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A DOUTRINA DA IGREJA
Introdução
“A única Igreja de Cristo (...) é aquela que nosso Salvador depois de sua Ressurreição,
entregou a Pedro para que fosse seu pastor e confiou a ele e aos demais Apóstolos
para propagá-la e regê-la... Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como
uma sociedade, subsiste na Igreja Católica governada pelo sucessor de Pedro e pelos
Bispos em comunhão com ele” (Catecismo ICAR, art. 801)
“A Igreja é uma companhia visível de santos, chamados e separados do mundo pela
Palavra e pelo Espírito de Deus, para a profissão visível da fé do evangelho; sendo
batizados nessa fé” (Confissão de Fé Batista, 1646, art. 33)
“Igreja é a comunidade de todos os verdadeiros crentes em todas as épocas” (GRUDEM,
2001, p. 401)
Expressões da Igreja
“Ensina-se também que sempre haverá e permanecerá uma única e santa igreja
cristã, que é a congregação de todos os crentes, entre os quais o evangelho é
pregado os santos sacramentos são administrados de acordo com o evangelho”
(Confissão de Fé de Augsburgo (1530) – art. 7)
“[...] onde a Palavra de Deus é sinceramente pregada e ouvida, e vemos que os
sacramentos são administrados segundo a instituição de Cristo, não podemos de
modo algum duvidar que ali está uma igreja de Deus” (Institutas, 4.1.9-10)
“As marcas para conhecer a verdadeira igreja são estas: ela mantém a pura pregação
do Evangelho, a pura administração dos sacramentos como Cristo os instituiu, e o
exercício da disciplina eclesiástica” (Confissão de Fé Belga (1561) – art. 29)
A Igreja e o Reino
FAVORÁVEIS CONTRÁRIOS
Em Cristo acabam as distinções étnicas, sociais e sexistas (Gl 3:28) A igualdade da criação, portanto, não anula a diferenciação de funções
estabelecida na própria criação (1Tm 2:13)
A atividade pastoral é, antes de tudo, um dom (At 11:17-18) Estas provas demonstram apenas a tremenda importância do ministério
feminino, mas não a existência do ministério feminino ordenado.
O Dom de Profecia é dado tanto a homens quanto a mulheres (Jl 2:28-29) O fato de que Deus transmitiu sua mensagem através de uma mulher não faz
dela um oficial da Igreja.
O sacerdócio universal dos crentes (1Pe 2: 5,9) Devemos lutar contra o machismo, e não deixar de reconhecer a verdade sobre
o patriarcado.
Foi a uma mulher que Jesus confiou o primeiro “ide” após Sua ressurreição Não é claro se Febe era realmente uma diaconisa.
( Jo 20:17)
Há evidências de que havia liderança feminina na igreja primitiva (Rm 16: 1- Restrições ao ministério feminino, e exigem que as mulheres cristãs estejam
7) submissas à liderança cristã masculina
O governo da Igreja
O que são ? O Batismo e a Ceia. São ordenanças instituídas por Jesus (Mt 26:26-29), observadas
pela Igreja Primitiva (At 2:38-41), e (no caso da Ceia) explicada nas epístolas (1Co 11:23-35).
“Ordenança” denota simbolismo; “sacramento” denota oferecimento de graça eficaz.
Batismo = é a imersão ou aspersão do crente em água como testemunho público da sua
participação anterior na morte, sepultamento, e ressurreição de Cristo. Mostra, de forma física e
visual, o que acontece espiritualmente com o pecador quando ele é salvo: é morto, sepultado, e
ressuscitado com Cristo, pelo Espírito Santo (Rm 6:3-4, Cl 2:12). É um dos pré-requisitos para se
tornar um membro da igreja local (At 2:41).
Questões sensíveis: pedobatismo; forma: aspersão, imersão ou efusão.
AS ORDENANÇAS DA IGREJA
A Ceia do Senhor = instituída por Cristo antes da sua morte (Lc 22:19-20), serve como
comemoração comunitária da obra de Cristo na cruz. Os elementos da Ceia são pão e
vinho (fruto da uva).
Significado: para lembrar Cristo (1Co 11:24), proclamar Sua morte (1Co 11:26), garantia da Segunda
Vinda de Cristo (1Co 11: 26, Mt 26:29), momento de comunhão de Cristo com Seu povo (1Co 10:21).
Requerimentos: regeneração, comunhão com a igreja local (2Ts 3: 6, 11-15), purificação (1Co 11: 27-
32).
Questões sensíveis: a presença de Cristo na Ceia: transubstanciação (ICAR), consubstanciação
(Luteranismo), presença espiritual (Calvino) ou memorial (Zwínglio).
AS ORDENANÇAS DA IGREJA
O lava pés = (Jo 13: 1-20) Exemplo de humildade e perdão uns aos outros e necessidade de
limpeza na vida cristã para a comunhão.
Aqueles que se concentram na limpeza, encontram argumentos para continuar fazendo disso
uma ordenança hoje. Aqueles que enfatizam o exemplo ou aspectos de perdão não pensam ser
necessário realizar esse ritual, mas preferem praticar as verdades espirituais que o ritual
ilustrava. A exortação para seguir o exemplo de Jesus nos versículos 14 e 15 está relacionada
ao perdão mútuo em humildade, mas não diz respeito ao perdão divino dos equívocos que
cometem os na vida. Então, isso serviria com o argumento para não considerar o lava-pés um
a ordenança.
DISCIPLINA ECLESIÁSTICA
O que é:
A Bíblia ensina que a igreja deve praticar a disciplina de todo pecador em rebeldia. Esta disciplina,
porém, não deve ser arbitrária e nem sem amor. Ele deve seguir o modelo bíblico de execução e
precisa visar o arrependimento.
Objetivos:
Remover o erro e evitar que o pecado “levede” a igreja com sua influência (1Co 5:6-8).
Proteger outros cristãos do pecado e desafiá-los a uma vida santa (G1 6:1; 1Tm 5:20).
Produzir uma fé sadia (Tt 1:13).
Reintegrar e restaurar um irmão que está em pecado (2Co 2:5-11).
DISCIPLINA ECLESIÁSTICA
Princípios:
(a) imparcialidade (1Tm 5:21);
b) passos decididos, mas não apressados (Mt 18:15-20); e
(c) almejar a correção e a eventual restauração(2Co 2:6-8)
Como deve ser feita?
Em Mateus 18:22, Jesus apresenta um processo para resolver conflitos entre membros da igreja local: exortação
pessoal, exortação com testemunhas, exortação com a igreja local, e exclusão da igreja.
O apóstolo Paulo, em I Coríntios 5:1-5, instrui a igreja a lançar fora um homem que estava vivendo num estado de
imoralidade aberta. Já em II Coríntios 2:5-11, ele pede à igreja recebê-lo de volta, após um genuíno
arrependimento. Isto nos ensina que a disciplina na igreja deve ser direcionada a pessoas que estão em rebeldia,
insistindo em seu pecado. À medida que a pessoa se arrepende, deve ser recebida de volta.
O SUSTENTO DA IGREJA