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Frente: Física IV

EAD – ITA/IME
Professor(a): Ken Aikawa

AULAS 22 A 29

Assunto: 2ª Lei da Termodinâmica

II. A expansão livre de um gás é um processo irreversível;


Resumo Teórico Na expansão livre de um gás ideal, como vimos anteriormente:
Q = W = 0. Logo, se pudéssemos inverter esse processo, passando
de um volume Vf para Vi (Vi < Vf) com Q = W = 0, poderíamos depois
Qualquer processo em que a energia total seja conservada é voltar de Vi para Vf, fechando um ciclo, por uma expansão isotérmica,
compatível com a 1ª Lei. Se um dado processo ocorre em um certo com Q = W > 0.
sentido ou sequência temporal, conservando a energia em cada O enunciado de Clausius baseia-se experimentalmente na
instante, nada impediria, de acordo com a 2ª Lei, que ele ocorresse condução de calor, levando em conta que o calor flui no sentido do
em sentido inverso (invertendo a sequência temporal), ou seja, o corpo de maior temperatura para o de menor.
processo seria reversível.
É impossível realizar um processo cujo único efeito seja transferir
Enunciados de Clausius e Kelvin da Segunda Lei calor de um corpo mais frio para um corpo mais quente.
Frequentemente (inclusive em livros didáticos) se procura
traduzir o conteúdo da 2ª Lei na afirmação de que, embora seja fácil Aqui, chamo sua atenção mais uma vez para a palavra “único”
converter energia mecânica completamente em calor (por exemplo, que quer dizer processo cíclico.
na experiência de Joule), é impossível converter calor inteiramente em
energia mecânica. Isto não é verdade! Ciclos Termodinâmicos
Imagine um recipiente de paredes diatérmicas, à temperatura
ambiente T, com um gás comprimido a uma pressão inicial Pi (maior Ciclo de Otto
que a pressão atmosférica) e dotado de um pistão. Se deixarmos o A figura é um diagrama pV de um modelo idealizado para os
gás se expandir isotermicamente, temos uma boa aproximação se
processos termodinâmicos que ocorrem em um motor que queima
tratarmos como gás ideal, sua variação de energia interna será nula,
gasolina. Esse modelo é chamado de Ciclo de Otto.
pois ∆T = 0. Dessa forma
Q=W P
Ou seja, o calor absorvido da atmosfera transforma-se
completamente em trabalho até que as pressões se igualem. C
Infelizmente isso só poderá acontecer uma vez. Para construirmos
QH
uma máquina, precisamos de processos cíclicos. Se pudéssemos ter
um ciclo em que o calor se transformasse completamente em trabalho,
teríamos realizado um “moto perpétuo de 2ª espécie”1.
b
O enunciado de Kelvin se resume a:
w
É impossível realizar um processo cujo único efeito seja remover d
calor de um reservatório térmico e produzir quantidade |QC |
a
equivalente de trabalho.
v v
0 rv
Note-se que o único efeito significa que o sistema tem de voltar
ao estado inicial, ou seja, que o processo seja cíclico. Diagrama pV de um ciclo de Otto, modelo do ciclo
idealizado de um motor a gasolina.
Exemplos de duas consequências imediatas do enunciado anteior:
I. A geração de calor por atrito a partir de trabalho mecânico é A mistura de ar e gasolina entra no ciclo no ponto a.
irreversível; A mistura é comprimida adiabaticamente até o ponto b e a seguir sofre
Se conseguíssemos inverter completamente um tal processo, ignição. O calor QH é fornecido ao sistema pela queima de gasolina
por exemplo, tornando a suspender os pesos na experiência de Joule ao longo da linha bc, e o tempo no qual o trabalho é realizado é a
após sua queda, por “antiatrito”, resfriando a água do calorímetro, expansão adiabática até o ponto d. O gás é resfriado até a temperatura
poderíamos utilizar a energia potencial armazenada nos pesos para do ar externo ao longo da linha da; durante esse processo, o calor |QC|
realizar trabalho, fazendo-os descer até a posição inicial. Com isso é rejeitado. Na prática, ele deixa a máquina como gás de exaustão e
fecharíamos um ciclo, tendo como único efeito a produção de trabalho não retorna para o sistema. Porém, como uma equivalente quantidade
a partir do calor da água, o que violaria o enunciado. de ar e gasolina entra no sistema, podemos considerar o processo
1
O moto perpétuo de 1ª espécie criaria energia, violando a 1ª Lei da como cíclico.
Termodinâmica.

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VÁLVULA VÁLVULA VÁLVULA VÁLVULA A combustão incompleta resultante produz na exaustão CO e


DE ADMISSÃO DE EXAUSTÃO DE ADMISSÃO DE EXAUSTÃO
ABERTA FECHADA
AS DUAS VÁLVULAS
FECHADAS
FECHADA ABERTA hidrocarbonetos que não queimam. O calor obtido da gasolina real é
tipicamente da ordem de 35%.

O Ciclo Diesel
Centelha
Anéis do
da vela
cilindro

Pistão
Biela
O motor Diesel possui ciclo semelhante ao ciclo do motor a
gasolina. A diferença mais importante é que não existe combustível no
cilindro no início do tempo de compressão. Um pouco antes do início
Eixo da
manivela do tempo da potência, os injetores começam a injetar o combustível
(A) (B) (C) (D) (E) diretamente do cilindro, com uma velocidade suficiente para manter
Ciclo de um motor de combustão interna com quatro tempos. A) Tempo de admissão: a pressão constante durante a primeira parte do tempo da potência.
o pistão se move para baixo produzindo um vácuo parcial no cilindro; a mistura de ar Em virtude da elevada temperatura resultante da compressão
e gasolina flui para o cilindro através de uma válvula de admissão aberta. B) Tempo de adiabática, o combustível explode espontaneamente à medida que ele
compressão: a válvula de admissão se fecha e a mistura é comprimida à medida que o pistão
sobe. C) Ignição: a centelha da vela produz ignição da mistura. D) Tempo da potência: é injetado; não é necessário usar nenhuma vela de ignição.
a mistura quente empurra o pistão para baixo, produzindo trabalho. E) Tempo da exaustão: O Ciclo Diesel idealizado é indicado na figura. Começando
a válvula de exaustão se abre e o pistão se move para cima empurrando a mistura queimada em um ponto a o ar é comprimido adiabaticamente até o ponto b,
para fora do cilindro e depois se repete. aquecido à pressão constante até o ponto c, expandido adiabaticamente
até o ponto d e resfriado a volume constante até o ponto a. Como
Podemos calcular o rendimento deste ciclo idealizado. não existe nenhum combustível no cilindro durante a maior parte do
tempo de compressão, não pode ocorrer pré-ignição, logo, a razão
Os processos bc e da ocorrem a volume constante, de modo de compressão r pode ser muito maior do que a existente no motor a
que os calores QH e QC são relacionados de modo simples com as gasolina. Isto faz aumentar a eficiência e garante uma ignição confiável
temperaturas: quando o combustível é injetado (por causa da temperatura elevada
QH = nCV(Tc – Tb) > 0 atingida durante a compressão adiabática). Valores de r em torno de
15 até 20 são típicos; com esses valores e com γ = 1,4 a eficiência
QC = nCV(Ta – Td) < 0 teórica de um Ciclo Diesel idealizado é cerca de 0,65 até 0,70.
Do mesmo modo que no Ciclo de Otto, a eficiência real é bem menor
A eficiência da máquina térmica é dada pela equação:
do que esta. O motor Diesel é geralmente mais eficiente do que o
motor a gasolina. Eles são mais pesados (por unidades de potência
W
η= obtida na saída) e geralmente a partida do motor é mais difícil. Eles
QH não precisam do carburador nem do sistema de ignição, porém o
sistema da injeção de combustível exige mecânica de elevada precisão.
Substituindo a expressão anterior e cancelando o fator comum
nCv, obtemos: P
QH
Q + QC T −T
η= H = 1− d a b c
QH Tc − Tb

Para simplificar esta expressão ainda mais, podemos usar a


relação entre a temperatura e o volume para um processo adiabático
de um gás ideal. Para os dois processos adiabáticos ab e cd, achamos:
Ta(rV)γ – 1 = Tb(V)γ – 1 W
Td(rV)γ – 1 = Tc(V)γ – 1 d
Qc
Dividimos cada uma das expressões anteriores pelo fator a
comum Vγ – 1 e substituímos as relações obtidas para Tb e Tc na equação.
V
O resultado é: 0 V rV
1 Diagrama pV de um ciclo Diesel ideal
η = 1= − γ −1 Diagrama pV de um ciclo
r
Refrigeradores Diesel ideal
A eficiência térmica dada pela equação é sempre menor que
Podemos dizer que um refrigerador é uma máquina térmica
a unidade, mesmo no caso de um modelo idealizado. Considerando
com um ciclo invertido. A máquina térmica recebe calor de uma
r = 8 e γ = 1,4 (o valor para o ar), a eficiência teórica é dada por
fonte quente e rejeita o calor em uma fonte fria. Um refrigerador faz
η = 0,56 ou 56%.
exatamente o contrário: recebe calor de uma fonte fria (a parte interna
do refrigerador) e transfere o calor para uma fonte quente (geralmente
O Ciclo de Otto, que acabamos de descrever, é um modelo
o ar externo no local onde o refrigerador se encontra). A máquina
altamente idealizado. Ele supõe que a mistura se comporte como um
térmica fornece um trabalho mecânico líquido, já o refrigerador
gás ideal; despreza o atrito, a turbulência, a perda de calor para as
precisa receber um trabalho mecânico líquido. Usando as conversões
paredes do cilindro e muitos outros efeitos que se combinam para
de sinais da seção, QC é positivo para um refrigerador, porém W e QH
produzir a eficiência da máquina real. Outra fonte de ineficiência
são negativos; logo, |W| = – W e |QH| = – QH.
é a combustão completa. Uma mistura de ar e gasolina com a
Um diagrama do fluxo de energia de um refrigerador é indicado
composição adequada para uma combustão completa convertendo
na figura. De acordo com a Primeira Lei da Termodinâmica, para um
os hidrocarbonetos em H2O e CO2 não sofre ignição imediata. Uma
processo cíclico, QH + QC – W = 0 ou – QH = QC – W, porém, como QH
ignição confiável necessita de uma mistura mais “rica” em gasolina.
e W são negativos, |QH| = QC + |W|.

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Logo, como o diagrama mostra, o calor |QH| que deixa a Ventoinha Compressor
Ar quente
substância de trabalho e se transfere para o reservatório quente
é sempre maior do que o calor QC retirado do reservatório frio.
Ar Frio Válvula de
Observe que a seguinte relação envolvendo os valores absolutos
expansão
|QH| = |QC| + |W| é válida tanto no caso do refrigerador quanto no da
máquina térmica. De um ponto de vista econômico, o melhor ciclo
de refrigeração é aquele que remove a maior quantidade de calor Ar quente
do lado
|QC| do interior do refrigerador para o mesmo trabalho realizado, |W|.
externo
A razão relevante é, portanto, |QC| / |W|; quanto maior for essa
razão, melhor será o refrigerador. Essa razão é chamada de coeficiente
Ar quente
de performance, designado por e. e úmido
Condensador
De acordo com a equação, |W| = |QH| – |QC|, obtemos:
Evaporador

Um condicionador de ar possui um princípio de funcionamento igual ao


QC QC
e= = de um refrigerador.
W QH − QC
O Ciclo de Carnot
Observe o esquema abaixo para melhorar a visualização:
Exterior
De acordo com a Segunda Lei, nenhuma máquina térmica
pode possuir eficiência de 100%. Qual seria a eficiência máxima que
uma dada máquina pode ter, a partir de um reservatório quente a
QH uma temperatura TH e de um reservatório frio a uma temperatura TC?
Refrigerador Esta pergunta foi respondida em 1824 pelo engenheiro francês Sadi
Carnot (1796–1832), que desenvolveu uma máquina hipotética
idealizada que fornece a eficiência máxima permitida pela Segunda
Lei. O ciclo máquina é conhecido como Ciclo de Carnot.
W
Para compreender o Ciclo de Carnot, devemos considerar
a irreversibilidade e sua relação com o sentido de processo
termodinâmico. A conversão de trabalho em energia é um processo
Qc irreversível; o objetivo da máquina térmica é fazer uma reversibilidade
parcial deste processo, ou seja, a conversão de calor em trabalho com
Interior do refrigerador a maior eficiência possível. Para a eficiência máxima de uma máquina
à temperatura Tc térmica, portanto, devemos evitar todo processo irreversível. Esta
exigência é suficiente para determinar as etapas básicas do Ciclo de
Diagramado
Diagrama esquemático esquemático do fluxode um refrigerador
fluxo de energia
de energia de um refrigerador Carnot, conforme veremos a seguir.
O fluxo de calor através de uma diferença de temperatura finita
Como sempre, medimos QH, QC e W com as mesmas unidades;
é um processo irreversível. Portanto, durante a transferência de calor
logo, Kp é um número puro semVálvula
dimensões.
de expansão no Ciclo de Carnot não deve existir nenhuma diferença de temperatura
Evaporador
Válvula
Condensador finita. Quando a máquina retira calor da fonte quente a uma temperatura
FRIO de expansão TH, a substância de trabalho da máquina também deve estar a uma
Baixa Alta
Evaporador
pressão pressão
Condensador temperatura TH, caso contrário, ocorreria fluxo de calor. Analogamente,
FRIO quando a máquina desperdiça o calor para o reservatório frio a uma
Baixa Alta
pressão pressão temperatura TC, a máquina também deve estar a uma temperatura TC.
QUENTE
Interior do Ou seja, toda etapa envolvendo trocas de calor, a uma temperatura TH
refrigerador
Compressor
ou TC, deve ser um processo isotérmico.
QUENTE
Interior do (a) Reciprocamente, em qualquer processo no qual a
refrigerador temperatura da substância de trabalho da máquina está entre
Compressor
(a) TH e TC, não pode ocorrer nenhuma transferência de calor entre a
máquina e nenhum reservatório porque essa transferência de calor
não poderia ser reversível. Portanto, qualquer processo no qual a
Evaporador temperatura T da substância de trabalho varia deve ser adiabático.
A base do raciocínio é que todo processo em nosso ciclo
Evaporador idealizado deve ser isotérmico ou adiabático. Além disso, o equilíbrio
Válvula
de expansão térmico e mecânico deve ser sempre mantido de modo que cada
Válvula processo seja completamente reversível.
de expansão O Ciclo de Carnot é constituído por duas isotérmicas reversíveis
Condensador
e dois processos adiabáticos reversíveis. A figura mostra um Ciclo de
Carnot usando como substância de trabalho um gás ideal dentro de
Condensador um cilindro com um pistão. Ele consiste das seguintes etapas:
1. O gás se expande isotermicamente na temperatura TH,
Compressor absorvendo um calor QH (ab).
(b)
Diagrama do princípio de funcionamento do ciclo de um refrigerador.
2. O gás se expande adiabaticamente até que sua temperatura
Compressor
(b)
cai para TC (bc).
Diagrama do princípio de funcionamento do ciclo de um refrigerador.

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3. Ele é comprimido isotermicamente na temperatura T C, Suponha agora o sistema no estado final e imaginemos que os
rejeitando o calor |QC| (cd). processos têm lugar no sentido inverso. Nesse caso, o gás se comprimiria
4. Ele é comprimido adiabaticamente, retornando ao seu estado de volta para seu volume inicial (metade do volume final).
inicial na temperatura TH (da). É intuitivo que esse processo inverso não se realiza. Como
explicamos isso? Veja que a Primeira Lei da Termodinâmica não proíbe
esse acontecimento, pois a energia total permanece constante. Ora,
4 1
deve haver aqui um princípio que rege a seta evolutiva desse processo
d→a a→b
compressão P (e é claro, de outros). Este princípio é a segunda lei da termodinâmica.
expansão
adiabática a Essa é a lei que indica o sentido natural dos processos. Dados dois
Pa isotérmica
QH Q1 estados de um sistema isolado, nos quais a energia é a mesma, será
b possível encontrar um critério que determine qual deles é um estado
Pb TH TH
W inicial e o outro final? Quais as condições para que um sistema esteja
Pd em equilíbrio? A função que estamos procurando aqui, necessita ser
d Tc
Pc c uma função de estado, pois não sabemos o caminho necessário para
QC
0 V que um estado alcance o outro. Clausius a batizou de entropia do
Va Vd Vb Vc
c→d sistema. Essa função permanece constante ou só aumenta em qualquer
compressão b→c
expansão processo possível, que tenha lugar em um sistema isolado.
isotérmica Q2
adiabática
A Segunda Lei pode ser formulada da seguinte maneira:
TC
3 2 Não ocorrem processos nos quais a entropia de um sistema
isolado desça: em qualquer processo que tenha lugar em um
sistema isolado, a entropia do sistema aumenta ou permanece
Teorema de Carnot constante.

Não ocorrem processos nos quais a entropia de um Ainda mais, se um sistema isolado estiver em um estado
sistema isolado desça: em qualquer processo que tenha lugar de entropia máxima, qualquer mudança deste estado envolverá
em um sistema isolado, a entropia do sistema aumenta ou necessariamente um decréscimo na entropia e não se realizará. Logo,
permanece constante. a condição necessária ao equilíbrio de um sistema é que sua entropia
seja máxima2.
Vimos anteriormente que a seguinte relação é válida para a
Uma das relações extremamente útil na solução de problemas
máquina de Carnot:
é a proporcionalidade do calor trocado e a temperatura da fonte.
Q1 Q2
+ =0
QC TC T1 T2
=
QH TH Considere algum processo reversível cíclico, como o
representado na figura a seguir, e o divida em vários ciclos de Carnot.
Isso facilita ainda mais o cálculo do rendimento da máquina
térmica: isotermas

TC
η = 1−
TH

Importante perceber que ao inverter o sentido deste ciclo,


Pressão

podemos construir um refrigerador de Carnot e seu coeficiente de


performance é dado por:
TC
e=
TH − TC

Entropia
Sabemos que alguns fenômenos não acontecem Volume
espontaneamente. Outros acontecem em um certo sentido e não no
sentido contrário. Imagine um gás preso por um diafragma na metade Logo, para um ciclo reversível qualquer temos:
Q
de um cilindro adiabático, de volume (V0), e o restante do sistema está ∑ Tr = 0
evacuado. Se retirarmos o diafragma, o gás evoluirá para outro estado
de maior volume e menor temperatura. O índice “r” serve para lembrar que o resultado anterior se
Vácuo aplica somente a ciclos reversíveis.
Pode-se tornar os ciclos tão estreitos quanto queira, dessa
Vácuo
forma, podemos escrever a relação anterior como:

Para ciclos reversíveis


2
Nota-se, cuidadosamente, que as afirmativas acima só se aplicam a sistemas
isolados.

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Como a integral de qualquer diferencial exata, como dV ou III. Se a temperatura de uma das fontes for 727 °C e se a razão
dU ao longo de uma trajetória fechada é nula, vemos que a equação entre o calor rejeitado pela máquina e o calor recebido for 0,4,
anterior é também uma diferencial exata3. a outra fonte apresentará uma temperatura de –23°C no caso
Dessa forma, é possível definir uma propriedade S de um sistema de o rendimento da máquina ser –80% do rendimento ideal.
cujo valor depende somente do estado do sistema e cuja diferencial dS é:
Está(ão) correta(s) a(s) seguinte(s) afirmação(ões):
dQr
dS ≡ A) I, apenas.
T B) I e II, apenas.
Assim, para qualquer caminho seguido entre dois estados a C) II e III, apenas.
e b, tem-se: D) I e III, apenas.
E) III, apenas.

02. (ITA/2018) No livro Teoria do Calor (1871), Maxwell, escreveu


A unidade de entropia no S.I. é Joule por Kelvin (J/K). referindo-se a um recipiente cheio de ar:

Entropia em processos irreversíveis “... iniciando com uma temperatura uniforme, vamos supor
que um recipiente é dividido em duas partes por uma divisória
Em um processo real reversível envolvendo apenas estados de na qual existe um pequeno orifício, e que um ser que pode ver
equilíbrio, a variação total da entropia e do ambiente é igual a zero. as moléculas individualmente abre e fecha esse orifício de tal
Porém, todos os processos irreversíveis envolvem um aumento de modo que permite somente a passagem de moléculas rápidas de
entropia. Diferentemente da energia, a entropia é uma grandeza que A para B e somente as lentas de B para A. Assim, sem realização
não conserva. A entropia de um sistema isolado pode variar, porém, de trabalho, ele aumentará a temperatura de B e diminuirá a
como veremos, ela nunca pode diminuir. A expansão livre de um gás, temperatura de A em contradição com...”.
descrita no exemplo é um processo irreversível de um sistema isolado
no qual existe um aumento de entropia. Assinale a opção que melhor completa o texto de Maxwell.
A figura ilustra um exemplo simples do processo de difusão. Se, A) a primeira lei da termodinâmica.
para t = 0, perfuramos o diafragma que separa o gás A do gás B, eles B) a segunda lei da termodinâmica.
se difundem um no outro até que uma mistura homogênea dos dois C) a lei zero da termodinâmica.
gases ocupe todo o recipiente. D) o teorema da energia cinética.
E) o conceito de temperatura.

n moles n moles 03. (IME/2018) Durante um turno de 8 horas, uma fábrica armazena
do gás A do gás B 200 kg de um rejeito na fase vapor para que posteriormente seja
V V liquefeito e estocado para descarte seguro. De modo a promover
uma melhor eficiência energética da empresa, um inventor propõe
o seguinte esquema: a energia proveniente do processo de
liquefação pode ser empregada em uma máquina térmica
Podemos pensar neste processo como sendo equivalente à que opera em um ciclo termodinâmico de tal forma que
expansão livre do gás A de V para 2V (embora se tenha o gás B, e não uma bomba industrial de potência 6,4 HP seja acionada
vácuo, no outro recipiente) ao mesmo tempo em que o gás B sofre continuamente 8 horas por dia.
uma expansão de V para 2V. Daí, temos:
∆S = nRTn 2 + nRTn 2 = 2nRTn 2 Por meio de uma análise termodinâmica, determine se a proposta
Pode-se justificar este resultado construindo um processo do inventor é viável, tomando como base os dados a seguir.
reversível para calcular ∆S (o que não é simples). Resulta também da
teoria cinética dos gases que, numa mistura de gases ideais, cada um Dados:
se comporta como se ocupasse sozinho todo o volume ocupado pela kJ
– calor latente do rejeito: 2.160 ;
mistura, o que justifica a analogia feita com expansão livre. kg
– temperatura do rejeito antes de ser liquefeito: 127 °C;
– temperatura do ambiente onde a máquina térmica opera: 27 °C;
– rendimento da máquina térmica: 80% do máximo teórico;
Exercícios – perdas associadas ao processo de acionamento da bomba:
20% e –1HP = 3/4 kW.
01. (IME/2018) Considere as afirmações a seguir, relativas a uma
04. (ITA/2017) Deseja-se aquecer uma sala usando uma máquina
máquina térmica que executa um ciclo termodinâmico durante
térmica de potência P operando conforme o ciclo de Carnot,
o qual há realização de trabalho.
tendo como fonte de calor o ambiente externo à temperatura
I. Se as temperaturas das fontes forem 27 °C e 427 °C, a máquina
T1. A troca de calor através das paredes se dá a uma taxa
térmica poderá apresentar um rendimento de 40%;
k(T2 – T1) em que T2 é a temperatura da sala num dado instante e
II. Se o rendimento da máquina for 40% do rendimento ideal
T2 uma constante com unidade em J/s · K. Pedem-se:
para temperaturas das fontes iguais a 27 °C e 327 °C e se o
A) A temperatura final de equilíbrio da sala.
calor rejeitado pela máquina for 0,8 kJ o trabalho realizado
B) A nova temperatura de equilíbrio caso se troque a máquina
será 1,8 kJ;
térmica por um resistor dissipando a mesma potência P.
dQ C) Entre tais equipamentos, indique qual o mais adequado em
3
Cuidado: dQ não é uma diferencial exata. Entretanto, a grandeza se
torna uma diferencial exata (magicamente). T termos de consumo de energia. Justifique.
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05. (ITA/2017) 08. (IME) Um industrial deseja lançar no mercado uma máquina
P Y térmica que opere entre dois reservatórios térmicos cujas
temperaturas são 900 K e 300 K com rendimento térmico de
40% do máximo teoricamente admissível. Ele adquire os direitos
de um engenheiro que depositou uma patente de uma máquina
térmica operando em um ciclo termodinâmico composto por
quatro processos descritos a seguir:
X Z
Processo 1 – 2: processo isovolumétrico com aumento de pressão:
V (Vi, pi) → (Vi , pf).
Uma transformação cíclica XYZX de um gás ideal indicada no Processo 2 – 3: processo isobárico com aumento de volume:
gráfico P × V opera entre dois extremos de temperatura, em que (Vi, pf) → (Vf , pf).
YZ é um processo de expansão adiabática reversível. Considere Processo 3 – 4: processo isovolumétrico com redução de pressão:
R = 2,0 cal/mol·K = 0,082 atm·/mol·K, P Y = 20 atm, (Vf, pf) → (Vf , pi).
V Z = 4,0 , V Y = 2,0  e a razão entre as capacidades
térmicas molar, a pressão e a volume constante, dada por Processo 4 – 1: processo isobárico com redução de volume:
CP/CV = 2,0. Assinale a razão entre o rendimento deste ciclo e o de (Vf, pi) → (Vi , pi).
uma máquina térmica ideal operando entre os mesmos extremos
de temperatura. O engenheiro afirma que o rendimento desejado é obtido para
A) 0,38 B) 0,44
C) 0,55 D) 0,75 pf
qualquer valor de > 1 desde que a razão entre os volumes
E) 2,25 pi
Vf
seja igual a 2. Porém, testes exaustivos do protótipo da
06. (IME/2017) Um pesquisador recebeu a incumbência de projetar Vi
um sistema alternativo para o fornecimento de energia elétrica máquina indicam que o rendimento é inferior ao desejado.
visando ao acionamento de compressores de geladeiras a serem Ao ser questionado sobre o assunto, o engenheiro argumenta
empregadas no estoque de vacinas. De acordo com os dados
que os testes não foram conduzidos de forma correta e mantém
de projeto, a temperatura ideal de funcionamento da geladeira
sua afirmação original. Supondo que a substância de trabalho
deve ser 4 °C durante 10 horas de operação contínua, sendo
que a mesma possui as seguintes dimensões: 40 cm de altura, que percorre o ciclo 1-2-3-4-1 seja um gás ideal monoatômico e
30 cm de largura e 80 cm de profundidade. Após estudo, o baseado em uma análise termodinâmica do problema, verifique
pesquisador recomenda que, inicialmente, todas as faces da se o rendimento desejado pode ser atingido.
geladeira sejam recobertas por uma camada de 1,36 cm de
espessura de um material isolante, de modo a se ter um melhor 09. (ITA) A inversão temporal de qual dos processos a seguir não
funcionamento do dispositivo. Considerando que este projeto
violaria a Segunda Lei de Termodinâmica?
visa a atender comunidades remotas localizadas em regiões com
A) A queda de um objeto de uma altura H e subsequente parada
alto índice de radiação solar, o pesquisador sugere empregar
um painel fotovoltaico que converta a energia solar em energia no chão.
elétrica. Estudos de viabilidade técnica apontam que a eficiência B) O movimento de um satélite ao redor da Terra.
térmica da geladeira deve ser, no mínimo, igual a 50% do máximo C) A freada brusca de um carro em alta velocidade.
teoricamente admissível. D) O esfriamento de um objeto quente num banho de água fria.
E) A troca de matéria entre as duas estrelas de um sistema binário.
Baseado em uma análise termodinâmica e levando em conta os
dados abaixo, verifique se a solução proposta pelo pesquisador é
adequada. 10. (IME) Atendendo a um edital do governo, um fabricante deseja
certificar junto aos órgãos competentes uma geladeira de baixos
Dados:
– Condutividade térmica do material isolante: 0,05 W/m °C; custo e consumo. Esta geladeira apresenta um coeficiente de
– Temperatura ambiente da localidade: 34 °C; desempenho igual a 2 e rejeita 9/8 kW para o ambiente externo.
– Insolação solar média na localidade: 18 MJ/m2 em 10 horas de De acordo com o fabricante, estes dados foram medidos em uma
operação contínua; situação típica de operação, na qual o compressor da geladeira
– Rendimento do painel fotovoltaico: 10%. se manteve funcionando durante 1/8 do tempo a temperatura
– Área do painel fotovoltaico: 2 m2. ambiente de 27 °C. O edital preconiza que, para obter a
certificação, é necessário que o custo mensal de operação da
07. (ITA) Pode-se associar a Segunda Lei da Termodinâmica a um
geladeira seja, no máximo igual a R$ 5,00 e que a temperatura
princípio de degradação da energia.
interna do aparelho seja inferior a 8 °C. O fabricante afirma que
Assinale a alternativa que melhor justifica esta associação.
A) A energia se conserva sempre. os dois critérios são atendidos, pois o desempenho da geladeira
B) O calor não flui espontaneamente de um corpo quente para é 1/7 do máximo possível.
outro frio.
C) Uma máquina térmica operando em ciclo converte integralmente Verifique, baseado nos princípios da termodinâmica, se esta
trabalho em calor. assertiva do fabricante está tecnicamente correta. Considere que
D) Todo sistema tende naturalmente para o estado de equilíbrio. a tarifa referente ao consumo de 1 kWh é R$ 0,20.
E) É impossível converter calor totalmente em trabalho.

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11. (ITA) Uma máquina térmica opera segundo o ciclo JKLMJ mostrado 14. Uma certa massa de gás ideal realiza o ciclo ABCD de
no diagrama T-S da figura. transformações, como mostrado no diagrama pressão-volume
da figura. As curvas AB e CD são isotermas. Pode-se afirmar que
T(K)
P
J K A
T2

D
B
T1
M L
C
V
S1 S2 S(J/K)
A) o ciclo ABCD corresponde a um ciclo de Carnot.
B) o gás converte trabalho em calor ao realizar o ciclo.
Pode-se afirmar que C) nas transformações AB e CD o gás recebe calor.
A) o processo JK corresponde a uma compressão isotérmica. D) nas transformações AB e BC a variação da energia interna do
B) o trabalho realizado pela máquina em um ciclo é W = (T2 – T1) gás é negativa.
(S2 – S1). E) na transformação DA o gás recebe calor, cujo valor é igual à
T variação da energia interna.
C) o rendimento da máquina é dado por η = 1 − 2 .
T1
D) durante o processo LM, uma quantidade de calor 15. (ITA) Uma máquina térmica reversível opera entre dois reservatórios
QLM = T1(S2 – S1) é absorvida pelo sistema. térmicos de temperaturas 100 °C e 127 °C, respectivamente,
E) outra máquina térmica que opere entre T2 e T1 poderia gerando gases aquecidos para acionar uma turbina. A eficiência
eventualmente possuir um rendimento maior que a desta. dessa máquina é melhor representada por
A) 68%.
12. (ITA) Uma máquina térmica opera com um mol de um gás B) 6,8%.
monoatômico ideal. O gás realiza o ciclo ABCA, representado C) 0,68%.
no plano PV, conforme mostra a figura. Considerando que a D) 21%.
transformação BC é adiabática, calcule: E) 2,1%.

P (Pa) 16. Uma empresa planeja instalar um sistema de refrigeração para


manter uma sala de dimensões 4,0 m × 5,0 m × 3,0 m a uma
B
3200 temperatura controlada em torno de 10 °C. A temperatura média
do ambiente não controlado é de 20 °C e a sala é revestida com
um material de 20 cm de espessura e coeficiente de condutibidade
térmica de 0,60 W/m°C. Sabendo que a eficiência do sistema de
refrigeração escolhido é igual a 2,0 e que o custo de 1 kWh é de
R$ 0,50, estime o custo diário de refrigeração da sala.
80 C
A
17. Um mol de gás monoatômico descreve o ciclo termodinâmico
1 8 V (m3) descrito pelo gráfico de pressão por volume dado a seguir.
As curvas α e β são isotermas. Podemos afirmar que o rendimento
A) A eficiência da máquina. da máquina de Carnot reversível que funciona entre α e β é N vezes
B) A variação da entropia na transformação BC. maior que o rendimento do ciclo ABCA. O valor correto de N é
Dado: se precisar use o ln 3 ≅ 1,1.
13. (ITA) Um recipiente cilíndrico vertical é fechado por meio de um
pistão, com 8,00 kg de massa e 60,0 cm2 de área, que se move P
sem atrito. Um gás ideal, contido no cilindro, é aquecido de
30 °C a 100 °C, fazendo o pistão subir 20,0 cm. Nesta posição, o
pistão é fixado, enquanto o gás é resfriado até sua temperatura
inicial.
3P0 A

Considere que o pistão e o cilindro encontram-se expostos à pressão


P0 B β
atmosférica. Sendo Q1 o calor adicionado ao gás durante o processo C
de aquecimento e Q2, o calor retirado durante o resfriamento, assinale α
a opção correta que indica a diferença Q1 – Q2. 0 V0 VB V
A) 136 J
B) 120 J A) 4,14 B) 3,19
C) 100 J C) 3,23 D) 2,14
D) 16 J E) 3,02
E) 0 J

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18. Em um motor de combustão interna, a gasolina pode ser 21. (OBF) Uma máquina térmica cuja substância de trabalho é uma
aproximadamente representada, quando em operação, certa quantidade de gás ideal monoatômico opera na forma de
pelo ciclo mostrado pela figura a seguir. As transformações um ciclo definido pelo diagrama pressão por volume, P x V, como
1 → 2 e 3 → 4 são isocóricas e as outras duas são adiabáticas. mostrado na figura, no qual a etapa 3 → 1 é adiabática. Sabendo
A mistura de ar e gasolina pode ser considerada como sendo que o objetivo dessa máquina é realizar trabalho às custas do calor
um gás diatômico (γ = 1,4). Para R = 8,13 J/mol · K e 40,4 ≅ 1,74, absorvido, determine sua eficiência.
podemos afirmar para esse motor, corretamente, que o
rendimento do ciclo vale: 1 2
10,1
P

P(105 Pa)
2
3 P1
P3 3

1,00 3

1,00 4,00
P1 V(10–3 m3)
1
4
22. Na figura a seguir, são representados dois ciclos. O primeiro é
0 V representado por 1 – 2 – 3 – 1 e o segundo por 1 – 3 – 4 – 1.
V1 4 V1
Ambos os ciclos são realizados por um gás monoatômico. Calcule
A) 58% B) 68% a razão entre os rendimentos dos ciclos.
C) 43% D) 74%
P
E) 28%
2 3
2 P0
19. O ciclo de Joule, representado na figura a seguir, onde AB e CD são
adiabáticas, é uma idealização do que ocorre numa turbina a gás:
BC e DA representam, respectivamente, aquecimento e resfriamento
P
à pressão constante; r = B é a taxa de compressão.
PA
P 1 4
P0
B C
rP0 V
V0 3 V0

23. Um gás ideal, em equilíbrio termodinâmico no estado A, sofre uma


expansão adiabática reversível, atingindo o estado de equilíbrio B
e, em seguida, passa por uma compressão irreversível, voltando ao
P0 D estado inicial A. Analise as afirmativas seguintes:
A I. A entropia do sistema (gás mais vizinhança) aumentou após a
compressão B → A;
0 V
II. A entropia do gás aumentou após o ciclo A → B → A;
III. A energia interna do gás aumentou após a expansão A → B;
Mostre que o rendimento do ciclo de Joule é dado por:
IV. A energia interna do gás é a mesma antes e após o ciclo
γ −1
A → B → A.
 1 γ
São verdadeiras:
η = 1−  
 r A) I e II B) III e IV
C) I e IV D) II e III
20. Um mol de gás monoatômico de massa molar M é submetido E) II e IV
ao processo cíclico ilustrado a seguir, onde ρ corresponde a sua
24. Uma lâmpada é embalada numa caixa fechada e isolada
densidade e P, sua pressão.
termicamente. Considere que no interior da lâmpada há vácuo e
ρ que o ar dentro da caixa seja um gás ideal. Em um certo instante,
a lâmpada se quebra. Se desprezarmos o volume e a massa dos
2 componentes da lâmpada (vidro, suporte, filamento,...) e a variação
2ρ0
de energia associada à sua quebra, é incorreto afirmar que
A) a energia interna do gás permanecerá a mesma após a quebra
ρ0 1 da lâmpada.
3 B) a entropia do gás aumentará após a quebra da lâmpada.
C) a temperatura do gás permanecerá a mesma após a quebra
da lâmpada.
P D) a pressão do gás diminuirá após a quebra da lâmpada.
P0 2P0
E) após a quebra da lâmpada, o gás realizará um trabalho positivo
A) Determine a quantidade de calor rejeitada para o meio externo. para se expandir e ocupar o volume onde anteriormente havia
B) Encontre a eficiência do ciclo. vácuo.

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25. Há um copo de água em contato com o ambiente, e ambos se 28. Um cubo de gelo m = 30 g, T0 = 0 °C está sobre uma mesa de uma
encontram a uma temperatura T0. cozinha onde derrete gradualmente. A temperatura da cozinha é
A) Mostre, usando o conceito de entropia (e a Segunda Lei da de 25 °C.
Termodinâmica), que não é natural ver a água do copo variar Dado: Use Lfusão = 333J/g.
sua temperatura e resolver se manter em equilíbrio a uma A) Calcule a variação de entropia durante a mudança gelo (0 °C)
temperatura diferente de T0. para água (0 °C).
Dicas: A variação de entropia associada à variação de temperatura B) Calcule a variação de entropia da água na mudança 0°C até
de uma massa m de um corpo com calor específico c, 25 °C.
que vai de uma temperatura T0 até T é: C) Calcule a variação de entropia da cozinha durante o processo
completo que corresponde a gelo (0 °C) até água (25 °C).
 T D) Calcule a variação total de entropia do universo. Este resultado
∆S = mc n  
 T0  está de acordo com a Segunda Lei da Termodinâmica?

Onde n é o logaritmo natural. Você pode usar também a 29. (ITA-SP) Considerando um buraco negro com um sistema
desigualdade n(1 + x) < x para todo x < 1 e diferente de 0. termodinâmico, sua energia interna U varia com a sua massa M
de acordo com a famosa relação de Einstein: ∆U = ∆Mc2. Stephen
B) Dois corpos em contato térmico se encontram isolados do
Hawking propôs que a entropia S de um buraco negro depende
resto do universo. Eles possuem massas e calores específicos
apenas de sua massa e de algumas constantes fundamentais
m1, c1 e m2, c2, com os índices (1, 2) se referindo a cada corpo.
da natureza. Dessa forma, sabe-se que uma variação de massa
Se ambos estão na mesma temperatura T0, mostre que não é ∆S k8
esperado que eles troquem calor e se equilibrem (termicamente) acarreta uma variação de entropia dada por: = 8πGM .
∆M hc
em temperaturas diferentes.
Dica: use que (1 + x)n ≈ 1 + nx se x << 1. Supondo que não haja realização de trabalho com a variação de
massa, indique a alternativa que melhor representa a temperatura
26. (OBF) Imagine que o seguinte processo termodinâmico ocorra absoluta T do buraco negro.
espontaneamente: uma sala de aula, fechada e isolada A) T = hc3 / GMk8
termicamente do ambiente externo, encontra-se inicialmente a B) T = 8πMc2 / k8
uma temperatura T0, pressão p0 e contém ar homogeneamente C) T = Mc2 / 8πk8
distribuído por todo o seu volume V0. De repente, as moléculas D) T = hc3 / 8πGMk8
constituintes do ar deslocam-se, sem realização de trabalho, E) T = 8π hc3 / GMk8
passando a ocupar apenas uma pequena parte,Vf = Vi /1000,
do volume total da sala. A pressão final do ar não é conhecida.
30. (OBF) Um refrigerador utiliza uma potência P para converter litros
Considere que o ar da sala é constituído por n mols de um gás ideal.
de água em gelo, num intervalo de tempo ∆T. Considere que a
A) Calcule a temperatura final do ar da sala de aula.
água tem densidade de 1 kg/L, calor específico c, calor latente de
B) Calcule a variação da entropia total do ar da sala e do ambiente,
solidificação Ls e está a uma temperatura T0 > 0. Qual a quantidade
considerando que o processo mencionado tenha ocorrido de
de calor que será liberada pelo refrigerador, para o meio ambiente,
forma irreversível. Com base em sua resposta, a existência desse
durante este intervalo de tempo?
processo é possível? Explique.

Dado: A variação de entropia de n mols de um gás ideal durante Gabarito


um processo isotérmico reversível com volumes inicial e final
respectivamente iguais a Vi e Vf é dada aproximadamente por 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
V D B * * B * E * B *
∆S = nR log10 f
Vi 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
27. Calcule a variação da entropia dos seguintes sistemas isolados B * A E B * C C * *
termicamente e verifique a compatibilidade dos resultados com 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
a segunda Lei da Termodinâmica.
A. Expansão isotérmica reversível de um gás aquecido por um * * C E * * * * D *
reservatório térmico a uma temperatura (T).
B. Expansão livre de um gás ideal que passa de um volume Comentários
Vi até Vf.
C. Difusão de gases não interagentes os quais passam a ocupar
todo o volume de um recipiente e inicialmente estão a mesma 01. I. Verdadeiro. Basta calcular o rendimento de Carnot. Caso 40%
temperatura e ocupam volumes iguais, porém separados como seja menor que o rendimento de Carnot, teremos a afirmação
ilustrado na figura a seguir. como verdadeira:
27 + 273 4
nc = 1 − = > 50%
427 + 273 7
n mols do n mols do
gás A gás B II. Falso. Para mostrarmos que uma afirmação é falsa, basta
supormos que ela é verdadeira. Caso encontremos um absurdo,
a suposição inicial será dada como falsa. Ou seja, iremos
D. Troca de calor entre dois corpos idênticos que estão a considerar que, para tais temperaturas, teremos um calor
temperaturas iniciais diferentes T1 e T2. rejeitado e um trabalho de 0, 8 kJ e 1, 8 kJ respectivamente.

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Veja que, por consequência, temos QT = 2, 6 kJ. Podemos ver, Veja que τ = QQ − QF , e veja também que, como a máquina
também que, utilizando a definição do rendimento, temos Q T
opera em um ciclo de Carnot, temos f = 1 , logo, podemos
27 + 273 Q T
QT = 1 − = 0,5 ver que: Q
327 + 273
QQ − Qf QQ  T1  P
Ou seja, caso multipliquemos o valor do calor recebido pela P= = 1 −  ⇒ P' =
∆t ∆t T T
máquina térmica pelo rendimento de Carnot, devemos 1− 1
T
encontrar o valor de 1, 6 kJ do trabalho inicialmente dado,
mas vemos que isso não é o caso, pois = 2,6 · 0,5 = 1,3 kJ, Veja que a temperatura máxima é dada quando essa potência
chegando em um absurdo. Logo, a afirmação 2 é falsa. da máquina térmica for igual à potência de transmissão de calor
pelas paredes, pois, nesse instante, todo calor que a máquina
III. Verdadeiro. Nesta afirmação, é notável dizer que o joga para dentro irá ser jogado para fora pelas paredes,
rendimento da máquina é 80% do rendimento de Carnot. mantendo a temperatura constante. Logo, temos:
TP P
Ou seja, vamos primeiramente calcular o rendimento real da P' = k ( T − T1) = ⇒ T 2 + 2TT1 + T12 = T ⇒
máquina pela relação das temperaturas e do ciclo de Carnot: T − T1 k
8 8  −23 + 273  P
η= ηc = 1 −  = 0,6 T −  2T1 +  T + T1 = 0
2 2

10 10 727 + 273   k

Outra forma de calcular o rendimento é pela relação dos calores Resolvendo por Bhaskara, temos:
dados no enunciado. Veja que 2
Qrejeitado P TP  P 
η = 1− = 1 − 0, 4 = 0,6 T = T1 + + 1 + 
Qrecebido 2k k  2k 

Como ambos os valores são condizentes, temos que a Veja que precisamos pegar o valor de + na solução, pois o valor
afirmação é verdadeira. de − faria T ser menor que T1, o que é fisicamente incoerente,
logo, a solução é descartável.
Resposta: D
B) Por outro lado, o valor de P para um resistor dissipando energia
já é relacionado ao próprio calor liberado para o sistema.
02. Veja que, pela teoria cinética dos gases, um gás com partículas
Logo, temos:
mais rápidas tem uma temperatura maior. Sendo assim, como
P
o lado B é mais quente, ele possui partículas mais rápidas. P = k ( T − T1) ⇒ T = T1 +
Ao permitir somente partículas rápidas passarem de A para B, esse k
sistema está dizendo que o sistema B, que tem uma temperatura Veja que, para a mesma potência, a temperatura encontrada
maior, está tirando calor do sistema A, que tem temperatura para a máquina térmica é menor, logo, ela é mais eficiente,
menor comparativamente. Ou seja, esta situação contradiz o consumindo menos energia para alcançar uma mesma
enunciado de Clausius sobre a segunda lei da termodinâmica, temperatura máxima.
que diz que é impossível que um processo espontâneo transfira
energia de um sistema mais frio para um mais quente. 05. Vamos primeiramente achar as pressões e volumes nos pontos
Resposta: B X, Y e Z. Veja que já temos todos os dados do ponto X, ou seja,
Px = 20 atm e Vy = Vx = 2 L.
03. Como a transformação de vapor para líquido irá alimentar a Para encontrarmos a pressão Pz = Px, basta usarmos a relação
bomba, temos que Q = 2160 · 200 = 432.000 kJ. constante em uma transformação adiabática: PxVx2 = PzVz2, onde
Para encontrarmos o rendimento da máquina, temos: Vz = 4 L.
8 8  27 + 273 
η= ηc = 1 −  = 0,2 Logo, temos:
10 10  127 + 273 2
 2
Pz = 20   = 5 atm
Ou seja, teremos que Q’ = ηQ = 86.400 kJ. Porém, ainda  4
precisamos levar em conta a quantidade de calor perdido no
processo, isto é, Q” = (1 – 0,2)Q’ = 69.120 kJ. Com isto, agora, Portanto, temos a seguinte relação:
podemos calcular a potência gerada por essa transferência de
calor: Ponto P atm VL nRT atm · L
Q" 69.120 4
W= = = 2, 4 kW = 2, 4 HP = 3,2 HP
∆t 8 ⋅ 60 ⋅ 60 3 X 5 2 10
Veja que esse sistema somente oferece metade da potência
necessária para que a máquina térmica estipulada rode. Logo, a Y 20 2 40
proposta não é viável.
Z 5 4 20
04. A) Veja que a potência P, dita no enunciado, representa a grandeza
T QQ
P= . Precisamos achar P' = , pois, como estamos nos Veja que, observando as razões entre as temperaturas, sabemos
∆t ∆t que Ty = 2Tz = 4Tx. Para encontrarmos o rendimento da máquina
referindo a uma bomba térmica, que retira calor da fonte fria de Carnot entre essas temperaturas, temos:
T
e joga para a fonte quente por meio de um trabalho realizado, ηc = 1 − x = 0,75
a taxa de calor por tempo que irá para dentro da sala é o P’. Ty

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Para acharmos o rendimento da máquina térmica descrita no 08. Vamos calcular o rendimento desejado no processo:
gráfico, precisamos calcular o trabalho e o calor que entra no 4  300  4
sistema. Para tal, precisamos calcular o trabalho no processo YZ, η' = 40% ηc = 1 −  =
10 900 15
que é
PV − P V 20 ⋅ 2 − 5 ⋅ 4 Agora, vamos desenhar o gráfico PV do ciclo proposto:
W= i i f f = = 20 atm ⋅ L
γ −1 2 −1
P
Porém, precisamos subtrair o retângulo abaixo da área, ou seja, 2
Pf 3
W’ = 5 · 2 = 10 atm · L
Para encontrarmos o valor do calor que entra no sistema, iremos
precisar encontrar o calor do processo XY. Para tal, vamos usar a
primeira lei da termodinâmica:
C 
QXY = nCv ∆T = v (Py Vy − Px Vx ) .
R
R
Veja que Cv = = R , logo, temos que Q = (40 − 10) = 30 atm · L.
γ −1 1
Pi 3
Logo, o rendimento desse processo é
T 20 − 10 1
η= = = Vi Vf V
Q 30 3
No processo 12 e 23, o sistema recebe calor, enquanto o
A razão entre esse valor e o de Carnot é a resposta: trabalho do sistema é dado pela área do quadrado. Veja que
1 4 Vf = 2Vi ⇒ Vf − Vi = Vi. Ou seja, temos que: τ = (Pf – Pi)(Vf – Vi) =
k = ⋅ = 0, 44
3 3 Vi(Pf – Pi). Analisando o trabalho que entra no sistema em 12,
temos que o calor que entra no sistema é igual à variação da
Resposta: B energia interna do gás:
C 3Vi
06. Calculando primeiramente a potência do painel solar, temos: Q12 = v (Pf Vi − PVi i) = (Pf − Pi )
R 2
18 ⋅ 106 ⋅ 2 ⋅ 10%
Ppainel = = 100 W
10 ⋅ 60 ⋅ 60s Já no processo 23, o calor que entra no sistema é igual à variação
de entalpia do gás (ou seja, trocaremos o Cv pelo Cp). Portanto,
Para calcular a eficiência mínima para o ciclo de Carnot em ditas analogamente, temos:
temperaturas, vamos precisar calcular o valor máximo também, 5 5P V
que seria o do próprio ciclo: Q23 = (Pf Vf − Pf Vi ) = f i
2 2
Tf 4 + 273
emáx = = = 9,2
Tq − Tf 30 Portanto, conseguimos achar o rendimento do ciclo como:
T Vi (Pf − Pi ) 2 (Pf − Pi )
η= = =
A eficiência mínima será metade do valor máximo: Q12 + Q23 3Vi (Pf − Pi ) 5Pf Vi 8Pf − 3Pi
9,2 +
emin = = 4,6 2 2
2
Agora podemos comparar os valores. Vemos que para que a
Agora vamos calcular a potência real do calor passando pelos
afirmação seja coerente, Pf > Pi > 0, pois pressão nula ou negativa é
isolantes:
incoerente. Igualando o valor esperado com o valor calculado, temos:
kA∆T
Pisolante = = 4 2 (Pf − Pi )
eL = = 16Pf − 6Pi = 15Pf − 15Pi ⇒ Pf + 9Pi = 0
0,05 ⋅ 30 ⋅ 2 (80 ⋅ 30 + 80 ⋅ 40 + 30 ⋅ 40) ⋅ 10−2 150 15 8Pf − 3Pi
e= = W
e ⋅ 1,36 e
Veja que isso conclui que pelo menos uma das pressões é negativa,
Para o valor da eficiência máxima, temos que o que é um absurdo. Logo, a afirmação é falsa.
100
n= = 6,13333 09. Irei considerar os fenômenos já no processo inverso, isto é, partindo
150
da situação final e voltando para a inicial. Por eliminação: o item A
9,2
é incoerente, pois o inverso seria a esfera sendo jogada para o ar
sem influência externa. O item C tem um problema similar ao do
Logo, temos que a solução dada faria com que o painel solar
item A. A situação do item D descreve o calor sendo transferido de
conseguisse alimentar 6 geladeiras. Para a eficiência mínima, o
um corpo mais quente para um mais frio sem trabalho realizado,
painel consegue alimentar 3 geladeiras.
logo, é incoerente. O item E é similar ao item D, porém a troca
de matéria se refere a sair da estrela mais massiva para a menos
07. A ideia de degradação de energia se ilustra na perda de energia
massiva, porém, no processo inverso, a matéria sairia da menos
em processos físicos. Um dos enunciados da segunda lei da
massiva para a mais massiva. Restando apenas o item B. Veja que
termodinâmica é que é impossível uma máquina térmica converter
ele é coerente, pois a inversão do movimento só muda o sentido
todo o calor recebido em somente trabalho, sempre há uma
da rotação, cuja energia não se perde (idealmente falando).
quantidade desperdiçada.
Resposta: B
Resposta: E
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10. Note que a eficiência máxima teórica se relaciona com a 12. O calor que entra no sistema é representado pelo calor do processo
temperatura interna e externa do refrigerador. Logo, com AB, enquanto o trabalho será o trabalho no processo BC menos
ele, conseguimos achar a temperatura interna da geladeira. o módulo do trabalho do processo CA. Logo, temos:
Logo, vemos que: P V −P V
T = B B C C + PC ( VC − VB ) = 3.280 J
1 γ −1
e = emá x ⇒ emá x = 14
7
Já o calor que entra no sistema é dado por:
Porém, temos também que C
Tint QAB = v (PBVB − PA VA ) = 4.680 J
emá x = ⇒ 14 ⋅ 300 − Tint ⇒ Tint = 280 K = 7 °C R
(27 + 273) − Tint
Logo, seu rendimento é dado por:
Veja que a temperatura interna corresponde a um valor bom o 3.280
η= = 0,701
suficiente. 4.680
Agora vamos verificar o consumo energético. Para tal, vamos usar Veja que, como o processo BC é adiabático reversível, a variação
novamente a relação da eficiência, porém agora, veja que como de entropia nesse processo é nula, pois
estamos tratando de uma razão de calores, podemos também dQ
analisá-las como razões de potências (para ilustrar, bastaria dS =
T
dividir cada valor por um mesmo intervalo de tempo ∆t). Seja 1
o calor referente ao total enviado para o exterior; 2, o calor que
sai da geladeira para o exterior, e 3, o calor referente ao trabalho, 13. Nesta questão, iremos analisar primeiramente a situação
teremos então: inicial, isto é, dado um valor Q1, vamos analisar a variação de
P energia interna e o trabalho do sistema. Veja que o gás irá
e = 2 = 2 ⇒ P2 = 2P3
P3 fazer trabalho contra uma força externa constante de módulo
F = PatmA + mg ⇒ F = 100000 · 60 · 0,00001 + 8 · 10 = 680 N , e
Temos também que:
o gás irá empurrar contra essa força constante por uma distância
3
P1 = P2 + P3 ⇒ P1 = 3P3 ⇒ P3 = W d = 0, 2 m, ou seja, o trabalho do gás será W = 680 · 0,2 = 136 J .
8
Sendo assim, temos:
Como a geladeira fica ligada 1/8 do tempo durante um mês inteiro,
Q1 = nCv(100 − 30) + 136 J
temos que:
0,20 R$ 3 1 Para a situação 2, temos que o calor retirado do sistema –Q2 será
C= E = P3∆t ⋅ 0,20 = ⋅ ⋅ 24 ⋅ 30 ⋅ 0,2 = 6,75 R$
1 kWh 8 8 voltado somente para a variação de energia interna, pois não há
variação de volume. Sendo assim, temos: −Q2 = nCv(30 − 100)
O consumo é maior que o proposto de 5 reais, logo, a geladeira
não receberia a certificação. Logo, somando as equações, temos: Q1 − Q2 = 136 J
Resposta: A
11. Analisando por itens:
A) Falso. Veja que a entropia do sistema aumenta no trajeto
JK, mesmo com temperatura constante. Isso sugere trabalho 14. Analisando por itens:
realizado pelo sistema, pois T∆S = ∆U + W. Como a temperatura A) Falso. O ciclo de Carnot tem duas isotérmicas e duas
é constante e ∆S é positivo, o trabalho também é. Logo, adiabáticas, logo, esse ciclo não representa um ciclo de Carnot.
teríamos uma expansão, e não uma compressão. B) Falso. O ciclo converte calor em trabalho, e não o contrário.
B) Verdadeiro. Pela definição de entropia, temos TdS = dQ, veja C) Falso. Para analisar o item, basta analisar se o volume está
que estamos aqui retratando que a grandeza TdS também aumentando (trabalho positivo) ou diminuindo (trabalho
representa a variação de calor no gás. Portanto, para condições negativo). Logo, o trajeto AB tem trabalho positivo e o trajeto
de temperaturas constantes, o trabalho realizado será CD tem trabalho negativo. Como são processos isotérmicos, o
dQ = dU + PdV ⇒ dQ = PdV = TdS, onde dU = 0 para
valor do trabalho é o mesmo do calor. Logo, no processo CD
T constante. Logo, calculando a área do retângulo no gráfico,
teremos o trabalho. Logo : W = (T2 − T1)(S2 − S1). o gás libera calor, ao invés de receber.
C) Falso. Para encontrar o rendimento da máquina, devemos fazer D) Falso. Neste item, basta avaliar a variação de temperatura.
T Veja que a temperatura T1 referente à isoterma AB é maior que
η = 1 − 1 , pois a fração das temperaturas deve ser a menor a temperatura T2, referente à isoterma CD. Veja também que
T2
temperatura dividida pela maior. o processo AB não possui variação de energia interna, isto é,
D) Falso. Pois, como a entropia diminui, teríamos uma perda de ∆UAB = 0, que não é um número negativo. Enquanto a
calor, ao invés de o calor ser absorvido pelo sistema. transformação ∆UBC < 0, pois a temperatura diminui. Item
E) Falso. Veja que esta máquina térmica opera em um ciclo de errado, já que afirma que ambas as transformações têm
Carnot, pois temos duas isotérmicas e duas adiabáticas. As diminuição de energia interna.
adiabáticas são as que não possuem variação de entropia, E) Verdadeiro. Como a transformação DA possui volume
logo dQ = 0, pois dS = 0. Como o Ciclo de Carnot representa constante, essa transformação não tem trabalho realizado,
o máximo possível, nenhuma máquina pode ter rendimento
logo, todo calor recebido é transformado em energia interna.
maior que o da retratada no ciclo.
Item certo.
Resposta: B
Resposta: E

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Módulo de Estudo

15. Basta calcular o rendimento de Carnot dessa máquina: P1


Veja que P1V11,4 = P4 V41,4 ⇒ P4 =
η = 1−
(273 + 100) = 0,0675 = 6,8% 4 ⋅ 1,74
(273 + 127) 3P1
Veja também que: P2V21,4 = P3V31,4 ⇒ P3 =
4 ⋅ 1,74
Resposta: B
Portanto, temos:
16. Essa questão tem uma ideia similar à questão 4. Vamos primeiro
calcular a potência do ambiente para a sala: Estados Pressão Volume Pressão × Volume
kA∆T 0,6 ⋅ 10 ⋅ 2 (5 ⋅ 3 + 5 ⋅ 4 + 3 ⋅ 4 )
P= = = 2820 W Estado 1 P1 V1 P1V1
L 0,2

Qf Pf
A eficiência será e = = , onde Pf é o calor que sai da sala Estado 2 3P1 V1 3P1V1
W Pw
pelo tempo e PW é a potência da máquina fazendo o trabalho no 3P1 3P1V1
sistema. Veja que, para manter a sala na mesma temperatura, Pf Estado 3 4V1
4 ⋅ 1,74 1,74
deve ser igual à potência de entrada pelo isolante. Logo, temos:
P P1 P1V1
Pw = f = 1410 W Estado 4 4V1
2 4 ⋅ 1,74 1,74

Para acharmos o preço, basta fazermos a transformação de O calor que entra no sistema é dado pelo processo 12, ou seja,
unidade: temos que
C = (PW · 10−3 kW ) · (24 h) · 0, 5 = 16, 92 R$ C 5
Qq = nCv ∆T = v (P2V2 − P1V1) = (3P1V1 − P1V1) ⇒ Qq = 5P1V1
R 2
17. Vamos calcular primeiramente a área do gráfico, que corresponde
ao trabalho, e depois dividir pelo calor que entra no sistema Para achar o trabalho realizado no ciclo, basta calcular a soma
(isto é, o calor do processo CA e do processo AB). Para dos trabalhos do processo 23 e do processo 41. Logo, temos:
isso, vamos precisar achar o volume em B, e para isso basta
P V −P V P V −PV
utilizarmos a relação PAVA = PBVB ⇒ VBP0 = 3P0V0 ⇒ VB = 3V0. W = W23 + W41 = 2 2 3 3 + 4 4 1 1 =
O trabalho de AB é dado por γ −1 γ −1
 3   1   1 
V   3P V  P1V1  3 −  P1V1 1 −  2P1V1 1 −
WAB = nRT ln  B  ⇒ WAB = nR  0 0  ln3 = 3ln3P0 V0  1,74  1,74   1,74 
 V0   nR  + ⇒W=
0, 4 0, 4 0, 4
Veja que o calor de AB é igual ao seu trabalho.
Para concluir, basta dividirmos o trabalho pelo calor que entra no
O calor do processo CA é dado por sistema para acharmos o rendimento. Logo:
3R  3P V P V   1 
QAB = nCv ∆T = n  0 0 − 0 0  = 3P0 V0 2 1 −
2  nR nR  W  1,74  0,74
η= = = ≈ 43%
Qq 5 ⋅ 0, 4 1,74
Por fim, precisamos calcular o trabalho do processo BC.
Veja que ele é negativo, pois o volume diminui. Temos então: Resposta: C
WBC = P0(V0 – 3V0) = –2P0V0. Portanto, temos que o rendimento
desse ciclo é dado por: 19. Vamos analisar essa questão de maneira similar à questão 18.
W + WBC 3ln3 − 2 1,3 Vamos construir uma tabela com as mesmas grandezas. Vamos
η = AB = =
QAB + QCA 3ln3 + 3 6,3 assumir VB = V0. Como a razão de compressão é a mesma razão
da variação de pressão, podemos achar que VC = rV0. Para tal,
O rendimento teórico é mais simples de calcular. A temperatura vamos novamente precisar usar as relações adiabáticas, isto é:
maior é proporcional a 3P0V0, enquanto a temperatura menor é 1

proporcional a P0V0. Como a constante de proporção para ambas PA VA γ = PBVB γ ⇒ VA = V0r γ


Tβ 1
as temperaturas são iguais, a razão delas é dada por = , Como a compressão é proporcional a r, podemos dizer que o
portanto: T 3
volume de D é dado por
Tβ 2 γ +1
ηc = 1 − = VD = rVA = V0r γ
T 3

Para acharmos N, basta dividir ambos os valores: Estados Pressão Volume Pressão × Volume
2 6,3
N= = 3,23 1 1
3 1,3 Estado A P0 V0r γ
r γ P0 V0

Resposta: C Estado B rP0 V0 rP0V0

18. Vamos primeiramente montar uma tabela, organizando as Estado C rP0 rV0 r2P0V0
grandezas da pressão, volume e pressão × volume. Para tal, vamos γ +1 γ +1

precisar usar as relações de adiabáticas entre 1 e 4 e entre 2 e 3. Estado D P0 r γ


V0 r γ
P0 V0

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Módulo de Estudo

Com estes dados em mente, vamos desenvolver a expressão do Portanto, o calor que sai do sistema é:
rendimento. MP0  3 
Qf =  + ln2
W Q ρ0 2
η= = 1 − f , sendo Qf o calor que sai do sistema e Qq o que
Qq Qq B) Como o único calor que entra no sistema é no processo 23,
entra no sistema. temos que
n5R  2MP0 2MP0  5MP0
Veja que o calor que entra e que sai são por processos isobáricos, Qq = nCp ∆T =  −  ⇒ Qq =
2  ρ0 2ρ0  ρ0
logo, temos que
Cp Portanto, temos que o rendimento é dado por:
Qq = (PCVC − PBVB )
R 3
+ ln2 23
Qf 
E analogamente temos: η = 1− = 1− 2 ⇒ η =  − ln2
Qq 5 52 
Cp
Qf = (PA VA − PDVD ) 2
R
Logo, concluímos que 21. Para acharmos o rendimento desse ciclo, vamos calcular o calor
P V −P V que sai e entra no sistema. Como o processo 31 é adiabático, não
η − 1− C C B B há troca de calor. No processo 12, o volume aumenta sob pressão
PA VA − PDVD
constante, logo, o calor entra no sistema. No processo 23, o calor
sairá do sistema. Logo, temos que
Como temos todas as pressões e volumes, encontramos o
Cp 3030Cp
rendimento: Qq = nCp ∆T = ( 4040 − 1010) =
1 R R
r γ (r − 1)
1− γ

η = 1− = 1− r γ
De maneira similar, temos que
r (r − 1)
C 3640Cv
Qf = nCv ∆T = v ( 4040 − 400) =
R R
20. Usando a lei geral dos gases, temos:
mRT ρRT Logo, temos que o rendimento é dado por:
PV = nRT = ⇒P =
M M 3640Cv
R 3640 5050 − 3640
Logo, de maneira similar, um procedimento de densidade η = 1− ⇒ η = 1− ⇒η= ≈ 28%
4040Cp γ 3030 5050
constante é equivalente a um de volume constante. Portanto,
sabemos que o processo 23 é um isobárico, o processo 31 é R
P P0
isovolumétrico e o 12, veja que a grandeza = Constante =
ρ ρ0 22. Nessa questão, como é mais simples calcular o trabalho calculado
por cada sistema, pois basta calcular a área do triângulo, iremos
Logo, podemos perceber que, nesse processo, a grandeza T será usar a relação que
M P W
constante, pois T = ⋅ , logo, 12 é isotérmico. Analisando os η=
R ρ Qq
itens separadamente:
A) No processo 12, como a densidade do corpo aumenta, isso Veja que, como os triângulos são congruentes, o trabalho
significa que seu volume diminuiu, logo, seu trabalho será deles será igual. Portanto, para acharmos qual deles tem maior
negativo, isto é, o calor será externado do sistema. Veja que o eficiência, basta acharmos o calor que entra em cada ciclo. Vamos
trabalho de uma isotérmica é dado por chamar de Q1 o calor que entra no sistema 123, enquanto Q2 será
V  o calor que entra no sistema 134. Portanto, temos que
W = nRT ln  f 
 V0  η1 Q2
= =k
η2 Q1
 m 
 P0M  2ρ0  MP0 Caso k seja maior que 1, então o ciclo 1 é mais eficiente. Caso
Logo, temos que Q12 = nR  ln   ⇒ Q12 = − ln2
 Rρ0   m  ρ0 contrário, o ciclo 2 é mais eficiente.
 ρ0  Achando Q1, nota-se que o calor entra no sistema no processo
12 e no processo 23.
Veja que o sinal é negativo, pois a energia está saindo do
sistema. No processo 12, temos
C 3P V
Nota-se que, no processo 23, o sistema aumenta de volume Q12 = nCv ∆T = v (2P0 V0 − P0 V0 ) ⇒ Q12 = 0 0
à pressão constante, logo, seu trabalho é positivo, assim R 2
como sua variação de energia interna, sendo assim, energia
Já no processo 23, temos
é colocada no sistema. No processo 31, a pressão do sistema
Cp
diminui a volume constante, logo, sua variação de energia Q23 = (2P0 ⋅ 3V0 − 2P0V0 ) ⇒ Q23 = 10P0V0
interna é negativa e o trabalho é nulo, resultando em perda R
de calor no sistema. Sendo assim, temos que:
Portanto, o calor que entra em 1 é dado por
n3R  MP0 2MP0  3MP0 23P0 V0
Q31 = nCv ∆T = − ⇒ Q31 = −
2  Rρ0 Rρ  ρ0 Q1 =
2

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Módulo de Estudo

Para encontrarmos Q2, vamos achar o calor que entra no sistema pois o calor transferido não irá mudar a temperatura da
no processo 13: Q13 = nCv∆T + W, onde W é dado pela área do vizinhança, já que ela possui uma capacidade térmica muito
trapézio retângulo que é coberto pela reta 13. Ou seja, temos que grande em relação à de um copo. Somando as duas variações
1
W = P0 (3 V0 − V0 ) + (2P0 − P0 )(3 V0 − V0 ) ⇒ W = 3P0 V0 de entropia, vemos:
2
 ∆T  1+ ∆T  
∆S = ∆S1 + ∆S2 = mc  − + ln 
Já a variação de energia interna é dada por  T0  T0  
C 15P0 V0
∆U13 = v (2P0 ⋅ 3V0 − P0 V0 ) ⇒ ∆U13 =
R 2
Pela dica do problema, sabemos que
Portanto, temos que ∆T  ∆T 
> ln 1+
15P0 V0 21P0 V0 T0  T0 
Q13 = + 3P0 V0 = = Q2
2 2

Note que esse é o único processo em que entra calor no sistema Portanto, concluímos que a variação da entropia do universo
2, por isso é igual a Q2. Portanto, temos que: é negativa, o que vai contra a segunda lei da termodinâmica.
21P0 V0 B) Vamos supor que o corpo 1 vai para uma temperatura T + ∆T ,
Q2 2 21 ou seja, ele receberá uma quantidade de calor ∆Q1 = m1c1∆T ,
k= = ⇒k =
Q1 23P0 V0 23 ou seja, o corpo 2 irá liberar uma quantidade de calor idêntica,
2 porém, sua variação de temperatura é dada por
mc
23. Analisando por itens: ∆Q1 = m2c2∆T2 ⇒ ∆T2 = − 1 1 ∆T
m 2c 2
I. Correto. Veja que no processo AB, a expansão adiabática
é reversível, logo, sua variação de entropia é nula. Porém, a
compressão adiabática é irreversível, portanto, a entropia do Com isso, podemos calcular a variação de entropia do sistema
sistema aumenta, pois em toda transformação irreversível há completo. Vamos começar com a do corpo 1:
aumento de entropia.  ∆T   ∆T 
m1 c1
 m c ∆T 
II. Incorreto. Como entropia é uma função de estado, já que o ∆S1 = m1c1 ln 1+ = ln 1+ ⇒ ∆S1 = ln 1+ 1 1 
 T0   T0   T0 
gás começa e termina nas mesmas condições, sua variação de
entropia é nula, enquanto a vizinhança sofre um aumento de
entropia. Para o corpo 2, teremos:
m2 c2
III. Incorreto. Vimos no item anterior que de B para A ocorre um  m c ∆T   m c ∆T 
aumento de temperatura, portanto, de A para B deve ocorrer ∆S2 = m2c2 ln 1 − 1 1  = ln 1 − 1 1 
 m2c2T0   m2c2T0 
uma diminuição na temperatura, o que gera uma diminuição
 m1c1∆T 
na energia interna. ⇒ ∆S2 = ln 1 −
IV. Correto. Pois a energia interna é uma função de estado,  T0 

portanto só importa os estados inicial e final. Como o sistema
vai e volta para o mesmo estado, a variação é nula. Somando as variações de entropia, teremos:
Resposta: C   m c ∆T   m c ∆T     m c ∆T  2 
∆S = ln  1+ 1 1  1 − 1 1   = ln 1 −  1 1  
 T0   T0     T0  
24. Essa questão descreve um processo de expansão livre. Veja que,
antes de a lâmpada se quebrar, ela possuía gás dentro dela,
enquanto em seus arredores não tinha gás, ou seja, não havia Veja que o logaritmando é um valor entre 0 e 1, portanto,
pressão externa. Ao se quebrar, o gás expandiu sem interferências o ln deste valor é negativo, logo, a variação de entropia
até ocupar todo o volume da caixa. Nesse tipo de situação, não do universo é negativa, o que vai contra a segunda lei da
há trabalho realizado, pois não tem pressão externa fazendo com
termodinâmica.
que o gás realize algum trabalho. Não há troca de calor, pois o
sistema é isolado e, por consequência, não há variação de energia
interna, logo, a temperatura se manterá constante. Isso faz com 26. A) Veja que a situação é similar a uma expansão livre, porém no
que os itens A, B, C e D sejam verdadeiros, enquanto o item E é sentido oposto. Veja, portanto, que não terá troca de calor com
falso. a vizinhança e nem terá trabalho realizado pelo gás, portanto,
Resposta: E não terá variação de energia interna. Portanto, Tf = T0.
B) Como não há variação de energia interna, não terá variação
25. A) Vamos assumir que a temperatura do copo muda de T0 para de entropia por conta da mudança de temperatura, somente
T1 = T0 + ∆T.
pela mudança do volume. Portanto, temos que
Portanto, temos que a variação de entropia do copo d’água é:  V / 1000 
∆S = nRlog10   ⇒ ∆S = −3nR
 T + ∆T   ∆T   V
∆S1 = mc ln  0 ⇒ ∆S1 = mc ln 1+
 T0   T0 

Como a variação de entropia é negativa, o processo quebra a
Já a variação da entropia da vizinhança é dada por
∆Q −mc∆T segunda lei da termodinâmica.
∆S2 = =
T0 T0

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27. Primeiro é notável dizer que Q1 = W + Q2 e que Q3 + W = Q4.


Analisando primeiramente a máquina térmica, temos que:
W T1 − T2 TW
η= = ⇒ Q1 = 1
Q1 T1 ( T1 − T2 )
Já no sistema refrigerador, temos:
Q −W T4 T3
e= 3 = ⇒ Q3 = W
W T3 − T4 T3 − T4

Portanto, a fração pedida no problema é:


Q3 T3 ( T1 − T2 )
=
Q1 T1 ( T3 − T4 )

28. A) Veja que ∆Q = ∆mL, logo, temos que a variação de entropia


do sistema todo é a soma da variação de entropia da cozinha
somada à variação na água. Como a transição de gelo para
água ocorre no valor constante 273K e o ambiente irá continuar
na temperatura 298K durante todo o processo, a variação de
entropia do sistema do gelo até a água é:
L∆m
∆S = = 36,59 J / K
273
B) Essa variação é dada pela relação apresentada na questão 25.
Ou seja, teremos:
 298 
∆S = mc ln  = 11,04 J / K
 273 

C) Analisando a variação de entropia do ambiente, basta
pegarmos a soma dos calores que o ambiente cede e dividir
pela temperatura do ambiente, que não irá mudar durante o
processo:
1
∆Samb = − (L∆m + mc∆T ) = −45,98 J / K
298
Somando esse valor com a soma das variações de entropia da
água, temos:
∆Stotal = 36,59 + 11,04 − 45,98 = 1,65 J/K
Como deveria ser, pois a variação de entropia em uma
transformação irreversível como a descrita é sempre positiva.

∆E 8πGMk 8
29. Temos que ∆S = , e sabemos que ∆S = ∆M , e
T hc
∆E
também sabemos que ∆E = ∆Mc2. Podemos ver que T = ,
portanto: ∆ S
∆Mc2 hc3
T= =
8πGMk 8
8πGMk 8
∆M
hc

Resposta: D

30. O refrigerador quer transformar  litros de água em gelo.


Portanto, a massa que a máquina quer resfriar é m =  · 1 = .
Vamos primeiramente calcular o calor total necessário para que o
refrigerador congele a água. Primeiramente a água terá que sair
de sua temperatura e ir até a temperatura de congelamento, para
isso, temos ∆Q1 = mcT0 = cT0. Após isso, a água irá congelar para
gelo, o que pode concluir que ∆Q2 = mL = L.
Veja que o calor liberado para o ambiente externo será igual ao
calor gerado pela potência somado ao calor que sai da água, ou
seja, temos que: E = P ∆t + L + cT0.

SUPERVISOR(A)/DIRETOR(A): MARCELO PENA – AUTOR(A): KEN AIKAWA


DIG.: GEORGENES/SOFIA – REV.: LÍCIA/SARAH

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