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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA


CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE BOM JESUS DA LAPA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA – UFOB


Curso: Engenharia Elétrica
Disciplina: Energias Renováveis
Professor: Manoel Messias Silva Junior
Aluno: Sâmia Arcanja Ferreira Data: 05/11/2021

ATIVIDADE EM SALA DE AULA: ENERGIA NUCLEAR

Energia nuclear: Desenvolvimento e desafios

Com a demanda de energia elétrica aumentando continuamente a fim de atender


o consumo de eletricidade, tem -se buscado energias alternativas, falando de Brasil, além
da energia hidroelétrica por exemplo. A nível mundial, a busca por fontes energéticas
diversificadas tem sido preocupação constante, pois diferentes matrizes asseguram a
autonomia de um país, segurança energética e geração de riquezas.

A energia nuclear tem figurado como alternativa ao longo dos anos, mesmo
enfrentando desconfiança com adiamento de investimentos, mesmo que “a participação
da energia nuclear na geração mundial de energia elétrica passou de 2% a 11,7% apesar
de o acidente de Fukushima, em março 2011.” [1]. Segundo dados de maio de 2019 da
Associação Nuclear Mundial (WNA, na sigla em inglês), existem 447 reatores nucleares
em operação no mundo, em 30 países, com capacidade instalada total de 398,154 MWe.
E é na Ásia que se concentra o maior número de novos reatores [2].

No panorama mundial, a energia nuclear enfrenta fortes entraves, seja pelo


histórico, como pelo conceito de sustentabilidade. A ODS 2030 da ONU, estabelece em
seu objetivo 7: “Até 2030, reforçar a cooperação internacional para facilitar o acesso a
pesquisa e tecnologias de energia limpa, incluindo energias renováveis, eficiência
energética e tecnologias de combustíveis fósseis avançadas e mais limpas, e promover o
investimento em infraestrutura de energia e em tecnologias de energia limpa” [3]. Apesar
de configurar como energia limpa já que apresenta o mínimo impacto em termos de
emissão de CO2, a energia nuclear não é renovável.

Porém, este não é o único motivo de incertezas quanto a implementação mais forte
da energia nuclear no cenário mundial. A insegurança reforçada pelo histórico de
acidentes, como Chernobyl e a mais recente Fukushima, não deixa a matriz nuclear ser
bem recebida estrategicamente, dado os impactos ambientais e populacionais causados,
apesar dos avanços tecnológicos e pesquisas que procuram garantir indicadores de
segurança. Por isso, globalmente há controvérsias no uso dos reatores nucleares, como
exemplo, tem-se a Alemanha que anunciou em 2011 o fechamento de todas as usinas
nucleares até 2022, e em contra partida, a Ucrânia defende a energia nuclear como
alternativa e “parte inalienável do progresso científico”.

Com isto, fica claro que pelos próximos anos um dos interesses das nações, vide
a alta demanda de eletricidade, se concentrará na independência da geração de energia e
isso pode ser bem desafiador, já que o conceito de desenvolvimento sustentável não tem
deixado margem para o uso desta fonte energética. Resta saber, como o cenário global
resolverá estas questões a fim de garantir o fornecimento de energia elétrica para um
mundo cada vez mais dependente.

REFERÊNCIAS

[1] MALTA, S. Desafios para a energia Nuclear. Brasil Energia, 2017. Disponível em:
https://editorabrasilenergia.com.br/desafios-para-energia-nuclear/. Acesso em:
05/11/2021

[2] ELETROBRAS. Energia nuclear no Mundo. Disponível em:


https://www.eletronuclear.gov.br/Sociedade-e-Meio-Ambiente/Espaco-do-
Conhecimento/Paginas/Energia-nuclear-no-mundo.aspx. Acesso em: 05/11/2021

[3] Agenda 2030. Objetivos do Desenvolvimento sustentável: Objetivo 7. Plataforma


Agenda 2030. Disponível em: http://www.agenda2030.com.br/ods/7/. Acesso em:
05/11/2021

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