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2ª RODADA DE QUESTÕES PARA OS TRTS

Direito do Trabalho e Processo do Trabalho

VINTE QUESTÕES COMENTADAS FCC PARA CONCURSOS


DOS TRIBUNAIS TRABALHISTAS: TRABALHO E
PROCESSO DO TRABALHO – PARTE III

Olá, futuro(a) servidor(a) público(a)!

Tudo bem? Estudando firme e forte? Eu vou me apresentar. Meu nome é Maria Rafaela de
Castro. Atualmente sou Juíza do Trabalho no TRT 7ª Região e faço parte do Time do GRAN
CURSOS. Registro que estou muito feliz em estar aqui escrevendo este livro digital para você
atingir o sucesso na carreira que sonha.
O mais importante da minha apresentação é te dizer que eu entendo sua dor e pressa
para ser aprovado em concurso. Também entendo que você quer o máximo de informações
de forma objetiva e clara, sem rodeios, e que quer gabaritar a prova, bem como entender as
nuances da legislação. Veio ao lugar certo.
Eu e toda a equipe do GRAN estamos aqui para te dar uma noção das questões cobradas
pela Banca FCC, que fortemente trabalha na elaboração das provas dos concursos de Tribunais
do Trabalho do nosso país. Estou comentando 10 questões de direito do trabalho e 10 questões
de direito processual do trabalho para você revisar sua performance e fazer uma leitura atenta
dos artigos mais cobrados e, assim, turbinar sua preparação para o cargo dos sonhos.
Nesse ponto, este material te ajudará a chegar à posse.
Criei um material com muito carinho e com o foco necessário para você ser aprovado(a).
Espero que você goste do que vamos estudar. Por favor: material obrigatório! Então, pegue
a sua xícara de café (ou melhor, uma garrafa térmica gigante), o marca-texto, a caneta e se
programe para ler tudo o que preparei para você ficar ligado no curso GRAN.
Você pode me seguir nas contas do Instagram @juizamariarafaela e @mrafaela_castro
e mandar suas dúvidas para o Fórum do aluno. Estou à sua disposição para esclarecer
as dúvidas.
Vamos começar?

Maria Rafaela

Juíza do trabalho substituta da 7ª Região. Doutoranda em Direito pela Universidade do Porto/Portugal.


Mestre em Ciências Jurídicas pela Universidade do Porto/Portugal. Professora de cursos de pós-gradua-
ção na Universidade de Fortaleza - Unifor. Palestrante. Professora convidada da Escola Judicial do TRT 7ª
Região. Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho. Professora de cursos preparatórios
para concursos públicos. Formadora da Escola de Magistratura do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.
Cargos desempenhados: foi juíza do trabalho substituta no TRT 14ª Região, promotora de justiça titular do
MPRO, analista judiciária do TJCE; professora concursada do quadro permanente na Universidade Federal
de Rondônia; professora concursada temporária na Universidade Federal do Ceará. Aprovada em outros
concursos públicos. Autora de artigos científicos publicados.

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Direito do Trabalho e Processo do Trabalho

Sumário
PARTE 1 – DIREITO DO TRABALHO...........................................................4

Remuneração e salário................................................................................ 4
Direitos constitucionais trabalhistas............................................................... 7
Prescrição................................................................................................. 8
Garantias provisórias no emprego................................................................. 9
Direito coletivo do trabalho........................................................................ 11

PARTE 2 – PROCESSO DO TRABALHO.....................................................15

Recursos trabalhistas................................................................................ 15
Assunto: Execuções trabalhistas................................................................. 22

GABARITOS............................................................................................ 26

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PARTE 1 – DIREITO DO TRABALHO

Assunto: Remuneração e salário

1. (FCC/PGE-GO/PROCURADOR DO ESTADO/2021) Artemis foi contratado como frentista


operador de bomba de combustível no Centro Automotivo Posto Nuvens em 01/03/2021,
sendo dispensado sem justa causa com o aviso prévio trabalhado de 30 dias, redução de
duas horas diárias e último dia de trabalho em 16/08/2021. Recebia o salário fixo mensal no
valor de R$ 2.000,00, sendo que na ocasião o salário-mínimo nacional era de R$ 1.100,00.
Nessa situação, considerando as verbas rescisórias e contratuais, Artemis fará jus a:
a. 07/12 avos de férias com um terço; 07/12 avos de 13º salário; saque do FGTS com a
multa rescisória de 40%; adicional de penosidade no valor mensal de R$ 600,00, caso
seja reconhecido em perícia técnica.
b. 06/12 avos de férias com um terço; 06/12 avos de 13º salário; saque do FGTS sem a
multa rescisória de 40%; adicional de insalubridade, no valor mensal de R$ 440,00, caso
seja reconhecido em perícia técnica.
c. 06/12 avos de férias com um terço; 06/12 avos de 13º salário; saque do FGTS com a
multa rescisória de 40%; adicional de periculosidade, no valor mensal de R$ 600,00,
independentemente de perícia técnica.
d. 05/12 avos de férias com um terço; 05/12 avos de 13º salário; saque do FGTS com a
multa rescisória de 40%; adicional de periculosidade no valor mensal de R$ 330,00,
caso seja reconhecido em perícia técnica.
e. 07/12 avos de férias com um terço; 07/12 avos de 13º salário; saque do FGTS sem a
multa rescisória de 40%; adicional de periculosidade, no valor mensal de R$ 330,00,
independentemente de perícia técnica.

Letra c.
Não procede a alternativa A, pois não é o caso de adicional de penosidade que não foi
regulamentado por lei. Não procede a alternativa B, pois não é o caso de adicional de
insalubridade, mas sim periculosidade. No caso da alternativa C, é correta, na medida
em que são 6/12 de férias com um terço, pelo momento em que houve o lapso temporal,
correspondente a 6 meses, e, ainda, o adicional de periculosidade que deve ser 30% do
salário-base do trabalhador, independentemente de perícia técnica, na medida em que o
trabalho em bombas de combustível, trabalho com inflamáveis, já se considera perigoso,
fazendo jus ao adicional. A alternativa D está errada, na medida em que é o caso de 7/12
e, ainda, que o adicional de periculosidade não precisa de perícia no caso em comento. A
alternativa E não prospera porque está equivocada nas verbas e valores, haja vista que o
adicional de periculosidade é de 30% do salário-base.

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2. (FCC/TRT9/2015) Sobre o salário-mínimo, considere:


I – O salário-mínimo, fixado em lei, é nacionalmente unificado, e deve ser capaz de aten-
der às necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família exclusivamente
com moradia, alimentação, educação, saúde, vestuário, transporte e previdência so-
cial, com efetivação de dignidade humana.
II – A proibição de vinculação do salário-mínimo para qualquer fim não impede a sua utili-
zação como índice de correção de contratos.
III – O piso salarial é fixado em convenção ou acordo coletivo de trabalho ou em sentença
normativa, constituindo um valor mínimo de salário que pode ser pago a trabalhador
integrante de categoria profissional.
IV – Visando a manutenção do seu poder aquisitivo, o salário-mínimo deve ter reajustes
periódicos.
V – Salário profissional, fixado por norma coletiva, corresponde ao valor mínimo de salário
que pode ser pago aos integrantes de determinada categoria profissional diferenciada,
em razão das peculiaridades do trabalho que executam e das condições de vida sin-
gulares a que estão submetidos. Exemplos: Médicos.

Está correto o que se afirma APENAS em


A I e II.
b. I, II e IV.
c. III, IV e V.
d. IV.

Letra d.
I. ERRADO
II. ERRADO, tendo em vista que existe o teor da SV n. 4: Salvo nos casos previstos na
Constituição, o salário-mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de
vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.
Além disso, a CF/88 vedou essa fixação para qualquer fim (art. 7, IV)
III. ERRADO, na medida em que piso salarial geralmente é utilizado como sinônimo
de salário normativo. O erro da questão é afirmar que é pago a integrante de categoria
profissional. Sendo certo que o mínimo desses é o salário profissional, que é estipulado por
lei da determinada categoria.
IV. CERTO.
V. ERRADO, na medida em que o salário profissional é fixado em norma legal, e não coletiva,
sendo devido a categorias que possuem regulamentação em lei específica de sua categoria.
A única opção correta é a IV.

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3. (FCC/TRT11/2016) De acordo com o entendimento Sumulado do TST, a habitação, a ener-


gia elétrica e o veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis
para a realização do trabalho,
a. não têm natureza salarial, exceto se, no caso de veículo, ele for utilizado pelo emprega-
do também em atividades particulares. Errado, pois contraria a súmula 367 do TST.
b. têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado
também em atividades particulares. Errado, pois contraria a súmula 367 do TST.
c. não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empre-
gado também em atividades particulares. Certo
d. têm natureza salarial, exceto se, no caso de veículo, ele for utilizado pelo empregado
também em atividades particulares. Errado, pois contraria a súmula 367 do TST.
e. têm natureza salarial, exceto se, no caso de veículo, ele for utilizado pelo empregado
também em atividades particulares e, exceto se, no caso da habitação, ela for utilizada
para hospedar familiares residentes em outro estado. Errado, pois contraria a súmula
367 do TST.

Letra c.
A questão se resolve em Súmula do TST: SÚMULA N. 367 – UTILIDADES "IN NATURA".
HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. CIGARRO. NÃO INTEGRAÇÃO AO
SALÁRIO
I. A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado,
quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que,
no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares.
II. O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde.

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Assunto: Direitos constitucionais trabalhistas

4. (FCC/MPC-MT/ANALISTA DE CONTAS/2013) Em 02 de abril de 2013, foi promulgada


a Emenda Constitucional 72, que promoveu alteração na redação do parágrafo único do
art. 7º da Constituição Federal para estabelecer a igualdade de direitos trabalhistas entre
os trabalhadores domésticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais. Em conformi-
dade com as modificações efetivadas pela Emenda, entre os direitos assegurados ex-
pressamente aos trabalhadores domésticos, atendidas as condições estabelecidas em
lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e
acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, encontram-se os
seguintes:
a. jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento
e proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos.
b. salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda, jornada
de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento e piso
salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.
c. proteção em face da automação, fundo de garantia do tempo de serviço e adicional de
remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas.
d. seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário, proteção do mercado de
trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, e piso salarial proporcional à exten-
são e à complexidade do trabalho.
e. seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário, fundo de garantia do tempo
de serviço e salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda.

Letra d.
a. Errado, pois não existe a previsão da jornada de seis horas no parágrafo único do art. 7º
da CF/88.
b. Errado, pois não existe a previsão da jornada de seis horas no parágrafo único do art. 7º
da CF/88.
c. Errado, pois não existe esse direito de automação e contraria o artigo 7º da CF/88.
d. Certo.
e. Errado, pois não há a previsão do salário-família.

A questão se resolve na CF/88:

Art. 7º [...]
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos
previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV,

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XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a


simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes
da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e
XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.

Assunto: Prescrição

5. (FCC/AL-AP/ADVOGADO/2020) Em relação ao instituto jurídico da prescrição no Direito


do Trabalho, conforme normas contidas na Consolidação das Leis do Trabalho,
a. as pretensões quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescrevem em
cinco anos para os trabalhadores urbanos e em dois anos para os rurais.
b. o limite a ser considerado para aplicação da prescrição ao trabalhador urbano é de três
anos após a extinção do contrato de trabalho.
c. o prazo prescricional de dois anos após a extinção do contrato de trabalho se aplica para
as ações que tenham por objeto anotações para fins de prova junto à Previdência Social.
d. não há aplicação da prescrição intercorrente na execução de processos que envolvam
verbas oriundas de contratos de trabalho.
e. a interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação traba-
lhista, mesmo que em juízo incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução
do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos pedidos idênticos.

Letra e.
a. Errado, pois contraria o preceito constitucional e da CLT. Nesse azo, destaca-se o teor do
artigo 7º:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:
XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos
após a extinção do contrato de trabalho.

b. Errado, pois contraria a CF/88:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:
XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos
após a extinção do contrato de trabalho.

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c. Errado, pois pedidos declaratórios não são acolhidos pelo marco prescricional.
d. Errado, pois houve a inclusão dessa possibilidade na reforma trabalhista, conforme a CLT:

Art. 11-A. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos.

e. Certo, conforme o teor da CLT:

Art. 11. [...]


§ 3º A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação
trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução
do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos pedidos idênticos.

A questão se resolve pela leitura da CLT:

Art. 11. [...]


§ 3º A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação
trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução
do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos pedidos idênticos.

Assunto: Garantias provisórias no emprego

6. (FCC/TRT6-PE/ANALISTA/2016) Em relação às garantias aos dirigentes sindicais, é IN-


CORRETO afirmar que
a. o dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração
em inquérito judicial. Correto.
b. a estabilidade do empregado dirigente sindical é assegurada desde que o empregador
tome ciência do registro da candidatura ou da eleição e da posse do mesmo, por qual-
quer meio, na vigência do contrato de trabalho. Está correta, nos termos da súmula 369
do TST: É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda
que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada
fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por
qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.
c. a estabilidade é assegurada a todos os componentes da diretoria do sindicato, inclusive
aos suplentes. Errado, tendo em vista que o art. 522 da CLT foi recepcionado pela cons-
tituição federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3º,
da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes.
d. o empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se
exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual

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foi eleito dirigente. Correto, nos termos da Súmula 369 do TST: III O empregado de cate-
goria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa
atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente.
e. havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não
há razão para subsistir a estabilidade. Correto, nos termos da Súmula 369, IV do TST.

Letra c.
A estabilidade do dirigente sindical é garantida desde a data do registro da sua candidatura
ao cargo até um 1 (um) ano após o fim de seu mandato (artigo 543, § 3º, da CLT). A questão
se resolve pelo teor da Súmula do TST: A estabilidade do dirigente sindical é inerente
ao seu cargo, não representando uma vantagem pessoal do trabalhador. Por isso, se o
estabelecimento para o qual o dirigente foi eleito se extinguir, ele automaticamente perderá
o direito à estabilidade (Súmula n. 369, IV, do TST).

7. (FCC/SPPREV/ANALISTA/2019) Suponha que empregado da SPPREV tenha sido aco-


metido de doença grave e esteja afastado do trabalho com concessão de auxílio-doença
pelo órgão previdenciário. Do ponto de vista da manutenção de seu vínculo com a autar-
quia, na forma disciplinada pela CLT,
a. a autarquia não poderá rescindir o contrato de trabalho durante a vigência do benefício
previdenciário, podendo, contudo, proceder à aposentadoria por invalidez do emprega-
do em caso de afastamento superior a 90 dias.
b. opera-se a interrupção do contrato de trabalho, que não pode ser superior a 90 dias,
após o que o mesmo será automaticamente suspenso, com cessação do pagamento da
remuneração.
c. o contrato de trabalho permanecerá vigente para todos os seus efeitos, inclusive remu-
neratórios, podendo, contudo, ser suspenso em face de perícia médica que comprove a
ausência de motivos para a concessão do benefício.
d. o empregado é considerado em licença não remunerada, durante o prazo desse bene-
fício, com a correspondente suspensão do contrato de trabalho.
e. o afastamento superior a 90 dias constitui condição que confere ao empregador a prer-
rogativa de demissão motivada do empregado, o qual, contudo, pode optar pela apre-
sentação de pedido de aposentadoria por invalidez.

Letra d.
A alternativa A está errada, pois o afastamento, ainda que seja superior a 90 dias, não
enseja a aposentadoria por invalidez.
A alternativa B está errada, pois, quando há afastamento por doença nos primeiros 15 dias, o
empregado estará de licença médica e o salário será pago pelo empregador (interrupção).

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A partir do 16º dia, o empregado começa a receber benefício previdenciário (auxílio-doença


pago pela Previdência Social) e o empregador não paga salários (suspensão). A alternativa
está incorreta porque informa que a suspensão ocorreria após 90 dias.
A alternativa C está errada, pois se trata de afastamento superior a 15 dias, o que corresponde
à suspensão do contrato de trabalho.
A alternativa D está correta, pois se trata de uma licença “não remunerada” porque
o empregador não pagará a remuneração neste período. O benefício será pago pela
Previdência Social. Neste sentido, o artigo 476 da CLT informa que “em caso de seguro
doença ou auxílio-enfermidade, o empregado é considerado em licença não remunerada,
durante o prazo desse benefício”.
A alternativa E está errada, pois o afastamento, ainda que seja superior a 90 dias, não
enseja a aposentadoria por invalidez, tampouco a demissão motivada.

Assunto: Direito coletivo do trabalho

8. (FCC/SANASA CAMPINAS/ANALISTA/2019) Sobre a Convenção Coletiva de Trabalho,


considere:
I – É ilícita cláusula de Convenção Coletiva que reduz para vinte minutos o intervalo intra-
jornada, porque se trata de norma de proteção à saúde por definição legal.
II – É válida cláusula de Convenção Coletiva que elenque os cargos que se enquadram
em funções de confiança.
III – Não é lícita cláusula de Convenção Coletiva que altere enquadramento de grau de
insalubridade, visto que depende de perícia técnica por determinação legal.
IV – É legítima cláusula de Convenção Coletiva de redução de 50% do salário dos empre-
gados, desde que haja previsão de proteção contra a despedida imotivada durante o
prazo de vigência da norma coletiva.

Está correto o que consta APENAS em:


a. III e IV.
b. I e III.
c. II.
d. II e IV.
e. I, II e III.

Letra d.
Estão corretas somente as alternativas II e IV. O item I está errado porque trata a norma
como de saúde e proteção ao trabalhador. Com a alteração da CLT, essa norma não é mais

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considerada como norma de saúde e proteção. Quanto ao tempo, o acordo não pode prever
intervalo inferior a 30 minutos para jornadas acima de 6 horas. O item III está errado porque
o enquadramento do grau de insalubridade pode ser objeto de negociação coletiva.

9. (FCC/AL-AP/ADVOGADO/2020) Quanto ao Direito Coletivo do Trabalho, envolvendo


questões relativas à organização sindical, fonte de custeio das entidades sindicais e ao
Direito de Greve,
a. a solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas,
similares ou conexas compõe a expressão social elementar compreendida como cate-
goria profissional.
b. é facultado aos Sindicatos, quando em número não inferior a três, desde que represen-
tem a maioria absoluta de um grupo de atividades ou profissões idênticas, similares ou
conexas, organizarem-se em federação.
c. o desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e expres-
sa dos que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou
de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou
profissão.
d. o empregador exigirá do empregado no ato da sua admissão a apresentação da prova
de quitação da contribuição sindical.
E as atividades médico periciais relacionadas com o regime geral de previdência social e
assistência social não estão elencadas no rol legal dos serviços ou atividades essenciais.

Letra c.
A letra “a” está errada. Esse é o conceito de categoria econômica, conforme art. 511, § 1º,
da CLT:

Art. 511. […]


§ 1º A solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas,
similares ou conexas, constitui o vínculo social básico que se denomina categoria econômica.”

A letra “b” está equivocada, pois são necessários, no mínimo, 5 (cinco) sindicatos para
formar uma federação, na forma art. 534 da CLT:

Art. 534. É facultado aos Sindicatos, quando em número não inferior a 5 (cinco), desde
que representem a maioria absoluta de um grupo de atividades ou profissões idênticas,
similares ou conexas, organizarem-se em federação.”

A letra “c” está certa. É o que dispõe o art. 579 da CLT:

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Art. 579. O desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e


expressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional,
ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou
profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591 desta Consolidação.

A letra “d” está errada, haja vista que, não havendo obrigatoriedade de recolhimento de
contribuição sindical, certo é que jamais poderia o empregador exigir o comprovante do
recolhimento mencionado. A letra “e” está errada, pois, na greve, algumas atividades, por
serem essenciais, possuem regras mais rígidas para o exercício desse direito fundamental
dos trabalhadores, de acordo com o art. 10, XII, da Lei n. 7.783/1989.

10. (FCC/PGE-AM/2010) Em relação aos direitos coletivos dos trabalhadores, pode-se asseverar:
I – Ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato.
II – É facultada a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho.
III – O aposentado filiado tem o direito de votar e ser votado nas organizações sindicais.
IV – É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura
a cargo de direção, de representação sindical e do conselho fiscal e, se eleito, ainda
que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos
termos da lei.

Está correto SOMENTE o que se afirma em


a. II, III e IV.
b. I e III.
c. I e IV.
d. II e III.
e. I, II e IV.

Letra b.
I. CERTO.
II. ERRADO, pois é obrigatória.
III. CERTO.
IV. ERRADO, pois somente nos cargos de direção. É uma pegadinha muito boa.

A resposta se resolve na leitura do texto constitucional:

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:

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I – a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado
o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção
na organização sindical;
II – é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa
de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos
trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um
Município;
III – ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da
categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; IV a assembleia geral fixará a
contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para
custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente
da contribuição prevista em lei;
V – ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
VI – é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
VII – o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
VIII – é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura
a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano
após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.

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PARTE 2 – PROCESSO DO TRABALHO

Assunto: Recursos trabalhistas

1. (FCC/PGE-GO/PROCURADOR/2021) Isis ajuizou uma reclamatória trabalhista em face


da empresa Nuvens Esparsas na Vara do Trabalho do município de Catalão-GO. A recla-
mada apresentou exceção de incompetência em razão do local. Após oitiva da parte ex-
cepta a exceção foi acolhida com a decisão judicial de remessa dos autos para a comarca
de Brasília-DF. Para reverter a referida decisão judicial, cabe à reclamante excepta
a. ajuizar Mandado de Segurança, por se tratar de decisão interlocutória que não comporta
recurso imediato no Processo do Trabalho.
b. interpor recurso ordinário no prazo de 8 dias para ser analisado pelo TRT.
c. interpor agravo de instrumento no prazo de 5 dias para ser apreciado pelo TRT.
d. apresentar reclamação correcional por ato tumultuário ao andamento processual, no
prazo de 5 dias.
e. opor embargos de declaração para o Juiz de Catalão requerendo o efeito modificativo,
no prazo de 8 dias.

Letra b.
A questão se resolve com a Súmula n. 214 do TST, observando que houve mudança de
TRT – do Goiás para o DF. Assim, incide a exceção de admitir o recurso ordinário (no
caso) para o TRT de Goiás, no prazo de oito dias: DECISÃO INTERLOCUTÓRIA.
IRRECORRIBILIDADE. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as
decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão:
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do
Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo
Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos
para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o
disposto no art. 799, § 2º, da CLT.

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2ª RODADA DE QUESTÕES PARA OS TRTS
Direito do Trabalho e Processo do Trabalho

2. (FCC/SANASA CAMPINAS/ADVOGADO/2019) Beethoven ajuizou reclamação trabalhista


em face da empresa Pianos de Cauda S/A postulando equiparação salarial com o empre-
gado Mozart, alegando que sempre exerceu a mesma função, porém recebendo salário in-
ferior. Em defesa, a empresa confirma o exercício das mesmas funções, mas sustenta que
o pedido não procede, posto que a diferença de tempo de casa dos citados empregados é
de 3 anos, o que torna Mozart com maior capacidade e perfeição técnica, sendo excluden-
te do aludido direito. A sentença é proferida e julgada procedente, sendo a empresa con-
denada a pagar R$ 3.500,00 ao reclamante Beethoven e mais R$ 1.050,00 de honorários
de sucumbência, eis que era o previsto no contrato juntado na petição inicial, ou seja, 30%
de honorários no êxito da ação. A empresa recorre da sentença, soB) fundamento de que
a lei não teria sido corretamente aplicada, ressaltando a tese já invocada, bem como se
insurgindo contra a condenação em honorários de sucumbência, que entende exorbitante.
Ao recurso deverá ser
a. negado provimento para manter inalterada a sentença de primeira instância, tendo o juiz
de origem acertado ao aplicar a lei quanto à equiparação salarial e respeitado a vontade
das partes celebrantes do contrato de mandato entre autor e seu advogado.
b. dado provimento parcial para manter a condenação em equiparação salarial e redu-
zir a condenação em honorários de sucumbência para no máximo 10% do valor da
condenação.
c. dado provimento total porque a diferença de tempo na empresa de 3 anos faz presumir
a maior capacidade e perfeição técnica de Mozart, bem como descabidos honorários de
sucumbência por não estar o autor assistido pelo sindicato.
d. dado provimento parcial para manter a condenação na equiparação salarial e afastar a
condenação em honorários de sucumbência posto que descabidos na hipótese já que o
autor estaria assistido por advogado particular.
e. dado provimento parcial para manter a condenação na equiparação salarial e redu-
zir a condenação em honorários de sucumbência para, no máximo, 15% do valor da
condenação.

Letra e.
No caso, devemos ficar atento à caracterização da equiparação salarial, nos termos do
artigo 461 da CLT:

Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo
empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem
distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.

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2ª RODADA DE QUESTÕES PARA OS TRTS
Direito do Trabalho e Processo do Trabalho

§ 1º Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual
produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de
serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo
na função não seja superior a dois anos.

Logo, no caso em comento, ambos estão na empresa há 3 anos, e, com isso, perfaz as condições
de equiparação. A sucumbência é até 15% do valor da condenação, conforme a CLT:

Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de
sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze
por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico
obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.

3. (FCC/PREFEITURA DE CARUARU/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2018) Jonas presta-


va serviços como empregado terceirizado da empresa Transparência Limpeza Ltda. ME,
nas dependências da tomadora de serviços Luz e Sol Bebidas Ltda. Quando de sua dispen-
sa, Jonas ingressou com reclamação trabalhista em face de ambas as empresas, sendo
a segunda na qualidade de responsável subsidiária por eventuais débitos trabalhistas. As
empresas contestaram o feito, sendo que Luz e Sol alegou e comprovou estar em recu-
peração judicial. Proferida a sentença que condenou a Transparência no pagamento de
diferenças de horas extras e reflexos nas demais verbas salariais e rescisórias e a Luz e
Sol de forma subsidiária, pretendem as reclamadas interpor recurso ordinário. Nesse caso,
a. Luz e Sol deverá efetuar o depósito recursal pela metade; já Transparência é isenta, não
precisando efetuá-lo, estando ambas obrigadas ao recolhimento das custas processuais
de forma integral, cada uma comprovando o seu pagamento.
b. ambas devem comprovar cada qual o depósito recursal e as custas processuais, na sua
integralidade.
c. ambas devem efetuar o depósito recursal pela metade, mas o recolhimento das custas
processuais deve ser feito de forma integral, cada qual comprovando seu pagamento.
d. Transparência deverá efetuar o depósito recursal pela metade; já Luz e Sol é isenta, não
precisando efetuá-lo, estando ambas obrigadas ao recolhimento das custas processuais
de forma integral, cada uma comprovando o seu pagamento.
e. Transparência deverá efetuar o depósito recursal e o recolhimento das custas proces-
suais pela metade; já Luz e Sol é isenta tanto do depósito recursal, quanto das custas
processuais.

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2ª RODADA DE QUESTÕES PARA OS TRTS
Direito do Trabalho e Processo do Trabalho

Letra d.
O caput do artigo 789 da CLT diz que as custas relativas ao processo de conhecimento
incidirão à base de 2%, sendo o mínimo valor a ser pago de R$ 10,64 e o máximo de quatro
vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. O art. 790-A
dispõe quem é isento de pagar custas: a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios,
e respectivas autarquias e fundações públicas federais estaduais ou municipais que não
explorem atividade econômica e também o Ministério Público do Trabalho. As empresas em
recuperação judicial não estão excluídas do pagamento das custas processuais. Não está
escrito “empresa em recuperação judicial” nos incisos do art. 790-A, da CLT. Ainda destaco:

Art. 899. [...]


§ 9º O valor de depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins
lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e
empresas de pequeno porte.
§ 10. São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades
filantrópicas e as empresas em recuperação judicial.
A resposta é a letra “D”.

4. (FCC/TRT15/ANALISTA/2018) Associação Promessa de Futuro, entidade sem fins lucra-


tivos, e Bite Informática Ltda. foram condenadas em reclamação trabalhista, a primeira,
de forma subsidiária, e a segunda, que foi empregadora do reclamante e está em recupe-
ração judicial, como devedora principal, a pagarem ao reclamante verbas trabalhistas e
rescisórias, sendo arbitrado à condenação o valor de R$ 100.000,00. Ambas pretendem
recorrer da sentença, sendo que, em relação ao depósito recursal,
a. nenhuma das reclamadas precisa fazer o recolhimento, tendo em vista tratar-se de en-
tidade sem fins lucrativos e de empresa em recuperação judicial.
b. deve ser recolhido por ambas as reclamadas, não importando se tratar de entidade sem
fins lucrativos e de empresa em recuperação judicial, tendo em vista que o depósito tem
por finalidade a garantia do juízo.
c. deverá ser recolhido pela metade pela Associação Promessa de Futuro, em razão de
ser uma entidade sem fins lucrativos, e não precisará ser recolhido pela Bite Informática,
que está isenta de seu recolhimento por estar em recuperação judicial.
d. deverá ser recolhido pela metade por ambas as reclamadas, tendo em vista o benefício pre-
visto em lei para as entidades sem fins lucrativos e para as empresas em recuperação judicial.
e. deverá ser recolhido, por meio de depósito na conta vinculada do FGTS, pela Associa-
ção Promessa de Futuro, em razão de ser uma entidade sem fins lucrativos, e não pre-
cisará ser recolhido pela Bite Informática, que está isenta de seu recolhimento por estar
em recuperação judicial.

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2ª RODADA DE QUESTÕES PARA OS TRTS
Direito do Trabalho e Processo do Trabalho

Letra c.
Vale a mesma linha de comentários que a questão anterior. Nesse sentido, destaca-
se: O caput do artigo 789 da CLT, o qual afirma que as custas relativas ao processo de
conhecimento incidirão à base de 2%, sendo o mínimo valor a ser pago de R$ 10,64 e o
máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência
Social. O art. 790-A dispõe quem é isento de pagar custas: a União, os Estados, o Distrito
Federal, os Municípios, e respectivas autarquias e fundações públicas federais estaduais
ou municipais que não explorem atividade econômica e também o Ministério Público do
Trabalho. As empresas em recuperação judicial não estão excluídas do pagamento das
custas processuais. Não está escrito “empresa em recuperação judicial” nos incisos do art.
790-A, da CLT. Ainda destaco:

Art. 899. [...]


§ 9º O valor de depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins
lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e
empresas de pequeno porte.
§ 10. São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades
filantrópicas e as empresas em recuperação judicial.

5. (FCC/PREFEITURA DE CARUARU/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2018) No tocante ao


recurso de revista, considere:
I – O relator do recurso de revista poderá denegar-lhe seguimento, em decisão monocrá-
tica, nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou
de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco ou intrínseco de admissibilida-
de.
II – Nas causas sujeitas ao rito sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por
violação direta da Constituição Federal.
III – O Tribunal Superior do Trabalho examinará previamente se a causa oferece trans-
cendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou
jurídica, podendo, por decisão monocrática do ministro Relator, denegar seguimento
se entender não configurada a transcendência.

Está correto o que se afirma em:


A I, II e III.
b. I e III, apenas.
c. I e II, apenas.
d. II e III, apenas.
E III, apenas.

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Direito do Trabalho e Processo do Trabalho

Letra b.
O Recurso de Revista está previsto na CLT:

Art. 896. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das
decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais
Regionais do Trabalho, quando:
a. derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado
outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios
Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência
uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal;
b. derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo
Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em
área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida,
interpretação divergente, na forma da alínea a;
c. proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à
Constituição Federal.
§ 1º O recurso de revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será interposto perante o
Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, que, por decisão fundamentada, poderá
recebê-lo ou denegá-lo.
§ 1º-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:
I – indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da
controvérsia objeto do recurso de revista;
II – indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula
ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão
regional;
III – expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da
decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da
Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte.
IV transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de nulidade de julgado por
negativa de prestação jurisdicional, o trecho dos embargos declaratórios em que foi pedido
o pronunciamento do tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da
decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para cotejo e verificação, de
plano, da ocorrência da omissão.
§ 2º Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em
execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá
Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição
Federal.
[...]

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Direito do Trabalho e Processo do Trabalho

§ 7º A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se considerando
como tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal
Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.
§ 8º Quando o recurso fundar-se em dissenso de julgados, incumbe ao recorrente o ônus
de produzir prova da divergência jurisprudencial, mediante certidão, cópia ou citação do
repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em
que houver sido publicada a decisão divergente, ou ainda pela reprodução de julgado
disponível na internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando, em qualquer caso,
as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.
§ 9º Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso
de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do
Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da
Constituição Federal.
§ 10. Cabe recurso de revista por violação à lei federal, por divergência jurisprudencial e
por ofensa à Constituição Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de
execução que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), criada pela
Lei n. 12.440, de 7 de julho de 2011.
§ 11. Quando o recurso tempestivo contiver defeito formal que não se repute grave, o Tribunal
Superior do Trabalho poderá desconsiderar o vício ou mandar saná-lo, julgando o mérito
§ 12. Da decisão denegatória caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias.
§ 13. Dada a relevância da matéria, por iniciativa de um dos membros da Seção Especializada
em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, aprovada pela maioria dos
integrantes da Seção, o julgamento a que se refere o § 3º poderá ser afeto ao Tribunal Pleno.
§ 14. O relator do recurso de revista poderá denegar-lhe seguimento, em decisão
monocrática, nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação
ou de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco ou intrínseco de admissibilidade.

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Direito do Trabalho e Processo do Trabalho

6. (FCC/TRT24/ANALISTA/2006) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, das


decisões do Juiz nas execuções e dos despachos que denegarem a interposição de re-
cursos, caberá agravo de
a. instrumento e agravo de petição, respectivamente.
b. instrumento.
c. petição.
d. petição e agravo de instrumento, respectivamente.
e. petição e recurso de revista, respectivamente.

Letra d.
No caso de recursos, a CLT é específica, na medida em que cabe agravo de petição na fase
de execução e o agravo de instrumento é medida para destrancar recursos.

Assunto: Execuções trabalhistas

7. (FCC/AL-AP/ADVOGADO/2020) Quanto à aplicabilidade do Código de Processo Civil e


da Lei de Execuções Fiscais ao Processo do Trabalho,
a. havendo dúvidas de interpretação, o direito processual comum será fonte concorrente
ao direito processual do trabalho, em todas as suas fases.
b. a Consolidação das Leis do Trabalho não apresenta dispositivos tratando do tema, fi-
cando a critério do julgador a exegese cabível aplicada ao caso concreto.
c. nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito pro-
cessual do trabalho, exceto naquilo que for incompatível com as normas previstas no
denominado Processo Judiciário do Trabalho.
d. na fase de execução do Processo do Trabalho não serão aplicados os preceitos que
regem os executivos fiscais para cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Públi-
ca Federal.
e. a Lei de Execuções Fiscais será aplicada de forma concorrente e preferencial aos trâ-
mites e incidentes na fase de execução do Processo do Trabalho, de forma que preva-
lecerão tais normas ainda que contrariem as regras previstas na Consolidação das Leis
do Trabalho.

Letra c.
a. Errado.
b. Errado.
c. Correto, conforme o artigo 769 da CLT.
d. Errado.
e. Errado, pois prevalece a CLT.

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Direito do Trabalho e Processo do Trabalho

Destaca-se o teor da CLT:

Art. 769. Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito
processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.
E, ainda:

Art. 889. Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que
não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos
fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal.

8. (FCC/PREFEITURA DE CARUARU/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2018) Em reclama-


ção trabalhista, foi determinada a expedição de Carta Precatória Executória, sendo que,
após a citação do executado, e não sendo oferecidos bens à penhora, o Oficial de Justiça
penhorou um dos seus imóveis, avaliando-o e nomeando o executado como depositário.
Imediatamente, o executado opôs embargos à execução, alegando que a avaliação não
foi corretamente efetuada, eis que o imóvel tem valor superior ao estimado pelo Oficial de
Justiça. Neste caso, o julgamento dos embargos caberá
a. ao juízo deprecante, por se tratar de matéria atinente à sua competência, na medida em
que o juízo deprecado é mero cumpridor do ato deprecado.
b. ao juízo deprecante, uma vez que o processo principal corre em sua Vara do Trabalho,
tendo expedido a carta precatória.
c. indistintamente ao juízo deprecante ou juízo deprecado, não havendo legislação sobre
o assunto.
d. ao juízo que recebeu os embargos à execução.
e. ao juízo deprecado, pois a matéria se refere a suposto vício na penhora.

Letra e.
Em se tratando de carta precatória executória, se o juízo deprecante determinou a avaliação
sobre determinado bem, relevando a necessidade de prova pericial para tanto, é dele a
competência para julgar as matérias relativas à avaliação, nos termos do art. 747 do Código
de Processo Civil e da Súmula n. 419 do TST, por analogia, que estabelece: “Na execução
por carta precatória, os embargos de terceiro serão oferecidos ao juízo deprecado, mas a
competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem, unicamente, sobre
vícios ou irregularidades da penhora, avaliação ou alienação dos bens, praticados pelo juízo
deprecado, em que a competência será deste último.”

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Direito do Trabalho e Processo do Trabalho

9. (FCC/PREFEITURA DE CARUARU/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2018) Contra a de-


cisão que julga o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, em fase de
execução trabalhista, é cabível
a. embargos à execução.
b. agravo de instrumento.
c. recurso ordinário.
d. agravo de petição.
e. agravo interno.

Letra d.
Quando a desconsideração é proposta como incidente, na fase de cumprimento de sentença,
o único mecanismo de defesa cabível é a manifestação dos sócios no prazo de 15 dias, e
o recurso cabível contra a decisão que julgar o incidente é o agravo de petição. Destaca-se
a CLT:

Art. 855-A. Aplica-se ao processo do trabalho o incidente de desconsideração da


personalidade jurídica previsto nos arts. 133 a 137 da Lei n. 13.105, de 16 de março de
2015 – Código de Processo Civil:
§ 1º Da decisão interlocutória que acolher ou rejeitar o incidente:
I – na fase de cognição, não cabe recurso de imediato, na forma do § 1º do art. 893 desta
Consolidação;
II – na fase de execução, cabe agravo de petição, independentemente de garantia do juízo;
III – cabe agravo interno se proferida pelo relator em incidente instaurado originariamente
no tribunal.
§ 2º A instauração do incidente suspenderá o processo, sem prejuízo de concessão da
tutela de urgência de natureza cautelar de que trata o art. 301 da Lei n. 13.105, de 16 de
março de 2015 – (Código de Processo Civil).

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Direito do Trabalho e Processo do Trabalho

10. (FCC/TRT15/ANALISTA/2018) Da decisão interlocutória que acolher ou rejeitar o inciden-


te de desconsideração da personalidade jurídica,
a. na fase de cognição, cabe mandado de segurança. Errado, pois nada cabe.
b. na fase de cognição, cabe recurso ordinário. Errado, pois nada cabe.
c. na fase de execução, cabem embargos à execução, desde que garantido o juízo. Erra-
do, é agravo de petição.
d. se proferida pelo relator em incidente instaurado originariamente no tribunal, cabe agra-
vo interno. Certo
e. não cabe nenhum recurso, tendo em vista tratar-se de decisão interlocutória, que é ir-
recorrível de imediato no processo do trabalho. Errado, pois na execução cabe agravo
de petição.

Letra d.
Destaca-se a CLT:

Art. 855-A. Aplica-se ao processo do trabalho o incidente de desconsideração da


personalidade jurídica previsto nos arts. 133 a 137 da Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015
– Código de Processo Civil § 1º Da decisão interlocutória que acolher ou rejeitar o incidente:
I – na fase de cognição, não cabe recurso de imediato, na forma do § 1º do art. 893 desta
Consolidação;
II – na fase de execução, cabe agravo de petição, independentemente de garantia do juízo;
III – cabe agravo interno se proferida pelo relator em incidente instaurado originariamente
no tribunal.
§ 2º A instauração do incidente suspenderá o processo, sem prejuízo de concessão da
tutela de urgência de natureza cautelar de que trata o art. 301 da Lei n. 13.105, de 16 de
março de 2015 – (Código de Processo Civil).

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Direito do Trabalho e Processo do Trabalho

GABARITOS

PARTE 1 – DIREITO DO TRABALHO

1. c
2. d
3. c
4. d
5. e
6. c
7. d
8. d
9. c
10. b

PARTE 2 – PROCESSO DO TRABALHO

1. b
2. e
3. d
4. c
5. b
6. d
7. c
8. e
9. d
10. d

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