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MINISTÉRIO DA ECONOMIA - MECON

CONSELHO DE RECURSOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - CRPS

23ª Junta de Recursos


Data/Hora: 12/11/2021 11:48:52

Número do Processo: 44233.725020/2020-81


Tipo do Processo: Recurso Ordinário
APS Responsável: AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL CEAB RECONHECIMENTO DE DIREITO DA SRI
Objeto do Processo: Espécie/NB: 31/626.306.815-2
Espécie: Auxílio-doença previdenciário
Recorrente: LUCIANO FERREIRA DE ALMEIDA
Recorrido: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
Assunto: RESTABELECIMENTO
Relator: DALILA COELHO DA SILVA ANUNCIACAO

Inclusão em Pauta
Incluído em pauta em 24/10/2021 17:29:55 para sessão 0333/2021.

Relatório
LUCIANO FERREIRA DE ALMEIDA requereu BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA o qual foi deferido
e cessado por alta medica – NB 31/626.306.815-2.
Não foram anexadas aos autos cópias do processo concessório.
Consta informação de que após perícia médica, o benefício foi deferido e foi cessado por alta médica.
Foi interposto recurso, em que o(a) recorrente alega que o seu estado de saúde não melhorou, que na
última pericia só tinha laudo de um médico que o acompanha, pois, seu tratamento está sendo feito pela
rede do SUS, que por esse motivo se tornar difícil levar a documentação probatória em tempo hábil pois
aguarda atendimento pelo médico especialista, e requer o restabelecimento de seu benefício.
Foram anexados documentos médicos.
O INSS manteve o indeferimento da prorrogação do benefício.
Os autos vieram para 23ª JR-MT, em Cuiabá – MT, para apreciação e julgamento do recurso e foram
encaminhadas para PMF – Perito Médico Federal que juntou o seguinte parecer:
(...)
CONCLUSÃO MÉDICO PERICIAL: Há elementos técnicos para modificar a decisão anterior? Não
Justifique: Não há elementos técnicos de convicção suficientes para alteração da conclusão pericial.
Considerações médico periciais: (Justifique tecnicamente os motivos para não modificar a decisão
anterior)
Em análise dos documentos disponibilizados (laudos
periciais do SABI e documentos do processo) não
há elementos que evidenciem motivos técnicos para
mudança na conclusão médico pericial.
(...)
Os autos retornaram para análise.
Evento 13 esta relatora juntou informações obtidas no SAT, através do CNIS – Cadastro Nacional de

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Assinatura digital do(a) relator(a): DEA7F5328F2CC43ED488149609FC3E22BE1B8F85409EAAD5DC13A4A3F60ACCD2
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Informações Sociais do recorrente, atualizado, e Declaração de benefícios, em que consta remuneração e
contribuição.

Voto
EMENTA:

RECURSO ORDINÁRIO. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA. PRORROGAÇÃO.


ALTA MÉDICA. CAPACIDADE PARA O TRABALHO. REMUNERAÇÕES CNIS. RETORNO AO
TRABALHO. APOSENTADORIA ATIVA. ART. 25, I, ALÍNEA E, 75, § 3º., E 78, DO DECRETO
3.048/99, ALTERADO PELO DECRETO 10.410/2020. ALÇADA. ART. 30, § 2º, DA PORTARIA
116/2016. JULGAMENTO DO RECURSO NO ESTADO EM QUE SE ENCONTRA, ART. 35, 2º,
DA PORTARIA 116/2017 C/C ART. 174, § ÚNICO, 175, § 7º, E ART. 5º, LXXVII, DA
CF/1988. Não sendo constatada mais incapacidade temporária que justifique a
prorrogação do benefício o mesmo deve ser cessado, e tendo, prova no CNIS de que o
recorrente retornou às suas atividades laborativas, o benefício deve ser cessado sob
pena de irregularidade.

O recurso é tempestivo, nos termos do artigo 91, da Portaria 116/2017.


Conforme se viu acima, LUCIANO FERREIRA DE ALMEIDA alega, em resumo, nas razões recursais, que o
seu estado de saúde não melhorou, que na última pericia só tinha laudo de um médico que o acompanha,
pois, seu tratamento está sendo feito pela rede do SUS, que por esse motivo se tornar difícil levar a
documentação probatória em tempo hábil pois aguarda atendimento pelo médico especialista, e requer o
restabelecimento de seu benefício.
Nas contrarrazões, o INSS manteve o indeferimento da prorrogação do benefício.
Não foram anexadas aos autos cópias do processo concessório, apenas in formações de que o benefício
foi deferido e foi cessado por alta médica.
Os encaminhou ao PMF – Perito Médico Federal para análise, tendo sido emitido Parecer Recursal
fundamentado, nos termos constantes do relatório mantendo a conclusão da perícia anterior.
Portanto, não havendo mais incapacidade temporária, conforme Parecer Técnico, que ratificou a alta
médica, a manutenção da decisão recorrida é ato que se impõe, nos termos do art. 25, I, alínea e, e art.
78, do Decreto 3.048/99, alterado pelo Decreto 10.410/2020.
Esta decisão é de alçada médica, portanto, não comporta Recurso Especial, nos termos do art. 30, § 2º, I,
da Portaria 116/2017.
Por outro lado, conforme se infere do evento 13, esta relatora juntou informações obtidas no SAT, através
do CNIS – Cadastro Nacional de Informações Sociais do recorrente, atualizado, e Declaração de
benefícios, em que consta remuneração e contribuição, imediatamente após a cessação do benefício,
sedo que o CNIS é prova plena, nos termos do art. 19, do Decreto 3.048/1999, alterado pelo Decreto
10.410/2020.
Assim, havendo prova de que o(a) recorrente retornou às suas atividades laborativas, o benefício deve
ser indeferido sob pena de irregularidade, nos termos do art. 75, § 3º, do Decreto 3.048/1999, alterado
pelo Decreto 10.410/1999.
Aplica-se, ainda, os termos do artigo 174, § Único e 176, § 7º., que determina que a apresentação de
documentos novos, não exibidos inicialmente, só surtirá efeitos, a partir da sua apresentação, o que
dispensa diligencias protelatórias, especialmente nos termos do art. 5º, LXXVII, da CF, que determina que
o processo administrativo deve durar apenas o tempo útil e necessário para o seu termo.
Ou seja, cabe julgamento do recurso no estado em que se encontra, nos termos do art. 35, § 2º, da
Portaria 116/2017
CONCLUSÃO
Por todo o acima exposto, o meu VOTO é pelo conhecimento do recurso, diante dos requisitos para sua
admissão e conhecimento, e, no mérito, seja-lhe NEGADO PROVIMENTO.
DALILA COELHO DA SILVA ANUNCIACAO
Relator(a)

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Declaração de Voto

Conselheiro(a) concorda com o voto do(a) Relator(a).

KENYA DE OLIVEIRA ARRUDA


Conselheiro(a) Titular Representante das Empresas

Declaração de Voto

Conselheiro(a) concorda com o voto do(a) Relator(a).

HELENA BEATRIZ SOLANO


Conselheiro(a) Titular Representante do Governo

Declaração de Voto

Presidente concorda com o voto do(a) Relator(a).

HELENA BEATRIZ SOLANO


Conselheiro(a) Titular Representante do Governo

Decisório
Nº Acordão: 23ª JR/8542/2021

Vistos e relatados os presentes autos, em sessão realizada em 12/11/2021, ACORDAM os membros


da 23ª Junta de Recursos, em CONHECER DO RECURSO E NEGAR-LHE PROVIMENTO, POR UNANIMIDADE,
de acordo com o voto do(a) Relator(a) e sua fundamentação.

Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros HELENA BEATRIZ SOLANO e KENYA


DE OLIVEIRA ARRUDA.

DALILA COELHO DA SILVA ANUNCIACAO HELENA BEATRIZ SOLANO


Relator(a) Conselheiro(a) Titular Representante do Governo
(Presidente designado)

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