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TEOLOGIA DA ENGANAÇÃO

PREFÁCIO

Dentro das igrejas evangélicas no Brasil, principalmente nas


pentecostais e neopentecostais, costuma-se enfatizar a busca por poder
espiritual e experiências sobrenaturais com Deus. Não vejo problema nenhum
nisso. Pelo contrário, acredito que essas características fazem parte dos
pontos fortes de tais igrejas. No entanto, grande parte dos evangélicos
negligenciam o estudo bíblico e raramente, se dão ao trabalho de ler a Bíblia
Sagrada em sua totalidade. Isso facilita a entrada de lobos devoradores no
meio cristão, que distorcem os textos bíblicos, com o objetivo de criarem
“modismos teológicos” que favoreçam o comércio da fé, a exploração
financeira e a manutenção do projeto pessoal de poder de líderes eclesiásticos
descompromissados com o verdadeiro Evangelho. Neste livro, eu tratarei
exatamente sobre esses “modismos teológicos”, que chamo de “Teologia da
Enganação”. Se você não quiser ser enganado ou manipulado por maus
líderes evangélicos interessados em explorar a fé alheia, então, este livro
acrescentará muitas informações importantes na sua caminhada espiritual. No
entanto, se você escolheu “terceirizar” o seu direito de pensar ao seu líder
religioso, então, a presente obra será de pouco (ou nenhum) proveito. Mas, eu
te desafio a pensar por si mesmo, conforme as Escrituras bíblicas. Não seja
manipulado. Pense, questione e não se deixe enganar. Não seja uma presa
fácil para lobos devoradores, pois, foi para a liberdade que Cristo nos libertou
(Gálatas 5:1).
CAPÍTULO 1

DEMONIZAÇÃO DO ESTUDO BÍBLICO


DEMONIZAÇÃO DO ESTUDO BÍBLICO

Para que a Teologia da Enganação tenha sucesso dentro de uma certa


igreja evangélica, faz-se necessário que os membros de tal igreja sejam
desestimulados ao estudo sistemático das Escrituras Sagradas. A Bíblia
Evangélica tem 66 livros, sendo 39 pertencentes ao Antigo Testamento e 27 ao
Novo Testamento e o estudo bíblico permite que o cristão aprenda a discernir o
que a Bíblia diz e principalmente, aquilo que a Bíblia não diz. Por esse motivo,
quem estuda a Bíblia Sagrada dificilmente será enganado ou manipulado por
líderes religiosos mal intencionados, que costumam distorcer textos bíblicos, a
fim de justificar suas aberrações teológicas, que visam o lucro e a manutenção
do poder.

Infelizmente, grande parte dos evangélicos brasileiros nunca leram toda


a Bíblia e muitos não conseguiriam, sequer, citar quais livros fazem parte das
Escrituras, na ordem em que aparecem na Bíblia. Aliás, uma das primeiras
coisas que aprendi na Escola Bíblica Dominical, logo após a minha conversão,
foi a sucessão dos livros presentes na Bíblia, com o objetivo de facilitar o
manuseio da própria Bíblia, além de achar com mais facilidade, textos
utilizados durante a ministração de um sermão. O que me deixa mais surpreso
é que muitos pastores, bispos e líderes religiosos evangélicos não sabem dizer
quais são os livros que compõem as Escrituras bíblicas e se não conhecem
nem isso, então, como podem assumir a liderança de uma igreja? Digo isso,
pois, como alguém vai ensinar algo que não conhece? Como um pastor com
esse perfil poderá identificar heresias e refreá-las, biblicamente falando, para
que o rebanho não seja contaminado com tais heresias?

A questão principal é a seguinte:

É mais fácil manipular pessoas que nada ou pouco conhecem das


Escrituras Sagradas. O brasileiro, em si, lê pouco e os evangélicos, também
não se motivam a ler a Bíblia toda. Existem igrejas / congregações que chegam
a proibir o estudo sistemático das Escrituras, afirmando que tudo se resume a
jejum e a oração, colocando a Bíblia em segundo plano. Daí, temos pregadores
que dizem revelar a vontade de Deus através de um sermão, sem ao menos,
conseguir fazer uma exegese correta da passagem bíblica utilizada. E como
tudo ocorre na base da “revelação” (para esses pregadores / anciãos), então, a
igreja torna-se alvo de distorções teológicas, heresias e manipulações textuais
que só contribuem para aumentar a “liberalidade financeira” dos fiéis, bem
como a submissão desses com os seus líderes “ungidos”.

Uma das matérias ensinadas num curso teológico é a chamada


Hermenêutica, que se aplica a correta interpretação das Escrituras. Dentro da
Hermenêutica, temos algumas regras que nos ensinam a interpretar os textos
bíblicos, respeitando, inclusive, o contexto em que tais textos ocorrem. Texto
fora de contexto é pretexto para heresia, como costumam dizer os estudantes
de Teologia e é exatamente isso que fazem os disseminadores e praticantes da
Teologia da Enganação, que precisam desinformar a fim de dominar a mente
bem intencionada dos membros de sua igreja. A ignorância é lucrativa para os
manipuladores, pois, quanto mais crédulos e menos questionadores forem os
fiéis, mais facilmente acreditarão nas mentiras de seus líderes religiosos.

Dentre os vários jargões utilizados pelos defensores da Teologia da


Enganação, temos:

- A letra mata.

- Deus revela a Palavra e não precisa estudá-la.

- A Teologia apaga o Espírito.

- Etc.

Enfim, desculpas para justificar a falta de estudo bíblico não faltam para
os líderes manipuladores, que querem “imbecilizar” o rebanho, com o intuito de
sujeitá-los aos objetivos nada cristãos da liderança “ungida”. Igreja que lê a
Bíblia e que busca entendê-la, constitui uma pedra de tropeço para os
praticantes da Teologia da Enganação, pois, quem conhece as Escrituras
questiona, pergunta, critica, debate e expõe os heresiarcas, que distorcem os
textos bíblicos ao seu bel prazer.

Outra forma de desestimular o estudo bíblico e a leitura sistemática das


Escrituras é usar o maior tempo do culto com louvor, oração e testemunhos,
dando à Palavra, um espaço de tempo bem reduzido. Essa é uma forma
bastante eficaz para que um líder eclesiástico ensine ao seu rebanho, que não
se deve gastar muito tempo com o aprendizado da Palavra de Deus.

Em tais igrejas, costuma-se enfatizar (em detrimento da Palavra):

- Busca de poder (espiritual).

- Busca dos dons do Espírito.

- Jejum.

- Oração.

- Vigílias.

- Orações no “monte”.

- Uso de objetos (supostamente) ungidos.

- Louvor.
- Testemunhos.

- Votos ($$$) de sacrifício.

- Uso de utensílios próprios do Judaísmo (Arca da Aliança, por exemplo).

- Enfim, fazem uso de todas essas práticas e de muitas outras, com o


objetivo de não sobrar muito tempo para o estudo das Escrituras, de fato. Não
tenho nada contra jejum, oração, busca dos dons espirituais, testemunhos,
louvores e vigílias, mas sim, do uso de tudo isso como subterfúgio, a fim de
minimizar o valor do estudo bíblico, colocando-se assim, a Palavra em segundo
plano. Para efeito de informação, não sou a favor de votos ($$$) de sacrifício,
uso de objetos “ungidos” e nem do uso de utensílios que façam alusão ao
Judaísmo (dentro do meio cristão), pois, a meu ver, tais práticas promovem o
ensino de heresias, que abrem espaço, inclusive, para a exploração financeira
em nome da fé.

Mas, o que a Bíblia diz sobre tudo isso?

1 - O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu


rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas
sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus,
também eu me esquecerei de teus filhos (Oséias 4:6).

Viram?

A falta do conhecimento de Deus é algo capaz de destruir o povo de Deus.

2 - Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador


Jesus Cristo. A Ele seja dada a glória, assim agora como no dia da
eternidade. Amém! (2 Pedro 3:18).

Ou seja, a própria Bíblia nos diz que devemos crescer no CONHECIMENTO e


a única forma de crescermos no conhecimento de nosso Senhor Jesus é
através do estudo bíblico.

3 – E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com


Deus e os homens (Lucas 2:52).

O próprio Jesus cresceu em sabedoria, o que também é adquirido através do


estudo da Palavra de Deus.
Recapitulando:

- A Teologia da Enganação só dá certo em igrejas / congregações que


desestimulam o estudo bíblico.

- A demonização do estudo teológico é uma das táticas dos adeptos da


Teologia da Enganação.

- Deixar pouco espaço para a pregação bíblica (durante um culto) é uma das
formas eficazes de desestimular o estudo das Escrituras.

- A falta de estudo da Bíblia abre espaço para a entrada de heresias na Igreja.

- A Bíblia nos estimula a estudarmos as Escrituras, de forma sistemática e


contínua, ou seja, estudo bíblico é algo que agrada ao Deus Vivo.

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:

Bíblia Sagrada – Harpa Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida –


Edição Revista e Corrigida, 4ª edição. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil,
Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2009. 1920 p.

LUND, E; NELSON, P.C. Hermenêutica: regras de interpretação das Sagradas


Escrituras. Traduzido por Etuvino Adiers da 7ª edição do original castelhano:
HERMENÊUTICA - Regras de Interpretação das Sagradas Escrituras ©
EDITORA VIDA, 1968 Miami, Florida 33167 – E.U.A.. Disponível em: <
https://pt.calameo.com/read/0049724006ce549cc06a8 >. Acesso em: 23 jul.
2022.
CAPÍTULO 2

ACIMA DO BEM E DO MAL


ACIMA DO BEM E DO MAL

Para melhor implantar a Teologia da Enganação, além de desestimular o


estudo bíblico, os adeptos de tal “teologia” não querem ser questionados por
ninguém, pois, querem ter carta branca para agirem como bem quiserem,
dentro do aprisco de Cristo. Para isso, precisam arrumar uma forma de criar
certa “imunidade eclesiástica”, a fim de ficarem acima do bem e do mal, livres
de todo questionamento por parte dos seus liderados. Como nenhum ser
humano está livre de críticas e de questionamentos, então, os líderes
fraudulentos que se utilizam das artimanhas da Teologia da Enganação
distorcem alguns textos bíblicos e se colocam como pertencentes de uma casta
gospel, supostamente exclusiva, denominada de “ungidos do Senhor”.

Segundo o Dicionário Hebraico – Português & Aramaico – Português,


Editora Sinodal, Coeditora Vozes Ltda, a palavra “Mashiach” é traduzida como
“ungido”, aplicada a reis e sacerdotes, e também ao Messias (libertador
escatológico). Ou seja, na época da Antiga Aliança, o título de “ungido” era
aplicado a pessoas específicas, como reis, sacerdotes e profetas, conforme
apontado pelo dicionário mencionado anteriormente.. No entanto, na Nova
Aliança, todo cristão é um ungido do Senhor, pois, Jesus nos constituiu reis e
sacerdotes para Deus Pai, conforme nos mostra Apocalipse 1:6, que diz:

E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai, a ele, glória e
poder para todo sempre. Amém! (Ap. 1:6).

Além disso, temos a passagem bíblica de 1 João 2:22 que nos diz:

E vós tendes a unção do Santo e sabeis tudo (1 Jo 2:22).

Pelo fato de sermos templos do Espírito Santo (1 Coríntios 6:19), então,


somos ungidos do Senhor, independente de termos (ou não) um cargo de
liderança eclesiástica.

No entanto:

Alguns líderes religiosos evangélicos, com o objetivo de se colocarem


como pessoas acima do bem e do mal, vendem a falsa idéia de que somente
os líderes eclesiásticos são os ungidos do Senhor e que tal “título” não se
aplica aos demais membros da igreja. Para justificarem tal aberração teológica,
algumas passagens bíblicas são tiradas do seu contexto, inclusive, o Salmo
105:15, que diz:

Não toqueis nos meus ungidos e não maltrateis os meus profetas


(Sl 105:15).
Para fins de refutação, eu citarei dois versículos do Novo Testamento e
compararei duas palavras de tais versículos, traduzidos e transliterados em
hebraico, a fim de sinalizar um detalhe relevante, a saber:

Em Hebreus 13:17 está escrito:

Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles... (Hb 13:17)

A palavra “obedecei” é “shimeu” e segundo o Dicionário Hebraico –


Português & Aramaico – Português, Editora Sinodal, Coeditora Vozes Ltda
(página 256), a palavra “shimeu” significa ouvir, escutar, prestar atenção, dar
ouvidos.

Em Atos 5:29 está escrito:

(...) Importa antes obedecer a Deus que aos homens (At. 5:29).

A palavra “obedecer” é “lehaqueshiv”, de onde temos a palavra


“haqueshiv”, que segundo o Dicionário Hebraico – Português & Aramaico –
Português, Editora Sinodal, Coeditora Vozes Ltda (página 219) significa prestar
atenção, ouvir (atentamente).

Viram?

Quando se refere a obedecer ao pastor (ou qualquer outro líder


eclesiástico), a Bíblia nos ensina a darmos um voto de confiança (darmos
ouvidos), mas, quando se refere ao Deus Vivo, devemos ouvir atentamente, a
fim de obedecê-Lo de forma inquestionável.

E o que tudo isso significa?

Significa que não devemos obediência cega a nenhum líder eclesiástico,


pois, no máximo, podemos dar um voto de confiança a tais líderes e esses
pastores (bispos, presbíteros, apóstolos, etc) não estão acima do bem e do mal
e são passíveis de questionamentos, críticas e reprovações, inclusive, por
parte de seus liderados. Obediência inquestionável, somente ao Deus Vivo e a
ninguém mais.

Recapitulando:

- No período do Antigo Testamento, somente alguns poderiam ser


considerados ungidos do Senhor, como os reis, sacerdotes e profetas, por
exemplo.

- No período do Novo Testamento, da qual fazemos parte, todo cristão é


um ungido do Senhor, pois, todo cristão é sacerdote e templo do Espírito
Santo.
- Afirmar que somente os líderes eclesiásticos (pastores, bispos,
presbíteros, apóstolos, etc) são ungidos do Senhor constitui uma mentira, visto
que todo cristão é sacerdote e templo do Espírito Santo (como já foi dito acima)
e por isso, todo cristão é um ungido, independente de exercerem ou não um
cargo eclesiástico.

- Contextualizar o Salmo 105:15, aplicando-o somente para os líderes


eclesiásticos, constitui uma aberração teológica, que não concorda com os
princípios hermenêuticos.

- Obediência inquestionável somente ao Deus Vivo.

- Nenhum líder eclesiástico está livre de críticas e questionamentos,


inclusive, dos seus liderados.

- Embora o Novo Testamento tenha sido escrito originalmente em grego,


eu fiz uso de duas palavras transliteradas em hebraico (versão hebraica do
Novo Testamento), a fim de facilitar a explicação do meu ponto de vista sobre o
tema.

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:

Bíblia Sagrada – Harpa Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida –


Edição Revista e Corrigida, 4ª edição. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil,
Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2009. 1920 p.

KIRST, Nelson et al. Dicionário Hebraico – Português & Aramaico –


Português. 8. ed. Editora Vozes, Coeditora Sinodal, 1997
CAPÍTULO 3

AMULETO GOSPEL DA SORTE


AMULETO GOSPEL DA SORTE

Os líderes eclesiásticos que professam a “Teologia da Enganação”


objetivam dinheiro e poder. E para juntar riquezas, às custas dos fiéis, tais
líderes distorcem as Escrituras, inclusive, no que tange ao dízimo. Na época da
Antiga Aliança, o dízimo foi instituído, dentre outras coisas, para sustentar o
sacerdócio levítico. No entanto, o sacerdócio levítico acabou a partir da morte
de Cristo na cruz.

Explico:

No período da Antiga Aliança vigorava o Sacerdócio Levítico, segundo


a ordem de Arão e o dízimo fazia parte daquele sacerdócio. O sistema que
havia na época de ofertas, sacrifícios e dízimos permitia o sustento do
sacerdócio levítico. Por isso, havia benção da parte de Deus para os dizimistas
na época da Antiga Aliança, pois, isso significava que o povo de Deus (Israel)
estava interessado na “manutenção” do relacionamento entre Deus e o Seu
povo através do então sacerdócio levítico, mantido através dos dízimos e
ofertas. É nesse contexto que temos o que consta na passagem bíblica de
Malaquias 3:10, que diz:

Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja


mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos
Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós
uma benção tal, que dela vos advenha a maior abastança (Ml 3:10).

Ou seja, a passagem de Malaquias 3:10 não ensina que as pessoas


podem (ou puderam) barganhar com Deus. Longe disso. A ênfase de tal
passagem é que a entrega dos dízimos, na época, permitia a continuidade do
trabalho sacerdotal em prol do povo de Deus e o interesse da população pela
manutenção financeira do sacerdócio levítico era algo que agradava a Deus,
dada a necessidade da mediação sacerdotal (humana) entre Deus e o Seu
povo (Israel).

No entanto...

Não estamos mais no sacerdócio levítico e desse modo, o dízimo não


mais se aplica para nossa época. Estamos no Sumo Sacerdócio de Jesus
Cristo, segundo a ordem de Melquisedeque (Hebreus 5:10; Hebreus 6:20) e
não no Sacerdócio levítico, segundo a ordem de Arão. Houve mudança de
Sacerdócio (Hebreus 7:12) e a forma de se manter financeiramente a obra de
Deus, no período da Nova Aliança, é através de ofertas financeiras, sem a
fixação dos 10 por cento (dízimo), conforme consta em 2 Coríntios 9:7, que diz:
Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com
tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria (2
Co. 9:7).

A fim de tentar justificar o injustificável, alguns líderes fraudulentos dizem


que Jesus (supostamente) confirmou a continuidade do dízimo na Nova Aliança
em Mateus 23:23, ocasião em que Jesus disse:

Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da


hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o
juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir
aquelas (Mt 23:23).

Mas, o que tais líderes fraudulentos não esclarecem é o fato de que


Mateus 23:23 foi falado por Jesus no período em que ainda vigorava a Lei, a
Antiga Aliança, pois, a Nova Aliança começou a partir da morte de Cristo na
cruz, algo que ainda não havia ocorrido no momento em que Jesus disse a
passagem de Mateus 23. A Bíblia é bem clara quando diz:

Porque, onde há testamento, necessário é que intervenha a morte


do testador (Hebreus 9:16).

Logo, o Novo Testamento passou a vigorar a partir da morte de Jesus


Cristo na cruz. Aliás, o véu do templo só se rasgou quando Jesus morreu na
cruz (Mateus 27:50-51), que é mais uma prova de que a Nova Aliança
começou com a morte de Cristo (e não antes disso).

E o fato da Bíblia falar do dízimo antes mesmo da Lei Mosaica (Gênesis


14:18-20; Gênesis 28: 20-22) não significa que ele continue válido na Nova
Aliança, pois, antes da Lei, o dízimo constituía um ato voluntário e não uma
obrigatoriedade. Logo, não há nenhum versículo bíblico que diga que o dízimo
é algo do Novo Testamento, pelo fato de existir desde antes da Lei.

Como não há fundamentação bíblica para o dízimo no Novo


Testamento, então, os obreiros e líderes fraudulentos também apelam para a
imposição do medo, afirmando que quem não dá o dízimo está (supostamente)
roubando a Deus e por isso, não entrará no céu, pois, ladrão não entra no céu.
Isso é uma tremenda heresia, pois, essa idéia de que o não dizimista está
roubando a Deus fundamenta-se na distorção teológica de Malaquias 3:10, que
como já vimos, não se aplica ao Novo Testamento (em que estamos).

Uma das formas mais eficazes de tentar impor o dízimo goela abaixo é
induzir as pessoas a acreditarem que o dízimo é uma espécie de “amuleto
gospel” que garante a prosperidade para quem é dizimista. É muito comum no
meio gospel ouvirmos que quem é dizimista será próspero e nada faltará para
tal pessoa, como se alguém pudesse barganhar com Deus, só porque dá o
dízimo. No entanto, Malaquias 3:10 não é uma promessa válida para a Nova
Aliança (como já vimos acima) e por isso, não há garantia bíblica de
prosperidade para alguém, somente porque tal pessoa escolheu ser dizimista.
A maior prova de tudo isso é o fato de que durante a pandemia (Covid 19),
muitos dizimistas perderam seus empregos, ficaram doentes, passaram por
dificuldades financeiras e alguns até chegaram a falecer devido o Coronavírus,
demonstrando que o dízimo não é esse “amuleto gospel da sorte” que garante
a prosperidade ao dizimista, conforme afirma mentirosamente os defensores do
dízimo na Nova Aliança.

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:

Bíblia Sagrada – Harpa Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida –


Edição Revista e Corrigida, 4ª edição. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil,
Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2009. 1920 p.
CAPÍTULO 4

MULETA TEOLÓGICA
MULETA TEOLÓGICA

Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de
mulher, nascido sob a lei (Gálatas 4:4).

Jesus nasceu como judeu, viveu como judeu e foi sepultado como judeu.
Jesus nasceu na época em que vigorava a Antiga Aliança. Não há como negar
as origens judaicas do Cristianismo. No entanto, o Judaísmo não precisa do
Cristianismo para continuar existindo e do mesmo modo, o Cristianismo não
necessita do Judaísmo como muleta teológica, como se o Cristianismo não
pudesse existir por si mesmo. Cada um deles (Judaísmo e Cristianismo)
possuem suas próprias características que o definem enquanto religiões
distintas. Inclusive, uma das diferenças principais entre eles, reside no fato de
que no Cristianismo, o Messias já veio, a saber: Jesus Cristo. Já para o
Judaísmo, o Messias ainda não veio, pois, para eles, Jesus não é o Messias
esperado. Por isso, a Bíblia dos judeus não possui o Novo Testamento.

Em Gálatas 5:4 está escrito:

Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça
tendes caído (Gl 5:4).

Essa passagem bíblica mostra que os cristãos (da Nova Aliança) não
precisam se submeter ao jugo da lei (da Antiga Aliança), pois, como eu disse
acima, o cristão crê em Jesus Cristo como o Messias que havia de vir (e veio),
algo que os judeus não acreditam. Por isso, não há motivos de misturarmos as
coisas, trazendo práticas peculiares do Judaísmo para dentro do Cristianismo.
Além disso, para o cristão, Jesus é o único Caminho que nos conduz ao Pai
(João 14:6) e em nenhum outro nome há salvação, a não ser em Jesus Cristo
(Atos 4:12). Ele (Jesus) é o verdadeiro Deus e a vida eterna (1 João 5:20). Por
tudo o que foi citado até aqui, fica claro que a judaização da Igreja é algo que
desagrada ao Deus Vivo, pois, há uma incompatibilidade crucial entre o
Cristianismo e o Judaísmo, pois, um acredita que Jesus é o Messias Salvador
e o outro não crê nisso. Não há como ficarmos com um pé no Judaísmo e o
outro no Cristianismo, pois, ou cremos que Jesus é nosso único e suficiente
Salvador ou não cremos nisso. Não existe meio termo: ou cremos ou não
cremos em Jesus como o Messias esperado.

De igual modo, vale salientar que não necessitamos utilizar símbolos ou


práticas judaicas, a fim de “completarmos” a nossa salvação em Cristo, pois, a
salvação em Jesus Cristo é completa, não havendo necessidade de nenhuma
muleta teológica / religiosa proveniente do Judaísmo, pois, em Hebreus 7:25
está escrito:
Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se
chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles (Hb 7:25).

Além disso, a Bíblia Sagrada enfatiza que Jesus Cristo, por seu próprio
sangue, efetuou uma eterna redenção (Hebreus 9:12), demonstrando que tudo
o que compete a nossa salvação já foi feito por Cristo, a nosso favor. Em
outras palavras, a salvação em Cristo é suficiente e completa, não precisando
guardar sábados, fazer uso de réplicas da Arca da Aliança, de mezuzá,
candelabro ou de qualquer outro símbolo, prática, vestimenta ou objeto do
Judaísmo.

Outro ponto importante que vale ressaltar diz respeito ao que Jesus
disse para a mulher samaritana, a saber:

Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste
monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis;
nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a
hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai
em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem
(João 4:21-23).

Viram?

Não é o local geográfico da adoração que importa, mas o fato da


adoração ser em espírito e em verdade. Logo, afirmar que algo feito em Israel
(adoração, batismo, orações, etc) tem mais significado espiritual, por ter sido
realizado na Terra Santa, não tem fundamento bíblico. O que importa é a
adoração e não o local em si.

Infelizmente, os adeptos da Teologia da Enganação trazem para dentro


do Cristianismo, certos símbolos e práticas próprias do Judaísmo, atribuindo
resultados espirituais para tudo isso, como se o Cristianismo fosse insuficiente
em sua própria essência, havendo assim, uma suposta necessidade de
apelarmos para a judaização da igreja. Esse “outro evangelho” desagrada a
Deus, pois, a Bíblia é bem clara quando diz que “todo aquele que não
persevera na doutrina de Cristo não tem a Deus” (2 João 9).

Recapitulando:

- Jesus nasceu, viveu e foi sepultado como judeu.

- Não há como negar as origens judaicas do Cristianismo.

- O Judaísmo não aceita Jesus como o Messias e por isso, não tem o
Novo Testamento em suas Bíblias.

- O Cristianismo adota a Bíblia Sagrada com o Novo Testamento, pois,


acredita em Cristo como o Messias Salvador.
- A judaização da igreja é um “outro evangelho” que desagrada a Deus e
não cumpre os Seus propósitos.

- O que importa para Deus é a adoração em espírito e em verdade e não


o local geográfico onde tal adoração ocorre.

- Nenhum ato religioso se torna mais significativo aos olhos de Deus


pelo fato de ter sido realizado em Israel (Terra Santa).

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:

Bíblia Sagrada – Harpa Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida –


Edição Revista e Corrigida, 4ª edição. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil,
Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2009. 1920 p.
CAPÍTULO 5

POLITICAGEM E LAVAGEM DE DINHEIRO


POLITICAGEM E LAVAGEM DE DINHEIRO

Costuma-se dizer que política e religião são coisas sobre as quais não
se deve discutir. Respeito a opinião de quem pensa assim, mas discordo de
forma enfática de tal conceito. Religião se discute, sim. Política se discute, sim.
E, principalmente, quando a má política (politicagem) é levada para dentro da
Igreja, não há dúvidas de que a política e a religião devam ser alvos de nossos
questionamentos e debates. Na realidade, não há como escapar dos tentáculos
da política, visto que se temos liberdade de culto no Brasil é porque houve uma
ação política a esse respeito. No entanto, existe a boa e a má política. Da
mesma forma que existem boas pessoas no meio religioso, de igual modo,
também existem pessoas bem intencionadas no ambiente político. Mas, o
objeto de análise desse capítulo será a politicagem (má política) dentro do meio
evangélico.

Nos estudos bíblicos realizados numa igreja, devem ser abordados


assuntos diversos, dentre os quais, as questões políticas, pois, embora
sejamos cidadãos destinados ao paraíso celestial, também somos peregrinos
neste mundo material, enquanto aqui estivermos. Por isso, faz-se necessário
sabermos lidar com as questões políticas da forma mais cristã possível e não
nos deixarmos manipular por líderes eclesiásticos politiqueiros que só pensam
no próprio umbigo. Daí, a importância desse capítulo na presente obra.

Durante um ano eleitoral, há muitos políticos que almejam o apoio de


líderes eclesiásticos, pois, tais líderes podem induzir suas igrejas a votarem
nesse ou naquele candidato a cargo eletivo. E alguns líderes religiosos vendem
o apoio de suas igrejas, por uma boa quantia em dinheiro. E de que forma isso
ocorre? Em ano eleitoral, tais líderes eclesiásticos fraudulentos promovem
diversos congressos e atividades variadas que envolvam uma grande multidão,
com a finalidade de justificar a entrada de grandes quantias de dinheiro. Assim,
políticos injetam uma grande quantidade de dinheiro na igreja, comprando o
apoio político dos líderes eclesiásticos, que “lavam” esse dinheiro injetado na
igreja, justificando a entrada do dinheiro ilícito como se fossem contribuições
financeiras de fiéis. Com afluência de muitas pessoas em tais eventos
eclesiásticos (em pleno ano eleitoral) não haverá meios de contestar a
desculpa de que foram muitos os fiéis que contribuíram financeiramente com a
igreja, dando assim, um ar de legalidade para o dinheiro ilícito que quer
comprar o apoio político de um líder eclesiástico e de sua respectiva igreja
(mesmo que a referida igreja não se aperceba disso). Esse mesmo método
pode ser utilizado para lavar qualquer dinheiro ilícito, visto que as igrejas
(geralmente) só se preocupam em registrar (documentalmente) os nomes dos
fiéis contribuintes que dão dízimos. Aliás, alguns líderes chegam a proibir que
seus obreiros façam campanha para outro político que não seja aquele
“apoiado” pelo referido líder eclesiástico.

Diante de tudo isso, acredito que deveria existir uma fiscalização mais
rígida no tocante as entradas financeiras nas igrejas, principalmente, em ano
eleitoral. Com certeza, essa “injeção financeira” ocorre aos poucos, durante o
ano eleitoral, culminando com o apoio irrestrito do líder eclesiástico em prol do
candidato a cargo eletivo que não poupou recursos, “lavados” na igreja. A
facilidade de se lavar dinheiro em igrejas existe e por isso, a meu ver, faltam
instrumentos de fiscalização eficientes, que possam coibir tal prática ilícita.
Enfim: a igreja de Cristo não deve aceitar esse tipo de “sujeira” e caso seja
identificado algo que se assemelhe ao que citei acima, os cristãos de verdade
devem questionar seus líderes eclesiásticos e levá-los até a Justiça dos
homens, pois, os verdadeiros servos de Deus não compactuam com as obras
infrutíferas das trevas (Efésios 5:11).

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:

Bíblia Sagrada – Harpa Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida –


Edição Revista e Corrigida, 4ª edição. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil,
Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2009. 1920 p.
CAPÍTULO 6

PAGANDO PARA SER ENGANADO


PAGANDO PARA SER ENGANADO

Em Mateus 6:6 está escrito:

Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua


porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está
oculto, te recompensará (Mt 6:6).

Esse versículo nos mostra que o nosso Pai celestial, nos vê enquanto
oramos e nos recompensa, por buscá-Lo em oração.

Em Tiago 5:16 está escrito:

(...) A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tg
5:16).

A passagem de Tiago 5:16 demonstra que Deus leva muito a sério as


orações que fazemos. Deus responde as nossas orações e por isso, a oração
de um justo pode muito em seus efeitos.

Em Romanos 2:11 está escrito:

Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas (Rm 2:11).

Deus não faz acepção de pessoas e assim, as nossas orações são tão
válidas diante Dele, quanto às orações feitas pelas outras pessoas.

Em João 16:23 está escrito:

(...) Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a


meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar (Jo 16:23).

Deus quer ter comunhão conosco, através da oração e no que compete


a isso, Deus quer ouvir a nossa oração.

Esses quatro versículos acima nos mostram que:

- Deus está atento às nossas orações.

- Deus responde as nossas orações.


- Toda oração feita por uma pessoa com coração contrito é importante
para Deus (Ele não faz acepção de pessoas).

- Deus quer que tenhamos comunhão com Ele, através da oração.

Logo, se Deus ouve as nossas orações; se Ele responde as nossas


orações; se Ele quer ter comunhão conosco através de nossas orações; se Ele
não faz acepção de pessoas, então, por que alguns líderes religiosos
evangélicos agem como se as orações deles, a nosso favor, fossem mais
eficazes diante de Deus, do que as nossas próprias orações? Digo isso,
principalmente, quando tais líderes dizem que vão orar pelos fiéis num monte
que se localiza num lugar qualquer, local onde haverá uma suposta intercessão
em prol daqueles que tiverem colocado uma oferta em dinheiro, num envelope,
onde também foram colocados intenções de orações. Ou seja, além de vender
a idéia de que as orações deles valem mais do que as nossas orações diante
de Deus (o que é uma mentira tremenda, pois, Deus não faz acepção de
pessoas), também “cobra-se” por tal oração, visto que só terão direito a
intercessão do líder, aqueles que também tiverem colocado uma ofertinha
financeira junto dos pedidos de oração.

Em outras palavras, os fiéis pagam para ser enganados, pois:

- Deus não barganha conosco, no que se refere às bênçãos Dele. Ele


nos abençoa porque Ele nos ama.

- Deus ouve as nossas orações, da mesma forma que ouve as orações


de qualquer outra pessoa, pois, Ele não tem preferidos.

- As orações de um líder eclesiástico não são mais eficazes que as


nossas orações diante de Deus.

- Não importa se a oração é feita num monte, na igreja ou em qualquer


outro lugar, pois, não é o lugar que torna uma oração mais (ou menos) eficaz
diante de Deus.

- Se Deus não cobra nada para Ele nos ouvir, nem para nos responder
em oração, então, não há necessidade de darmos uma oferta financeira nas
mãos de nenhum líder eclesiástico, para que ele ore pelos fiéis de suas igrejas.

- Aliás, não dependemos em nada da oração da liderança eclesiástica,


pois, no que compete a nós, Deus quer ouvir a nossa própria oração. Podemos
orar um pelos outros, mas não devemos depender da oração alheia, pois, Deus
quer que tenhamos comunhão com Ele e isso só será possível se nós mesmos
buscarmos a presença de Deus em oração. Deus não quer que fiquemos
dependentes dos outros, no que compete a oração, mas sim, que tenhamos a
nossa própria vida de oração diante Dele.
Tais líderes chegam a fazer um teatro tão grande, com a intenção de
ludibriar os seus liderados, que chegam a filmar a própria subida num monte,
com os envelopes dos pedidos de oração, como se tais líderes estivessem se
sacrificando pela igreja, por intercederem pelos fiéis no alto de um monte. Isso
demonstra o quanto tais líderes fraudulentos querem criar uma dependência
espiritual em seus liderados, a ponto de atribuir mais eficácia nas respostas de
orações, quando tais orações são feitas pelos próprios líderes eclesiásticos. E
toda esta artimanha é feita para que os fiéis coloquem uma oferta financeira
junto de seus pedidos de oração, que serão alvos da intercessão paga de seus
líderes religiosos, junto ao alto de um monte. Além de ser totalmente contrário
ao que a Bíblia nos ensina (como já vimos nos versículos citados
anteriormente), tal atitude desses líderes constitui uma exploração da fé alheia,
pois, condiciona (de forma sutil) a resposta de Deus às ofertas financeiras
pagas pelos liderados.

Em resumo:

- Você pode conquistar suas próprias bênçãos diante de Deus, através


de sua própria oração.

- Você não depende da oração de seu líder eclesiástico.

- A oração do seu líder religioso não é mais especial diante de Deus e


vale tanto quanto a sua oração feita para Deus.

- Deus não cobra nada para te amar, te ouvir em oração e para te


abençoar.

- A oração feita num monte não vale mais diante de Deus do que uma
oração feita em qualquer outro lugar.

- Você não precisa colocar nenhuma oferta financeira nas mãos do seu
líder religioso, para que Deus ouça a sua oração.

- Deus quer que façamos orações uns pelos outros, mas no que
compete a sua vida, Deus quer ouvir a sua oração.

- Não precisamos ficar dependentes da oração de ninguém, nem mesmo


de um líder eclesiástico, pois, podemos nós mesmos, fazer nossas orações
diante de Deus.

- Não pague para ser enganado.

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:
Bíblia Sagrada – Harpa Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida –
Edição Revista e Corrigida, 4ª edição. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil,
Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2009. 1920 p.
CAPÍTULO 7

DEIFICAÇÃO DO LÍDER
DEIFICAÇÃO DO LÍDER

Uma das heresias mais divulgadas pelos adeptos da Teologia da


Enganação e á chamada cobertura espiritual, que seria uma espécie de
proteção contra o mal, que os líderes eclesiásticos (supostamente) exerceriam
sobre os seus liderados. Segundo essa heresia, caso um cristão não esteja sob
a proteção espiritual de um líder religioso, então, tal cristão (supostamente) se
tornaria uma presa fácil para o diabo. Nada poderia ser mais mentiroso e mais
herético. A finalidade desse tipo de distorção teológica é fazer com que o
membro da igreja fique espiritualmente dependente do líder eclesiástico, além
da imposição do medo, pois, ao acreditar na heresia da cobertura espiritual, um
membro da igreja passaria a ter medo de questionar o seu pastor, com receio
de que tal pastor deixasse de oferecer a tão divulgada cobertura espiritual.

Mas, para haver a chamada cobertura espiritual, seria necessário que:

- Um pastor protegesse a “ovelha” 24 horas por dia, pois, o diabo não


descansa e nem dorme.

- Um pastor tivesse conhecimento de todas as artimanhas do diabo


contra a vida dos membros de sua igreja.

No entanto:

- Pastor (líder eclesiástico) não é onipresente para ter condições de


proteger seus liderados, durante 24 horas por dia.

- Pastor (líder eclesiástico) não é onisciente para ter ciência de todos os


planos do diabo contra as vidas (fiéis) da igreja que lidera.

Logo, não há como ter condições de um pastor ou de qualquer outro


líder eclesiástico exercer cobertura espiritual sobre seus liderados, visto que
tais líderes não são onipresentes, nem oniscientes. Crer na possibilidade da
chamada “cobertura espiritual” significa que o líder eclesiástico teria atributos
próprios da Divindade, o que é algo absurdo. Somente Deus é Onipresente e
Onisciente. Infelizmente, são muitos os evangélicos que promovem a
deificação dos líderes, atribuindo a eles, a possibilidade de exercerem a
cobertura espiritual. Quem nos livra do Maligno é Deus (1 João 5:18), pois,
somente Deus é nosso refúgio e fortaleza, que nos livra do laço do
passarinheiro (Salmo 91:3).

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:
Bíblia Sagrada – Harpa Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida –
Edição Revista e Corrigida, 4ª edição. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil,
Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2009. 1920 p.
CAPÍTULO 8

PRETEXTO PARA
“ESPIRITUALIZAR” HERESIAS
PRETEXTO PARA “ESPIRITUALIZAR” HERESIAS

Dentre as invencionices adotadas pelos propagadores da Teologia da


Enganação, uma das mais adotadas são as chamadas “novas unções”, atos
proféticos ou mistérios. Quando se trata de uma doutrina, ensino, costume ou
interpretação textual, temos a Bíblia Sagrada para averiguar a veracidade
daquilo que foi transmitido por um líder eclesiástico, fiel ou por qualquer outra
pessoa que faça menção de algo atrelado às Escrituras.

No entanto, quando alguém quer dar um ar de veracidade para algo que


não tem respaldo bíblico, temos declarações do tipo:

- Deus me revelou algo (que não tem base bíblica).

- Deus tocou no meu coração.

- Deus falou comigo.

- Deus me disse algo em oração.

- Deus me mostrou algo em sonho.

Enfim, apelam para Deus, quando na verdade, em tais casos, Deus


nada disse, pois, Deus nunca pecaria, contrariando a Sua própria Palavra.
Mas, os adeptos da Teologia da Enganação sempre irão arrumar um jeito para
autenticar alguma heresia, modismo ou invencionice, declarando que Deus
(supostamente) deu uma nova unção, que revelou um ato profético que precisa
ser colocado em prática ou que há um mistério da parte de Deus (que foi
revelado para alguém em específico). E por se tratar de algo dito “espiritual”
(um mover de Deus, como costumam alegar), então, não admitem críticas ou
qualquer forma de questionamento. Daí, temos aberrações teológicas, do tipo:

- Fogueira Santa.

- Tocar no Manto.

- Unção do Paletó.

- Tocar shofar na igreja.

- Reverenciar réplicas da Arca da Aliança, na igreja.

- Tridízimo.
- Votos de sacrifício financeiro, em prol de alguma causa em particular
(como separar o valor equivalente a um mês de aluguel e ofertar na igreja, a
fim de conquistar a casa própria, por exemplo).

- A lista é interminável...

A questão principal é a seguinte:

A Palavra de Deus é a Verdade (João 17:17) e Deus jamais apelará para


a mentira, contrariando o que a Bíblia diz. Por isso, independente de quanto
“espiritual” pareça ser algum “mistério”, nova unção ou ato profético, se não
tiver respaldo bíblico, dentro dos princípios hermenêuticos, então, trata-se de
uma heresia ou modismo que não concorda com a ortodoxia bíblica. E a Bíblia
Sagrada é bem clara quando diz o seguinte a respeito desses pretensos
cristãos:

Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes


afasta-te (2 Timóteo 3:5).

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:

Bíblia Sagrada – Harpa Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida –


Edição Revista e Corrigida, 4ª edição. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil,
Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2009. 1920 p.
CAPÍTULO 9

O QUE A BÍBLIA NÃO DIZ SOBRE O


PASTOR (OU QUALQUER OUTRO LÍDER
ECLESIÁSTICO)
O QUE A BÍBLIA NÃO DIZ SOBRE

O PASTOR (OU QUALQUER OUTRO LÍDER ECLESIÁSTICO)

Grande parte dos defensores da Teologia da Enganação gostam de


atribuir aos pastores e demais líderes eclesiásticos, alguns “direitos” sobre o
rebanho de Cristo, que a Bíblia Sagrada não menciona e por esse motivo, irei
abordar nesse capítulo, o que a Bíblia não diz sobre o pastor (ou demais
líderes eclesiásticos).

1 – A Bíblia não diz que os pastores (e demais líderes eclesiásticos)


podem exercer o ministério pastoral sem conhecer profundamente as
Escrituras.

Em 1 Timóteo 3:2 está escrito:

Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma


mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar (1 Tm
3:2).

E como um bispo (pastor, etc) poderá estar apto para ensinar, se não
conhece profundamente a Bíblia? Se um pastor nunca se deu ao trabalho de
ler toda a Bíblia, então, como poderá ensinar o que ele mesmo ainda não
aprendeu?

PASTOR QUE NÃO ARRUMA TEMPO PARA LER A BÍBLIA, NÃO


SERVE PARA SER PASTOR.

2 – A Bíblia não diz que os pastores (e demais líderes eclesiásticos)


mandam na vida das ovelhas. O rebanho é de Cristo e não do líder religioso,
pois, foi Jesus Cristo quem deu a Sua própria vida por amor a nós e não o
pastor da igreja local. Em 1 Pedro 5:1-3 está escrito que os presbíteros devem
apascentar o rebanho de Deus, tendo cuidado dele, não por força, nem como
tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.
Ou seja, o rebanho é de Deus (e não do pastor local) e o líder eclesiástico não
manda na vida das ovelhas, visto que o pastor (presbítero, bispo, apóstolo) não
tem domínio sobre a herança de Deus. O líder eclesiástico deve apascentar o
rebanho de Cristo, agindo como despenseiro da casa de Deus (Tito 1:7).
Mesmo que exista um Estatuto Social e um Regimento Interno na igreja, isso
não dá ao pastor, o direito de mandar na vida pessoal das ovelhas. Pode-se
aplicar as regras de convivência por meio do regimento interno, para que haja
ordem e decência nas reuniões e atividades eclesiásticas, mas isso não é
desculpa para que nenhum líder religioso se ache no direito de mandar e
desmandar na vida das ovelhas. O rebanho é de Cristo e não do pastor local.

3 – A Bíblia não diz que os pastores (e demais líderes eclesiásticos)


podem determinar o que as ovelhas (fiéis) farão com suas posses financeiras
(dinheiro, propriedades, etc). Por mais que se aceite e se aplique as
contribuições financeiras por meio de dízimos e ofertas numa igreja local, cada
fiel (membro da igreja) é dono daquilo que é seu e não cabe ao pastor
determinar a forma como seus liderados deverão gastar o próprio dinheiro.
Inclusive, a própria Bíblia é bem clara quando diz que o bispo (pastor, etc) não
deve ser cobiçoso de torpe ganância (Tito 1:7).

4 – A Bíblia não diz que os pastores (e demais líderes eclesiásticos) podem


viver em desacordo com o Evangelho, dando mau testemunho. Os líderes
eclesiásticos devem ser irrepreensíveis (Tito 1:6), honestos (1 Timóteo 3:2),
com bom testemunho (1 Timóteo 3:7), não dado ao vinho, não espancador, não
contencioso e não avarento (1 Timóteo 3:3). Um líder religioso que não dá bom
exemplo não tem autoridade para exigir isso dos seus liderados.

5 – A Bíblia NÃO DIZ que você depende do seu pastor para ser abençoado por
Deus. Por mais que um líder eclesiástico ore pelos fiéis, ensine a Palavra,
socorra o necessitado e apascente o rebanho de Cristo, a ovelha (membro da
igreja) depende unicamente de Deus para ser abençoada e não da “benção”
pastoral. Infelizmente, há muitos pastores que se colocam como pretensos
“mediadores” entre Deus e os fiéis, como se tais fiéis dependessem de seus
líderes eclesiásticos para terem acesso às bênçãos de Deus. A Bíblia é bem
clara quando diz que há um só mediador entre Deus e os homens, a saber:
Jesus Cristo (1 Timóteo 2:5). Quem nos abençoa é Deus e não o pastor local.

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:

Bíblia Sagrada – Harpa Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida –


Edição Revista e Corrigida, 4ª edição. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil,
Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2009. 1920 p.
CAPÍTULO 10
INVERSÃO DE PRIORIDADES
INVERSÃO DE PRIORIDADES

Deus não é Deus de confusão (1 Coríntios 14:33) e Ele tem critérios e


propósitos bem definidos em tudo o que faz. Isso fica bem claro na descrição
bíblica da criação, pois, demonstra que tudo foi feito para um propósito
específico, que culminou com a criação do ser humano, colocado no Jardim do
Éden. Da mesma forma, a Bíblia nos ensina a termos uma escala de
prioridades, pois, não podemos demandar o mesmo tempo e a mesma
dedicação a tudo, em todo tempo. Por isso, da necessidade de uma escala de
prioridades.

E qual é a escala de prioridades adotada pela Bíblia?

1º lugar: Deus.

2º lugar: Família.

3º lugar: Trabalho / Estudo.

4º lugar: Lazer.

5º lugar: Igreja.

- Primeiro lugar (Escala de Prioridades).

Em Mateus 22:37 está escrito:

E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e


de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento (Mt 22:37).

Esse versículo demonstra, claramente, que na escala de prioridades de


um cristão, Deus deve ocupar o primeiro lugar. Disso não há dúvidas.

- Segundo lugar (Escala de Prioridades).

Em 1 Timóteo 5:8 está escrito:

Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua
família, negou a fé e é pior do que o infiel (1 Tm 5:8).

A Bíblia é bem clara que aquele que não cuida dos da sua família é
alguém pior que o infiel e que negou a fé. Logo, na escala de prioridades, a
família vem depois de Deus, que ocupa o primeiro lugar.
- Terceiro lugar (Escala de Prioridades).

Em Eclesiastes 5:18 está escrito:

Eis aqui o que eu vi, uma boa e bela coisa: comer, e beber, e gozar a cada
um do bem de todo o seu trabalho, em que trabalhou debaixo do sol,
todos os dias da sua vida que Deus lhe deu; porque esta é a sua porção
(Ec. 5:18).

Trabalhar e usufruir o que foi conquistado pelo trabalho constituem


bênçãos de Deus. Através do trabalho, podemos buscar condições de
sustentar a nós e a nossa família. Por isso, deve ocupar o terceiro lugar. De
nada adianta vivermos indo à igreja e deixarmos a família passando fome ou
necessidade. E em nossos dias, com todo avanço tecnológico, o estudo tem
sido cada vez mais necessário, para podermos conseguir uma oportunidade de
trabalho ou para empreendermos em um determinado ramo de negócios. Daí,
o fato de que o estudo deve ser colocado no mesmo patamar do trabalho, no
terceiro lugar na escala de prioridades.

- Quarto lugar (Escala de Prioridades).

Em Colossenses 3:21 está escrito:

Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo (Cl
3:21).

Em que momento os pais conseguem interagir calmamente com os


filhos, de forma alegre e descontraída? Principalmente, nos momentos de
descanso e de lazer, com certeza. Por mais que seja gratificante levar os filhos
à igreja, aquelas lembranças mais marcantes que construímos com nossos
filhos estão ligados aos momentos de lazer e por isso, deve ocupar o quarto
lugar. E não digo isso somente em relação aos filhos, mas também em relação
ao cônjuge e aos amigos de verdade.

- Quinto lugar (Escala de Prioridades).

Em Hebreus 10:25 está escrito:

Não deixando a nossa congregação, como é o costume de alguns; antes,


admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai
aproximando aquele Dia (Hb 10:25).

Frequentar a igreja local faz parte da rotina de um cristão, dada a


necessidade de se ter comunhão com os irmãos e de crescer na graça e no
conhecimento da Palavra. O fato de ocupar o quinto lugar na escala de
prioridades, não significa que a comunhão com os irmãos na fé seja menos
importante. Pelo contrário, tal prática também é tão importante quanto as
outras citadas acima.

Infelizmente, muitos líderes eclesiásticos distorcem os textos bíblicos e


ensinam que a igreja está acima do lazer e da família. Um dos textos que os
adeptos da Teologia da Enganação se utilizam de forma distorcida é a
passagem de Lucas 9:62, que diz:

E Jesus lhe disse: Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é
apto para o Reino de Deus (Lc 9:62).

No entanto, tal passagem não ensina que alguém deve colocar as


atividades eclesiásticas acima da família ou do lazer junto à família, pois, a
Igreja, da forma como existe hoje, com templo e religião institucionalizada, não
existia na época em que Jesus disse isso. Logo, essa passagem não significa
que alguém deva priorizar a igreja acima da família. O sentido do versículo é
que uma pessoa não deve colocar empecilhos que os impeçam de seguir a
Jesus Cristo e a valorização dos filhos e da família nunca foi algo que
desagradou a Deus, no que se refere à caminhada cristã.

Outro versículo deturpado por líderes religiosos fraudulentos, diz


respeito a passagem de Mateus 6:33, que diz:

Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas


coisas vos serão acrescentadas (Mt 6:33).

Os pastores que promovem a Teologia da Enganação passam à falsa


idéia de que a expressão “Reino de Deus” equivale à Igreja (templo) e isso não
é verdade, pois, como eu já disse anteriormente, não existia Igreja (templo) na
época em que Jesus proferiu tais palavras. O fato é o seguinte: colocar Deus
(ou o Reino de Deus) em primeiro lugar é algo que diz respeito a todos os
setores de nossas vidas, em todos os momentos, não se referindo a questões
religiosas, somente. Quem procura viver a Palavra, no decorrer do seu dia,
durante toda sua vida, está colocando Deus em primeiro lugar, pois, o
relacionamento com Deus não se limita a igreja em si, mas diz respeito ao
testemunho que damos fora da igreja, também.

Um pai de família que não dá a devida atenção aos seus filhos, pelo fato de
priorizar a igreja (atividades eclesiásticas) acima da própria família, fará com
que seus filhos corram o risco de se revoltarem com a igreja e até com Deus
(que não tem culpa de nada), visto que tais crianças crescerão entendendo que
a igreja, enquanto instituição religiosa, representa algo mais importante para
seu pai, do que a construção do bom convívio com os próprios filhos. De igual
modo, um casal (marido e mulher) que não usa parte do seu tempo livre para
interagir e conversar, também terá problemas de relacionamento. De forma
semelhante, se um pai de família não coopera com a empresa em que
trabalha, fazendo horas extras (ou banco de horas) quando for necessário, terá
grandes chances de ser demitido em algum momento. O mesmo ocorre em
relação ao estudo, visto que muitas das vezes, até para manter a vaga de
trabalho, faz-se necessário à realização de um curso ou especialização. Em
suma: o cristão deve adotar uma escala de prioridades em conformidade com
as Escrituras (conforme citado nesse capítulo), pois, do contrário, amargará
muitos problemas em sua própria vida.

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:

Bíblia Sagrada – Harpa Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida –


Edição Revista e Corrigida, 4ª edição. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil,
Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2009. 1920 p.
CAPÍTULO 11
SUBSTITUTO DE DEUS
SUBSTITUTO DE DEUS

Uma das práticas mais utilizadas pelas igrejas evangélicas pentecostais


e neopentecostais diz respeito ao “comércio” dos objetos ungidos. Tais objetos
são utensílios que, supostamente, foram “carregados” com uma unção divina,
transmitida ao referido objeto através de um homem de Deus. A palavra
“comércio” foi colocada entre aspas, pelo fato de que os líderes fraudulentos
que os promovem dizem que não vendem tais objetos e por isso, não há
comércio, mas exigem uma oferta voluntária por parte do fiel, que adquire tal
utensílio ungido. O fato é que se cobra algo para a obtenção dos objetos
ungidos, mesmo que seja mediante uma ação voluntária por parte do fiel.

A lista de objetos ungidos é algo quase interminável, de tão extensa:

- Água ungida.

- Sabonete ungido.

- Óleo ungido.

- Caneta ungida.

- Cajado ungido.

- Tijolo ungido.

- Chave ungida.

- Fita ungida.

- Lenço ungido.

- Feijão ungido.

- Meia ungida.

- Rosa ungida.

- Travesseiro ungido.

Além de tudo isso, temos outras formas distorcidas (biblicamente


falando) de (supostamente) termos acesso a “unção” de Deus ou do “homem
de Deus”, tais como:

- Martelo da Justiça.

- Sessão do descarrego (dentro de igreja evangélica).

- Fogueira Santa.

- Manto dos Milagres.


- Toalha com Sudorese.

- Gruta dos Milagres.

- Livro das Conquistas.

- Carnê dos Milagres.

Enfim, a lista só cresce a cada dia que passa. Há “bezerro de ouro” para
todo gosto. O problema desses “objetos ungidos” é que eles se tornam uma
espécie de “substituto” de Deus, pois, as pessoas são condicionadas a
acreditar que podem ter acesso às bênçãos de Deus através de tais objetos,
sem a necessidade de mudança de vida, bastando que o fiel adquira o “objeto
ungido” para ser supostamente abençoado. Isso é uma idolatria descarada.
Como eu disse acima, são variedades de “bezerros de ouro” dentro da igreja
local, que por sua vez, deveria recorrer ao Deus Vivo para serem abençoados,
em vez de buscarem objetos inanimados como forma de conquistarem as
bênçãos de que necessitam.

Como forma de idolatria (sutil e disfarçada), os objetos ungidos estão


sujeitos ao que a Bíblia Sagrada diz no Salmo 115 a respeito das imagens,
com ênfase no versículo oito, que diz:

Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e todos os que


neles confiam (Salmo 115:8).

A maldição proferida no Salmo 115:8 aos que fazem e confiam em


imagens (falsos deuses) também se aplica aos objetos ungidos, pois, também
se atribui bênçãos a quem adquirir tais objetos ungidos, da mesma forma que
se promete tais bênçãos para quem adquire imagens de falsos deuses. Em
ambos os casos (objeto ungido e imagens) faz-se uso de coisas inanimadas,
tratando-se assim, de idolatria. O pior de tudo é que se lucra com tal idolatria
no meio evangélico, devido à cobrança de um valor monetário para a obtenção
de tais objetos.

De forma bastante resumida, objeto ungido é:

- Comércio da Fé.

- Exploração Financeira (em nome da fé).

- Idolatria.

- Engano, fundamentado por distorções teológicas.

- Algo que desagrada ao Deus Vivo.

- Algo que atende aos propósitos de Satanás.


- Algo maldito segundo as Escrituras (Salmo 115:8).

Numa certa ocasião, eu ouvi um pastor pregando que a água ungida


purificava quem bebesse dela. Isso é um absurdo, pois, quem nos purifica de
todo pecado é o sangue de Jesus (1 João 1:7) e não uma “água ungida”. Aliás,
isso foi dito por um pastor convidado que pregou numa igreja, a convite de
outro pastor e ambos foram coniventes com tal heresia. Na igreja em que isso
ocorreu, dava-se pouco valor ao estudo da Palavra, enfatizando-se somente a
busca pelo poder. Não é por menos que tamanha distorção bíblica ocorreu em
tal igreja, visto a “demonização” do estudo bíblico. Infelizmente, essa é uma
realidade presente em muitas igrejas evangélicas no Brasil.

Na época da Antiga Aliança, praticava-se uma religião (Judaísmo) que


fazia uso de vários utensílios palpáveis e concretos, tais como candelabro,
mesa dos pães da proposição, altar do incensário, bacia de bronze, altar de
sacrifícios, etc. Em Hebreus 10:1 está escrito:

Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem


exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se
oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se achegam (Hb 10:1).

Ou seja, tudo apontava para o Messias que havia de vir. Como o


Messias já veio, então, não há necessidade de ficarmos mais na “sombra dos
bens futuros”, pois, a “imagem exata das coisas” já veio, a saber: Jesus Cristo.
Logo, não se justifica utilizarmos “objetos ungidos” para buscarmos alguma
benção, pois, já temos a Jesus Cristo, que é o Caminho que nos leva a Deus
(João 14:6) e por meio Dele, podemos pedir ao Pai tudo o que necessitamos
(João 14:13), não havendo motivos para fazermos uso de coisas inanimadas
(objetos ungidos).

Em Atos 19:12 está escrito:

De sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos


enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam
(Atos 19:12).

Nessa passagem bíblica, temos uma situação isolada, que ocorreu na


época da igreja primitiva. Mas, na época em questão, a igreja estava num
período de transição entre a Antiga e a Nova Aliança, pois, tudo ainda era
muito recente, no que se refere ao nascimento, vida, morte e ressurreição de
Jesus Cristo, o que não acontece no período em que estamos, dois milênios
após a vinda de Cristo. Daí, não se justifica o uso de objetos ungidos em pleno
século 21, pois, o Cristianismo já amadureceu e se desvinculou do Judaísmo,
que fazia uso de objetos palpáveis na ministração de seus cultos ao Deus de
Israel. Outro fator relevante é que na época da Igreja primitiva, o Cristianismo
era uma religião recente, que precisava ser confirmada por meio de sinais e
milagres, para se estabelecer diante dos homens, como a Nova Aliança, entre
Deus e os homens (tanto judeus, quanto gentios). Hoje, os sinais e prodígios
continuam acontecendo, mas temos acesso direito ao Deus Vivo através de
Jesus Cristo, não havendo necessidade de apelarmos para lenços, aventais ou
objetos ungidos. Além de tudo, cabe enfatizar que o apóstolo Paulo nunca
cobrou nenhuma oferta (mesmo que voluntária) pelos milagres que eram
realizados por Deus através dele, o que é algo bem diferente do que ocorre em
nossos dias, nas igrejas que cobram um valor financeiro para a obtenção dos
supostos objetos ungidos.

Em Tiago 5:14-15 está escrito:

Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e


orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da
fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido
pecados, ser-lhe-ão perdoados (Tg 5:14-15).

Observem que não é o azeite (óleo utilizado para unção) que surtirá
efeito, mas sim, a oração da fé que salvará o doente. Infelizmente, há um
comércio da fé tão grande em torno do suposto “óleo ungido”, que chega a ser
uma forma de idolatria (“óleolatria”).

Por fim:

Comércio de objetos ungidos, além de exploração da fé alheia, também


é uma forma sutil de idolatria, que o diabo instiga as pessoas utilizarem como
uma espécie de “substituto” de Deus, uma vez que tais objetos ungidos são
associados a bênçãos, que supostamente podem ser adquiridas sem nenhum
compromisso real com Deus (sem mudança de vida).

A meu ver, pelo fato de envolver promessas de resultados (bênçãos)


atreladas a tais objetos ungidos, além do envolvimento de atividade financeira
(ofertas voluntárias) para a obtenção desses objetos, deveria haver uma lei
mais rígida quanto a isso no Brasil. Caso o resultado prometido pelo líder
eclesiástico não se concretize, tal líder poderia ser acionado na Justiça, pois,
atribuir resultados não concretizados (falsas promessas), a algo que teve um
valor financeiro atribuído (mesmo que de forma voluntária), constitui algo que
pode ser tipificado como engodo.

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:

Bíblia Sagrada – Harpa Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida –


Edição Revista e Corrigida, 4ª edição. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil,
Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2009. 1920 p.
CAPÍTULO 12
JULGANDO PELA APARÊNCIA
JULGANDO PELA APARÊNCIA

Em João 7:24 está escrito:

Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça (Jo
7:24).

No versículo acima, Jesus nos ensinou a não julgarmos pela aparência


das coisas (percepção superficial), mas sim, pela reta justiça. No entanto,
vários líderes evangélicos, adeptos da Teologia da Enganação, impõem um
controle comportamental sobre seus liderados, através de um costume tomado
como doutrina, como se seus costumes fossem um padrão espiritual a ser
seguido.

Explico...

As igrejas podem adotar certos costumes, em conformidade com seu


Regimento Interno e Estatuto Social. Não há problema nenhum nisso. Assim
como qualquer grupo social, uma igreja evangélica tem todo direito de
estabelecer certas regras de convívio, em seu ambiente religioso. Mas, cabe
ressaltar que costumes e doutrinas são coisas distintas, a saber:

- Costumes: mudam com o tempo, de acordo com a época, a cultura, e a


localização geográfica. Não constituem algo fixo, imutável. O costume é algo
humano, temporal. Por exemplo: formas de se vestir; cortes de cabelo; uso (ou
não) de certos tipos de maquiagens, jóias, ornamentos em geral.

- Doutrinas: não mudam com o tempo. Constituem algo fixo, imutável e


atemporal. Por exemplo: Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente
(Hebreus 13:8). Outro exemplo: Somente o Senhor é Deus e não há outro
(Isaías 45:5). Esses exemplos são fatos que não mudarão com o tempo; são
situações atemporais.

Geralmente, muitas igrejas chamam seus costumes de “doutrinas”, como


se seus costumes constituíssem algo dotados de valor espiritual e salvífico.
Também é direito de uma igreja pensar dessa forma incorreta, mas o problema
consiste no seguinte:

- Quando uma igreja chama outra igreja de fria, de caminho largo, cheia
de vaidades (negativamente falando), simplesmente pelo fato de não adotar os
mesmos costumes, temos uma situação reprovável, pois, nesse caso, estará
havendo um julgamento precipitado (pela aparência), que não agrada ao Deus
Vivo. Além disso, tal igreja acabará vendendo a idéia de que existe um padrão
espiritual e salvífico em seus costumes e quem não o adotar estará sujeito à
perdição eterna, o que contraria frontalmente as Escrituras Sagradas, pois,
quem salva é única e exclusivamente Cristo e não os costumes de uma igreja
local.

- Em alguns casos, temos igrejas / congregações que chegam a dizer


que suas instituições religiosas constituem a graça de Deus, o que é algo
absurdo de se dizer, pois, a graça de Deus manifestada em nós é o fato de
Deus ter enviado Seu Filho para morrer pelos nossos pecados, algo que não
merecíamos, mas mesmo assim, Ele fez por amor a todos nós (João 3:16).

E aqui está o foco do presente capítulo.

Quando uma igreja atribui valor salvífico a sua própria instituição


religiosa, cria-se um temor em seus membros (fiéis), pois, tais fiéis acreditarão
que estarão (supostamente) destinados à perdição eterna, caso saiam da
referida igreja / congregação. Chega-se ao ponto de declarar que a simples
mudança para outra denominação evangélica já torna o fiel passível de
condenação espiritual. Além de contrariar frontalmente as Escrituras bíblicas,
tal “imposição do medo” constitui uma forma descarada de controle
comportamental, visando à continuidade perpétua de um fiel em tal instituição
religiosa. O fato é que nenhum costume (tomado como doutrina) e nenhuma
instituição religiosa salva: salvação somente em Jesus Cristo e em ninguém
mais (Atos 4:12). Mesmo que um “ancião” diga que a sua “congregação” seja a
graça salvadora de Deus, tal afirmação CONTINUARÁ biblicamente incorreta,
pois, salvação só em Cristo e não há outro Caminho (João 14:6).

Para não sermos enganados por líderes fraudulentos que almejam


controlar até mesmo o comportamento religioso de seus fiéis, através da
imposição do medo, temos que definir qual deve ser a luz (biblicamente
falando) que guiará nossos passos, a saber:

Em João 8:12, Jesus disse o seguinte a respeito de si mesmo:

Egó eimi tó fós tu kósmu (transliteração em grego), que significa:

Eu sou a luz do mundo (Jo 8:12).

Ou seja, Jesus é a luz do mundo, que nos garante a vida eterna (por
meio Dele) e sem Ele não há salvação (João 6:47).

No Salmo 119:105 está escrito:

Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho
(Sl 119:105).
A Palavra de Deus é a luz para os nossos caminhos e não o costume de
uma igreja local (tomado como se fosse doutrina).

Por fim:

Jesus (a luz do mundo) nos orienta conforme a sua Palavra (luz para os
nossos caminhos). Instituição religiosa não salva e os costumes de uma igreja
local não possuem valor salvífico. Salvação só em Cristo.

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:

Bíblia Sagrada – Harpa Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida –


Edição Revista e Corrigida, 4ª edição. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil,
Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2009. 1920 p.

FONSECA, Gilson Altino da. Caminho suave para o grego: módulo I. 1. ed.
Patrocínio – MG: REGGRAF, 2000. 100 P.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na presente obra foram apresentadas várias formas de manipulações


religiosas, praticadas por líderes eclesiásticos fraudulentos, que se disfarçam
de ovelhas, embora sejam lobos devoradores, que almejam poder e dinheiro,
por meio da exploração da fé alheia. As três expressões que poderiam resumir
o objetivo de vida desses mercenários da fé seriam: chegar ao poder,
enriquecer e manter-se no poder. E para atingir tal meta, tais líderes apelam
para vários métodos que formam uma complexa teia de manipulação e
deturpação das Escrituras bíblicas, dentre os quais, destaquei:

- Demonização do Estudo Bíblico: é mais simples enganar, ludibriar e


manipular quem conhece nada ou quase nada da Bíblia Sagrada.

- Acima do Bem e do Mal: utilizando-se de uma deturpação teológica


concernente a quem são os ungidos do Senhor, cria-se um tipo de imunidade
eclesiástica que não permite críticas ou questionamentos por parte dos
liderados.

- Amuleto Gospel da Sorte: o dízimo é “vendido” como forma de se


barganhar as bênçãos de Deus, como se Deus fosse obrigado a abençoar
alguém que escolheu ser dizimista.

- Muleta Teológica: além do dízimo endeusado, outra forma eficaz de


explorar financeiramente, várias pessoas piedosas bem intencionadas, diz
respeito à judaização da igreja, pois, quanto mais os fiéis acreditarem no
suposto poder espiritual de objetos próprios do Judaísmo, mais os referidos
fiéis estarão dispostos a pagar por isso.

- Politicagem e Lavagem de Dinheiro: buscando poder e mais dinheiro,


maus líderes religiosos associam-se a péssimos políticos, que “compram” o
apoio do pastor, cuja igreja é induzida a votar nesse ou naquele candidato a
cargo eletivo.

- Pagando Para Ser Enganado: estimulando o “misticismo gospel”, o


povo é condicionado a pagar pela oração dos seus líderes eclesiásticos, como
se a oração dos supostos “ungidos” garantissem a resposta de Deus aos fiéis
da igreja.

- Deificação do Líder: além de poder, dinheiro e apoio político, vários


líderes se colocam como deuses (de forma sutil), atribuindo a si mesmos, a
onipresença e a onisciência, que são atributos exclusivos de Deus.

- Pretexto Para “Espiritualizar” Heresias: como a lista de heresias só


cresce no mundo gospel, os maus líderes religiosos precisam justificar parte de
suas invencionices apelando para ensinos que não podem ser comprovados
biblicamente e daí temos as chamadas novas unções, mistérios e atos
proféticos.

- O que a Bíblia não diz sobre o Pastor: após criar um ambiente em que
reina a dependência espiritual dos liderados em relação a seus respectivos
líderes, o pretenso pastor (que está mais para lobo) se coloca como dono do
rebanho de Cristo e das pessoas que fazem parte dele.

- Inversão de Prioridades: para ter tempo de manter-se no poder,


enriquecendo-se à custa da fé alheia, o “líder” necessita que seus liderados
façam todo o trabalho “braçal” e para isso, tal líder ensina uma escala invertida
de prioridades aos seus liderados, a fim de que sempre estejam à disposição
da chamada “obra de Deus”.

- Substituto de Deus: objeto ungido virou uma verdadeira febre dentro do


meio evangélico, permitindo a propagação de duas coisas: 1 – Enriquecimento
de quem os “vende”; 2 – Falsa sensação de que as bênçãos de Deus podem
ser compradas por um preço monetário, não exigindo nenhuma conversão
sincera por parte de quem adquire tais objetos.

- Julgando pela Aparência: fechando o pacote da manipulação religiosa,


atribui-se aos costumes e à própria instituição religiosa, um valor salvífico, não
permitindo assim, nenhuma forma de discordância por parte dos liderados.

Que você se liberte de toda essa manipulação religiosa presente em


várias igrejas evangélicas brasileiras, com base em todo esclarecimento
propiciado por esse livro, fundamentado na Bíblia Sagrada. Sirva ao Deus Vivo
dentro de uma igreja que não se utilize do Evangelho como instrumento de
exploração financeira e manutenção do poder.

SE, POIS, O FILHO VOS LIBERTAR, VERDADEIRAMENTE, SEREIS LIVRES

(JOÃO 8:36)

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