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Rev.

Augustus Nicodemus comenta


reportagem da Veja sobre ministério pastoral
e critica igrejas que dispensam formação
teológica. Leia na íntegra
Publicado por Tiago Chagas em 15 de janeiro de 2013
Tags: curso para pastor, Estudos, Facebook, ministério pastoral, reverendo
augustusnicodemus, Revista Veja, Teologia, veja sp
http://goo.gl/0O
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A reportagem sobre cursos preparatórios para o ministério pastoral,publicada nesta


semanapela revista Veja SP, causou grande repercussão no meio evangélico.
Muito do que foi comentado se deve à ênfase dada para os casos em que pastores são
formados através de cursos preparatórios e recebem altos salários.

Porém, o reverendo presbiteriano Augustus NicodemusLopespublicou em seu perfil no


Facebook uma reflexão à necessidade do preparo para o exercício do ministério: “A formação
de pastores é crucial para a saúde da igreja cristã. Maus pastores põem a perder igrejas
inteiras e marcam negativamente a vida de centenas e milhares de pessoas”, contextualizou.
Citando o apóstolo Paulo – que possuía alta formação intelectual – como referência, Lopes diz
que ser pastor exige a reunião de características e capacidades bastante específicas.

“Paulo exige que o que aspira ao episcopado (outro nome para presbiterato=pastorado) deve
entre outras coisas ser „apto para ensinar‟ (1Tim 3:2), „apegado à palavra fiel, que é segundo a
doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os
que o contradizem‟ (Tit 1:9). Ou seja, de acordo com a Bíblia os pastores têm que ser
teologicamente capazes, apologeticamente argutos e hábeis no ensino. Quer dizer, eles têm
que ser mestres da Palavra. Não é à toa que ao elencar os dons básicos para a edificação da
Igreja que Paulo coloca „pastores e mestres‟ como se fossem uma mesma coisa (Ef 4:10)”, lista
o reverendo.

O contexto social atual, segundo Lopes, é importante fator a ser considerado na forma de
observar as Escrituras e principalmente, na capacitação dos líderes: “Como alguém pode
querer hoje cumprir os requerimentos de Paulo para a liderança sem treinamento, estudo,
discipulado, confronto, comparações, leituras, coisas que demandam tempo, bastante tempo,
para não falar de maturidade, humildade, santidade, oração e submissão a Deus?”, questiona
Augustus Nicodemus Lopes.

Desprezar o estudo da teologia “é desconhecer a história bíblica e da Igreja achar que o


treinamento teológico intenso é bobagem”, segundo Lopes, que entende que “é por isto que
está esta confusão toda aí, denunciada pelas revistas seculares inclusive”, enfatiza o
reverendo presbiteriano.

“Não estou dizendo que somente seminários com cursos completos de teologia é que
preparam bons pastores. É evidente que não. O que estou dizendo, todavia, é que não se pode
hoje dispensar o treinamento teológico intenso na boa teologia e na sã doutrina”, pontua.

Confira abaixo, a íntegra da publicação “A propósito da reportagem da Veja-São Paulo sobre


a formação de pastores evangélicos”, de Augustus Nicodemus Lopes:
A formação de pastores é crucial para a saúde da igreja cristã. Maus pastores
põem a perder igrejas inteiras e marcam negativamente a vida de centenas e
milhares de pessoas, a depender do alcance de seus ministérios.

Desde os seus primórdios, o Cristianismo se preocupou com a preparação e


capacitação de seus líderes. O próprio Senhor Jesus, como judeu que era, aos
doze anos passou pela iniciação judaica e aprendeu com seus pais e os mestres
rabinos a lei de Deus, e nisto os excedeu, conforme lemos no episódio em que
ele ficou no templo discutindo com os mestres da lei.

Os apóstolos que ele chamou foram submetidos a três anos de rigoroso


treinamento. Ouviram a exposição da mensagem do Antigo Testamento feita
pelo Senhor, fizeram perguntas e tiveram respostas, discutiram entre si as
coisas de Deus, fizeram vários estágios ao serem mandados pregar e exercitar
o poder do Reino nas cidades e conviveram com o mestre, aprendendo de suas
atitudes. E mesmo assim, depois de três anos de seminário com Jesus, ainda
não estavam totalmente prontos, como os Evangelhos nos dizem!

Mais adiante, surge Paulo, cujo treinamento anterior à conversão consistiu do


aprendizado durante anos aos pés de um dos melhores rabinos da época,
Gamaliel, afora seu treinamento em sua cidade natal, Tarso, que era rival de
Atenas em intelectualidade e cultura.

Ao colocar os requerimentos para o pastorado, Paulo exige que o que aspira ao


episcopado (outro nome para presbiterato=pastorado) deve entre outras
coisas ser “apto para ensinar” (1Tim 3:2), “apegado à palavra fiel, que é
segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto
ensino como para convencer os que o contradizem” (Tit 1:9). Ou seja, de
acordo com a Bíblia os pastores têm que ser teologicamente capazes,
apologeticamente argutos e hábeis no ensino. Quer dizer, eles têm que ser
mestres da Palavra. Não é à toa que ao elencar os dons básicos para a
edificação da Igreja que Paulo coloca “pastores e mestres” como se fossem uma
mesma coisa (Ef4:10).

Agora me expliquem como é que se formam líderes assim nos dias de hoje? O
instrumento de trabalho deles será a Bíblia, que foi escrita a mais de 2 mil
anos em grego, hebraico e aramaico numa cultura diferente da nossa. Um
livro que tem sofrido nas mãos dos intérpretes durante milênios. Um livro que
é reivindicado como a base de toda sorte de heresias e ensinamentos estranhos
que aparecem por ai. Como alguém pode querer hoje cumprir os
requerimentos de Paulo para a liderança sem treinamento, estudo,
discipulado, confronto, comparações, leituras, coisas que demandam tempo,
bastante tempo, para não falar de maturidade, humildade, santidade, oração
e submissão a Deus?

É ingenuidade pensar que basta ler a Bíblia e pronto – se for homem de


oração, piedoso e espiritual, está pronto para liderar o povo de Deus. É
desconhecer a história bíblica e da Igreja achar que o treinamento teológico
intenso é bobagem. É por isto que está esta confusão toda aí, denunciada pelas
revistas seculares inclusive.

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Não estou dizendo que somente seminários com cursos completos de teologia é
que preparam bons pastores. É evidente que não. O que estou dizendo,
todavia, é que não se pode hoje dispensar o treinamento teológico intenso na
boa teologia e na sã doutrina. As igrejas têm seus próprios mecanismo e meios
para isto. Não me importo quais sejam, desde que cumpram o que Paulo disse

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