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FACULDADE DE CIÊNCIAS DA BAHIA - FACIBA

INSTRUMENTALIDADE DO SERVIÇO SOCIAL

JUCIARA FARIAS DE FARIAS

SERVIÇO SOCIAL E DOADORES VOLUNTÁRIOS DE SANGUE: A


INSTRUMENTALIDADE DO ASSISTENTE SOCIAL NO PROCESSO DE
FIDELIZAÇÃO DE DOADORES NO HEMOCENTRO DO PARÁ – HEMOPA.

BELÉM
2022
SERVIÇO SOCIAL E DOADORES VOLUNTÁRIOS DE SANGUE: A
INSTRUMENTALIDADE DO ASSISTENTE SOCIAL NO PROCESSO DE
FIDELIZAÇÃO DE DOADORES NO HEMCENTRO DO PARÁ – HEMOPA.

Autor1, Juciara Farias de Farias

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO - Este artigo tem por objetivo identificar quais os fatores que impedem o retorno frequente de
doadores voluntários de sangue. Fundamentar e entender a importância do processo de fidelização de
doadores voluntários de sangue, considerando que apenas 1.6% da população brasileira é doadora de
sangue, no entanto, a média recomendada pela organização Mundial de Saúde (OMS) é de 3%, a fim de
garantir o suprimento seguro de sangue para atender a demanda transfusional de pacientes que
dependem diretamente da transfusão sanguínea para a melhoria da saúde. Nesse sentido, algumas
inquietações tornam-se indispensáveis para o entendimento crítico profissional e social da categoria, bem
como, para a construção de um novo olhar desses voluntários em relação à doação. Na fundação
HEMOPA, a implementação de ações voltadas para a fidelização de doadores voluntários de sangue não
estão suprindo a expectativa de necessidade diária prevista para atender a cobertura transfusional no
Estado do Pará. De acordo com o Programa Nacional de Doação Voluntária de Sangue (PNDVS) e, do
Sistema de Banco de Sangue da Fundação (SBS / web), observa-se uma redução nos índices de
doadores habituais ou de repetição (voluntários que repetem a doação de sangue em um intervalo menor
que 12 meses). O PNDVS recomenda que 60% dos doadores sejam fidelizados, porém, a realidade atual
apresenta uma média de 39%. Nesse sentido, a instrumentalidade crítica do profissional de Serviço
Social, na perspectiva da educação e saúde, torna-se indispensável no processo de garantia de direitos
dos doadores e dos pacientes em virtude da manutenção da saúde.

PALAVRAS-CHAVE: Doação de Sangue. Serviço Social. Instrumentalidade.

1
JuciaraFarias04@gmail.com
1- INTRODUÇÃO

O tema aqui apresentado está em grande evidência na mídia televisionada e nas


redes sociais, considerando seu caráter de utilidade pública, porém no âmbito
acadêmico ainda são poucas e insuficientes as pesquisas que tratam da captação de
doadores de sangue, principalmente quanto a atuação do Assistente Social nessa
vertente de saúde. Para fundamentar a pesquisa, partiremos da metodologia dialética
de totalidade pra analisar dados quantitativos publicizados pelo Ministério da Saúde e,
dados qualitativos fundamentados em pesquisa bibliográfica.
A Política de Hemoterapia e Hematologia regulamenta, através da Resolução
RDC – Nº153, que a doação de sangue deve ser altruísta, voluntária e não remunerada
direta ou indiretamente. A partir de então, a politica do sangue inclusa na politica de
saúde passou por transformações significativas no campo social, politico e econômico,
haja vista que nos primórdios o processo de doação não era regulamento, em virtude
da ausência de Lei específica. Na nova roupagem, a sociedade civil (doador voluntário)
exerce papel fundamental mediante ações não contempladas pelo Estado.
Segundo Dowbor (1988), a intervenção da sociedade organizada faz-se
necessária como representação na busca de um processo de mobilização coletiva em
prol da causa da doação de sangue, no entanto, não invalida o papel do Estado e do
mercado. O que se pretende é um novo direcionamento do papel de ambos para que
possam se tornar mais eficientes e produtivos que correspondam aos interesses do
cidadão. Nesse sentido, não se trata de anular o papel do Estado, mas sim tornar a
sociedade ativa e decisória no seu processo de desenvolvimento na perspectiva da
doação e transfusão de sangue.
Partindo desse histórico, os serviços de captação através das ações
implementadas pelos Assistentes Sociais é desafiador, pois ao mesmo tempo em que
busca alcançar a sociedade com impulso solidário, respeitando as características
sociais, religiosas, culturais, filosóficas, politicas e emocionais, utiliza de orientação
técnica para desenvolver o protagonismo da população no aprofundamento da política
de doação voluntária. Nesse aspecto, a instrumentalidade do Assistente Social é crucial
para a construção de novas possibilidades e potencialidades no cotidiano institucional.
De acordo com a bibliografia de SARMENTO (2013), verifica-se que nesse
processo de trabalho humano, a consciência participa ativamente uma vez que elabora
finalidades e produz conhecimentos. Assim acaba por existir uma relação intima entre o
pensamento e a ação, considerando que o homem, para satisfação de suas
necessidades concretas e interesses, não aceita o mundo como ele é, daí a
necessidade de transformá-lo, e é nesse processo de atividades concretas que ele age.
Dados do Ministério da Saúde apontam que no Brasil apenas 2% da população
são doadoras de sangue. No Pará, esta realidade não é diferente, apesar da tecnologia
avançada e do rigoroso controle de qualidade, apenas 1.8% da população é doadora. O
hemocentro ainda enfrenta dificuldades para atender a demanda de pacientes devido à
escassez de doadores voluntários de sangue, esse quantitativo é insuficiente para
atender a grande demanda. No entanto, mesmo frente às adversidades esse percentual
de cidadãos voluntários, dos mais diversos níveis, delegam tempo, conhecimento e
solidariedade humana em favor dos usuários que dependem dessa atitude altruísta.
O HEMOPA estabelece parcerias de um lado com a sociedade, estimulando o
exercício da cidadania que culmina com a doação da matéria prima, no caso o sangue,
e do outro com a oferta de serviços e produtos de qualidade e em quantidade capaz de
universalizar essa oferta. São estabelecidas parcerias com diversos segmentos da
sociedade entre órgãos governamentais e não governamentais como: entidades civis e
militares, escolas, universidades, clubes de serviço, dentre outros. Nessa perspectiva, o
Ministério da Saúde (1987,p.8) estabelece: “é dever do Estado prover os meios para um
atendimento Hematológico e Hemoterápico de acesso universal de boa qualidade,
sendo dever do cidadão cooperar com o Estado na consecução dessa finalidade”.

2. DESENVOLVIMENTO

Para melhor entendimento do estudo, apresentaremos a pesquisa em dois


tópicos: a priori, refletiremos sobre a importância social da doação de sangue na saúde
pública; a posteriori, discutiremos sobre a instrumentalidade do Assistente Social no
processo de fidelização de doadores.
2. 1- A IMPORTÂNCIA SOCIAL DA DOAÇÃO DE SANGUE NA SAÚDE
PÚBLICA.

O homem, através da ciência e da tecnologia, por mais que tenha evoluído,


ainda não foi capaz de fabricar um substituto para o sangue em sua totalidade. Ainda,
dependemos de pessoas saudáveis, que voluntariamente decidam doar um “pouco” de
seu sangue para salvar vidas, implica portanto, em um ato cívico, e exige que o doador
voluntário de sangue esteja engajado, consciente de sua responsabilidade, de cooperar
com a manutenção da Saúde Pública.
O Sangue é vital para vida humana. Transporta nutrição básica essencial a todos
os tecidos e órgãos do corpo. Sem a proteção do sangue, nenhuma criança poderia
nascer. No útero, o sangue materno garante que o feto receba oxigênio e alimento,
beneficiando-se das defesas maternas adquiridas contra diversas infecções. Logo o
sangue tem papel tão importante na manutenção da saúde das pessoas que ao estar
alterado afeta o organismo todo. Transfusões de sangue são regularmente usadas em
cirurgias, traumas, sangramentos, doenças oncológicas e outras doenças clinicas,
pessoas com essas patologias precisam de suprimentos regulares de sangue, seguro,
para repor a sua deficiência.
Na doação de sangue, diferenciamos também o grau de comprometimento dos
voluntários, onde existem aqueles que doam sangue com frequência, evidenciando
maior compromisso com a causa, são os que conhecemos como fidelizados de
repetição. Existem também, aqueles que realizam uma doação de sangue em situações
pontuais, identificados como voluntários esporádicos.
Entretanto, descobre-se entre outros componentes fundamentais para motivação
do ato voluntário: o de cunho pessoal, como por exemplo, já ter passado pela situação
de precisar de sangue para um familiar, ou a doação de tempo e esforço como resposta
a uma inquietação interior através da própria tomada de consciência, da sensibilização
por uma causa maior, que leva o voluntário a agir com compromisso.
A maioria das pessoas doa sangue apenas quando sente necessidade de ajudar
um parente ou amigo, identificados como doadores de reposição, onde a pressão
emocional para que a doação seja efetivada pode torná-los propensos a não ser
verdadeiros a respeito de sua saúde, o que pode comprometer a qualidade do sangue.
Segundo o Sistema de Indicadores da Fundação HEMOPA, uma das principais
razões pelas quais o suprimento de sangue é insuficiente é a falta de doadores
fidelizados, de repetição, que é aquele que doa sangue pelo menos duas vezes num
intervalo de doze meses, conforme gráfico abaixo:

Fonte: HEMOPA/2021 – SBS/WEB.

Considerando o total de comparecimento de doadores na Fundação, os dados


apresentados no gráfico, mostram que somente 38% são de repetição, ou seja, que
doam no mínimo duas vezes ao ano. Esse índice aponta a necessidade de haver
implementações de estratégias que busquem mobilizar a sociedade em virtude da
causa.
Doadores fidelizados de repetição, são o pilar do serviço hemoterápico, além de
indispensáveis para garantir suprimento adequado e sustentável de sangue, em geral,
os mais seguros porque estão bem informados sobre a importância do comportamento
de baixo risco para garantir a segurança do sangue. São eles, também, os que mais
atendem a pedidos de doação em emergências e crises, contribuindo para a
manutenção do estoque sangue.
A interpretação de que tem-se a necessidade de uma mediação que espelhe o
desafio de garantir que todo sangue doado seja o mais seguro possível, através da
fidelização de doadores gera uma expectativa real de Políticas Sociais, embora a
fidelidade de doadores implique em custos, ela será provavelmente mais eficaz que a
captação de doadores novos. A fidelidade tem, contudo, muitas outras implicações
além de custos, são de fato as refrações sociais para doadores e pacientes no contexto
saúde, geradas pelo impacto de não ter o produto do sangue. Na maioria das vezes, o
risco de infecções transmitidas por transfusão pode até diminuir com o aumento da
fidelidade de doadores voluntários.
Mesmo com todas as melhorias na Política do Sangue, bem como, nas
informações e orientações referente ao processo de doação, ainda há necessidade de
se entender o porquê, de apesar de todos os esforços voltados a captação de
doadores, não foi o suficiente para estabelecer uma relação de garantia contínua de
fidelidade com os doadores, capaz de fazer da doação de sangue um ato espontâneo e
habitual, construindo uma cultura política de doação.

2.2 - A INSTRUMENTALIDADE DO ASSISTENTE SOCIAL NO


PROCESSO DE FIDELIZAÇÃO DE DOADORES.

Considerando a intervenção do Assistente Social no processo de captação de


doadores na Fundação HEMOPA, entendemos que é através de uma abordagem
dialética que poderemos apresentar metodologicamente a apreensão da realidade, na
qual a sociedade é concebida como uma totalidade. Na captação de doadores
cotidianamente nos colocamos nesse contexto de compreender os conflitos e as
contradições recorrentes do sistema capitalista, tornando imprescindível a análise dos
impactos na política do sangue instituída em todo o país.
Institucionalmente, na intervenção cotidiana, a Instrumentalidade do Serviço
Social possibilita um olhar ampliado na identificação das motivações e limitações que
possam envolver um cidadão na perspectiva da atitude para o ato da doação. Nesse
sentido torna-se necessário desenvolver novas estratégias que suportem o desafio da
manutenção de voluntários a doação na sociedade.

“Considerando que o espaço sócio-ocupacional de qualquer profissão, neste


caso do Serviço Social, é criado pela existência de tais necessidade sociais e
que historicamente a profissão adquire este espaço quando o Estado passa a
interferir sistematicamente nas refrações da questão social, institucionalmente
transformada em questões sociais (Netto, 1992), através de uma determinada
modalidade histórica de enfrentamento das mesmas: as políticas sociais, pode-
se conceber que as políticas e os serviço sociais constituem-se nos espaços
sócio-ocupacionais para os assistentes sociais.

Nessa conjuntura, é necessário compreender cada demanda trazida pelos


doadores na sua historicidade, enquanto protagonista de uma realidade que no cenário
da doação de sangue não é individual, e sim coletiva. Corroborar com essa expectativa
nos instrumentaliza para o direcionamento de possibilidades que fortifiquem o conceito
da promoção social da doação, como sendo primordial para um impacto positivo na
saúde daqueles que precisam da transfusão.
De acordo com SARMENTO (2013), a instrumentalidade trata-se de uma
mediação que permite a passagem das ações meramente instrumentais para o
exercício profissional crítico e competente , com isso, essa instrumentalidade nos
permite identificar outros fatores na lógica e na dinâmica da sociedade.
Outro aspecto de grande entendimento e relevância demandado pela
intervenção do Assistente Social, é compreender o perfil dos usuários que buscam a
doação, pois a maioria destes doadores estão inseridos em uma situação de
vulnerabilidade social e econômica com dificuldades de acesso as orientações e
serviços recorrentes à política do sangue.
A comunicação é fundamental no cenário da doação, pois a população em geral
precisa de informações verdadeiras, claras e acessíveis, indispensáveis em qualquer
situação motivadora para uma ação coletiva, esse empoderamento influencia para que
o sujeito se torne ativo. Nesse processo, o Assistente Social precisa se apropriar de
técnicas pedagógicas para alcançar a construção do conhecimento junto aos usuários.

“O Serviço Social como qualquer outra profissão liberal existente numa


sociedade com modo de produção capitalista, está intrínseca a divisão sócio
técnica do trabalho, e, por isso deve compreender as relações sociais
estabelecidas neste formato de sociedade, imprimindo na sua ação/reflexão
profissional possibilidades de uma práxis social. Tal práxis não é apenas a
junção teoria e prática, ela deve estar voltada à transformação de um processo,
seja ela na perspectiva da matéria, da consciência ou da prática”. (PONTES,
1995, P. 17)

É através da vivência mediada que buscamos a compreensão das


particularidades do exercício profissional e das singularidades do cotidiano. Dessa
forma, a instrumentalidade no campo de mediação nos possibilita movimentar os
indicativos teórico-práticos para intervenções imediatas, bem como, ferramentas e
metodologias construídas de acordo com as novas demandas da realidade.

“Por isso é importante, na reflexão do significado sócio-histórico da


instrumentalidade como condição de possibilidade do exercício profissional,
resgatar a natureza e a configuração das políticas sociais que, como espaços
de intervenção profissional, atribuem determinadas formas, conteúdos e
dinâmicas ao exercício profissional”. (GUERRA, 2000b, p. 7).

Nessa perspectiva, entendemos a dificuldade do processo de captação de


doadores como uma social e econômica, haja vista o cenário desigual e capitalista em
que estão inseridos. Sob esta ótica, existe a necessidade de nos apropriarmos
adequadamente da instrumentalidade, visando a análise das motivações que levam o
usuário a ser doador de sangue, portanto a proposição da política deve ser construída
de forma conjunta, usuários e Assistentes Sociais, para um melhor entendimento e
possibilidades na perspectiva de garantia de direitos do doador e do paciente, haja
vista, que estes estão inseridos nas relações de produção e reprodução social
requerendo sempre, uma análise crítica que subsidiem a práxis profissional.

3- CONCLUSÃO

Infere-se que o sistema capitalista invadiu a vida das pessoas através de um


controle econômico, social e político. Atualmente, todos estão voltados a atender as
necessidades cotidianas, na maioria das vezes, com poucas reflexões para o coletivo,
isso implica também no processo de doação de sangue voluntária, na proposta de
responsabilidade compartilhada da relação doador/usuário.
É necessário analisarmos, em sua totalidade, quais as expressões da questão
social estão envolvidas no contexto da doação, esse é um desafio, sobretudo, aos
profissionais de Serviço Social inclusos na política de captação de doadores. Diante
disso, a intervenção do Assistente Social junto à comunidade se faz por meio das
orientações e dos esclarecimentos. É imprescindível consideramos os valores sociais,
culturais, étnicos, morais educacionais da população doadora em nossa atuação
profissional. Respeitar esses valores, significa utilizarmos de nossa metodologia para a
apreensão da instrumentalidade em cada demanda apresentada.
Outro ponto importante referente ao direito de orientação, é desmistificar as
representações negativas do censo comum em relação ao ato de doação, esse
combate a desinformação não deve ser visto como algo utópico, mas sim como meta a
ser perseguida para a manutenção do sistema público de sangue, na busca do bem
coletivo, da garantia de direito à proteção da saúde do doador e do usuário.
Entendemos ser possível vislumbrar possibilidades buscando o fortalecimento
dos sujeitos, minimizando as expressões da questão social e contribuindo para
desconstruir mitos e tabus que possam comprometer o reconhecimento da população
enquanto sujeitos coletivos comprometidos com a problemática social de doação de
sangue, influenciando no déficit de doadores que impactam diretamente na vida de
quem precisa de transfusão para sobreviver.
Referente aos doadores de repetição, os dados apontam que um dos principais
motivos que levam o usuário a não doar de forma contínua são as limitações sócio-
econômicas para acesso ao serviço, que se agrava mais ainda nesse período de crise,
pauperização e desemprego que estamos vivenciando.
Nessa perspectiva, o Serviço Social utiliza como estratégia de enfrentamento, a
descentralização da política de doação, descentralizando também os serviços de coleta
para outros locais, garantindo a população que reside em áreas mais distantes e difícil
acesso possam exercer o direito de doar.
A necessidade de captarmos doadores para a manutenção da garantia de direito
de acesso a saúde do usuário/doador é existente, com isso, precisamos continuar
avançando nos estudos, através das dimensões, para entendermos que a
instrumentalidade requer a mediação como caminho que se faz para atender as
demandas e chegar na singularidade estudo da singularidade e a da universalidade
para a compreensão do porque não se consegue fidelizar doadores de sangue.
Devemos ter a capacidade de solidificar diálogos com a sociedade e isso só pode ser
materializado através de conhecimento para buscar a superação das metas e
legislações do sangue.A articulação.
Precisamos ser profissionais que absorvam o limite Institucional na captação de
doadores materializar uma prática, mas para além disso extrapolar o viés limitatório
da politica do sangue e da politica de assistência através do processo aprendizagem
buscando decodificar alternativas de intervenção considerando o candidato a doação
de sangue na sua totalidade.


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