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SISTEMAS ELÉTRICOS
ENERGIA E DESENVOLVIMENTO
1.1. Introdução;
Foi descoberta por um filósofo grego chamado Tales de Mileto que, ao esfregar
um âmbar a um pedaço de pele de carneiro, observou que pedaços de palhas e
fragmentos de madeira começaram a ser atraídas pelo próprio âmbar. Do âmbar
(gr. élektron) surgiu o nome eletricidade.
Tal observação iniciou o estudo de uma nova ciência derivada dessa atração.
Os estudos de Thales foram continuados por diversas personalidades, como o médico da rainha
da Inglaterra Willian Gilbert, que, em 1600, denominou o evento de atração dos corpos
de eletricidade.
Também foi ele quem descobriu que outros objetos, ao serem atritados com o âmbar, também
se eletrizam, e por isso chamou tais objetos de elétricos.
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Em 1730, o físico inglês Stephen Gray identificou que, além da eletrização por atrito, também
era possível eletrizar corpos por contato (encostando um corpo eletrizado num corpo neutro).
Através de tais observações, ele chegou ao conceito de existência de materiais que conduzem
a eletricidade com maior e menor eficácia, e os denominou como condutores e isolantes
elétricos. Com isso, Gray viu a possibilidade de canalizar a eletricidade e levá-la de um
corpo a outro.
O químico francês Charles Dufay também contribuiu enormemente para a aprimoração dos
estudos da eletricidade, quando, em 1733, propôs a existência de dois tipos de eletricidade, a
vítrea e a resinosa, que fomentaram a hipótese de existência de fluidos elétricos .
Essa teoria foi, mais tarde, por volta de 1750, continuada pelo conhecido físico e político
Benjamin Franklin, que propôs uma teoria na qual tais fluidos seriam na verdade um único
fluido. Baseado nessa teoria, pela primeira vez se conhecia os termos positivo e negativo na
eletricidade.
ENERGIA E DESENVOLVIMENTO
As contribuições para o então entendimento sobre a natureza da eletricidade tem se
aprofundado desde o século XIX, quando a ideia do átomo como elemento constituinte da
matéria foi aceita e, com ela, a convicção de que a eletricidade é uma propriedade de partículas
elementares que compõem o átomo (elétrons, prótons e nêutrons).
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As divergências de opinião entre Tesla e Thomas Edison, sobre corrente contínua, foi o motivo do
desentendimento entre eles. Tesla havia criado ferramentas para tornar viável o uso da corrente alternada,
uma forma eficiente de transmitir energia a grandes distâncias, mas perigoso em caso de acidente.
Edison, que baseava suas tecnologias na corrente contínua, era contra a “corrente assassina de Tesla”.
A corrente alternada de Tesla é a que hoje corre nos fios de alta tensão do planeta.
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Podemos afirmar que o Brasil tem feito seu “dever de casa” na área energética, tanto que é
citado como referência internacional na produção de petróleo em águas profundas, na
produção de etanol, no seu parque de geração hidrelétrico, no exponencial
aproveitamento da energia eólica, no seu extenso e integrado sistema de transmissão de
energia elétrica e, especialmente, na renovabilidade de sua matriz tanto energética quanto
de produção de energia elétrica.
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Figura 3 - População sem acesso à energia elétrica por região e tipo de zona, em milhões
de habitantes
Fonte: (IEA, 2010b)
Todos os anos, a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) apresenta, por meio do Plano
Decenal de Expansão de Energia (PDE), a configuração de referência para a expansão da
geração e das principais interligações dos sistemas regionais, atendendo aos critérios de
sustentabilidade socioambiental e de garantia de suprimento.
Este estudo subsidia o processo licitatório para expansão da oferta de energia elétrica,
com vistas a garantir o abastecimento adequado para o crescimento do país.
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O setor energético brasileiro é composto por empresas e instituições do poder público, como a
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a Eletrobras e Empresa de Pesquisa Energética
(EPE), e da iniciativa privada, que atuam em diferentes frentes, da geração à distribuição, passando
também pela regulamentação do setor.
A crise energética que afeta boa parte dos países do mundo foi potencializada pela pandemia do novo
coronavírus, levando esses agentes que compõem o setor energético brasileiro a buscar alternativas
para evitar perdas que pudessem prejudicar as operações e, por consequência, o consumidor final.
De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia, as companhias de energia elétrica deixaram
de arrecadar mais de R$ 16 bilhões somente entre março e outubro do ano de 2020.
Para resguardar o setor, o governo federal criou a Conta-Covid, uma medida de apoio às distribuidoras de
energia elétrica. Os empréstimos, que também totalizam cerca de R$ 16 bilhões, são feitos via BNDES e visam a
cobrir déficits ou antecipar as receitas das empresas até dezembro de 2020, poupando, assim, os consumidores
de possíveis aumentos tarifários.
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Nesse mesmo sentido, a Medida Provisória 998, editada no Congresso, prevê que as empresas de
transmissão e geração de energia destinem os valores previstos para a área de Pesquisa e
Desenvolvimento (P&D) para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo que financia
políticas públicas de benefício ao setor elétrico.
A saída para a crise energética e para situações como as causadas pela pandemia
passa por investimentos em fontes de energia renovável capazes de trazer uma maior
diversificação para a matriz energética brasileira.
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Percebemos pelo gráfico que a matriz energética brasileira é mais renovável do que a mundial.
Essa característica da nossa matriz é muito importante.
As fontes não renováveis de energia são as maiores responsáveis pela emissão de gases de
efeito estufa (GEE). Como consumimos mais energia das fontes renováveis que em outros países,
dividindo a emissão de gases de efeito estufa pelo número total de habitantes no Brasil, temos que
nosso país emite menos GEE por habitante que a maioria dos outros países.
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• Desde 2004, foram realizadas mais de 3,5 milhões de ligações, beneficiando 16,8 milhões
de pessoas, evidenciando o inegável avanço proporcionado pelo LPT.
• Estudo elaborado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) estimou em 990 mil o
número de pessoas nessa condição na Amazônia Legal; pouco mais de 32% delas
residindo em terras indígenas, territórios quilombolas homologados, unidades de
conservação ou assentamentos rurais. Parcela importante dessa população localiza-se em
áreas onde a baixa densidade populacional e as restrições geográficas e ambientais
impedem a extensão das redes de distribuição.
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