESPE), modificado por resina, liberou
te. Conclusões: Os espécimes de proporção altura/diâmetro diferentes podem não apresentar um efeito maiores concentrações de flúor que os cimentos convencionais e que todos mostraram capacidade de
de comparação real e confiável. recarga de flúor.

221
067 Distribuição de tensões e resistência adesiva de amostras de 070 Influência do processo de fabricação e geometria nos
microtração e push-out espécimes em esmalte para µTS
FR Santana1, CG Castro1, PCF Santos-Filho1,2, PV Soares1,2, F Qian3, SR Armstrong4, CJ FT Sadek1, A Muench1, IAVP Poiate1, E Poiate Jr.2, PEC Cardoso1
Soares1 1
Departamento de Biomateriais e Bioquímica Oral da Universidade de São Paulo (USP), São Paulo
1
Departamento de Dentística e Materiais Dentários da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) – (SP), Brasil.
Uberlândia (MG), Brasil. 2
Departamento de Minas e Petróleo da USP, São Paulo (SP), Brasil.
2
Departamento de Dentística da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual Financiamento: Fapesp 05/60644-2.
de Campinas – Piracicaba (SP), Brasil.
3
Departamento de Odontologia Comunitária e Preventiva da Universidade de Iowa – Iowa City,
USA.
Objetivo: Verificar a influência do processo de fabricação e geometria nos espécimes em esmalte
para microtração, pelos resultados de resistência de união (RU) da distribuição de tensões pela análise
4
Departamento de Dentística da Universidade de Iowa – Iowa City, USA.
de elementos finitos (AEF) e da integridade dos corpos-de-prova (CPS) em microscopia eletrônica de
varredura (MEV) e microscopia confocal de varredura a laser (MCL). Materiais e Métodos: Quinze
Objetivo: O objetivo deste estudo foi testar a hipótese de que a distribuição de tensões e resistência molares tiveram a superfície vestibular asperizada, obtendo-se superfície plana em esmalte, sobre as
adesiva de pinos de fibra de vidro à dentina intrarradicular é influenciada pelo ensaio mecânico empre- quais foi aplicado adesivo e um bloco de resina foi construído. Após 24 horas, cinco dentes foram
gado. Materiais e Métodos: Trinta dentes humanos unirradiculares tratados endodonticamente foram seccionados com fio diamantado e cinco, com disco diamantado, obtendo-se CPS em forma de palito
preparados para cimentação de pinos de fibra de vidro cônicos (Reforpost, Angelus, Londrina, PR, com secção retangular de 0,8 mm2. Outros cinco foram seccionados com disco diamantado em retân-
Brazil) com um sistema adesivo convencional e cimento resinoso (Adper Scotchbond Multi-purpose, gulos de 1,8 x 1,8 mm e, posteriormente, desgastados com Micro Specimen Former, obtendo-se CPS
Rely X ARC, 3M ESPE, St. Paul, MN, USA). Os dentes foram divididos aleatoriamente (n = 10) em em forma de alteres com secção cilíndrica de 0,8 mm2. Dez CPS de cada condição foram analisados
ensaio de micropush-out (MP) e microtração (ampulheta-A e palito-P). Cada raiz foi seccionada em em MCL e MEV; os demais foram submetidos ao teste de RU. Para AEF, foram confeccionados
cinco espécimes com 1 mm de espessura. Durante o preparo dos espécimes para o ensaio de micro- modelos 3D (programas MSC. Patran e MSC. Nastran 2005), na qual cada geometria foi submetida às
tração, 46 de 50 palitos e 4 de 50 ampulhetas falharam prematuramente; assim, o Grupo P não pode respectivas condições de contorno do ensaio de microtração; sendo avaliada a distribuição das tensões
ser incluído no ensaio mecânico. Os espécimes restantes foram testados a 0,5 mm/min até a falha. e o campo de deformações. Resultados: AEF mostrou que CPS de secção cilíndrica distribuem melhor
A distribuição de tensões em cada tipo de espécime empregado nos ensaios mecânicos foi analisada as tensões do que os de secção retangular. No entanto, CPS em forma de alteres falharam com cargas
pelo método dos elementos finitos (FEA). Análise qualitativa foi realizada empregando-se critério de menores (21,83 ± 5,44 MPa)c do que os com secção quadrada (seccionados com fio: 43,28 ± 4,27
Von Mises, XY e Sy. Resultados: MP e A tiveram uma média de resistência adesiva de 11,89 ± 6,55 e MPaa, seccionados com disco: 36,62 ± 3,63 MPab), devido à irregularidades geométricas relacionadas
14,98 ± 12,72 MPa, respectivamente, o que não foi significativamente diferente (p = 0,1311). O ensaio ao processo de fabricação, como pode ser notado nas análises microscópicas. Conclusão: Espécimes
de push-out demonstrou uma distribuição mais homogênea pela FEA e menor variabilidade no ensaio em esmalte para microtração devem ser seccionados com fio diamantado em forma de palito, por
mecânico. Conclusão: O método de ensaio recomendado para determinação da resistência adesiva de apresentarem melhor integridade superficial e como consequência, valores de RU e probabilidade de
pinos de fibra de vidro à dentina intrarradicular é o de micro push-out. ruptura na interface adesiva maiores.

068 Otimização de imagens dentais obtidas por µCT para análise 071 Tensões de polimerização em função das dimensões do
de elementos finitos espécime em sistemas de alto compliance
FP Rodrigues1, J Li2, N Silikas2, RY Ballester1, DC Watts2 LCC Boaro, JBC Meira, RR Braga
1
Departamento de Biomateriais e Bioquímica Oral da Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo Departamento de Biomateriais e Bioquímica Oral da Faculdade de Odontologia da Universidade de
(SP), Brasil. São Paulo (USP), São Paulo (SP), Brasil.
2
Departamento de Biomateriais e Biomecânica da Universidade de Manchester – Manchester, Financiamento: Capes.
Grã-Bretanha.
Financiamento: Fapesp 06/00186-3
Objetivo: Avaliar a influência das dimensões do corpo-de-prova sobre a tensão de polimerização
(σnom), determinada através de ensaios laboratoriais e sobre a distribuição de tensões em sistemas de
Objetivo: Aperfeiçoar as imagens dentais obtidas por µCT (X-Ray Computed‑Tomography) ao teste com alto compliance. Materiais e Métodos: Um compósito quimicamente ativado (Bisfill 2B,
gerar modelos 3D para análise de elementos finitos. Materiais e Métodos: Um molar hígido foi es- Bisco) foi inserido entre bastões de acrílico (∅ = 4, 6 ou 8 mm) fixados às garras de uma máquina de
caneado em um µCT de alta resolução (1072, Skyscan, Belgium), obtendo-se 960 seções transver- ensaios mecânicos. A altura (h) dos corpos-de-prova foi ajustada em 0,5, 1, 2 ou 4 mm. σnom foi moni-
sais. Foram selecionadas 45 seções não-adjacentes (arquivos bitmap) para as etapas seguintes. Os torada por 30 minutos. A distribuição das tensões foi avaliada através de modelos 2D axissimétricos.
contornos do dente foram identificados, para cada seção, por um programa com sistema controlador Dados de σnom foram analisados utilizando-se ANOVA/Tukey (α = 5%) e análises de regressão entre
de imagens (ScanIP, Simpleware,UK). O arquivo gerado foi importado pelo programa de reconstru- σnom e Fator-C ou volume. Resultados: A interação entre ∅ e h foi significante (p < 0,01). σnom variou
ção 3D Scan FE (Simpleware) para criar um arquivo STL (estereolitografia, elementos 2D). Este foi entre 1,3 e 3,8 MPa. Para um mesmo ∅, houve um aumento na tensão com aumento da h do espécime.
importado pelo programa de análise de elementos finitos (AEF) Patran (MSC Software) no qual foi σnom apresentou correlações negativas com Fator-C positivas com volume para cada ∅ separadamente.
obtida uma nova malha de elementos 2D e superfícies. Uma nova exportação do arquivo foi realizada Quando σnom foi dividida pelo volume do corpo-de-prova (σnom por mm3), observaram-se correlações
para o programa Hypermesh (Altair Hyperworks) para construir as cavidades do dente por ‘cutting positivas com Fator-C para cada ∅ separadamente e forte correlação negativa com volume para todos
planes’. Finalmente, a malha 3D (tetramesh) foi criada e o modelo foi ‘reimportado’ para a aplicação os dados. FEA mostrou que na direção longitudinal (σy) as tensões de tração aumentaram proporcio-
das condições de contorno, propriedades e pós-processamento (Patran e Marc, MSC. Software). Para nalmente com a altura, enquanto as tensões compressivas diminuíram. Na direção transversal (σx), as
demonstrar o uso do modelo resultante deste processo, foi utilizado um caso particular de uma res- tensões de tração foram mais intensas nos corpos-de-prova de menor altura, isto foi mais evidente nos
tauração Classe I submetida à carga distribuída. Resultados: Os padrões de distribuição de tensões no espécimes de maior ∅. Conclusão: O desenvolvimento de tensões se mostrou diretamente relacionado
compósito e no dente foram verdadeiramente 3D, o que sugere o potencial deste modelo para futuras ao aumento das dimensões do corpo-de-prova. Os resultados sugerem existir uma severa influência
simulações. Concentrações de tensão foram encontradas na superfície em que a carga foi aplicada e dos compliances longitudinal e transversal, bem como de diferentes mecanismos de alívio (tensões
nas redondezas da interface dente-restauração devido à complexidade de sua geometria. Conclusão: O compressivas e deformação da superfície livre).
procedimento descrito é de um método de sucesso capaz de produzir um modelo 3D para AEF de um
molar restaurado com qualquer configuração de cavidade e combinação de materiais restauradores.

069 Influência do delineamento do estudo no tamanho da 072 Ensaio de resistência adesiva por torção versus cisalhamento
amostra para teste de microdureza aplicado com fio
GP Soares1, NMAP Hernandes1, VG Arias2, GMB Ambrosano1, JR Lovadino1, FHB Aguiar1 TA Xavier, FP Rodrigues, JBC Meira, RY Ballester
1
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Departamento de Biomateriais e Bioquímica Oral da Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil. (SP), Brasil.
2
Departamento de Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic, Financiamento: Capes.
Campinas (SP), Brasil.
Financiamento: Fapesp 07/04328-0
Objetivo: Comparar, por meio do método dos elementos finitos, a distribuição de tensões em tes-
tes de torção e cisalhamento por fio, para tentar predizer eventual superioridade de um deles para a
Introdução: A literatura não apresenta uma padronização quanto ao número mínimo de amostras avaliação da resistência de união de materiais restauradores adesivos ao dente. Materiais e Métodos:
para estudos que utilizam o teste de microdureza. Objetivo: Determinar o tamanho de amostra ideal Os modelos 3D foram construídos com os softwares MSC.Patran® e MSC.Marc®, representando três
em delineamento complexo para experimentos de teste de microdureza Knoop em compósito dental, cilindros perfeitamente unidos: de compósito, adesivo (sempre de 50 micrometros de espessura) e de
pelo cálculo do poder do teste. Materiais e Métodos: Foram confeccionadas 60 amostras, com um dentina, com maior diâmetro. Para cada teste, foi avaliada a influência de variáveis de configuração
compósito micro-híbrido, e divididas em três grupos que diferiram na fonte de luz. Com delineamento na distribuição de tensões: módulo de elasticidade [E = 5 ou 20 GPa] e tamanho [4 e 0,8 mm de diâ-
inteiramente ao acaso e 30 endentações por amostra, os valores de microdureza foram submetidos à metro] do compósito e sua adaptação ao adesivo (com ou sem filete) e, para o cisalhamento com fio, a
análise estatística. Os fatores foram fontes de luz (três níveis), superfícies (dois níveis), regiões (três distância de aplicação da carga até a interface [0,1; 0,2; 0,25; 0,4; 1,0; e 2,0 mm]. Os materiais foram
níveis) e endentações (cinco níveis), n = 20. Os resultados foram analisados por meio do teste ANO- considerados isotrópicos, homogêneos e linear-elásticos. Em todos os modelos, a malha conteve ao
VA; os quadrados médios dos resíduos dos fatores de variação e o tamanho de amostra foram calcu- redor de 200.000 elementos tetragonais com quatro nós. A dentina teve a base e as paredes laterais
lados fixando-se o poder do teste. Resultados: Houve diferença estatística significativa para os fatores fixadas nas direções x, y e z. O carregamento com fio foi simulado aplicando pressão distribuída em
superfície, região e endentação. Para o fator Grupo, com efeito de delineamento (delta) de 42,5, ao uma linha na metade do perímetro do compósito, e a aplicação da torção foi feita em quatro nós, no
utilizar n = 15 o poder foi para 87%. Para o fator superfície, observou-se diferença significativa, sendo extremo de um cilindro de módulo 200 GPa sobre o cilindro de compósito. Ambos os carregamentos
que os valores de topo apresentaram a maior variabilidade de resultados quando comparados aos de resultaram numa tensão nominal arbitrária de 4 MPa. Resultados: O teste de torção apresentou menor
base. Sendo assim, ao fixar a superfície topo para obter um poder de 88% são necessários 25 espéci- sensibilidade da distribuição de tensões na interface adesiva a variáveis como espessura relativa do
mes (Delta= 45KHN). Já para a base, 15 espécimes seriam necessários para a obtenção de um poder adesivo (que varia com o tamanho do cilindro de compósito) e módulo de elasticidade do compósito,
de 87% (Delta = 7 KHN). Para região, são necessários n = 15 (Delta = 7 KHN) para que se obtenha de além de ter reduzido a tendência de fratura coesiva no substrato. Conclusões: O teste de torção parece
um poder de 87%. Para endentação, são necessário n = 25 (Delta = 1 KHN) para se obter um poder de mais apropriado do que o de cisalhamento, com fio para testar resistência de união de compósitos
86%. Se os valores de Delta forem maiores de 5 (KHN) apenas n = 5 são necessários para a obtenção ao dente.
de um poder maior que 99%. Conclusão: O delineamento influencia nas amostras necessárias para a
obtenção de um poder adequado, possibilitando a detecção de diferenças significativas.

222
073 Análise da distribuição de tensões em amostras de flexão 076 Influência do tempo de condicionamento na morfologia de
convencional e miniflexão superfície e resistência de união de cerâmica reforçada por
LS Gonçalves1, RR Moraes1, RB Fonseca2, S Consani1, L Correr-Sobrinho1, CJ Soares3
leucita prensada sob calor
1
Departamento Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual LZ Naves1, LS Gonçalves1, RR Moraes1, VR Novaes1,2, CJ Soares1, L Correr-Sobrinho1
de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil. 1
Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) –
2
Universidade Estadual de Londrina (UEL) – Londrina (PR), Brasil. Piracicaba (SP), Brasil.
3
Departamento de Dentística e Materiais Odontológicos da Universidade Federal de Uberlândia 2
Departamento de Dentística e Materiais Odontológicos da Faculdade de Odontologia da Universi-
(UFU) – Uberlândia (MG), Brasil. dade Federal de Uberlândia – Uberlândia (MG), Brasil.
Área: Materiais Dentários
Objetivo: Este estudo analisou a resistência à flexão e distribuição de tensões pelo método tridimen-
sional de elementos finitos (EF) de amostras de resina composta (Filtek™ Z250, 3M ESPE) nos testes
de flexão de três pontos convencional e miniflexão. Materiais e Métodos: Para a flexão convencional,
Objetivo: Este estudo avaliou a resistência de união ao microcisalhamento entre a cerâmica refor-
çada por leucita IPS Empress Esthetic (Ivoclar) e o cimento resinoso Variolink II (Ivoclar Vivadent),
12 barras (25 mm de comprimento x 2 mm de largura x 2 mm de altura, 20 mm de distância entre em diferentes tempos de condicionamento da cerâmica. Materiais e Métodos: Foram confeccionados
os apoios) foram preparadas de acordo com a norma International Organization for Standardization 40 blocos da cerâmica IPS Empress Esthetic, medindo 12 mm de comprimento por 5 mm de largura
(ISO) 4049, seguindo os procedimentos tradicionais de fotoativação (aparelho XL2500, 3M ESPE, e 2 mm de espessura, divididos aleatoriamente em quatro grupos (n = 10), de acordo com o tempo de
700 mW/cm2). Para a miniflexão, 12 barras (7 mm de comrpimento x 2 mm de largura x 1 mm de condicionamento com ácido fluorídrico 10%: G1: 20 segundos (controle); G2: 10 segundos; G3: 40
altura, 5 mm entre os apoios) foram confeccionadas, utilizando procedimento único de fotoativação segundos; G4: 20 segundos, seguido de lavagem com água, secagem com ar por 10 segundos e novo
por 20 segundos. O teste de flexão foi realizado em máquina para ensaios mecânicos e os dados, condicionamento por 20 segundos. Após aplicação do agente de silanização Ceramic Primer (3M
submetidos ao teste t (p < 0,05). Para a análise de EF, as barras foram simuladas computacionalmente, ESPE), cilindros do cimento resinoso Variolink II, com 1 mm diâmetro por 1,5 mm de altura foi posi-
sendo isotrópicas, elásticas, lineares e homogêneas, com módulo de elasticidade (12,5 GPa) e coefi- cionado sobre o bloco cerâmico, sob carga de 250 g por 2 minutos e fotoativado por 40 segundos com
ciente de Poisson (0,3) definidos. Em ambas as amostras, foi simulada pressão de 40 N no centro da o aparelho XL 2500 (3M ESPE). Após armazenagem em água numa estufa por 24 horas, as amostras
barra. Resultados: Não houve diferença significativa entre a barra convencional (155,8 MPa ± 24,3) e foram submetidas ao ensaio de resistência ao microcisalhamento, à velocidade de 0,5 mm/min. Os
a miniflexão (153,6 MPa ± 35,2). As tensões se distribuíram de maneira mais uniforme na minibarra, dados foram submetidos à Análise de Variância e ao teste de Tukey (5%).  Resultados: Os valores de
enquanto maiores tensões com distribuição menos uniforme foram observadas nas áreas de com- resistência de união (MPa) do G2 = 7,31 (a) e G3 = 7,2 (a) foram estatisticamente superiores ao G4 =
pressão e tração da amostra convencional. Conclusões: O teste de miniflexão proporcionou melhor 4,89 (b). Nenhuma diferença estatística foi observada entre o G1 = 6,06 (ab) e os demais. Conclusão:
distribuição de tensões quando comparado ao teste convencional, mostrando-se como uma alternativa Os tempos de condicionamento de 20 segundos (G1) e 40 segundos (G3) proporcionaram os maiores
confiável para a flexão convencional. valores de resistência de união.

074 Parâmetros de crescimento subcrítico de trincas em 077 Microinfiltração e GAPs em restaurações totalmente
cerâmicas odontológicas cerâmicas em função do adesivo
CC Gonzaga2, PF Cesar2, HN Yoshimura2, WG Miranda Jr.1 MD Araujo, AFV Santos, PF Cesar, RHM Grande
1
Departamento de Biomateriais e Bioquímica Oral da Faculdade de Odontologia da Universidade de Departamento de Biomateriais e Bioquímica oral da Universidade de São Paulo (USP), São Paulo
São Paulo (USP) – São Paulo (SP), Brasil. (SP), Brasil.
2
Laboratório de Metalurgia e Materiais Cerâmicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado
de São Paulo (IPT) da USP – São Paulo (SP), Brasil.
Financiamentos: Fapesp 03/14089-1.
Objetivo: O objetivo deste estudo foi comparar a microinfiltração e a qualidade de margem em
restaurações totalmente cerâmicas, variando-se o modo de condicionamento do substrato (ácido
fosfórico e adesivo autocondicionante) e o modo de ativação do adesivo (fotoativação e ativação
Objetivo: Determinar o coeficiente de susceptibilidade ao crescimento subcrítico de trincas (n) em dual). Materiais e Métodos: Quarenta inlays cerâmicas foram cimentadas em cavidades MOD de
cinco cerâmicas utilizando-se fadiga dinâmica (FD) e fadiga por indentação Vickers (IF). Materiais e molares humano, combinando-se os diferentes tipos de adesivos. Posteriormente, foram submetidos
Métodos: Foram utilizadas duas porcelanas [VM7/Vita (V) e d.Sign/Ivoclar (D)], duas vitrocerâmicas à ciclagem térmica e à análise quantitativa da qualidade das margens da restauração em microscópio
[IPS Empress (E1) e IPS Empress 2 (E2), Ivoclar] e um compósito de alumina e vidro [InCeram eletrônico de varredura (MEV), na qual uma perda de adesão claramente visível foi considerada um
Alumina/Vita (IC)]. Discos (12 mm x 1 mm) foram preparados seguindo-se as recomendações dos gap. Pela microinfiltração com solução de nitrato de prata, obteve-se o grau de infiltração (%). Resul-
fabricantes e tiveram um lado polido. O ensaio FD foi realizado utilizando-se um dispositivo de flexão tados: O grau de microinfiltração do grupo condicionado com ácido fosfórico, em esmalte (tanto na
biaxial em cinco taxas de tensão, entre 10-2 e 102 MPa/s (n = 10). O valor de n foi determinado a partir versão dual como fotoativada), foi significativamente superior do que aquele observado em todas as
da correlação log-log das variáveis tensão de fratura e taxa de tensão. O ensaio IF foi realizado em outras condições experimentais, as quais obtiveram médias de infiltração semelhantes. Com relação à
um microdurômetro (2 kgf para porcelanas e vitrocerâmicas e 5 kgf para o compósito), tendo sido formação de gaps, neste mesmo Grupo Experimental, foi significantemente inferior a todos os outros
utilizados três espécimes e dez indentações. As medidas das trincas radiais foram realizadas em um grupos, os quais obtiveram médias de gaps semelhantes entre si. Conclusão: Quando se comparam os
microscópio óptico em tempos entre 0,1 e 100 horas. O valor de n foi calculado por meio da inclinação dois modos de ativação (fotopolimerização e ativação dual), tanto nos resultados da microinfiltração
das curvas obtidas em gráficos log tamanho da trinca x log tempo. Os dois ensaios foram realizados quanto na formação de gaps, não foi possível notar diferenças significativas entre as médias indepen-
em meio de saliva artificial a 37 oC. Também foi realizada análise microestrutural dos materiais em dentemente do tipo de condicionamento e do substrato.
microscopia eletrônica de varredura, verificando-se conteúdo cristalino e difração de raios X. Resul-
tados: No ensaio FD, E2 apresentou o menor valor de n (17,2), seguido por D(20,4) e V(26,3). E1 e
IC obtiveram os valores mais elevados, 30,1 e 31,1, respectivamente). No ensaio IF, IC apresentou o
maior valor de n (66,0), seguido por E2(40,2), D(25,6), E1(25,2) e V(20,1). Conclusões: No método
IF, as cerâmicas com alta fração de fase vítrea (V, D e E1) apresentaram valores de n similares aos
obtidos por FD. Entretanto, para os materiais com alta fração volumétrica de cristais (E2 e IC), os
valores de n foram superestimados pelo método IF.

075 Estudo de sistemas vítreos para infiltração em Alumina 078 Adesão de um cimento resinoso a uma cerâmica feldspática
JRC de Queiroz , W Acchar , C Cruz , R Amaral
1 1 1 2
R Amaral , ABS Tavares1, M Ozcän2, MA Bottino1, JRC Queiroz3, LF Valandro4
1

1
Departamento de Ciência e Engenharia de Materiais da Universidade Federal do Rio Grande do 1
Departamento de Prótese Dentária da Universidade Estadual Paulista – São José dos Campos (SP), Brasil.
Norte (UFRN) – Natal (RN), Brasil. 2
University Medical Center Groningen of University of Groningen, Netherlands
2
Departamento de Prótese Dentária da Universidade Estadual Paulista (Unesp) – São José dos 3
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) – Natal (RN), Brasil.
Campos (SP), Brasil. 4
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) – Santa Maria (RS), Brasil.
Financiamento: Fapesp 06/54009-5 e 07/54441-7
Objetivo: Neste trabalho, procurou-se estudar a composição de um novo material infiltrante para Objetivo: Avaliar a durabilidade da resistência adesiva entre um cimento resinoso e uma cerâmica felds-
Alumina. Materiais e Métodos: A frita foi baseada no sistema Li2O – ZrO2 – SiO2 – Al2O3 (LZSA) com
pática em associação à análise do pH e do ângulo de contato da superfície cerâmica, submetida à diferentes
adição de La2O3 ou CaO, a fim de substituir o material importado mais usado atualmente (In-Ceram
tratamentos de superfície. Materiais e Métodos: para análise do pH de superfície foram confeccionados 96
glass da Vita Zahnfabrik) para infiltrar Alumina, proporcionando a esse conjunto, as propriedades
discos (8 x 3 mm) da cerâmica feldspática (Vita VM7), os quais foram divididos em 12 grupos (n = 8):
mecânicas desejáveis para seu emprego como infraestrutura de suporte às coroas puras de cerâmica
CS1-sem condicionamento; CS2-ácido fluorídrico (AC) 9% 1 minuto; CS3 - CS2 + lava/seca; CS4-CS3 +
utilizadas na Odontologia, aumentando as alternativas de material frente a esse sistema oferecidos
aplicação do silano (S) 5 minutos; CS5-AC 4% 1 minuto; CS6 - CS5 + lava/seca; CS7 - CS6 + S 5 minutos;
hoje no mercado. O acréscimo de óxido de lantânio (frita A) e óxido de cálcio (frita B) foi realizado
CS8 - AC 5% 1 minuto; CS9 - CS8 + lava/seca; CS10 - CS9 + S 5 minutos; CS11 - CS9 + aplicação do
na tentativa de aumentar a viscosidade do LZSA e diminuir a sua temperatura de fusão. As fritas neutralizador + lava/seca + lavagem em ultrassom 5 minutos; CS12 - CS11 + S 5 minutos. Em seguida, o
foram depositadas sobre amostras de Alumina e levadas ao forno tubular a 1.400 °C sob vácuo em pH foi encontrando por meio de um pH-metro digital. Para a análise do ângulo de contato, foram confec-
dois grupos (1 e 2). Para outros dois grupos (3 e 4) foi realizada uma segunda infiltração, seguindo-se cionados 40 discos com as mesmas dimensões (n = 8): CS1-sem condicionamento; CS2-AC 9%; CS3-AC
os mesmo parâmetros da primeira. Um quinto grupo foi utilizado como Grupo Controle no qual as 4%; CS4-AC 5%; CS5-AC 5% + neutralização + lava/seca + lavagem ultrassom 5 minutos. As medidas
amostras de Alumina pura não foram submetidas a qualquer processo infiltratório. As amostras foram foram realizadas com um Goniômetro. Para a resistência de união, foram confeccionados 40 blocos (6,4 x
submetidas à caracterização na qual foram feitos os ensaios de densidade, porosidade, DRX, MEV e 6,4 x 4,8 mm), os quais foram submetidos aos tratamentos (n = 10): CS1-AC 9% 1 minuto; CS2-AC 4% 1
resistência mecânica pelo método de flexão três pontos. Resultados: Os grupos que foram submeti- minuto; CS4-AC 5% 1 minuto; CS5 - CS3 + neutralização + lava/seca + lavagem em ultrassom 5 minutos.
dos à dupla infiltração obtiveram melhores resultados de resistência mecânica, sendo perfeitamente Os espécimes foram armazenados em água destilada (37 °C) por 24 horas e seccionados. Os nove corpos-
compatíveis com o meio oral nesse quesito técnico. A média dos resultados obtidos para resistência de-prova obtidos foram divididos em duas condições: Seco- ensaio imediato; TC: armazenagem + termo-
mecânica para os grupos 1, 2, 3, 4 e 5 foram respectivamente 98 MPa, 90 MPA, 144 MPA, 236 MPa ciclagem. O teste de microtração foi realizado numa máquina de ensaio universal. Resultados: na análise
e 23 MPa. Conclusão: Os resultados mostraram que os vidros foram eficazes tanto na qualidade da do pH, CS6 obteve o maior resultado e CS5, CS8 e CS2 obtiveram os menores valores estatisticamente.
infiltração como nos resultados das análises de resistência mecânica. Para o ângulo de contato, CS1 obteve médias maiores comparados aos outros grupos. Para resistência de
união, houve diferença estatística para as três condições experimentais. Conclusão: A neutralização não foi
o agente causador do aumento do nível do pH, não obteve os maiores potenciais de adesão e não afetou a
resistência de união.

223
079 Efeito de tratamentos de superfície na resistência entre 082 Deflexão cuspídea de dentes restaurados direta e
bráquete cerâmico e compósito indiretamente e com diferentes bases
RV Reges1, P Helou2, M Lenza2, L Correr-Sobrinho3 JMF Silva, DM Rocha, LG May, R Nicoló, JC Rocha, MAM Araújo
1
Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Paulista (UNIP) – Goiânia (GO), Brasil. Departamento de Odontologia Restauradora da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquista
2
Departamento de Odontologia Preventiva da Universidade Federal de Goiás (UFG) – Goiânia Filho” (Unesp) – São José dos Campos (SP), Brasil.
(GO), Brasil.
3
Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade de Campinas (Unicamp) –Piracicaba
(SP), Brasil.
Objetivo: Avaliar a deflexão cuspídea de dentes restaurados direta e indiretamente, com resinas
compostas e diferentes materiais de base, submetidos à carga oclusal. Materiais e Métodos: Foram
Área: Materiais Odontológicos
utilizados 40 pré-molares superiores humanos íntegros. As raízes foram embutidas em poliuretano,
sendo os 0,3 mm referentes ao ligamento periodontal preenchidos com silicona de condensação. As
Objetivo: Avaliar a resistência à união da interface bráquete cerâmico e restauração de resina coroas receberam preparos cavitários mésio-ocluso-distais (MOD) amplos, com um terço da distância
composta, empregando quatro tipos de tratamento na base do bráquete. Materiais e Métodos: Foram entre as cúspides, como largura do istmo e distância de 1 mm da junção cemento-esmalte. Os dentes
utilizados divididos em quatro grupos de acordo com o tipo de tratamento realizado na base do brá- foram divididos em quatro grupos, conforme o tipo de restauração: 1) CIV-RCD (MOD restauradas
quete. Uma vez unidos os bráquetes, os corpos-de-prova foram submetidos à tensão de cisalhamen- diretamente com resina composta Z350 (3M ESPE) sobre base de 2 mm de cimento de ionômero de
to realizado numa máquina universal de ensaios (MTS: 810 Material Test System) calibrada com vidro forrador Vidrion F (SS White); 2) FL-RCD (MOD restauradas diretamente com Z350 sobre base
velocidade fixa de 0,05 mm/minuto. Os valores obtidos foram registrados e comparados por meio de 2 mm de resina Filtek™ Flow (3M ESPE); 3) CIV-RCI (MOD restauradas indiretamente com Z350
de médias utilizando testes estatísticos adequados. Resultados: Após análise estatística (análise de sobre base de Vidrion F); 4) FL-RCI (MOD restauradas indiretamente com Z350 sobre base de Fil-
Variância e, posteriormente, teste de Tukey) os resultados mostraram que o ácido hidrofluorídrico a tek™ Flow). Concluídas as restaurações, os corpos-de-prova foram submetidos a uma carga de com-
10% por 1 minuto, seguido do jateamento com óxido de alumínio + silano (8,16 ± 0,89), apresentou pressão de 50 N nas vertentes triturantes das cúspides vestibular e lingual, numa máquina universal
maiores valores em comparação ao grupo que utilizou profilaxia com escova de Robson e pedra de ensaios EMIC. As medidas de deflexão das cúspides linguais foram realizadas com extensômetros
pomes, (6,08 ± 0,89). Conclusão: O grupo que utilizou apenas o tratamento pelo jateamento com lineares elétricos (strain gauges) e, posteriormente, transformadas em unidades de microdeformação
óxido de alumínio e outro grupo que realizou o condicionamento com ácido hidrofluorídrico (10%) (µε). Resultados: Utilizou-se o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis (5%) para comparação entre
por um minuto não apresentaram nenhuma diferença estatisticamente significativa, sendo 7,59 ± as medianas dos fatores estudados. Não houve diferença significativa entre os valores de deformação
1,76 MPa e 6,91 ± 0,98 Mpa, respectivamente. das cúspides dos dentes restaurados, tanto para RCD (12,50) quanto para RCI (10,75), nem entre os
valores obtidos com base em CIV (12,79) ou FL (9,37). Conclusões: Não existem diferenças entre res-
taurações diretas e indiretas com resina composta, nem entre utilização de CIV ou de resina flow como
material de base, sobre a quantidade de deformação das cúspides de dentes com cavidades MOD.

080 Troca iônica: efeito na resistência e comportamento de 083 Resistência de união em dentina afetada por cárie após o uso
curva-R de dessensibilizante
V Rosa1, MM Pinto1, C Fredericci2, PF Cesar1, HN Yoshimura2 LR Perrone, CH Zanchi, RG Lund, M Bueno, E Piva
1
Departamento de Biomateriais e Bioquímica Oral da Universidade de São Paulo (USP), São Paulo Centro de Controle e Desenvolvimento de Biomateriais (CDC-Bio) da Universidade Federal de
(SP), Brasil. Pelotas (UFPel) – Pelotas (RS), Brasil.
2
Laboratório de Tecnologia Cerâmica do Instituto de Pesquisa Tecnológica, São Paulo (SP), Brasil.
Financiamento: Capes
Objetivo: Este estudo avaliou a resistência de união (RU) de dois sistemas adesivos aplicados após
o uso de desensibilizante a base de oxalato em dentina sadia (DS) e afetada por cárie (DC). Materiais
Objetivo: Determinar os efeitos da troca iônica (TI) na resistência mecânica (m, módulo de Weibull; e Métodos: Discos de 10 mm de diâmetro de dentina superficial de 56 dentes bovinos foram aleatoria-
σf0, resistência característica), crescimento subcrítico de trincas – SCG (n, coeficiente de suscetibili- mente divididos em oito grupos. Os discos de quatro grupos correspondentes à DC foram submetidos
dade ao SCG, σf0, parâmetro escalar), diagrama SPT (resistência – probabilidade – tempo) e compor- à desmineralização bacteriana por meio da cultura do Streptococcus mutans UA159 em microaerofilia
tamento de curva-R de uma porcelana feldspática reforçada por leucita. Materiais e Métodos: Discos a 36 ºC por 30 dias. Metade dos discos de DS e de DC foram tratados com o dessensibilizante BisBlo-
(12 mm diâmetro versus 1 mm espessura) foram confeccionados, polidos até 1 µm e divididos em ck, Bisco (BB), após o condicionamento ácido, e subdividivos conforme o sistema adesivo emprega-
dois grupos: GC (Controle) e GI (submetido à TI com KNO3 a 470 °C/15 minutos). Os testes foram do, Single Bond, 3M, ESPE (SB) ou One Step, Bisco (OS) (n = 7). Em cada dente, quatro cilindros
realizados em flexão biaxial com saliva artificial. Para determinar n e σf0, dez espécimes de cada grupo de resina composta de 1,5 mm de diâmetro e 2 mm de altura foram confeccionados, armazenados por
foram testados a 102, 101, 100, 10-1 e 10‑2 MPa/s. Para m e σ0, 20 espécimes de ambos grupos foram 24 horas e, após, submetidos ao teste de microcisalhamento. Os valores de RU foram analisados com
testados a 1 MPa/s. Para curva-R, sete espécimes de cada grupo receberam uma endentação Vickers Kruskal-Wallis e Student-Newman-Keuls (p < 0,05). Resultados: A RU obtida nos grupos em DS foi
(20 segundos) com carga de penetração de 0,18, 0,32, 0,56, 1,00 e 3,20 kg e foram testados a 10 estatisticamente maior do que em DC. Não houve diferença entre SB e OS, quando aplicados sem o
MPa/s. O diagrama SPT foi construído para obter a relação entre resistência, probabilidade de falha e dessensibilizante, tanto em DS quanto em DC. A aplicação prévia de BB reduziu a RU para ambos os
tempos de vida. Resultados: Os valores de m e n, σ0 e σf0 (MPa) foram: 13,8 (10,0–18,8), 24,1 ± 2,5, sistemas adesivos em DS e para o OS em DC. Conclusões: Conclui-se que a RU em DC é menor do
60,4 (58,5 – 62,2) e 58,1 ± 0,01 para GC e 7,4 (5,3 – 10,1), 36,7 ± 7,3, 136,8 (129,1 – 144,7) e 127,9 que a obtida em DS para os sistemas adesivos testados e que a aplicação prévia de dessensibilizante a
± 0,01 para GI, respectivamente. As resistências (MPa) obtidas no diagrama para um dia, um e dez base de oxalato pode resultar em redução da RU, tanto em DS quanto em DC.
anos (5% de probabilidade de falha) foram 31,8, 24,9 e 22,6 para GC e 71,1, 60,5 e 56,9, para GI. Para
curva-R, a tenacidade à fratura aumentou de 0,371 para 0,515 em GC e diminuiu de 1,240 para 0,804
em GI. Conclusão: A TI diminuiu a confiabilidade e a suscetibilidade ao SCG, suprimou a curva-R
crescente, mas aumentou a resistência mecânica do material. O diagrama mostrou uma degradação da
resistência de 54% em GC e 39% em GI após dez anos.

081 Efeito de primers e cimento resinoso na resistência de união 084 Influência do condicionamento do substrato sobre a
a cerâmica – Cercon resistência à microtração de um cimento autoadesivo
WFS Barbosa, M Di Francescantonio, TR Aguiar, GMB Ambrosano, AN Cavalcante, MT Oli- LT Prieto1, MMC Humel1, CTP Araújo1, LAMS Paulillo1, CT Dias2
veira, M Giannini 1
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Univer- Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil.
sidade Estadual de Campinas (Unicamp), Piracicaba (SP), Brasil. 2
Departamento de Bioestatística Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz (ESALQ-USP) –
Piracicaba (SP), Brasil.
Objetivo: Avaliar o efeito do uso de primers para metal na resistência de união (RU) entre o cimento
resinoso e uma cerâmica à base de zircônia (Cercon – Dentsply), através do teste de microcisalha- Objetivo: Este estudo avaliou a resistência à microtração de um cimento autoadesivo Rely X Uni-
mento. Materiais e Métodos: Foram preparadas 60 placas de cerâmica, com dimensões de 13 x 5 x 1 cem, na interface de união de peças protéticas com ou sem condicionamento ácido do subtrato. Ma-
mm (comprimento x largura x espessura). Essas foram jateadas com óxido de alumínio de 50 µm e teriais e Métodos: Quarenta e oito incisivos bovinos foram utilizados sendo que metade das amostras
divididas em seis grupos experimentais, segundo o tratamento utilizado (n = 10): G1 – Metal Primer teve o esmalte vestibular desgastado até se obter uma área plana e a outra metade das amostras foi
II (GC Corp) + Bistite II DC (Tokuyama), G2 – Alloy Primer (Kuraray) + Bistite II DC, G3 – Sem desgastada da mesma forma até a exposição de uma área plana de dentina vestibular. Após a planifi-
primer + Bistite II DC, G4 – Metal Primer II + Rely X U-100 (3M ESPE), G5 – Alloy Primer + Rely cação as coroas foram divididas por sorteio nos grupos experimentais. Para a confecção dos blocos de
X U-100, G6 – Sem primer + Rely X U-100. Os primers e cimentos foram aplicados de acordo com as resina Z250 utilizou-se uma matriz de silicone, pasta densa, com dimensões de 4 x 3 x 8 (n = 8). Estes
recomendações dos fabricantes e grupos experimentais. Após o tratamento da cerâmica, cilindros de blocos foram previamente polimerizados através da fonte de lâmpada halógena - Optilux 501 durante
cimento resinoso foram construídos, utilizando matrizes (Tygon) com 0,75 x 1 mm (diâmetro x altu- 40 segundos, Posteriormente, foram levados ao forno de fotoativação - EDG durante três minutos e
ra). As amostras foram armazenadas em água destilada por 24 horas à 37 ºC e submetidas ao ensaio de fixados sobre as superfícies com os agentes de cimentação de acordo com os grupos experimentais
microcisalhamento (0,5 mm/min – Instron 4411). Os valores obtidos foram analisados pela ANOVA descritos. G1 – Dentina condicionada, ácido fosfórico a 37%, Adper Scotchbond Multiuso Plus e
(dois fatores) e teste Tukey com p < 0,05. Resultados: As médias de resistência de união foram (MPa) cimento RelyX Arc; G2 – Dentina condicionada, ácido fosfórico a 37% e cimento relyX Unicem;
(DP): G1 – 37,94 (5,40) Ba, G2 – 29,74 (7,05) Bb, G3 – 28,81 (6,36) Bb, G4 – 44,12 (11,43) Aa, G5 G3 – Dentina e cimento RelyX Unicem; G4 – Esmalte condicionado, ácido fosfórico à 37%, Adper
– 37,10 (4,14) Ab, G6 – 38,76 (7,03) Ab (letras maiúsculas comparam cimentos resinosos e minúscu- Scotchbond Mutil-uso Plus e cimento RelyX Arc; G5 – Esmalte condicionado, ácido fosfórico à 37%
las comparam uso de primer). Conclusão: A utilização do metal primer aumentou a RU de todos os e cimento RelyX Unicem; G6 – Esmalte e cimento RelyX Unicem. Os espécimes foram levados à
cimentos resinosos à cerâmica, sendo que o cimento Rely X U-100 obteve as maiores médias de RU cortadeira metalográfica de precisão e corpos de prova em forma de ampulheta foram obtidos. Foram
quando comparado ao Bistite II DC, para todos os tratamentos de superfície utilizados. submetidos ao ensaio de microtração em Máquina de Ensaio Universal, 0,5 mm/min. Os dados foram
submetidos à análise de variância (α = 0,05). Resultados: Os resultados mostraram não haver diferen-
ça significativa entre os grupos para o esmalte e dentina. Porém, foram observados valores de união
maiores para o esmalte. Conclusões: Assim, pode-se concluir que o tratamento superficial do substrato
com ácido fosfórico não aumentou os valores de resistência à microtração para o cimento Unicem.

224
085 Tensão na interface dente/“restauração” em função do fator 088 Mecanismo de união da interface dentina/cimentos resinosos
C e da presença do adesivo endodônticos
LVS Pabis, TA Xavier, FP Rodrigues, JBC Meira, RY Ballester SFC Souza1,3, AC Bombana2, S Kenshima3, LZ D’Agostino4, H Kahn4, C Francci3
Departamento de Biomateriais e Bioquímica Oral da Universidade de São Paulo (USP), São Paulo 1
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), São Luis (MA), Brasil.
(SP), Brasil. 2
Departamento de Dentística da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP) –
Financiamento: CNPq 119409/20070. São Paulo (SP), Brasil.
3
Departamento de Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da USP – São Paulo (SP),
Objetivo: Comparar, através do método dos elementos finitos, as tensões provocadas na interface Brasil.
4
Laboratório de Caracterização Tecnológica da Escola Politécnica da USP – São Paulo (SP), Brasil.
dente/restauração pela contração do compósito em função do fator C e presença ou ausência de adesi-
Financiamento: Capes no PQI 0090/03-4
vo. Materiais e Métodos: Os modelos 3D foram construídos com os softwares MSC.Patran® e MSC.
Marc® e representaram 1/4 de cavidades Classe I estilizadas, com paredes não paralelas, ângulos
arredondados e restauradas com compósito (módulo de elasticidade E = 25 GPa). Foram simulados Objetivo: Avaliou-se em microscópio eletrônico de varredura (MEV) a integridade da interface de
três fatores C diferentes (2,4; 3,56 e 6) na presença ou ausência de uma camada de adesivo (E = 4 união dentina/cimentos resinosos endodônticos e a formação ou não de camada híbrida, tags ou plugs
GPa) de 50 micrômetros de espessura. A simulação da contração de polimerização do compósito (1%) no terço apical radicular. Materiais e Métodos: Vinte e dois pré-molares inferiores humanos foram pre-
foi realizada por analogia térmica. Todos os materiais (esmalte, dentina, compósito, polpa e adesivo) parados endodonticamente, divididos aleatoriamente em dois grupos (n = 11) e obturados com cimento
foram considerados isotrópicos, homogêneos e linear-elásticos. Em todos os modelos, a malha con- AH Plus/guta-percha (G1) e com o sistema Epiphany (G2). Após secção longitudinal dos dentes, foram
teve ao redor de 200.000 elementos tetragonais com quatro nós. Os modelos tiveram suas paredes confeccionadas réplicas em resina epóxica. Réplicas e espécimes (n = 6 por grupo, escolhidos aleato-
fixadas nos planos de simetria e a base teve um nó fixo em todas as direções (x, y, z). Foram avaliados riamente) foram preparados para avaliação dos 5 mm apicais em MEV. Nas réplicas, investigou-se a
os picos de tensões de Von Mises, máxima principal e máxima de cisalhamento na interface dente/ presença de fendas na interface dentina/cimento e, nos espécimes, a formação de camada híbrida, tags
adesivo/compósito. Resultados: Os três tipos de tensão analisados apresentaram picos maiores na ou plugs. A integridade da interface de união nas réplicas e a espessura da camada híbrida nos espécimes
ausência da camada de adesivo. Os picos das tensões de cisalhamento máximo e Von Mises foram foram mensuradas por meio do software Image J. Os dados obtidos foram submetidos ao teste t de
semelhantes para os fatores C 3,56 e 6, e maiores que os apresentados pelo fator C 2,4. O pico de Student para duas amostras independentes (α = 5%). Resultados: O percentual de interface íntegra para
máxima principal foi menor para o fator C igual a 6. Em todos os casos, o padrão de distribuição de os cimentos AH Plus e Epiphany foram 99,82 e 76,45%, respectivamente (p < 0,001). No G1 não foi
tensões foi semelhante, com tensões máximas concentradas no ângulo arredondado entre as paredes observada a presença de camada híbrida, entretanto observaram-se plugs de cimento curtos e espessos
axiais, próximo ao ângulo cavo-superficial. Conclusão: O fator C não apresentou relação com as ten- obliterando a entrada dos túbulos dentinários. No G2, observaram-se áreas com formação de camada
sões geradas na interface dente/restauração pela contração do compósito. A não simulação da camada híbrida, alta densidade de longos tags de cimento, com superfícies irregulares e ramificações laterais
de adesivo aumentou os picos de tensão, embora o padrão de distribuição tenha sido semelhante aos preenchendo os túbulos dentinários. A média de espessura da camada híbrida foi de 0,82 ± 0,23 µm para
do caso em que o adesivo foi simulado. o G2. Conclusão: Concluiu-se que apesar de o cimento Epiphany ter promovido hibridização dentinária,
produziu o menor percentual de interface íntegra nos 5 mm apicais (p < 0,001).

086 Resistência de união à dentina e padrão de fratura de 089 Resistência da união de adesivos autocondicionantes à
sistemas adesivos dentina com condicionamento ácido adicional
PM Vermelho1, FHB Aguiar1, AF Reis2, M Giannini1 VCB Leitune, FM Collares, SMW Samuel
1
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Laboratório de Materiais Dentários da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Piracicaba (SP), Brasil. Alegre (RS), Brasil.
2
Departamento de Dentística da Universidade de Guarulhos (UnG) – Guarulhos (SP), Brasil.
Financiamento: CNPq 301769/2004-4
Objetivo: Avaliar a influência do pré-condicionamento ácido da dentina na resistência da união ade-
siva de sistemas autocondicionantes comerciais de dois passos. Materiais e Métodos: Foram utilizados
Objetivo: Este estudo avaliou a resistência de união (RU) à dentina e o padrão de fratura (PF) de 24 incisivos bovinos que tiveram a dentina superficial vestibular exposta com lixas de granulação 600.
nove sistemas adesivos: Bond Force (BF), ScotchBond MP (SM), Tetric N-Bond (TB), Futurabond Foram utilizados dois sistemas adesivos autocondicionantes comerciais de dois passos: Clearfil SE
NR (FB), All-Bond 3 (AB), Solobond Plus (SB), XP Bond (XB), Adper SE Plus (SE) e Hybrid Coat (Kuraray) e Adhese (Ivoclar Vivadent). Os dentes foram divididos em quatro grupos, de acordo com
(HC). Materiais e Métodos: Terceiros molares (45) tiveram a superfície oclusal em esmalte removida o tratamento da dentina e do adesivo utilizado: G1, Adhese conforme instrução do fabricante; G2,
e a dentina exposta foi abrasionada com lixas de SiC (600). Os adesivos foram aplicados de acordo Adhese com condicionamento com ácido fosfórico 37% por dez segundos; G3, Clearfil SE conforme
com as instruções dos fabricantes, os dentes restaurados com o compósito Filtek Z350 e, após armaze- instrução do fabricante; G4, Clearfil SE com condicionamento com ácido fosfórico 37% por dez
nagem a 37 ºC durante 24 horas, foram seccionados perpendicularmente através da área de união nos segundos. Os adesivos foram fotoativados por dez segundos. Quatro restaurações cilíndricas foram
sentidos mésio-distal e vestíbulo-lingual, para obtenção de espécimes com formato de paralelepípedos confeccionadas em cada dente, com auxílio de uma matriz de silicone, totalizando 32 restaurações por
(área na secção transversal de 0,9 mm2). Os espécimes foram posicionados no dispositivo para o grupo. As restaurações foram fotoativadas por 20 segundos. A média da área adesiva foi de 0,95 (±
ensaio de microtração e testados em máquina de ensaio universal (4411, Instron). Em seguida, foram 0,03) mm2. Após armazenagem por 24 horas em água destilada a 37 °C, os cilindros foram levados
preparados e observados em microscopia eletrônica de varredura. Os dados foram submetidos à ANO- à máquina de ensaios para realização do ensaio de microcisalhamento. Para análise de 24 horas, dois
VA e teste de Tukey (5%). Resultados: As médias de RU foram (MPa): BF: 36,0 (8,6)ab; SM: 41,3 corpos-de-prova por dente foram avaliados e dois foram rearmazenados para a análise de um ano. Os
(17,9)ab; TB: 41,0 (13,9)ab; FB: 21,9 (4,6)b; AB: 45,7 (6,3)a; SB: 35,0 (5,3)ab; XB: 40,4 (9,4)ab; SE: dados foram analisados pela ANOVA para um nível de significância de 5%. O padrão de fratura foi
39,2 (14,1)ab e HC: 24,0 (5,0)b. Os PFs observados foram predominantemente mistos. Conclusão: analisado em microscopia ótica com magnificação de 500x. Resultados: Não houve diferença signifi-
Os resultados sugerem que a maioria dos adesivos apresenta similar resistência de união à dentina. Os cativa entre as médias dos grupos testados (p > 0,05). Na análise do padrão de fratura, foi encontrada
adesivos de passo único FB e HC mostraram os menores valores de RU. predominância de falhas mistas entre a interface adesiva, dentina e resina. Conclusões: O condicio-
nameto ácido da dentina antecedendo a aplicação de adesivos autocondicionantes de dois passos não
apresentou aumento na resistência da união adesiva.

087 Avaliação da interface adesiva à dentina radicular de 090 Análise da resistência de união de agentes de cimentação à
cimentos resinosos de dupla presa dentina coronária e radicular
RAT Silva, M Coutinho, JR Zorzatto, AA Leme VR Novais1, BDCF Barreto2, CG Castro2, RE Campos2, L Correr-Sobrinho1, CJ Soares2
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) – Campo Grande (MS), Brasil. 1
Departamento de Materiais Dentários da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Piraci-
caba (SP), Brasil.
Objetivo: Analisar quantitativamente a interface adesiva de cimentos resinosos duais à dentina radi- 2
Departamento de Dentística e Materiais Odontológicos da Universidade Federal de Uberlândia
(UFU) – Uberlândia (SP), Brasil.
cular empregados na cimentação de pinos intrarradiculares, na sua extensão total (T) e terços cervical
(C), médio (M) e apical (A). Materiais e Métodos: Dentes unirradiculares humanos foram aleatoria-
mente divididos em dois grupos, conforme os materiais utilizados: G1 (n = 10), Prime&Bond 2.1 e Objetivo: Este estudo avaliou o desempenho de diferentes sistemas de cimentação na resistência
Ativador de autopolimerização + Allcem e G2 (n = 10), Adpter ScotchBond Multi-Uso Plus + RelyX de união de resina laboratorial à dentina humana coronária e radicular, por meio de teste de micro-
ARC, cimentados com os pinos de fibra de vidro cônico e liso White Post DC, n.1. Após armazena- tração (MTBS) e micropushout (MPT), respectivamente. Materiais e Métodos: Trinta terceiros mo-
mento por 48 horas em 100% de umidade a 37 °C, os espécimes foram seccionados longitudinalmente lares humanos foram lixados com disco de lixa granulação 600 até expor dentina oclusal, e divididos
e obtiveram-se réplicas positivas em resina epóxica. As fotos digitalizadas adquiridas pelo MEV, aleatoriamente em três grupos (n = 10). Restaurações em resina laboratorial (Sinfony, 3M-ESPE)
magnificação de 35 vezes, foram unidas pelo software Image Analystic e submetidas ao programa foram confeccionadas e cimentadas com: Cc1, cimento resinoso dual (RelyX ARC); Cc2, cimento de
AutoCAD-2002 para mensurar as extensões do conduto e extensões aderidas com respectivos terços. ionômero de vidro modificado por resina (RelyX Luting); Cc3, cimento resinoso autoadesivo (RelyX
Resultado: Após análise estatística com os testes de Friedman e Mann-Whitney, com α = 5%, não U100). Após 24 horas, os dentes foram seccionados em fatias e desgastados para formar ampulhetas
foram encontradas diferenças significativas entre o G1 (C = 36,0 ± 25,0; M = 31,4 ± 28,0; A = 29,4 ± com área de 1,0 mm2 (quatro por dente). As amostras foram submetidas à MTBS. Para dentina radi-
16,2 e T = 32,2 ± 20,4) e G2 (C = 46,3 ± 25,7; M = 39,0 ± 19,2; A = 32,7 ± 22,2 e T = 39,4 ± 17,4), cular, trinta dentes humanos unirradiculares extraídos e não cariados foram selecionados; as coroas,
nas regiões C (p = 0,3359), M (p = 0,5006), A (p = 0,7728) e T (p = 0,7003), tão pouco entre as regiões removidas; os canais radiculares, tratados. As amostras foram divididas em três grupos (n = 10).
no mesmo grupo (G1 com p = 0,5523 e G2 com p = 0,2636). Conclusão: Verificou-se a presença de Restaurações cilíndricas com resina laboratorial (Sinfony) simulando pino radicular foram confec-
fendas na interface adesiva de ambos os grupos, com progressivo aumento das desadaptações dos cionadas e cimentadas com Rc1 (RelyX ARC), Rc2 (RelyX Luting) e Rc3 (RelyX U 100). Os dentes
terços cervicais aos apicais, embora o comportamento dos cimentos Allcem e RelyX ARC tenham se foram cortados perpendiculares ao seu longo eixo para obtenção de discos de 1,0 mm de espessura
apresentado semelhantes independentes dos terços, sendo o segundo com ligeira tendência de melhor (seis por dente). As amostras foram submetidas à MPT. Os dados de MTBS e MPT foram analisados
desempenho do que o outro. com ANOVA e teste de Tukey (p < 0,05). Resultados: Falhas pré-maturas para MTBS foram: Cc1 =
18; Cc2 = 31; Cc3 = 23, e para MPT: Rc1 = 1; Rc2 = 0; Rc3 = 0. Nenhuma amostra do Grupo Cc2 foi
testada, e as médias e desvio-padrão (MPa) foram: MTBS: Cc1 = 17,7 ± 5,0a; Cc3 = 9,7 ± 4,0b; Cc2
= 0,0; e para MPT: Rc3 = 10,9 ± 1,5a; Rc1 = 5,7 ± 1,4b; Rc2 = 3,5 ± 0,8c. Conclusões: O desempenho
dos agentes de cimentação é determinante para sua indicação. Para dentina coronária, o RelyX ARC
apresentou o melhor resultado e, no canal radicular, o RelyX U100 foi o melhor.

225
091 Pré-aquecimento e regime de fotoativação: influência em um 094 Avaliação da diferença de dureza entre topo e base e
compósito nanoparticulado desidade de potência na fotoativação de compósitos
NR Fróes-Salgado1, LM Silva1, LC Yamasaki1, Y Kawano2, CE Francci1
odontológicos com diferentes cores
1
Departamento de Biomateriais e Bioquímica Oral da Faculdade de Odontologia da Universidade de RD Guiraldo, S Consani, SB Berger, MAC Sinhoreti, L Correr-Sobrinho
São Paulo (USP), São Paulo (SP), Brasil. Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Univer-
2
Departamento de Química Fundamental do Instituto de Química da USP, São Paulo (SP), Brasil. sidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil.

Objetivo: Verificar a influência do pré-aquecimento e do regime de fotoativação sobre a adaptação Objetivo: Avaliar a diferença entre a dureza do topo e da base e a densidade de potência em com-
marginal (AM), grau de conversão (GC), resistência à flexão (RF) e microdureza Knoop (KHN) de pósitos restauradores Z350 (3M-ESPE) e Esthet X (Dentsply), nas cores A1 e A3,5. Materiais e Mé-
um compósito. Materiais e Métodos: O compósito Filtek Z350 foi submetido às seguintes condições todos: Foi utilizada luz halógena (XL 2500) com tempo de exposição de 20 segundos para a fotoati-
experimentais: com ou sem pré-aquecimento a 68 ºC; e fotoativação através de um dos três regimes vação. A potência da fonte de luz emitida pelo fotoativador foi verificada com o medidor de potência
a seguir: 600 mW/cm2 por 20 ou 40 segundos, ou 200 mW/cm2 por 20 segundos + intervalo de um Ophir 10A-V2-SH e a densidade da potência, calculada no valor de 780 mW/cm2. Em seguida, o
minuto + 500 mW/cm2 por 40 segundos. O teste de AM (n = 10) foi realizado através de MEV, com espectro emitido pela fonte de luz foi registrado no espectrômetro USB 2000. Para cada grupo, foram
a mensuração de gaps em réplicas de cavidades Classe V. GC (n = 3) foi obtido com FT-Raman nas confeccionadas dez amostras com diâmetro similar ao da ponta do fotoativador. O ensaio de dureza
faces irradiada e oposta dos espécimes. RF (n = 10) foi medida por ensaio de dobramento em três Knoop foi realizado 24 horas após a fotoativação das amostras em durômetro com carga de 50 g e
pontos. KHN foi mensurada inicialmente (n = 6) após 24 horas de estocagem a seco e novamente após durante 15 segundos. Posteriormente, foi calculada a porcentagem da diferença de dureza da base em
24 horas em etanol 100%. Os resultados foram analisados através de análise de variância e teste de relação ao topo. Depois, os discos de resina foram acoplados à ponta do aparelho fotoativador para
Tukey (α = 0,05) para os testes de GC, RF e KHN e com os testes de Friedman e Kruskal-Wallis para se verificarem a densidade da potência e a mudança no espectro de luz ao atravessar as amostras. Os
AM. Resultados: As paredes axiais das restaurações apresentaram maior frequência de gaps quando dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (5%).
comparadas às laterais. A AM foi melhorada apenas pelo pré-aquecimento. No teste de GC somente Resultados: Para a dureza, o compósito Z350 não mostrou diferença estatística da cor A1 (16,47%)
o fator face foi significativo (p < 0,05). O regime de ativação em dois passos causou redução (p < para a A3,5 (16,53%), enquanto Esthet X na cor A1 (24,69%) diferiu da A3,5 (28,56%). Para Z350, a
0,01) dos valores médios de RF. No teste de KHN, os grupos pré-aquecidos demonstraram em geral cor A1 (298 mW/cm2) diferiu da A3,5 (199 mW/cm2), obtendo maior média de passagem de luz atra-
menores médias de KHN do que aqueles sem aquecimento. A redução percentual da KHN após etanol vés do corpo-de-prova, que também ocorreu para Esthet X com 197 mW/cm2 para A1 e 167 mW/cm2
ocorreu uniformemente para todos os grupos. Conclusão: O pré-aquecimento do compósito estudado para A3,5. Conclusão: Cores escuras interferem na passagem de luz, mas não estão necessariamente
promoveu melhor AM sem afetar seu GC e RF. O uso de irradiância inicial baixa reduziu a RF do correlacionadas com a diferença de dureza entre base e topo.
compósito, apesar de produzir GC similar ao de formas contínuas. O pré-aquecimento pode reduzir a
microdureza da superfície irradiada de um compósito.

092 Avaliação da reologia de resinas compostas com diferentes 095 Dureza Knoop de uma resina composta: influência da luz e
tamanhos de partícula do tempo de armazenagem
RBM Santos1, E Angioletto1, VES Cardoso3, FG Mittelstadt2,3, MM Meier2,3 RM Barreto, IO Salgado, LA Sálvio
1
Departamento de Ciência e Engenharia de Materiais da Universidade do Extremo Sul Catarinense Departamento de Odontologia Restauradora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) – Juiz
(UNESC), Criciúma (SC), Brasil. de Fora (MG), Brasil.
2
FGM Produtos Odontológicos, Joinville (SC), Brasil.
3
Dentscare Ltda, Joinville (SC), Brasil.
Financiamentos: Finep 3257/06.
Objetivo: avaliar a influência da fonte de luz e do tempo de armazenagem sobre a dureza Knoop
de uma resina composta. Materiais e Métodos: Foram confeccionadas 30 amostras com o compósito
Filtek™ Z250 cor UD (3M/ESPE) utilizando uma matriz de aço inox com cavidade na região central
Atualmente, as resinas compostas são classificadas em função do tamanho de partículas presentes de 6 mm de diâmetro por 2 mm de profundidade. Metade das amostras foi fotoativada com um apare-
como carga nanoparticulada, microparticulada, micro-híbrida e híbrida. Este trabalho avaliou o com- lho de QTH (quartzo tungstênio halógena) XL 2500 (3M/ESPE) e a outra, metade com um aparelho
portamento reológico de quatro resinas compostas experimentais, em função do tamanho médio de de LED (diodo emissor de luz) Ultrablue Is (D.M.C.) com intensidades de 600 e 500 mW/cm2, res-
partículas. Inicialmente as cargas de vidro foram silanizadas, buscando uma maior interação entre pectivamente. Após a fotoativação, as amostras foram divididas em três grupos (n = 5) relativos aos
os monômeros (orgânico) e a carga (inorgânico). As resinas foram preparadas incorporando vidros tempos de armazenagem de uma hora, 24 horas e 7 dias. As amostras foram armazenadas em água
de bário-alumino-silicato silanizados com os seguintes tamanhos médios de partículas: 0,4, 0,7, 1,0 deionizada a 37 ± 1 °C pelo tempo determinado para cada grupo. Os resultados foram submetidos
e 2,14 μm. O teor de carga foi mantido em 70% (peso). As medidas reológicas foram realizadas em à análise da variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey, utilizando-se o nível de
um reômetro oscilatório (modelo AR2000 TA Instrument), nas frequências entre 0,1 e 50,0 rad/s, a significância de 5%. Resultados: Para os tempos de armazenagem de 1 e 24 horas não houve diferença
25 oC. Uma relação inversa entre o tamanho médio de partícula e a viscosidade complexa (η*) foi estatisticamente significativa entre os valores de dureza obtidos com LED e QTH. Já para a leitura de
observada, ou seja, quanto menor o tamanho médio das partículas incorporadas no compósito, maior é 7 dias, os maiores valores de dureza foram obtidos com o LED. Para o LED, houve diferença entre
a viscosidade complexa. Este comportamento está associado a maior área superficial das partículas de os 3 tempos de armazenagem, sendo a maior média para 7 dias (75,47 KHN), seguido de 24 horas
menor tamanho médio. Uma maior quantidade de moléculas monoméricas é necessária para recobrir (72,14 KHN) e 1 hora (62,40 KHN). Já para o QTH, os tempos de 24 horas (73,16KHN) e 7 dias
as partículas de elevada área superficial, aumentando a viscosidade do sistema. Estes dados indicam (72,27KHN) não apresentaram diferenças e foram superiores ao de 1 hora (63,66KHN). Conclusão:
que as propriedades reológicas dos compósitos são afetadas fortemente pelo tamanho de suas partí- Os valores de dureza aumentaram com a ampliação do tempo de armazenagem para ambas as fontes
culas de carga, com influência direta na viscosidade, e consequentemente, na facilidade de aplicação de luz. O LED forneceu maiores valores de dureza que o QTH apenas nas medições realizadas 7 dias
e manipulação do produto. após a fotoativação.

093 Características de polimerização de compósitos com várias 096 Comportamento de fratura de dois tipos de resina composta
concentrações de iniciadores SA Rodrigues-Junior1, A Della Bona1,2, JL Ferracane3
RCB Alonso1, GM Correr2, LG Cunha3, WC Brandt1, RM Puppin-Rontani1, L Correr-Sobri- 1
Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Pelotas
nho1, MAC Sinhoreti1 (RS), Brasil.
2
Universidade de Passo Fundo (UPF), Passo Fundo (RS), Brasil.
1
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da 3
Department of Restorative Dentistry of Oregon Health and Science University, Portland (OR),
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil.
Estados Unidos da América.
2
Pós-graduação em Odontologia Clínica da Universidade Positivo – Curitiba (PR), Brasil.
Financiamentos: Capes 3640/05-1.
3
Departamento de Odontologia da Universidade de Taubaté (Unitau) – Taubaté (SP), Brasil.
Financiamento: Fapesp 07/53764-70
Introdução: A determinação do comportamento de fratura das resinas compostas é fundamental para
Objetivo: Determinar a influência da concentração de fotoiniciadores nas características de polimerização de estimar seu desempenho clínico. Dentro desse contexto, a tenacidade de fratura (KIC), que representa a
quantidade de energia necessária para iniciar uma fratura instável, torna-se extremamente importante.
compósitos experimentais fotoativados por diferentes métodos. Materiais e Métodos: Foram preparados com-
A análise fractográfica tem sido reportada como um método eficaz para a determinação da KIC de
pósitos à base de BisGMA/TEGDMA e partículas de carga (65% em peso) de Bário-Alumínio-Silicato e sílica cerâmicas; entretanto, a viabilidade do uso desse método para resinas compostas ainda não foi exami-
coloidal com diferentes concentrações de fotoiniciadores (C1-0,5%, C2-1%, C3-1,5%) e fotoativados através nada. Objetivo: Comparar a KIC de duas resinas compostas obtida através de análise fractográfica e do
de quatro métodos (Dose de energia: 30 J/cm2): alta intensidade (AI), baixa intensidade (BI), Soft Start (SS) e método Single Edge Notch Beam (SENB). Materiais e Métodos: Trinta espécimes em forma de barra
Pulse Delay (PD). O grau de conversão (GC) foi determinado através de Espectroscopia de Fourier (FTIR) (n (20 x 2 x 2 mm) de uma resina composta micro-híbrida (Filtek Z250, 3M/ESPE) e uma nanoparticula-
= 3). A profundidade de polimerização (PP) foi determinada por meio da mensuração da dureza Knoop (KHN) da (Filtek Supreme, 3M/ESPE), foram submetidos ao teste de flexão por quatro pontos e a resistência
em diferentes profundidades: superfície, 1, 2, 3 e 4 mm de profundidade (n = 5). Uma avaliação indireta da den- (σf) foi calculada (MPa). A análise fractográfica foi conduzida em microscopia óptica e microscopia
sidade de ligações cruzadas (DLC) foi realizada através de mensurações de dureza antes e após armazenagem eletrônica de varredura para identificar o defeito crítico (c) e mensurá-lo para o cálculo da KIC. Os
em álcool absoluto durante 24 horas (n = 10). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e ao espécimes submetidos ao método SENB (n = 6) foram confeccionados com base na norma ASTM
teste de Tukey (p < 0,05). Resultados: A avaliação do GC revelou que não houve diferença entre os métodos de E399 e submetidos à flexão por três pontos. Os dados de σf e KIC foram submetidos ao teste t Student
fotoativação. Em geral, C3 e C2 apresentaram GC significativamente maior que C1. A profundidade de polime- (α = 0,05). Resultados: Não foram observadas diferenças significativas na σf das resinas testadas (p
rização obtida por C2 e C3 foi de 2 mm, enquanto C1 apresentou PP de 1 mm. Em regiões mais profundas, a = 0,275). A KIC avaliada pela análise fractográfica apresentou resultados similares ao método SENB,
dureza dos compósitos apresentou redução significativa. A avaliação da DLC revelou diferenças significativas tanto para a resina micro-híbrida (p = 0,710) quanto para a nanoparticulada (p = 0,291). Os valores
entre os métodos de fotoativação: AI > PD = SS = BI. Conclusões: A concentração de fotoiniciadores é um fator de KIC de ambas as resinas não diferiram significativamente, quando avaliados através análise frac-
determinante nas características de polimerização dos compósitos. C1 apresentou redução no GC e PP quando tográfica (p = 0,915). Porém, os resultados obtidos pelo método SENB foram maiores para a resina
comparado aos compósitos C2 e C3. Métodos de fotoativação não afetaram o GC, uma vez que a mesma dose micro-híbrida do que para a nanoparticulada (p = 0,031). Conclusão: As resinas apresentaram KIC
de energia foi aplicada. Entretanto, a utilização de métodos modulados (SS e PD) e de baixa intensidade produ- similar, provavelmente devido ao alto percentual de carga presente em ambas. A análise fractográfica
ziu compósitos com menor DLC quando comparada à utilização do método de alta intensidade. se mostrou uma alternativa confiável para a determinação da KIC de resinas compostas.

226
097 Propriedades físico-químicas de resinas em função do 100 Efeito da fonte de luz e composição na cinética de cura de
sistema fotoiniciador compósitos experimentais
TC Guimarães1, CS Pfeifer2, RR Braga1 WC Brandt, RR Moraes, L Correr-Sobrinho, S Consani, MAC Sinhoreti
1
Departamento de Biomateriais e Bioquímica Oral da Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Univer-
(SP), Brasil. sidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil.
2
Craniofacial Biology Department of University of Colorado – Aurora, CO Área: Materiais Dentários
Financiamento: Pibic/CNPq
Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar o efeito da fonte de luz e da composição (matriz
Objetivo: Avaliar o grau de conversão (GC), resistência à flexão (RF) e módulo de elasticidade (E) orgânica e sistema fotoiniciador) na cinética e taxa de conversão (TC) de compósitos experimentais.
de resinas experimentais em função da concentração total e da proporção entre canforoquinona e ami- Materiais e Métodos: Compósitos experimentais contendo mistura de BisGMA e TEGDMA (BT)
na. Materiais e Métodos: BisGMA/TEGDMA/UDMA (1:1:1 mol) foram misturadas com DMAEMA ou BisGMA, UDMA, BisEMA e TEGDMA (BBUT) foram preparados com uso dos fotoiniciadores
(amina terciária – A) e dl-canforoquinona (CQ) em concentrações de: 0,5; 1,0; 1,5; 2,0 e 3,0 mol%, CQ (Canforoquinona), PPD (1-Fenil-1,2-Propanodiona) ou mistura de ambos (CP). As fontes de luz
com A:CQ nas proporções: 1:2; 2:1; 1:1; 1:3 e 3:1. Os espécimes (10 x 2 x 1 mm, n = 10) foram usadas foram lâmpada halógena – QTH (XL3000) e LED (Radii). Um medidor de potência e um
fotoativados (600 mW/cm² x 40s) e submetidos ao ensaio de flexão em três pontos após 24 horas (37 espectrômetro (USB 2000) foram utilizados para a aferição da irradiância total emitida e a distribui-
o
C) para obtenção de RF e E. GC (%, n = 3) foi avaliado com espectroscopia FT-Raman. Os resultados ção do espectro de comprimentos das ondas. A curva de absorção dos fotoiniciadores foi aferida em
foram submetidos à ANOVA de dois fatores e teste de Tukey (α = 0,05). Resultados: A interação entre espectrofotômetro (Varian Cary 5G). A reação de polimerização foi monitorada em tempo real por
os fatores concentração e proporção foi significante para todos os testes (p < 0,05). A concentração meio de espectroscopia infravermelha transformada de Fourier (Shimadzu Prestige21) equipada com
0,5% resultou nos menores GC (40,9 ± 7,4 a 66,6 ± 2,8%), E (0,7 ± 0,2 a 1,4 ± 0,2 GPa) e RF (74 um atenuador de refletância composto por cristal de ZnSe, obtendo-se 1 scan/s. O grau de conversão
± 15 a 107 ±16 MPa), tendo sido os melhores resultados nessa concentração obtidos na proporção (GC) para cada segundo foi calculado e obtiveram-se as curvas de GC x tempo. A TC foi avaliada
1A:3CQ. Acima de 1,0%, não houve aumento estatisticamente significante em E ou RF para nenhuma por meio de ajuste das curvas utilizando regressão não linear (Hill, 3 parâmetros). Resultados: Os
das proporções avaliadas, exceto para 1A:2CQ, em que a concentração 1,5% apresentou maior RF que resultados mostraram que GC e TC foram dependentes das fontes de luz, da matriz e do fotoiniciador.
a 1,0% (137 ± 21 e 112 ± 22 MPa, respectivamente). Para as concentrações 1,0% e 1,5%, GC variou De maneira geral, BBUT, CQ e QTH produziram maior TC. BBUT/CQ produziu maior TC com valor
de 59 ± 5% a 80 ± 3%, e o excesso de amina permitiu valores estatisticamente acima dos mínimos de GC de 42% em 20 segundos de fotoativação. PPD mostrou menor velocidade de polimerização
encontrados nessas concentrações. Em geral, acima de 2,0%, todas as proporções alcançaram valores dos compósitos, principalmente quando associado à matriz BT (25% em 20 segundos). Maior valor
estatisticamente semelhantes (entre 66 e 80%). Conclusões: Todas as propriedades (GC, RF e E) se final de GC foi obtido para os compósitos BT/CQ (56%) e BBUT/CQ (52%). Conclusão: A matriz
beneficiaram de maiores concentrações de fotoiniciadores. Acima de 2,0%, a proporção A/CQ não in- resinosa e o sistema fotoiniciador podem interferir na cinética e na taxa de polimerização de compó-
fluencia as propriedades. Para as concentrações intermediárias, maiores proporções de amina levaram sitos odontológicos.
a melhores resultados, com algumas exceções. Para concentrações muito baixas, parece haver uma
concentração absoluta mínima de CQ para que o GC, RF e E não sejam prejudicados.

098 Propriedades mecânicas e grau de conversão de 101 Influência do cimento resinoso na resistência de união de
homopolímeros de dimetacrilatos restaurações indiretas
VES Gajewski1, CSC Pfeifer1, Y Kawano2, RR Braga1 AD Correa-Medina, V Feitosa, L Correr-Sobrinho, MAC Sinhoreti
1
Departamento de Biomateriais e Bioquímica Oral da Faculdade de Odontologia da Universidade de Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) –
São Paulo (USP) – São Paulo (SP), Brasil. Piracicaba (SP), Brasil.
2
Instituto de Química do Departamento de Química Fundamental da Universidade de São Paulo Área: Materiais Dentários
(USP) – São Paulo (SP), Brasil. Financiamento: Fapesp 05/59370-5
Financiamento: CNPq 111183/2007-3.
Objetivo: Avaliar a influência do tipo de cimento na resistência de união de restaurações indiretas
Objetivo: Caracterizar os homopolímeros de dimetacrilatos mais comumente utilizados em compó- utilizando a técnica de “Resin Coating” (RCT) após ciclagem térmica (T) e mecânica (M). Materiais
sitos odontológicos quanto ao módulo de elasticidade (E), resistência à flexão (RF) e grau de conver- e Métodos: Foram usados 20 molares nos quais foram realizadas cavidades tipo II com margem em
são (DC). Materiais e Métodos: Os monômeros Bis-GMA (Esstech), TEGDMA (Esstech), Bis-EMA dentina. Em seguida, foi aplicada a RCT usando a combinação de adesivo autocondicionante + resina
e UDMA (ambos da Sigma-Aldrich) foram misturados com 0,4% de DMAEMA (coiniciador) e 0,8% de baixa viscosidade (Clearfil SE Bond + Protect LinerF). Após a aplicação da RCT, as cavidades
de dl-canforoquinona (fotoiniciador, porcentagens em peso). Para cada material, foram confecciona- foram moldadas e os moldes vazados para a confecção do troquel. As restaurações foram realizadas
das 15 barras (10 x 2 x 1 mm, n = 15) utilizando uma matriz de silicone. Após a fotoativação (600 utilizando o sistema Sinfony (3MESPE). Logo, os dentes foram divididos em dois grupos (n = 10).
mW/cm² por 40 segundos), as barras foram armazenadas no escuro por 24 horas a 37 oC. RF e E foram G1: restaurações cimentadas com cimento dual (Panavia F- Kuraray) e G2: restaurações cimentadas
obtidos por meio do ensaio de flexão em três pontos (6 mm de distância entre os apoios, a 0,5 mm/s). com cimento quimicamente ativado (C&B Bisco). Todos os dentes foram submetidos a T (2000C
GC foi avaliado nos mesmos espécimes (n = 5) por meio de espectroscopia FT-Raman (64 scans, 4 /5 e 55 ºC) e M (250.000C/30N). Em seguida, os dentes foram seccionados em formato de palitos e
cm-1) imediatamente após o ensaio mecânico. Resultados: UDMA apresentou a maior média de E (em submetidos ao ensaio de tração sob velocidade de 0,5 mm/min. Os valores de RU foram submetidos
GPa, Bis-GMA: 1,0 ± 0,2b, TEGDMA: 1,7 ± 0,3a, Bis-EMA: 1,1 ± 0,3b, UDMA: 1,8 ± 0,5a) e de à análise estatística (Teste t Student) (p < 0,05). Resultados: Os valores médios de RU (MPa) foram
RF (em MPa Bis-GMA: 72,4 ± 13,6c, TEGDMA: 99,1 ± 22,8b, Bis-EMA: 87,3 ± 16,5bc, UDMA: estatisticamente diferentes e superiores para o G1(21,74) em relação ao G2 (14,04). Conclusão: O tipo
133,8 ± 21,9a). Bis-EMA apresentou o maior GC (em %, Bis-GMA: 49,7 ± 22,3b, TEGDMA: 68,2 ± de cimento resinoso influenciou na resistência de união das restaurações indiretas, sendo que melhores
9,4a, Bis-EMA: 72,6 ± 6,3a, UDMA: 49,2 ± 12,3b). Conclusão: RF e E não mostraram relação direta resultados foram obtidos com o cimento resinoso de ativação dual.
com o grau de conversão, sugerindo que o estabelecimento de ligações secundárias e características,
como a flexibilidade estrutural dos monômeros, são aspectos importantes no desempenho mecânico
dos homopolímeros.

099 Influência das fontes de luz LED e halógena nas 102 Análise fotoelástica da tensão gerada pelo agente de
propriedades e quantidade de monômero residual cimentação resinoso
de compósitos experimentais contendo diferentes ALS Cota, MB Lopes, L Wang, A Gonini-Júnior
fotoiniciadores
Departamento de Odontologia da Universidade Norte do Paraná (Unopar) – Londrina (PR), Brasil.
WC Brandt1, MAC Sinhoreti1, E Frollini2, L Correr-Sobrinho1, S Consani1
1
Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campi- Objetivo: O presente trabalho avaliou por meio da fotoelasticidade a tensão gerada pelos agentes
nas (Unicamp), Piracicaba (SP), Brasil. de cimentação resinosos nas paredes do preparo radicular. Materiais e Métodos: Os corpos-de-prova
2
Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), São Carlos (SP), Brasil. foram constituídos por discos de resina fotoelástica com um orifício de 2 mm de altura e 4 mm de lar-
Financiamento: Fapesp: 07/51535-0. gura. Foram utilizados cinco corpos-de-prova que tiveram as paredes do orifício jateadas com óxido
de alumínio e revestidas por uma camada de adesivo (Scotchbond Multi-uso), a qual, após aplicada,

Objetivo: O estudo analisou o efeito das fontes de luz halógena e LED e do sistema fotoiniciador foi fotoativada por 20 segundos. As amostras foram divididas em seis grupos de acordo com o cimento
utilizado: Grupo 1 (G1) (controle) – resina composta Z-350; Grupo 2 (G2) – All Cem; Grupo 3 (G3)
no grau de conversão (GC), na resistência à compressão (RC) e quantidade de monômero residual – Bis Cem; Grupo 4 (G4) – Bi Fix; Grupo 5 (G5) – C&B; Grupo 6 (G6) – Cement Post. Após a poli-
(QMR) de compósitos experimentais. Materiais e Métodos: Compósitos contendo uma mistura de merização, os corpos-de-prova foram analisados e a representação visual das tensões medidas através
BisGMA, BisEMA, UDMA, TEGDMA e 65% em peso de partículas de carga silanizadas foram do programa Imagetool tendo com base no anel isocromático de ordem 1. Os dados foram convertidos
preparados com o uso dos fotoiniciadores CQ (canforoquinona) e PPD (1-fenil-1,2-propanodiona). As em MPa através de equação própria e os dados submetidos à ANOVA e ao teste de Tukey a 5% em
fontes de luz usadas foram uma de lâmpada halógena – QTH (XL2500) e uma LED (UltraBlueIS). nível de significância. Resultados: G1 (2,69 ± 0,10) diferiu estatisticamente de G3 (3,11 ± 0,25) e G4
Um medidor de potência e um espectrômetro (USB 2000) foram utilizados para a aferição da irradiân- (3,06 ± 0,25). G2 (2,98 ± 0,10), G5 (2,96 ± 0,15) e G6 (2,97 ± 0,16) não diferiram de nenhum grupo.
cia total e a emitida em determinados comprimentos de onda. A curva de absorção dos fotoiniciadores Conclusão: A composição dos cimentos pareceu influir na tensão gerada sobre as paredes de dentina.
foi aferida por um espectrofotômetro (Varian Cary 5G). Análise do GC foi feita em espectroscopia de
infravermelho. A RC foi realizada em máquina de ensaio universal (Instron). Análise termogravimé-
trica (TGA) para aferição de QMR foi feita com o auxílio de um aparelho TGA-50, Shimadzu. Todas
as análises foram feitas 24 horas após a fotoativação. Os dados foram submetidos à ANOVA e ao
teste de Tukey (5%). Resultados: De acordo com os resultados de GC, quando os compósitos foram
fotoativados pelo LED, não existiu diferença nos valores de GC (61,6 – 62,8%). Porém, quando QTH
foi usada, o compósito com PPD (58,8%) mostrou valores de GC menores que os com CQ (65,1%).
Nenhuma diferença estatística foi encontrada para RC (347 – 299 MPa) e para QMR (1,5 – 1,4%).
Conclusão: O fotoiniciador PPD mostrou potencial para a polimerização de compósitos, pois produziu
resultados de GC, RC e QMR semelhantes à CQ.

227
103 Influência de diferentes espessuras de compósito e distâncias 106 Influência da ativação e viscosidade na resistência de união
de fotoativação na dureza de um cimento resinoso de cimentos resinosos duais
AB Paula1, FG Carvalho1, RN Tango2, MAC Sinhoreti1, MC Alves3, RM Puppin-Rontani1,2 M Di Francescantonio, TR Aguiar, MT Oliveira, M Giannini
1
Departamento de Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Univer-
Estadual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil. sidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil.
2
Departamento de Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos – São
José dos Campos (SP), Brasil.
3
Departamento de Morfologia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Unicamp – Piracicaba
Objetivo: O estudo avaliou a influência do modo de ativação (fotoativação e ativação química) e a
viscosidade alta (A) e baixa (B) na resistência de união (RU) em dentina de dois cimentos resinosos
(SP), Brasil.
duais: Variolink II (Ivoclar Vivadent) (V) e Nexus 2 (Kerr) (N). Materiais e Métodos: Foram utilizados
4
Departamento de Materiais Dentários e Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Piracica-
96 molares humanos cujas superfícies oclusais foram desgastadas e planificadas com lixas de SiC
ba da Unicamp – Piracicaba (SP), Brasil.
(600), expondo a dentina coronária de profundidade média. Os dentes preparados foram aleatoria-
Financiamento: Capes 08/34782.
mente distribuídos em 8 grupos (n = 7). Noventa e seis blocos de resina (Sinfony, 3M ESPE) com
aproximadamente 2,0 mm de espessura foram confeccionados e cimentados, simulando restaurações
Objetivo: Avaliar o grau de polimerização (dureza/KHN) na superfície de um cimento resinoso dual, indiretas. Para a fixação das peças de resina, realizou-se fotopolimerização com aparelho de lâmpada
fotoativado em diferentes distâncias e espessuras de compósito intermediário. Materiais e Métodos: halógena (XL 3000/3M ESPE) ou os cimentos foram apenas quimicamente ativados. Após 24 horas,
A dentina bovina foi planificada e embutida em resina, coberta com filme de PVC, no qual um molde os dentes restaurados foram longitudinalmente seccionados para obtenção de espécimes em forma de
(0,8 x 5 mm) sobreposto foi preenchido com cimento e coberto com outro filme de PVC. A fotoativa- paralelepípedos ou palitos, com área na secção tranversal de 1,0 mm2. Os espécimes foram testados
ção (40 segundos) foi realizada por meio de discos de compósito (2, 3, 4 ou 5 mm de espessura) com a em dispositivo para microtração, que estava acoplado a uma máquina de ensaios universal (4411,
luz a 0, 1, 2 ou 3 mm de distância da superfície do compósito. Foram delineados 20 grupos de acordo Instron). Os valores de RU foram analisados pela ANOVA dois fatores e teste Tukey (5%). Resulta-
com os fatores do estudo. Os espécimes foram estocados (24 horas), e a dureza (KHN) foi medida. Os dos: As médias de RU para os cimentos fotoativados foram (em MPa) (letras maiúsculas comparam
dados foram submetidos à ANOVA e ao teste de Tukey (α = 0,05). Resultados: Não houve interação a viscosidade e letras minúsculas comparam o modo de ativação): VA: 16,5 (4,7) Aa; VB: 28,7 (8,7)
significativa entre a espessura do compósito usado e a distância de fotoativação, porém ambos foram Aa; NA: 20,2 (4,7) Aa; NB: 23,8 (10,6) Aa. Para a ativação química, as médias foram (MPa): VA: 13,1
determinantes na dureza superficial do cimento. A espessura do compósito diminuiu a dureza do ci- (6,4) Aa; VB: 11,9 (3,0) Ab; NA: 18,9 (6,5) Aa; NB: 16,0 (5,1) Ab. Não foram observadas diferenças
mento: 4 e 5 mm de espessura (25,5; 21,8) comparados com 0 (43,8), 2 (39,6) e 3 mm (39,1). Maiores estatísticas entre cimentos resinosos e viscosidades, mas sim para o modo de ativação. Conclusão:
valores de dureza foram obtidos na fotoativação direta 0 (36,8) quando comparados aos valores ob- Nos procedimentos de fixação de peças protéticas de resina composta, a irradiação do cimento através
tidos na distancia de 1 mm(32,3); 2 e 3 mm (32,9; 33,9) não diferiram entre si. Conclusões: Embora da peça foi fundamental para aumentar a RU de cimentos com baixa viscosidade.
não tenha havido interação entre os fatores em estudo, a espessura do compósito intermediário foi
inversamente proporcional à dureza superficial do cimento.

104 Desenvolvimento de um cimento resinoso: influência do 107 Influência da fotoativação e fadiga mecânica sobre a
condicionamento de partículas resistência à tração diametral de um cimento dual
GBA Cubas, LV Habekost, GS Lima, FA Ogliari, GB Camacho, E Piva PNG Paes, LC Sobrinho, LS Gonçalves, MAC Sinhoreti, S Consani
Departamento de Materiais Dentários da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas (RS), Departamento de Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade
Brasil. Estadual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil.
Financiamento: CNPq 550374/2007-8.
Objetivo: Este estudo avaliou a influência da luz e da ciclagem mecânica (CM) sobre a resistência
Objetivo: Avaliar a influência do tratamento superficial das partículas nas características e proprie- à tração diametral de um cimento resinoso de presa dual. Materiais e Métodos: Quarenta corpos-de-
dades de um cimento resinoso experimental. Materiais e Métodos: Foi confeccionada uma matriz prova do cimento RelyX ARC cor A2 (3M ESPE) foram confeccionados com 4 mm de diâmetro por 2
resinosa (50% Bis-GMA + 50% TEGDMA + fotoiniciadores + inibidor) com carga de vidro de bo- mm de altura, de acordo com as recomendações do fabricante. As amostras foram separadas aleatoria-
rosilicato de bário de 4 µm (59% em massa) e sílica coloidal de 7 nm (1% em massa). Previamente à mente em quatro grupos (n = 10): G1 – polimerização dual sem CM; G2 – polimerização química sem
incorporação das partículas à matriz resinosa, estas foram tratadas com silano (Aldrich 3 metacriloxi- CM; G3 e G4 – confeccionados como os grupos anteriores, respectivamente, e submetidos a 30 mil
propil trimetoxi silano) (G1) ou com monômero ácido carboxilado (G2) ou monômero ácido fosfora- ciclos mecânicos com carga de 12N e frequência de 1Hz. A fotoativação do G1 e do G3 foi realizada
do (G3) ambos dissolvidos em etanol. Após armazenagem em estufa a 54 ºC por 24 horas, realizou-se com o aparelho Ultra Lume LED 5 com irradiância de 1000 mW/cm2 durante 40 segundos através de
a desaglomeração em peneira de 150 µm. Em um grupo (G4) não houve o tratamento superficial (Con- um disco de cerâmica IPS Empress Esthetic de 0,7 mm de espessura. O ensaio de resistência à tração
trole). Através da análise de variância e teste complementar de Tukey (α = 5%) foram comparadas a diametral foi realizado em máquina de ensaios Instron 4411 com velocidade de 0,5 mm/min, e os
resistência à flexão, o módulo de elasticidade e a dureza Knoop dos cimentos resinosos. Resultados: resultados em MPa foram submetidos à Análise de Variância de dois fatores e ao teste de Tukey (p <
Os dados obtidos demonstraram que para resistência flexural (MPa), G1 (107,17 ± 15,73)a, G2 (56,21 0,05). Resultados: Os grupos fotoativados (G1 = 64,10 ± 7,0 e G3 = 62,77 ± 7,1) apresentaram valores
± 12,00)b, G3 (23,09 ± 12,01)d, G4 (39,65 ± 4,40)c; quanto ao módulo de elasticidade (GPa), G1 (2,04 estatisticamente superiores aos grupos polimerizados apenas quimicamente (G2 = 46,40 ± 6,3 e G4 =
± 0,17)a, G2 (1,72 ± 0,20)b, G3 (0,78 ± 0,07)d, G4 (1,55 ± 0,24)c; e, em relação à dureza, G1 (34,61 ± 52,96 ± 9,3). A ciclagem mecânica não influenciou os valores de resistência à tração diametral em am-
2,36)a, G2 (23,86 ± 1,36)b, G3 (18,18 ± 1,33)c, G4 (16,74 ± 1,27)c. *Letras sobrescritas diferentes re- bas as formas de ativação. Conclusão: Dentro das limitações do estudo, conclui-se que a fotoativação
presentam diferenças estatisticamente significantes entre as médias dos grupos (p < 0,05). Conclusão: influenciou de forma positiva a resistência à tração diametral do cimento resinoso dual RelyX ARC, o
O melhor efeito sobre as propriedades avaliadas foi obtido pela silanização, entretanto, constatou-se que não ocorreu com a ciclagem mecânica.
no presente estudo que o tratamento com ácido carboxílico também pode ser uma alternativa viável
como segunda opção ao tratamento de partículas.

105 Influência do cimento e da clorexidina na união de 108 Efeito da ativação na resistência flexural biaxial de cimentos
restaurações indiretas à dentina resinosos autoadesivos
L Zaramela-Fraga, RE Campos, LHA Raposo, FR Santana, CA Pereira, BFC Barreto TR Aguiar1, CAG Arrais2, GMB Ambrosano3, D Mettenburg4, FA Rueggeberg4, M Giannini1
Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia (MG), Brasil. 1
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da
Área: Dentística e Materiais Dentários. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil.
2
Departamento de Dentística da Universidade de Guarulhos (UnG) – Guarulhos (SP), Brasil.
Objetivo: Avaliar, por método de micropush-out, a influência de dois tipos de cimento e da apli- 3
Departamento de Odontologia Social da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil.
cação de clorexidina na união de restaurações indiretas em cerômero ao substrato dental. Materiais 4
Departamento de Reabilitação Oral da Escola de Odontologia da Medical College of Georgia –
e Métodos: Dois grupos (n = 14) foram analisados conforme o cimento usado Rely X ARC (RX) e
Augusta (GA), Estados Unidos.
Cement Post (CP) e subdivididos em dois (n = 7), sem (SC) e com (CC) aplicação de clorexidina 2%
Financiamento: Fapesp (07/53214-7) e Capes
após o condicionamento ácido. Após a aprovação do Comitê de Ética, sobre a superfície dentinária
exposta de 3º segundos molares humanos, padronizadas com lixa SiC (# 600), foram feitas cavidades
troncônicas com dimensões de 2,5 x 1,5 x 1,0 mm (profundidade, diâmetro topo e diâmetro fundo, Introdução: A análise de resistência flexural biaxial avalia as propriedades de resistência flexural
respectivamente). As cavidades foram isoladas com gel hidrossolúvel, preenchidas com cerômero ini- (RF) e módulo de flexão (MF). Objetivo: O estudo avaliou a influência do modo de polimerização na
cialmente polimerizado em incremento único com LED (500 mW/cm2), e, após remoção da cavidade, resistência flexural biaxial de três cimentos resinosos (CR) autoadesivos: RelyX Unicem (3M ESPE);
as restaurações receberam segunda polimerização em câmara de luz, calor e vácuo. Para a cimentação, BisCem (Bisco); G-Cem (GC Corp.) e do cimento resinoso dual Panavia F 2.0 (Kuraray Med). Ma-
as restaurações foram tratadas com ácido fluorídrico e silano e a cavidade com ácido fosfórico, segui- teriais e Métodos: Discos de cimentos (6,0 mm de diâmetro por 0,5 mm de espessura) foram confec-
do da aplicação e polimerização do adesivo. Seguindo instruções do fabricante, os cimentos foram cionados, totalizando 80 discos (n = 10). Metade da amostra foi fotoativada com aparelho de lâmpada
manipulados e aplicados na superfície da restauração e esta fixada na cavidade. Após 24 horas, foi halógena (F) ou não (Q). Após sete dias, os discos foram testados em dispositivo biaxial acoplado à
obtida uma fatia de cada dente (1,5 ± 0,2 mm espessura) que foi posicionada na máquina para o teste máquina de ensaios universal (Instron 5844) a 1,0 mm/min. Os dados obtidos foram analisados pela
micropush-out com o menor diâmetro da cavidade voltado para a ponta de carga. As cargas de falha ANOVA em esquema fatorial 4 x 2 (cimento x modo de ativação) e teste Tukey (5%). Resultados:
foram registradas no momento de extrusão da restauração e submetidas à ANOVA e teste de Tukey (p Em relação ao modo de ativação, foram observados valores estatisticamente superiores para os grupos
< 0,05), que indicaram diferença significativa somente para o cimento. Resultados: Os resultados em fotoativados tanto para a RF quanto para o MF. Entre os CR, o BisCem apresentou valores menores de
MPa foram: RX/CC-10,66 ± 5,14 a; RX/SC - 9,04 ± 3,29 ab; CP/CC - 5,02 ± 2,71 b; CP/SC - 8,62 RF e MF. Para RF, o CR Panavia F 2.0 obteve os maiores valores médios e todos os CR apresentaram
± 4,62 ab. A aplicação da clorexidina não apresentou nenhum efeito em curto prazo. Conclusão: O diferentes médias. Conclusões: A fotoativação aumentou os valores médios de RF e MF para todos os
cimento dual (RX) demonstrou resultados superiores de resistência adesiva quando comparado ao materiais testados, sendo que o CR BisCem sempre apresentou os menores valores.
cimento químico (CP), ambos com aplicação de clorexidina. Os grupos sem aplicação de clorexidina
não diferiram estatisticamente daqueles com a aplicação desta a curto prazo.

228
109 Dureza Knoop de cimentos resinosos: fotoiniciadores x 112 Avaliação da biocompatibilidade de resina acrílica contendo
fontes de luz zeólito antimicrobiano
V Bosquiroli1, MAC Sinhoreti2, W Brandt2, L Thibes1 LA Casemiro1, LA Dutra1, LFR Garcia2, FCP Pires-de-Souza3, LY Ibara1
1
Colegiado de Odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) – Cascavel 1
Curso de Odontologia da Universidade de Franca (Unifran) – Franca (SP), Brasil.
(PR), Brasil. 2
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da
2
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil.
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil. 3
Departamento de Materiais Dentários e Prótese da Faculdade de Odontologia da Universidade de
São Paulo (USP) – Ribeirão Preto (SP), Brasil.
Objetivo: Avaliar a dureza Knoop de cimentos resinosos contendo diferentes fotoiniciadores (CQ
ou PPD) fotoativados, por meio de uma faceta de cerâmica (IPS Emax ou IPS Esthetic, ambas da Objetivo: Esse estudo avaliou a biocompatibilidade de uma resina acrílica termicamente ativada
Ivoclar Vivadent), com 0,7 mm de espessura, durante 70 segundos, com a fonte de luz de lâmpada contendo 5 ou 10% de zeólito antimicrobiano. Materiais e Métodos: O projeto foi aprovado pelo
halógena (XL 2500) e fonte LED (Ultra Lume LED5). Materiais e Métodos: Para a confecção dos Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Franca. Foram seguidos os parâmetros do fabricante
corpos-de-prova, utilizou-se uma matriz metálica em forma de anel, com 1 mm de altura e 10 mm para manipulação e polimerização da resina QC20 (Dentpsly), à qual foram adicionados 5 ou 10% de
de diâmetro. A matriz foi colocada sobre uma tira de poliéster e o cimento injetado até a superfície zeólito contendo prata e zinco (Irgaguard B5000, Ciba). Tubos de polietileno (10,0 x 0,8 mm) foram
superior da mesma. Uma segunda matriz de poliéster foi colocada sobre o cimento para obter-se uma preenchidos com a resina incorporada com zeólito ou pura (controle). Seguindo-se a técnica cirúrgica,
superfície plana. A fotoativação de ambos os cimentos foi realizada sem a interposição das facetas de nove ratos (Rattus novergicus) receberam implantes dos tubos contendo as resinas nas regiões pélvica
cerâmica, por 40 segundos, com LH e com LED, respectivamente: G1 = LH + CQ; G2 = LH + PPD; e escapular. Após 7, 21 e 42 dias os animais foram sacrificados, obtendo-se lâminas histológicas (HE)
G3 = LED + CQ e G4 = LED + PPD. Com a interposição da Emax, obtiveram-se os grupos: G5 = LH das peças removidas. Os cortes foram analisados morfológica e morfometricamente, utilizando-se um
+ Emax + CQ; G6 = LH + Emax + PPD; G7 = LED + Emax + CQ e G8 = LED + Emax + PPD. Com escore de 0 a 3 (Índice Geral de Inflamação, IGI). Resultados: A adição de zeólito na resina resultou
a interposição da Esthetic, os grupos foram: G9 = LH + Esthetic + CQ; G10 = LH + Esthetic + PPD; em valores de IGI intensos no 7º dias, moderados no 21º dia e discretos no 42º dia, em relação ao con-
G11 = LED + Esthetic + CQ e G12 = LED + Esthetic + PPD. Resultados: Os valores obtidos foram trole. A adição de 10% de zeólito determinou os maiores valores de IGI nos três períodos de avaliação.
submetidos à análise de variância ANOVA a três critérios (fonte de luz, cimento e cerâmica) e ao teste Conclusão: O aumento da porcentagem de zeólito na resina resultou em maiores valores de IGI do
Tukey (5%). As médias (KHN) obtidas respectivamente foram: G1 = 27,2; G2 = 13,5; G3 = 27,6; G4 tecido subcutâneo e na diminuição da biocompatibilidade do material.
= 14,0; G5 = 29,4; G6 = 18,2; G7 = 35,3; G8 = 27,5; G9 = 29,4; G10 = 16,5; G11 = 34,8 e G12 = 22,1.
Conclusões: Os valores de dureza Knoop para os diferentes cimentos testados variaram para ambas as
fontes de luz e também com ou sem a interposição de cerâmica.

110 Análise por elementos finitos da distribuição das tensões em 113 Efeito da soldagem a laser no desajuste marginal de
próteses fixas em cantilever infraestruturas em titânio pela técnica sobre modelo
ADCM Valdivia1, CA Branco1, RB Fonseca2, PV Soares1,3, PCF Santos-Filho1,3, AJ Fernan- L Correr-Sobrinho, MAC Sinhoreti, MA Nobilo, GEP Henriques, AB Correr, RM Puppin-
des-Neto4, CJ Soares1 Rontani, RLX Consani
1
Departamento de Dentística e Materiais Dentários da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) – Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia da Universidade Estadu-
Uberlândia (MG), Brasil. al de Campinas (Unicamp), Piracicaba (SP), Brasil.
2
Departamento de Dentística Restauradora da Universidade Estadual de Londrina () – Londrina (PR), Área: Materiais Dentários.
Brasil.
3
Departamento de Dentística da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP),
Brasil.
Objetivo: Este estudo avaliou o desajuste marginal de infraestruturas fundidas em titânio comercial-
mente puro (Ti CP) e titânio-alumínio-vanádio (Ti-6Al-4V) obtidos pela técnica sobre modelo, antes
4
Departamento de Oclusão, Prótese Fixa e Materiais Odontológicos da UFU – Uberlândia (MG), Brasil.
e após soldagem com laser, após cada ciclo de queima da cerâmica. Materiais e Métodos: Um modelo
metálico com três preparos foi confeccionado simulando uma prótese de cinco elementos e duplicado
Objetivo: Avaliar a distribuição das tensões (DT) pelo método de elementos finitos em próteses com revestimento Rematitan Plus (RP). Padrões de cera com 0,7 mm espessura foram confeccionados
fixas cantilever e convencional, variando o número de pilares (um ou dois) e carregamento oclusal sobre os modelos e o conjunto padrão de cera/modelo refratário foi incluído em revestimento (RP)
(contato prematuro ou oclusão normal). Materiais e Métodos: Um modelo real dos dentes 13 ao 18 e fundido, usando arco voltaico e injeção por vácuo. O desajuste marginal foi medido três vezes em
foi radiografado e a imagem processada pelo software Mechanical-AutoCAD, gerando modelos 2D cada interface mesial, distal, bucal e lingual com microscópio (STM). A infraestrutura foi cortada em
para análise em software ANSYS, sob aplicação de 5% da carga mastigatória fisiológica. As imagens duas regiões, soldadas com laser e submetidas aos ciclos de queima bonder (B), opaco (O), dentina
geradas foram analisadas qualitativamente pelo critério Von Mises. Para análise quantitativa, foram (D) e glaze (G) e o desajuste marginal foi medido. Resultados: Os dados foram submetidos à análise
traçadas duas linhas nos modelos linha A, localizada a 2 mm da cortical óssea, e linha B, no meio dos de variância e ao teste de Tukey (5%). O desajuste marginal (µm) para o Ti CP e Ti-6Al-4V antes da
conectores protéticos. Resultados: As tensões foram menores e melhor distribuídas na prótese conven- soldagem (inicial: 92,2 e 81,9, B: 94,6 e 88,3, O: 96,5 e 89,4; C: 101,4 e 93,8; G: 101,7 e 95,2) foi
cional. As regiões com maior concentração de tensões (CT) em todos os grupos foram a cortical óssea significativamente maior do que após a soldagem (inicial: 91,9 e 80,9; B: 75,1 e 54,1; O: 81,9 e 68,3;
e a raiz dos dentes pilares (15-pilar em 16 = 54,45 N; 15-pilar em 16/17 = 50,7 N; 15-pilar em 14/16 C: 89,9 e 72,9; G: 93,3 e 75,3). Conclusão: O desajuste marginal em todos os ciclos de queima da
= 21,9 N; 15-pilar em 14 = 12,6 N; 15-pilar em 14/13 = 7,0 N) e conectores das próteses (15-pilar cerâmica foi reduzido após a soldagem a laser.
em 16 = 26,36 N; 15-pilar em 16/17 = 24,2 N; 15-pilar em 14/16 = 8,04 N; 15-pilar em 14 = 16,6 N;
15-pilar em 14/13 = 17,7 N). O contato prematuro apresentou resultados piores, sendo mais danoso no
ponto mais distante do conector primário. Conclusões: As próteses fixas convencionais possuem DT
mais favorável do que as próteses com pôntico em cantilever. A adição de segundo dente como pilar é
mais favorável à DT nas estruturas de suporte e protéticas em casos de contato prematuro. O contato
prematuro gera maior CT nas estruturas dentais e protéticas.

111 Retenção de restaurações provisórias de resina elástica em 114 Efeito de higienizadores nas propriedades físicas de
preparos do tipo onlay Reembasadores e Resinas acrílicas
KR Felizardo, AT Takahashi, SK Moura, MB Lopes, A Gonini-Júnior MX Pisani, CHL Silva, Paranhos HFO, R Freitas
Departamento de Odontologia da Universidade Norte do Paraná (Unopar) – Londrina (PR), Brasil. Departamento de Materiais Dentários e Prótese da Faculdade de Odontologia da Universidade de
São Paulo (USP) – Ribeirão Preto (SP), Brasil.
Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi avaliar a retenção de restaurações de resina composta Financiamento: Capes (Bolsa de mestrado)
elástica em preparos do tipo onlay por meio de um teste de tração. Materiais e Métodos: Foram con-
feccionados preparos do tipo onlay em 30 terceiros molares que foram restaurados provisoriamente Objetivo: Avaliar os efeitos de soluções higienizadoras à base de Riccinus communis (mamona) e
de três maneiras distintas (n = 10), constituindo os seguintes grupos: G1 – resina composta elástica hipoclorito de sódio nas propriedades de cor e dureza de reembasadores resilientes e resinas acríli-
(Bioplic); G2 – resina composta elástica (Bioplic) fixada com cimento temporário (Temp Bond) e cas. Materiais e Métodos: Foram utilizados reembasadores macios (Mucopren e Elite Soft) e resina
G3 (controle) – resina acrílica ativada quimicamente (Duralay) e fixada com cimento temporário acrílica polimerizada em micro-ondas (Onda Cryl) e convencional (VIPI). Espécimes circulares (14
(Temp Bond). Após a inclusão das restaurações e armazenamento em água a 37 ºC por 24 horas, 48 x 4 mm) de cada material foram confeccionados em moldes de silicona em muflas e divididos em
horas e 30 dias, os corpos-de-prova foram levados a uma máquina de ensaio universal para o teste de três grupos (n = 10): Controle: imersão em água destilada a 37 ºC; Experimental 1 – imersão em
tração. Resultados: Com base nas médias obtidas, observou-se que a análise de variância identificou hipoclorito de sódio; Experimental 2 – imersão em solução de mamona. Foi simulado um período de
diferenças estatísticas significativas entre os materiais utilizados ao longo do tempo. Por meio do teste três anos por meio da imersão por 20 minutos diários durante 15 dias. A variação de cor foi medida em
de Tukey (95%), verificou-se que nas primeiras 24 horas G1 e G2 tiveram uma retenção equivalente espectrocolorímetro e os valores de dureza final foram obtidos por meio de durômetro Shore A para os
e estatisticamente menor que G3. Após 48 horas, verificou-se que o G1 demonstrou uma retenção reembasadores e de Microdurômetro Shimadzeu para as resinas acrílicas. Os dados foram avaliados
equivalente ao G3, a qual perdurou até o período de 30 dias. G2 demonstrou a pior evolução entre os pelos testes ANOVA e Tukey (p < 0,05). Resultados: Quanto à dureza dos reembasadores e resinas,
grupos ao longo do tempo. Conclusão: Pôde-se concluir que a resina composta elástica apresentou o houve significância estatística para o fator solução. Para os reembasadores, o grupo experimental 1
mesmo desempenho da resina acrílica após o período inicial de 24 horas e que o cimento temporário apresentou a maior média (46,55), diferindo dos demais (experimental 2: 41,16; controle: 39,78). Para
não melhorou o desempenho da resina composta elástica. as resinas acrílicas, o grupo experimental 2 apresentou a maior média (29,44) diferindo dos demais
(água: 24,51.; hipoclorito:24,45). Quanto à alteração de cor para os materiais reembasadores, houve
diferença na interação entre os fatores e a maior média foi do Elite Soft imerso em hipoclorito (18,24).
Para as resinas, a convencional apresentou maior variação de cor (1,97) em comparação à de micro-
ondas. Conclusões: O hipoclorito promoveu aumento na dureza dos reembasadores e a solução de
mamona promoveu aumento na dureza das resinas acrílicas. A maior alteração de cor foi encontrada
no Elite Soft, quando imerso em hipoclorito, e nas resinas acrílicas polimerizadas de modo conven-
cional independentemente da solução.

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115 Análise da deformação do tecido de suporte com perda 118 Avaliação da estabilidade dimensional de silicones
óssea variando as contenções polimerizados por condensação utilizando duas técnicas de
NA Neiva, PBF Soares, CJ Soares, AJ Fernandes-Neto, D Magalhães
moldagem
Universidade Federal de Uberlândia (UFU) – Uberlândia (MG), Brasil. RP Vitti, MAC Sinhoreti, L Correr-Sobrinho, S Consani
Área: Dentística e Materiais Dentários Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),
Piracicaba (SP), Brasil.
Objetivo: O estudo objetivou analisar a deformação do tecido de suporte com perda óssea em função
do tipo de contenção na região anterior da mandíbula. Materiais e Métodos: Oitenta dentes humanos
hígidos foram selecionados e distribuídos em dez grupos. Para o ensaio de extensometria, quatro
Objetivo: Avaliar a estabilidade dimensional de dois silicones polimerizados por condensação: Ze-
taplus denso/Oranwash L leve (ZO) (Zhermack) e Clonage denso/Clonage leve (CC) (DFL), utilizan-
extensômetros foram fixados no incisivo central IC e lateral IL, sendo dois na face vestibular FV e do-se as técnicas de moldagem de dupla impressão (DI) e reembasamento (RE). Materiais e Métodos:
dois na face lingual FL. Nos espécimes (n = 10) foram aplicados: Cont, controle, sem alteração de Foram realizadas moldagens num modelo metálico de arcada dentária (padrão) em temperatura e
normalidade; Po, simulando perda óssea de 5 mm; PoRc, Po com contenção feita em resina composta umidade controladas, seguindo as instruções dos fabricantes. O vazamento dos moldes ocorreu após
de canino a canino; PoFa, Po com contenção feita com fio de aço de 0,25 mm; PoFaRc, Po com con- 30 minutos da recuperação elástica, utilizando-se gesso especial tipo IV (n = 5). As distâncias entre os
tenção feita com fio de aço de 0,25 mm associado a RC; PoFvRcExt, Po com contenção realizada com dentes 33-43, 33-37, 43-47 e 37-47 foram mensuradas no modelo metálico, utilizando-se o microscó-
fibra de vidro associado a Rc extracoronária e PoFvRcInt, Po com contenção empregando Fv associa- pio comparador (Olympus STM, Japão) e, posteriormente, ela foram comparadas com as distâncias
do a Rc intracoronária. Resultados: Os espécimes foram submetidos à carga de compressão oblíqua obtidas nos corpos-de-prova. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e ao teste
a velocidade de 0,5 mm/min até o limite de 150N em máquina de ensaio mecânico. As deformações de Tukey (α = 0,05). Resultados: Para a distância entre os dentes 33-37, ZO apresentou contração
obtidas para as intensidades de 50, 100 e 150N de carregamento foram submetidas à ANOVA de três significativamente menor que CC para a técnica de RE (0,16774 ± 0,27690 e 0,58408 ± 0,32681,
fatores e ao teste de Scheffe (α = 0.05). Conclusão: Concluiu-se que em todos os grupos a deformação respectivamente), e para a técnica de DI (0,18564 ± 0,14751 e 0,58724 ± 0,19789, respectivamente).
na FV foi maior que na FL. A deformação no IC FV foi maior que no IL. A deformação foi maior para Para as demais distâncias entre dentes (33-43, 43-47 e 37-47), não houve diferença significativa entre
as cargas de 100 e 150N. As contenções dentais que empregam Rc resultaram em menor deformação os materiais e técnicas de moldagem. Conclusão: O Zetaplus/Oranwash L apresentou maior estabili-
aos níveis do grupo Cont. As contenções dentais que empregam Rc conseguem reduzir a deformação dade dimensional que o Clonage para ambas as técnicas de moldagem. Não houve diferença entre as
independentemente da intensidade de carregamento. técnicas de moldagem de dupla impressão e reembasamento.

116 Análise das tensões na estrutura de suporte de protocolos 119 Efeito de métodos de fechamento da mufla na adaptação das
implanto-suportados bases de prótese total
PC Simamoto-Júnior1, FD Neves2, VR Novais2, CA Araújo3, AJ Fernandes-Neto2, MAA Nó- S Consani1, RLX Consani2, MF Mesquita2, L Correr-Sobrinho1, MAA Nóbilo2
bilo4 1
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da
1
Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia (MG), Brasil. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Piracicaba (SP), Brasil.
2
Faculdade de Odontologia da UFU, Uberlândia (MG), Brasil. 2
Departamento de Prótese e Periodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Unicamp –
3
Faculdade de Engenharia Mecânica da UFU, Uberlândia (MG), Brasil. Piracicaba (SP), Brasil.
4
Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Piracicaba (SP),
Brasil.
Objetivos: O estudo avaliou o efeito de métodos de fechamento mufla (grampo metálico tradicional
e sistema RS de contensão) na adaptação das bases de prótese total superior, confeccionadas com re-
Objetivo: Quantificar e qualificar in vitro as tensões geradas pela da alteração do número e do sina acrílica termopolimerizável clássica. Materiais e Métodos: Vinte conjuntos modelo de gesso-base
diâmetro de implantes dentários em protocolos clássicos tipo Brånemark, em implantes fixados em de cera foram separados em dois grupos (n = 10) e incluídos com gesso pedra em muflas metálicas
modelo aproximado da região anterior da mandíbula, entre os forames mentonianos por meio da téc- tradicionais, conforme o protocolo: 1 - contensão da mufla com grampo tradicional e polimerização;
nica da fotoelasticidade. Materiais e Métodos: Foram confeccionadas nove infraestruturas em titânio, 2 - contensão da mufla com o sistema RS de contensão e polimerização. A polimerização da resina
utilizando a distribuição para os implantes posteriores e centrais, similares ao sistema Brånemark acrílica foi em água a 74 ºC durante nove horas em termopolimerizadora automática. Depois do esfria-
Novum®. Foram divididos três grupos: Grupo Controle (GC) com cinco implantes de 3,75 mm de mento das muflas em temperatura ambiente, as bases de resina foram desincluídas, acabadas e fixadas
diâmetro; Grupo Regular (GR) com três implantes de 3,75 mm de diâmetro e Grupo Largo (GL) nos respectivos modelos com adesivo instantâneo. O conjunto foi seccionado transversalmente nas
com três implantes de 5 mm de diâmetro, com comprimento padronizado de 13 mm para todos os regiões correspondentes à distal do canino (A), mesial do primeiro molar (B) e palatina posterior (C).
implantes. Nove modelos fotoelásticos foram confeccionados, com três paredes planas, o que permitiu A adaptação da base ao modelo foi mensurada em cinco pontos para cada secção (bordas laterais
a quantificação das tensões em cada implante, por meio da técnica fotoelástica de transmissão plana, direita e esquerda, cristas dos rebordos direito e esquerdo e linha mediana) com microscópio Olympus
na presença de carregamento constante de 1,33 kgf em um dos extremos livres da prótese. Para análise e precisão de 0,0005 mm. Resultados: Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de
das tensões, foi utilizado polariscópio circular, avaliando 16 pontos ao longo do corpo dos implan- Tukey (5%). Os resultados médios para a adaptação da base, independentemente dos demais fatores
tes. Resultados: Os valores encontrados para tensão cisalhante, com relação ao aumento do diâmetro foram: grampo tradicional = 0,212 mm e sistema RS = 0,173 mm. Os níveis de adaptação nas regiões
dos implantes, demonstraram diminuição da concentração de tensão em 8% para a região crítica do foram: A (grampo = 0,160 mm e sistema RS = 0,121 mm); B (grampo = 0,195 mm e sistema RS = 0,17
sistema, extremos livres, quando comparado a GC, sendo em GR encontrada as maiores médias de 0mm) e C (grampo = 0,281 mm e sistema RS = 0,227 mm). Conclusão: O método de fechamento da
tensão cisalhante. Conclusão: O número de implantes mostrou-se menos relevante na diminuição das mufla com o sistema RS promoveu melhor adaptação da base ao modelo de gesso, com valores com
tensões para o modelo estudado, contudo o aumento do diâmetro otimizou a distribuição das tensões diferença estatística significativa quando comparados ao grampo tradicional.
em comparação a GC.

117 Efeito da inclusão e da contensão das muflas na adaptação 120 Resistência à flexão e microdureza da resina acrílica após
das bases de prótese total tratamento por micro-ondas
RLX Consani1, MF Mesquita1, MAC Sinhoreti2, GEP Henriques1 TJA Paes-Júnior, LH Silva, GSFA Saavedra, RN Tango, ALS Borges, ET Kimpara
1
Departamento de Prótese e Periodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universida- Departamento de Materiais e Prótese Dentária da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesqui-
de Estadual de Campinas (Unicamp), Piracicaba (SP), Brasil. ta Filho” (Unesp), São José dos Campos (SP), Brasil.
2
Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Piracicaba (SP), Brasil.
Objetivo: Avaliar a efetividade do tratamento por energia de micro-ondas sobre as propriedades de
resistência à flexão e microdureza da resina acrílica de ativação química. Materiais e Métodos: Foram
Objetivo: O trabalho verificou a adaptação das bases de prótese total superior feita com resina confeccionados 24 corpos-de-prova nas dimensões de 65 x 10 x 2,5 mm (ADA nº 12), em resina
acrílica Clássico, sob efeito dos materiais de inclusão (gesso e silicone) e contensão da mufla (grampo acrílica quimicamente ativada Dencrilay Speed® (Dencril Produtos Odontológicos – SP) na cor 66. Os
tradicional, sistema RS de contensão e mufla com parafusos). Materiais e Métodos: Foram confeccio- corpos-de-prova foram divididos em quatro grupos de acordo com o ciclo de tratamento por energia
nados 60 conjuntos modelo de gesso-base de cera (n = 10) para os tratamentos: inclusão com gesso, de micro-ondas. O Grupo G1 (Controle) não recebeu tratamento, o G2 teve seus corpos-de-prova
fixação da mufla com grampo e polimerização; inclusão com gesso, fixação da mufla com dispositivo imersos em recipiente contendo 200 mL de água destilada para, então, proceder-se um ciclo em forno
RS e polimerização; inclusão com gesso, fixação da mufla com parafusos e polimerização; inclusão de micro-ondas por cinco minutos na potência de 650 W, no G3 reduziu-se o tempo de exposição para
com silicone, fixação da mufla e polimerização; inclusão com silicone, fixação da mufla e polimeri- três minutos e o G4 recebeu o mesmo tratamento por um minuto. Resultados: Cada grupo (n = 6) foi
zação; inclusão com silicone, fixação da mufla e polimerização. A polimerização foi em água a 74 °C submetido ao ensaio de resistência à flexão de três pontos, obtendo os valores médios para o Grupo
por nove horas. Após demuflagem, as bases foram fixadas nos respectivos modelos e foram efetuados G1 de 86,04 MPa ± 10,32; G2 de 100,1 ± 5,52; G3 de 102,04 ± 5,41; G4 de 104,81 ± 14,17. Após 48
três cortes transversais no conjunto, nas regiões de: caninos (A), primeiros molares (B) e palatina horas do ensaio, os fragmentos de cada corpo-de-prova foram avaliados quanto à microdureza Vickers
posterior (C). O desajuste foi verificado com microscópio Olympus com precisão de 0,0005 mm, em (VHN), tendo-se os valores médios: G1 – 21,98 VHN ± 0,82; G2 – 20,15 ± 1,24; G3 – 19,69 ± 0,91;
cinco pontos para cada corte (bordas laterais direita e esquerda, cristas dos rebordos direito e esquerdo G4 – 19,44 ± 0,41. Tanto para o teste de a resistência à flexão quanto para microdureza, ANOVA evi-
e linha mediana). Resultados: Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey denciou diferença estatística (p < 0,05) entre os grupos, nos quais através de Tukey (5%) observamos
(α = 5%). O dispositivo RS produziu adaptação (0,166 mm) com diferença significativa em relação à que o grupo G1 diferenciou-se dos demais, em que a resistência flexural para este tenha estado menor
prensagem convencional (0,200 mm) ou com parafusos (0,211 mm). No fator corte, o dispositivo RS que os demais, enquanto que no tocante à microdureza houve uma inversão destes valores. Conclu-
produziu valores (A = 0,140 mm, B = 0,183 mm e C = 0,256mm) com diferença significativa quando são: O tratamento por energia de micro-ondas incrementou a resistência à flexão da resina acrílica de
comparado com a prensagem convencional (A = 0,151 mm, B = 0,207 mm e C = 0,286 mm) e muflas ativação química, no entanto foi prejudicial quanto à microdureza.
com parafusos (A = 0,150 mm, B = 0,205 mm e C = 0,278mm). Os cortes A (0,140 mm), B (0,185
mm) e C (0,250 mm) foram diferentes estatisticamente. Conclusão: A melhor adaptação da base ocor-
reu na inclusão com silicone, na contensão RS e na região de caninos.

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