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A paz Frederico,

Com relação ao ministério feminino temos o seguinte entendimento:

Antigo Testamento:

1) No princípio, no livro de Gênesis vemos que Deus primeiramente criou o homem (Gn1:26)
antes da mulher, e consequentemente lhe deu uma ordenança: “domine sobre os peixes do
mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se
move sobre a terra” (Gn 1:26b), “...Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e
dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move
sobre a terra” (Gn 1:28). Sendo assim, resta claro que Deus entregou a responsabilidade de
dominar sobre a terra ao homem.
Em Gn 2:18 Deus cria a mulher como auxiliadora (hb. êzer) do homem, para que esta
cooperasse com o mesmo na responsabilidade de dominar e não tivesse a mesma autoridade
que o homem.
A responsabilidade do homem como responsável pelo domínio sobre a terra está evidente no
momento da queda. Eva foi seduzida pela serpente e comeu do fruto da árvore que ficava no
meio do jardim (Gn 3:6), logo deu o fruto ao seu marido o qual também comeu. No momento
de chamar a responsabilidade sobre o pecado cometido Deus não chamou a Eva, mas sim a
Adão (Gn 3:9).
Além disso, uma das consequências diretas do pecado de Eva foi que o desejo dela seria para o
seu marido, e este a dominaria (Gn 3:16).

2) Nunca houve ministério ordenado que fosse ocupado por mulheres. No Antigo Testamento,
nunca houve uma sacerdotisa que servisse no templo (Ex 28; Nm 3; Nm 8; Nm 11:16-35). O
sacerdote era uma pessoa ungida (separada) por Deus para se dedicar ao governo de Seu povo
e esta função somente poderia ser ocupada por homens.

3) A função de profeta não era semelhante de modo algum ao cargo ocupado pelos pastores.
O cargo de profeta era desempenhado com o fim de transmitir ao povo mensagens vindas da
parte de Deus. O profeta não administrava o templo, não exercia funções no templo e sequer
tinha a responsabilidade de apascentar o rebanho de Deus, para tanto poderia ser ocupado
por mulheres (Jz 4:4; 2 Rs 22:14).

4) A função de juíza era uma função civil para tanto poderia ser ocupada por uma mulher (Jz
4:4).

Novo Testamento

1) Apesar de Jesus ter dado todo apoio as mulheres diante de uma sociedade que as
desprezava e humilhava, permitindo que estas O seguissem e auxiliassem em Seu ministério,
Ele escolheu doze homens, doze apóstolos para que tivessem a função de conduzir a igreja
após a Sua morte e ressurreição (Mt 10:2-4).

2) O apóstolo Judas Iscariotes traiu Jesus, dado que diante desta circunstância se deveria
escolher alguém para substituí-lo. Em Atos 1:15-26 os apóstolos se reuniram para escolher o
substituto de Judas e na ocasião haviam mulheres (At 1:14). Sendo assim, foram determinados
alguns requisitos para que se pudesse ocupar o lugar de Judas: a) varão = homem (vs. 21); b)
tenha andado com os apóstolos desde o dia do batismo de Jesus realizado por João Batista até
o dia em que foi recebido em cima nos céus (vs. 21-22) ; c) seja testemunha da ressurreição de
Jesus (v. 22). Duas mulheres temos certeza que cumpriram este requisito e alguns outros que
não foram mencionados, no entanto, as mulheres sequer foram relacionadas para a decisão
(vs. 23), a qual ocorreria por Urim e Tumim e voto dentre os apóstolos (vs. 26).

3) No livro de Atos 6:1-6 vemos que estava crescendo o número de discípulos e as viúvas
(mulheres) estavam sendo desprezadas pelo ministério. Diante de tais fatos os apóstolos
deveriam tomar uma providência quanto a isto, ou seja, escolher diáconos para cuidarem
destas viúvas que estavam sendo desprezadas. No versículo 3 vemos que foram determinados
alguns requisitos para esta escolha: a) sete varões = sete homens; b) boa reputação; c) cheios
do Espírito Santo; d) cheios de sabedoria. Por questão lógica, entre um homem e uma mulher,
qual seria o mais apto para cuidar de viúvas (mulheres)? Por nossa lógica seriam outras
mulheres, porém, Deus, em se tratando de um ministério ordenado determinou que fossem
homens.

4) Na primeira carta do apóstolo Paulo aos crentes de Corinto ele dá uma ordem: 1 Coríntios
14:34-35 “As mulheres estejam caladas nas igrejas, porque lhes não é permitido falar; mas
estejam sujeitas, como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa,
interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é indecente que as mulheres falem na
igreja”. Nesta ocasião Paulo não está falando por parábolas, ou sequer trazendo sua opinião
sobre o assunto, mas inspirado pelo Espírito Santo determinou que as mulheres não falassem
na igreja, como podemos desrespeitar tal ordem determinada por Deus através da vida do
apóstolo Paulo.

5) Em suas cartas aos seus discípulos Timóteo e Tito o apóstolo Paulo revela quais seriam as
características que um bispo ou presbítero (função era equivalente na época, atualmente,
equivale a função de pastor) – 1 Timóteo 3:1-7 / Tito 1:5-9. Em ambas as epístolas (cartas) são
apresentadas várias características que a pessoa tem que possuir para ocupar de tão grande
importância espiritual, sendo que uma das características primordiais é: marido de uma
mulher, ou seja, homem.

Portanto, resta devidamente claro que o ministério feminino (para auxiliar) é respaldado pela
Bíblia, porém o ministério feminino ordenado (pastora) não encontra respaldo algum nas
Escrituras. É importante que compreendamos a função da mulher na Igreja. A mulher não é
inferior ao homem, mas os dois possuem funções diferentes na Igreja ordenadas por Deus. A
Igreja está fora da vontade de Deus quando estas funções perdem sua distinção e se
modificam.

Que Deus te abençoe.

At.te.

Pr. Cunha
Defesa do Evangelho
Franca/SP

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