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O Conto de Lima Barreto, com nome de O Pecado, apresenta uma história de ficção quando o

São Pedro, o porteiro do céu, está analisando as fichas daqueles que vão ao paraíso, ao se deparar com
uma descrição de um “exvivo” perfeito nas ações, comparável ao Cristo, aquele que deveria se
assentar à direita do Eterno, este era um justo, mas mesmo sendo um justo, ao pegar a ficha dele,
descobriu que se tratava de um negro. Sendo assim, o texto trata de que o único pecado daquele justo
seria ser negro, desta forma, O Pecado trata de uma crítica ao racismo, que observa o ser negro como
pecado, algo que é valorativo.
Lima Barreto viveu numa época pós abolicionista, e observava ao seu redor uma sociedade
racista, onde mesmo após a abolição da escravatura, a cor dos negros era algo a ser obseervado com
valor negativo, assim, em comparação com o conto de Lima Barreto, é visto que esse valor atribuído
ao negro na sociedade era o pecado cometido por uma etnia, não somente um humano, desta forma o
racismo evidenciado na sociedade que fechava as portas para os negros, mesmo após o fim da
escravatura, que seria uma libertação, seria o mesmo racismo evidenciado em O Pecado, pois,
segundo o cristianismo, Jesus Cristo libertou todos do pecado, mas aos negros foram fechadas as
portas do céu pelo pecado de nascer negro.
Desta forma fica evidente o racismo denunciado por Lima Barreto, no conto O Pecado, é uma
crítica a uma sociedade que liberta os negros mas os condena os mesmo a uma vida marginalizada,
uma vida no purgatório, desta forma é evidente uma valorção da sociedade na cor de pele, portanto
uma sociedade racista, tal qual São Pedro no conto.

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