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Cena 3-

Da porta da sala de estar saiu um homem de idade avançada, mirrado e de cabelo


grisalho, era o avô da pequena garota.
— Finalmente chegou querido — disse Carolina — estava contando para nossa neta a
história de nosso relacionamento.
— Ahh... — diz Jorge em um tom melancólico — esses eram bons tempos. Apesar de eu
ter feito muitas besteiras devido minha mocidade.
— Como assim vô? — diz a neta.
— Pelo visto você ainda não chegou nessa parte ainda — diz o avô, lançando olhares
para sua esposa.
— Ainda não querido.
— Deixe essa parte da hístória comigo então. — diz Jorge enquanto se senta próximo
a neta.
— Então, querida netinha, tudo estava bem até poucos dias antes do casamento,
porém, alguns dias antes do casamento recebi uma péssima notícia. Sr. Almeida, um
falecido tutor meu, me avisou que, devido a gastos desenfreados que fizerá antes de
conhecer sua avó, eu estava falido e coberto em dívidas.
— Por que você gastava tanto vovô? — a neta endagou.
— Por que será né querida neta? — ironicamente perguntou Carolina, com um olhar
revolto direcionado a Jorge.
— Isso não é importante para a história. — acanhou-se o avô ao notar os olhares de
sua amada — voltando para a história...
— Sr. Almeida recomendou que eu não me casasse, porém eu amava muito sua avó, por
isso não tive coragem de cancelar o casamento. Contudo, a noite após o casamento,
para não envergonhar sua avó e recuperar a minha dignidade e a de minha família, eu
acabei montando um esquema.
A avó da neta, desalentada com as memórias de tais momentos, acanha-se por um breve
momento, mas logo em seguida levanta a cabeça novamente, afim de não atraplhar o
desenvolvimento da história
— Eu acabei fingindo ter tirado a minha vida — Jorge diz relutantemente.
— Que triste vovô — diz a neta com um tom abatido.
— Tinha que ser feito. Dessa forma eu fui capaz de viajar aos Estados Unidos com
apenas duas preucupações em mente, sua avó e como conseguir sobreviver e acumular
dinheiro para eu eventualmente voltar ao Brasil.
— Mas para que voçê foi para lá? — indagou a neta com um olhar perplexo.
— Como disse antes, precisavade dinheiro para pagar as divídas, e lá era o melhor
lugar no mundo até o momento para se acumular riquesas.
— Ah bem, agora entendi!
— Lá eu abri um pequeno negócio, no qual fui capaz de prosperar durante o tempo que
eu fiquei lá. Porém, a saudade de minha esposa ficava mais forte a cada dia que
passava.
— Deve ter sido complicado vovô. — comentou a pequena em um tom simpático.
— Foi sim querida. — responde o avô — Mas após 5 anos, e tendo juntado uma pequena
fortuna, eu retornei para minha cidade natal. A primeira coisa que eu fiz foi
quitar todas as minhas dívidas, e logo após, encontrar sua avó.
— Mas não fui diretamente, primeiro, eu cortejei ela com um nome falso, Carlos.
— O que é cortjar vovô?
— Não é nada não querida, é so uma palavra antiga para subistituir "mandar
presentes". — respondeu a avó antes que Jorge pudesse responder algo.
— Porém, em uma noite, decidi me encontrar com sua avó, que ainda não tinha me
reconhecido devido certas mudanças em minha aparéncia.
— Ele parecia uma mumia na época. — diz Carolina, gargalhando um pouco.
— Não precisava comentar isso! — diz o avó ofendido.
A neta ri da situação
— Enfim, me encontrei com a sua avó, que após me declarar como Carlos, ela recusou
meus sentimentos, dizendo que ainda era fiel ao seu falecido marido, tendo
observado essa profunda paixão, me revelei, e contei tudo que houve nos cinco anos
passados, e mesmo depois de tudo, ela ainda me aceitou de volta na vida dela.

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