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Autismo e Tecnologia - Desafios e Possibilidades de Aprendizagem e Inclusão Tea - Viajando No Mundo Autista
Autismo e Tecnologia - Desafios e Possibilidades de Aprendizagem e Inclusão Tea - Viajando No Mundo Autista
DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE
APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
TEA: VIAJANDO NO MUNDO AUTISTA
.01
TEA: VIAJANDO NO
MUNDO AUTISTA
Organização Autoras
Reitor da Pró-Reitora do EAD Edição Gráfica
Ana Clarisse UNIASSELVI e Revisão
Luciana
Alencar Barbosa Prof.ª Francieli Stano
Marcelo Martins Torres
Fonfoka
Prof. Hermínio Kloch UNIASSELVI
Valéria Becher Trentin Karen Sartori
A s s i m , d i s t ú r b i o s q u e a n t e s e ra m v i s t o s c o m o i n d e p e n d e n t e s
como o Autismo Infantil Precoce, Autismo Infantil, Autismo de Alto
Funcionamento, Autismo Atípico, Transtorno Global do Desenvolvimento
sem outra especificação, Síndrome de Asperger, Transtorno invasivo do
desenvolvimento sem outra especificação – TID-SOE passaram a ser analisadas
como um transtorno único podendo ser afetados em diferentes graus de
comprometimento (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2002).
O D e pa r ta m e n to C i e n t í f i c o d e Pe d i a t r i a d o D e s e nvol v i m e n to e
Comportamento (2019) organizou um quadro com os principais sinais de
risco para TEA em crianças de 6, 9 e 12 meses (Quadro 1).
Cabe aqui alertar que não podemos achar que obviamente uma pessoa
autista não vai entender uma conversa que tenha alguma insinuação,
sarcasmo... porque alguns aprendem a identificar esses sinais através das
terapias.
Que tal aplicar o teste Sally e Anne com seu (sua) filho(a),
alunos(as)...? Não precisa ser autista, pode ser feito também
com crianças típicas. O professor Dr. Lucelmo Lacerda ensina
a fazer o teste e fala de sua importância. Vamos aprender? O
link do vídeo está abaixo da imagem:
FONTE: As autoras
Você até pode ter acertado, o menino autista é o que está no meio. O
Lucca tem 3 anos e meio, é meu filho e é grau moderado, segundo o DSM-5
é nível 2 (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).
Mas mesmo que tenha acertado, autismo não tem cara, não tem
nenhuma característica física que o identifique dentro do espectro. Mais
adiante vou falar mais a respeito da minha experiência com o Lucca.
[...] O autismo não tem “cara”, forma física, sinais na pele ou no rosto da criança
e não aparece em exames de imagem ou de sangue. Esta condição só pode
ser identificada por meio de observação do comportamento da criança e
por informações coletadas por meio de relatos de seus cuidadores, até que
se preencham os critérios necessários para se confirmá-lo ou descartá-lo
(ALEXANDRE, 2017, p. 9).
Vamos adiante!
Quando uma criança olha para outra pessoa, prestando atenção nela e
na sua voz e sente uma emoção positiva (alegria, paz...), ativa o giro fusiforme,
o STS e a amígdala. E quando a “rede social” não funciona corretamente,
as pessoas se tornam insensíveis às necessidades dos outros e voltam-se
apenas a seus interesses e necessidades. Essa falha é uma das características
encontradas nas pessoas com TEA (ROGERS; DAWSON, 2014).
Essa figura acima faz parte do livro "Humor Azul - o lado engraçado
do autismo" e foi escrito e ilustrado por Rodrigo Tramonte, de Florianópolis,
SC, cartunista, caricaturista e autista com diagnóstico tardio. É formado em
Artes Plásticas e Pós-Graduado em Produção Multimídia. E a Figura 5 é a foto
da capa do seu livro, ótima sugestão de leitura!
Nosso cérebro é
fantástico!
FONTE: As autoras
– São retraídas.
– Tendem a ser mais passivas nas relações sociais.
– Tendem a ser mais comportadas.
– Tendem a ser mais deprimidas.
– Procuram não se envolver tanto em situações que
vivenciam.
– Tendem a ser aficionadas em temas específicos
(mas que não estão ligados à tecnologia ou ao ramo
das exatas).
– Tendem a se esforçar mais para se adequarem aos padrões.
– Tendem a ser menos isoladas que os meninos.
Estudo feito no Reino Unido indica que 23% das mulheres
hospitalizadas com quadro de anorexia se encaixavam nos critérios
diagnósticos para o Transtorno do Espectro Autista.
Lawrence diz que se ela tivesse sido diagnosticada quando criança, sua mãe
poderia tê-la entendido melhor. Ela também podia ter evitado uma longa
história de depressão e automutilação. “Um dos principais motivos de eu ter
seguido esse caminho foi porque eu sabia que era diferente, mas não sabia
por quê - fui maltratada na escola”, diz ela (RUSSO, 2018, s.p.).
FONTE: As autoras
Diante de tudo o que já vimos até aqui, não resta dúvida do motivo da
escolha do nome “espectro” diante de tanta variabilidade e particularidade
de cada caso.
Nesse estudo de Lord et al. (2020), também aparece que o ácido fólico
protege, contrariando algumas hipóteses levantadas anteriormente.
Também segue uma sugestão de aplicativo (APP) bem bacana para os pais,
cuidadores e professores. É o KINEDU (Figura 12). É só baixar gratuitamente
o APP no seu celular ou tablet e criar a sua conta. Ele ajuda a entender o
desenvolvimento do bebê, os seus principais marcos do desenvolvimento
e propõe atividades levando em consideração esses marcos.
GOLDBERG, W. A.; OSANN, K.; FILIPEK, P. A.; LAULHERE, T.; JARVIS, K.;
MODAHL. C.; FLODMAN, P.; SPENCE, M. A. Language and other regression:
Assessment and timing. Journal of Autism and Developmental Disorders,
v. 33, p. 607-616, 2003.