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Ouço falar de Angola e vem-me ao pensamento os seus vastos sertões e espetáculos de cores, 

do
verde suave e luzidio ao vermelho argiloso, os pantanais densos e impenetráveis, uma
riquíssima fauna, graciosa, indulgente com a flora, massiva, que mesmo nas dunas e desertos —
onde as areias são tórridas e infaustas — floresce de maneira soberba: Angola parece ser “(…)
o  cruzamento/ De todas as estradas do mundo/ A pousada/ De todos os viandantes (…)”
[Bandeira  Duarte in Finalidade]. E num ímpeto humano, carnal, as suas gentes mostram-se
belas, o corpo dos homens é esculpido, herdou dos seus avós os ossos da caça, e as mulheres são
talhadas, em nada  diferent

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