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A energia nuclear tem figurado como alternativa ao longo dos anos, mesmo
enfrentando desconfiança com adiamento de investimentos, mesmo que “a participação
da energia nuclear na geração mundial de energia elétrica passou de 2% a 11,7% apesar
de o acidente de Fukushima, em março 2011.” [1]. Segundo dados de maio de 2019 da
Associação Nuclear Mundial (WNA, na sigla em inglês), existem 447 reatores nucleares
em operação no mundo, em 30 países, com capacidade instalada total de 398,154 MWe.
E é na Ásia que se concentra o maior número de novos reatores [2].
Porém, este não é o único motivo de incertezas quanto a implementação mais forte
da energia nuclear no cenário mundial. A insegurança reforçada pelo histórico de
acidentes, como Chernobyl e a mais recente Fukushima, não deixa a matriz nuclear ser
bem recebida estrategicamente, dado os impactos ambientais e populacionais causados,
apesar dos avanços tecnológicos e pesquisas que procuram garantir indicadores de
segurança. Por isso, globalmente há controvérsias no uso dos reatores nucleares, como
exemplo, tem-se a Alemanha que anunciou em 2011 o fechamento de todas as usinas
nucleares até 2022, e em contra partida, a Ucrânia defende a energia nuclear como
alternativa e “parte inalienável do progresso científico”.
Com isto, fica claro que pelos próximos anos um dos interesses das nações, vide
a alta demanda de eletricidade, se concentrará na independência da geração de energia e
isso pode ser bem desafiador, já que o conceito de desenvolvimento sustentável não tem
deixado margem para o uso desta fonte energética. Resta saber, como o cenário global
resolverá estas questões a fim de garantir o fornecimento de energia elétrica para um
mundo cada vez mais dependente.
REFERÊNCIAS
[1] MALTA, S. Desafios para a energia Nuclear. Brasil Energia, 2017. Disponível em:
https://editorabrasilenergia.com.br/desafios-para-energia-nuclear/. Acesso em:
05/11/2021