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RPCFB PESQUISA

Juan Esteves
REDE DE PRODUTORES
Manu Mello Franco
CULTURAIS DA FOTOGRAFIA
Renata Baralle
NO BRASIL
Renata Massetti
Simonetta Persichetti
Associação Fotoativa (Região Norte)
Carlos Carvalho (Região Sul)
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Claudia Tavares (Rio de Janeiro)
Sérgio Burgi
Estudio Madalena (São Paulo)
João Kulcsár
Guto Muniz (Região Sudeste)
Patricia Gouvêa
IFOTO (Região Nordeste)
Ricardo Junqueira
Fernanda Magalhães Rinaldo Morelli (Região Centro-Oeste)

Alexandre Belém
Fernanda Feitosa
Rinaldo Morelli CATÁLOGO
Eduardo Queiroga Coordenação Editorial
Iatã Cannabrava
CONSELHO FISCAL Juan Esteves
Miguel Chikaoka Talita Virgínia
Eugênio Savio Design Gráfico
Tiago Santana
Ekaterina Kholmogorova
Gráfica
DIRETORIA EXECUTIVA
Leograf
Iatã Cannabrava Presidente
Carlos Carvalho Vice-presidente
Milton Guran Diretor de Relações Institucionais
Clicio Barroso Diretor Administrativo-Financeiro PORTAL DA RPCFB
Coordenação Editorial
GRUPOS DE TRABALHO Clicio Barroso
Paulo Boni Educação Iatã Cannabrava
Eder Chiodetto Difusão Simonetta Persichetti
João Roberto Ripper Ação Social Talita Virgínia
Jully Fernandes Relações Internacionais
Henrique José Políticas Públicas Editores Regionais
Ricardo Mendes Memória Associação Fotoativa (Região Norte)
Guto Muniz Direito Autoral
Carlos Carvalho (Região Sul)
Eraldo Peres Economia da Fotografia
Espaço f/508 de Fotografia (Região Centro-Oeste)
Joanna Mazza Gestão de Festivais
Henrique José e Rosilene Pereira (Região Nordeste)
Manu Mello Franco (Região Sudeste)
PESQUISA, PORTAL, ENCONTRO E CATÁLOGO
COORDENAÇÃO GERAL
Clicio Barroso Associação de Fotógrafos Fototech Design Gráfico
Iatã Cannabrava Estudio Madalena Ekaterina Kholmogorova

COORDENAÇÃO DE PESQUISA E PRODUÇÃO Desenvolvimento


Talita Virgínia memeLab
ASSOCIADOS DA REDE

A Casa da Luz Vermelha / Kazuo Okubo Photo Studio Ltda. Cosac Naify Hans Georg Observatório de Favelas do Rio de Janeiro
A Escrita da Luz – Grupo de fotografia Dante Gastaldoni Helouise Costa ONG Alfabetização Visual
Adalberto Rizzo Débora Viana Setenta Hugo de Macedo Pablo Alfredo De Luca
Adrovando Claro de Oliveira Diógenes Moura Huma – Escola de Fotografia Pablo de Regino
Agência Ensaio Duo Arte Produções Iatã Cannabrava Pablo Pinheiro
Alberto Melo Viana Eder Chiodetto IFOTO – Instituto da Fotografia Patricia Gouvêa
Alcyr Mesquita Cavalcanti Editora Olhares IIF – Instituto Internacional de Fotografia Patrícia Veloso
Alexandre Belém Editora Tempo d’Imagem Imã Foto Galeria Paula Cinquetti
Alexandre Fonseca Eduardo Queiroga Imagem Brasil Paulo César Boni
Alexandre Santos Elis Regina Nogueira ImageMagica Paulo Cesar Rodrigues Amoreira
Ana Carolina Póvoas Emídio Bastos Imaginar Fotografias Paulo José Rossi
André Luis Carvalho Eraldo Peres da Silva Imago Fotografia Ltda. Pedro Vasquez
Andreas Valentin Escola da Travessa Inaê Coutinho Photo Agência
Angela Magalhães Escola de Fotografia Local Foto Inarra – Grupo de Pesquisa Imagens, Narrativas e Práticas Culturais PIUM Fotoclube
Antonio Fatorelli Espaço f/508 de Fotografia Instituto Casa da Photographia Porolhos
APHOTO – Associação Potiguar de Fotografia Estúdio 300 Instituto Cultural Anima Portfólio Escola de Fotografia
Arte 21 Artes e Eventos Culturais Ltda. Estúdio He Instituto Itaú Cultural Primeira Fotogaleria
Arte Plural Galeria Estudio Madalena Instituto Kreatori Projeto Contato – Escola e Estúdio Fotográfico Ltda.
ARTSALON – New Art for New Collectors Feira Foto Clube Instituto Pireneus Projeto Subsolo – Circulação de Arte
Associação Brasileira de Arte Fotográfica – ABAF Fernando de Tacca Iris Foto Grupo Rede Amazônia de Fotografia
Associação Cultural FotoGoyazes Foco in Cena (Razão Social: Casa da Foto Ltda) Iris Produção Cultural Ltda. Renata Maria Victor de Araujo
Associação de Fotógrafos de Brasília – AFOTO Fórum da Fotografia – Ceará Isabel Amado
Ricardo Borges Rodrigues
Associação de Fotógrafos de Natureza – AFNATURA Fórum da Fotografia Paraibana Itamar Nobre
Ricardo Hantzschel
Associação de Fotógrafos Fototech Forum Mineiro de Fotografia Autoral Joana Mazza
Ricardo Junqueira
Associação Fotoativa Foto Cine Clube Coelho Neto João Kulcsár
Ricardo Lima
Associação Profissional dos Repórteres Fot. e Cinemat. – ARFOC Rio Foto Clube Cataratas do Iguaçu João Lobo
Ricardo Magoga Gallarza
Associação Profissional dos Repórteres Fot. e Cinemat. – ARFOC SP Foto Clube Piracicaba João Musa
Ricardo Mendes
Ateliê da Imagem Espaço Cultural Foto Clube Roraima Joaquim Paiva
Riguardare Ensino e Desenvolvimento da Fotografia Ltda.
Ateliê Novo Foto in Cena Produções José Mamede
Rinaldo Morelli
Barba Cabelo & Bigode Produções Culturais Fotô Produção e Consultoria em Imagem e Arte Ltda. Kamara Kó Fotografias Ltda ME
Roberto Henrique da Silva
Bárbara Copque Fotoclube ABC Click Labfoto – Laboratório de Fotografia / UFBA
Rodrigo Augusto Soares
Bernardo José de Souza Fotoclube BH Laboratório de Imagem e Som em Antropologia – LISA/USP
Rogério Zanetti Gomes
Bia Fiuza Fotoclube Foto&Companhia Ladrões de Alma
Ronaldo Entler
Binóculo Produção e Editora Ltda. ME Fotoclube Payayá Lente Cultural Coletivo Fotográfico
Rose May Carneiro
Bolsa de Arte de Porto Alegre Fotoclube Poesia do Olhar Luiz Alexandre Lima Ferreira
Rosely Nakagawa
Brasil Imagem Serviços Fotográficos Ltda Francisco Custódio Júnior Luiz Eduardo Robinson Achutti
Rubens Fernandes Junior
Brazimage Francisco Gustavo Costa de Lima e Moura Lume Photos
Camera Com Frido Claudino Luz Tropical Cultura & Produções Ltda. Salvador Fotoclube
Câmera Viajante – Escola de Fotografia e Cinema Full Frame Escola de Fotografia Magma Cultural Sandro Alves Oliveira
Camera Work Produções Fotográficas e Culturais Ltda. Galeria CMafra Magna Domingos / Galeria Dom Sergio Burgi
Candango Fotoclube de Brasília Galeria da Gávea Mandacaru Foto Clube-PE Silas de Paula
Canindé Soares Galeria da Rua Manu Castilho Simonetta Persichetti
Carlos Carvalho Galeria de Babel Marcia Mello Sociedade Fluminense de Fotografia
Carmen Brigida Negrão Galeria do Ateliê Marcio Resende Mendonça SP Foto Arte Eventos Culturais Ltda.
Casa da Fotografia Rosary Esteves Galeria Olho de Águia Maria Bernadete Brasiliense Susana Dobal
Cipó Comunicação Interativa / Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia de Galeria Tempo Maria Christina Terra da Luz Editorial
Salvador Galeria Zoom de Fotografia de Paraty Maria de Fatima da Silva Terra Vermelha Cultural
Claudia Tavares Galeria ZooN de Fotografia Maria Fernanda Vilela de Magalhães Terra Virgem Editora e Produções Culturais Ltda.
Claudio Feijó Garapa Mariano Klautau Filho Território da Foto
Cleber Falieri Georgia Quintas Mateus Sá Tiago Santana
Clube da Objetiva GGT Gestão e Produção de Projetos Culturais ME Miguel Takao Chikaoka Tibério França
Clube de Fotografia Gerson Bullos Glicia Gadelha Milton Guran Titus Riedl
Coletivo Gota de Luz Grupo Câmara Escura Nadja Maria Fonsêca Peregrino Travessa da Imagem – Ateliê Multimídia Ltda.
Coletivo Morena Foto Grupo de discussão FotoPE NFOTO – Núcleo de Pesquisa em Fotografia Trilharte
Comissão Setorial da Fotografia PE Grupo TotemArt Nívia Uchôa Trotamundos Coletivo
CONFOTO – Confederação Brasileira de Fotografia Guerrilha Fotográfica Núcleo de Fotografia de Campinas Tyba Agência Fotográfica
Confraria Fotográfica Gustavo Boroni Núcleo Imagem Latente WA Imagem Fotografia e Produção Cultural Ltda.
ÍNDICE

APRESENTAÇÃO 8

ENTENDA A REDE 10

ALGUNS ANTECEDENTES E OUTRAS HISTÓRIAS 13

1. Passando a história a limpo: a Funarte e a fotografia brasileira 14

2. União dos Fotógrafos de Brasília e os movimentos de fotógrafos no Rio de Janeiro 17

3. O surgimento das galerias especializadas em fotografia no Brasil 20

4. Revisionária – Saga e síntese da fotografia sulista 22

5. A experiência de Belém 25
6. Marcas do Nordeste na fotografia brasileira 30

7. Viva a União! – União dos Fotógrafos do Estado de São Paulo 33

8. Os movimentos da fotografia em São Paulo 37

A PESQUISA 43

I. Os Festivais e Encontros 46

1. Festivais 46

2. Encontros, Seminários e Simpósios 56

3. Projetos especiais 61

II. Os produtores culturais 66

III. Associações de Classe e Fotoclubes 84

1. Associações de classe 84

2. Fotoclubes e Bienais 88

IV. Galerias especializadas em fotografia 90

V. Espaços Culturais 94

VI. Editoras 98

VII. Meios de difusão da fotografia 100

1. Acervos, Coleções e Prêmios 100

2. Publicações especializadas 103

3. TV, Internet, Vídeo 106

VIII. Os Pesquisadores, Críticos e Curadores 109

IX. O Ensino da fotografia 119

1. Ensino acadêmico 119

a) Coordenadores de núcleos de pesquisa, ações culturais e afins 119

b) Instituições de ensino e graduações 122

2. Cursos livres 127

X. A fotografia como instrumento de ação social 132

INTEGRA DAS MESAS DO I CONGRESSO DA RPCFB (DVD) 138


APRESENTAÇÃO

O I Encontro de Agitadores Culturais da Fotografia no Brasil − realizado durante o 5º Festival Se juntarmos o total de horas trabalhadas veremos que só mesmo num modelo colaborativo
Internacional de Fotografia de Paraty – serviu de arrancada final para a implantação da Rede de seria possível alcançar os resultados obtidos.
Produtores Culturais da Fotografia no Brasil. Dois anos depois, confirmamos a suspeita inicial
de que, apesar de muito trabalhosa, a tarefa não seria nada difícil. Sabíamos que estávamos E agora? Os próximos passos de consolidação de nossa REDE traz alguns desafios. O pri-
preparados para formatar esta associação, pois ela é o centro de convergência de um proces- meiro será o de manter a energia atuante que nos levou a participar ativamente no renascimento
so do qual todos fizemos parte, iniciado nos anos 1980, de organização do fazer cultural na do Prêmio Marc Ferrez da Funarte (uma edição em 2010 e outra a ser lançada ainda em 2011); e
fotografia brasileira. Os festivais, as escolas, as associações, as galerias, os mestres de nossa no lançamento em agosto de 2011 de um Prêmio Estímulo inédito para publicações de fotografia
academia, os produtores culturais autônomos e mais uma série de outros realizadores e seus no Estado de São Paulo. Também será necessário manter viva a energia que nos levou ao núme-
produtos, vivem um momento de maturidade que chegou junto com a identificação dos prin- ro recorde de 42 festivais e encontros de fotografia no país, que tem possibilitado uma enorme
cipais problemas nos campos da produção, difusão e ensino da fotografia. Era a hora de reunir quantidade de conexões entre os diversos polos fotográficos, coisa inédita no país, assim como
essas iniciativas, saber quantos somos, o que e onde fazemos e, com o uníssono possível, a parceria com outras redes e diretores de festivais e iniciativas fotográficas na América Latina.
buscar apoio para o que poderíamos chamar de “colocar a fotografia como política de estado”,
e ao mesmo tempo obter apoio para a consolidação da fotografia brasileira entre as expressões No entanto, o maior desafio será junto aos governos municipais, estaduais e governo
do portifólio cultural que forma a imagem do Brasil. federal, à iniciativa privada e a fontes de financiamentos internacionais, para aumentar significa-
tivamente os recursos disponíveis para o fazer cultural da fotografia. Dessa forma, precisamos
Com apoio do Ministério da Cultura, que aqui agradecemos juntamente com a Secretaria trabalhar, por um lado, através de políticas públicas que tenham caráter de política de Estado e,
de Políticas Culturais, que perceberam a importância desse momento histórico e buscaram por outro, com projetos cuja parceria com a iniciativa privada concretize um portifólio de ações
ter o seu protagonismo no processo, iniciamos a formatação de nossa REDE, organizando e culturais no campo da fotografia que tenha a dimensão já alcançada pela fotografia brasileira
produzindo esta pesquisa que aqui publicamos, além de disponibilizarmos de maneira com- contemporânea no cenário internacional. Para alcançarmos esse patamar, é fundamental que
pleta em nosso site, com mais de 500 verbetes que abrangem mais de 300 realizadores agentes financiadores da cultura tenham números, informação e verba específicos para a foto-
de atividades culturais que envolvem a fotografia. Ainda não é uma pesquisa que nos traga grafia. Essa tarefa exige a parceria do Estado brasileiro com a iniciativa privada e a sociedade
a dimensão econômica do setor, mas é o passo inicial para – em possíveis parcerias com civil cultural.
órgãos da ciência da pesquisa, como o IBGE e outras instituições – promover uma pesquisa Aprendemos nesses últimos dois anos de discussão dentro da REDE que a fotografia de
qualitativa em profundidade, para estabelecer qual o nosso peso no PIB cultural do país. fato deve ser compreendida como um campo específico transversal a muitas outras áreas do
escopo cultural: somos artistas visuais, mas muitas vezes somos jornalistas, documentaristas,
Nesse processo foi fundamental a integração e o apoio de outras redes e associações, as cientistas, sócio-educadores − e é dentro dessa transversalidade que a atuação da REDE deve
quais merecem nosso total agradecimento. Primeiramente a Fototech, maior associação de se estabelecer como referência para o desenvolvimento da fotografia brasileira.
fotógrafos do país, que teve uma participação fundamental ao emprestar sua expertise, seu
nome e sua figura legal, sob a qual foi firmado o convênio que financiou todo o trabalho de pes- Estamos no protagonismo de um Brasil em transformação, referência mundial em de-
quisa. Também foi fundamental a participação de redes como FotoAtiva de Belém (PA), o Ifoto senvolvimento econômico e distribuição de renda, caminhando para nos tornarmos a quinta
de Fortaleza (CE), a Fototech Mineira, o F / 508 de Brasília (DF) o FestFotoPoa de Porto Alegre economia mundial em poucas décadas. Em um prazo de apenas cinco anos, vamos sediar a
(RS) e o FotoRio no Rio de Janeiro, entre muitas outras espalhadas em todas as regiões do Copa do Mundo e as Olimpíadas. Os fotógrafos e os que pensam a fotografia devem assumir
país. É importante salientar que esta pesquisa inédita só foi possível graças a possibilidade de a responsabilidade que lhes cabe na documentação deste momento.
trabalharmos no formato Wiki, onde os diferentes realizadores culturais dos vários estados in-
dicavam outros realizadores de outras localidades e cada um ia preenchendo sua própria ficha. Rede de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil
ENTENDA A REDE

A Rede de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil é fruto de alguns movimentos que Em 10 de fevereiro, houve uma nova reunião dos representantes da Rede com José
se iniciaram no final da década de 1970 e início da década de 1980, quando entidades Luis Herência, secretário de Políticas Culturais, Micaela Neiva, da Secretaria Executiva
como a União dos Fotógrafos de Brasília, UFB, e União dos Fotógrafos do Estado de São do MinC e Juliana Nolasco, coordenadora dos Negócios da Cultura. Em pauta: o Encontro
Paulo, UFESP, surgiram. da Rede de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil, a ser realizado em Brasília; uma
pesquisa quantitativa das iniciativas culturais em nossa área, a ser realizada pela RPCFB;
Também nasceu com respaldo dos movimentos culturais que se iniciaram nas Se- e seu desdobramento em uma pesquisa qualitativa a ser desenvolvida pelo Ministério.
manas Nacionais de Fotografia criadas pela Funarte, nas Semanas Paulistas de Fotogra-
fia organizadas pela UFESP, nas Semanas de Fotografia de Curitiba, nas Bienais, tanto A vasta pesquisa que encorpa este catálogo é a somatória de meses de trabalho da
profissionais como aquelas criadas pelos fotoclubes, que abriram caminhos políticos e equipe da RPCFB, em busca de informações de difícil disponibilidade, nos recônditos da
culturais. fotografia brasileira. Ao dados encontrados publicamente, somaram-se informações for-
necidas pelos produtores de diferentes modalidades: do curador ao produtor de festivais,
Essas manifestações ganharam consistência e, ao longo dos anos, desenharam um do professor ao pesquisador acadêmico, dos produtores de workshops aos militantes
cenário harmonioso para que em setembro de 2009 na 5ª edição do Festival Paraty em do fotoclubismo, entre tantas e tão diversas manifestações, que ocorreram nas últimas
Foco, pudesse acontecer uma reunião com o objetivo de criar um verdadeiro amálgama quatro décadas, bem como uma pesquisa histórica que vai mais distante para oferecer
diante de um contingente de produtores tão diversificado e tão distante geograficamente. mais informações.

Durante uma reunião de “agitadores” culturais, que contou com a presença de re- Acreditamos que não basta reunir toda essa informação se ela não for compartilha-
presentantes do Ministério da Cultura, foi elaborada a “Carta de Paraty”, buscando maior da amplamente, e se as dificuldades surgiram, os percalços só engrandeceram esse
respaldo governamental para as ações ligadas à fotografia no país. Depois que o então conteúdo agora disponibilizado, e que é ainda maior em sua versão virtual. Estamos
ministro da Cultura Juca Ferreira a recebeu, em dezembro de 2009, no dia 05 de janeiro certos de que essa produção da Rede, de maneira inédita no Brasil, formatou um banco
de 2010 a comissão se reuniu com Sérgio Mamberti, então presidente da Funarte, e com de memória precioso, que abrigará no futuro com muita pertinência os mais exigentes
Ricardo Rezende, diretor de centro de Artes Visuais do mesmo órgão para aprofundar a pesquisadores e que por certo faz justiça à criação de uma imagem fotográfica que brilha
discussão sobre os editais de fotografia lançados pela Instituição. pelos quatro cantos deste grande país.
ALGUNS ANTECEDENTES
E OUTRAS HISTÓRIAS

Esses oito textos foram especialmente encomendados a pesquisadores, jornalistas e acadêmicos, testemunhas
oculares das diversas manifestações que a fotografia brasileira vem presenciando nas últimas décadas. Começan-
do pelo papel da FUNARTE – INFOTO, passando pelos movimentos regionais de Brasília, Rio de Janeiro, Belém,
São Paulo, Sul e Nordeste do país, ou pelo fenômeno das galerias especializadas em fotografia, o pesquisador
encontra não só informação, mas opinião crítica de quem testemunhou e agora compartilha a história da produção
cultural na fotografia brasileira.
maioria delas como coordenadoras, o que nos pos- espaço de convivência não controlado, não hierar-

PASSANDO A HISTÓRIA A LIMPO:


1 sibilita falar de seus pressupostos, de sua realiza-
ção, de suas conseqüências – a ponto de associá-
-las àquilo que Nietzsche denomina de vontade de
potência enquanto força criadora de novos valores,
como uma pulsão de vida que cada um tem dentro
quizado, mas exemplarmente integrador, como se
atesta nos variados depoimentos de quem viven-
ciou as SNF.
Do ponto de vista multidisciplinar, estava em
pauta minimizar a carência do ensino formal, já que
A FUNARTE E A FOTOGRAFIA BRASILEIRA de si. nos anos 1980 existiam poucos canais para aquisi-
Feito este parêntese, podemos dizer que o pri- ção de uma sólida cultura visual. Diversas reflexões
Angela Magalhães/Nadja Fonsêca Peregrino meiro encontro, realizado no Rio de Janeiro (1982), se multiplicaram através das Semanas. Uma via de
Curadoras e Pesquisadoras Associadas funcionou como projeto piloto para a estruturação de análise fecunda foram, por exemplo, as oficinas Foto-
uma política de atuação nacional e, para tanto, fotó- grafia dentro da história da arte (Annateresa Fabris),
grafos de diversas capitais foram convidados a traçar Fotografia e a pequena história de Walter Benjamin
um diagnóstico do movimento fotográfico em suas (Maurício Lissovsky), Fotografia e expressão pesso-
regiões. Por vários dias, sob a coordenação de Pedro al (Luis Humberto Martins Pereira) e Fotografia en-
Vasquez, estiveram reunidos no Museu Nacional de quanto análise antropológica (Etienne Samain). Por
Belas Artes, então sede da Funarte, Bené Fonteles sua vez, Alair Gomes, na IV SNF, rouba a cena ao
(MT), Claudio Versiani (MG), José Albano (CE), Gusta- falar com entusiasmo sobre “a fotografia como cria-
vo Moura (PB), Luiz Carlos Felizardo (RS), Milton Gu- ção artística”. Já na VII SNF, a programação adquiriu
ran (DF), Nair Benedicto (SP), Orlando Azevedo (PR) um tom mais unívoco, alinhando-se com questões
e Valdir Afonso (PE). Buscávamos uma dinâmica de multimídias, até então pouco abordadas no campo
O ano de 1975 assinala a entrada da Funarte no pa- Filho – A ruptura da fotografia nos anos 50, cuja pes- trabalho descentralizada do eixo Rio-São Paulo, que da fotografia. Orientando-se por este pressuposto, o
norama da cultura brasileira. Sua eficácia se traduz quisa de Nadja Peregrino e Evandro Ouriques abriu ca- também incorporasse a produção latino-americana, crítico Arlindo Machado e os artistas Eduardo Kac e
na redefinição do papel do Estado que, se a princípio minhos para o aprofundamento do tema, proposto por visando estabelecer um diálogo permanente entre Ormeo Botelho trouxeram, respectivamente, num ci-
investia numa política de preservação do patrimônio, Helouise Costa e Renato Rodrigues no livro Fotografia fotógrafos veteranos e iniciantes. Logo em seguida, clo de palestras – O video-impacto da imagem eletrô-
agora surge como força inovadora em tempos de Moderna no Brasil (Funarte, 1999). Sem esquecer que os técnicos da Funarte começaram a percorrer o país nica (Machado), A holografia (Kac) e A computação
abertura da ditadura militar. Voltada para uma atuação Boris Kossoy, em seu antológico Origens e Expansão para estabelecer parcerias que possibilitassem a cir- gráfica (Botelho) –, sem estabelecer fronteiras a fim
nacional, a Funarte se manteria atenta aos interesses da Fotografia no Brasil – século XIX, (Funarte, 1979), culação das semanas, levando em conta o mapea- de refletir sobre a percepção de fenômenos visuais
e necessidades dos próprios artistas. E sua história, que rompe com a perspectiva eurocêntrica ao apontar mento prévio daqueles convidados. Dava-se início, as- cada vez mais complexos surgidos na contempora-
enquanto autarquia federal, desde o ano de criação o pioneirismo de Hercule Florence (1833), como inven- sim, a um diálogo mais consequente entre a Funarte, neidade. Outro comentário nos leva a identificar um
até o desmonte efetuado pelo governo Collor (1990) – tor da fotografia no Brasil. as instituições locais e os fotógrafos da região. contato mais estreito com a América Latina durante
quando se torna Instituto Brasileiro de Arte e Cultura Nesse percurso, a fotografia ganha visibilida- É lícito, portanto, afirmar que a repercussão as semanas de fotografia. O que pode ser visto nas
(IBAC) – até a retomada das atividades sob a denomi- de, ampliando seu espaço institucional. Não à toa, alcançada se deve, sobretudo, à mobilização dos exposições Cuba, imagens da história, do cubano
nação original – já está inscrita nas páginas dos feitos em 1984, o Núcleo de Fotografia se transformaria estudantes-fotógrafos, dos profissionais consa- Raul Corrales; nas coletivas de fotógrafos argentinos
culturais do país. em Instituto Nacional, sob a gestão do fotógrafo grados, que em grupo ou isoladamente acorreram e uruguaios, bem como na palestra Por uma refle-
Uma trajetória assim tão fecunda não surge, po- Pedro Vasquez (1982–1986) – seu primeiro dire- ao Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sul e Sudeste, xão em torno da fotografia latino-americana, com a
rém, desvinculada de seus profissionais. Uma das tor – mais tarde sucedido pelo fotógrafo Walter para participar de um calendário expressivo de ati- participação de Diane Mines (Uruguai) e Eduardo Gil
conquistas decisivas foi a criação da Galeria de Foto- Firmo (1986–1989). Tudo advinha do trabalho co- vidades levadas a cabo, ininterruptamente nas II (Argentina), sem deixar de citar a sentida ausência
grafia (1979), pedra angular de um ambicioso programa letivo, de uma equipe entusiasmada que soube, SNF (Brasília 1983); III SNF (Fortaleza 1984); IV SNF de Pedro Meyer (México), que por motivo de saúde
nutrido por raro aporte de verbas. Ali, sob a égide do também, captar a urgência da criação do Centro (Belém 1985); V SNF (Curitiba 1986); VI SNF (Ouro não pôde comparecer.
fotógrafo Zeka Araújo, atinge-se outro patamar, onde de Conservação e Preservação de Fotografia da Preto 1987); VIII SNF (Rio de Janeiro 1988) e VIII Neste percurso não faltaram crises de gestão,
a poética dos artistas-fotógrafos conquista o circuito Funarte (CCPF). Sob a liderança de Solange Zuñi- SNF (Campinas 1989). Resulta que a reunião contí- falta de verbas e excesso de burocracia. Porém, o
público-privado. Exposições coletivas e individuais deli- ga, foram lançadas as bases de um programa vital nua dos fotógrafos, que a cada ano percorriam um pior momento foi o do governo Collor (1990). Já sem
neiam não só o perfil da produção fotográfica contem- para a manutenção dos acervos nacionais, a par- itinerário culturalmente distinto, acabou por insti- a equipe anterior, de quase vinte funcionários, coube
porânea, como ressaltam fatos históricos marcantes tir do treinamento de técnicos no exterior e de tuir parcerias que até hoje rendem dividendos. Se, a Angela Magalhães, Glicia Pereira e José Augusto
do século XIX e do período moderno. Assim, podemos parcerias com instituições públicas e privadas no por um lado, havia um programa formal, por outro Menezes enfrentar um período de imensa dificulda-
relacionar a mostra de Hermínia Nogueira Borges com Brasil e na América Latina. existia um encontro mais informal que se coloca, de. Porém, mais do que medir essa crise, é essencial
o movimento pictorialista no Brasil, alvo de estudo É nesse cenário que relembramos das Sema- para usar a expressão de Deleuze, como um rizoma rememorar os diversos eventos concebidos entre
posterior de Maria Thereza B. de Melo (coleção Luz e nas Nacionais de Fotografia (SNF), que deixaram brotando em qualquer lugar, sem hierarquia. Eram 1990 e 2003, que sob a coordenação de Magalhães,
Reflexão/Funarte). Ou, ainda, a mostra José Oiticica um imenso lastro cultural pelo país. Vivenciamos a desdobramentos imprevisíveis resultantes de um deram continuidade a projetos já consagrados (Prê-

14 15
mio Marc Ferrez, Coleção Luz e Reflexão, Seleção Trata-se, em alguma medida, de uma semente que
de Portfólios). Além, de novas iniciativas, como o I
Encontro Nacional de Coordenadores de Eventos
fotográficos (1991, Paty do Alferes, RJ) e o Prêmio
Nacional de Fotografia (1995-1998), que contemplou,
em quatro edições, 28 autores, reunindo para isso
germinou em solo fértil de ideias, a partir das ações pio-
neiras da Funarte na consolidação de políticas públicas
culturais. Se as SNF motivaram a realização de encontros
congêneres pelo país – Nafoto (SP); Bienais de Curitiba;
FotoArte (DF); Devercidade (CE); FotoRio (RJ) – é signi- UNIÃO DOS FOTÓGRAFOS DE BRASÍLIA E OS MOVIMENTOS
2
o expertise de pesquisadores, fotógrafos, críticos e ficativo registrar que boa parte dessas iniciativas estão, DE FOTÓGRAFOS NO RIO DE JANEIRO
produtores culturais do país. hoje, nas mãos de produtores culturais e fotógrafos-ar-
O Prêmio Marc Ferrez de Pesquisa, por exemplo, tistas autônomos. Isto, em parte, resulta da maturidade Milton Guran
instituído na gestão de Pedro Vasquez (1984), se tor- auferida, que não prescinde do fomento público-privado. Antropólogo, fotógrafo e jornalista
naria mais permanente e, depois de sete anos ininter- Ao fim, não se pode deixar de saudar a visibilidade
ruptos (1991-1997), alcançaria a 10ª edição, contem- conquistada pela fotografia brasileira nestas últimas
plando 52 autores. Após um longo hiato, a Funarte décadas. Não sem esforço, inúmeros fotógrafos al-
retomaria o Marc Ferrez (2010), com sua linha origi- cançaram reconhecimento no cenário nacional e inter-
nária de apoio à reflexão teórica, aos ensaios docu- nacional, fruto de uma luta que vem sendo posta em
mentais e artísticos – ampliando, ainda, o patrocínio marcha por várias gerações. Cabe-nos, portanto, zelar
cultural por outros tantos editais. por sua difusão e memória.

UNIÃO DE FOTÓGRAFOS DE BRASÍLIA teado, Luis Humberto, Kin-Ir-Sem Pires Leal, Juvenal
Pereira, Luiza Venturelli, Jamil Bittar, Deobry Santos,
A União dos Fotógrafos de Brasília foi fundada em Claudio Alves, Breyner Júnior. A Assembleia deliberou,
1978, no contexto de reestruturação da sociedade civil por unanimidade, considerar como sócios-fundadores
que marcou a transição entre os dois últimos gover- Marcos Santilli e José Varella, que estavam ausentes
nos do regime militar. É fruto direto do movimento pela por motivo de trabalho, e aprovou “uma moção de agra-
retomada dos sindicatos das mãos da pelegagem, no decimento a Heinz Förthmann pelo continuado estímu-
nosso caso liderado no Rio de Janeiro pelo jornalista lo dado por ele à formação de fotógrafos durante os
Carlos Alberto Caó, em São Paulo pelo Audálio Dantas treze anos em que trabalhou como professor da Uni-
e em Brasília por Carlos Castello Branco. Em sintonia versidade de Brasília e de pesar por seu falecimento”.
com esse movimento, os repórteres-fotográficos leva- A partir de 1980, a União passou a funcionar na
vam adiante um amplo debate sobre os direitos auto- sede do Sindicato dos Jornalistas, sendo presidida por
rais e as novas regras de trabalho. Havia uma deman- Milton Guran e Kin-Ir-Sem (vice-presidente). Na sua su-
da grande por informação diferenciada e o trabalho de cessão havia noventa sócios aptos a votar, que elege-
free-lancer começava a ser largamente utilizado pela ram André Dusek (presidente) e Luisa Venturelli (vice)
grande imprensa. Em função disso, a pauta própria (não para o biênio 1983-84. Nesse momento, a representa-
“patronal”) e a tabela de preços mínimos passaram a ção política e profissional dos fotógrafos passou a ser
ser pontos importantes do movimento dos fotógrafos, exercida principalmente pela Comissão dos Repórteres-
que gerou também a organização de agências indepen- -Fotográficos do Sindicato, ficando a União voltada para
dentes de fotojornalismo. as atividades culturais. Foi, sucessivamente, presidida
Estiveram presentes na Assembleia Geral de fun- por Marcio Barros (1985-86), Yuuggi Makiushi (1987-
dação da União, realizada no dia 28 de março de 1978 88), Duda Bentes (1989-90), Sérgio Seiffert (1991-91),
na sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil, 46 “fo- Ignácio Navarro (1993-94) e J. Marcos (1995-96), em
tógrafos profissionais que prestam (sic) serviços nos cuja gestão se extinguiu.
setores públicos, imprensa e como autônomos”. A pri- Três outras iniciativas coletivas merecem destaque
meira diretoria (1978-1980) foi composta por Salomon na organização dos fotógrafos em Brasília. O Grupo La-
Cytrynowicz (presidente), Zeca Pinheiro Guimarães drões de Alma, que é talvez o mais antigo coletivo em
(vice-presidente), Marcio Barros, Eliane Motta, Antônio funcionamento no país, foi fundado em 1988 por Susa-
Pinheiro, Milton Guran, Rolnan Pimenta, Nelson Pen- na Dobal, Rinaldo Morelli, Marcelo Feijó e Usha Velas-

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co. Tendo como proposta inicial o lançamento de uma e defender a profissão e os fotojornalistas e a aplica- bra taxas de qualquer ordem dos fotógrafos nem das 70 espaços diferentes, entre exposições fotográficas,
coleção de cartões postais autorais, o grupo é hoje lar- ção da imagem ao jornalismo”. É atualmente presidida instituições: toda adesão é gratuita. No caso de cur- nacionais e estrangeiras, projeções e intervenções ur-
gamente reconhecido por sua trajetória de exposições por Alberto Jacob. sos e oficinas ou qualquer outro serviço, o participan- banas, oficinas, cursos, palestras, mesas-redondas e
e de dedicação à fotografia de cunho experimental. Na vizinha Niterói, tem sede a Sociedade Flumi- te paga diretamente ao responsável. A única exceção leitura de portfólios.
Em 2009, nasceu a Associação de Fotógrafos de nense de Fotografia, bastante ligada ao movimento fo- é a leitura de portfolio. O FotoRio 2005 reuniu 198 eventos em 74 museus,
Brasília – AFOTO, sob a presidência de Rinaldo Morelli, tográfico do Rio. Fundada em 1944, possui uma impo- O FotoRio é o realizador do encontro sobre Inclu- centros culturais, espaços alternativos e logradouros
com o objetivo de unir fotógrafos de várias linhas em nente sede própria, com uma galeria e uma biblioteca são Visual do Rio de Janeiro, que reúne anualmente públicos do Rio de Janeiro. Em 2007, foram realizadas
torno de questões como a defesa dos direitos auto- de mais de 4 mil volumes e promove cursos e oficinas. coordenadores e participantes de ações e projetos que 193 exposições, projeções, intervenções urbanas, pa-
rais e a realização de eventos artísticos. Foi fruto dos Atualmente, é presidida por Antonio Machado. utilizam a fotografia como instrumento de inserção so- lestras, debates e oficinas em 102 museus, centros
projetos Por que eu fotografo? e Foto-Grama que, em No campo acadêmico, é oferecido pela Univer- cial. O primeiro Encontro foi realizado em 2004, como culturais, galerias comerciais e espaços alternativos,
2008, congregou dezenas de fotógrafos de Brasília em sidade Candido Mendes o curso de pós-graduação evento preparatório do FotoRio 2005, quando se reali- além do IV Encontro sobre Inclusão Visual do Rio de
torno de uma reflexão sobre o fazer fotográfico, com Fotografia – Imagem, memória e comunicação, coor- zou segundo encontro. Janeiro. Dentre os eventos cabe destacar o FotoRio
exposições em galerias e ao ar livre. Foi em 2008, de denado pelo fotógrafo e historiador Andreas Valentim. O FotoRio 2003 teve seu início marcado pela pro- Rua, que mobilizou, no dia da abertura das exposições
19 a 29 de agosto, aconteceu a 1ª Semana f / 508 de No plano cultural, cabe mencionar duas iniciativas que dução de um daguerreótipo da fachada do Paço Im- do Centro Cultural dos Correios, mais de mil pessoas
Fotografia, promovida pelo Fotoclube f / 508, dirigido se implantaram ao longo dos últimos anos, o Ateliê da perial, uma reedição – pelo mesmo processo técnico, em torno de projeções de fotografias, exposições am-
por Humberto Lemos. Imagem e o FotoRio. Fundado pelas fotógrafas Patri- com o mesmo tipo de equipamento – da primeira fo- bulantes e ações performáticas, terminando com um
Tem lugar ainda em Brasília o FotoArte, festival de cia Gouvêa e Simone Rodrigues, o Ateliê da Imagem tografia feita ao sul do Equador, em janeiro de 1840, baile ao ar livre. O FotoRio 2009 contou com 175 ex-
fotografia promovido pela galerista Karla Osório, que é uma escola que funciona também como centro cul- pelo francês Louis Compte. Nesta sua primeira edição, posições, palestras, debates e oficinas em 77 espaços
em 2009 realizou a sua quinta edição. tural, promovendo exposições e debates sobre foto- totalmente organizada e financiada pelos próprios fo- culturais e alternativos, além da leitura de portifólio e do
grafia e vídeo. tógrafos, foram realizados mais de 140 eventos em V Encontro sobre Inclusão Visual.
O FotoRio – Encontro Internacional de Fotógrafos
MOVIMENTO DOS FOTÓGRAFOS do Rio de Janeiro se realiza a cada dois anos nos me-
NO RIO DE JANEIRO ses de junho e julho desde 2003 e em 2011 realizou sua
quinta edição. Nasceu de um movimento de fotógrafos
O Rio de Janeiro tem sido palco de iniciativas impor- que teve como polo aglutinador o Curso de pós-gra-
tantes no campo da fotografia, desde que o primeiro duação em Fotografia como Instrumento de Pesquisa
daguerreótipo ao sul do Equador foi produzido diante nas Ciências Sociais da Universidade Candido Mendes,
do imperador D. Pedro II em frente ao Paço Imperial. em 2002, e foi incorporando os diversos segmentos
Foi no Rio que se formou o primeiro clube de fotógra- da produção fotográfica carioca. A equipe realizadora
fos, o Photo Clube do Rio de Janeiro, fundado em 1910, da primeira edição do FotoRio foi composta, então, por
que deu origem ao Photo Clube Brasileiro, em 1923. Milton Guran, Cinara Barbosa, Joana Mazza, Micaela
O FCB publicou as revistas Photo Revista do Brasil e Vermelho e Roberta Furtado, respectivamente coor-
Photogramma e, a partir dos anos 1940, exerceu forte denador e alunas do referido curso de pós-graduação.
influência na difusão da fotografia de cunho artístico. Atualmente, o FotoRio tem como realizadores Milton
Este mesmo propósito animou o movimento Photoga- Guran, Joana Mazza e Melanie Guerra, que também
leria, que aconteceu igualmente em São Paulo, que na fez parte do curso.
década de 1970 buscava inserir a fotografia no merca- O FotoRio está integrado ao EFLAF – Encontro de
do da arte. Congregando alguns dos mais importantes Festivais Latino-Americanos de Fotografia e ao Festi-
fotógrafos da cidade, a Photogaleria do Rio de Janeiro val da Luz, rede de festivais de fotografia que conta
foi fundada em 1973 por Georges Racz, que foi seu pri- com dezenas de eventos espalhados pelas principais
meiro presidente. cidades do mundo, e à Rede de Produtores Culturais
Atualmente, funcionam no Rio duas entidades da Fotografia no Brasil. É um evento de adesão, ou
de fotógrafos, a ABAF – Associação Brasileira de Arte seja, os fotógrafos apresentam espontaneamente
Fotográfica e a ARFOC – Associação dos Repórteres- suas propostas de exposição, projeção, instalação,
Fotográficos e Cinematográficos. A ABAF foi fundada oficina, mesa redonda ou seminário. Cabe ao fotógra-
em 1951 e considerada de Utilidade Pública em 1952. fo viabilizar sua realização e buscar um espaço compa-
Presidida por Ary Pimentel, possui uma galeria e pro- tível para abrigá-la. Ao responsável pelo espaço cabe
move cursos e seminários. A ARFOC foi fundada em julgar o mérito da proposta. As instituições também
1946, com objetivo de “incentivar, aperfeiçoar, valorizar podem propor ou abrigar eventos. O FotoRio não co-

18 19
A galeria também se preocupava com memória Galeria Fotoptica, acrescido de um foco mais centra-

O SURGIMENTO DAS GALERIAS ESPECIALIZADAS


3 e divulgação fotográfica: fizemos álbuns de pequenas
tiragens, edições de cartões postais, lançamentos
de livros, como os de Bina Fonyat, Luis Humberto, a
apresentação da primeira edição em português do li-
vro de Susan Sontag Sobre fotografia, com tradução
do na formação e educação. A biblioteca, formada por
Maria Cristina Barbosa de Almeida, foi desenvolvida
ao longo de dez anos e logo tornou-se a melhor biblio-
teca especializada em fotografia do Brasil. Com seu
fechamento em 2004, a biblioteca foi doada para o
EM FOTOGRAFIA NO BRASIL de Joaquim Paiva, Pierre Verger entre tantos outros. Centro Universitário Senac.
Entre 1985 e 1986, a galeria teve que mudar de en- Cursos técnicos, palestras, visitas guiadas e pro-
Rosely Nakagawa dereço, passando por um período sem sede. Funcionou gramas para adolescentes fizeram da Casa uma refe-
durante um ano em um escritório improvisado numa loja rência na formação de público. O projeto Olho Mágico,
da Fotoptica, na avenida Rebouças – período em que re- desenvolvido com o físico Walmir Cardoso, foi pensado
cebemos o arquivo de Chico Albuquerque em comodato. especialmente para introduzir o olhar fotográfico para o
O MAC/USP (sob a direção de Aracy Amaral, público do ensino de primeiro grau, e incluiu uma mos-
membro do conselho da Galeria) nos cedeu uma sala tra com instrumentos óticos desmembrados, experiên-
especial, onde pudemos organizar uma série de re- cias com espelhos e caixa obscura gigante, numa ins-
trospectivas da produção de fotografia brasileira a par- talação que percorreu outros espaços, como o Instituto
tir dos anos 1950 até os anos 1970, mostrando Hans Cultural Itaú e outros locais do estado de São Paulo.
Gunther Flieg, José Oiticica Filho, Geraldo de Barros, As leituras de portifólios realizadas semestralmen-
Alice Brill, Hildegard Rosenthal, num intercâmbio mui- te abriram o espaço expositivo para coletivas de novos
to rico com o acervo de fotografia do Museu. talentos no Brasil e para a participação destes em fes-
A Galeria Fotoptica nasceu nos corredores da loja da A abertura da Galeria Fotoptica, em 1979, se deu A partir de 1986, a galeria se estabeleceu em nova tivais internacionais, como os selecionados na leitura
rua Conselheiro Crispiniano no centro da cidade de com o projeto de difusão da fotografia brasileira e um sede. Neste ano, comecei a atuar como curadora inde- de portfólio do Fotofest de Houston/Texas EUA, 2002.
São Paulo, nos moldes de outras galerias de arte, início de posicionamento da mesma no mercado de pendente. A coordenação da Galeria passou para Solange Os eventos como o Nafoto, o Seminário Internacio-
como a Galeria Prestes Maia,* em 1940. arte. Obviamente funcionava também como vitrine Farkas (até então responsável pela direção da revista, as- nal (1991 e 1992) e o Mês Internacional da Fotografia,
Os fotógrafos, usuários do laboratório, escolhiam de produtos e a intenção de mostrar a qualidade dos sessoria de comunicação e festivais de vídeo Fotoptica), desde 1995 receberam da Fuji e da Casa o apoio insti-
suas melhores fotos e expunham nas paredes e corre- serviços do laboratório da empresa Fotoptica. Por ou- que a dirigiu por dois anos, quando sua assistente Isabel tucional e o patrocínio básico para realização de exposi-
dores da loja sem pretensão nenhuma além de mos- tro lado ela também nasceu e viveu pelas relações Amado assumiu a curadoria de 1988 até 1996. ções, apoio a convidados internacionais e de todo Brasil.
trar a qualidade de composição e técnica das imagens. de incentivo e envolvimento de Thomaz Farkas com a Através deste apoio, foram recebidas as mostras
Vieram as grandes mostras e salões dos Fotoclubes fotografia em todos os campos de atuação. de Martin Chambi, Luiz Gonzales Palma, Keiichi Taha-
e Associações de amadores da fotografia em 1950. A galeria passou por fases diferentes desde sua A CASA DA FOTOGRAFIA FUJI ra, a palestra de Hiromi Nakamura do Centro Metro-
Ao longo das décadas de 1960 e 1970 a fotografia fundação. Na primeira fase, sob a minha gestão, fo- politano de Fotografia de Tóquio, entre
foi ocupando novos espaços na imprensa especiali- ram feitas as primeiras exposições individuais de Car- Criada por Stefania Bril** em 1990, como ** Nascida na Polônia em 1922,
outros eventos.
zada trazendo novas formas de divulgação. Revistas los Moreira, Mário Cravo Neto, Sebastião Salgado, Mi- um espaço para discutir, pensar e estudar Stefania Bril chegou ao Brasil Pelo espaço expositivo da Casa
em 1950, naturalizada brasileira
como a Novidades Fotoptica e a IRIS Foto, surgiram guel Rio Branco, Antonio Saggese, Cristiano Mascaro, fotografia. O engajamento de Stefania vi- em 1955. Estudou ciências e
passaram Maureen Bisilliat, Penna Pre-
e a necessidade de novos espaços foi um desdobra- João Musa, Arnaldo Pappalardo, Pierre Verger, Alécio nha de longe: foi responsável pela criação química na Université Libre de aro, Leonardo Crescenti, Helio Campos
Bruxelas (Bélgica). Trabalhou
mento natural. de Andrade, entre muitos outros fotógrafos, alguns dos Encontros de Fotografia de Campos como química por treze anos,
Mello, Pedro Martinelli, Pedro Lobo, Luiz
As primeiras galerias especializadas vinculados ao cinema, como Walter Car- de Jordão (1978 e 1979) em São Paulo, antes de começar a estudar Carlos Felizardo, Renata Castello Branco,
fotografia na escola Enfoco, em
em fotografia surgiram no final da déca- valho e José Medeiros, e às artes gráfi- além de ser crítica de fotografia da revista 1969. Na década de 1970, atuou
Marcio Scavone, entre muitos outros.
* Construída sob o Viaduto do Chá
da de 1970; no Rio de Janeiro, a Photo pelo arquiteto Elisiário Bahi- cas, como Alex Flemming. Iris Foto e do jornal O Estado de S. Paulo. como crítica, ensaísta e curadora. Mostras Coletivas eram organizadas
ana, a Galeria Prestes Maia foi Divulgou a fotografia brasileira
Galeria e em São Paulo, a Fotoptica, des- Ao mesmo tempo havia a revista No- A partir de 1991, fizemos alguns projetos no exterior, em eventos como
com periodicidade, como o lançamento do
inaugurada inacabada em 1940. O
ta vez em espaço exclusivo para mostras Salão Almeida Júnior, realizado na vidades Fotoptica, editada por Moracy de juntas, incluindo uma tentativa de resga- o Colóquio Latino-americano de catálogo da Abrafoto, concursos e lança-
galeria por vários anos, abrigou o Fotografia, realizado na cidade do
e lançamentos de livros, e a Álbum, do Oliveira e que funcionava no mesmo ende- tar os tais encontros. O projeto do que México, no Mois de la Photo e a
mentos de produtos acompanhados de pa-
Salão Paulista de Belas Artes, que
Zé de Boni. teve a participação de renomados reço, proporcionando um intercâmbio entre seria um espaço da fotografia como sala exposição Brésil des brésiliens, lestras e seminários técnicos no auditório.
artistas plásticos como Amadeo ambos em Paris. Publicou os
O momento da fotografia brasileira o editorial e a galeria. Em 1979, a abertura da de exposições, biblioteca e auditório foi livros de fotografia Entre (1974),
A Casa da Fotografia Fuji e a biblio-
Zani, Ricardo Cippichia e a mod-
era propício para exposições de trabalhos ernista Anita Malfatti. Em 2000, galeria se deu com uma exposição que dis- todo desenvolvido por ela. Infelizmente, A arte do caminhão, em teca estiveram em pleno funcionamento
foi inaugurado o projeto MASP- parceria com Bob Wolfenson
desvinculados de uma aplicação direta cutia o fotojornalismo das revistas Veja e Is- Stefania Bril faleceu em 1991 e, no ano (1981), e a coletânea de ensaios
até 2004, quando a empresa mudou sua
Centro, quando se deu o retorno
em jornalismo ou publicidade, num espa- das III Graças de Brecheret à toÉ, representadas por seus editores de fo- seguinte, fui convidada para substituí-la. Notas (1987). Em 1991, iniciou estratégia de marketing, fechando a ga-
galeria, após uma permanência de e integrou a equipe do Nafoto –
ço de livre criação e ensaios de experi- tografia Sergio Sade e Hélio Campos Mello O objetivo da Casa da Fotografia Fuji Núcleo dos Amigos da Fotografia.
leria e as atividades ligadas à difusão da
sete anos no Museu Brasileiro de
mentação de linguagem e técnica. Escultura (MUBE). respectivamente. Foi uma noite histórica. coincidia em muitos pontos com os da Faleceu em 1991. cultura fotográfica.

20 21
Após terem sido realizadas três semanas de Foto-

4
REVISIONÁRIA – SAGA E SÍNTESE DA FOTOGRAFIA SULINA
grafia em Curitiba, coordengi e fiz a curadoria da que se-
ria a quarta e última semana de fotografia e que era, na
realidade, apenas uma cópia das semanas da Funarte.
Em 1996 nasce a primeira Bienal Internacional Ci-
dade de Curitiba, que viria a se alternar com a mostra
pela Bienal, viria a ser considerado o melhor livro
e publicação do mundo em fotografia nos Encon-
tros de Arles.

Bienal que Gilberto Assis Chateaubriand trouxe o


da gravura, já com caráter de Bienal. grande crítico e curador françês Hervé Chandés.
Orlando Azevedo Contudo, alguns aspectos foram decisivos no nas- Aqui ele tomou conhecimento pela primeira vez
Fotógrafo, editor e curador cer da Bienal de Fotografia: da obra de Alair Gomes, que vem apresentar com
grande sucesso na Fundação Cartier, em Paris, da
- qual é curador chefe.
so e aquisição de fotografias de autores, implantan- -
do e constituindo um acervo de fotografia nacional ciação de Fotógrafos da França, fotógrafo oficial
através da Mostra Brasil. Nesta mostra eram esco- de Samuel Beckett e amigo íntimo de Fidel e
lhidos de cinquenta a sessenta autores, e posterior- Guevara; Tereza Siza, diretora do Centro Por-
mente eram selecionados por uma comissão de no- tuguês de Fotografia; Jean François Couvreur,
tório saber de vinte a trinta autores, sendo que, de Maison Européenne de la Photographie; Rui
todos, escolhidos e selecionados, eram adquiridas Prata, diretor do encontros de Braga; Alejandro
de três a cinco imagens. Uma grande parte dos fo- Castellote, curador espanhol; Martin Parr, Flor
tógrafos ampliou essa aquisição fazendo generosa Garduño, Pablo Monastério, Patricia Mendonza,
No ano de 1994 assumi o cargo de Diretor de Artes fotografia nacional ao criar uma rede e um mapa de doação de mais imagens ao projeto da Bienal e da entre tantos, vêm ao Brasil pela primeira vez
Visuais da Fundação Cultural de Curitiba, a convite do tantas artérias e vertentes. celebração da fotografia em sua multiplicidade. através da Bienal de Curitiba, estabelecendo
então prefeito Rafael Greca. Surge a inesperada e desesperada era Collor, de - novos contatos profissionais, abrindo, amplian-
Abandonava assim – por um tempo – minha pai- nefastas cores, que apaga criminosa e impiedosa- plaria um ou mais fotógrafos para projetos a se- do e solidificando a fotografia sem fronteiras e
xão e vocação de fotógrafo em plena atividade e mer- mente este marco da cultura e da identidade nacional. rem desenvolvidos durante um ano e apresenta- novos rumos e horizontes.
gulhava na letargia, aceitando um novo e desconhe- Verdadeira caixa preta do desvario, a era Collor faz a dos posteriormente em mostra na próxima Bienal
cido desafio ao serviço da comunidade e da gestão fotografia velar seu ideário num retrocesso delinquen- Tal como ocorreu na era Collor, o mesmo proces-
pública. te e doente. qualidade. so viria a ser palco da autofágica Curitiba.
Foram, sem dúvida, quatro intensos anos com É nessa lacuna de tantos labirintos e inquisições
dezenas de realizações e mostras. Muitas delas mar- que despontam os festivais, assim como o ensino de mesas, workshops, feira de livros e equipamentos,
cantes e inéditas em sua performance, como a grande Fotografia como matéria e disciplina superior, novos leilão de fotografias, leitura de portfólios, projeto O GRANDE RETROCESSO
mostra e evento A Revolta do artista maior Frans Kra- cursos e empreendimentos. lambe-lambe, linha da luz, convidados especiais in-
jcberg – e que teve mais de um milhão de visitantes Hoje, os festivais de Fotografia são não apenas vadiam o olhar da cidade de Curitiba, sempre duran- A Fundação Cultural de Curitiba passa a ser presidi-
no período de um ano e da qual tive o privilégio de ser uma realidade cultural, mas acima de tudo um pro- te o mês de agosto, no dia 19, quando se celebra o da pelos organizadores do Festival de Teatro – Cássio
o curador. cesso comercial em sua produção e gestão. Espalha- Dia Mundial da Fotografia. Chameki e Leandro Knopfholz – numa das mais desas-
Todos nós do fazer fotográfico sabemos e conhe- dos por todo o país, irradiam informações e, de certo trosas e obscuras gestões culturais da cidade.
cemos os lendários encontros de Arles criados por Lu- modo, mais do que nunca, todos estes produtores te- Sebastião Salgado proferiu memorável palestra Promovem uma mostra denominada Imagética,
cien Clergue, que deram início a um novo ciclo no ver rão que se reinventar na verdade da imagem, criando para uma plateia de 2160 pessoas na Ópera de coordenada pela contratada Base 7, de Ricardo Riben-
e pensar a fotografia. seu próprio palco com seus personagens e cenário. Arame, numa emocionante e inesquecível apre- boim, na qual, numa só paulada, matam e liquidam
Também no Brasil, no início dos anos 1980, a Fu- Sua própria linguagem e código. A qualidade será o sentação obtendo o mesmo público de Dalai Lama. a mostra de Gravura e a Bienal de Fotografia. Uma
narte acende as luzes da cultura nacional implantando grande diferencial. - imagética de inimagináveis cifras, em que Eduardo
a semente de um núcleo de Fotografia com a direção A saída do banal e do grande bacanal que, há mui- dente acervo e seleção de autores nacionais que, Brandão fez a seleção e curadoria da fotografia.
de Zeca Araújo e que, posteriormente, gera o Institu- to, babilonicamente se estabeleceu: curadores sem no ano 2000, nasce o Museu de Fotografia da cida- Um fracasso absoluto de público e de feedback por
to Nacional de Fotografia onde Pedro Vasquez, Angela formação deformam o entendimento do ato fotográ- de de Curitiba (o primeiro museu de fotografia da parte da imprensa, que sempre havia sido uma cúmpli-
Magalhães e Nadia Peregrino realizam notável e pio- fico e da fotografia lhe conferindo o status de con- América do Sul), através de Decreto Oficial, com ce notável criando páginas e cadernos especiais.
neiro trabalho em prol da fotografia nacional. ceito. A fotografia como suporte entrando pela porta uma coleção de mais de 2 mil imagens, quase o Assim, esta gestão fulmina e sepulta a Bienal
Roteiros itinerantes de mostras passam a ser o dos leilões de arte e dos acadêmicos, que precisam dobro da atual coleção Pirelli de Fotografia e, para a de Fotografia, que internacionalmente vinha obtendo
grande percurso das Semanas de Fotografia da Funar- criar a escola da genuflexão numa contaminação de qual a Bienal de Curitiba foi sem dúvida uma gran- mais visibilidade do que o Festival de Teatro, que os
te, revelando e ampliando o território geográfico da letal vírus. de referência de autores e seu mapeamento. mesmos organizavam e organizam, no processo mais

22 23
exaustivo da representação do teatro. Um grande tea- Há muito que o Sul do Brasil e, de modo específico, o
tro num palco moribundo.
A gestão que se segue e que se mantém ainda
na atual direção da Fundação – Paulino Viapiana, seu
presidente – nada realizou nem restaurou. Ao contrário.
Mantém até hoje, como não poderia deixar de ser, o
Rio Grande do Sul, produzem uma fotografia de excelência.
Penso que seja hoje, para mim, o mais importante
polo produtivo do país, seguido por Belém do Pará.
Seria impossível enumerar todo o elenco. Mas
Luis Carlos Felizardo, Leopoldo Plentz, Jaqueline
5
A EXPERIÊNCIA DE BELÉM
Museu de Fotografia com algumas coleções únicas no Joner, Luís Abreu, Eneida Serrano, Leonid Strelaiev,
país como as 150 imagens de Claudia Andujar (impres- Eduardo Tavares, Ricardo Chaves, Rochelli Costi, o “Com certeza, podemos afirmar que a fotografia paraense destaca-se na produção
sas por Silvio Pinhatti). Contudo, até o presente não verdadeiro gênio Manuel da Costa e, na nova gera- contemporânea brasileira porque foi um movimento que soube incorporar as diferenças
realizou nem legitimou seu tombamento, num desres- ção, Tadeu Villani são apenas alguns dos nomes que
internas e atingir uma dimensão social, cultural e política, que nenhuma outra região
peito a artistas, criadores e doadores. Um museu sem se somam aos paranaenses Vilma Slomp, João Ur-
interlocutor e, portanto, sem expressão e atuação. ban, Juliana Stein, Anderson Schneider, Rogério Gho-
do país conseguiu.” Rubens Fernandes Júnior1
Laconicamente, e talvez numa revisão e previsão mes, Zig Kock, para citar apenas alguns nomes aos
Para introduzir uma leitura crítica sobre a evolução da fotografia paraense nas últimas três décadas, vamos
histórica a, III e derradeira Bienal Internacional de Fo- quais, curadores e organizadores, terão que vir beber
falar inicialmente de alguns fatos e momentos históricos que, relacionados, podem nos ajudar a entender a con-
tografia da Cidade de Curitiba tinha como tema “A vio- na fonte para saciar o outro num grande encontro.
stituição do pensamento articulador de um movimento que projetou a produção do fazer fotográfico de Belém do
lência do caos ou o caos da violência”. Assim a cadeia e Rede de Produtores Culturais da
Pará ao reconhecimento nacional e internacional.
A Bienal de Fotografia da Cidade de Curitiba re- Fotografia que ora se estabelece e fortalece no país
presentava e assumia o Sul do Brasil e sua produção, como uma organização política e cultural, poderá e
assim como a visceral ligação com os países irmãos deverá quebrar grilhões e fronteiras, numa real possi-
do Mercosul. Sua legítima identidade, muito além da bilidade de discutir o pensamento oficial no universo
aldeia e do global. Muito além de seu quintal. da fotografia.
Hoje, os grandes centros podem ainda ter maior Muito mais que uma rede de produtores, nasce
ressonância de mídia, amplificar sua visibilidade, con- uma rede que reproduz a luz de sua vocação e paixão.
tudo deixaram de ter uma importância maior. Foto profissão. Foto ação.
Fomos engolidos pelo Google e pela velocidade Nesta procissão e peregrinação de fé a rede foi ANTECEDENTES no inicio dos anos 80 se lança na carreira autoral e
dos processos virtuais e sua virtualidade. lançada. posteriormente virá se transformar em ícone da fo-
Essa invisível produção se torna possível, veloz, Bendita seja a safra e colheita. 1. Nos anos de 1950, um grupo de pessoas movido tografia paraense. Gratuliano Bibas, por sua vez, ou-
reconhecida e visível na grande tribo tatuada de pixels. É da soma e da vontade, da razão e paixão que a por uma vinculação apaixonada e diletante com a fo- sou experimentos e produziu uma obra instigante
Fina e luminosa sintonia. Rede tecerá o grande desafio de seu destino. tografia se organiza e cria o Foto Clube do Pará, que que proporciona diálogos com a produção contem-
passa a promover encontros, passeios fotográficos, porânea.4
cursos, exposições e intercâmbios com organizações
similares, integrando o Pará no movimento fotoclubis- 2. A criação da União de Fotógrafos de Brasília em 1976
ta nacional e internacional. Na IV Bienal de Arte Foto- e dos Fotógrafos do Estado de São Paulo em 1980
gráfica Brasileira, realizada em 1966, o Foto Clube do marca a mobilização, e posicionamento dos repórteres-
Pará conquista o 2o prêmio, recebendo o Troféu Her- -fotográficos face a mudança no mercado, impulsiona-
cule Florence. Fato curioso, se lembrarmos que, antes da pela crescente demanda por uma produção diferen-
de mergulhar nas investigações sobre processos de ciada e autônoma do profissional free-lancer. Assim, a
reprodução e impressão que o levaram à descoberta2 pauta própria, a tabela de preços mínimos e o respeito
isolada da fotografia em 1833, anos antes portanto do pelos direitos autorais tornam-se bandeiras de luta do
invento atribuído a Jean Louis Mande Daguerre, Her- movimento de fotógrafos. Nesse contexto nascem as
cule Florence aportou em Belém do Pará em 1829 na primeiras agências de fotógrafos independentes, como
condição de desenhista e cronista da famosa expedi- a F4 em São Paulo (1979), com Nair Benedicto, Juca
ção Langsdorff. Martins, Delfim Martins e Ricardo Malta, e a Ágil Fo-
Nos anos de 1970, apesar da dispersão do movi- tojornalismo em Brasília (1980), com Milton Guran e
mento fotoclubista paraense, alguns remanescentes Kim-Ir-Sem, aos quais se juntaram posteriormente An-
continuaram ativos nas suas práticas, entre os quais dré Dusek, Beth Cruz, Rolnan Pimenta, Salomon Cytry-
Aldo Moreira, o médico Eliezer Serra Freire e Gra- nowicz, Luis Humberto, Waldir Pina, Mailena, Silvana
tuliano Bibas. Os dois primeiros foram grandes in- Louzada, a paraense Leila Jinkings, Rui Faquini, Juan
centivadores na iniciação do jovem Luiz Braga3, que, Pratginestós, Varella e outros.

24 25
3. Nesse mesmo período, os movimentos de resis- senvolvida na Oficina, seus participantes resolvem se mas amplos, como a educação, pesquisa e memória, paraenses decidem converter a indicação de um re-
tência e luta contra a ditadura militar ganham força e organizar e constituir um grupo, para dar a continuidade já se articulava com a atuação da União de Fotógrafos, presentante da região patrocinado pela Funarte, numa
ocupam a cena política e cultural do país, provocam o ao processo recém iniciado. Com a acolhida de novos a criação de Agências de Fotógrafos Independentes e comitiva de cinco pessoas, cada uma representando
fim do Ato Institucional no 5 (AI-5) e seguem na luta integrantes nesse grupo, inclusive de profissionais atu- as ações do Núcleo de Fotografia da Funarte. um segmento de atuação da fotografia, que se deslo-
por uma lei que anistiasse os presos, exilados e pro- antes como Geraldo Ramos, João Ramid, Patrick Par- O projeto Fotopará – Mostra Paraense de Foto- ca até a capital cearense com os patrocínios obtidos
cessados pelos chamados crimes por motivação po- dini e o cineasta e educador Januário Guedes, surge grafia, realizado por três anos consecutivos (1982 a pelo coletivo.
lítica. Aprovada em agosto de 1979, a Lei da Anistia, o Grupo Fotoficina, embrião de um processo que se 1984), com o objetivo de mapear e discutir a prática da Esse clima de mobilização se estendeu pelo ano
mesmo que restrita, permitiu o regresso dos chama- instala e vai desdobrar-se em outras experiências, que fotografia no estado do Pará, experimenta um deslo- seguinte, na constituição de uma comissão local que
dos expatriados que um dia tiveram que deixar o país. constituem a trajetória recente da fotografia paraense. camento do olhar e adota primeiramente um processo foi a parceira principal da Funarte na organização, aco-
Apesar dessas conquistas, o aparato repressivo patro- seletivo por um júri predominantemente “leigo” em lha e realização da IV SNF em Belém. Essa comissão
cinado pelos militares, continuou ativo e feroz pelos fotografia, constituído por ativistas culturais, arte edu- foi capitaneada por Luiz Braga, que presidia o recém
anos seguintes, exigindo a mobilização da sociedade cadores, jornalistas, poetas, designers, arquitetos e constituído Grupo Fotopará.
na luta por uma ordem democrática plena, que só se REFLEXÕES SOBRE A NATUREZA artistas plásticos. Em seguida, propicia o acesso do A presença paraense nas edições seguintes da
concretizou com exercício das eleições livres de 1989 DESSA EXPERIÊNCIA E O AMBIENTE público ao conjunto das obras inscritas: os trabalhos SNF continuou muito forte, chegando a 13 em Curiti-
e a mobilização que forçou a renuncia do presidente ONDE ELA NASCE E SE DESENVOLVE não selecionados, acomodados num grande álbum, ba (1986) e 28 em Ouro Preto (1987), produzindo um
Collor em 1992. foram colocados à leitura do publico no ambiente da leque diversificado de contatos e experiências que
galeria onde estavam expostos os trabalhos selecio- abriram novos horizontes para a projeção da fotografia
4. Idealizado pelo fotografo Zeka Araujo, é criado em 1. Natureza nados. Por fim, já no final da primeira edição, insatis- paraense. Essa prática se estendeu pelos encontros
1979 o Núcleo de Fotografia da Funarte e, em segui- feitos com a limitação de horário de funcionamento da e festivais de fotografia, que surgiram por todas as
da, a Galeria de Fotografia, primeiro espaço expositi- É da natureza humana que indivíduos procurem se galeria, a coordenação do projeto sugere aos fotógra- regiões do país.
vo no Brasil dedicado exclusivamente à fotografia. A estruturar coletivamente movidos por afinidades, de- fos participantes um encerramento apoteótico: esten- Enquanto isso, o Grupo Fotopará, estimulava o
realização, nesse espaço, de exposições coletivas e sejos ou sonhos dos mais diversos, para construir seu der simbolicamente o horário de visitação retirando os exercício de produção e reflexão com a realização da
individuais começa a delinear o perfil da produção fo- desenvolvimento através da cooperação sistêmica em trabalhos da galeria para montar um grande Fotovaral7 Jornada “24 horas de Belém” (1985), uma réplica do
tográfica brasileira contemporânea, além de ressaltar beneficio da aprendizagem e do bem estar comum. que, por sua vez, foi aberto à participação de quem que já vinha sendo praticado em outras regiões e no
fatos históricos marcantes do século XIX e do período Num plano primário poderíamos considerar, portanto, quisesse mostrar seu trabalho. Esse evento marca a exterior, na qual a cidade é revelada nas suas 24 horas
moderno.5 que as experiências do Foto Clube do Pará e o Foto- apresentação “oficial” do Fotovaral enquanto proposta de um determinado dia através de olhares dos fotó-
ficina guardam semelhanças na motivação dos atores de ação que, pela sua versatilidade e leveza, ganha grafos participantes; o projeto “Rio Abaixo Rio Acima”
5. Em 1980, chega a Belém o paulista Miguel Chika- que neles resolveram investir. autonomia, deslocando-se por lugares e situações (1986) com o objetivo de inventariar em imagens o
oka, vindo de uma temporada na França, onde fora Porém o Fotoficina nasce num período no qual onde a fotografia servia como meio para abordagem cotidiano da orla de Belém, zona de interação entre a
morar como bolsita em engenharia, carreira que aca- reinava um elevado grau de motivação política para de questões em pauta nesse contexto. cultura urbana e a vida ribeirinha, e o projeto Autogra-
bou abandonando pela fotografia. Em Belém, aproxi- organizar e produzir ações com focos convergentes, Finalmente, durante a última edição da Mostra fias (1986), que consistia em relatos de leituras sobre
ma-se dos movimentos políticos e culturais emergen- num ambiente favorável, portanto, para semear e cul- Fotopará, realizada em parceria com a Secretaria da a vida e obra de fotógrafos renomados, feita por esco-
tes e é acolhido pelo Núcleo de Imprensa do Jornal tivar experiências coletivas. O exercício de agir e re- Cultura do Pará e o Instituto Nacional de Fotografia em lha de uma ou mais pessoas, fotógrafos ou não, com
Resistência, órgão da Sociedade Paraense de Defesa fletir coletivamente sobre as práticas realizadas nesse 1984, é decidida a criação do Grupo Fotopará, consti- base numa bibliografia ao alcance, limitada a poucos
dos Direitos Humanos, articuladora dos movimentos ambiente, constituiu a essência base do pensamento tuído por integrantes do Fotoficina e participantes se- volumes cedidos de acervos particulares. Eugène At-
populares e das forças políticas que lutavam pelo fim norteador da Fotoficina, que prosseguiu com o Grupo duzidos pelos encontros e debates que permearam as get, André Kertéz, Eugene Smith, Henri Cartier-Bres-
do regime militar e em seguida pelo Grupo Ajir, um Fotopará e continua atualmente com a Fotoativa. três edições da Mostra. son, Diane Arbus e Man Ray entre outros foram os
coletivo de artistas e arte educadores afinados na luta Esse período marca também o surgimento de autores visitados num tempo em que a internet ainda
pela liberdade de expressão cultural e artística e por importantes eventos locais e nacionais, com os quais não existia.
uma educação transformadora. 2. Visão estratégica o movimento fotográfico paraense articulou, mesmo Não seria incorreto pensar que essas vivências
que indiretamente, alguma conexão potencializadora foram determinantes para o crescimento da produção
6. Em 1981, incentivado pelos colegas do Grupo Ajir, Um “fluxograma de ações” do Fotoficina, esboçado para o seu desenvolvimento. fotográfica paraense que se revela nos anos seguin-
Chikaoka desenha e ministra a Oficina de “Iniciação à em novembro de 1983, revela que ações locais como tes, em quantidade, qualidade e diversidade, partici-
Arte Fotográfica”, tomando como referência seu pro- as oficinas e cursos, grupos de estudo e projetos, As Semanas Nacionais de Fotografia – SNF8, promo- pando de Salões locais como o Arte Pará9 e Pequenos
cesso de aprendizado como integrante de um Foto Clu- como a Mostra Paraense de Fotografias – Fotopa- vidas pelo Núcleo de Fotografia da Funarte, depois Formatos10, conquistando sucessivas premiações e o
be de Estudantes Universitários em Nancy, na França e rá, eram pensadas e planejadas levando em conta a IFOTO, servem de termômetro para medir o grau de reconhecimento de júris constituídos por pesquisado-
inspirado nos pensamentos de obras de autores6 que evolução da fotografia na cena cultural e política local interesse e a capacidade de articulação local. Mirando res, curadores, críticos e artistas de todas as regiões
leu durante o seu período universitário. Motivados pela e nacional. Nesse desenho, é possível observar, por uma presença organizada e contundente na III SNF, do país. No plano nacional, essa produção foi perce-
proposta de reflexão crítica do aprendizado e prática de- exemplo, que a movimentação local envolvendo te- realizada em 1984 em Fortaleza-CE, os fotógrafos bida não só nos eventos e espaços expositivos, mas,

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também em prêmios e editais, como o Marc Ferrez, sobre as questões relativas à organização e gestão ral e educativa; o Colóquio de Fotografia e Imagem, fotografia pinhole e do fotograma, promovidas pelo
de apoio à criação, pesquisa, reflexão teórica e en- da entidade. Esse esvaziamento do Grupo Fotopará idealizado por Mariano Klautau Filho – que propõe um Fotoficina. O aprendizado era então pautado no pro-
saios documentais e artísticos. Mais de duas décadas pelo deslocamento de seus integrantes para uma espaço de reflexão crítica sobre a relação entre produ- cesso fotográfico em si; a partir do final da década de
passadas, pode-se notar que essa tendência continua, ação pautada no exercício do processo ideia-prática- ção imagética e os diversos campos do conhecimento 1980, com a “fotografia sensorial”, o exercício passa a
haja vista que na volta do prêmio Marc Ferrez de 2010 -reflexão merece um olhar sobre o envolvimento das –; o Largo Cultural das Mercês, uma feira que se insta- se produzir no universo das imagens, e não mais pura-
foram três autores paraenses contemplados. pessoas no exercício de construção de processos co- la na praça sede da Fotoativa que reúne jornadas, ex- mente com a fotografia; já no final da década de 1990,
Coleção Pirelli MASP, Prêmio Porto Seguro, deze- letivos. posições e projeções junto com as demais linguagens com a proposta das oficinas “brincando com a luz”, a
nas de mostras individuais e coletivas realizadas no Não há dúvida que, num certo estágio de orga- artísticas. Mais recentemente, o Café Fotográfico so- relação ‘simbiótica’ matéria-símbolo, universalmente
Brasil e no exterior, a Bienal de Veneza com Luiz Braga nização e atuação coletiva em prol de objetivos co- ma-se a esses outros projetos constituindo uma teia presente na cultura do elemento luz, é tomada como
e Bienal de São Paulo com Guy Veloso são algumas muns, a formalização de compromissos entre os seus de ações formadoras de público e de opinião. Men- território inspirador e norteador do processo, amplian-
referências que permitem estabelecer conexões com integrantes torne-se necessária. E isso pressupõe um salmente, o Café propõe um diálogo aberto entre o do exponencialmente a possibilidade de abordagens
o projeto livro-cd-site Fotografia Contemporânea Para- pacto pautado em obrigações e deveres previamente artista, criador, pesquisador e o público. transversais. Desde então, predomina o caráter trans-
ense 80-9011, publicado no inicio dos anos 2000 que definidos, aprovados e firmados por todos e que de- disciplinar desse exercício de investigação-construção
traça um rico panorama da fotografia paraense a partir vem ser cumpridos. Esse pacto é uma conquista que do olhar-conhecimento.
de um recorte do que foi produzido nas duas décadas exige sensibilidade e vivência, pois, se alcançado sem 4. Pedagogia da Luz O que essas vivências proporcionam como ex-
anteriores. a devida maturidade, pode destruir-se pela insustenta- periência individual, potencializada pelo exercício co-
bilidade do compromisso firmado e, caso esta matu- A matriz do pensamento crítico de boa parte dos que letivo, é considerado fundamental, tanto que, no de-
ridade demore a chegar, acabe por cansar e esvaziar atualmente pesquisam e fazem fotografia no campo senvolvimento de qualquer atividade proposta, cada
3. Visão crítica do processo e o momento atual o coletivo. artístico-cultural e educativo no Pará se formou no instante-movimento é objeto para o exercício do olhar
O processo de organização e atuação do Fotofi- exercício do aprendizado-prática-reflexão, tendo a atento e investigativo sobre suas potencialidades na
Em junho de 1983, ainda pelo Fotoficina, Chikaoka cina, do Fotopará e da Fotoativa se enquadram nessa fotografia não como uma disciplina, mas como um construção do conhecimento crítico do mundo físico,
ministra uma oficina de iniciação intitulada “Fotoativa perspectiva. Enquanto as realizações do Fotoficina se manancial de possibilidades, aberto a múltiplas abor- social e espiritual. Como consequência, a chance para
– Iniciação à fotografia para crianças e adultos”, que deram paralelamente ao processo de discussão e ela- dagens. Abordagens que foram se multiplicando ao exercitar a necessária economia de meios e refletir
acaba servindo de inspiração para a criação do proje- boração do seu estatuto, que acabou não se concre- longo dos anos, mas sempre focadas num objetivo sobre os fazeres e as tecnologias que permeiam nos-
to “Fotoativa – Núcleo de Oficinas Permanentes do tizando nem no papel, o Grupo Fotopará alcançou sua comum: a emancipação das pessoas. so cotidiano.
Fotoficina”. Como até então, o Fotoficina não havia personalidade jurídica mas sem atingir a plena cons- Nessa busca, produziram-se dois deslocamentos
conquistado a sua personalidade jurídica, esse projeto ciência da importância dessa condição, de forma que marcantes: inicialmente, nas oficinas de “fotografia Miguel Chikaoka
foi inscrito num edital da Funarte através da Fadesp – seus integrantes acabaram seduzidos pelo lado práti- artesanal”, termo adotado para designar a prática da Fotógrafo e produtor cultural
Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa co da convivência migrando para as ações do projeto
e obteve apoio financeiro para execução, através de Fotoativa. A Fotoativa, por sua vez, atuou durante mais
uma Carta-Compromisso, selada entre a Fadesp e a de quinze anos sem o amparo de uma existência jurí-
Funarte, em 14 de agosto de 1984. dica que só se concretizou em janeiro de 2000, após
quatro anos de muitas discussões, idas e vindas. Nes-
Como desdobramento das atividades desse Núcleo, se período viu surgir alguns coletivos como o Caixa
surge o projeto Fotoativa Cidade Velha, constituído por de Pandora12 com Claudia Leão, Flavya Mutran, Maria- 1
Rubens FERNANDES JR, “Fotografia Paraense – militância política, dissonância poética”, www.fotoparaense80-90.pa.gov.br/Rubens_texto.htm
ações concatenadas com as “Serestas da Praça do no Klautau Filho e Orlando Maneschy. Nessa longa e 2
Boris KOSSOY, “Hercule Florence – A descoberta Isolada da Fotografia no Brasil”, EDUSP.
3
Rubens FERNANDES Junior, “Fotografia Paraense – militância política, dissonância poética”, www.fotoparaense80-90.pa.gov.br/Rubens_texto.htm
Carmo”, um projeto de revitalização do bairro da Cida- por vezes confusa trajetória, observa-se que todas as 4
Orlando MANESCHY, “O corpo sutil das imagens – Fotografias de Gratuliano Bibas”, www.fotoparaense80-90.pa.gov.br/Orlando_texto.htm
de Velha promovido pela Secretaria Municipal de Cul- experiências foram permeadas pelo desejo primário 5
Angela Magalhães e Nadja Fonsêca Peregrino, “Passando a história a limpo: a Funarte e a Fotografia Brasileira”,
www.rpcfb.com.br/2011/01/passando-a-historia-a-limpo-a-funarte-e-a-fotografia-brasileira
tura de Belém. Conduzido por fotógrafos e alunos das de compartilhar evidências e informações, aprender e 6
Paulo FREIRE (Pedagogia do Oprimido), Augusto BOAL (Teatro do oprimido e Jogos para atores e no atores), Clarice LISPECTOR (Uma aprendizagem ou o Livro dos
oficinas o Projeto Fotoativa Cidade Velha reuniu quatro praticar juntos. prazeres), Raoul VANEIGEM (Traitédusavoirvivre a lusage de jeunesgenerations), David COOPER (Le language de la folie e Mort de lafamille) e Ronald LANG (La politique
de l’experience e La politique de lafamille).
ações complementares expedições fotográficas orga- A herança desse processo encontra-se hoje de- 7
O Fotovaral consiste em expor fotografias ao ar livre, montadas sobre cartolina ou similares e presas num varal de roupas. Uma proposta de despojamento, de sair do
nizados por temas; foto-animação com estúdio intera- positada na Fotoativa, que a partir do momento que esquema das salas de exposição e galerias com seu ordenamento e limitações de tempo e espaço. Uma opção libertadora pela leveza, mobilidade, versatilidade e quase
imaterialidade do suporte.
tivo improvisado por e para moradores e visitantes do assumiu o seu estatuto de associação, há dez anos, 8
Angela Magalhães e Nadja Fonsêca Peregrino, “Passando a história a limpo: a Funarte e a Fotografia Brasileira”,
bairro; registros fotográficos de programações cultu- busca exercitar uma organização responsável, mas su- www.rpcfb.com.br/2011/01/passando-a-historia-a-limpo-a-funarte-e-a-fotografia-brasileira
9
Arte Pará, promovido anualmente pela Fundação Rômulo Maiorana, desde 1982 é tido com um dos mais importantes salão regional de arte.
rais, culminando com fotovarais na praça do Carmo, ficientemente leve e flexível, evitando o engessamen- 10
Pequenos Formatos, Salão de arte para obras de pequeno formato (até 40 cm) promovido anualmente pela Universidade da Amazônia, desde 1984.
reunindo o produto das anteriores. to de seus movimentos para preservar a capacidade 11
“Fotografia Contemporânea Paraense – Panorama 80/90”, www.fotoparaense80-90.pa.gov.br
12
Caixa de Pandora – Núcleo de imagens, fundado em 1992 por Claudia Leão, Flavya Mutran, Mariano Klautau Filho e Orlando Maneschy, com o objetivo de realizar pesquisa
O vigor e a riqueza desse processo magnetizam e de articular-se amplamente. Hoje, os projetos anuais e experimentação de procedimentos poéticos com a fotografia em suportes diversos.
envolvem uma grande parte dos integrantes do Grupo como o Pinhole Day Belém, que celebra a pratica da 13
Patrick Pardini, “Escola de Belém – Artesanado da Iniciação”, www.fotoparaense80-90.pa.gov.br/Patrck_texto.htm
14
Ao tomar conhecimento do trabalho da fotógrafa carioca Regina Alvarez que estivera na capital paraense ministrando uma oficina de fotografia pinhole, Chikaoka decide
Fotopará, esvaziando-o sobremaneira nas discussões fotografia pinhole com um ampla programação cultu- experimentar o dispositivo e, no ano seguinte, acaba por incorporá-lo à Oficina de Fotografia Fotoficina.

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Alves, Ieda Marques, Isabel Gouvêa, Juarez Ca- identidade brasileira sem deixar de consignar a

MARCAS DO NORDESTE NA FOTOGRAFIA BRASILEIRA


6 valcanti), entre tantos outros. Mais ainda, esta
mostra sinalizava a crescente valorização da cha-
mada fotografia criativa, tal como defendida pelo
crítico francês Jean-Claude Lemagny. Para além
do próprio tema enfocado, coloca-se em prática a
força de sua expressão poética. Lembremos, por
exemplo, de Evandro Teixeira, baiano de Jequié,
que persegue o sonho de fotografar a lendária
Canudos – terra de Antonio Conselheiro – procu-
rando resgatar os vestígios de memória da guerra
hipótese de que a fotografia em preto e branco, (Alto dos Enforcados, Lagoa de Sangue, O Vale da
Angela Magalhães/Nadja Peregrino longe de ser reduzida a uma cópia fria e plana, Morte) – e os relatos das lembranças dos quase
Curadoras e Pesquisadoras Associadas conteria uma espessura plástica atada a uma den- centenários descendentes da região. Suas fotogra-
sidade do ser. A adoção da fotografia em preto e fias mostram a aridez da paisagem dominada pela
branco pela maioria daqueles fotógrafos enuncia- caatinga ressequida, entremeada pelas raízes de
va, talvez, o desejo de se restaurar uma relação umbu, mandacarú e juazeiro – afagos sobre a terra
meditativa com a região de origem. Seguiam uma desabrigada e desértica. Os vaqueiros e os cria-
linha já antecipada pelo norte-americano Ansel dores de cabra são representações simbólicas de
Adams, famoso pela criação do sistema de zonas vida diante do quadro de absoluta pobreza do solo
no processamento da fotografia preto e branco. calcinado pela seca.
Ao contrário de Miguel Rio Branco que, em sua Já Antonio Augusto Fontes adentra o Raso da
exposição Nada levarei quando morrer, aqueles Catarina, a quinta-essência do nosso semi-árido,
que mim deve cobrarei no inferno (Galeria de um espaço mitológico, cuja dimensão imemorial
Fotografia da Funarte, RJ, 1980) traduz em cor a povoou sua infância em terras paraibanas. Tendo o
A proposta deste artigo é refletir sobre a fotografia Não são poucos os exemplos em que a região ambiência da comunidade do Pelourinho (BA) para jornalista Cláudio Bojunga como parceiro, Fontes
nordestina, partindo de nossa trajetória como cura- Nordeste esteve presente em nossa vida. De ime- mostrar em instigantes narrativas visuais o quase traz uma investigação formal inspirada no famo-
doras e do elenco de alguns autores que acabam diato, lembramos a III Semana Nacional de Fotogra- abstrato contraposto a um contundente realismo. so ensaio Let us now praise famous man (anos
por defini-la. Trata-se de invocar, de início, a cone- fia, realizada em Fortaleza (1984), que nos trouxe a Este também é o momento de constatar que, 1930), do norte-americano Walker Evans, propon-
xão com o assunto através do nosso livro Fotografia oportunidade de conhecer mais de perto a produção de alguma maneira, o imaginário nordestino vem do uma “ars poética”, assentada na força e vigor
no Brasil: um olhar das origens ao contemporâneo do fotógrafo Chico Albuquerque. Ali, desvelamos a se mantendo na produção de diversos fotógrafos dos retratos de mulheres e homens sertanejos.
(Funarte/MINC, 2005), onde demos visibilidade a doce presença do “seu Chico”, que em seu estúdio brasileiros. Lançando mão do fotodocumentarismo Tal como Anna Mariani, que realiza num estilo im-
ícones do fotojornalismo brasileiro: registros que transmitia o virtuosismo técnico para amadores e e de distintas estratégias artísticas, este imaginário pessoal e contido, um inventário fotográfico das
atestam a longa tragédia da seca e da violência no profissionais da área. Lembramos com carinho de representa desde o emblemático ciclo das secas e fachadas dos casarios multicoloridos espalhados
Nordeste como emblemas permanentes na história seu olhar perspicaz, da imaginação fértil, da excelên- dos retirantes nordestinos até as tradições cultu- pelo litoral e sertão nordestino. Em suas fotos, a
da cultura brasileira. Assim, tomemos como exem- cia de seu acervo, impregnado por uma visão idílica rais e sociais embebidas pelo cosmopolitismo. Fa- bidimensionalidade e a materialidade da cor des-
plo os carte-de-visite do fotógrafo Joaquim Antonio da terra natal e da vida marcada por vagarosa ges- zem, portanto, da fotografia um ato de entrega ao pontam como condição sine-qua-non da análise
Correia, autor da primeira reportagem sobre a seca tação. Não surpreende, portanto, que Albuquerque mundo concreto, para incorporar, tempos depois, deste ensaio.
no Ceará (1878) que retrata homens e mulheres em tenha recebido da Funarte o Prêmio Contribuição à a qualidade da cor e da luz imposta pelo próprio Seguindo outras veredas, o cearense Tiago
estúdio, num estado desolador de inanição, uma Fotografia Brasileira (1988), um reconhecimento à contato com o espaço: um sinal de mudança no Santana, o paraibano Gustavo Moura e o per-
dramática denúncia social veiculada na capa do sua atuação pioneira no campo da fotografia publi- foco da produção brasileira. Um exemplo marcante nambucano Alexandre Severo, da mesma forma
semanário O Besouro. Por sua vez, as fotografias citária no Brasil. pode ser visto no livro Mar de luz (2000) do grupo que Maureen Bisilliat, tomam a literatura regional
do libanês-brasileiro Benjamim Abraão, publicadas Além disto, o ano de 1984 foi pródigo em rea- “Dependentes da luz”, de Fortaleza, que na contra- como fonte de inspiração. Para Santana o ponto
na revista Noite Ilustrada, de circulação nacio- lizações: coordenamos a mostra IFOTONORDES- mão das imagens exóticas, lança mão de aborda- de partida é o antológico livro Vidas secas (Gra-
nal, mostram Maria Bonita e Lampião, junto aos TE, evento promovido pelo Instituto Nacional de gens menos parciais e difusas de nossa cultura. Ali ciliano Ramos, 1938), um relato da condição dra-
cachorros de estimação Guarani e Ligeiro (1936), Fotografia /Funarte, a partir de uma política de a cor é o elemento dominante. Surge exuberante mática de vida de uma população sobressaltada
numa versão mais humanizada do mítico casal de atuação voltada para o mapeamento dos fotógra- nas figuras desfocadas em primeiro plano, na lumi- por toda sorte de dificuldades. Tal qual Graciliano,
cangaceiros que desafiou as leis da República do fos e das manifestações culturais da região. No nescência do contra luz, nos cortes abruptos, nos Tiago acentua em suas fotos não somente os ele-
Brasil. Neste livro mostramos, ainda, a antológica catálogo desta mostra, vemos a expressiva par- close-ups radicais; bem como nas cenas casuais, mentos característicos da cultura local – a casa de
foto das cabeças decapitadas dos principais líde- ticipação de fotógrafos do Ceará, da Bahia, Per- onde a interferência do fotógrafo pouco aparece, a pau a pique, a indumentária do vaqueiro, a man-
res do cangaço – mortos na Fazenda de Angico, nambuco, Alagoas e Sergipe, boa parte deles co- não ser pelos sinais de uma composição cuidadosa sidão da paisagem – como também instaura uma
sertão sergipano (1938) – num sinal inequívoco da nhecidos pela sua atuação (Celso Oliveira, Chico e instigante. dinâmica concretizada pelo estilo fotográfico es-
barbárie, da estupidez e da insanidade praticada Albuquerque, José Albano, Gentil Barreira, Silas Na verdade, o que aqui aflora é o fotógrafo pontâneo e vibrante, em composições de cortes
pelo homem. de Paula, José Caldas, Adenor Gondim, Aristides como produtor de conhecimento, que reitera a abruptos. Gustavo Moura, por sua vez, em seu

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livro Do reino encantado, embebe-se de uma car- rências do fotopintor cearense Mestre Júlio, às
ga simbólica presente na obra do escritor Ariano
Suassuna. Na poética de seu trabalho, o que im-
pera é a imaginação, uma forma imaterial que nos
faz transcender a concretude do sertão. Por fim,
Alexandre Severo, através de retratos em estú-
fotos que fez nos Salões de Beleza do Hospital
Psiquiátrico da Tamarineira, em Recife. São “fo-
topinturas contemporâneas”, um termo criado por
Santos, com o intuito de criar uma possível cone-
xão entre os processos artesanais e a tecnologia
7
VIVA A UNIÃO! – UNIÃO DOS FOTÓGRAFOS
dio montado ao ar livre, alude em seu ensaio Os digital, uma prática atual que vem substituindo as DO ESTADO DE SÃO PAULO
sertões, à obra homônima do escritor Euclides da antigas técnicas fotográficas num processo contí-
Cunha, um marco inaugural da reportagem brasi- nuo e ininterrupto. Juan Esteves
leira, cujo livro foi publicado em 1902. Sob outra ótica, as imagens performáticas do Fotógrafo e crítico de fotografia
A fotografia popular é o leitmotiv da obra do pernambucano Rodrigo Braga – Desejo eremita –
pernambucano Luiz Santos. Em parceria com To- realizado durante um período de moradia no Sertão
nho Ceará, um fotógrafo lambe-lambe quase em Pernambucano (2009), apontam para uma leitura
extinção, idealiza uma viagem para a cidade natal transversa das recorrentes logomarcas visuais. De
de Tonho em Juazeiro do Norte. É nesse percurso forma mais visceral, Rodrigo desmonta a noção de
que surgem personagens como vaqueiros, ciga- uma identidade fixa, estável e apartada da ação do
nos e índios, registros atemporais, precários em artista, quando intervém na paisagem criando situa-
sua materialidade, tendo como pano de fundo a ções inesperadas. Trata-se, por fim, de uma expres-
paisagem do semi-árido nordestino. Não por aca- são poética mais alargada no conjunto dos ensaios
so, também, Luiz Santos incorporou as interfe- aqui destacados.
A União dos Fotógrafos do Estado de São Paulo, jornal onde era editor, forneceu um embasamento te-
UFESP, surgiu num período bem peculiar da história órico e estético que se desdobrava sobre a realidade
brasileira. Pensada por fotógrafos de São Paulo lá por brasileira. Era preciso fazer algo não só pelos fotógra-
1979, para o resgate, reconhecimento e valorização da fos ou pela fotografia, mas pelo país.
profissão – e em parte inspirada pela criação da União Pode parecer estranho para um fotógrafo cria-
dos Fotógrafos de Brasilia, UFB, no ano anterior – en- do na geração 00, por exemplo, o fato de que como
trou pela década seguinte num país que seria marca- profissão, naquela época a categoria “fotógrafo” não
do por acontecimentos políticos históricos. Ainda não existia, e apesar do encaminhamento legislativo mo-
tínhamos um presidente eleito pelo povo diretamente, roso, comissões parlamentares capengas, só agora
a democracia não era plena, como ainda não é hoje, e em 2011 estamos chegando perto dessa existência
em 1980 a entidade era oficializada tornando-se uma real, e ainda sim, longe da ideal. Igualmente peculiar
das mais atuantes entidades da fotografia brasileira era o fato das imagens serem publicadas em revistas
até seu último ano de existência em 1994. e jornais sem o nome de seu autor. O desrespeito cor-
Oriunda de uma comunidade de fotógrafos mais ria solto, moralmente e financeiramente.
ligados ao jornalismo, a UFESP surge numa ocasião Aberrações surgiam, e quem tinha um estúdio
em que a liberdade de imprensa seguia de certa forma era vinculado ao Sindicato das Empresas de Artes Fo-
restrita, momento em que os fotógrafos que trabalha- tográficas. Mas, não se enganem, pois de artístico,
vam profissionalmente começaram a se movimentar não tinham nada, e numa tradução livre, isso permitia
pelos seus direitos mais simples como o registro sin- que tanto um fotógrafo publicitário quanto o sujeito
dical – pleno e desvinculado das empresas gráficas do linotipo de uma gráfica, ou um balconista de loja
ou jornalísticas, por uma categoria reconhecida pelo de materiais fotográficos (sem desmerecer o trabalho
Ministério do Trabalho, por uma tabela de preços mí- destes) tivessem o mesmo status sindical, e o que
nimos, e pelo direito de autor, o chamado crédito ao importava mesmo era a tal de contribuição sindical
lado da imagem fotográfica ou, resumindo, pelo res- obrigatória. Ironia à parte, uma excrescência surgida
peito e liberdade de trabalhar. na década de 1960 criada no início da ditadura militar.
Para seu primeiro presidente, Roberto Cecato a Aqueles que trabalhavam nos jornais eram “re-
experiência gerada por fotógrafos como Luis Hum- pórteres-fotográficos”, criados pelas redações, muitos
berto em Brasília, que não somente teorizava sobre o deles resultado de um curioso “processo evolutivo”:
meio, mas que aplicava certos avanços na redacão do O sujeito entrava como contínuo, ou “office boy”, para

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usar um termo de então, arrumava uma vaga no la- representantes do governo, aberto aos interessados com o emblemático nome “Fotografia Denúncia” e grafos do Estado de São Paulo. O evento seria o pre-
boratório fotográfico, e depois de quase ficar com as em 1981. No mesmo ano e lugar, foi demonstrada as um encontro para debates. cursor da antológica Semana Paulista de Fotografia.
unhas pretas por conta dos químicos –e, se tivesse atividades da União, entre 1980 e 1981, entre outras Para o historiador Ricardo Mendes, um dos mais Marco histórico com acontecimentos memoráveis, as
um talento inato- com sorte virava repórter-fotógrafi- coisas a criação de um apoio jurídico que deu asses- importantes pesquisadores da fotografia contemporâ- semanas se estenderam até o ano de 1991, com ex-
co. Ia cobrir a madrugada, e quem sabe, um dia tra- soria aos associados em questões como contratos nea, os eventos da UFESP expressavam com clareza posições, cursos e oficinas ocorrendo no Espaço de
balharia pela manhã ou pela tarde, fazendo alguma com editoras. o espírito de uma geração sobre a função da fotografia Atuação Cultural e outros lugares de São Paulo.
imagem que pudesse ser publicada numa sonhada A UFESP contou em sua luta com a participação como instrumento de ação social, bem como o seu Também em 1985 tenta-se eleger o primeiro pre-
primeira página. Poucos conseguiram. do advogado Eduardo Vieira Manso, um dos pioneiros reconhecimento do seu potencial de articulação. sidente civil no fim da ditadura militar, colocando o
Portanto, quando em 1980 fotógrafos paulistas na questão dos Direitos Autorais e acabou antecipan- Unindo a questão ética e profissional às parcerias mineiro Tancredo Neves no poder, ainda que de for-
começam a se mobilizar em busca de definir a pro- do os ideais do chamado manifesto La Pyramide, pro- culturais e de fomento, em agosto de 1983 é inaugu- ma indireta. No entanto, o mesmo não sobrevive e
fissão, estava lançada uma proposta ousada que não posto em 1989 na França, que lançou uma abrangên- rado no CCSP a mostra “Fotografia, uma expressão morre em abril do mesmo ano. Em dezembro a União
seria fácil de ser conseguida: literalmente a União dos cia internacional sobre o tema. E se os ventos corriam pessoal” e ainda no mesmo mês, é organizada uma promove e participa do debate sobre as organizações
Fotógrafos do Estado de São Paulo, congregou um contra a ditadura, a entidade também seria arrojada palestra sobre o Mercado de Trabalho, frutos das ativi- dos fotógrafos profissionais de São Paulo e a regu-
contigente enorme de profissionais dos mais diferen- ao ponto de lançar o encontro “Video Foto Versus Fo- dades da entidade. lamentação da profissão, com participação da ABRA-
tes matizes. Precisamos lembrar que mais adiante, na tografia convencional” que ocorreu na Galeria Álbum. Em substituição a Ricardo Malta, outro fotógrafo FOTO, SEAFESP, Sindicato dos Jornalistas (comissão
década de 1990, o Sindicado dos Jornalistas de São Segundo Cecato, um projeto pioneiro e visionário de teria um papel relevante na presidência da entidade, de Fotógrafos e do Deputado Federal Márcio Santilli.
Paulo, que expedia a carteira de identidade para o re- Zé de Boni, por conta, imaginem só, do lançamento dando continuidade a suas políticas e rumando para O evento acontece no Espaço de Atuação Cultural da
pórter-fotográfico ( o termo fotojornalista ainda estava da primeira câmera digital da Sony. Mais do que atual as questões culturais, as preocupações mais filosófi- União dos Fotógrafos como parte da Semana de Fo-
distante), e seu famoso broche amarelinho numerado a questão! cas em torno da imagem: André Boccato, fotógrafo, tografia.
para poder entrar no estádio de futebol, teve um pre- O país ainda continuava no bi-partidarismo e sem editor, dealer e um dos pioneiros nas galerias de arte Em agosto de 1986, a UFESP realiza o Projeto
sidente que declarou certa vez que: “A fotografia era a eleições diretas, e a primeira fase da UFESP se ca- fotográfica no Brasil. Nossa Gente como parte da II Semana Paulista de
“porta dos fundos” do jornalismo, numa analogia aos racterizava pela luta aos seus direitos mais básicos, Em 1984, no mesmo Centro Cultural São Paulo, Fotografia. Um exposição com o título O Interior pau-
fotógrafos que conseguiam seus registros como pro- como o devido crédito nas imagens, e uma tabela de a UFESP , sob os auspícios da Comissão de Repór- lista retratado pela própria comunidade trazendo fotó-
fissionais no Sindicato...Bem, mas isso é uma outra preços mínimos para ser praticada pelos contratantes, teres Fotográficos, do Sindicato dos Jornalistas Pro- grafos das cidades de Pedreira, Pedra Bela, Piracaia,
história... revistas, agências, entre outros. A posição seria leva- fissionais de Brasília, faz um encontro com 49 parti- Atibais e Cosmópolis. Atuam na realização os fotógra-
Vamos voltar então a janeiro de 1980, através de da ao Congresso Nacional e a primeira contribuição foi cipantes. É também montada a exposição “São Paulo fos André Bocatto, Claudio Machado, Clovis Loureiro,
uma Assembléia Geral Ordinária, elegeu-se Roberto do economista Jorge Rosemberg, então no início de Gigante e Intimista”, uma das mais importantes mos- Davi Rego Junior, Eugenio Pacceli, João Farkas, Luis
Cecato, então fotógrafo freelancer que trabalhava para sua carreira como fotógrafo, que o levaria a grandes tras da década, reunindo diferentes fotógrafos como Francas, Nelson Toledo e Plinio Borges. A mostra en-
O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, e como vice publicações como Veja e a agências como a Fotogra- Antonio Carlos D’Avilla, Joel La Laina, Rosa Gauditano, volveu nada menos que 20 municípios de São Paulo.
Marcos Santilli, quando ficou decidido que a sede pro- ma. Hoje as tabelas são prática comum, ainda que o Cássio Vasconcellos, Iatã Canabrava, Paulo Peltier, Ju- Também relevante foi o seminário internacional da
visória da União seria na Galeria Álbum, na Av. Briga- tal piso continue, como de início, abaixo da realidade, venal Pereira entre outros. historiadora norte-americana Naomi Rosemblum A
deiro Luiz Antonio, de propriedade do fotógrafo José mas segue firme como referência. Em 1985, a UFESP, com montagem da Associa- Fotografia Social.
de Boni. Lá estavam fotógrafos como José Varella, Cecato foi substituído por Ricardo Malta, que ção Cultural José Marti, promove a palestra do foto- Momento de enorme importância cultural ocor-
Rosa Gauditano, Jorge Rosemberg, Nelson Toledo, também em 1979 ajudou a criar a icônica Agência F4. jornalista português, radicado no Brasil, Juca Martins, re em 1988 com o lançamento do projeto do Núcleo
Juca Martins, Jorge Araújo, Nair Benedicto, Antonio Malta tinha como vice o fotógrafo Juvenal Pereira, que membro da Agência F4, no CCSP. Juca Martins trouxe Permanente de Linguagem Fotográfica, que seria res-
Saggese, Juvenal Pereira, Armando Prado, Bernardo já tinha participado como membro do Conselho Con- notícias do III Colóquio Latino-Americano de Fotogra- ponsável por pensar os diversos eventos da UFESP
Alps, entre outros. Também alguns jornalistas como sultivo da UFB que teria como presidente Salomon fia. Também a União através do evento Fotoinforme a partir de então. No mesmo ano ocorre o Encontro
Moracy de Oliveira e Rubens Fernandes Junior, gente Cytrynowicz, outro membro da F4. Além das ativida- discutiu o III Colóquio, patrocínio da Frata Produtos Paulista de Preservação e Memória Fotográfica. Proje-
de dentro e de fora das redações, querendo dignificar des em prol da regulamentação da profissão, ativida- Eletrônicos. Estabelecia-se assim uma troca relevante to Fotógrafos Pioneiros do interior paulista. Exposição
o que faziam, serem respeitados por uma profissão des de apoio cultural, a UFESP, também publicou um de informações culturais entre os fotógrafos associa- na Galeria Fotoptica, com patrocínio do Infoto/Funarte
real, mas que aos olhos da maioria dos políticos e sin- newsletter com suas atividades. ções e indústria fotográfica. e o Encontro Paulista de Preservação e Memória Foto-
dicalistas, simplesmente não existia. Paralelamente à ação política, veio o importan- O ano de 1985 continuaria a ser interessante para gráfica e Debates e oficinas nas Oficinas Culturais Três
Bem, se os burocratas da imprensa e a maioria te movimento cultural em 1983, a UFESP organiza e a UFESP. Com sede na cobertura do famoso Edifício Rios. Também com igual importância, surge do Núcleo
dos sindicalistas não estavam interessados, aque- inaugura o espaço “Foto Atuação”, Espaço de Atuação Martinelli, no centro de São Paulo, a entidade foi li- a primeira exposição de jovens fotógrafos no Museu
les ligados a arte abraçaram a causa e a União dos Cultural, destinado as atividades fotográficas conce- teralmente despejada pelo então prefeito Jânio Qua- de Arte de São Paulo, MASP.
Fotógrafos do Estado de São Paulo, teve apoio do bidas pela entidade, abrigado no Centro Cultural São dros que queria o espaço para a sede da recém criada Já podemos perceber então que o percurso re-
Museu da Imagem e do Som, MIS onde ocorreu o Paulo, espaço mantido pela Prefeitura da cidade, que Guarda Municipal. A entidade foi parar na sede da ABI, força o foco cultural, em projetos que não somente
debate aberto “Material Fotográfico no Brasil, Pro- firmaria uma profícua parceria com os fotógrafos: En- Associação Brasileira de Imprensa. É ano também assessorem o fotógrafo ao encontro da filosofia da
blemas e Soluções”, um encontro com fabricantes e tre outras importantes exposições a mostra coletiva que surge a Semana de Fotografia da União dos Fotó- fotografia, mas que através disso a promoção social,

34 35
a congregação da classe possa ser aferida através de Luiz Medici, Marcio Neves, Marisa Cauduro, Monica
grandes eventos aproximando as diferentes cidades
do estado. Em 1989, acontece a Assembleia da enti-
dade nas Oficinas Culturais Três Rios, já com a gestão
do fotógrafo Iatã Cannabrava na presidência, onde o
Núcleo se desenvolve ainda mais, e questões políticas
Caldiron, alguns nomes que acabaram se firmando no
mercado de fotografia.
Importantes workshops como Aprendendo a ver,
com Claudio Feijó, Eduardo Castanho, Wladimir Fon-
tes entre outros; Fotografia de Moda, com Serapião; OS MOVIMENTOS DA FOTOGRAFIA EM SÃO PAULO
8
como a Lei Sarney são também discutidas. Fotojornalismo, com Juvenal Pereira; Técnicas criativas
Outro grande marco da UFESP é sem dúvida o de laboratório, com Bete Feijó; Técnicas de Iluminação Rubens Fernandes Junior, pesquisador de fotografia
projeto Revele o Tietê que você vê que acontece no em Estúdio, com Mario Spinosa ; Aperfeiçoamento no
dia mundial do meio ambiente em junho de 1991, laboratório P&B, com Iatã Canabrava, Escola Imagem
trazendo coordenadores de primeiro naipe como Da- e Ação; Retrato de Casamento, com Camila Butcher;
vid Drew Zingg, Du Ribeiro, Eduardo Castanho, Hélio Fotojornalismo, com Salomon Cytrynowicz; ou Fo-
Campos Mello, Juca Martins, Renata Castello Branco, tografia Publicitária- Still Life, com Du Ribeiro, que a
Renata Falzoni, Roberto Bandeira, Vânia Toledo, Harol- aconteceram na Escola Imagem e Ação.
do Palo Junior e Rubens Chaves, entre outros. Não há dúvidas que ao longo destes anos a União
Perto de 150 grupos, em 50 cidades, no total de dos Fotógrafos do Estado de São Paulo não só promo-
3000 pessoas participaram do evento, cujo resultado veu uma interação entre os diversos produtores de
pôde ser visto numa exposição, no Shopping West fotografia, do publicitário ao jornalístico, da arte à pe-
Plaza, em São Paulo, com cerca de 670 fotografias. dagogia, atravessando as questões políticas e de luta
A mostra então percorreria quase todos municípios de classe, mas também avançou significativamente
ribeirinhos, numa ação conjunta com a entidade SOS na questão cultural, formatando caminhos necessá- Apesar da iniciativa pioneira de Hercule Florence, em objetivo era promover o intercâmbio entre fotógrafos
Mata Atlântica. rios para que hoje pudéssemos ter muito eventos e 1832, a fotografia começa a se instalar na cidade de amadores da cidade, mas sua atuação ganha o esta-
O Núcleo Permanente de Formação e Linguagem instituições como a própria Rede de Produtores Cultu- São Paulo somente a partir de 1850, dez anos após a do e o Brasil. Em outubro de 1942, inicia seu Salão
Fotográfica entre 1991 e 1992 também promoveu rais de Fotografia do Brasil. Hoje, nas palavras de seu exibição pública do Abade Compte no Rio de Janeiro. Paulista de Arte Fotográfica e inaugura a era dos Sa-
muitas mostras coletivas no MIS, Museu da Imagem primeiro presidente, Roberto Cecato: “Valeu a pena A primeira grande empreitada da fotografia na cida- lões Nacionais de Fotografia que depois de alguns
e do Som, com Alexandre Catan, Andrea Scansani, lutar por tudo isso! O fotógrafo é por definição um de coube ao carioca Militão Augusto de Azevedo que anos se transformará em Salão Internacional, criando
Belkiss Rabello, Camila Mesquita, Deborah Rosen- ser gregário e solitário, e a União era uma casa onde se instalou na Capital Paulista por volta de 1860. Ele pela primeira vez no país uma nova possibilidade de
feld, Duk Jun Lee, Francis Nishiyama, Giovana Assis, todos se encontravam para discutir os problemas co- realizou a primeira grande documentação do espaço entender a fotografia, particularmente como técnica
José Brunozi, Julio Toledo, Karlis Smits, Lucia Loeb, muns, como uma grande família.” urbano entre 1860 e 1862, quando produz pouco mais e linguagem. Em maio de 1946, o foto clube inicia a
de cem fotografias, que hoje são os documentos foto- publicação de seu Boletim, e no ano seguinte (1947)
gráficos mais antigos da cidade. também será marcado pela criação da Revista Iris, de
Hans Koranyi, a de maior longevidade na história das
Depois dele temos a presença de Guilherme Ga- revistas de fotografia do país.
ensly, Valério Vieira, Otto Rudolph Quaas, Frederic Ma-
nuel, P. Doumet, Aurélio Becherini, B. J. Duarte, entre No final da década de quarenta o MASP – Mu-
outros que trabalharam intensamente na construção seu de Arte de São Paulo, promove sua primeira
de uma iconografia urbana, hoje documentos de valor exposição de fotografias, com trabalhos de Thomaz
inquestionável para entender o processo de urbaniza- Farkas e mais tarde exibe as Fotoformas de Geral-
ção da cidade. Temos entre o final do século XIX e as do de Barros, que surpreendeu o mundo das artes
primeiras décadas do século XX a presença de diversos visuais pela coragem e pela inquietação. Posterior-
retratistas – Vincenzo Pastore, Giovanni Sarracino, Vi- mente, esses dois fotógrafos foram convidados
cente Russo, M. Rizzo, entre outros –, de muitas lojas pelo prof. Pietro Maria Bardi para organizarem um
de materiais e equipamentos fotográficos, de litogra- laboratório no museu e iniciar uma série de ativi-
fias e tipografias que pontuam a importância da ima- dades na área. A segunda metade da década de
gem para a história e memória do período. quarenta, logo após a Segunda Guerra Mundial, foi
significativa para o florescimento da arte e da cul-
Em 1939 surge na rua São Bento, o Foto Clube tura, e foi nesse período que se iniciou um estimu-
Bandeirante que ao longo de sua trajetória marcará lante processo de fermentação que criou e conso-
presença na cena cultural fotográfica paulistana. Seu lidou as algumas das mais importantes instituições

36 37
culturais do país. Entre elas destacamos: O MASP; cimentos que elevam a fotografia de São Paulo a A fotografia ganha um novo status dentro das Photography, de Susan Sontag (1981, tradução de Jo-
o MAM-SP; a Sociedade Brasileira de Comédia, um novo patamar. artes visuais. Em 1978, a Galeria Augôsto Augusta aquim Paiva), e em 1982 a publicação de A Câmara
embrião do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC); a edita uma coleção de cartões postais e um portfólio, Clara, de Roland Barthes, pela editora Martins Fontes.
Companhia Cinematográfica Vera Cruz; a Socieda- A crítica Stefania Bril, do jornal O Estado de São denominado Brasil Anos 70 , com doze imagens as- Vale destacar também o livro de Claude Kubrusly, O
de Brasileira de Progresso e Ciência; a TV Tupi; e Paulo, organizou em 1978 a primeira edição do En- sinados pelos fotógrafos Leonid Streliaev, Geraldo que é fotografia, da coleção Primeiros Passos, da edi-
em 1951 a realização da I Bienal Internacional de contro Fotográfico de Campos do Jordão, que aos Guimarães, Romulo Fialdini, Claudia Andujar, Cris- tora Brasiliense.
São Paulo. moldes de Arles, tenta estimular a produção foto- tiano Mascaro, Améris Paolini, Boris Kossoy, Olney
gráfica através de workshops e troca de experiên- Kruse, Maureen Bisilliat, Stefania Bril, Regina Vater A criação da ABRAFOTO e a realização da expo-
O fotógrafo paulista Sergio Jorge ganhou em cias. Temos também o aparecimento da escola Ima- e Sergio Polignano. Nasce a Galeria Fotoptica (coor- sição Autorretrato do Brasileiro – Cidade e Campo,
1960 o primeiro Prêmio Esso de Fotojornalismo, gem-Ação, de Cláudio Feijó e sua irmã Bete Feijó. denação de Rosely Nakagawa, 1979); a Galeria Ál- dentro da exposição Tradição e Ruptura realizada pela
instituído no ano anterior. No mesmo ano, a Editora No final desta década, a luta pela reorganização po- bum (coordenação de Zé de Boni, 1980); o Gabinete Fundação Bienal, com coordenação de Thomaz Farkas
Abril criou o Estúdio Abril de Fotografia, que se re- lítica da sociedade e pelo fim da censura provocou Fotográfico da Pinacoteca do Estado (coordenação e Cristiano Mascaro, marcaram o ano de 1984. No ano
novaria em 1972 com a chegada de Chico Albuquer- o aparecimento das primeiras manifestações públi- de Rubens Fernandes Junior, 1980); o Salão Fuji de seguinte tivemos a I Semana Paulista de Fotografia,
que e Sergio Jorge, tornando-se pioneiro na Améri- cas e o desejo de um grupo de fotógrafos atuantes Fotografia (1980). O MAM promove em agosto do promovida pela União dos Fotógrafos, e a I Quadrienal
ca Latina na formação de profissionais de qualidade era articular a criação de agências cooperativadas, mesmo ano a I Trienal de Fotografia, organizada por de Fotografia, promovida pelo MAM.
técnica diferenciada. O Foto Cine Clube Bandeirante responsáveis pela nova relação profissional no mer- Claude Krubusly, Fernando C. Lemos e Norberto Ni-
organizou em 1965 a primeira participação da foto- cado, inclusive no que diz respeito aos direitos au- cola. A Comissão de Seleção e Premiação (Claude, Podemos destacar ainda uma iniciativa inova-
grafia na VII Bienal Internacional de São Paulo, atra- torais. Destacamos aqui as primeiras reuniões rea- Fabio Magalhães, Fernando C. Lemos, Moracy de dora da União dos Fotógrafos de São Paulo na área
vés de um grupo formado por Eduardo Salvatore, lizadas para a formação da União dos Fotógrafos do Oliveira e Zeka Araujo) atribui o Grande Prêmio a de formação e educação: a criação, no final dos
Paulo Emílio Salles Gomes e Geraldo Ferraz. A dé- Estado de São Paulo (o primeiro presidente foi José Miguel Rio Branco. anos oitenta, do Núcleo Permanente de Forma-
cada de 1960 ainda é lembrada pela criação de im- Roberto Cecato), e a criação da pioneira Agência F-4 ção em Linguagem Fotográfica. Em parceria com
portantes publicações que valorizaram o fotógrafo e (Nair Benedicto, Juca Martins, Delfim Martins, Ri- O crítico paulista Moracy de Oliveira, do Jornal da as Oficinas Três Rios e da Secretaria de Estado da
a fotografia, entre elas, a revista Realidade (1966), cardo Malta). Nesse novo momento político do país, Tarde, elege 1978 como o Ano I do livro de fotografia Cultura, cada fotógrafo selecionado ganhava uma
o Jornal da Tarde (1966) com tiragem inicial de qua- depois de um longo período de autoritarismo, esses no Brasil. Somente em São Paulo foram publicados: bolsa por um período de três meses para desen-
renta mil exemplares, e a revista Veja (1968) cuja movimentos destacaram-se pela independência das América Latina, de Geraldo Guimarães editado por volver um projeto e acompanhar uma série de cur-
primeira edição foi de setecentos mil exemplares. coberturas jornalísticas, pela permanente crítica po- Massao Ono; Yanomami, de Claudia Andujar; Xingu, sos, palestras e oficinas, que tinham como objeti-
lítico-social e pela luta para legitimar o direito auto- de Maureen Bisilliat; Fotografias, de Otto Stupakoff, vo aprimorar sua capacidade técnica e impulsionar
Os anos 1970 foram emblemáticos para a foto- ral. Depois vieram as agências Angular, Fotograma, todos os três pela editora Praxis, com direção de arte sua capacidade criativa. O projeto idealizado por
grafia paulistana. Iniciamos a década com a publica- entre outras. assinada por Wesley Duke Lee; Meus Olhos de Luís André Boccato (na época presidente da União dos
ção da revista Fotografia (1970), que teve duração de Tripoli, edição do autor, entre outros. O Museu da Fotógrafos) e Pedro Braz, teve cinco edições sob
treze números e edição fotográfica de George Love. A fotografia se articula em outros campos, valo- Imagem e do Som promoveu a exposição Brás, pri- a direção de Iatã Cannabrava, e criou uma geração
Nasce também a primeira galeria inteiramente dedi- riza-se e conquista outros espaços. A Galeria Bon- meiro ensaio conjunto de Cristiano Mascaro e Pedro de novos profissionais que hoje atua em diferentes
cada à fotografia – a Galeria Enfoco, decorrente da figlioli exibe, em 1973, o movimento Photo Galeria Martinelli. áreas da fotografia. Esta experiência permitiu que
escola de mesmo nome, com coordenação de Clau- (PhG), que contou com a participação de Boris Kos- Cannabrava, já como Presidente da União e Coor-
de Kubrusly e Maureen Bisilliat, que foi fundamental soy, Madalena Schwartz, Dulce Carneiro, Stefania A revista Fotoptica dá início a uma nova fase, alte- denador do Núcleo, fosse o coordenador da quarta
na formação de inúmeros fotógrafos, entre eles Cris- Bril, Roger Bester, Eduardo Castanho, entre outros. rando seu formato e concorrendo agora diretamente e quinta edição da Semana Paulista de Fotografia.
tiano Mascaro. No ano seguinte, George Love e Claudia Andujar com a revista IrisFoto. A multiplicação da produção, Mais tarde, ele criou a Clínica Fotográfica, iniciati-
realizam no MASP a I Semana Internacional de Fo- mesmo que timidamente, também ocupa os novos va centrada em workshops e práticas profissionais,
Em 1971, Boris Kossoy publicou o seu livro tografia, com projeções e discussões sobre os tra- espaços das revistas e das galerias. A década de oi- montagem e leitura de portfólio.
Viagem pelo Fantástico, com prefácio do professor balhos de diversos fotógrafos. Cursos de fotografia tenta é responsável por várias ações que projetam a
Pietro Maria Bardi e um diferenciado projeto grá- são oferecidos pela Enfoco, Imagem-Ação, Camera, fotografia de São Paulo, com ressonância em todo o A década de noventa tem início com a inaugura-
fico. O livro é uma ruptura na tradição fotográfica Museu Lasar Segall, Foto Cine Clube Bandeirante. Brasil. ção da Galeria Collectors, dirigida por André Boccato,
brasileira, tanto que Bardi em seu texto registra Em 1975, tem início na Universidade de São Paulo o que associado a Lily Sverner, através da editora Sver
que “suas fotos são, em síntese, a instauração do movimento PhotoUsp, organizado pelos estudantes No campo da teoria fotográfica temos a publica- & Boccato, iniciaram a coleção As Melhores Fotos/
ambíguo, do indefinido e do indefinível, do que ten- da Escola Politécnica, da História e Letras. O MAC ção dos livros A Ilusão Especular, de Arlindo Macha- The Best Photos, editando os livros de Nair Bene-
tamos explicar e é inexplicável”. É o momento de organiza, em 1976, a exposição Novos e Novíssimos do (1984), e Filosofia da caixa preta – por uma futura dicto, J. R. Duran, Cristiano Mascaro e David Drew
uma transgressão estética, que ampliada, trouxe Fotógrafos. Em 1977, Boris Kossoy publica sua pes- filosofia da fotografia, de Vilém Flusser (1985), até Zingg. Em 1991 nasce a Coleção Pirelli-MASP de Fo-
uma nova possibilidade para a fotografia no Brasil. quisa Hercules Florence – 1833: a descoberta isolada hoje referências para a reflexão da fotografia no Bra- tografias com o objetivo de formar uma coleção de
No final desta década temos uma série de aconte- da fotografia no Brasil. sil. Também tivemos a tradução do hoje clássico On fotografias moderna e contemporânea, com edição

38 39
anual da exposição e catálogo. O Conselho Curador ta Fotosite (editada por Pisco Del Gaiso) que para- Destaque nos últimos quinze anos para a criação to, salientamos a regularidade das exposições dos di-
foi inicialmente composto por Boris Kossoy, Thomaz doxalmente surgiu na web e depois migrou para a de coleções, bolsas e prêmios dedicados à fotografia. versos museus e galerias paulistanos, com destaque
Farkas, Mario Cohen, Zé de Boni, Pedro Vasquez, Ru- mídia impressa, a revista Paparazzi (editada por Car- Entre eles lembramos a Coleção Pirelli-MASP de Foto- especial nos últimos anos para as duas edições do Fó-
bens Fernandes Junior, com coordenação de Anna lo Cirenza); da Revista do Vaticano (gráfica Burti); da grafia (desde 1991), a Coleção MAM-SP de Fotografia, rum Latino-Americano de Fotografia, sob coordenação
Carboncini. revista Freeze (editada por J. R. Duran); da revista a Bolsa Vitae, o Prêmio Porto Seguro e o Prêmio FCW de Iatã Cannabrava, que também é responsável pela
55 (editada por Bob Wolfenson) e mais tarde; da de Fotografia, da Fundação Conrado Wessel. Afora realização do Paraty em Foco.
A década de noventa, pela proximidade, talvez revista S/Nº (também editada por Bob Wolfenson). isso, a ampliação dos espaços públicos como a Caixa
seja a mais potente em toda a história da fotografia Vale destacar também a experiência da revista Fo- Cultural e o Centro Cultural Banco do Brasil, e espaços Com certeza, este texto que pretende registrar
paulistana. É criado o Nafoto – Núcleo dos Amigos toFagia, editada pelos alunos da Faculdade de Fo- privados como o Instituto Moreira Salles e o Itaú Cul- uma visão panorâmica sobre a fotografia e suas di-
da Fotografia, em 1991, com o objetivo de organizar tografia do Senac (a primeira iniciativa na área da tural. Este último desenvolveu, dentro da Enciclopédia ferentes atividades em São Paulo, não será suficien-
o Mês Internacional da Fotografia a partir de 1993, educação superior), e mais recentemente da revista Visual um segmento para a fotografia com consultoria te para cobrir toda sua extensão e importância. Seria
evento bienal que buscou divulgar, valorizar e inserir Pororoca (editada por Everton Ballardin, Rogério As- de Rubens Fernandes Junior e Pedro Vasquez. preciso aprofundar e relacionar mais as inúmeras in-
a fotografia brasileira no cenário da produção cultu- sis e Tetê Martinho) e da Revista Nacional (editada formações aqui destacadas e assumidas como uma
ral internacional. Os fundadores foram Stefania Bril, por J. R. Duran). Também se avançou muito na área da curadoria espécie de marco histórico desta rica e diversificada
Nair Benedicto, Rosely Nakagawa, Isabel Amado, de exposições de fotografia, com destaque para os história. Mas é com enorme satisfação que apresen-
Eduardo Castanho, Marcos Santilli, Juvenal Pereira, Além das publicações dirigidas por fotógrafos trabalhos de Rosely Nakagawa (Galeria Fnac), Dióge- tamos uma síntese de um movimento que começou
Eduardo Simões, Fausto Chermont e Rubens Fer- e para fotógrafos, vimos na última década os mu- nes Moura (Pinacoteca do Estado), Eder Chiodetto timidamente com Hercules Florence e sua descoberta
nandes Junior. seus adequarem seus espaços – particularmente (Clube de Fotografia do MAM) e Eduardo Brandão (Ga- isolada da fotografia no Brasil, e que hoje se assume
no que se refere à climatização, desumidificação e leria Vermelho). Os eventos que envolvem a fotografia como um centro irradiador de boas experiências em
Também em 1991, realizou-se a segunda edição iluminação adequada – para receberem exposições também se multiplicaram, pois além das edições do todos os níveis – produção, criação, exibição e publi-
do Studio Internacional de Tecnologias da Imagem, internacionais, e o aparecimento de galerias que Mês Internacional da Fotografia, realizados pelo Nafo- cação de fotografias.
em uma parceria entre Unesp e Sesc, sob coorde- centram uma atenção especial à fotografia. Entre
nação de Luiz Guimarães Monforte. A primeira edi- elas, destacamos a Vermelho, Luciana Brito, Casa
ção aconteceu dentro da 20º Bienal Internacional de Triângulo, Paulo Darzé, Leme, Fass, Babel e Fauna,
São Paulo. Impossível não citar o trabalho de Nel- que buscam ampliar a inserção da fotografia dentro
son Brissac Peixoto, que organizou a partir de 1995 das artes visuais. Este intenso trabalho de valori-
várias edições do evento Arte/Cidade, que envolvia zação da fotografia, somado à percepção acurada
fotografia, cinema, vídeo, performance e instalação, dos organizadores da SP-Arte, permitiu em 2007
permitindo uma inserção diferenciada da linguagem o aparecimento da SP/FOTO, uma feira específica
fotográfica nas artes visuais e uma nova discussão centrada na imagem fotográfica.
sobre a paisagem urbana. Em 1996, vale destacar
a realização do Seminário Panoramas da Imagem, Com essa movimentação em torno da fotogra-
organizado pelo grupo formado por Rubens Mano, fia, foi natural o aparecimento de livros específicos
Everton Ballardin e Eli Sudbrack. que trouxessem pesquisas sobre os movimentos
anteriormente citados. Destacamos os livros Foto-
Podemos verificar que as últimas décadas foram grafia – usos e funções no século XIX, de Annate-
agitadas para a fotografia em São Paulo. Exposições resa Fabris, entre outros títulos por ela publicados,
e livros, teoria e atividades práticas, workshops e A Fotografia Moderna no Brasil, de Helouise Costa
palestras, seminários e eventos potencializaram a e Renato Rodrigues da Silva, Noticiário Geral da
fotografia como uma das linguagens visuais mais ex- Photographia Paulistana 1839-1900, de Ricardo
pressivas – tanto política quanto esteticamente. Isso Mendes e Paulo Cezar Alves Goulart, e a Coleção
criou uma força incrível para a criação, produção e Senac de Fotografia, organizada por Thales Trigo e
distribuição da imagem fotográfica, trazendo novos Simonetta Persichetti. Estas publicações trazem
ânimos para os fotógrafos que souberam aproveitar análises e reflexões sobre diferentes períodos da
este momento. nossa história. Além disso, constatamos a presen-
ça constante de textos críticos e comentários de
Se pensarmos nas novas publicações que sur- Boris Kossoy, Tadeu Chiarelli, Annateresa Fabris,
giram no final dos anos noventa e o início dos anos Eder Chiodetto, Simonetta Persichetti, Ronaldo En-
2000, temos que registrar as experiências da revis- tler, Juan Esteves, entre outros.

40 41
A PESQUISA

Fruto de uma pesquisa inédita, que pretende funcionar como um primeiro levantamento da produção cultural da
fotografia no Brasil, as informações aqui apresentadas servem de norte para pesquisas posteriores e, como tal,
acreditamos que balizará a sua continuidade.
Esta obra é de fundamental importância e trouxe consigo o desafio de começar uma pesquisa praticamente do
zero, com pouquissímas informações disponíveis, o que se somou à dificuldade de encontrar a dinâmica apropriada
para explorar o assunto, complexo e rico em sua diversidade.
Para dar conta da estrutura complexa do fazer cultural na fotografia, suas nuances e especificidades muito
heterogêneas, foram adotados dois termos visando simplificar a sua compreensão: Realizador e Produto Cultural.
Usamos “Realizador” para designar a empresa, instituição ou indivíduo que produz um ou mais produtos
culturais relacionados à fotografia. Um Realizador pode ter diversos produtos culturais, como por exemplo, uma
empresa de produção que promove festivais e cursos, edita livros, e assim por diante. “Produto Cultural”, por sua
vez, refere-se às diferentes atividades produzidas pelo Realizador.
Gráfico 1.
Sul Gráfico 2. Coordenadores acadêmicos de núcleos
de pesquisa, ações culturais e afins
24
Regiões 8% Realizadores 16
7,80%
Norte
19
7%

Pesquisadores,
críticos e curadores
39
19,04%

Sudeste
141
49%

Produtores
Nordeste culturais
72 92
44,88% Editoras 7 3,41%
25%

Espaços culturais (históricos)


3
1,46%

Espaços culturais
13
6,34%

Galerias que atuam com


fotografia (históricas)
6
Galerias que atuam 2,93%
Centro- Associações com fotografia
Oeste de classe
13
33 16
6,34%
11% 7,80%

A solução encontrada para atingir os pontos mais distantes do Brasil e a pluralidade de seus Realizadores e
Gráfico 3. Projetos socioculturais/

Produtos Culturais foi abrir a pesquisa em formato wiki. A partir das bases elaboradas pelos pesquisadores, os pró- Produtos Festivais
socioambientais
22
34 10,95%
prios produtores culturais foram preenchendo e atualizando seus dados e indicando outros Realizadores e Produtos 16,92%

Culturais próximos ao seu círculo de atuação.


Escolas
de fotografia
A pesquisa, que demandou um enorme esforço da equipe durante meses, obteve amplo êxito diante de sua e cursos livres
21
amplitude, mas certamente ainda deixará algumas lacunas e incorreções. A ideia é que, no mesmo processo wiki, Festivais
(históricos)
10,45%

9
este importante banco de informações, seja continualmente atualizado. 4,48%

As atualizações no Portal estão sendo feitas de forma ininterrupta, contendo sempre novas informações, o que Cursos
de tecnologia em fotografia
11
não desvaloriza esta versão impressa, que já constitui um documento marco do lançamento da Rede de Produtores 5,47%

Culturais da Fotografia no Brasil.


Encontros, Cursos de especialização
Nas páginas seguintes, o leitor encontrará alguns exemplos de interpretações dos dados contidos nesta pes- seminários
e simpósios
e pós-graduação
13
32 6,47%
quisa. O Gráfico 1 por exemplo mostra que as disparidades regionais, típicas do Brasil, ainda existem, porém são 15,92%

Bacharelados e graduações em fotografia 4 1,99%


inferiores ao esperado, sendo possível notar a grande força da fotografia no Norte e Nordeste do país. Nos dois
outros gráficos, percebe-se o crescimento e evolução dos festivais de fotografia no Brasil e o crescente volume de Tv, internet, vídeo
14
Projetos especiais
6,97%
cursos de graduação e pós-graduação em fotografia no país. 16
7,96%
Bienais Acervos, Publicações Publicações
Os verbetes marcados com asterisco (*) são produtos descontinuados ou realizadores considerados históri- e salões
3
coleções
e prêmios
especializadas
6
especializadas
(históricas)
1,49% 13 2,99% 3
cos, não mais atuantes. 6,47% 1,49%

44 45
nas dos mais renomados profissionais do Brasil e imagem e afins, no estado e fora dele, por meio

OS FESTIVAIS E ENCONTROS
I do exterior.

Canela Foto Workshops


da participação de pesquisadores, curadores, críti-
cos, profissionais, de outros estados e do exterior,
além da participação de público de outras regiões.
Em suas oito edições realizou discussões sobre a
fotografia pensada a partir do conhecimento semi-
O Canela Foto Workshops é um evento anual de fo- ótico, histórico, antropológico e da história da arte.
Os Festivais de fotografia foram a força motriz da criação da Rede. Em 2009 o Festival Internacional de Fotografia tografia, realizado em Canela, RS, por iniciativa do Colocou em debate a crítica fotográfica e abordou
de Paraty – Paraty em Foco foi palco da primeira reunião de agitadores culturais da fotografia brasileira, onde se fotógrafo Fernando Bueno e da jornalista e produto- questões em destaque no campo das artes visuais
propôs a formação de uma Rede. De lá para cá, tem sido estreita a relação entre a RPCFB e os festivais de foto- ra Liliana Reid. Já realizou seis edições (2001, 2002, contemporâneas por meio dos temas “Identidade e
grafia espalhados pelo país, que hoje são uma das principais ferramentas de difusão da fotografia no Brasil. 2003, 2004, 2005 e 2010) com uma agenda intensa de Percepção”, “Poéticas e Processos”, “Materialidades
atividades como encontros, entrevistas, workshops, da Fotografia”, “Imagem-cidade” e “Filosofias da
exposições, leituras de portfólios e encontros livres imagem: poéticas da caixa preta”.
com os fotógrafos convidados. O evento é aberto ao
público e, com exceção dos workshops, todas as ativi-
dades são gratuitas. deVERcidade

deVERcidade é um festival de fotografia que acontece


Cerrado em Foco bienalmente no entorno do Mercado dos Pinhões, na
região central de Fortaleza, CE. Teve quatro edições,
1. FESTIVAIS e ampliou a Semana de Fotografia da Cidade de O Festival de Fotografia do Cerrado – Cerrado em nos anos de 2005 (27 de novembro a 2 de dezembro),
Curitiba. Seu idealizador e coordenador, Orlando Foco é um festival que acontece na cidade de Uber- 2006 (15 a 19 de novembro), 2007 (27 de novembro a
A Gosto da Fotografia Azevedo, fotógrafo português radicado na cidade, lândia, MG, realizado por Ricardo Borges. Teve duas 2 de dezembro), e 2010 (24 a 28 de fevereiro). O even-
na época Diretor de Artes Visuais da Fundação Cul- edições, a última em 2011, e visa sensibilizar a po- to dá acesso livre a oficinas, palestras e seminários
O A Gosto da Fotografia é um festival internacional de tural de Curitiba, já havia coordenado as duas últi- pulação para a importância do olhar, com a premissa e se destaca por sua exposição coletiva, a partir de
fotografia, dirigido pelo fotógrafo Marcelo Reis, realizado mas “Semanas” em parceria com o fotógrafo João de educar os sentidos por meio da fotografia e de uma seleção prévia, na qual cada selecionado partici-
anualmente durante os meses de agosto e setembro na Urban. A I Bienal aconteceu em 1996. A II Bienal suas múltiplas possibilidades presentes em nosso pa com um ensaio ou uma instalação. Em sua última
cidade de Salvador, BA. Foi criado em 2004 pelo Institu- ocorreu em 1998 e a sua última edição, a III Bienal, cotidiano. A segunda edição contou com o apoio da edição, de 2010, o evento recebeu 280 inscrições e
to Casa da Photographia. Teve seis edições, nos anos de em 2000, sendo substituida posteriormente pelo Fototech. Aconteceu durante seis dias numa progra- 48 trabalhos foram selecionados. No total, foram exi-
2004, 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010. Atualmente, o fes- evento Imagética. As Bienais promoviam uma série mação enxuta com exposições, palestras, debates, bidos 49 projetos de instalação, 2.686 fotografias e
tival conta com o apoio do Governo da Bahia quanto aos de exposições, workshops, palestras, oficinas, pro- oficinas, projeções multimídia, varal fotográfico em selecionados 43 fotógrafos de 11 estados brasileiros,
espaços expositivos, como museus e galerias, entre eles jeções, lançamentos de livros, e o mais importante: parceria com o Foto Escambo e o Congresso Téc- assumindo, assim, o caráter de mostra nacional. Em
o Museu de Arte Moderna (MAM) e o Museu de Arte a criação de um acervo de mais de 2000 mil ima- nico, tendo workshops com: Vinicius Matos, Clicio 2010 também ocorreram nove palestras e sete ofici-
Brasileira (MAB), e firmou parceria com a Pinacoteca do gens, além da criação do Museu de Fotografia Ci- Barroso, Pepe Mélega, Guto Muniz, Eugênio Sá- nas gratuitas, com curadores e fotógrafos profissio-
Estado de São Paulo, cujo curador de fotografia, Dióge- dade de Curitiba, que hoje abriga essa excepcional vio, Tibério França e Pepê Figueroa. As atividades nais, contribuindo para a estruturação e fortalecimen-
nes Moura também é o curador do festival. As atividades coleção. se concentraram no Serviço Social do Comércio to do circuito local.
do festival são todas gratuitas: exposições internacionais, Entre os fotógrafos que estiveram nas três (SESC) e no Mercado Municipal da cidade.
entrevistas, palestras, feira de livros, oficinas, mostras de bienais, em suas diferentes participações, estão:
filmes e reuniões com diretores de festivais da América João Musa, Celso Oliveira, Fifi Tong, Fabio Colom- Encontro de Fotografia de Mato Grosso
Latina. Entre os fotógrafos participantes: Thomaz Farkas, bini, Paula Sampaio, Paulo Leite, Roberto Cecato, Colóquio de Fotografia e Imagem de Belém
Boris Kossoy, Ricardo Teles, Ana Lucia Mariz e Sabrina Milton Montenegro, Nani Gois, Vilma Slomp, Edu- O Encontro de Fotografia de Mato Grosso é realizado
Pestana, É editado um catálogo com fotos e textos. ardo Castanho, Iara Venanzi, Elza Lima, Antonio O Colóquio de Fotografia e Imagem de Belém é re- em Cuiabá, pela Secretaria de Estado de Cultura por
Carlos D’Avilla, Sebastião Salgado, Walter Firmo, alizado anualmente desde 2002 pela Fotoativa. É meio do Pavilhão das Artes, que tem como objetivo
Mario Cravo Neto, Rosa Gauditano, Evandro Tei- um ciclo de palestras com duração de uma sema- estimular a produção fotográfica contemporânea do
Bienal Internacional de Fotografia Cidade xeira, Maureen Bisilliat, Pedro Martinelli, Rogé- na. Além dos seminários, cursos, projeções, ofici- estado. Com sua primeira edição no dia 19 de agos-
de Curitiba* rio Reis, Paulo Friedman, Juan Esteves, Rochelle nas e exposições, o evento estabeleceu um fórum to de 2011, a programação do evento reuniu debates,
Costi, Gal Oppido, Juca Martins, Denise Greco, permanente de produção de conhecimento e troca leituras de portfólio, projeções, exposições, além de
A Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curi- Claudia Jaguaribe, Mauricio Simonetti, Antonio de informações entre pesquisadores, profissionais lançar o Prêmio Bolsa de Pesquisa Fotográfica Arne
tiba foi um evento que, de certa forma, substituiu Gaudério, Arnaldo Pappalardo, entre outras deze- e estudantes ligados ao campo da fotografia, da Sucksdorff.

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Encontro Internacional de Fotografia Encontros Fotográficos de Campos nas, SP. Foi criado a partir da junção entre o Seminá- Em cada edição, o festival homenageia um fotó-
Photo Pirenópolis do Jordão* rio de Imagem e Atualidade com a Semana Hercule grafo. E desde sua quarta edição, de 2010, é dirigida
Florence, ambos realizados anualmente desde 2007. a brasileiros ou residentes no país, que também têm
Festival de fotografia produzido pelo Instituto Pire- Os Encontros Fotográficos de Campos do Jordão, SP, A partir de 2010, o Seminário e a Semana tomaram uma exposição durante o evento. Desde 2011, é pu-
neus. Teve três edições, nos anos de 2007, 2008 e seguiram o modelo dos encontros que acontecem corpo e se tornaram o Festival Hercule Florence, volta- blicado um livro desse homenageado, que se torna
2010, entre os meses de agosto e setembro. O último em Arles, na França, com ênfase nos debates e nos do à apresentação e discussão dos trabalhos de fotó- uma referência sobre sua obra. Os homenageados fo-
ano teve cinquenta horas de oficinas, duas palestras cursos de fotografia. O primeiro encontro ocorreu em grafos renomados, entrevistas e debates, exposições, ram: Martine Franck (França) em 2007, Claudia Andujar
e dois bate-papos com profissionais da fotografia na- 1978, organizado pela curadora, jornalista e fotógrafa oficinas e um concurso de fotografia. Com a criação (SP) em 2008, Luis Humberto (DF) em 2009, Thomaz
cional e internacional, quatro exposições individuais e Stefania Bril (1922-1992). O encontro acontecia para- do Festival, o projeto original foi ampliado por meio Farkas (SP) em 2010 e Luiz Carlos Felizardo (RS) em
sete coletivas, por diferentes espaços culturais espa- lelamente ao Festival de Inverno, evento musical tra- da inclusão de debates teóricos e ações educativas, 2011.
lhados pelo Centro Histórico. O festival tem um públi- dicional da cidade. Bril também realizou uma segunda como oficinas e workshops gratuitos. A partir de 2010,
co médio de 3.5 mil pessoas por edição. e última edição no ano seguinte, onde o fotógrafo Tuca o Festival passa a acontecer durante todo o mês de
Reinés foi premiado. outubro em diversas localidades de Campinas: CPFL Festival Internacional de Fotografia Foto Arte
Cultura, Fnac Campinas, Galeria Penteado, Ateliê
Encontros de Agosto Aberto, Casa do Lago da UNICAMP, Galeria de Arte Principal projeto da produtora Arte 21, o Festival
Festival de Fotografia Floripa na Foto da UNICAMP, Câmara Municipal de Campinas, Centro Internacional de Fotografia Foto Arte tem seis edi-
O Encontros de Agosto é uma iniciativa do Fórum da de Convivência Cultural de Campinas, Museu de Arte ções produzidas desde 2002. O festival possui um
Fotografia – Ceará, com o objetivo de promover a for- O festival de fotografia Floripa na Foto é um evento que Contemporânea de Campinas, PUC (Campus 1 e 2) programa de capacitação de professores e educa-
mação e a difusão em torno da linguagem fotográfi- acontece na cidade de Florianópolis, capital catarinen- e no MIS-Campinas. Com um público aproximado de dores, além de beneficiar milhares de alunos da
ca. O evento teve sua primeira edição em agosto de se. Na sua primeira edição, em maio de 2010, o festival oito mil pessoas, o festival é aberto ao público e suas rede pública e privada. São feitas visitas guiadas,
2011, na cidade de Fortaleza, CE, com seminários, pa- reuniu na Ilha de grandes nomes da fotografia brasileira atividades são gratuitas. O nome do festival remete oficinas educativas e palestras em regiões menos
lestras, exposições e workshops, tendo a fotografia gerando mais integração entre Florianópolis e o resto do ao pioneirismo de Florence e sua descoberta isolada favorecidas do Distrito Federal. Sua última edição,
contemporânea como tema. Foi realizado pela Ima- país, por meio de apresentações e discussões acerca da da fotografia na cidade de Campinas. Após estudos em 2008, teve 128 exposições e contou com um pú-
gem Brasil e Anima Cult, em parceria com o Instituto fotografia na atualidade. É um projeto realizado pela Duo aprofundados do pesquisador Boris Kossoy, admite-se blico de, aproximadamente 200 mil pessoas. Desde
da Fotografia (Ifoto). Entre os participantes do evento, Arte e Produção, de Lu Renata e Lucila Horn. que Hercule Florence foi pioneiro no desenvolvimento 2003, o festival integra o Light, levando exposições
como convidados, estavam Bertrand Lira (PB), Cássio da fotografia, isoladamente de outros como Niepce e para outros estados do Brasil e para o exterior. Além
Vasconcellos (SP), Cristiana Parente (CE), Eder Chio- Daguerre. de descobrir e promover novos talentos na fotogra-
detto (SP), Eduardo Brandão (SP), Flavya Mutran (PA), Festival Foto em Pauta Tiradentes fia, o festival procurou ampliar formação de público
Isabel Amado (SP), Marcelo Brodsky (Argentina), Ma- para o segmento artístico, ao promover palestras,
riano Klautau (PA), Mauro Koury (PB), Max Perlingeiro Festival de Fotografia que acontece em Tiradentes, Festival Internacional de Fotografia de Porto workshops, seminários, leituras de portfólio e tam-
(SP), Miguel Chikaoka (PA), Patricia Veloso (CE), Ricar- MG. Sua primeira edição aconteceu em fevereiro de Alegre – FestFotoPoA bém incluir sua programação no Programa Educati-
do Peixoto (PB), Rubens Fernandes Junior (SP), Silas 2011. Coordenado por Eugênio Sávio através da em- vo do ECCO.
de Paula (CE) e Tiago Santana (CE). presa Camera Work Produções Fotográficas e Cultu- O Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre
rais LTDA, é fruto do evento Foto em Pauta, ciclo de – RS, FestFotoPoa, é realizado pela Brasil Imagem e
encontros, produzido e coordenado por Sávio em Belo coordenado por Carlos Carvalho e Zeca Linhares. Fo- Festival Manaus Bem na Foto
Encontros de Fotografia Popular Horizonte, com palestras e debates gratuitos. O Fes- ram realizadas, em Porto Alegre, RS, cinco edições
tival se baseia nas estruturas tradicionais de outros entre 2007 e 2011. Sua programação abrange semi- O Festival Manaus Bem na Foto acontecerá, anual-
Os Encontros de Fotografia Popular foram realizados festivais, mas também incentiva os novos talentos. nários, exposições, debates, workshops, leituras de mente, em outubro, na semana do aniversário da ci-
por Valéria Laena e Titus Riedl em 2005, em Fortaleza, Contou com a participação colaborativa do público, portfólios, projeções e lançamento de livros, além de dade. A ideia de seu produtor, o Coletivo Retratando,
CE, no Centro Dragão do Mar, e, em 2008, no Centro realizando workshops, finalizados em projeções das outras atividades. Entre os fotógrafos participantes formado por Alexandre Fonseca e Ione Moreno, é in-
Cultural do Banco do Nordeste, em Juazeiro do Norte, imagens dos alunos. O evento contou com a partici- estiveram Boris Kossoy, Eduardo Brandão, Iatã Canna- serir o Amazonas no circuito dos grandes festivais de
CE, com exposições, exibições de filmes, apresenta- pação de fotógrafos convidados de renome e outros brava, Claudia Andujar, Marc Riboud, Eduardo Bueno fotografia brasileiros. Sem dúvida, é o maior evento
ção de portifólios, discussões, entre outras ativida- talentos menos conhecidos da fotografia brasileira. e Luiz Cláudio Marigo. do gênero na região. A primeira (e única edição até
des. Individualmente, Titus Riedl realizou exposições O festival desenvolve a Biblioteca FestFotoPoa o momento) aconteceu em 2010. Foi um esforço de
da sua coleção de fotopintura em vários espaços na- que reúne e disponibiliza ao público, durante o evento, seus produtores para unir todas suas ações culturais
cionais e internacionais, como a Pinacoteca do Esta- Festival Hercule Florence de Fotografia materiais oriundos de doações. Na sequência, são en- simultaneamente: palestras, workshops, exposições
do de São Paulo, a Yossi Milo Gallery em Nova York, a caminhados a uma instituição para sua manutenção e e eventos como a Maratona Fotográfica, Photovivên-
Rose Gallery em Los Angeles, durante o FotoRio 2011 O Festival Hercule Florence de Fotografia é realizado continuidade de acesso do público, para que contem- cia, Encontro Rede Amazônia de Fotografia e o Coló-
e na Galeria Lopez Quiroga, no México. pela Pontíficia Universidade Católica (PUC) de Campi- ple também comunidades em risco social e territorial. quio de Fotografia de Manaus.

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Fórum Latino-Americano de Fotografia Ricardo Resente (FUNARTE) e Paulo Reis (UFPR). Em tre outros, contou com a presença de Ricardo Mendes, do catálogo raisonné. A composição atual do Nafoto é
de São Paulo 2011 o evento contará com alguns desdobramentos e Mateus Sá, Orlando Azevedo e Roberto Linsker, Bárba- Rubens Fernandes Junior, Fausto Chermont, Nair Be-
prepara a revista desta sua primeira edição. ra Wagner, Carlos Silva, Débora 70, Ed Viggiani, Edson nedicto e Mônica Caldiron.
O Fórum Latino-Americano de Fotografia de São Paulo Gamma, Fernanda Chemale, Kelly Lima, Marcelo Reis,
é um evento realizado em São Paulo, SP, pelo Itaú Cul- Nina Mello, Rafael Castanheiras, Renan Cepeda, Rubber
tural . Sua primeira edição foi em 2007 e a segunda em FotoRio – Encontro Internacional Seabra, Vania Marinho e Zô Guimarães, Gabriel Boieras, Parahyba Digital
outubro de 2010. Durante cinco dias de evento, fotógra- de Fotografia do Rio de Janeiro Luciana Cattani, Fernanda Chemale.
fos profissionais e amadores, críticos, curadores, gale- O Parahyba Digital é um evento cultural que ocorre
ristas, pesquisadores, estudantes nacionais e extran- O FotoRio – Encontro Internacional de Fotografia do em João Pessoa, PB, desde 2005, e tem a fotografia
geiros participaram de mesas redondas, workshops, Rio de Janeiro é dirigido por Milton Guran e Melanie Mês da Fotografia de Brasília como foco principal. Além de palestras com expoen-
entrevistas, leituras de portfólio e exposições. A segun- Guerra e tem como objetivo valorizar a fotografia, dan- tes da fotografia nacional, o festival oferece exposi-
da edição contou com o Fórum Virtual, espaço na web do visibilidade às grandes coleções públicas e privadas O evento é realizado anualmente nas unidades do ções de artistas, excursões fotográficas, leituras de
criado meses antes do evento para adiantar e fomentar e à produção fotográfica contemporânea brasileira e SESC Ceilândia, Gama e 504 Sul, em Brasília, DF, com portfólios, mostras paralelas e mostras virtuais. Na úl-
as discussões com pesquisas de conteúdo sobre a fo- estrangeira. O evento é bienal e acontece no mês de o objetivo de levar à comunidade local uma programa- tima edição do Parahyba Digital, em 2008, foi contabi-
tografia e seus vários sentidos na estratégia territorial junho desde 2003. A partir de 2012, passará a ser anual. ção cultural, sensibilizando-a para as artes, por meio lizada uma media/dia de 300 participantes. O evento é
de encontros e passagens. O evento é coordenado por Promove exposições, projeções, intervenções urbanas, da realização de palestras, workshops, oficinas, proje- realizado por João Lobo e acontece no Parahyba Café
Iatã Cannabrava, do Estúdio Madalena, e contou com cursos, seminários, oficinas, mesas-redondas, pales- ções e exposições fotográficas. O Mês da Fotografia e na Usina Cultural Saelpa. Já contou com a partici-
a participação de fotógrafos, galeristas e curadores im- tras, conferências e leituras de portfólio. Integrados ao de Brasília é um evento de animação e apresentação pacão de Thales Trigo, Joana Mazza, Ana Ribeiro dos
portantes de diferentes países. Alguns dos destaques evento, são realizados desde 2004, os Encontros sobre da fotografia para a comunidade brasiliense. Tem en- Santos (Portugal) Jason Pessoa (Paraná), Leonor Soza
foram o inglês Martin Parr, o equatoriano Pablo Corral Inclusão Visual do Rio de Janeiro, que fazem uma apre- tre suas metas levar a arte para as cidades que estão (Chile) e Tuti Maioli (Suiça).
Vega, o guatemalteco Luis Gonzalez Palma, a america- sentação panorâmica dos projetos que trabalham com à margem do centro cultural de Brasília, aproximando
na Susan Meiselas, o coletivo brasileiro Cia de Foto, os o ensino e a prática da fotografia e vídeo nas comunida- a fotografia das regiões administrativas do Distrito Fe-
brasileiros Milton Guran, Diógenes Moura, Eder Chio- des, visando intercâmbio de informações. deral e levando para a população uma nova forma de Paraty em Foco – Festival Internacional
detto, Mauricio Lissovsky, Ronaldo Entler e Rubens O FotoRio é um evento de adesão, ou seja, os fo- olhar e refletir o seu cotidiano. de Fotografia de Paraty
Fernandes Junior; o argentino Marcelo Brodsky; os tógrafos apresentam espontaneamente suas propos-
espanhóis Ramón Reverté, Claudi Carreras, o peruano tas de exposição, projeção, instalação, oficina, mesa O Festival Internacional de Fotografia Paraty em Foco
Roberto Huarcaya, a colombiana Mara Iovino, e o italia- redonda ou seminário. Estas são examinadas e uma Mês Internacional da Fotografia é realizado desde 2005 na cidade histórica de Paraty,
no Paolo Gasparini, entre tantos. vez aprovadas são incorporadas ao evento. O fotógra- RJ. Foi idealizado pelo fotógrafo italiano Giancarlo Me-
fo viabiliza a sua realização e busca um espaço compa- O 1º Mês Internacional da Fotografia aconteceu em carelli e sua esposa Maxime Delmotte, proprietários da
tível para abrigá-la. Ao responsável pelo espaço cabe São Paulo, SP, em maio de 1993. Um marco na his- Galeria Zoom, da mesma cidade. Desde 2006, a co-
Fotolink – Encontro Internacional da Imagem julgar o mérito da proposta. As instituições também tória da fotografia brasileira com suas exposições e ordenação do evento é do Estudio Madalena em par-
podem propor e abrigar eventos. Todos eles são inclu- workshops internacionais. A ideia do evento surgiu ceria com a Galeria Zoom (exceto em 2008). O Paraty
Evento criado em 2010, coordenado por Fernanda de ídos na programação geral, no site e na programação em 1991, em paralelo à criação do Núcleo dos Ami- em Foco tem cinco dias de intensa programação, com
Magalhães em Londrina/PR. Durante uma semana, o impressa, que é distribuída a todos. gos da Fotografia, Nafoto, (formado então por Juvenal workshops, exposições, debates, entrevistas, encon-
FotoLink realizou oficinas, exposições, leituras de por- Pereira, Rosely Nakagawa, Fausto Chermont, Stefania tros, projeções, leilões, leituras de portfólio, lançamen-
tfólios, mesas redondas, lançamentos de livros, bate- Bril, Nair Benedicto, Rubens Fernandes Junior, Eduar- tos de livros, atividades de inclusão social da comuni-
-papo com artistas, entrevistas públicas, exibições de ci- JF em Foco – Festival de Fotografia de Juiz do Simões, Eduardo Castanho, Isabel Amado e Mar- dade de Paraty (Projeto Jovens do ITAE), entre outras
nema, shows e premiações e tem como consultoras as de Fora cos Santilli). Foram realizadas oito edições, de 1991 a iniciativas realizadas simultaneamente na cidade.
pesquisadoras e curadoras Angela Magalhães e Nadja 2001, com 286 exposições, centenas de oficinas e pa- O festival remete à formação da Rede de Produto-
Peregrino. O FotoLink é realizado por meio do Programa O JF em Foco é um festival de fotografia que acontece lestras. Entre os grandes nomes nacionais e interna- res Culturais da Fotografia, que teve seu debate inicial
Municipal de Incentivo à Cultura (PROMIC) e da Divisão na cidade de Juiz de Fora, MG. Idealizado por Márcio cionais que participaram estão Mario Cravo Neto, Pau- em 2009, com a elaboração da Carta de Paraty, que
de Artes Plásticas da Casa de Cultura da Universidade RM, por meio da empresa Brasilina, teve 3 edições anu- la Sampaio, Ricardo Azoury, Patrícia di Pilippi, Penna traçou a intenção de obter maior respaldo governa-
Estadual de Londrina (UEL). O encontro recebeu fotó- ais realizadas entre os anos de 2007 e 2010. A proposta Prearo, Paulo Friedman, Pedro Vasquez, Ricardo Teles, mental para as ações ligadas à fotografia no país. A
grafos como Solange Pastorino (Uruguai), José Pilone do JF em Foco é apresentar a produção fotográfica na- Iatã Cannabrava, Otto Stupakoff, Carlos Moreira, Ro- edição de 2009 também seria marcada pelo 1º Encon-
(Uruguai), Paula Trope (Rio de Janeiro), Saulo Ohara cional, mostrando trabalhos de jovens fotógrafos junto gério Assis e Adi Leite. Entre os internacionais, Pepe tro da Blogosfera, uma ação também inédita que aglu-
(Suiça/Londrina e Sofia Borges (SP), além de fotógrafos ao de profissionais já conhecidos nacionalmente e inter- Diniz, Alain Fleischer, Keiichi Tahara, Bernard Plossu, tinou fotógrafos por todo o país.
londrinenses, e também contou com a participação de nacionalmente. Conta com exposições, palestras e ofi- Michael O’Neil, Luis Gonzalez Palma e Graciela Iturbi- A partir de 2010 o festival passou a ser temático,
Sérgio Burgi (coordenador da Reserva Técnica fotográ- cinas gratuitas que acontecem em diferentes locais da de. Em 2011 Nafoto realizou uma grande retrospectiva abrindo com o tema “Inventários da Terra”. No mesmo
fica do Instituto Moreira Salles), Adilson Ruiz (MinC), cidade. O evento atende entre 20 a 25 mil pessoas. Den- do Mês, com exposições, seminários e lançamento ano, o espaço para o público se ampliou com as trans-

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missões de entrevistas da Tenda da Matriz, que acomo- tende ser anual seu objetivo é descobrir e divulgar os cia nacional. Tem como objetivos levar referências da uma iniciativa independente, apoiada pela Univer-
da até 500 pessoas. O festival se destaca por trazer ao fotógrafos de Curitiba, unir as escolas e amantes da produção local e nacional para a população de Ribei- sidade e, por não existir um núcleo de fotografia
país convidados internacionais e nacionais, muitos de- fotografia, além de ajudar a aquecer o mercado e a rão Preto e arredores, por meio da realização de ati- dentro da PUC-Rio, pretende-se que haja uma rota-
les vindos ao país pela primeira vez. Entre os fotógrafos cultura fotográfica da cidade. A semana contou com vidades como exposições de fotografia em diversos tividade de realizadores. O evento é aberto, e suas
destacam-se Loretta Lux, Claudine Doury, Maureen Bi- o apoio das principais escolas de fotografia da cida- espaços públicos e privados, atividades de formação, atividades (palestras, oficinas e exposições) são
silliat, David Alan Harvey, Georges Rousse, Thomas Ho- de e apresentou uma agenda de palestras e oficinas com palestras, workshops, bate-papo com artistas, e gratuitas. O Festival contou com a participação,
epker, Walter Carvalho, Pedro Martinelli, Arthur Omar e que durou sete dias, com a participação de Leopoldo oficinas, numa programação que se estende por qua- dentre outros nomes, do fotojornalista Evandro
Gerardo Montiel Klint, entre outros. Plentz, Marco Antonio Portela, Roberto Pitella, entre se dois meses, ocorrendo de setembro a outubro. Teixeira e do projeto Imagens do Povo.
O festival mantém, durante o ano todo, o blog outros. A marca do evento foi a colaboração entre es-
Paraty em Foco, com posts diários com dicas de ex- colas, instituições públicas e os fotógrafos em geral,
posições, resenhas de livros, entrevistas e novida- que realizaram dezenas de exposições nas escolas e Semana de Fotografia da Cidade de Curitiba* Semana de Fotografia do Recife
des sobre o festival. Desde 2006 o Paraty em Foco em espaços alternativos. Destaque para as exposi-
realizou 89 workshops, 82 entrevistas e 33 exposi- ções de Luiz Garrido e Fernão Pain. A Semana de Fotografia da Cidade de Curitiba, no A Semana de Fotografia do Recife é um evento na-
ções, com seis mil pessoas. Paraná, foi organizada pelo fotógrafo Alberto de cional constituído por palestras, debates, oficinas,
Melo Viana, por meio da Agência Konexão, contrata- projeções, exposições, lançamentos de livros, ex-
Semana da Fotografia de Belo Horizonte do pela Fundação Cultural de Curitiba, sob a gestão pedições e leituras de portfólio. Sua primeira edi-
Salão Matogrossense de Fotografia de Lucia Camargo. Viana foi responsável pelos dois ção foi realizada em 2007, na cidade de Recife, PE,
A Semana da Fotografia de Belo Horizonte do Núcleo primeiros festivais, que ocorreram em 1991 e 1992. somando um total de quatro eventos até 2011. São
Salão de fotografia realizado em Cuiabá, MT, nos anos de Pesquisa em Fotografia (Nfoto) teve sua primeira A coordenação do evento ficou então por conta dos parceiros da Semana o Centro Cultural dos Cor-
de 1999, 2000, 2001 e 2004. Teve como objetivo esti- edição em 2010. Foi coordenada por Anna Karina Bar- fotógrafos João Urban e Orlando Azevedo, diretor reios, auditório da Livraria Cultura Recife, Museu
mular a qualificação da produção fotográfica no esta- tolomeu e Patrícia Azevedo. Promoveu exposições, de artes visuais da Fundação, que deram continui- do Estado de Pernambuco, Museu Murilo La Greca,
do, além de promover o intercâmbio entre os fotógra- palestras e workshops, além de ter abrigado a terceira dade à terceira e quarta Semanas. Na sequência, é entre outros. A produção e realização é da Prefeitura
fos e espectadores, a partir da perspectiva de novas edição do Projeto Corpo Coletivo/Collective Body. Da criada a Bienal Internacional de Fotografia da Cida- de Recife, Fundação de Cultura Cidade do Recife,
tendências e linguagens das artes visuais. Além das primeira edição participaram Joachim Schmid, Arnold de de Curitiba, provocando a extinção do evento. e a coordenação geral é de Mateus Sá, com pro-
exposições dos fotógrafos selecionados pelo concur- Borgerth e Alexandre Sequeira, entre outros. A sema- No formato tradicional de festivais, a Semana de dução executiva e administrativa da empresa Cara-
so, o Salão ofereceu palestras, workshops e outras na foi aberta ao público e aos acadêmicos que cursam Fotografia contava com exposições, workshops, miolas Projetos Afins e Multimídia. A coordenação
exposições, como a de Sebastião Salgado em 1999. O disciplinas ligadas a fotografia na Escola de Belas Ar- palestras, entre outros eventos, onde participaram de oficinas e leituras de portifólios é de Ana Lira, a
evento foi produzido pela jornalista e produtora cultu- tes da Universidade Federal de Minas Gerais. fotógrafos, curadores e pesquisadores como Clau- coordenação de palestras é de Eduardo Queiroga e
ral Magna Domingos, por meio do Serviço de Apoio às dio Feijó, Zeca Linhares, Leopoldo Plentz, Miguel Mila Targino. Há a participação da Fundarpe, cuja co-
Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/MT), com ajuda Chikaoka, Iatã Cannabrava, Rubens Fernandes Ju- ordenação de Fotografia é de Geyson Magno. Entre
da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, patrocinada em Semana da Fotografia de Ribeirão Preto nior, José Albano, Valdir Cruz, Luis Humberto, Boris fotógrafos e curadores que participaram dos even-
forma de doação, da Rede Cemat e Açofer e patrocí- Kossoy, Rosely Nakagawa, Joaquim Paiva, Aristides tos estão: Rogério Reis, Cia de Foto, Simonetta Per-
nio cultural da Gráfica Genus. A Semana da Fotografia de Ribeirão Preto, é um Alves, Emidio Luisi, Vilma Slomp, Marcos Magaldi, sichetti, Rosely Nakagawa, Juan Esteves, Alexandre
Em suas duas primeiras edições, as atividades se evento anual que conta com 13 edições realizadas Bob Wolfenson, J.R.Duran, Sebastião Salgado, Cris- Belém, Georgia Quintas, Luciana Cavalcanti, Dirceu
voltaram para a produção fotográfica mato-grossense, na cidade de Ribeirão Preto, SP. O evento teve sua tiano Mascaro, entre tantos outros. Maués, Jorge Bispo, Camila Targino, Evandro Teixei-
sendo subdividida em três categorias: amador, profis- primeira edição em 1997, a partir da iniciativa de Luiz ra, José Albano, Nadja Peregrino, Fernanda Maga-
sional e fotojornalismo. A partir de 2001, o concurso Francisco Araujo Cortez (Fanca Cortez), na época di- lhães, entre outros.
tomou caráter nacional. Sua última edição (2004) foi retor da Oficina Cultural Regional Cândido Portinari. Semana de Fotografia da PUC-Rio
temática: Um olhar brasileiro sobre a Amazônia, com Contou com o apoio do produtor e fotógrafo Iatã Can-
a proposta de contribuir no processo de descoberta, nabrava, na sua concepção formal, e foi organizada A Semana de Fotografia da Puc Rio, foi criada em Semana de Fotografia f/508
difusão e valorização da realidade Amazônica. pela Secretaria de Estado da Cultura, em parceria 2011, por um grupo de estudantes interessados
com a Secretaria Municipal da Cultura e da Prefeitura em realizar um evento para debater a fotografia A Semana de Fotografia f/508 é realizada em Bra-
de Ribeirão Preto. Fanca Cortez ficou envolvido na dentro da PUC-Rio, por meio da reflexão sobre a silia, DF, com o intuito de promover o intercâmbio
Semana da Foto de Curitiba organização da Semana até 2004. Mas, desde 2002, linguagem fotográfica, com nomes importantes de entre fotógrafos profissionais, amadores e demais
Nilton Campos, atual diretor do Museu de Arte de Ri- diversas áreas da fotografia. Em Maio de 2011 foi interessados em fotografia. A 1ª Semana f/508 de
A Semana da Foto de Curitiba teve sua primeira edi- beirão Preto (MARP) e Coordenador de Artes Visuais realizada a primeira edição do Festival, com o tema Fotografia – I Love Film, foi realizada de 19 a 29 de
ção realizada de 15 a 21 de agosto de 2011, organizada da Secretaria Municipal da Cultura, é quem coordena “Olhares – Uma Reflexão Sobre a Linguagem Foto- agosto de 2010 e homenageou o fotógrafo tcheco
pelos fotógrafos Guilherme Zawa, Téo Pitella, Melanie o evento. Atualmente a Semana é realizada somente gráfica”. Organizada por Artur Romeu, Maria Luíza Miroslav Tichý, que capta imagens de forma instin-
D’Haese e pela Guerrilha Fotográfica. O evento pre- pela Secretaria Municipal da Cultura e é de abrangên- Valois, Stéphanie Saramago e Weiler Finamore, é tiva, com dispositivos feitos artesanalmente. Sua

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programação contou com quatro exposições (“Foto- do site www.fotosite.com.br, criado em 2000 pelos Semana Nacional de Fotografia Funarte* entre outros patrocinadores ao longo dos anos. En-
grafia Pinhole”, “Processos Fotográficos Históricos”, fotógrafos Rogério Assis, Adi Leite, Pisco Del Gaiso tre os fotógrafos participantes, estavam Nair Bene-
“Em Busca do Paraíso Perdido” e “Estética do Aca- e Marcelo Soubhia, que já em 2002 seria dirigido A Semana Nacional de Fotografia, organizada por di- dicto, Regina Lemos, Rubens Chaves, Carlos Fadon
so”); palestras voltadas à fotografia analógica (“O apenas pelos dois últimos. Em 2003, o economista ferentes núcleos e departamentos da Fundação Na- Vicente e Gal Oppido. Na segunda edição, já com
analógico e a mídia contemporânea”, “Preservação Bob Wollheim, diretor geral da Sixpix Content passa cional de Artes (Funarte), nasceu sob a inspiração do o nome II Semana Paulista de Fotografia, de 08 a
da cópia e do original” e “Fotografia low-fi e a es- a fazer parte da sociedade do Fotosite, que, além Les Recontres D’Arles, na França, evento criado por 14.12.1986, acontece o Projeto Nossa Gente, Gale-
tética do acaso”); oficinas direcionadas à prática de da p rogramação da internet, tem também uma Lucien Clergue em 1970. A I Semana Nacional de Fo- ria da Cosesp. A exposicão envolveu 20 municipios
processos analógicos históricos, como daguerreo- agência de prestação de serviços de fotografia. A tografia foi aberta em 16 de agosto de 1982. de São Paulo. O Seminário “A fotografia social” com
tipia, cianotipia, marrom Van Dyke, papel albumina- partir de então surge uma parceria com a empre- Apesar da confessa inspiração francesa, a Sema- a historiadora americana Naomi Rosenblum, Oficina
do, papel salgado e pinhole; além de projeções ao sa francesa Fnac, resultando na produção de uma na Nacional de Fotografia era diferente por ter cará- Fotografia de Palco, com Emidio Luisi e uma sé-
ar livre (Feito Poeira ao Vento, vídeo de stop motion revista Impressa, a Revista Fotosite. Em parceria ter itinerante. As Semanas, então organizadas pelo rie de encontros marcaram a III Semana Paulista de
produzido pelo fotógrafo Dirceu Maués, com foto- com Martine Birnbaum, gerente da Fnac, é criada a Instituto da Fotografia, Infoto, tinham essa caracte- Fotografia (7 a 12.12.1987) com Exposição no Mu-
grafias pinhole; uma seleção de imagens integran- Semana Epson Fnac de Fotografia, patrocinada pela rística única de serem realizadas a cada ano numa seu de Arte Brasileira (MAB), da FAAP, no Museu de
tes do grupo Low-fi Brasília, gerenciado pelo f/508 empresa Epson. Nelas aconteceram workshops, pa- cidade diferente de cada região do país, de modo a Imagem e do Som (MIS) e workshops com Ricardo
no flickr; e fotografias de Miroslav Tichý, homenage- lestras e encontros com fotógrafos nacionais e in- fomentar a descentralização das atividades fotográ- Hantzchel e Pedro Vasquez. A IV Semana Paulista de
ado da Semana, cedidas pela fundação Tichý Ocean, ternacionais que ocorreram principalmente na sede ficas no Brasil e cumprir o compromisso federalista Fotografia, em 1990, teve coordenação Geral de Iatã
responsável pelas obras do autor). Também ocorreu da Fnac, da Praça dos Omaguás, 34, em Pinheiros, da Funarte. Realizada na antiga sede da Funarte, no Cannabrava, produção executiva de Rosa Maraucci,
a sexta edição do projeto Lambe-Lambe, que ofe- e alguns eventos na Av. Paulista, 901, em Cerqueira Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, a coordenação de Exposições de Isabel Amado, co-
receu gratuitamente, mediante seleção prévia, o Cesar. Entre os participantes da semana, estiveram primeira Semana foi atípica, já que foi centrada em ordenação de Audio Visuais de Rubens Chaves, as-
workshop “Experiência Multimídia”, com o coletivo Robert Stevens, da Times Magazine; Marcelo Grec- exaustivas reuniões de trabalho, durante três dias in- sessoria de imprensa de Paulo Klein, organização de
Garapa. co, Gianfranco Coppola da Getty Images, Patricia teiros, com representantes de diversos estados bra- debates de Fausto Chermont. A V Semana Paulista
Gouvêa, do Ateliê da Imagens; Lucrecia Couso, do sileiros, entre eles Milton Guran, do Rio de Janeiro, de Fotografia, de 1991, última edição do evento,
Espaço Ophicina; Egberto Nogueira, da Ímã Galeria; Nair Benedicto, de São Paulo, Luiz Carlos Felizardo também coordenada por Cannabrava teve a mostra
Semana da Fotografia Mineira Ricardo Correa, da Editora Abril; Fernando Luna, da do Rio Grande do Sul, Orlando Azevedo, do Paraná, “La fura dels Baus”, de Mônica Zarattini e a coletiva
Editora Trip; Milla Jung, do Núcleo de Estudos da Claudio Versiani, de Minas Gerais, entre outros. As “Sobrecor” mostra coletiva de Cássio Vasconcellos,
A Semana da Fotografia Mineira (inicialmente chama- Fotografia, do Paraná; os fotógrafos Cris Bierremba- edições da Semana foram realizadas anualmente até Luiz Braga e Penna Prearo de encontros Casa da
da de Semana da Fotografia de Belo Horizonte) é um ch, Rochelle Costi, Marcelo Pallotta, Caio Reisewitz, 1989. Entre os fotógrafos e curadores participantes Fotografia Fuji, entre outras.
evento realizado pelo Fórum Mineiro de Fotografia Au- o fotógrafo tcheco Antonin Kratochvil, da VII Agen- nas mais diferentes modalidades, podemos desta-
toral de Belo Horizonte, MG, que teve sua primeira ce; Cia de Foto; Iatã Cannabrava, Antonio Saggese, car: Angela Magalhães, Nadja Peregrino, Pedro Vas-
edição em 2011, com apoio cultural do CentoeQuatro Eder Chiodetto, Thelma Vilas Boas; Pascal Aimar, da quez, Luiz Carlos Felizardo, David Drew Zingg, Walter Semana Potiguar de Fotografia
– IAMG. Exposições individuais e coletivas, projeções Tendance Floue, da França; a jornalista Simonetta Firmo, Cássio Vasconcellos, Massao Goto Filho, Iatã
multimídias, mostra de cinema, palestras, instalações Persichetti, os professores e fotógrafos João Preg- Cannabrava, Isabel Pedrosa, Arnaldo Pappalardo, Bo- A Semana Potiguar de Fotografia é produzida pela Ga-
e trabalhos de site specific (obras desenvolvidas ex- nolato e Luiz Aureliano do Senac, entre tantos. ris Kossoy, Orlando Azevedo, Leopoldo Plentz, Tiago leria ZooN de Natal, RN, a Idea Haus, Coletivo Potiguar
clusivamente para o espaço em questão) foram rea- Santana, Carlos Moreira, Rosely Nakagawa, Claudio de Fotografia, e diversos fotógrafos locais. A primeira
lizadas no espaço da Praça da Estação. Com entra- Feijó, Sebastião Salgado, Antonio Saggese, José Lu- edição da Semana Potiguar de Fotografia aconteceu
da gratuita para as exposições e palestras, o evento Semana Sergipana de Fotografia* nazzi, entre outros tantos. entre 25 e 28 de novembro de 2010 em Natal. A Se-
acontece sem o apoio de Leis de Incentivo e patroci- mana conta com exposições, oficinas, lançamentos
nadores. A Semana organizada pelo Fórum se desta- A Semana Sergipana de Fotografia foi criada pela de livros e leituras de portfólio. Entre os participantes
ca pelo envolvimento de diversos espaços da cidade, fotógrafa Eliane Velozo, do Laboratório de fotografia Semana Paulista de Fotografia* se destacam Rosely Nakagawa, Araquém Alcântara,
além de contar com um contingente expressivo dos da Universidade Federal do Sergipe, em Aracaju, em Ricardo Junqueira e Jean Lopes.
fotógrafos da cidade e do estado, com cerca de 160 parceria com a Fundação Municipal de Cultura, repre- Os eventos chamados Semana Paulista de Fotogra-
participantes e expositores. sentada por Josefa Naide Barborsa. Também produ- fia aconteceram na cidade de São Paulo, a partir
ziram a Semana Isa Vanny, Jairo Andrade e Marcio de 1985, com um evento denominado Semana de Semanas Estaduais de Fotografia
Garcez. Anualmente, de 1992 a 1996, durante uma Fotografia da União dos Fotógrafos de São Paulo. do Maranhão*
Semana Epson Fnac/FS de Fotografia* semana, eram realizados em diversos pontos da ci- Foram realizadas cinco edições do evento, sendo a
dade oficinas de fotografia, palestras, exposições última em 1991. Os cursos, exposições e oficinas Realizadas entre 1990 a 1993 foram inspiradas nas
A Semana Epson Fnac/FS de Fotografia teve cinco e leituras de portfólio. As exposições e as oficinas ocorriam no Espaço de Atuação Cultural da União Semanas Nacionais de Fotografia promovidas pela Fu-
edições realizadas, entre 2005 e 2008 em São Paulo, eram feitas no Centro Cultural da Universidade Fede- dos Fotógrafos de São Paulo, com apoio dos Labo- narte. Foram promovidas pelo Centro de Criatividade
SP. Aconteceram como desdobramento da expansão ral do Sergipe. ratórios Curt, Fotoptica, Frata, Fuji Filme e Kodak, “Odylo Costa, filho” e tiveram quatro edições anuais,

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com três dias de atividades para cada edição. Contava SP Photo Fest Ciclo de Debates Fotografia e Memória produtores culturais no estado do Sergipe. Já recebeu
com palestras, mesas redonda, exposições individu- os profissionais Jorge Henrique Oliveira, Oliver Garcia,
ais e coletivas e oficinas como a Descondicionamento O SP Photo Fest é um festival de fotografia realiza- Organizado pela Superintendência de Cultura Popu- Jairo Andrade, Edinah Mary, Isavanny, Ivve Rodrigues,
do Olhar, de Claudio Feijó. O financiamento foi realiza- do em São Paulo, SP, que teve sua primeira edição lar da Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão, Lilian França, Álvaro Villela e Lineu Lins até o mês de
do pela SECMA, e contou com o apoio de empresas em 2009. O festival teve quatro dias de duração, com especialmente por Jeovah França e Adalberto Rizzo, julho de 2011.
locais de fotografia, de órgãos de Imprensa (Jornais uma intensa agenda de atividades, como workshops, com o objetivo de debater a Fotografia do estado com
locais, TV), dentre outras. Teve como organizadores do palestras, exposições, leituras de portfólio, entre ou- abordagens na história da fotografia local e políticas
evento, Adalberto Rizzo e Jeovah França, além de fo- tros. Foi criado e é dirigido por Luiz Marinho, empre- públicas, voltadas para a fotografia maranhense, as- Conversas Fotográficas
tógrafos locais, como Marcio Vasconcelos, Edgar Ro- sário paulista, que atuou no Festival Internacional de sim como a implantação do Museu de Imagem e do
cha, Francisco Otoni, Mobi, dentre outros. Fotografia Paraty em Foco nos anos de 2007 e 2008. Som do Maranhão (MIS-MA). Aconteceu durante 3 Encontro de fotógrafos, artistas e pesquisadores, re-
Diretor criativo de programação e co-fundador do fes- dias, em março de 2009, com financiamento através alizado nos dias 24, 25 e 26 de agosto de 2011 na
tival, o fotógrafo americano Jay Colton participou da do Prêmio Funarte – Conexão Artes Visuais, além de Universidade Regional do Cariri (URCA), em Juazeiro
Setembro Fotográfico primeira edição, mas faleceu em setembro de 2010. A apoio de fotógrafos locais, empresas de fotografia, do Norte, CE. A programação é composta por pales-
morte deste acabou suspendendo temporariamente dentre outros. Contou com palestras, mesas redon- tras, mesa redonda, exibição de filmes e mostra de
O Setembro Fotográfico, coordenado por Gusta- as atividades regulares do festival. Entre os fotógrafos da, oficinas, workshops e exposições fotográficas, de fotografias.
vo Moura, foi um evento realizado pela Fundação brasileiros e estrangeiros que participaram do evento nomes como Eugênio Sávio, Roberta Zanatta (Museu
Cultural de João Pessoa (Funjope) e pela Prefeitu- se destacam Antonio Kratochvil, Cristiano Mascaro, da Imagem e do Som – MIS-RJ), Murilo Santos, Edgar
ra Municipal de João Pessoa, PB, em 2010. Mês Amy Arbus, Scout Tufankjian, Orlando Azevedo, Mar- Rocha e outros fotógrafos locais. Corpo Imagem dos terreiros:
de atividades relacionadas à fotografia, com reali- celo Greco e Eustáquio Neves. Como parte da progra- experiência ritual; produção de presença
zação de oficinas, mesas redondas, exposições e mação de 2011, vieram ao Brasil os fotógrafos Ralph
lançamentos de livros, àlem da Mostra Fotógrafos Gibson, Bruce Gilden e Stephen Shore. Ciclo de Palestras Fotografia O evento Corpo-imagem dos terreiros, com co-curado-
Paraibanos, exposição que reuniu 45 trabalhos se- contemporânea: Arte e Pensamento ria de Paulo Rossi, foi contemplado pela seleção públi-
lecionados de 15 fotógrafos nascidos ou radicados ca de debates presenciais do Programa Cultura e Pen-
na Paraíba. 2. ENCONTROS, SEMINÁRIOS O Ciclo de Palestras Fotografia Contemporânea: Arte samento 2009/2010. O objetivo é discutir a produção
E SIMPÓSIOS e Pensamento foi um evento realizado em 2009 no de imagens fotográficas, no contexto dos rituais religio-
Rio de Janeiro, RJ, organizado pelos professores da sos de matriz africana e gerar um repertório capaz de
SP Arte / Foto Não menos importantes, aqui estão elencados os Escola de Comunicação (Eco) da Universidade Federal pensar, criticamente, essa manifestação cultural bra-
principais eventos fotográficos que não chegam a do Rio de Janeiro, UFRJ, Antônio Fatorelli e Victa de sileira. O projeto dá continuidade aos debates on-line
Pioneira feira de arte realizada no país, voltada ex- se caracterizar como festivais, mas que definem Carvalho. O objetivo foi apresentar e discutir trabalhos Representação imagética das africanidades no Brasil,
clusivamente para a produção fotográfica. Sob a sua importância pelas discussões a que se propõem de artistas influentes na atualidade. Além das confe- contemplado com o Programa Cultura e Pensamento
organização da SP Arte Eventos Culturais Ltda., co- e pela frequência de suas realizações. rências, o ciclo ofereceu dois workshops gratuitos. 2007. Trata-se de um ciclo de debates presenciais e on-
ordenada por Fernanda Feitosa, acontece anualmen- Um dos artistas importantes a participar foi o paulista -line que reuniu em quatro encontros (Brasília, São Pau-
te desde 2007, na capital paulista. A SP-Arte / Foto Vik Muniz, radicado nos Estados Unidos. lo, Rio de Janeiro e Salvador) pensadores, fotógrafos,
visa fomentar o mercado brasileiro e cumprir o pa- Café Fotográfico curadores, críticos de arte e de fotografia.
pel de evento catalisador e facilitador ao acesso do
público de novos admiradores e colecionadores da O Café Fotográfico é um encontro promovido pela Colóquio de Fotografia de Manaus
fotografia no Brasil e no exterior ao que vem sen- Fotoativa, em Belém, PA, para pessoas interessadas Encontro Brasileiro de Economia da Foto
do produzido no país. O evento conta com galerias em discutir a imagem e suas implicações contempo- O Colóquio de Fotografia de Manaus é um evento e da Imagem – EBEFI
expositoras, encontros com profissionais, palestras, râneas. Desde 2009, uma vez ao mês, fotoativistas anual realizado em Manaus desde 2007 pelo grupo A
cursos gratuitos, lançamentos de livros de fotografia ou não, reúnem-se para apresentarem trabalhos, arti- Escrita da Luz. Evento promovido pela Brazimage em 2011, na cida-
e publicação de um catálogo com galerias e artistas gos, relatos de experiências, audiovisuais, ou mesmo de de São Paulo. Realizado paralelamente à Feira Fo-
participantes, desde 2010. Desta maneira, contribui assistir a um filme, mediados por interlocutores que tografar, o Encontro Brasileiro de Economia da Foto
para a profissionalização do mercado de fotografia, levantam questões pertinentes ao tema ou pesquisa Conversando Fotografia e Imagem é uma conferência voltada para as cadeias
incentiva o colecionismo, a inclusão de novos e jo- apresentada. Por sua periodicidade mensal e formato produtivas e os produtos oriundos da economia cria-
vens artistas no mercado, àlem de dar visibilidade às aberto, o Café Fotográfico estimula a discussão e a O evento Conversando Fotografia é uma série de de- tiva no segmento da fotografia e imagem. Discute
galerias participantes e ajudar a inserir o Brasil no cir- fruição do fotográfico como prática constante, explo- bates e palestras mensais produzidos pelo Coletivo assuntos relacionados à economia desse mercado,
cuito internacional de feiras e exibições rando a diversidade de abordagens temá- Trotamundos em Aracaju, SE. Desde agosto de 2010, criatividade, inovação e cultura visual, por meio de
de fotografia, atendendo a mais de 20 ticas e os diferentes meios de difusão da o projeto Conversando Fotografia procura traçar um palestras, entrevistas, debates, e apresentações de
mil visitantes em cada edição. * Produto cultural descontinuado imagem e do pensamento fotográfico. panorama dos fotógrafos, entidades, pesquisadores e materiais multimídia.

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Encontros com o autor Foto em Pauta Marcos Piffer, Reinaldo Ferrigno, Sebastian Rojas, Tadeu encontros fazem parte de um projeto de realização de
Nascimento e workshop de Processos Alternativos e Im- eventos, exposições, publicações e sistematizações de
O projeto “Encontros com o autor” foi criado em 2007, Promovendo encontros com nomes importantes da pressão Fotográfica com Cris Bierrembach – no Centro de pesquisas sobre o assunto. O projeto se originou em
pelo Candango Fotoclube, com o objetivo de divulgar e fotografia brasileira, o Foto em Pauta acontece desde Cultura Patricia Galvão, Memória Fotográfica com Marcia 1998, a partir das pesquisas de Titus Riedl, como profes-
debater a fotografia realizada na Capital Federal. A série já 2004 em Belo Horizonte, MG. Os fotógrafos tem con- Ribeiro Ward, e Especulações sobre o Acaso, com Penna sor de História da Universidade Regional do Cariri-URCA,
contou com importantes nomes da fotografia de Brasília. tato com o público diretamente, através de projeções Prearo, e Estúdio Básico com Gino Pasquato, entre outros. no Sul do Ceará, em parceria com Tiago Santana e Nívia
de seus trabalhos, seguidas de debates com a plateia. O Foto Santos aconteceu em 2004 e deu continuidade Uchoa, e em colaboração com o Memorial da Cultura
São gratuítos e também já aconteceram em 12 esta- ao programa estabelecido pelo FotoCult, desta vez como Cearense, no Dragão do Mar (Valéria Laena), em Fortale-
Feira Largo Cultural da Mercês dos brasileiros. Até o momento já são 40 edições do programação da Pinacoteca Municipal Benedicto Calixto e za-CE. O primeiro encontro ocorreu em 2005, o segundo
evento, numa média de 6 a 8 edições por ano. Em seu plano de exposições. Mais uma vez, houve a mostra em 2008. As mais recentes atividades foram exposições
A feira cultural Largo Cultural das Mercês, acontece 2011, a partir desta experiência positiva de conteúdo do Jornal A Tribuna com Alberto Marques, Anésio Borges, em Nova York (Yossi Milo, 2010), Los Angeles (RoseGal-
anualmente em Belém, PA, desde 2001, durante o e público, foi criado o Festival de Fotografia cidade de Carlos Nogueira, Irandy Ribasm, Julio Vieira, Luigi Bongio- lery, 2011), São Paulo (Galeria Estação). Do projeto foi
mês de agosto, realizada pelo grupo Fotoativa, em Tiradentes, no interior de Minas Gerais, ambos são vani, Marclo Justo, Nirley Senam Paulo Freitas, Raimundo originado o filme Câmera viajante (direção: Joe Pimen-
comemoração ao aniversário da associação (dia 14) e realizados pela empres Camera Work Produções Fo- Rosa, Rogério Soares, Silvio Luiz e Walter Mello. E coletiva tel, Ceará 2007), e os livros Retratos Pintados, Nazraeli
o Dia Mundial da Fotografia (dia 19). Até 2004, a feira tográficas Ltda, criada pelo fotógrafo Eugênio Sávio. de convidados, com Alex de Almeida, Benerine Kauffmann Press, Portland, 2010, de autoria de M. Parr e T. Riedl,
aconteceu na Praça do Rosário e, a partir de 2005, Abud, Ernesto Papa, Gino Pasquato, Juan Esteves, Marcos também o livro Últimas lembranças, Anna Blume, São
passou a ser realizada na Praça das Mercês. Em de- Piffer, Leonaldo Santos, Tadeu Nascimento, William Caval- Paulo, 2002, de autoria de T. Riedl.
zembro de 2008, a feira cultural ganhou o nome de Fotobarragem cante e Wilson Mello, bem como uma sala especial com o
Largo Cultural das Mercês e, de acordo com o foco fotógrafo José Herrera.
temático de cada ano, incorpora outras atividades O Fotobarragem é um encontro de fotógrafos para Interlocuções do Imaginário
como jornadas, palestras, audiovisuais, etc.) As ativi- apreciar, discutir e difundir a arte fotográfica nos seus
dades são gratuitas. mais variados formatos. Os eventos acontecem sem- Fotofeira O Interlocuções do Imaginário foi um evento realizado
A feira nasceu com o nome Feira Cultural do Ro- pre na última quinta-feira de cada mês. São noites de pela Escola Câmera Viajante, de Porto Alegre, RS, que
sário (largo do Rosario que fica no bairro da Campina). projeções abertas onde os participantes (profissionais O Fotofeira é um projeto que acontece no Rio de Ja- conta com palestras, seminários, oficinas, exposições
Os “feirantes” eram os fotoativistas que organizavam e amadores) levam suas fotografias e as projetam neiro, RJ. Criado por Ana Cris Loureiro, Carlos Brausz de fotografia e audiovisuais. Teve duas edições, em
a coleta e venda de fotografias, livros, cartóes postais, para o público. O evento é realizado na Barragem do e Juscelino Bezerra, da TotemArt, de intervenção por 2007 e 2009, com periodicidade bienal. Foi originado da
equipamentos usados e participação de alguns convi- Lago Paranoá, em Brasília, DF. meio de exposição fotográfica realizado numa barraca necessidade dos alunos e professores da escola terem
dados: vendedores de livros usados, comidas típicas, da Feira de Antiguidades da Praça XV. A intervenção um espaço de discussões entre a fotografia e demais
vinís, além da apresentação de artistas da música, começa com fotógrafos captando imagens na feira e artes. Tem como objetivos: pensar a imagem fotográfica
artes cênicas, performances, etc., além de mostras Fotobiografia termina com tais fotos expostas na barraca da própria como uma importante manifestação da poética visual
fotográficas no tradicional formato Fotovaral. feira. Participam desse projeto Ana Cris Loureiro, Car- contemporânea, pensar a fotografia como um meio de
A Fotobiografia é uma atividade de discussão da foto- los Brausz e Juscelino Bezerra. encontrar novos caminhos, fugindo das ações óbvias e
grafia, que acontece no Pium Fotoclube, em que são que permitam a reconstrução de uma nova percepção
Fórum Anhembi Morumbi de Fotografia compartilhados estudos, pesquisas e referências visu- numa ação dialógica, expor o trabalho de novos talentos
ais, em formato de bate-papo-palestra. Na Fotobiogra- Fotografia em Debate da fotografia e das artes. Teve um público de 2 mil e 5 mil
O Fórum Anhembi Morumbi de Fotografia, realizado fia, um integrante ou convidado escolhe um fotógrafo pessoas, respectivamente nas duas edições do evento.
pela Universidade Anhembi Morumbi, de São Paulo, ou artista visual e apresenta sua trajetória, seu trabalho, Fotografia em Debate é um evento mensal promovi-
SP, tem o objetivo de criar um diálogo entre profissio- suas experiências e faz uma leitura pessoal sobre ele. do pelo Mandacaru Fotoclube, realizado em Fortaleza,
nais do mercado e alunos, àlem de difundir a produção CE. O debate é realizado desde fevereiro de 2011 e já Máquinas de Luz: Fórum das Imagens Técnicas
acadêmica, através de palestras, workshops gratuitos abordou temas como fotografia de casamento, foto-
e abertos ao público, oficinas, exposições fotográficas Fotocult / Foto Santos jornalismo, fotografia de moda e calibração de moni- O evento Máquinas de Luz: Fórum das Imagens Técnicas
e audiovisuais. Evento bienal, conta com duas edições tores e impressão. As reuniões são abertas, gratuitas é realizado pelo Ateliê da Imagem, empresa coordenada
realizadas, nos anos de 2007 e 2009, com coordena- O Foto Cult e o Foto Santos foram dois eventos ocorridos e têm um público de aproximadamente 150 pessoas. por Patricia Gouvêa, com sede no Rio de Janeiro, RJ. É
ção e curadoria de Lucy Figueiredo. Em 2007 o evento em Santos, SP, organizados pela Prefeitura Municipal da um evento gratuito constituído por debates, mostras au-
teve exposições e mesas-redonda com nomes como Cidade. O Foto Cult aconteceu em 1995 com uma expo- diovisuais e a oficina de Sensibilização e Criatividade Foto-
Cássio Vasconcellos e Cristiano Mascaro, exposições sição coletiva de fotógrafos do jornal A Tribuna de Santos Fotografia Vernacular gráfica para crianças. Teve sua primeira e única edição em
dos alunos e lançamento de um Fotoclube. Em 2009, – Rafael Herrera, Walter Mello, Luigi Bongiovanni, Ademir 2009, realizado no Cine Glória, e tem proposta de realiza-
contou com palestras de profissionais como Bob Wol- Henrique, entre outros. Também promoveu individuais dos O evento Fotografia Vernacular tem como objetivo co- ção bienal. Propõe uma reflexão sobre fotografia, dialogan-
fenson, Clicio Barroso e do Coletivo Garapa. fotógrafos Ernesto Papa, Gino Pasquato, Henrique Teixeira, letar dados e divulgar a fotografia popular do Brasil, os do com outras técnicas de produção de imagem e lingua-

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gens como por exemplo, o cinema, discutidos em quatro Photovivência – Diálogo com o fotógrafo Brasil. De 2004 a 2008, abrigou dois eventos fixos: SP Arte / Feira Internacional de Arte
eixos temáticos. Visa mapear e debater essas possíveis a Sessão Curta o Curta e o Ateliê Performático. Tem de São Paulo
interações e promover o intercâmbio entre profissionais Produzido pelo Coletivo Retratando, composto por por objetivo promover a fotografia brasileira e o pen-
de áreas distintas: fotógrafos, cineastas e pensadores. Alexandre Fonseca e Ione Moreno, é realizado desde samento sobre a fotografia e a imagem contempo- A SP-Arte/Feira Internacional de Arte de São Paulo, que
2009 em Manaus, em parceria com a Livraria Sarai- rânea. Foram realizadas mais de 250 edições, com a acontece na capital paulista, no pavilhão da Bienal, e
va MegaStore, em cujo espaço acontecem encontros participação de aproximadamente 750 profissionais e é a maior e mais importante feira de arte moderna e
Maratona Fotográfica Clic o Seu Amor mensais com fotógrafos locais e nacionais, com con- artistas, atendendo mais de 20.020 pessoas. contemporânea do Brasil. Ocorre anualmente desde
por Londrina versas e projeções. Os encontros acontecem também 2005 e reúne cerca de 100 galerias de todo o país,
dentro do Festival Manaus Bem na Foto. além de convidados internacionais. Além da exposição
A Maratona Fotográfica Clic o Seu Amor por Londri- Semana da Fotografia de Belo Horizonte de mais de 1500 obras de arte, o evento envolve tam-
na é um evento realizado sempre nos anos ímpares bém a realização de palestras, mostras áudio visuais e
desde 2001. Faz parte de um projeto que pretende do- Por Que Eu Fotografo? A Semana da Fotografia de Belo Horizonte do Núcleo performances e visitas guiadas a importantes museus,
cumentar, com pluralidade de olhares, as transforma- de Pesquisa em Fotografia (NFOTO) teve sua primei- galerias e coleções de São Paulo. A feira foi criada e é
ções urbanas e rurais de Londrina, PR. A organização O Por Que Eu Fotografo? é um projeto realizado em ra edição em 2010. Foi coordenada por Anna Karina dirigida por Fernanda Feitosa, e tem uma versão dedi-
pretende chegar a 2020. Em 2019 será realizada uma maio de 2008 pela AFOTO no Parque da Cidade, em Bartolomeu e Patrícia Azevedo. Promoveu exposi- cada especialmente à fotografia e à SP ARTE FOTO.
grande exposição, com fotografias de todas as ma- Brasília, DF. A proposta da intervenção urbana foi levar ções, palestras e workshops, além de ter abrigado
ratonas realizadas durante o período do projeto, que ao público fotografias sobre diversos temas. Cada ima- a terceira edição do Projeto Corpo Coletivo/Collec-
mostrará as transformações urbanas de Londrina du- gem era acompanhada por um pequeno texto onde o tive Body. Da primeira edição participaram Joachim
rante esse tempo. O evento é organizado pelo profes- autor responde à pergunta: Por Que Eu Fotografo? O Schmid, Arnold Borgerth e Alexandre Sequeira, entre 3. PROJETOS ESPECIAIS
sor Paulo Boni, da Universidade Estadual de Londrina. movimento se organizou em torno de dois eixos: ação outros. A semana é aberta ao público e aos acadê-
e reflexão, com duas exposições em galerias, uma in- micos que cursam disciplinas ligadas à fotografia na Aqui se encontram os produtos que não se carac-
tervenção urbana e dois debates sobre o tema-título. Escola de Belas Artes da Universidade Federal de terizam nem como festivais nem como seminários,
Maratona Fotográfica de Cabo Frio / Em 2009, o movimento Por Que Eu Fotografo? cres- Minas Gerais. encontros ou simpósios, mas que são ou foram im-
Mais Ratona Fotográfica ceu e se tornou a AFOTO. portantes na demarcação do território da fotografia
no campo das artes visuais.
A Maratona Fotográfica de Cabo Frio aconteceu na ci- Semana de Fotografia de São Caetano do Sul
dade de Cabo Frio, RJ, nos anos de 2006 e 2007. Em Projeto Figura
2008, 2009 e 2010, por falta de verba, a maratona deu A Semana de Fotografia de São Caetano do Sul é um 1ª Trienal de Fotografia – 1980
lugar a Mais Ratona Fotográfica, uma série de proje- O Projeto Figura foi criado em 2002 por Claudia Ta- evento integrante do Salão Nacional de Arte Fotográfica
ções. O nome “Mais Ratona” é um trocadilho: enquan- vares e Dani Soter. Trata de exposições fotográficas de São Caetano do Sul, organizado pelo Fotoclube ABC- A 1a Trienal Brasileira de Fotografia, aconteceu em
to a Maratona era um evento feito com a anuência e e audiovisuais realizadas anualmente. As mostras são click e pela Secretaria Municipal de Cultura da cidade de 1980, organizada pelo Museu de Arte Moderna (MAM),
patrocíneo da prefeitura municipal, a “Mais Ratona” realizadas em lugares não institucionais, ou seja, lu- São Caetano do Sul,SP. Em 2011, realizou sua terceira de São Paulo, SP, com uma exposição montada em sua
era um evento que acontecia na Rataria (gíria usada em gares que não são direcionados especificamente à edição, com palestras e oficinas sobre direito do fotógra- sede, a fim de constituir “uma visão, ainda que incom-
Cabo Frio), com o investimento dos próprios organiza- circulação de arte, como em galpões abandonados, fo, fotojornalismo, foto arte e fotografia em geral, além pleta, das principais tendências da produção fotográfica
dores. Em ambas, a duração foi de dois dias. Manuela residências, entre outros. Até 2011, foram realizadas da saída fotográfica rumo a Paranapiacaba, SP. brasileira do momento”, nas palavras de Moracy R. de
Castilho e Alexandra Arakawa foram as idealizadoras onze edições do projeto. Em agosto de 2008, com a Oliveira, membro da comissão de Seleção e Premiação
e coordenadoras do evento. As produtoras planejam entrada da artista Monica Mansur no projeto, foi inau- do evento. O financiamento da Trienal, que teve somen-
nova edição da Maratona Fotográfica em 2011. gurado o Espaço Figura, fechado em 2010. Simpósio Fototech de Fotografia te essa versão, foi assumido pela Kodak do Brasil e os
prêmios aquisitivos foram doados pela empresa ao Mu-
Simpósio anual que acontece na cidade de Belo Ho- seu de Arte Moderna. Integram a doação obras de Vera
Papo de Fotógrafo Projeto Sexta-Livre rizonte, MG, organizado pela filial da Associação de Albuquerque, Orlando Brito, Caíca, Leonardo Hatanaka
Fotógrafos Fototech, com gerência de seu presiden- e Anna Mariani. Entre os participantes, destacam-se
Evento realizado mensalmente desde março de 2011 O Projeto Sexta-Livre é realizado no Rio de Janeiro, te Guto Muniz. Tem como objetivo discutir aspectos Luiz Antonio Seráphico de Assis Carvalho, Orlando Bri-
pela Agência Ensaio e pela Associação Paraibana de RJ, pelo Ateliê da Imagem. desde 1999. É um projeto culturais do fazer fotográfico. Teve duas edições, uma to, Camila Butcher, Clovis Loureiro, Emidio Luisi, Anna
Arte e Cultura (APAC) em João Pessoa, PB. Realizado quinzenal, com entrada franca, de atividades como em 2009 discutindo “O Direito Autoral na Fotografia Mariani, Pedro Martinelli, Améris Paolini, Penna Prearo,
na última quinta-feira do mês, o encontro é aberto e mostras audiovisuais de filmes e projeções de foto- Brasileira” e a segunda edição em 2010 abordando o Dulce Soares, Ricardo Chaves, Luíz Tripoli, Carlos Fa-
os participantes podem levar fotografias e vídeos para grafia, palestras, debates e depoimentos, divulgação tema “A Fotografia e o Mercado das Artes”. Atende don Vicente, Luiz Carlos Felizardo, Juvenal Pereira, Hil-
projeção. O Papo de Fotógrafo integra a programação de projetos autorais e lançamento de livros, reunindo em média 200 pessoas dentre fotógrafos, estudantes, degard Rosenthal, Lamberto Scipioni, Leonid Streliaev,
do Projeto Lambe-Lambe de Fotografia. autores consagrados e jovens talentos das artes no pesquisadores e acadêmicos ligados à fotografia. Pedro Vasquez, entre outros.

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Arte/Cidade Bienal de Fotojornalismo de São Paulo ch, Wagner Gil e Wilma Yabiku, Ana Mesquita, Cristiane que permitirá aos futuros historiadores conhecer em
Beneton, Eliane Coster, Enio Isshiki, Fabiola Mendonça, detalhes um fim de semana em São Paulo, no início
O Arte/Cidade foi um projeto de intervenções urbanas, A Bienal de Fotojornalismo aconteceu em São Paulo, Gulherme Andrade, Ivan Sayeg, Kyoe Lizuka, Lin Zhen, do século 21. A Coordenação foi do Estudio Madalena.
realizado em São Paulo desde 1994. O projeto buscou SP, em 1995, mostrando a produção dos anos 1990 até Maria Fernanda Lima, Madalena Marangoni, Patricia
destacar áreas críticas da cidade diretamente relacio- 1995. Com uma única edição até o momento, foi orga- Cardoso, Perla Rosseti, Valeria Vaz e Vanessa Krami. De
nadas com processos de reestruturação e projetos de nizada por curadores próximos da Fundação Bienal de Brasília, participaram Alexandre Brandão, Alexandre Car- Imagética – Mostra de gravura, fotografia
redesenvolvimento, visando identificar seus agentes, São Paulo, como Agnaldo Farias e Nelson Aguilar, com rijo, Célio Rodrigues, Enildo Amaral, Enriqeu Mamute, e artemídia
linhas de força e ativar sua dinâmica e diversidade. participação de curadores ligados à fotografia como Fernanda Hissa, Fernando Ribeiro, Jorge Diehl, Leticia
Reunindo artistas e arquitetos, internacionais e brasi- Anna Carboncini, Secretária da Coleção Pirelli-MASP e o Verdi, Maria Lu, Renan Labrea, Rinaldo Morelli, Rodrigo O Imagética – Mostra de gravura, fotografia e artemí-
leiros, voltados para situações urbanas complexas, o fotógrafo e curador Eduardo Castanho, um dos coorde- Carletti, Tais Peyneau e Thais Kimrua e da Bahia: Fotógra- dia, foi um evento realizado em Curitiba,PR, produzi-
projeto visou desenvolver repertório técnico, estético nadores do Nafoto. O leque de participantes do evento fos participantes: Bauer Sá, Fina Leite, Lindinete Pereira, do pela empresa paulista Base 7 Projetos Culturais
e institucional para práticas artísticas e urbanísticas é extenso, reunindo profissionais dos principais orgãos Luis Batista, Marcelo Reis, Mario Bestetti Costa, Neusa de Arnaldo Spindel, Maria Eugenia Saturni e Ricardo
não convencionais. de imprensa do país, com a participação de freelancers Antunes Rubim, Paulo Lima, Ricardo Brasileiro, Shophia Ribenboim com realização da Prefeitura Municipal e
Entre os fotógrafos ou artistas (que utilizam foto- e agências. No mesmo período, o evento foi inserido Rocha, Stella Carvalho, Susana Bispo, Usival Rodrigues, Fundação Cultural de Curitiba. Teve como Coordenador
grafia) que participaram estão : Abílio Guerra e Marco na programação do II Mês Internacional de Fotografia, Valeria Simões e Virginia Muni. de Curadoria: Ricardo Ribenboim e Curadores Eduardo
Valle, Andrea Tonasci, Anna Muylaert, Arthur Lescher, sendo este responsável pela montagem da mesma. Brandão, Ricardo Oliveros e Ricardo Resende. Aconte-
Arthur Matuck, Carlos Fadon, Carlos Reichembach, Entre os fotógrafos participantes, estavam Ana Ottoni, ceu de 11 de novembro de 2003 a 18 de janeiro de
José Fujocka, Guto Lacaz, Iole de Freitas, Lenora de Jorge Araújo, Alexandre Belém, Nair Benedicto, Sergio Expedição Multimídia Rio Pinheiros Vivo 2004. Fez parte da programação da Capital Americana
Barros, Rubens Mano, Regina Silveira, Tadeu Jungle, Amaral, Miltom Michida, Sergio Dutti, Eugênio Sávio, da Cultura. A mostra reuniu a produção brasileira con-
Walter Silveira, André Klotzel, Antonio Saggese, Arnal- Itamar Miranda, João Primo, Massao Goto filho, Luludi, Expedição multimídia organizada pelas produtoras Estu- temporânea nas áreas de gravura, fotografia e artemí-
do Antunes, Carlos Fajardo, Cássio Vasconcellos, Eder Cristina Bocayuva, Eduardo Knapp, Bel Pedrosa,Paulo dio Madalena e Faina Moz, com patrocínio do Banco San- dia, tendo como eixo central obras que transitam na
Santos, Susana Yamauchi e Arthur Omar. Giandália e Euler Junior entre outros. tander e realização da Associação Águas Claras do Rio multidisciplinaridade e na investigação desses três su-
Na sequência, em 2002, as intervenções volta- A Fundação Bienal também abrigou paralelamente a Pinheiros. Durante todo o dia 15 de maio de 2011, 700 portes. Participação de 143 artistas. Parte da mostra de
ram-se para a grande escala com áreas inacessíveis mostra de Oliviero Toscani, fotógrafo italiano, e a mostra participantes, divididos em 30 grupos, registraram ques- fotografia foi oriunda do acervo do Museu de Fotogra-
à observação ocular e desconectadas da organização História do Olhar, da coleção francesa do Centre Natio- tões relativas ao Rio Pinheiros, em São Paulo, SP, em prol fia, criado pela antiga Bienal de Fotografia de Curitiba.
urbana da metrópole atual, dirigindo-se para a Zona nal de La Photographie, organizada por Robert Delpir. de sua recuperação. Os grupos foram coordenados por A Imagética acabou por substituir a Bienal, mas teve
Leste da cidade, criando o evento Arte Cidade Zona profissionais de diferentes áreas como fotografia, meio somente a sua primeira edição, trazendo artistas como
Leste, numa área de cerca de 10 km2. Palco da imigra- ambiente, música, literatura, arquitetura e engajados na Regina Silveira, Regina Vater, Rica Amabis, Ricardo
ção e da primeira industrialização da cidade, a região Caixa Populi causa ambiental. Alguns deles foram Dimitri Lee, Lucia- Carioba, Rochelle Costi, Rosana Monnerat, Rosangela
atravessou longo período de desinvestimento, além no Candisani, Garapa, Galeria Experiência, Marcelo Ler- Rennó, Tata Amaral, Valdisnei, Vera Chaves Barcellos,
da implantação de grandes sistemas de transporte. O evento Caixa Populi aconteceu em São Paulo, SP, em ner, Gui Mohallem, Juan Esteves, Gal Oppido, Claudio Waldo Denuzzo, Waltercio Caldas, entre outros.
Nesse núcleo participaram Carlos Fadon Vicente, An- 1999 e 2000, Brasília, DF, em 2001 e Salvador BA em Feijó, João Wainer, Tuca Vieira, Cássio Vasconcellos, Feli-
tonio Saggese, Cássio Vasconcellos, Willy Biondani, 2003. Realizado pela Agência Fotograma, com curado- pe Russo, Lalo de Almeida, entre outros. Posteriormente
Rochelle Costi e Arnaldo Pappalardo. ria do fotógrafo italiano radicado na cidade, Emidio Luisi, o resultado foio disponibilizado pela internet. Maratona Fotográfica de Curitiba
com patrocínio da Caixa Federal. Com um grupo de fotó-
grafos coordenadores, fotógrafos inscritos fotografaram A Maratona Fotográfica de Curitiba é realizada anu-
Bienal de Fotografia Ecológica de Porto a cidade e o povo, reunindo imagens para exposições e Foto São Paulo almente pela Escola Portfólio, em Curitiba, PR, des-
Alegre catálogos. Entre os coordenadores estavam: Paulo Gian- de 2000. A ideia central do projeto era organizar um
dália, Silvio Ribeiro, Massao Goto Filho, Helcio Nagami- Evento que reuniu mais de 2,5 mil pessoas – fotó- concurso fotográfico sobre a Rua XV de Novembro,
A Bienal de Fotografia Ecológica de Porto Alegre teve ne, Edu Garcia e Iara Venanzi. Entre os fotógrafos partici- grafos profissionais e amadores – o Foto São Paulo uma das mais tradicionais da cidade. O evento con-
sua primeira edição em 1979, com exposições de Ruy pantes de São Paulo estavam Daniele Sandrini, Eduardo aconteceu em setembro de 2001, mapeando fotogra- tou com a participação de profissionais, iniciantes e
Varella, Luis Humberto, Araquém Alcântara, Orlando Martino, Eliane Piva, Ester Lerner, Isabella Canevalee, ficamente o centro de São Paulo. Os participantes fo- amantes da fotografia, em um total de 250 fotógrafos.
Azevedo, Zeno Simon e Maureen Bisilliat. Em 1981 é Ivan Luiz Gomes, Livia Aquino, Marcos Marini, Maurí- ram divididos em grupos coordenados por fotógrafos Na segunda Maratona (2001), o evento deixou de ser
realizada a segunda Bienal, no Museu de Arte do Rio cio Piffer, Marilu Martins, Milena Szafir, Monalisa Lins, profissionais e por grupos espontâneos que se junta- apenas um concurso, abrindo espaço para palestras
Grande do Sul Aldo Malagoli, em Porto Alegre, RS. A Monica Fleury, Paulo Kawaso, Sergio Neves, Adriana Vi- ram no dia do evento. O resultado deste trabalho foi com profissionais da área, além de workshops realiza-
terceira, em 1984, também no Museu De Arte do Rio chi, Andrea Zaguini, Angela di Ricco, Camila Gauditano, exposto na Estação das Artes do Complexo Cultural dos na sede da Escola de Fotografia Portifólio. O tema
Grande do Sul Aldo Malagoli. Entre outros participan- Carla Romero, Denise Camargo, Jaqueline de Oliveira, Júlio Prestes, de 25 de janeiro a 23 de fevereiro de do concurso escolhido daquela vez foi: “Paz entre os
tes, Luiz Felizardo, Leopoldo Plentz, Nego Miranda, Marcos Blau, Marcos Ribeiro Spinola, Marise Rangel, 2002. A mostra foi visitada por mais de 30 mil pesso- Povos”, num momento de tensão mundial, frente ao
Marcos Becari e Jone de Araújo. Melissa Haidar, Paulo Cesar Rocha, Valeska Achemba- as. As fotos expostas constituem um acervo singular, fatídico “11 de setembro”. Em 2002, em sua terceira

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edição, ocorreram workshops e palestras com profis- Paulistanos na Paulista Rumo aos 450 anos re, com a versão de um novo catálogo com textos em Alair Gomes, Antonio Guerreiro, Olney Kruse, Klaus
sionais vindos de diversas partes do país. francês, publicado pela Editora Terceiro Nome. Mitteldorf, Luis Monforte, Gal Oppido, Kenji Ota, Arnal-
Nas edições seguintes, a Maratona Fotográfica O Projeto Paulistanos na Paulista, organizado pelo fotó- do Pappalardo, Miguel Rio Branco, Antonio Saggese,
de Curitiba (2005 e 2007) recebeu convidados como grafo italiano radicado no Brasil, Emidio Luisi, aconte- Maria Sampaio, Marcio Scavone, Lamberto Scipioni,
Cristiano Mascaro, Marcelo Buainaim, Walter Firmo, ceu em 2004, mostrando uma das principais avenidas Projeto Caixa & Memória Eduardo Simões, João Urban, Cassio Vasconcellos,
Klaus Mitteldorf e Araquém Alcântara, entre outros. da cidade de São Paulo abrindo as comemorações dos Mario Cravo Neto, João Farkas e Leonid Streliaev.
Em cada uma das duas edições foram mais de 1500 seus 450 anos. Sucesso de público, a exposição no Con- O Projeto Caixa e Memória aconteceu em 1998, em
participantes entre alunos de fotografia, universitários, junto Cultural Caixa Paulista foi prorrogada duas vezes São Paulo, SP, com patrocínio da Caixa Federal e co-
fotógrafos profissionais, convidados, palestrantes e para visitação. Entre os fotógrafos participantes: Adriana ordenação do fotógrafo italiano radicado no Brasil, São Paulo um caso de amor, 450 pontos de Vista
amantes da fotografia. Por motivos de reestruturação Bertier, Aline Piffer, Artur Calasans, Bianka Tomie, Daniel Emidio Luisi. De caráter documental, a ideia síntese
do próprio evento e mudanças na Escola Portfolio, o Waintein, Davilyn Dourado, Flavio Sganzerla, Ike Levy, era descobrir, conhecer e preservar. A descoberta Evento realizado na cidade de São Paulo, SP, na esteira
projeto foi interrompido e retorna com a proposta para Krina Tengan, Kátia Sousa, Leticia Belmonte, Lucas Bar- se inicia pelos índios cujo vigor cultural faz com que dos 450 anos da fundação da cidade, comemorados
que a maratona seja bienal. A 6ª edição da Maratona reto, Marcio Neves, Peca Siqueira e Sergio Zachi. esses primeiros habitantes ainda resistam apesar de em 2004, foi uma produção do laboratório fotográfico
está confirmada para novembro de 2011. todas as mazelas e crueldades que são cometidas em Tamgram Photo Service em parceria com a Compa-
nome do progresso. O conhecimento através da foto- nhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), Caixa
Pinhole Day Belém grafia, da arquitetura, dos parques, largos, comércio, Federal e com apoio da Fuji Film. Teve curadoria da fo-
Maratona Fotográfica de Manaus pessoas, fachadas, e ruas da região central da cidade tógrafa Teca Araújo, que organizou as imagems forne-
O Pinhole Day Belém acontece em Belém, PA, desde de São Paulo e a preservação por meio de registros cidas pelos 450 convidados, que foram mostradas em
A Maratona Fotográfica de Manaus é um evento anual re- 2002. É um evento realizado anualmente pela Associa- fotográficos, impressos e expostos para o público. No diferentes estações do metrô, e na galeria da Caixa.
alizado desde 2007 na cidade de Manaus, AM, pelo gru- ção Fotoativa, como parte do Worldwide Pinhole Pho- ano seguinte, foi lançado o livro O novo velho centro. O evento caracterizou-se por ser uma mistura
po A Escrita da Luz. É uma espécie de passeio fotográfi- tography Day, realizado todos os anos em vários países Aconteceram palestras, com Rosa Gauditano, Timó- bastante eclética, sem orientação de curadoria, e que
co pelo centro histórico, que comemora o aniversário da no último domingo de abril. A associação oferece um teo Guarani e Emidio Luisi e Workshops com os fotógra- abrigou imagens de fotógrafos profissionais e ama-
cidade. Está inserida dentro da programação do Festival programa de oficinas preparatórias durante a semana fos Renata Falzoni, Jorge Rosemberg, Ricardo Albarello, dores; escritores, atores, publicitários, arquitetos,
Manaus Bem na Foto. Concurso de fotografia produzido que antecede a jornada internacional no domingo, com Antonio Milena e Jorge Araújo. Entre os fotógrafos sele- músicos, decoradores, jornalistas, novelistas, artistas
pelo Instituto Pireneus, acontece na cidade de Pirenópo- opções para iniciantes e pessoas com experiência em cionados estavam: Carlos Laberto Dias, Denise Cavalini, plásticos, chefs de cozinha, atrizes e atores, rabinos,
lis, GO. A maratona tem duração de 24 horas, período fotografia pinhole, utilizando em diferentes oficinas su- Elaine Cimino, Helio Nobre, Joe Osawa, José Ribeiro, designers, curadores, cineastas, apresentadores de
no qual os participantes, mediante inscrição prévia, fo- portes como filmes, papel fotográfico e pinhole digital. José Rosseti, Madalena Marangoni, Marcela Rangel, Per- televisão, padres, índios, cantores, jogadores de fute-
tografam a Festa do Divino e as Cavalhadas, tradicionais Todos os participantes da jornada têm uma foto sua pu- la Rosseti, Rose Caetano, Rosi Canto, Rubia Larrubia, Se- bol, socialites, pesquisadores de fotografia, entre tan-
na cidade. Vinte imagens são selecionadas para compor blicada no site oficial do Pinholeday. Como produtos do bastião Tavares e Sergio Neves, Keiny Andrade, Mascos tos outros. Cada estação reuniu 75 imagens ao longo
um catálogo virtual e itinerarem em espaços culturais. Já Pinholeday Belém estão registros audiovisuais, postais, Blau, Jorge Beraldo, Karla Burnet, Juliana Cortez, Sergio de seis meses de exposições, pelas estações do me-
conta com três edições, nos anos de 2008, 2009 e 2010, marcadores de livros e camisetas, além da exposição Franco, Guilherme Gadelhas, Valeria Gonçalves, Wilma trô paulistano, com imagens variando entre 40X50 e
com o objetivo de ampliar o acervo iconográfico regional. que é aberta em agosto durante as comemorações do Yabiku, Aloisio Maurício, Moisés Moraes, Rosangela Tra- 50X70 cm e exposição no Conjunto Cultural da Caixa.
A maratona é realizada durante o feriado do Pentecostes, Dia Mundial da Fotografia. Belém se destaca no projeto cana, Alessandra Vasconcellos, MeissaVelez, Luis Vilaça, Participam: os fotógrafos profissionais: Armando
e é uma prévia do festival Photo Pirenópolis. por ter o maior número de participantes de uma mes- Berenice Farina, Camila Gauditano, Wagner Gil, Olivia Prado, Juan Esteves, Fábio Moreira Salles, Érico Hiller,
ma localidade (em 2010 foram 165 participantes da ci- Gonçalves, Fernanda Guihguer, Vanessa Krami, Paulo Ka- Gal Oppido, Juca Martins, Bob Wolfenson, Alexandre
dade), ultrapassando o total de participantes de países wazoe, Esther Lerner, Mariana Meloni, Dorival Moreira, Orion, entre outros. As personalidades da mídia, te-
Maratona Fotográfica de Pirenópolis como Argentina, Canadá e França. Marise Rangel, Salete Santos, Milena Szafir, Valeria Vaz. levisiva, publicitária e social da cidade de São Paulo,
como Alice Ruiz, Ana Lanna, Ana Paula Arosio, Nel-
Concurso de fotografia produzido pelo Instituto Pireneus, son Henderson, Paulo Paspe, Cristiano Burmeister,
acontece na cidade de Pirenópolis, GO. A maratona tem Povos de São Paulo – Uma Centena de Quadrienal de Fotografia do MAM Gabriel Zellmeister, Humberto Werneck, Ignácio de
duração de 24 horas, período no qual os participantes, Olhares sobre a Cidade Antropofágica Loyola Brandão, Luiz Tati, Marcio Kogan, Maria Adelai-
mediante inscrição prévia, fotografam a Festa do Divino e A Quadrienal de Fotografia aconteceu em 1985, em de do Amaral, Patricia Palumbo, Sig Bergamin, Henry
as Cavalhadas, tradicionais na região. Vinte imagens são Projeto de produção de imagens cujo objetivo era in- São Paulo, SP, com um único evento. Foi organizada Sobel, Xico Sá, Washington Olivetto, Rubens Fernan-
selecionadas para compor um catálogo virtual e itinera- terpretar a imigração na cidade de São Paulo, através pelo Museu de Arte Moderna (MAM), de São Paulo, des Junior, Rosely Nakagawa, Wanderlea, Zé Celso,
rem em espaços culturais. Já conta com três edições, de workshops de fotografia e audiovisual. Coordenado SP, com uma exposição montada em sua sede. Entre Mônica Waldewoguel, Marisa Orth, Sergio Viotti, Si-
nos anos de 2008, 2009 e 2010, que têm como objetivo por Iatã Cannabrava, Jurandir Muller e Rachel Montei- os fotógrafos se destacam: Maureen Bisilliat, Luiz Bra- ridiwe Xavante, Ricardo Mendes, Monica Gadelha,
ampliar o acervo iconográfico regional. A maratona é reali- ro, o trabalho originou um catálogo-livro e exposição ga. Iatã Cannabrava, Eduardo Castanho, Rochele Costi, Salete Goldfinger, Walter Casagrande, Sig Bergamin,
zada durante o feriado do Pentecostes, e é uma prévia do na Galeria Olido, no centro de São Paulo, além de uma Leonardo Crescenti, Hugo Denizart, J R Duran, Clau- José Roberto Aguilar, Isay Weinfeld, Arnaldo Antunes,
Encontro Internacional de Fotografia Photo Pirenópolis. exposição em Paris, França, no espaço Point Ephemé- dio Edinger Romulo Fialdini, Walter Firmo, Raul Garcez, Arrigo Barnabé, Chico Pinheiro, entre outros.

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desde 1991. Criou o jornal O Foco e a APHOTO – Asso-

II
Alexandre de Queiroz Lopes, 1966, Belo
ciação Potiguar de Fotografia. Autor de diversos livros Horizonte, MG
de fotografia, é sócio do banco de imagem Pax Visu-
al, criado em 2010, com o objetivo de vender imagens Graduado em Desenho Industrial pela Escola de De-
para editorial, publicidade e propaganda, exclusivamen- sign da Universidade do Estado de Minas Gerais e
OS PRODUTORES CULTURAIS te produzidas por fotógrafos do Rio Grande do Norte. Pós-Graduado pela Escola Guignard da mesma univer-
sidade. É professor de Fotografia nos cursos de De-
Escritórios ou autônomos, pessoas físicas ou jurídicas, os produtores culturais têm crescido em número sign Gráfico, Design de Moda, Design de Interiores e
e abrangência nos quatro cantos do país. Aqui o pesquisador encontra quem e quantos são aqueles que Agência Ensaio optativas de Fotografia de Estúdio, todos da Universi-
trabalham nas diversas áreas onde atua um produtor, desde o professor do curso livre até o produtor de ação dade Fumec. Coordena o Núcleo de Tecnologia e Pro-
sociocultural/socioambiental. A Agência Ensaio, criada em 1955, é considerada a dução da Faculdade de Engenharia e Arquitetura da
primeira agência de fotografia do estado da Paraíba. mesma Fumec.
Realiza projetos na área experimental de produção, Queiroz Lopes é o produtor do Pinholeday, even-
pesquisa e documentação da imagem. Suas principais to que acontece em Belo Horizonte desde 2001, e
atuações são o Projeto Lambe-Lambe de Fotografia, coordena o Laboratório de Fotografia da Universida-
que em 2010 realizou sua 15ª edição, e o evento Papo de Fumec/FEA desde 2004. Na mesma universidade
de Fotógrafo, encontros que têm por objetivo propiciar promove anualmente, desde 2008, um ciclo de pales-
o intercâmbio entre fotógrafos, artistas, estudantes, tras sobre fotografia, que acontece no evento Maio
pesquisadores e amantes da fotografia. Promove expe- Profissional. Entre os participantes do ciclo estiveram
dições fotográficas para cidades do interior da Paraíba, Otto Stupakoff, Marcio Rodrigues, Pedro David, Tibério
Adriele Silva da Silva, 1987, Belém, PA ações, o grupo surgiu da experiência de uma oficina além de outras atividades de interesse sócio-cultural. A França, Leonardo Quintão e Luiz Garrido, sendo que
de mesmo nome, ministrada pelos fundadores, para a agência é representada por Darcy Lima Junior, Romual- este último também deu uma oficina técnica.
Adriele Silva da Silva é graduanda em Artes Visuais pela prefeitura da cidade. Entre suas ações estão a Marato- do Luiz de Oliveira e Ricardo Peixoto de Oliveira. No Festival de Inverno da UFMG; em diamantina e
Universidade Federal do Pará. Em 2009 foi bolsista do PI- na Fotográfica de Manaus e o Colóquio de Fotografia em Divinópolis, Queiroz Lopes participou com interven-
BIC/CNPq com o projeto “Caminhos Cruzados: entre críti- Manaus. O grupo ainda não é uma entidade jurídica, ções urbanas utilizando fotografias, sob orientação dos
ca de arte e curadoria”, do Programa de Pesquisa e Exten- mas vem trabalhando para isso. No momento, conta Alberto Melo Viana, 1951, Vitória da professores Maria Angélica Melendi e Geraldo Loyola.
são Territórios Híbridos. Atuou como mediadora cultural com ajuda voluntária na realização de seus projetos. Conquista, BA
no Museu da UFPA e no 27º Salão Arte Pará. É voluntária
no Núcleo de Formação e Experimentação da Associação Alberto Melo Viana é fotógrafo, jornalista, professor e Alexandre de Souza Fonseca, 1972, Belém,
Fotoativa, onde ministra oficinas de iniciação à fotografia Adalberto Luiz Rizzo de Oliveira, 1957, produtor cultural. Mora em Curitiba desde 1969. É gra- PA
e integra o grupo de estudos “Pedagogia da Luz”. Coorde- Duartina, SP duado em jornalismo pela PUC/PR, com mestrado em
nou a ação educativa da Exposição “Amazônia: estradas Comunicação e Linguagens pela UTP. Criou a agência Produtor cultural desde 2005, trabalha com Ione Mo-
da última fronteira” do fotógrafo Paulo Santos e da Ex- Fotógrafo e professor universitário vinculado à Univer- Atelier de Fotografia, em 1986, e a Konexão, em 1990. reno na cidade de Manaus no desenvolvimento da
posição “Hélio Oiticica – museu é o mundo” na edição sidade Federal do Maranhão, onde ministra disciplinas Foi membro da Executiva Nacional dos Repórteres Fo- fotografia amazonense. É responsável pelo Coletivo
Belém. Atuou como assitente de produção do Projeto de Antropologia Visual (graduação) e Cultura e Imagem tógraficos, em 1991/92. Tem imagens publicadas em Retratando, nome fantasia utilizado para suas ações
“água – mídia locativa” da artista Val Sampaio e também (pós-graduação). Atua junto à Secretaria de Cultura do revistas como Veja, IstoÉ, Brasileiros, Placar, Globo culturais, porém realiza as atividades como pessoa fí-
como assistente de produção está trabalhando no Salão Estado do Maranhão, onde já ministrou cursos livres Rural; e em jornais como Jornal do Brasil, Folha de sica. Fonseca e Moreno são fundadores do grupo de
Arte Pará 2011 junto a Fundação Rômulo Maiorana. de fotografia entre 1990 e 1994. Participou da organi- S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo. Foi idealiza- fotografia A Escrita da Luz e realizam os projetos Pho-
zação das Semanas Estaduais de Fotografia e do Ciclo dor do evento Semanas de Fotografia de Curitiba que tovivência – Diálogo com o Fotógrafo, Festival Manaus
de Debates Fotografia e Memória. Como pesquisador, ocorreu nos anos 1990. Também foi coordenador da Bem na Foto e uma oficina de fotografia para jovens
A Escrita da Luz desenvolve projeto de pesquisa etnovisual junto a gru- equipe local do Festival de Inverno da Universidade chamada Olhares da Amazônia, entre outros.
pos indígenas no Maranhão, com a produção de expo- Federal do Paraná, realizado na cidade de Antonina,
O grupo A Escrita da Luz reúne fotógrafos profissionais sição fotográfica e vídeo etnográfico. da qual foi Secretário de Cultura entre 1997 e 2004.
e amadores na promoção da fotografia amazonense. Realiza doutorado com pesquisa na área da fotografia Ana Carolina Póvoas, 1970, Rio de Janeiro,
Foi criando em 2006 pelos fotógrafos Alexandre Fonse- e é responsável pelo FOTOMAIL, revista semanal lúdi- RJ
ca e Ione Moreno e realiza projetos socioculturais nas Adrovando Claro de Oliveira, 1964, Natal, RN coeletrônica. Realizou seis mostras individuais e parti-
áreas de risco, notadamente aquelas habitadas pela cipou de mostras importantes no MASP, Bienal de Ve- Graduada em Comunicação Social pela Universidade
população ribeirinha de Manaus. Utilizando a fotogra- Produtor cultural autônomo e repórter fotográfico free- neza e na I Muestra Latino-Americana de Fotografia, Federal do Ceará (UFC) e mestranda na Universida-
fia como interface e meio de desenvolvimento de suas lancer na cidade de Natal, RN, trabalha com fotografia no México, entre outras. de de Brasília (UnB) já trabalhou com fotojornalismo e

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ensino de fotografia. Atualmente é produtora cultural exposição “Uma Outra Cidade” do fotógrafo Iatã Brazimage elaboração do site brasilimagem.com.br, banco de
autônoma, desenvolvendo temas para debates e tra- Cannabrava. É uma empresa cujo objetivo é fomen- imagens especializado em fotografia brasileira. As-
balhando com curadoria e montagem de exposições tar as artes, comprometendo-se com o desenvolvi- Criada em 2006 por Mozart Mesquita e Luciana Fa- sina colunas de fotografia no Jornal Já, de Porto
fotográficas. Seu trabalho tem enfoque na equalização mento auto-sustentável da região norte, por meio rias, a Brazimage é um agência de produção cultural Alegre, e no Portal Photos. Como professor, atuou
da demanda por arte na cidades, através de ações em de ações culturais como exposições de fotógrafos com sede na capital paulista. Atua em projetos mul- em instituições como Universidade Cândido Men-
escolas e Ongs. Foi produtora do festival Photo Pire- locais e dos demais estados brasileiros. Alguns de tidisciplinares nas áreas cultural, socioambiental e des (curso de pós-graduação lato-sensu – Fotografia
nópolis em 2007, 2008 e 2010 (19 e 24 de agosto) e da seus outros projetos são: a mostra da fotografa pa- educativa. Realizou exposições, produção de livros como instrumento de pesquisa social – coordenado
Maratona Fotográfica de Pirenópolis em 2008, 2009 e raense Walda Marques “Faz querer quem não me e workshops direcionados à imagem. Entre estes, o por Milton Guran); Universidade Estadual do Rio de
2010, por meio do Instituto Pireneus (2008-2010). quer” e festivais e oficinas de formação na área de projeto Cidade Galeria, com exposição do fotógrafo Janeiro (UERJ); Ateliê da Imagem; Universidade Fe-
audiovisual. paulista Cássio Vasconcellos, em 2010, e promoveu o deral do Acre (UFAC). Atualmente organiza eventos e
primeiro Encontro Brasileiro de Economia da Foto e coordena cursos de fotografia documental no Núcleo
Arte 21 Artes e Eventos Culturais Ltda Imagem – Ebefi, em 2011. de Artes Visuais da Casa de Cultura Mário Quintana,
Bernardo José de Souza, 1974, Pelotas, RS em Porto Alegre.
Responsável pelo Festival Internacional de Fotogra-
fia Foto Arte, realizado em Brasilia, DF, desde 2002, Bernardo José de Souza é formado em Publicidade Câmera Work Produções Fotográficas
a Arte 21 Artes e Eventos Culturais Ltda foi criada e Propaganda pela PUC-RS, com especialização em Carmen Brigida Negrão, 1956, São Paulo, SP
em 1999. A empresa, com sede em Brasília abriu em fotografia e moda pelo London College of Fashion. A Câmera Work Produções Fotográficas e Culturais
2005 uma filial no Espaço Cultural Contemporâneo, Desde 2005 é Coordenador de Cinema, Vídeo e Ltda é uma empresa de produção cultural fundada em Trabalha com gestão de projetos culturais de fotogra-
onde realiza a maior parte de suas exposições. Fotografia da Secretaria Municipal de Cultura da 1998, que realiza os encontros Foto em Pauta e o Fes- fia. É pesquisadora e produz exposições onde desen-
Prefeitura de Porto Alegre e professor da PUC-RS, tival Foto em Pauta Tiradentes, respectivamente nas volve relações com a comunidade local por meio das
onde ministra a disciplina Imagens Contemporâneas cidades de Belo Horizonte e Tiradentes, em Minas Ge- prefeituras e de escolas da rede pública e privada. Seu
Associação Fotoativa no curso de pós-graduação em Cinema Expandido, rais. É também prestadora de serviços de produções trabalho é voltado a projetos educacionais que utili-
e da ESPM-RS, onde ministra a disciplina Mercado fotográficas na área editorial. Tem sede na capital mi- zam a fotografia.
A Associação Fotoativa foi criada em 1984, pelo fotó- de Moda Contemporânea. É membro do Conselho neira e foi fundada em março de 2004 pelo fotógrafo
grafo paulista Miguel Chikaoka, (que foi seu coorde- Curador do MAC-RS, foi colaborador da revista Vo- Eugênio Savio.
nador até 1994) em Belém, PA. É uma organização gue e do jornal Folha de S.Paulo, além de ter mi- Cipó Comunicação Interativa / Oi Kabum!
da sociedade civil sem fins lucrativos que desenvolve nistrado cursos na Escola de Design da Unisinos, Escola de Arte e Tecnologia de Salvador
atividades focadas no ensino-aprendizado, pesquisa, Senac Moda-SP e FEEVALE. Canindé Soares, 1956, Natal, RN
difusão e preservação da fotografia. Entre suas princi- A Cipó Comunicação Interativa e a Oi Kabum são
pais produções estão os fotovarais, oficinas regulares, É fotojornalista freelancer, trabalhando com fotogra- as mesmas iniciativas com o mesmo CNPJ. Criada
Fotoativa Cidade Velha, Fotoativa Ver o Peso, Autogra- Bia Fiuza, 1984, Fortaleza, CE fia desde 1980. Junto com Adrovando Claro, criou o em 1999, a Cipó é uma associação sem fins lucra-
fias, Colóquio de Fotografia e Imagem, Pinhole Day jornal O Foco. Foi fotógrafo e sub-editor de fotografia tivos, que faz uso das tecnologias da comunicação
Belém, Largo Cultural das Merces, Ver-te Belém Histó- Bia Fiuza organiza exposições coletivas de fotogra- do jornal Tribuna do Norte de Natal. Foi membro da co- para promover o desenvolvimento artístico e profis-
rica, Café Fotográfico e o projeto Olhos de Ver Belém, fias e vídeo desde 2004. Fazendo parte da diretoria missão de repórteres-fotográficos e cinematográficos sional de adolescentes e jovens. A Oi Kabum é um
com o qual se credenciou junto ao IPHAN, como Pon- do IFOTO – Instituto de Fotografia de Fortaleza, des- no Sindicado dos Jornalistas do Estado do Rio Gran- projeto da Cipó voltado a trabalhos fotográficos e
to de Cultura. Sua estrutura organizacional conta com de o início de 2008. Em 2009 assumiu sua direção. de do Norte; idealizador e organizador da Semana de audiovisuais em comunidades carentes de Salva-
diretoria, conselho fiscal e 3 núcleos executivos: For- Coordenou a quarta edição do deVERcidade (2010). Fotografia, Maratona Fotográfica, Gincana Fotográfica, dor, BA. Como resultado do programa de aprendiza-
mação e Experimentação, Pesquisa e Documentação além de ter produzido seminários e workshops com do, dois de seus projetos foram expostos no festival
e Comunicação e Difusão e dois grupos de estudo: fotógrafos como Evandro Teixeira, Flávio Rodrigues, A Gosto da Fotografia: Olha Aí o Pelô e Caymmi na
Fotografia e Memória e Pedagogia da Luz. Atua com Brasil Imagem Clicio Barroso e Orlando Brito. Lata, em 2010.
uma ampla rede de parceiros e é credenciado como
Entidade de Utilidade Pública Municipal e Estadual. Empresa de produção cultural voltada para a fotogra-
fia, trabalha na produção de festivais, seminários, en- Carlos Carvalho, 1957, Rio de Janeiro, RJ Claudia Tavares, 1967, Rio de Janeiro, RJ
contros, exposições e publicações. Criada por Carlos
Barba Cabelo & Bigode Produções Culturais Carvalho e Sinara Sandri, tem sede em Porto Alegre, Carlos Carvalho é fotógrafo desde 1982, com traba- Claudia Tavares é pós-graduada em Artes pelo Gol-
RS, atuando desde janeiro de 2000. É realizadora do lhos para jornais como JB e O Globo. Desde 2007 dsmiths College, de Londres, Inglaterra e em Lin-
A produtora Barba Cabelo & Bigode Produções Cul- festival de fotografia FestFotoPoa. Produz e mantém coordena o Festival Internacional de Fotografia de guagens Visuais pela Escola de Belas Artes, UFRJ.
turais foi criada em 2006 por Lívia Condurú na ci- o site Mesa de Luz destinado à difusão eletrônica da Porto Alegre, FestFotoPoA. É diretor da Brasil Ima- Desde 2001 atua como artista, produtora e curadora
dade de Belém, PA. Começou com a produção da fotografia. gem Serviços Fotográficos Ltda e responsável pela de exposições. Organizou 11 exposições no Projeto

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Figura, com obras de 45 artistas. Em 2010 se tornou presas, escolas e pessoas interessadas em utilizar a Elis Regina Nogueira, 1966, Campo Grande, ração do projeto de curadoria e montagem de expo-
sócia da Binóculo Produção e Editora, com Monica fotografia para difundir, aprimorar ou desenvolver seu MT sição. Promove aulas de cursos livres, realiza edição
Mansur, que tem como principal objetivo realizar ramo de atuação. Em 2002, Cannabrava alterou parte de livros de fotografia, consultoria a artistas, fotógra-
eventos, exposições e publicações nas áreas de arte de suas atividades e mudou o nome para Estudio Ma- Elis Regina é fotógrafa, jornalista e produtora inde- fos e instituições culturais. Destaques para as expo-
e fotografia. dalena, uma empresa dedicada à produção cultural. pendente. Desde 1999, realiza projetos sócio-culturais sições de German Lorca “Olhar Imaginário” (2010);
na área da fotografia. Junto com Vânia Jucá, ideali- “Fotopinturas” da Coleção Titus Riedl (2011); “Gera-
zou o Projeto Novo Olhar, que, em 2005, passa a se ção 00 – A Nova Fotografia Brasileira” (2011). Esta
Claudio Feijó, 1946, São Paulo, SP Dante Gastaldoni, 1950, Rio de Janeiro, RJ chamar Projeto Nosso Olhar – Fotografia para a Cida- última contabilizando cerca de 120 mil visitantes em
dania. Como produtora, foi responsável por exposi- dois meses de exposição. Chiodetto é jornalista, fo-
Claudio Feijó é pedagogo, psicólogo clínico e fotógra- Dante Gastaldoni é jornalista e cientista social forma- ções e oficinas fotográficas nos projetos Temporadas tógrafo, curador independente, crítico e professor de
fo. Começou sua carreira na fotografia por volta de do pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com Populares, Festival de Bonito, Festival América do Sul, fotografia, atuando há mais de 10 anos no mercado.
1969. Reside na cidade de São Paulo, foi diretor e pro- mestrado no Programa de pós-graduação em Comu- Festival de Cinema de Campo Grande, vídeo Índio Bra- É atualmente o curador de Fotografia do MAM-SP e
fessor da Escola de Fotografia Imagem-Ação de 1972 nicação da UFF. É professor da Universidade Federal sil. A realizadora tem como objetivo mobilizar crianças coordenador editorial da coleção de livros de fotogra-
a 2000. Possui vasta experiência na área de ensino Fluminense desde 1980; na Universidade Federal do e adolescentes de baixa renda, em situação de exclu- fia brasileira FotoPortátil, da Editora Cosac Naify.
(como professor, diretor, orientador educacional e co- Rio de Janeiro desde 1983; e na Escola de Fotógrafos são social, que não têm acesso a novas tecnologias
laborador). Foi consultor técnico da Polaroid do Brasil Populares da Maré (projeto da ONG Observatório de para estudar e desenvolver suas potencialidades por
de 1989 à 1999. Tem trabalhos fotográficos na Polaroid Favelas) desde 2004, lecionando disciplinas relativas à meio da fotografia. Francisco Custódio Júnior, 1974, Uberlândia,
World Collection, na Coleção MASP-Pirelli, na Fotote- fotografia. É sócio-fundador da produtora cultural En- MG
ca Cubana, além de coleções particulares. Foi premia- genho Arte e Cultura (2009).
do pelo Banco Real/Fundação Roberto Marinho e com Desde 1984 é diretor da Editora Gama Filho, Estudio Madalena Francisco Custódio Júnior trabalha com fotografia
a Bolsa Marc Ferrez/Funarte em 1991. Desenvolve, onde publicou os livros Linguagem fotográfica e desde 1995, atuando na cidade de Uberlândia, MG.
desde 1978, a Oficina Descondicionamento do Olhar. informação (Guran, Milton, 2003, RJ) e Agudás, O Estudio Madalena foi criado em 2002 pelo fotógrafo É responsável pela organização do acervo fotográ-
os brasileiros do Benin (Guran, Milton, Nova Fron- e produtor cultural paulista Iatã Cannabrava. É origi- fico do Núcleo de Atividades Fotográficas (NAF),
teira, 2000, RJ). Participou também, como editor nário da Clínica Fotográfica (1989-2001), que promo- e é proprietário da PF – PósFotografia Agência de
Cleber Falieri, 1961, Belo Horizonte, MG e curador, do projeto Imagens Humanas, livro que veu cursos de capacitação direcionados a fotógrafos Imagens e Comunicação, onde ministra workshops
apresenta a antologia fotográfica de João Roberto profissionais. Tem sede em São Paulo, produzindo e cursos livres. Responsável pelo evento Encontro
Cleber Falieri é considerado o criador da primeira pu- Ripper (Dona Rosa Produções, 2009, RJ), comple- fotografias, eventos culturais, fóruns e festivais de fo- de Fotografia Interativa (EFI), é também professor
blicação didática sobre fotografia pinhole em língua mentado por exposição fotográfica homônima, em tografia, além de trabalhos na área editorial e sócio universitário de Fotografia no curso de Comunica-
portuguesa. O Manual Prático de Fotografia Pinhole itinerância no circuito da Caixa Cultural desde 2009. ambiental. ção Social, na Unitri – Uberlândia, MG, e na Unipam
tem como objetivo principal servir como material didá- Entre outras curadorias, assina “Sonhos Velados” – Patos de Minas, MG. Coordena, ainda, o Curso de
tico de pesquisa e suporte a fotógrafos, professores (Casa de Cultura Laura Alvim, Rio de Janeiro, 2008) Especialização em Fotografia e Mercado da Faculda-
e estudantes. Falieri promove oficinas e projetos em e “Mulheres entre Luzes e Sombras”, de João Ro- Foto in Cena Produções de de Uberlândia – Unitri.
escolas de todo o Brasil. É um dos criadores do Nú- berto Ripper (Espaço Cultural Zumbi dos Palmares,
cleo Imagem Latente, grupo de fotógrafos voltados a Brasília, 2010). Escritório de produção cultural idealizado por Débora
atividades em festivais e à produção do evento anual Setenta. Promove atividades no Rio de Janeiro, RJ, Fundação Conrado Wessel
e internacional, o “Pinhole Day”, em Belo Horizonte, e em Salvador, BA, desde 1993. É responsável pela
desde o seu surgimento. Duo Arte Produções produção do programa de TV Foto em Cena, exibido A Fundação Conrado Wessel é uma intituição sem
pelo Canal Brasil, em rede nacional, e pelos eventos fins lucrativos, com sede em São Paulo, SP. Cons-
Empresa de produção cultural criada em 2003 por Lu- de projeção Foto in Cena e Quintas Fotográficas. tituída em maio de 1994, a partir do testamento do
Clínica Fotográfica* zia Renata da Silva e Maria Lucila Horn, com sede na empresário Ubaldo Conrado Augusto Wessel, com
cidade de Florianópolis, SC. Realiza o Festival Floripa o objetivo de difundir a Ciência, Cultura e Arte. Du-
A Clínica Fotográfica foi dirigida pelo fotógrafo e pro- na Foto e surgiu a partir do interesse comum pelas ar- Fotô Produção e Consultoria em Imagem rante seus seis primeiros anos, a Fundação atuou
dutor cultural Iatã Cannabrava e funcionou de 1991 tes visuais, cinema e fotografia de ambas fundadoras. e Arte Ltda na transferência do espólio de Wessel e, em 2000,
a 2002, na alameda Lorena, esquina com a avenida A Duo Arte organiza ainda cursos, oficinas, palestras e estabeleceu seus conselheiros e curadores, que ge-
Nove de Julho, em São Paulo, SP. Foi um centro de workshops. O objetivo de sua atuação é ampliar as ati- A Fotô Produção e Consultoria em Imagem e Arte renciam seus recursos financeiros. Em 2002 criou
pesquisa, aperfeiçoamento e assessoria fotográfica. vidades relacionadas à fotografia no estado de Santa Ltda, é uma empresa de produção cultural com sede o Prêmio Conrado Wessel, destinado à Literatura,
Atendeu a fotógrafos amadores e profis- Catarina, por meio de ações que promo- na cidade de São Paulo, SP. Criada em 2008 por Eder Ciência, e Arte, sendo que, neste último, o objetivo
sionais, fabricantes e revendedores de vam a difusão, produção de conhecimen- Chiodetto e Carlos Alexandre Dadoorian, realiza e or- é premiar trabalhos fotográficos. Wessel foi um em-
materiais fotográficos, assim como em- * Produto cultural descontinuado to e formação de público. ganiza exposições de fotografia e vídeo até a elabo- presário criativo que estudou na Escola Politécnica

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da USP e no exterior. Sua afinidade com a fotografia move cursos, eventos e exposições. A ideia do espa- tir e divulgar a fotografia como um processo artís- convidados, como Gustavo Pellizzon, Tiago Santana,
vem da invenção de um papel fotográfico, patentea- ço surgiu no início dos anos 90, com um grupo de fo- tico, um trabalho autoral e uma linguagem visual, Silas de Paula, entre outros, e propõe um olhar mais
do em 1921. A história conta que ele, pessoalmente, tojornalistas e artistas que pensaram em fundar uma colocando-se em pauta os possíveis espaços al- a fundo sobre a produção contemporânea cearense.
ia à Praça da Luz, no centro de São Paulo, onde se agência. Entre eles, Marcelo Andrade, Rosa Maciel, ternativos urbanos e a questão da fotografia como
concentravam os fotógrafos “lambe-lambe” (aque- Ana Potiguar, Henrique José, Max Pereira, Keila Sena, uma intervenção visual. Entre seus eventos estão:
les que faziam retratos na hora) para vender seu pa- Renato Medeiro. O grupo começou organizando proje- Caleidoscópio, Mostra Livre de Artes (MOLA) no Imagem Brasil
pel. Em 1924, com a revolução isolando São Paulo, ções, encontros, intervenções urbanas, festas, expo- Circo Voador, Rio de Janeiro, 2008; Pinto no Lixo,
e a dificuldade de se importar o papel do exterior, sições e intercâmbios artísticos. varal fotográfico com o coletivo Estendal, Rio de A Imagem Brasil é uma agência de imagens e rea-
seu negócio expandiu e tomou conta do mercado Seus principais projetos são o Projeto Natal de Janeiro, 2011; Limite, exposição móvel com o gru- lizadora cultural constituída em 1996, com sede em
paulista. Em 1949 sua fábrica se associou com a Fotografia, com cursos e intercâmbios (1995 e 1997), po Totemart, Rio de Janeiro, 2011; Foto & Grafia, Fortaleza, CE. Representa o trabalho de mais de 60
Kodak, transformando-se na Fábrica de Papel Foto- a Maratona Fotográfica de Natal Cidade do Sol (1997), o exposição fotográfica com o grupo Opa, Ocupa- fotógrafos brasileiros, exibe o trabalho de expressão
gráfico Wessel-Kodak, onde ele ficou como diretor projeto Negras Raizes em Comunidades Quilombolas, ções Poéticas, Rio de Janeiro, 2011; Fotofeira, Rio pessoal dos colaboradores e também de artistas con-
até 1954, quando transferiu seus direitos de inven- o Ponto de Cultura Fotografia e Identidade, que percor- de Janeiro, 2011. vidados, dando visibilidade às pesquisas de linguagem
tor definitivamente. Nascido na Argentina, oriundo reu vários municípios do Rio Grande do Norte, no perí- e ao exercício de experiências singulares. Como ati-
de uma família alemã que migrou para o Brasil, Con- odo de 2005 a 2009 e o Projeto Natal de Formação em vidade complementar, organiza exposições e articula
rado Wessel viveu até os 103 anos de idade, quando Cinema e Vídeo, com cursos e intercâmbios, de 2007 Hugo de Macedo Vieira, 1961, Parelhas, RN discussões sobre a arte fotográfica em oficinas, se-
em 1993 veio a falecer. e 2008. Em 2010, a Galeria foi responsável pela organi- minários e workshops. É realizadora do Encontros de
zação da Semana Potiguar de Fotografia. A Galeria or- Hugo de Macedo Vieira é proprietário da Huma – Agosto 2011.
ganiza também o Pinhole Day (2008, 2009, 2010, 2011), Escola de Fotografia. Promove a Fotografia Aventu-
Galeria Zoom de Fotografia de Paraty além de oficinas, palestras, mostras e cursos livres em ra: saídas fotográficas que ocorrem mensalmente
vários espaços com parceiros como a Universidade do desde julho de 2010 e que já passaram por lugares Imago Fotografia Ltda.
A Galeria ZOOM de Fotografia de Paraty, especia- Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Senac etc. como o litoral potiguar, as serras do sertão, grutas e
lizada em fotografia, com sede na cidade de Para- Desde 2009, anualmente, o trabalho dos alunos resulta cavernas do Rio Grande do Norte. Macedo foi cura- A Imago Fotografia é uma agência de imagens cria-
ty, RJ, foi criada em 2004 pelo fotógrafo italiano na exposição Grande Angular de Fotografia. dor da exposição coletiva Pelos Quatro Cantos, com da em 1991, na cidade do Recife, PE, por Roberta
Giancarlo Mecarelli, que trocou a Itália pelo cen- obras de sete fotógrafos potiguares, exibida em Guimarães. Atende a demanda de trabalhos fotográ-
tro histórico da cidade. A Galeria é co-realizadora Natal, RN, e em João Pessoa, PB. Organizou em ficos nas áreas de documentação, fotojornalismo,
do evento Paraty em Foco Festival Internacional de GGT Gestão e Produção de Projetos abril de 2011 o 1º Encontro Semestral de Fotografia, publicidade e editoração de projetos fotográficos,
Fotografia, também idealizado por Mecarelli. É um Culturais ME que recebeu uma exposição de fotografias impres- além de disponibilizar seu banco de imagens para
importante ponto cultural na cidade e nela já mos- sas, cinco exposições virtuais, Ricardo Junqueira locações comerciais. Desenvolveu, dentre outras
traram seus trabalhos fotógrafos renomados como Atuando no estado do Ceará, foi criada em outubro de como fotógrafo convidado, além de ter prestado atividades, o Projeto Lambe-Lambe (1995 a 1998),
Antonio Guerreiro, Giancarlo Mecarelli, Walter Fir- 2006 por Glicia Gadelha Teixeira e tem como objetivo prestado homenagem aos fotógrafos potiguares ve- com fotografias dos foliões do carnaval de Recife,
mo, André Cypriano, José Bassit, Eder Chiodet- o fomento da produção cultural e o apoio a novos re- teranos Jaeci e Heleno Dantas. projeto que segue com imagens dos fotógrafos Bre-
to, Eustaquio Neves, Guy Veloso, Claudio Edinger, alizadores. no Laprovitera e Jarbas Júnior. Teve participação ou
Francesco Cito, Araquém Alcantâra, Paulo Friedman, executou publicações de diversos livros, entre eles
Thomaz Farkas, Rogério Reis, Don João de Orleans IFOTO – Instituto da Fotografia o Brincantes da Mata (2010), quatro livros bilíngües
e Bragança, Maureen Bisilliat e Iatã Cannabrava. A Glicia Gadelha, 1961, São Gonçalo, PB compreendidos numa só caixa, com o registro de
galeria é dirigida por Mercarelli e Maxime Delmotte, O IFOTO – Instituto da Fotografia é uma associação quatro manifestações culturais da Zona da Mata
que também fazem parte da coordenação do Festi- Glicia Gadelha é produtora cultural e fez parte da Coor- sem fins lucrativos, com sede em Fortaleza, CE, que pernambucana, com imagens de Roberta Guima-
val Paraty em Foco. Os dois também coordenam o denação do Fórum de Fotografia do Ceará. É diretora tem como objetivo promover e estimular a produção rães, Rosê Gondim e Tuca Siqueira.
programa educativo baseado em fotografia, voltado do Instituto Cultural Anima, e produtora executiva do e a difusão da fotografia. É um centro de discussão
às crianças atendidas pelo Instituto Instituto Trilha festival DeVERcidade desde sua primeira edição. Em com encontros semanais, palestras, exposições,
da Arte e Educação (Itae) da região. 2011, coordenou a execução do Encontros de Agosto. concursos, lançamento de livros, passeios e cur- Inaê Coutinho, 1971, São Paulo, SP
sos, reunindo fotógrafos profissionais e amadores.
Seus principais produtos são a mostra de fotografia A fotógrafa Inaê Coutinho trabalha com fotografia
Galeria ZooN de Fotografia Grupo TotemArt e artes visuais deVERcidade; o projeto Fotobiogra- desde 1987. E, desde 1992, atua no ensino de fo-
fia, que consiste em apresentações de obras reno- tografia para adolescentes e adultos, tendo sido
A Galeria ZooN foi criada em Natal, RN, em 1994, por O Grupo TotemArt, com sede na cidade do Rio de madas de fotógrafos nacionais ou internacionais por agraciada com o Prêmio Internacional de Inovação
Henrique José, Marcelo Andrade e Keila Sena, tendo Janeiro, foi criado por Juscelino Bezerra, Ana Cris meio de seu percurso imagético; o projeto Olhares e Criatividade pela Safed Kids WorldWide em 2005.
sido legalizada em 1997 como entidade cultural. Pro- Loureiro, Carlos Brausz, e busca apresentar, discu- Refletidos, que divulga o trabalho dos fotógrafos É mestre pela Escola de Comunicação e Artes, da

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Universidade de São Paulo e doutoranda em Poéti- difusão artístico-cultural. No primeiro Encontros de Itaú Cultural, Fundação Gol de Letra, Ação educativa, sidente por duas vezes. Seus trabalhos estão em
cas Visuais pela mesma universidade. Graduou-se Agosto, de 2011, realizaram dez exposições em di- Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor (Fe- coleções como a Pirelli – MASP, do Museu de Arte
em Educação Artística (Bacharelado e Licenciatura versas galerias de Fortaleza. bem) (fotografia e cidadania), Secr. da Cultura SP, Me- de São Paulo.
Plena) pela Universidade Estadual de Campinas, ninos do Morumbi, APBM&F Bovespa (Bolsa de Va-
UNICAMP (1995). Entre as suas exposições des- lores de São Paulo, Revista OCAS, Projeto Travessia,
tacam-se “Da Luz na Escuridão”, no Centro Maria Instituto Pireneus Penitenciária Feminina (HIV/Aids), e Estação Ciência Kamara Kó Fotografias Ltda. ME
Antonia, “O corpo na construção” no Atelier Pira- no Brasil, Portugal, EUA, Inglaterra, Itália e Suíça.
tininga, “Memória das Coisas” no Centro Cultural O Instituto Pireneus foi criado em 2006 para promover Atua ainda como curador independente e re- Criada em 1991 pelo professor e fotógrafo Miguel
São Paulo e “As casas de Inaê” no Instituto Tomie a cultura, o turismo e a conservação do patrimônio his- alizou as exposições: Magnum 60 anos, Cristiano Chikaoka, a agência fotográfica tem sede em Be-
Ohtake. tórico e artístico de Pirenópolis, GO. Os objetivos do Mascaro, Claudia Andujar, Thomaz Farkas, Maureen lém, PA. A Kamara Kó desenvolve projetos cultu-
Instituto são a promoção de estudos e pesquisas, de- Bisilliat, Pedro Martinelli, David Drew Zingg, Marc rais e educativos, e conta com um acervo de 80
senvolvimento de tecnologias alternativas, produção e Riboud, FSA (Walker Evans e Dorothea Lange), mil imagens. Além de trabalhos publicados na mí-
Instituto Casa da Photographia a disseminação de conhecimento. Seus projetos rela- Lewis Hine, Herança Compartilhada (indígena, euro- dia impressa e eletrônica nacional e internacional,
cionados à fotografia são o Encontro Internacional de peia e africana) Edward Curtis, Mirame, Árvores de possui obras em acervos de museus em São Paulo
O Instituto Casa da Photographia, com sede em Sal- Fotografia Photo Pirenópolis e a Maratona Fotográfica SP, Mulheres vêem Mulheres, Lá e Cá – Portugal/ (MASP), Rio de Janeiro (Biblioteca Nacional), Wa-
vador, BA, foi criado em 1997, pelo fotógrafo baiano de Pirenópolis. Brasil, Corinthians 100 anos, 100 fotos, Fotogiorna- shington (Museo de Arte de las Américas) e Belém
Marcelo Reis. Promove cursos livres de fotografia, é lismo Brasiliano, Access to Land in Brazil, Identities: (Memorial dos Povos, MAC Onze Janelas). Com a
uma produtora cultural, possui espaço para pesquisas ruptures & permanence e Impressões Visuais (que criação da galeria Kamara Kó, em 2010, a agência
e realiza caminhadas fotográficas. A partir de 2001 fo- Iris Produção Cultural Ltda. percorreu todas as 26 capitais brasileiras e o DF). passou a desenvolver projetos culturais que aliam
ram firmadas parcerias com empresas e instituições No exterior realizou mostras nos EUA, Itália, Suíça, a pesquisa à geração de produtos com exposições
públicas e privadas a fim de viabilizar projetos de di- Empresa criada em outubro de 2010, por Joana Mazza Cuba, Inglaterra e Portugal. e publicações como Cenas da Fé e JapanAmazônia
vulgação da fotografia a partir de Salvador. O Instituto e Paulo Duque Estrada, com sede na cidade do Rio – Confluências Culturais.
mantém parceria com a Pinacoteca do Estado de São de Janeiro, RJ, presta serviços de produção cultural
Paulo na realização do festival A Gosto da Fotografia, como elaboração de projetos, produção executiva, João Lobo, 1958, Brejo do Cruz, PB
que tem como curador, o jornalista e escritor Dióge- curadoria, tratamento de imagem e serviços de mon- Kim-Ir-Sen Pires Leal, 1951, Anápolis, GO
nes Moura. tagem e cenotécnica. João Lobo trabalha com fotografia desde a década de
1980. Além de fotógrafo, atua como produtor cultural Kim-Ir-Sen Pires Leal iniciou suas atividades como fo-
realizando projetos culturais como o Intercâmbio Bra- tógrafo em 1972, em Brasília, DF, onde foi professor
Instituto Cultural Anima João Kulcsár, 1961, São Paulo, SP sil/Argentina, em 2004, a exposição coletiva Olhares e um dos fundadores da Três por Quatro Escola de
e o festival de fotografia Parahyba Digital, em 2005, Fotografia e Cinema Super 8. De 1980 a 1988 dirigiu
O Instituto Cultural Anima foi criado em 2007 na Professor, curador independente e produtor cultural. 2006 e 2007. e atuou na Ágil Fotojornalismo, na qual foi respon-
cidade de Fortaleza, CE, por Cláudia Sousa Leitão, trabalhando com fotografia desde 1990. Tem Mestra- sável pela sistematização dos processos de arquiva-
Lia Sousa Parente, Glicia Gadelha Teixeira, Maria do em artes pela Universidade de Kent, Inglaterra, mentos de imagens.
Eliza Gunther, Maria Suzete Nunes, Kátia Sousa de 1996/7, como bolsista do The British Council, na área Juvenal Pereira, 1946, Romaria, MG Foi um dos fundadores da União dos Fotógra-
Oliveira, Luciana Guilherme, Cristina Maria do Vale de alfabetização visual. Foi professor visitante na Uni- fos de Brasília. Promoveu mostras, encontros e
Marques, Paulo Sérgio Teixeira Lins e Francisco Fer- versidade de Harvard 2002/3, como bolsista da Co- Juvenal Pereira é fotojornalista desde 1970. Foi seminários e realizou cinco feiras de fotografia no
nando Braga Menezes. O Instituto presta serviços missão Fulbright. É diretor da Ong Alfabetização Visu- fotógrafo da revista O Cruzeiro em Belo Horizon- Centro de Realização Criadora (Cresça), Escola de
como assessoria técnica na elaboração de projetos; al que forma professores do ensino médio no uso de te (1970), e Salvador (1971–1974). Mudou-se para ensino infantil e fundamental que possuía a disci-
coordenação e produção de eventos; realização de imagem fotográfica em sala de aula, e em projetos Brasília (1975-1981), onde trabalhou para os jornais plina Fotografia em sua grade curricular. Coorde-
pesquisas de mapeamento cultural; e elaboração e com jovens de baixa renda. Correio Brasiliense e Jornal de Brasília, e para as nou a área de fotografia do 1º Festival Latino-Ame-
implantação de programas de capacitação e forma- É um dos coordenadores do Bacharelado em foto- revistas Veja e IstoÉ. Foi sócio fundador da União ricano de Arte e Cultura (FLAAC), onde promoveu
ção no campo das indústrias criativas, tais como a grafia do Serviço Nacional do Comércio (Senac/SP), e de Fotógrafos de Brasília. Em São Paulo, onde resi- exposições e cursos.
identificação e catalogação do acervo fotográfico do projeto de fotografia com deficientes visuais, Esté- de desde 1981, trabalhou como repórter fotográfico
da Companhia Docas do Ceará e o 1º Encontros de tica do (in)visível, desde 2008; além de diversos outros do jornal Folha de S.Paulo (1988-1989). Foi mem-
Agosto – Fotografia Comtemporânea. Seus coorde- projetos socioculturais. Entre eles: Conferência Visible bro fundador do NaFoto – Núcleo dos Amigos da Lente Cultural Coletivo Fotográfico
nadores expandiram o trabalho e criaram, em 2009, a Rights/Direitos Visíveis, em 2006/7/8 com o Senac-SP Fotografia (1991) e responsável pela realização do
empresa AnimaCult Consultoria e Treinamento Ltda., e Universidade de Harvard. Desenvolveu projeto de Mês Internacional da Fotografia em São Paulo. Pe- O Lente Cultural Coletivo Fotográfico é um coletivo de
para viabilizar projetos de grande interesse público, formação nas seguintes instituições: Senac-SP, Servi- reira também participou da diretoria da União dos fotógrafos criado em 2009, em Brasília, DF, que tem
no campo da formação, geração do conhecimento e ço Social do Comércio (Sesc/SP), Univ. de Harvard, Fotógrafos do Estado de São Paulo, sendo vice-pre- como objetivo difundir a arte fotográfica. O LC traba-

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lha na elaboração, apoio, gerenciamento e execução MT. Atualmente é gerente de artes visuais da Secre- Sesc Pompeia e Santana, São Paulo, 2009, e a mostra Mariano Klautau Filho, 1964, Belém, PA
de projetos e programas que têm a fotografia como taria de Estado de Cultura e coordenadora do Pavilhão Amazônia a Arte, Museu Vale, emVitória, ES e Belo
foco principal, qualquer que seja o seu formato, e ar- das Artes Estadual. Horizonte, MG, em 2010, entre outras realizações. Foi Fotógrafo e pesquisador, Mariano Klautau Filho é
tes em geral. Realiza intercâmbio de obras, de conhe- vice-presidente da Associação Fotoativa e coordena- mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia
cimento e de todas as técnicas fotográficas. Fazem dora do departamento de projetos e eventos da mes- Universidade Católica (PUC) de São Paulo, doutorando
parte do coletivo os fotógrafos André Abrahão, Carol Manu Castilho, 1980, Rio de Janeiro, RJ ma associação, além de ter sido Editora de Fotografia em Artes no Programa de pós-graduação da Escola de
Peres, Eraldo Peres, Fábio C. Pozzebon, Joédson Al- do periódico Amazônia Jornal, e de vários livros, como Comunicação e Artes, da Universidade de São Paulo
ves e Sérgio Almeida. Manu Castilho é produtora cultural, membro do Fórum Cenas de Fé , de Miguel Chikaoka e Emmanuel Mat- (USP), e professor de fotografia da Universidade da
Mundial U40 para promoção da Convenção da Organi- tos, Banco da Amazônia, 2008. Amazônia. É coordenador do projeto Fotografia Con-
zação das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e temporânea Paraense – Panorama 80/90 [Edital Petro-
Luz Tropical Cultura & Produções Ltda. a Cultura (Unesco) sobre a proteção e promoção da di- brás Artes Visuais – 2002]. Criador e coordenador do
versidade das expressões culturais. Produziu a projeção Maria de Fatima da Silva (Fatinha Silva), Colóquio Fotografia e Imagem, realizado pela Fotoati-
A Luz Tropical Cultura & Produções Ltda. foi criada em DiVerCidades, as exposições A brisa que tranquiliza a 1953, Caratinga, MG va desde 2002, e Curador Geral do Prêmio Diário Con-
2008 por Milton Guran e Melanie Guerra, com o obje- alma e Festas (participantes do Fotorio 2007) e Um olhar temporâneo de Fotografia, instituido pelo jornal Diário
tivo de realizar projetos de natureza artística e cultural. sobre o outro (2010). De 2008 a 2010 criou a Mais Ratona Maria de Fatima da Silva está radicada no Pará desde do Pará desde 2010.
Entre eles, curadoria, produção de exposições, semi- Fotográfica, evento de projeções de fotógrafos da Re- 1983. Lá desenvolveu seu trabalho como fotógrafa e
nários, palestras, conferências e cursos, pesquisa e gião dos Lagos. Elaborou e ministrou aulas de produção produtora cultural, iniciando seu aprendizado no cam-
produção de textos, serviços fotográficos, incluindo cultural no Circuito Humano Mar de Oficinas, em dez po de artes visuais em 1999, por meio da Fotoativa, Mateus Sá, 1975, Olinda, PE
comunicação visual e edição de publicações. Desde municípios do norte fluminense. Coordena a Maratona grupo que fez parte de sua diretoria entre 2000 e 2011.
2009, produz exposições para o FotoRio – Encontro Fotográfica de Cabo Frio. Atualmente, inicia as ativida- É diretora da Namazônia, que desenvolve trabalhos na Mateus Sá é formado em Comunicação Social/Rela-
Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro. des de seu escritório de produção Levante Cultural. área cultural. Desde fevereiro de 2011, vem atuando ções Públicas pela Universidade Católica de Pernam-
como gerente na Fundação Cultural do Pará Tancredo buco (Unicap). Começou a fotografar em 1997, foi um
Neves. Como produtora cultural, coordenou e produ- dos fundadores do Coletivo Canal 03. Desde 2007
Magma Cultural Marcio Resende Mendonça (Marcio ziu importantes exposições individuais e coletivas em coordena a Semana de Fotografia do Recife, que já
RM), 1961, Rio de Janeiro, RJ Belém, como a exposição Hélio Oiticica – Museu é o está em sua quarta edição. Ainda em 2007, foi um dos
Criada em 2003, na cidade de São Paulo, tendo como Mundo. Atualmente, prepara a exposição e o lança- fundadores do projeto Fotolibras – Fotografia Partici-
responsáveis, Paulo Kassab e José Eduardo Aranha Marcio RM é fotógrafo profissional desde 1982, de- mento do livro Fronteira Norte – Demarcando e Apro- pativa com Jovens Surdos, onde atua como educador
Moura, a Magma Cultural surgiu atuando no segmen- dicando-se desde 2002 à produção cultural. Reside ximando a Amazônia, contendo o acervo fotográfico e é um dos coordenadores. É idealizador e coorde-
to editorial, trabalhando com temas e títulos que ex- na cidade do Rio de Janeiro. Fez a curadoria das ex- da 1ª Comissão Brasileira Demarcadora de Limites. nador da série de livros Linguagens – um recorte da
plorassem a cultura brasileira. Em 2006, a empresa posições de fotografia da Semana Cultural em Santa produção fotográfica contemporânea de Pernambuco.
expandiu sua área de atuação em projetos culturais (edições de 2006, 2007 e 2008) e do Foto em Santa, Em 2009, passou a integrar a grade de professores do
voltados à educação e entretenimento e, em 2008, evento integrante da programação oficial do FotoRio Maria Fernanda Vilela de Magalhães, 1962, bacharelado em fotografia da Faculdades Integradas
inaugurou a Pyro, uma produtora de séries de anima- em 2007. É o idealizador do JF em Foco – Festival de Londrina, PR Barros Melo/AESO, Olinda/PE.
ção infantil em formato 3-D. Em ambas as áreas, os Fotografia de Juiz de Fora.
projetos abordam temas de acerca patrimônios cultu- Maria Fernanda Vilela de Magalhães é artista, fotógra-
rais e ambientais. fa, performer, professora da Universidade Estadual de Miguel Takao Chikaoka, 1950, Registro, SP
Maria Christina, 1959, Serra do Navio, AM Londrina, PR, e doutora em Artes pela Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP. O fotógrafo paulista Miguel Chikaoka mudou-se para
Magna Domingos / Dom Negócios Culturais Maria Christina é jornalista, fotógrafa, produtora cul- Como produtora cultural, desenvolve trabalhos focan- Belém, PA, em 1980, e começou idealizar projetos e
tural e pesquisadora independente. Coordenadora e do as questões do corpo. Criou e coordena o Ateliê eventos, como o grupo FotoOficina, as coletivas Fo-
Produtora cultural, diretora da Dom Negócios Cultu- produtora do Projeto Arca de Noé. Entre produção e de Fotografia e o projeto A Expressão Fotográfica e toPará e os Fotovarais. Em 1983, criou a oficina Fo-
rais. Formada em comunicação social pelo Instituto coordenação de eventos, destacam-se: 29º Festival os Cegos. Foi chefe da Divisão de Artes Plásticas da toAtiva, desdobrando-a em seguida para um projeto
Várzea-grandense de Educação e pós-graduada em de Inverno da Universidade Federal de Minas Gerais Casa de Cultura da Universidade Estadual de Londri- que resulta na criação do projeto Fotoativa, voltado ao
Planejamento e Gestão Cultural. Atua na área cultu- (UFMG), em 1997, na cidade de Ouro Preto; 6a Se- na (2009/2010), criou e coordena o evento FotoLink ensino, pesquisa e difusão da fotografia. Em 1985 co-
ral desde 1994, como produtora e gestora. Produziu mana Sergipana de Fotografia, em Aracaju, SE, 1997; – Encontro Internacional da Imagem, e o projeto de ordenou o projeto FotoAtiva Cidade Velha. Foi colabo-
exposições de fotógrafos como Evandro Teixeira, Pe- Imagens da Amazônia, Espaço Cultural Torre Malakoff pesquisa Fotografia e o “Contra-Olhar” – uma reflexão rador da Agência F4 e fundou a Kamara-Kó em 1991,
dro Martinelli, Guy Veloso, Fatinha Silva e Sebastião em Recife, PE, 2000; Cultura Pará 10 anos, 2007; Arte sobre a construção das imagens contemporâneas no agência com a qual realiza trabalho de documentação
Salgado. Responsável pelas quatro edições do Salão & Sociedade, da Bienal de Cultura Popular, Belém, PA, campo das artes. É sócia da Imagem Palavra Produ- sobre questões sociais e ambientais da região. Em
Mato-grossense de Fotografia, realizado pelo Sebrae/ 2008; Fotoativa Pará Cartografias Contemporâneas – ções Culturais. 1999, coordena o projeto FotoAtiva Ver-o-Peso.

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Em 2000, com a transformacão da FotoAtiva Fotografia, acontecendo em 1993. O Núcleo trou- Orlando Azevedo, 1949, Ilha Terceira dos (Ucam), e Mestre em Tecnologias da Comunicação
numa Associação, Chikaoka passa a constituir o xe diversos produtores internacionais e nacionais, Açores, Portugal e Estéticas da Imagem (Eco/UFRJ). É também fotó-
Núcleo de Formação e Experimentação da Fotoati- promovendo um intercâmbio rico em exposições, grafa e criadora do Ateliê da Imagem, espaço cul-
va. Idealizou as oficinas Fotografia Sensorial, Pho- workshops e palestras. Sua formação original con- Fotógrafo, curador e produtor cultural independente, tural dedicado à pesquisa, reflexão e produção da
to Morphosis, Fotografia Experimental, Brincando tou com Nair Benedicto, Rubens Fernandes Junior, mudou-se para o Brasil em 1963, estabelecendo-se em imagem, do qual é diretora. Atua também como pro-
com a Luz, Tubo de Ensaio, De Olhos vendados Eduardo Castanho, Rosely Nakagawa, Stefania Bril, Curitiba, PR. Graduado em Direito pela Faculdade de Di- dutora cultural e curadora, organizando concursos,
e Imagens em Trânsito. Olhos dÁgua, H2Olhos, Isabel Amado, Fausto Chermont, Juvenal Pereira e reito de Curitiba, em 1980, iniciou sua carreira profissio- exposições, seminários e debates, com destaque
Olhos de Ver Belém e, mais recentemente, Fotota- Marcos Santilli. nal na fotografia no mesmo ano, atuando em publicidade para as duas edições do Concurso Estadual Foto
xia, são os projetos com os quais desenvolve per- Ao logo do tempo, o evento tornou-se irregular e fotojornalismo. Colaborou com as principais revistas + Prêmio Hercule Florence (2005/2006), e as duas
cursos educativos pautados na abordagem trans- nas suas edições e passou a agregar diversas exposi- e jornais do país. Entre 1993 e 1996 dirigiu o departa- exposições dos finalistas na Casa França-Brasil
disciplinar da fotografia enquanto processo. ções periféricas de outros produtores à grade de sua mento de Artes Visuais da Fundação Cultural de Curitiba, (2006/2007); as exposições Nano e Corpoimagem
programação, também alterando seu corpo diretivo. onde foi o responsável pela criação e coordenação dos na Feira ArtBO 2005 e 2008 (Bogotá, Colômbia), as
Dos registros impressos, há um catálogo sucinto da três eventos Curitiba (1996 a 2000). Idealizou e implan- exposições A Presença, de José Caldas, em 2009 e
Milton Guran, 1948, Rio de Janeiro, RJ segunda edição e alguns folders, bem como o atual tou o Museu de Fotografia Cidade de Curitiba (1998). Alquimia, de Guy Veloso (em parceria com Claudia
catálogo raisonné dos vinte anos. O Nafoto hoje é Buzzetti), ambas na Galeria do Ateliê da Imagem e
Milton Guran é fotógrafo, antropólogo e jornalista, composto por Rubens Fernandes Junior, Nair Bene- o projeto Máquinas de Luz: Fórum das Imagens Téc-
doutor em Antropologia (EHESS- França, 1996) e dicto, Mônica Caldiron e Fausto Chermont. Pablo Alfredo De Luca, 1963, Buenos Aires, nicas.
mestre em Comunicação pela Universidade de Bra- Argentina
sília (UnB, 1991). É realizador e coordenador geral
do FotoRio – Encontro Internacional de Fotografia Nívia Uchôa, 1970, Aracati, CE Pablo Alfredo De Luca foi professor do curso de Foto- Patrícia Veloso, 1960, Teresina, PI
do Rio de Janeiro. Em 2006, fez parte do Comitê in- grafia Básica e Especializações Fotográficas do Senac,
ternacional do Mois de la Photo de Paris. Foi co-cu- Nívia Uchôa é fotógrafa, professora de fotografia, ci- AL, nos anos de 2002 e 2003. Em 2007 administrou, Patrícia Veloso é produtora cultural, curadora e edito-
rador da participação brasileira no Photoquai, bienal nema e vídeo, produtora cultural e fundadora do grupo também no Senac, o Curso de Fotografia Digital Pro- ra, atuando na área da fotografia desde 1985. É mem-
internacional organizada pelo Musée du Quai Branly de fotografia Poesia da Luz. É também membro do fissional. Em 2008, participou do projeto social de in- bro da coordenação do Fórum da Fotografia – Ceará e
(Paris), e curador convidado da MEP – Maison Euro- IFOTO e da Associação de Audiovisual do Cariri. Como clusão digital Olhar Circular, dando aulas de fotografia foi coordenadora geral do Encontros de Agosto 2011.
péenne de la Photographie (Paris), para exposição do curadora, realizou trabalhos coletivos e individuais no no CEFET da Cidade de Marechal Deodoro – AL. Atualmente, cursa o mestrado em Comunicação da
Mois de la Photo de 2010. Foi presidente da União Ceará: em 2006, a Mostra de Artes Visuais do Cari- Em 1990, criou o banco de imagens Fotoalagoas, Universidade Federal do Ceará com pesquisa em fo-
dos Fotógrafos de Brasília entre 1980 e 1982. É autor ri; em 2008, o II Encontro de Fotografia Popular; em composto por mais de 80 mil fotografias de assuntos tografia. É mestra em Administração de Empresas
do livros Linguagem Fotográfica e Informação e edi- 2009, a Exposição Juazeiro como te Vejo; em 2009, variados, apenas do estado de Alagoas: paisagens, ar- pela Universidade de Fortaleza (2002), com disserta-
tor da coleção Antologia Fotográfica (AGIL/Dazibao, Ladeira das Cores. Atualmente, é responsável pelo tesanato, manifestações religiosas, personalidades de ção sobre Gestão Cultural e Cidadania Empresarial.
1989-90). É pesquisador do LABHOI – Laboratório Encontro Conversas Fotográficas, que será realizado destaque, cultura popular, flora e fauna, etc. Administra a Imagem Brasil, agência de imagens e
de História Oral e Imagem da Universidade Federal na Universidade Regional do Cariri (URCA). realizadora cultural, constituída em 1997, que repre-
Fluminense (UFF). Faz parte da diretoria executiva da senta o trabalho de mais de 60 fotógrafos brasileiros.
Rede de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil. Pablo de Regino Araújo Pinto, 1980, Santos, Fundou e dirige a empresa Terra da Luz Editorial e é
Núcleo Imagem Latente SP responsável pela publicação da obra de Chico Albu-
querque e José Albano, entre outros títulos dedica-
Nafoto – Núcleo dos Amigos da Fotografia O NiL – Núcleo Imagem Latente é um grupo forma- Pablo de Regino é responsável pela criação e organiza- dos à fotografia, história, memória, patrimônio cultu-
do por professores e fotógrafos que realizam exposi- ção da I Semana de Artes e Design, em Goiânia, GO, ral e natural.
Entidade criada em 1991 por fotógrafos, pesquisa- ções, eventos, cursos, palestras e outras atividades em 2002, na Universidade Federal de Goiás, trazendo
dores, críticos e curadores de São Paulo, o Nafoto – relacionadas à fotografia pinhole. Com sede em Belo palestras e oficinas sobre artes plásticas, fotografia e
Núcleo dos Amigos da Fotografia – promoveu vários Horizonte, MG, é organizado por Cleber Falieri, Tibé- design gráfico. É fundador e atual presidente da Asso- Paula Cinquetti, 1978, São Paulo, SP
eventos, como exposições, seminários, workshops, rio França, Luis Moraes Coelho e Alexandre Lopes. O ciação Cultural FotoGoyazes.
encontros e leituras de portifólio, ao longo de duas dé- grupo é responsável, em Belo Horizonte, por todos Paula Cinquetti trabalhou como assistente e produ-
cadas, comemorando vinte anos de atividade em julho os eventos de comemoração e celebração do Pinhole tora de cursos e projetos do fotógrafo Walter Firmo
de 2011, com exposição retrospectiva e publicação de Day – Dia Mundial da Fotografia Pinhole – que aconte- Patricia Gouvêa, 1973, Rio de Janeiro, RJ e foi assistente de Silvio Pinhatti, Clicio Barroso e
um catálogo raisonné de suas atividades. ce na cidade desde 2004. O NiL trabalha também com do fotógrafo norte americano David Alan Harvey.
Ainda em atividade, teve inicialmente caráter de projetos sociais e atividades lúdicas e de capacitação Patrícia Gouvêa é graduada pela Escola de Comu- Desde 2006, desenvolve projetos de organização
bienal, ocorrendo nos meses de maio em São Pau- para empresas, prefeituras de cidades do interior e es- nicação da Universidade Federal do Rio de Janei- de acervos fotográficos e realiza consultorias, cur-
lo, com o primeiro evento, o Mês Internacional da colas particulares. ro. É Especialista em Fotografia e Ciências Sociais sos e palestras sobre fluxo de trabalho digital. Em

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2009, lançou o projeto Offestival, com o intuito de Oficina Vendo o mundo pelo buraco da agulha. Foi – apresentações de processos criativos; Possibilida- Coordenou o núcleo de montagem e pesquisa de
buscar novos públicos para a fotografia, por meio curador associado do evento Corpo Imagem dos Ter- des do Ateliê Contemporâneo (2010) – palestras; Portfólio e exposições da galeria Collectors – São
da colagem de ensaios fotográficos nas ruas das reiros: experiência ritual, produção de presença, que Fotografia e Pensamento Artístico Contemporâneo: Paulo. Foi professor de fotografia da Panamericana
cidades-sede de festivais de fotografia. O Offestival fez parte do programa Cultura e Pensamento 2007, convergências, interrupções, deslocamentos (2008) de Artes – São Paulo e ministrou workshops em di-
já aconteceu em paralelo aos festivais FotoRio, SP do Ministério da Cultura. Em 2011, ministrou o curso – palestras. versas cidades brasileiras.
Photo Fest, Paraty em Foco, FestFotoPOA, New A Fotografia no Brasil: do descobrimento à fotografia
York Photo Festival e Mês da Fotografia de Brasília. moderna (1840-1945). Atualmente, trabalha como fo-
Desde 2009, coordena a área de fotografia do Se- tógrafo freelancer e ministra cursos particulares de Ricardo Borges Rodrigues, 1971, Campina Ricardo Lima, 1971, Assis, SP
nado Federal, onde desenvolveu a modernização do fotografia e também no Zarinha Centro de Cultura. Verde, MG
fluxo de trabalho e da atuação da Agência Senado, É co-fundador e presidente da Associação Paraibana Ricardo Lima é jornalista formado pela PUC-Campi-
trabalhando também como fotógrafa e editora de de Arte e Cultura (APAC). Fotógrafo profissional desde 2000, reside na cidade nas e atua, desde 1995, como repórter fotográfico.
fotografia. de Uberlândia, MG. É produtor cultural autônomo, Fez parte da diretoria da Associação dos Repórte-
realizador do Festival de Fotografia do Cerrado – Cer- res Fotográficos do Estado de São Paulo (Arfoc),
Photo Agência rado em Foco. Realizou o projeto Retrato da Realida- entre 2008 e 2010, e organizou, de 2007 a 2009, o
Paulo Cesar Amoreira, 1968, Fortaleza, CE de – Fotografia por todos os cantos, a exposição Na Seminário Imagem e Atualidade e a Semana Her-
Criada pelo fotógrafo Eraldo Peres, a Photo Agência África das Zonzuzelas de Eugenio Sávio e o proje- cule Florence. Em 2010, estes dois eventos torna-
Paulo Cesar Amoreira é coordenador de Cultura Di- tem sede em Brasilia, DF. É uma empresa de pres- to Grande Angular, intercâmbio entre fotógrafos de ram-se o Festival Hercule Florence de Fotografia.
gital do Centro Urbando de Arte, Cultura, Ciência e tação de serviços fotográficos, agenciamento de fo- Belo Horizonte e fotógrafos de Uberlândia. Lima começou sua carreira como fotógrafo publi-
Esporte – CUCA Che Guevara. Foi criador do Fórum tógrafos e desenvolvimento de projetos e produtos citário, mas mudou para o fotojornalismo, passan-
de Cultura Digital (fotografia – audiovisual – artes culturais. Atua no campo da fotografia documental, do a integrar a equipe da sucursal de Campinas,
integradas), do Fórum de Quadrinhos do Ceará e de- do fotojornalismo, do atendimento institucional, na Ricardo Hantzschel, 1964, São Paulo, SP SP, do jornal Folha de S.Paulo, posteriormente tra-
legado na Conferência Nacional de Cultura, na pré- elaboração e desenvolvimento de projetos culturais e balhando para outros periódicos de São Paulo e
-conferência setorial de arte digital, na Conferência na documentação da cultura popular e do patrimônio Ricardo Hantzschel é jornalista formado pela PUC- da região.
Estadual de Cultura do Ceará e na Conferência Mu- imaterial brasileiro. Desenvolve há mais de dez anos -SP e pós-graduado em Fotografia e Mídia pelo
nicipal de Cultura de Fortaleza, CE. Foi curador do o Projeto Festa Brasileira – Informação, formação e Senac-SP. É profissional há vinte e cinco anos e pro-
deVERcidade de 2005 a 2010. É fotógrafo e mem- divulgação da Cultura Popular Brasileira – onde sua fessor da faculdade de fotografia do Senac desde Rinaldo Morelli, 1966, São Paulo, SP
bro do conselho curatorial do Instituto da Fotografia, equipe de fotógrafos e jornalistas realizam atividades 2000. Desenvolve o projeto educacional em lingua-
IFOTO. de documentação fotográfica e audiovisual das fes- gem visual Cidade Invertida há cinco anos, com atu- Rinaldo Morelli é fotógrafo, professor e produtor
tas populares e folclóricas brasileiras. ação em entidades da periferia, faculdades, museus cultural. Mestre em Arte e Tecnologia pela Univer-
e eventos fotográficos. O projeto foi premiado em sidade de Brasília (UnB). Em 1987 participou da
Paulo José Rossi, 1965, São Paulo, SP 2006 pelo Programa de Ação Cultural do Governo produção da I Semana de Fotografia de Brasília,
Projeto Subsolo – Circulação de Arte do Estado, voltando a ser premiado em 2008 com realizada pelo. Em 1989, foi Subcoordenador de
Paulo José Rossi é graduado em Sociologia e Políti- a certificação de “Mérito Cultural” pela Secretaria Fotografia do II Festival Latino-Americano de Arte
ca pela Fundação Escola de Sociologia e Política de O Projeto Subsolo Circulação de Arte é uma produ- da Cultura do Estado de São Paulo, e novamente e Cultura (II FLAAC). Em 2008, foi um dos ideali-
São Paulo, tem pós-graduação, com mestrado em tora cultural com sede na cidade do Rio de Janeiro, reconhecido em 2010 por meio do Fundo Comgás zadores do projeto Por Que Eu Fotografo?, evento
Sociologia pelo programa de pós-graduação da Fa- RJ, criada em 2005 por Ana Angélica Costa, Janaina de patrocínio sociocultural. que procurou promover a reflexão sobre e fotogra-
culdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Garcia e Roberta Macedo. A empresa elabora e re- fia e levar exposições fotográficas para as ruas de
USP e graduação em Estudos Sociais pelo CIEDEL aliza projetos com foco na arte contemporânea. As Brasília. Em 2009 foi um dos fundadores e primeiro
– Centre International d’Études pour le Dévèloppe- atividades do núcleo são desenvolvidas a fim de inte- Ricardo Junqueira, 1965, Brasília, DF presidente da Associação de Fotógrafos de Brasília
ment Local, Université Catholique de Lyon, França. grar e articular diferentes públicos, a partir da circu- (Afoto). Atualmente é repórter-fotográfico da Câma-
Trabalha com fotografia há vinte anos, primeiro se lação da arte, por meio de ações como seminários, Formado em Comunicação Social pelo Centro de ra Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
dedicando à fotorreportagem e depois ao ensino da exposições, intervenções, intercâmbios, residências, Ensino Unificado de Brasília (CEUB). Realizador e
fotografia. Como professor, lecionou nos cursos li- publicações, experimentação de novas mídias e su- curador da mostra “Coletivo Potiguar”, exposição
vres de fotografia do Senac-SP e, na mesma insti- portes, pesquisa e curadoria, sempre tendo em vista coletiva que pretendia mostrar um pouco da produ- Roberto Henrique da Silva, 1965, Petrolina,
tuição, no curso de Bacharelado em Fotografia. Em o trabalho em parceria e as possibilidades de des- ção fotográfica autoral no estado do Rio Grande do PE
2010, participou do programa de Oficinas Culturais da dobramento educativo. Alguns projetos realizados: Norte. Este projeto circulou pelas unidades da Caixa
Funjope, Prefeitura de João Pessoa; foi coordenador Regina Alvarez: experiência fotossensível (2011) – ex- Cultural de São Paulo, Brasília e Rio de Janero. Em Roberto Henrique da Silva realiza oficinas de foto-
e curador da exposição Variações do Feminino: bas- posição, oficinas, catálogo e conservação de acervo; novembro de 2010 realizou a I Semana Potiguar de grafia com jovens da cidade de Petrolina, PE, desde
tidores do universo trans, idealizou o projeto social Pesquisas Artísticas Presentes (edições 2011 e 2008) Fotografia com palestras, workshops e exposições. 2003, durante a comemoração do dia da consciência

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negra e, em outros momentos, com entidades que de Fotografia destinada exclusivamente à fotografia Trotamundos Coletivo culturais relacionados à fotografia, apoiados nas leis
querem realizar oficinas com seu público. Exibe as nacional. A empresa, por meio desses eventos, vem de incentivo Municipal, Estadual e Federal. A WA Ima-
fotos feitas durante o evento, em um varal no centro promovendo o mercado de arte brasileiro – em es- O Trotamundos Coletivo foi criado em 2009, na cida- gem foi criada pelo fotógrafo Wagner de Araújo e é
da cidade, para que a população possa ver o resulta- pecial fomentando significativamente o de fotografia de de Aracaju, SE, por Alejandro Zambrana, Ana Lira, responsável pelo Prêmio Goiás de Fotografia.
do das oficinas e entender melhor o pensamento dos – o desenvolvimento da cultura no país, integrando Danilo Bandeira, Marcelinho Hora e Zak Moreira. O
jovens da periferia. produtores e colecionadores, brasileiros e estrangei- Coletivo atua nas áreas de produção fotográfica, es-
ros. De caráter internacional, atende em média 100 tudo de linguagem, formação e discussão crítica no Walfrido (Frido) Claudino, 1981, João
mil pessoas por ano. estado de Sergipe, por meio do trabalho com ensaios, Pessoa, PB
Rodrigo Augusto Soares, 1975, Santo André, reportagens fotográficas, coberturas, oficinas e rodas
SP de discussão. É responsável pelos projetos Quem faz Frido Claudino trabalha com a fotografia documen-
Terra Vermelha Cultural a Foto? 2009 e 2010, e Conversando Fotografia. tal brasileira. Baseado em João Pessoa, PB, vem se
Atua como fotógrafo desde 2002 e como produtor dedicando a pesquisas sobre cultura, manifestações
cultural independente. Dirige o jornal impresso e o A Terra Vermelha Cultural, com sede em Brasilia, DF, é populares, expressões religiosas e estilos de vida.
site Portal Rio Casca Online, na cidade de Rio Cas- uma organização civil de natureza cultural. E tem como WA Imagem Fotografia e Produção Cultural Graduado em Ciências Sociais, desenvolve pesquisas
ca, MG. É promotor de shows musicais e eventos finalidade a defesa do patrimônio historico, artistíco, Ltda. pesquisa em Antropologia Visual e pesquisa teórica
culturais de outras naturezas. Realiza eventos de documental, fotográfico, científico, social, espiritual e sobre fotografia, imagem, política e cultura. Junto ao
fotografia, buscando soluções para conseguir re- ecológico do Brasil. A TVC promove a inclusão social A WA Imagem – Agência de Fotografia e Produção Fórum da Fotografia Paraibana, trabalha na organiza-
levância nos projetos abrangidos por ela em sua pelo ensino de técnicas fotográficas para crianças, jo- Cultural é uma empresa baseada em Goiânia, GO. ção do movimento cultural na área de fotografia e na
região. vens e adultos da população carente. Iniciou suas atividades em 1994. Atua no mercado construção de políticas públicas voltadas para o de-
de serviços fotográficos e elabora também projetos senvolvimento das artes visuais e da fotografia.

Sergio Burgi, 1958, São Paulo, SP Tiago Santana, 1966, Crato, CE

Sergio Burgi é graduado pela Escola Politécnica da O fotógrafo Tiago Santana atua desde 1989 como
Universidade de São Paulo e em Ciências Sociais profissional, desenvolvendo ensaios fotográficos pelo
pela mesma universidade. Fez mestrado em Con- Brasil. É fundador da Editora Tempo d’Imagem (1994),
servação Fotográfica da School of Photographic onde atualmente desenvolve projetos editoriais e tam-
Arts and Sciences, Rochester Institute of Techno- bém curador do IFOTO (Instituto da Fotografia) em
logy, NY, EUA, onde obteve, em 1984, os diplomas Fortaleza, Ceará, Brasil, onde é o coordenador do en-
de Master of Fine Arts in Photography e Associate contro de Fotografia deVERcidade. Publicou os livros
in Photographic Science, ambos com trabalhos es- O chão de Graciliano, Patativa do Assaré e Benditos,
pecíficos na área de conservação fotográfica. Foi pela Tempo D’Imagem. É um dos dois brasileiros a fa-
coordenador do Centro de Conservação e Preser- zer parte da coleção francesa de livros de fotografia
vação Fotográfica da Funarte, no Rio de Janeiro, Photo Poche.
entre 1984 e 1991. É membro do Grupo de Preser-
vação Fotográfica do Comitê de Conservação do
Conselho Internacional de Museus (Icom) e, desde Titus Benedikt Riedl, 1966, Marburg,
1999, coordena a área de fotografia e a Reserva Alemanha
Técnica Fotográfica do Instituto Moreira Salles
(IMS), principal instituição voltada para a guarda e Professor universitário no estado do Ceará, Titus Be-
preservação de acervos fotográficos no Brasil. nedikt Riedl reside em Crato, CE, e desenvolve pes-
quisas em torno da fotografia vernacular do Brasil,
com ênfase na fotopintura e na fotografia Lambe-
SP Foto Arte Eventos Culturais Ltda. -Lambe. Atua na região Nordeste do país e realizou
os Encontros de Fotografia Popular (2005 e 2008),
Empresa de produção cultural criada em 2005, por além de uma série de exposições sobre fotopintura.
Fernanda Feitosa, com sede na cidade de São Paulo. Os destaques do seu acervo são as fotopinturas,
É realizadora dos eventos SP Arte / Feira Internacio- contendo mais de cinco mil originais e um pequeno
nal de Arte de São Paulo e o SP-Arte / Foto, Feira acervo de fotografia vernacular.

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organização sem fins lucrativos que busca divulgar, gratuita nos eventos promovidas e produzidos pela

III
ASSOCIAÇÕES DE CLASSE E FOTOCLUBES
normatizar, defender e fomentar a atividade de fo-
tografia de natureza no Brasil, como ferramenta de
conservação e preservação ambiental e cultural. A
Afnatura defende a liberdade de criação fotográfica
como o princípio maior da identidade cultural bra-
Fototech. Também promove parceiras como a par-
ticipação no Festival Internacional de Fotografia
Paraty em Foco.

sileira na formação de elo com a natureza. Gerida Associação Profissional dos Repórteres
As primeiras associações fotográficas que conhecemos, os fotoclubes, exercem até hoje importante papel dis- por Diretoria e Conselho Consultivo, pauta-se em Fotográficos e Cinematográficos –
seminador da fotografia para o grande público. Aqui é possível encontrar e saber quantos são os fotoclubes e as ações voluntárias e produções culturais com a par- Arfoc Rio
associações de classe espalhados pelas cinco regiões do país. ticipação ativa de fotógrafos conhecidos da área,
em todo o Brasil, sem distinção entre profissionais A Associação Profissional dos Repórteres Foto-
e amadores. gráficos e Cinematográficos (Arfoc) foi criada em
Atualmente sua Diretoria é formada por: Gusta- 1946, no Rio de Janeiro, RJ, por fotojornalistas.
vo Pedro (presidente), José Caldas (diretor de foto- Por decreto nº1229, de 09/10/1962, passou a ser
grafia), João Quental (diretor de relações públicas), uma associação profissional. Hoje, a Arfoc é uma
Ricardo Siqueira (diretor de projetos e fiscalização); associação profissional e cultural sem caráter po-
e seu Conselho Superior: Fábio Colombini, Haroldo lítico-partidário e sem fins lucrativos. Seu objeti-
Palo Jr., Lena Trindade, Luis Claudio Marigo, Mo- vo é incentivar, aperfeiçoar, valorizar e defender a
nique Cabral, Silvestre Silva e Zig Koch. Entre os profissão fotojornalística. A Arfoc organiza exposi-
associados: Luciano Candisani, Adriano Gambarini, ções, seminários e congressos, além de oferecer
1. ASSOCIAÇÕES DE CLASSE Associação Cultural FotoGoyazes Marco Terranova, Leonide Principe, Roberto Linsker, convênios, credenciamento de jogos de futebol e
Roberto Ripper, Walter Firmo, Sebastião Salgado e orientação sobre direito autoral. Nos anos seguin-
Aqui se concentram as associações formais de fotó - Associação criada em janeiro de 2011 em Goiânia, GO, muitos outros. tes, foram criadas as Arfoc em outros estados,
grafos, que exercem papel de mediação entre o poder por Pablo de Regino. Reúne fotógrafos profissionais como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do
público e os profissionais da área, ou que atuam como com o objetivo de promover a fotografia no estado por Sul. Algumas tiveram continuidade, outras encer-
realizadores de produtos, como forma de suprir algum meio de reuniões mensais. Executou em março de Associação de Fotógrafos Fototech raram suas atividades temporariamente. O atual
tipo de carência no campo cultural fotográfico. 2011 uma ação social durante o Dia do Bem, fotogra- presidente da Arfoc do Rio de Janeiro é o fotógrafo
fando e entregando fotografias à comunidade caren- Criada em 2006 pelos fotógrafos Clicio Barroso Fi- Alberto Elias Jacob.
te de Terezópolis de Goiás. Atualmente, a associação lho, Renate Hartfiel e Bruno Zanardo, tem sua sede
Aphoto – Associação Potiguar de Fotografia conta com 60 membros, e organiza curadoria de algu- na cidade de Santo André, SP. De caráter nacional,
mas exposições, além de divulgação de eventos. seu presidente atual é o fotógrafo Clício Barroso. A Associação Profissional dos Repórteres
Associação com sede na cidade de Natal, RN, Fototech surgiu de uma lista de discussão na inter- Fotográficos e Cinematográficos –
procura sensibilizar órgãos, entidades e a opinião net sobre técnicas fotográficas, formada por Clicio Arfoc SP
pública sobre a importância cultural e econômica Associação de Fotógrafos de Brasília – Afoto Barroso Filho, em 1998, aberta para convidados e
da fotografia no estado, buscando representativi- indicados. Quando alcançou quase mil membros, A Associação Profissional dos Repórteres Fotográ-
dade da fotografia potiguar. A Aphoto é originária Criada em 28 de março de 2009, como fruto de um pro- a associação foi oficializada, com pouco mais de ficos e Cinematográficos (Arfoc) de São Paulo foi
da Apofoto, primeira fase da associação, criada em cesso de aglutinação de fotógrafos iniciado com o pro- sessenta associados com interesses comuns: o criada por fotojornalistas paulistas em 1995, em São
2003, seguindo os fundamentos básicos do Foto jeto Por Que Eu Fotografo?. A proposta da associação é empenho pela moralização do ofício do fotógrafo, Paulo, SP, cujos estatutos foram alterados em 1996 e
Cine Clube Bandeirante, de São Paulo. Adrovando investir na produção de eventos de fotografia, que valo- o fomento e estímulo à fotografia como produto 2008. Seu atual presidente é o fotógrafo Paulo Whi-
Claro foi eleito presidente nessa primeira fase e, rizem os fotógrafos e a fotografia em Brasília, trazendo cultural, a criação e manutenção de um merca- taker, e sua sede funciona no Sindicato dos Jorna-
em outubro de 2006, a Apofoto se transformou em à discussão questões como a regulamentação da pro- do digno para a negociação, compra e venda de listas do Estado de São Paulo, na capital paulista. É
Aphoto, sendo reinaugurada em setembro, propon- fissão, direitos autorais dos fotógrafos, entre outros. fotografias. Hoje, atende cerca de quatrocentas uma associação profissional e civil. Hoje a Associa-
do sua reformulação quanto à estrutura para aten- pessoas, promovendo encontros periódicos para ção Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cine-
dimento dos associados. Uma nova composição foi troca de informações, como o Simpósio Fototech matográficos (Arfoc) é uma associação profissional e
eleita determinando como presidente Alex Gurgel. Associação de Fotógrafos de Natureza – workshops, congressos e palestras, divulgação e cultural de caráter político-partidário e sem fins lucra-
A associação promove oficinas, cursos, passeios Afnatura exposição dos trabalhos fotográficos produzidos tivos. Seu objetivo é incentivar, aperfeiçoar, valorizar
fotográficos, mostras coletivas, palestras e inter- pelos associados, que têm, dentre outros benefí- e defender a profissão fotojornalística. A Arfoc orga-
câmbio fotográfico com profissionais de outros es- A Associação dos Fotógrafos de Natureza, Afna- cios: integrar a Confoto, descontos em produtos niza exposições, seminários e congressos, além de
tados e países. tura, foi criada em 19 de agosto de 2009. É uma e serviços com as parcerias firmadas, participação oferecer convênios, credenciamento de jogos de fu-

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tebol e orientação sobre direito autoral. Desde 1946, Grupo Luminous de Fotografia, filiado à entidade. de suas ações, contando com cerca de 140 membros União dos Fotógrafos de Brasília
foram criadas Arfoc em outros estados, como no Rio Segundo seu diretor, a Confoto é a única entidade que mantêm pela internet um grupo de discussão para
de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Algu- brasileira que vem apoiando os fotoclubes desde a tratar de suas ações. A coordenação é de Tibério França. A União dos Fotógrafos de Brasília foi fundada em
mas tiveram continuidade, outras encerraram suas data da sua fundação. Atualmente, conta com 3.000 1978, no contexto de reestruturação da sociedade ci-
atividades temporariamente. associados, biblioteca e obras fotográficas doadas vil, que marcou a transição entre os dois últimos go-
pelos associados. Foto Cine Clube Bandeirante vernos do regime militar. Em sintonia com esse mo-
vimento, os repórteres-fotográficos levavam adiante
Coletivo Gota de Luz Criado em abril de 1939, ainda com o nome de Foto um amplo debate sobre os direitos autorais e as
Fórum da Fotografia – Ceará Clube Bandeirante, uma denominação sugerida, se- novas regras de trabalho. A primeira diretoria (1978
O Coletivo Gota de Luz é um grupo de educadores gundo alguns, por José Donati e inspirada nos antigos – 80) foi composta por Salomon Cytrynowicz (pre-
formado em 2006, durante uma oficina realizada O Fórum da Fotografia-Ceará (Fórumfoto-CE) que acon- desbravadores do Brasil, numa analogia ao ainda inós- sidente), Zeca Pinheiro Guimarães (vice-presidente),
no deVERcidade. Em parceria com a prefeitura de tece em Fortaleza, CE, foi criado em março de 2011. É pito caminho a ser seguido pela fotografia. A ideia sur- Marcio Barros, Eliane Motta, Antônio Pinheiro, Mil-
Fortaleza, CE. Nas atividades do grupo, são utiliza- um órgão colegiado que tem como objetivo promover giu de um grupo de aficionados que se reuniam na loja ton Guran, Rolnan Pimenta, Nelson Penteado, Luis
das máquinas confeccionadas artesanalmente com a união e a articulação dos produtores de fotografia do Photo Dominadora, na rua São Bento, centro histórico Humberto, Kin-Ir-Sem Pires Leal, Juvenal Pereira,
caixas de fósforo (fosfoto), lata, tubos de filme ou estado do Ceará, bem como a interlocução entre a so- de São Paulo. Um dos frequentadores, José Medina, Luiza Venturelli, Jamil Bittar, Deobri Santos, Claudio
qualquer outro recipiente que possa ser convertido ciedade civil e as diversas esferas de governo, tendo em mantinha um programa de rádio diário, o “Instantâne- Alves, Breyner Júnior. A Assembleia deliberou, por
em câmera. Fátima Alves é a coordenadora e os vista a participação democrática para o desenvolvimento os no ar” e seu primeiro presidente foi Alfredo Pen- unanimidade, considerar como sócios-fundadores
membros são Zaneir Gonçalves, Emanuel Brandsma e o fomento de atividades culturais ligadas ao setor. teado Filho. A primeira sede ficava no 22º andar do Marcos Santilli e José Varella.
e David Brandsma. Edifício Martinelli, no centro da cidade.
Em julho do mesmo ano, realizara a primeira ex-
Fórum da Fotografia Paraibana cursão fotográfica e o primeiro concurso interno com União dos Fotógrafos de São Paulo
Comissão Setorial da Fotografia PE fotos do passeio. Em 1940 a sede foi transferida para
O Fórum da Fotografia Paraibana foi criado em 2009, a rua São Bento, em cujo prédio ficava a loja Fotop- A União dos Fotógrafos de São Paulo teve sede em
A Comissão Setorial da Fotografia, com sede em Re- e acontece na cidade de João Pessoa, PB. É uma reu- tica, de Desidério Farkas, pai do fotógrafo Thomaz São Paulo, SP, e foi criada por fotógrafos no final de
cife, PE, foi inicialmente criada para servir de canal de nião e mobilização de iniciativas pessoais e coletivas Farkas. O primeiro Salão Paulista de Arte Fotográfica 1979, tornando-se uma entidade no início de 1980.
diálogo entre o setor da fotografia e a Fundação do de profissionais e agentes culturais da fotografia, vol- data de 1942 e, em 1945, o nome mudou para o atual Além das atividades em prol da regulamentação da
Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fun- tadas para a criação de políticas públicas, com foco no Foto Cine Clube Bandeirante. Entre os grandes fo- profissão, a União promoveu atividades de apoio cul-
darpe). A Comissão Setorial ampliou seu objetivo para desenvolvimento da área. tógrafos, hoje considerados “modernistas” que pas- tural e publicou um periódico de suas atividades em
ser um canal com todo o setor público, envolvendo as saram pelo clube destacam-se: Eduardo Salvatore, formato newsletter. Desde a sua fundação, realizou
esferas do município e do estado. José Yalenti, Gaspar Gasparian, Benedito J.Duarte, diversas exposições, workshops, encontros fotográfi-
Fórum Mineiro de Fotografia Autoral Thomaz Farkas, Gertrudes Altschull, Geraldo de Bar- cos, palestras e o evento, como a Semana Paulista de
ros, Rubens Scavone, Ademar Manarini, José Reis e Fotografia. Em 1983, a União criou o espaço Foto Atu-
Confoto – Confederação Brasileira de O Fórum Mineiro de Fotografia Autoral é sediado em German Lorca. ação, no Centro Cultural São Paulo, onde se realizaram
Fotografia Belo Horizonte, MG, reunindo fotógrafos profissionais, O Bandeirante, filiado à Confederação Brasileira encontros e mostras.
amadores, impressores, curadores, editores, críticos, de Fotografia, Confoto, hoje promove cursos, pales- Em 1985, promoveu um debate sobre as orga-
A Confederação Brasileira de Fotografia, Confoto, professores, empresários, estudantes e entidades como tras e workshops. Em sua sede dispõe de estúdio, la- nizações dos fotógrafos profissionais de São Paulo
com sede em São Paulo, SP, é uma entidade criada a Fototech MG e o FotoClube BH. A finalidade é discu- boratório fotográfico e estações digitais, que atendem e a regulamentação da profissão, com participação
em 1958 por diversos fotoclubes de diferentes regi- tir, propor e gerenciar ações que promovam o desenvol- associados de todas as idades. Seu presidente atual é da Abrafoto, Seafesp, Sindicato dos Jornalistas (Co-
ões do Brasil. Tem como objetivo congregar fotoclu- vimento da arte fotográfica em Minas Gerais, atuando José Luiz Pedro, e a sede da entidade está localizada missão de Fotógrafos), contando com a participa-
bes associados, promovendo troca de experiências como representação da sociedade civil organizada, pe- na rua Augusta, 1108, centro da cidade de São Paulo. ção do então deputado Márcio Santilli. Em 1986, A
entre os associados, dando suporte para a realiza- rante orgãos públicos e privados de fomento a produção União realizarou o Projeto Nossa Gente, com expo-
ção de Bienais e Salões de fotografia de arte, como e divulgação cultural. A ideia do Fórum surgiu de uma sição na Foto Galeria Metro-Curt. Em 1988, a União
as Bienais de Arte Fotográfica em Preto e Branco mobilização de fotógrafos locais junto ao governo do Rede Amazônia de Fotografia foi responsável pela criação do Núcleo Permanente
– Bienais Monocromáticas, realizadas desde 1960; Estado, para a restituição da sede do Instituto Moreira de Linguagem Fotográfica. Em 1991, organizou o
a Bienal de Arte Fotográfica Natureza em Cores Salles, importante espaço cultural que trazia exposições Teve seu primeiro encontro em outubro de 2010, du- evento Revele o Tietê que você vê – Expedição cívi-
(2008, 2011); e as Bienais de Arte Fotográfica Co- de fotografia à cidade. Dessa atitude surgiu uma parceria rante o festival Manaus Bem na Foto. É uma rede que ca, ecológica e fotográfica ao Rio Tietê. Na direção
res, realizadas desde 1979. Seu atual presidente é entre a Fundação Clovis Salgado e o IMS, que resultou visa à discussão de políticas públicas e intercâmbios da entidade estiveram os fotógrafos Roberto Ceca-
Sidney Sault e seu Diretor Administrativo é Ourival- na criação do Centro de Arte Contemporânea e Fotogra- para a fotografia do Norte do país, contando com a to, Ricardo Malta, André Boccato e Iatã Cannabrava
do Barbosa do Valle, que também é presidente do fia. O Fórum promove reuniões esporádicas para tratar presença de fotógrafos dos estados da região. (de 1989 a 1994).

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2. FOTOCLUBES E BIENAIS Foto Cine Clube Coelho Neto (Coelho Neto, MA) Guaíba Foto Clube (Guaíba, RS) primeira edição da Bienal Brasileira de Arte Fotográfi-
Foto Cine Clube Gaúcho (Porto Alegre, RS) Ibituruna Photo Clube (Governador Valadares, MG) ca em Cores aconteceu em 1979 e foi realizada pelo
De maneira geral, um fotoclube é uma associação Foto Clube “A Flor da Pele” (São Paulo, SP) Iris Foto Grupo (São Carlos, SP) CFFNVR – Volta Redonda. Em seguida: 1981, Nova
que reúne fotógrafos com o objetivo de difundir a Foto Clube ABCClick (São Caetano do Sul, SP) Join Fotoclube (Joinville, SC) Friburgo, RJ; 1983, Paraná; 1985, Vila Velha, PR; 1987,
arte fotográfica e apoiar seu crescimento entre os Foto Clube Aracoara (Araraquara, SP) Ladrões de Alma (Brasília, DF) Santos, SP; 1989, Porto Alegre, RS; 1991, Londrina,
seus associados e a comunidade em geral. Parti- Foto Clube Barra Velha (Barra Velha, SC) Leme Fotoclube (Leme, SP) PR; 1993, Porto Alegre, RS; 1995, Niteroi, RJ; 1997,
cipam amadores e profissionais que se dedicam à Foto Clube Brusque (Brusque, SC) Mandacaru Foto Clube-PE (Recife, PE) São Paulo, SP; 2000, Niterói, RJ; 2001, Rio de Janei-
fotografia. São realizadas diversas atividades, como Foto Clube Câmera & Luz (São José dos Campos, SP) Natividade Fotoclube (Natividadel, RJ) ro, RJ; 2003, São Paulo, SP; 2005, Ribeirão Preto, SP;
cursos, palestras, workshops, saídas, exposições, Foto Clube Cataratas do Iguaçu (Foz do Iguaçu, PR) Núcleo de Fotografia de Campinas (Campinas, SP) 2007, Salvador, BA; 2009, Ribeirão Preto, SP.
encontros, varais fotográficos, dentre outros. São Foto Clube de Londrina (Londrina, PR) Paralelo 30 Fotoclube (Porto Alegre, RS)
também os fotoclubes que produzem os Salões Foto Clube de Santa Catarina (Indaial, SC) Photos&Focus (Recife, PE)
Nacionais de Arte Fotográfica, que muitas vezes se Foto Clube do Jaú (Jaú, SP) PIUM Fotoclube (Rio Branco, AC) Bienais de Arte Fotográfica da Natureza
desdobram em outros salões temáticos, como o Sa- Foto Clube Espírito Santo (Vitória, ES) Poesia do Olhar Clube de Fotografia (São Luís, MA) em Cores
lão Nacional de Auto Retrato. Foto Clube Foto&Companhia (Fortaleza, CE) Porolhos (Ipatinga, MG)
Com poucas exceções, a grande maioria dos fo- Foto Clube Gaspar (Gaspar, SC) Salvador Fotoclube (Salvador, BA) As Bienais de Arte Fotográfica da Natureza em Cores
toclubes, aqui citados, é filiada à Confoto. Alguns Foto Clube Guarujá (Guarujá, SP) Sampa Foto Clube (São Paulo, SP) foram organizadas pelos fotoclubes locais (em algumas
fotoclubes foram citados anteriormente em Asso- Foto Clube Itajubá (Itajubá, MG) Sinos Foto Clube (São Leopoldo, RS) cidades podem ser dois ou três), filiados à Confeder-
ciação de Classe porque exercem um papel diferen- Foto Clube Jaraguá do Sul (Jaraguá do Sul, SC) Sociedade Fluminense de Fotografia (Rio de ação Brasileira de Fotografia – Confoto. Reúnem em
ciado. Suas atividades vão além do que um fotoclu- Foto Clube Maringá (Maringá, PR) Janeiro, RJ) suas edições trabalhos de seus associados, que re-
be geralmente se propõe. Foto Clube Piracicaba (Piracicaba, SP) Sociedade Fotográfica de Nova Friburgo (Nova cebem premiações, por meio de um corpo de jurados
Fotoclube BH (Belo Horizonte, MG) Friburgo, RJ) especialmente convocado para a ocasião. A primeira
Afocar – Associação Fotográfica e Cultural de Angra Fotoclube Câmera55 (Campinas, SP) Sociedade Petropolitana de Fotografia (Petrópolis, RJ) ocorreu em 2008, na cidade de Ribeirão Preto, SP, e, a
dos Reis (Angra dos Reis, RJ) Fotoclube Campinas (Campinas, SP) Sul Foto Clube (Porto Alegre, RS) segunda, na mesma cidade em setembro de 2011.
Amazônia Foto Clube (Belém, PA) Fotoclube Cultura Mogi (Mogi Guaçu, SP) Visão Photo & Cine Clube de Caxias do Sul (Caxias
Associação Brasileira de Arte Fotográfica – ABAF Fotoclube Jequitibá (Campinas, SP) do Sul, RS)
(Rio de Janeiro, RJ) Fotoclube Lentes da Amazônia (Manaus, AM) Salões Nacionais de Arte Fotográfica
Associação dos Fotógrafos do Estado do Maranhão Fotoclube Olhares do Vale (Lajeado, RS)
– Afema (Paço do Lumiar, MA) Foto Clube Olho Vivo (Jaboticabal, SP) Bienais de Arte Fotográfica Cores Os Salões de Arte Fotográfica acontecem anualmente
Associação Fotográfica da Região de Canoinhas – Foto Clube Paraná (Curitiba, PR) e são realizados por diferentes fotoclubes espalhados
Afoca (Canoinhas, SC) Foto Clube Pouso Alegre (Pouso Alegre, MG) As Bienais de Arte Fotográfica Cores são organizadas pelo Brasil, em parceria com a Confederação Bra-
Bauhaus Cine Foto Clube (Ribeirão Preto, SP) Foto Clube Rio Preto e Branco (São José do Rio em todos os anos ímpares pelos fotoclubes locais (em sileira de Fotografia (Confoto). O objetivo principal é
Candango Fotoclube de Brasília (Brasília, DF) Preto, SP) algumas cidades podem ser dois ou três), filiados à apresentar e divulgar os trabalhos de fotógrafos de
Cine Foto Clube de Ribeirão Preto (Ribeirão Preto, SP) Foto Clube de Uberlândia (Uberlândia, MG) Confederação Brasileira de Fotografia – Confoto. Reú- todo Brasil, por meio dos fotoclubes afiliados à Confo-
Clube Atibaiense de Fotografia (Atibaia, SP) Fotoclube Massuo Aoki (Presidente Prudente, SP) nem em suas edições trabalhos de seus associados, to. Têm caráter exclusivamente cultural, sem qualquer
Clube da Foto (Vitória, ES) Fotoclube Passos (Passos, MG) que recebem premiações, por meio de um corpo de modalidade de sorteio ou pagamento e as inscrições
Clube da Imagem Fotográfica da Região do Alto Fotoclube Payayá (Jacobina, BA) jurados, especialmente convocado para a ocasião. A são abertas em todo o território nacional.
Tietê (Mogi das Cruzes, SP) Fotoclube Roraima (Boa Vista, RO)
Clube da Objetiva (Goiânia, GO) Fotoclube Tempo B (Porto Alegre, RS)
Clube de Fotografia Gerson Bullos (Feira de FotoRJ Clube de Fotografia (Rio de Janeiro, RJ)
Santana, BA) Fotossíntese Foto Cine Vídeo Clube (Governador
Clube de Fotografia Cianorte (Cianorte, PR) Valadares, MG)
Clube do Fotógrafo de Caxias do Sul (Caxias do Sul, RS) Grupo Amigos da Fotografia de Ribeirão Preto
Clube Foto Amigos de Santos (Santos, SP) (Ribeirão Preto, SP)
Clube Foto Filatélico e Numismático de Volta Grupo Câmara Escura (Recife, PE)
Redonda (Volta Redonda, RJ) Grupo de discussão FotoPE (Recife, PE)
Coletivo Morena Foto (Campo Grande, MS) Grupo Luminous de Fotografia (São Paulo, SP)
Confraria Fotográfica (Salvador, BA) Grupo Imagem – Núcleo de Fotografia (Sorocaba, SP)
Feira Foto Clube (Feira de Santana, BA) Grupo Olhares Fotoclube de Votorantim
Foto Cine Clube do ABC (Santo André, SP) (Votorantim, SP)

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no, para atendimento aos fotógrafos e participantes Em 1991, a fotógrafa Lily Sverner deixa a socieda-

IV
GALERIAS ESPECIALIZADAS EM FOTOGRAFIA
dos eventos, e uma sala para exposições, além de um
arquivo para as obras do Acervo Porto Seguro. O espa-
ço promove também visitas monitoradas de escolas e
publica um mini catálogo com imagens.
de na Galeria Collector’s e André Bocatto se associa ao
colecionador e empresário Clifford (Cliff) Li. Continua
funcionando na sede da rua Normândia, no Brooklin ve-
lho, e depois no Itaim, já com outro nome Collector’s
Photograllery, até que a galeria, definitivamente, é ad-
ministrada apenas por Li. Hoje, André Boccato abando-
As primeiras galerias especializadas em fotografia surgiram no final da década de 1970. Photo Galeria, Fotoptica Galeria Álbum* nou a fotografia é um renomado chef de cozinha. Teve
e Álbum são as pioneiras no fenômeno que continua em ascensão no Brasil. Algumas das galerias aqui citadas suas atividades interrompidas em 1997.
não trabalham exclusivamente com fotografia, mas figuram neste catálogo por sua grande contribuição na A Galeria Álbum, com sede em São Paulo, SP, foi cria-
difusão da arte fotográfica. da e dirigida pelos fotógrafos Zé de Boni e Janine De-
cot, em 1980. Além de galeria, foi um espaço para Galeria da Gávea
palestras, cursos, biblioteca, livraria, acervo, estúdio e
laboratório. Abrigou reuniões da União dos Fotógrafos A Galeria da Gávea, com sede no Rio de Janeiro, RJ, é
do Estado de São Paulo. O período ativo se estendeu um espaço permanente de exibição, produção e ven-
até o segundo semestre de 1982. A galeria promo- da de fotografias. A Galeria realiza quatro mostras por
veu exposições importantes como a retrospectiva da ano. O acervo do espaço tem imagens que seguem
Agência F4 e também teve participação no exterior, os padrões internacionais, são numeradas em tiragens
no Les Recontres D’Arles, em 1982. Em sua curta du- limitadas, têm certificado de autenticidade, assinatura
ração, publicou também um newsletter, distribuido e acondicionamento apropriado. A Galeria da Gávea foi
Arte Plural Galeria Gisele Camargo, Marina Marchetti, Patrícia Thompson gratuitamente, informando aos assinantes seus even- criada em 2009 e é coordenada pelos sócios Bruno Vei-
e Tinko Czetwertynski. tos e publicações disponíveis em sua livraria, uma das ga, Isabel Amado, Ricardo Fasanello e Ana Stewart.
A Arte Plural Galeria tem sede em Recife, PE, e foi primeiras especializas em fotografia no Brasil.
criada em 2005 por Fernando Neves e Luciana Carva-
lho. Tem o propósito de incentivar a formação de um Bolsa de Arte de Porto Alegre Galeria da Rua
pólo de produção, exposição e discussão de arte. Na Galeria CMafra
área da fotografia, realiza eventos que propiciam a va- A Bolsa de Arte é uma galeria com sede em Porto A Galeria da Rua, com sede em São Paulo, SP, é especia-
lorização do segmento e o aperfeiçoamento de técni- Alegre, RS, criada em 1980 por Marga Pasquali e Egon A Galeria CMafra foi criada em 2009, por Cícero Al- lizada em fotografia. Criada em março de 2011 pela cura-
cas fotográficas, por meio da realização de exposições Kroeff Neto, atuais diretores. A galeria representa ar- berto Mafra, e tem sede em Belo Horizonte, MG. É dora Isabel Amado, e pelos empresários Marcos Amaro
de trabalhos de novos e já consagrados fotógrafos. tistas e nomes importantes da fotografia gaúca, assim um espaço cultural com quase 500 m2, onde além do e Bruno Rizzo, os dois últimos, respectivamente, presi-
Promove grupos de estudo e workshops, ministrados como da fotografia brasileira, realizando exposições e espaço expositivo, tem estúdio fotográfico, biblioteca dente e diretor do Instituto Brasis, à qual o espaço é vin-
por importantes nomes da fotografia. Promove, ainda, na participação ativa em feiras de arte no Brasil e no e uma loja. É totalmente voltado para a arte, dedicada culado. É um espaço dedicado a exposições fotográficas
palestras para o debate de ideias e experiências nesse exterior. Em 2011, a galeria mudou-se para uma nova a produzir e expor fotografias dentro dos padrões in- de fotógrafos consagrados e dos fotógrafos oriundos do
setor, como o Terças-Foto, com 27 edições realizadas, sede, ampliando seu espaço para, aproximadamente, ternacionais de qualidade. Seu objetivo é atender aos Projeto Trecho 2.8 – Criação e Pesquisa em Fotografia,
e intercâmbio entre fotógrafos de diversos estados 500 m2, e possui um pequeno acervo. Alguns fotó- clientes e profissionais de arquitetura e decoração, desenvolvido pelo Instituo Brasis, a cada 3 meses.
brasileiros, por meio do projeto PE Convida, com cura- grafos que representa são: Leopoldo Plentz, Clóvis fornecendo também banco de imagens fine art. O es-
doria de Simonetta Persichetti. Além do espaço da ga- Dariano, Eneida Serrano, Denise Gadelha, Luiz Carlos paço já acolheu exposições como Heads e Kalei, do
leria, possui uma pequena biblioteca, acervo de obras Felizardo, Mario Cravo Neto, Vera Chaves Barcellos. fotógrafo Cícero Mafra. Galeria de Babel
e um espaço destinado á impressão fine art.
A Galeria de Babel, criada em 1999, por Jully Fernandes,
Espaço Cultural Porto Seguro Galeria Collector’s / Li & Bocatto Photogallery* é dedicada especialmente à fotografia. Inicialmente, com
Artsalon – New Art for New Collectors atividade online, a galeria passou a ter uma sede em São
O Espaço Cultural Porto Seguro foi inaugurado em Galeria criada em 1987, por Lily Sverner e André Boc- Paulo, SP, desde 2010. Tem atuação internacional e repre-
Galeria virtual baseada no Rio de Janeiro, RJ, foi criada julho de 2010, em São Paulo, SP, como iniciativa da cato, em São Paulo/SP. Surgiu na esteira do sucesso senta 27 artistas brasileiros e estrangeiros, com exclusi-
em 2009 por Julia Dias Leite e Ana Luisa Leite. É es- empresa de seguros Porto Seguro. O início das ati- de galerias especializadas em fotografia, como a Fo- vidade no Brasil e/ou por países específicos, promovendo
pecializada em fotografia e busca trazer acessibilidade vidades da galeria remete ao começo das inscrições toptica e Álbum. A galeria era um pequeno espaço exposições em parcerias com museus, galerias, institutos
e interatividade à arte. A galeria é voltada à fotografia para a décima edição do Prêmio Porto Seguro Foto- expositivo que também vendia materiais para portifó- culturais, festivais, feiras de arte (ou especializadas em
carioca e representa artistas como Duda Carvalho, grafia. As exposições são dedicadas aos premiados e lios e exposições, mat boards de padrão museológico, fotografia) e grandes leilões. Participa da SP Arte – Feira
Felipe Hellmeister, Gabriel Mendes, Gabriela Maciel, selecionados. As dependências incluem um mezani- entre outros. Internacional de Arte e SP Arte-Foto. Realizou exposições

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de artistas como: Steve McCurry, Elliott Erwitt, Andreas mo bairro, ocupando o térreo do edificio com a galeria e à videoarte, contando com um acervo de fotografias com fotógrafos renomados, como Klaus Mitteldorf e
Heiniger, Martin Parr, Iatã Cannabrava e Joel Meyerowitz. com uma livraria especializada, remanescente da loja da históricas e contemporâneas. Além de artistas con- Tuca Reinés.
Desde 2009, representa, com exclusividade na America Fotoptica na rua Conselheiro Crispiniano. Esta última di- sagrados, a Galeria que é dirigida pelas proprietárias Em 1998, a Li Photogallery mudou de nome para
Latina, a Magnum Photos para venda de prints fine art. reção, de 1988 até 1996, quando a galeria encerrou suas Marcia Mello e Carolina Dias Leite, também represen- Espaço Paul Mitchel continuando no mesmo endere-
Possui unidades de representação na Argentina, México, atividades, foi de Solange Farkas, então nora de Thomaz ta novos talentos. O espaço é um local de exposição ço, no bairro do Itaim, em São Paulo, SP. Entre impor-
Chile, Bolivia, Equador, Cuba e Inglaterra. Seu acervo con- Farkas, com Isabel Amado como assistente. Entre as e, ainda, presta serviços de curadoria, conservação tantes mostras se destacaram Willy Biondani, Mario
ta com 700 obras e biblioteca com 850 títulos. mais importantes exposições se destacam as da mexica- e restauração de fotografia. Entre os artistas repre- Fontes, Pedro Lobo, Bob Wolfenson, Emmanuelle
na Graciela Iturbide, a do lançamento do Mês Internacio- sentados estão André Cypriano, Antonio Saggese, Bernard, Cássio Vasconcellos, Angelo Pastorello, Ike
nal da Fotografia, Nafoto, e as dos fotógrafos Miguel Rio Fernando Lemos, Evandro Teixeira, Custódio Coimbra, Levy, Manuk Poladian, Tuca Vieira, João Wainer, Ana
Galeria do Ateliê Branco, Cristiano Mascaro e Cássio Vasconcellos. Luiz Garrido, Renan Cepeda e Rogério Reis. Ottoni, German Lorca, José Herrera, entre outras de-
zenas de exposições.
A Galeria do Ateliê, com sede no Rio de Janeiro, RJ, Em 2004, o empresário Clifford Li fecha o espaço
é especializada em fotografia e artes visuais e geren- Galeria Olho de Águia Galeria Três por Quatro* Paul Mitchel e, no mesmo lugar (a parte superior de
ciada pelo Ateliê de Imagens, de Patricia Gouvêa. Foi seu restaurante Na Mata Café), abriga a Leica Gallery,
criada em 1999, e seu espaço é aberto à visitação pú- A Galeria Olho de Águia foi criada em 2002, na cidade Primeira galeria de fotografia de Brasília, DF, foi criada filial da importante galeria internacional, que é coor-
blica e gratuita, de segunda a sábado, de segunda a de Taquatinga, DF, por Ivaldo Cavalcante e coordena- em 1976 junto à Três por Quatro Escola de Fotografia denada por ele e pelo empresário Luiz Marinho. De
sábado. Em 2004, mudou para uma nova sede, onde da por Morisson Cavalcanti. Tem como objetivo abrir e Cinema Super 8. A galeria teve vida curta, abrigan- curta duração, a Leica Gallery apresentou quatro im-
passou a ter seis exposições anuais. espaço para todas as expressões artísticas. Desde do uma única exposição de Cristiano Mascaro. portantes exposições: de Eliot Erwitt, Orlando Azeve-
então, abriga exposições, lançamentos de livros, mos- do, Marcio Pilot e Guto Seixas, funcionando até 2007.
tras fotográficas, saraus e outros eventos afins. Já re-
Galeria Fotoptica* alizou mais de cem exposições fotográficas. Imã Foto Galeria
Lume Photos
A Galeria Fotoptica, foi criada em 1979, sendo a primeira A Imã Foto Galeria, com sede em São Paulo, SP, é uma
do país dedicada exclusivamente à fotografia. Sua origem Galeria Paparazzi* galeria de arte especializada em fotografia, criada em A Lume Photos, com sede em São Paulo, SP, foi criada
data da década de 1940, com as mostras informais reali- 2001 pelo fotógrafo santista Egberto Nogueira. Possui em fevereiro de 2011 por Felipe Hegg, Paulo Kassab
zadas na Loja Fotoptica, na rua São Bento, centro de São A Galeria Paparazzi foi criada em 1996 por Carlo Ciren- acervo com mais de três mil imagens de fotógrafos Jr, Luiz Felipe Aranha Moura e José Eduardo Aranha
Paulo, por iniciativa do fotógrafo Thomaz Farkas, filho do za, publisher da revista Paparazzi. Fruto da parceria da brasileiros e estrangeiros. Promove exposições, pa- Moura. É uma empresa que visa apresentar o trabalho
proprietário da loja e um dos administradores da mesma. revista com a Secretaria de Edução da cidade de São lestras, cursos, workshops e lançamentos de livros. de artistas renomados e de jovens artistas, com obras
Em 1979, com coordenação da hoje curadora Rosely Naka- Paulo, que cedeu a parte externa na Escola Municipal de Produz entrevistas, matérias e documentários em de mais de 120 fotógrafos, em mais de 1.400 origi-
gawa, foi inaugurado um espaço expositivo específico, na Educação Infantil Pedroso de Moraes, na rua de mesmo que, são divulgados no site, blog e nas redes sociais nais, por meio de edições de fotografias, em tiragens
rua Bela Cintra, no bairro dos Jardins, em São Paulo. A nome, tem um formato peculiar, ocupando uma grande da galeria. Anualmente, promove em torno de três limitadas de seis a 100, já emolduradas, numeradas e
primeira exposição foi uma mostra de fotojornalismo das vitrine próxima ao muro da escola, na calçada oposta exposições, quatro cursos livres regulares e nove com certificado de originalidade, a um preço modera-
revistas Veja e IstoÉ. A publicação Novidades Fotoptica, onde funciona o Laboratório Paparazzi. Entre as mostras workshops. Entre as exposições, nomes importantes do, buscando assim, tornar o mercado de arte mais
originada em 1950, tinha sua redação no mesmo ende- ali apresentadas, destacam-se a de Klaus Mitteldorf, de da fotografia como Walter Firmo, Monica Zaratini e acessível para uma nova geração de colecionadores.
reço, sob direção do jornalista e crítico Moracy de Olivei- 1998; a coletiva “Oscar Niemeyer, um olhar sobre a sua Ana Lúcia Mariz.
ra. A loja Fotoptica entrou na década de 1980 espalhando obra” com imagens de Armando Prado, Roberto Wag-
quiosques de revelação de filmes por toda a cidade de São ner, Claudio Elisabtsky e Marcello Palota, entre outros. Primeira Fotogaleria*
Paulo: em menos de um ano, elas chegaram a 250. Em “Clássicos do fotógrafo Miro” de 2003; “O construtivis- Li Photogallery / Espaço Paul Mitchell /
1984, os quiosques foram embora e a tecnologia entrou mo fotográfico de José Oiticica Filho”, de 2003; “Poetas Leica Gallery* A Primeira Fotogaleria foi um espaço especializado
de vez nas lojas, equipadas com modernos laboratórios das almas limpas – Moradores de rua” de Edson Russo, na exibição e comercialização de arte fotográfica em
para oferecer revelação rápida de filmes. de 2005; Otto Stupakoff, de 2006; “Templos Politeístas” A Li Photogallery foi uma galeria de arte especializada Belo Horizonte, MG. Inaugurada em novembro de
Além da venda de portifólios de fotógrafos como Paul de Dimitri Lee; “Muhamad Ali” de Thomas Hoepker; e a em fotografia e uma das pioneiras no país. Com sede 2003, por iniciativa do fotógrafo e professor universi-
Strand e Edward Weston, material este comprado pelo coletiva “Era dos Festivais 1960/1970”, entre outras. em São Paulo, SP. Foi criada em 1993 pelo empresário tário Tibério França, a Primeira Fotogaleria propunha,
próprio Thomaz Farkas no exterior, foram feitos álbuns de e colecionador de arte Clifford Li. Entre as exposições por meio de suas ações, mapear e aproximar a pro-
pequenas tiragens, de fotógrafos brasileiros como Carlos da galeria, destacaram-se Clicio, Gui Paganini, Ricardo dução fotográfica mineira contemporânea. Fechou as
Moreira, e séries de cartões postais. Em 1985, a galeria Galeria Tempo de Viq e Thomas Susemihl. portas em março de 2006, tendo realizado diversas
muda temporariamente para uma das lojas da empresa, A Li é oriunda da “Li & Bocatto Pho- exposições, lançamento de livros, alem
na avenida Rebouças, no bairro de Pinheiros, até que, em A Galeria Tempo foi criada em 2006, no Rio de Ja- togallery” dirigida por Clifford Li e André de servir de espaço para debates e rea-
1986, muda-se para a rua Cônego Eugênio Leite, no mes- neiro, RJ, e dedica-se exclusivamente à fotografia e Bocatto, que teve mostras importantes * Produto cultural descontinuado lização de oficinas.

92 93
periência vinculada ao Espaço Coringa (1998-2009), ve exposições de fotografia, disponibiliza venda de

V
ESPAÇOS CULTURAIS
uma reunião de artistas com o intuito de expor seus
trabalhos, debater sobre arte e criar coletivamente.
Em 2009, o Espaço Coringa encerrou suas atividades
deixando em seu legado, diversos desdobramentos
como o Novo, que perpetua as iniciativas geradas
fotografias via banco de imagens e presta serviços
fotográficos em geral. Rosary Esteves é graduada
em Artes Visuais, com Especialização em Técnicas
Audiovisuais Aplicadas, e fotógrafa há mais de 30
anos. É professora do Curso Livre de Fotografia do
pelo EC no mesmo endereço. Departamento de Artes e Arquitetura da Universida-
Espaços culturais, que têm a fotografia como norte, também são um fenômeno crescente nas últimas décadas de Católica de Goiás – UCG, desde os anos 1970,
no Brasil. Assim como nas galerias, aqui também figuram espaços que não tratam exclusivamente da fotografia, e professora do Departamento de Comunicação So-
mas que exercem papel fundamental em sua difusão. Casa da Fotografia Fuji* cial da Universidade Federal de Goiás – UFG, minis-
trou Fotografia para os cursos de Jornalismo, Rádio
A Casa da Fotografia Fuji foi um espaço inaugurado e TV e Relações Públicas. Hoje, continua na Escola
em agosto de 1990 e pela fotógrafa Stefania Bril e de Arquitetura ministrando aulas para os cursos de
pela Fuji Film do Brasil. Com a morte de Stefania Bril Arquitetura e Design. Fotógrafa consagrada, já par-
em 1992, a coordenação do espaço passou a ser da ticipou de vários seminários e exposições a convite
arquiteta Maria José Ferraz de Barros e de Luciene do Núcleo de Fotografia da Funarte/ Rio e do Mês
Moreira, até 1997, com curadoria de Rosely Nakaga- Internacional da Fotografia, Nafoto/SP.
wa. O espaço promoveu exposições e cursos de foto-
grafia voltados, em sua maioria, a projetos educacio-
nais para jovens e atendimento a escolas. O projeto Espaço f/508 de Fotografia
A Casa da Luz Vermelha veu mais de 300 eventos no Projeto Sexta-Livre e Fujiteen durou quatro anos, e era direcionado a es-
realizou mais de 45 exposições de artistas comtem- tudantes entre 11 e 17 anos, atendendo mensalmen- O f/508 foi fundado em julho de 2005, no Espaço Cul-
A Casa da Luz Vermelha, com sede em Brasilia, DF, é porâneos, brasileiros e estrangeiros, em sua galeria. te seis turmas de 60 alunos; o projeto Olho Mágico tural Renato Russo, em Brasília, DF. Idealizado pelo
uma galeria pioneira na cidade, voltada exclusivamen- Mantém parcerias permanentes com instituições também visava jovens e ensinava o princípio de fun- fotógrafo e professor de fotografia Humberto Lemos,
te para a fotografia Fine Art. Seu objetivo é fomentar que objetivam a inclusão visual para comunidades cionamento da câmara obscura. As Leituras de Portfó- o grupo surgiu com o objetivo de desenvolver proje-
a produção artística e fotográfica nacional, ampliar o de baixa renda como a Escola de Fotógrafos Popu- lio analisavam os trabalhos dos participantes, em um tos na área de fotografia, com foco em trabalhos au-
mercado, ampliar o mercado, além de contribuir para lares da Maré, a ONG Olhares do Morro, o portal de período de quatro meses, que resultava que resultava torais e de inclusão visual, bem como incentivar os
o aperfeiçoamento dos profissionais de fotografia ao notícias Viva Favela, entre outros. Nessas parcerias, em uma exposição coletiva de novos talentos. Entre participantes à pesquisa da linguagem. Atualmente,
oferecer cursos, palestras e oficinas. O espaço foi todos os alunos ganham bolsas integrais nos cursos os fotógrafos que mostraram seus trabalhos na gale- o Espaço f/508 reúne escritório, pequena galeria, loja
idealizado e é dirigido pelo fotógrafo Kazuo Okubo e ministrados. ria, estão Luise Weiss, Eduardo Simões, Marcio Sca- conceitual, espaço expositivo, laboratório fine print,
tem como consultora e curadora a arquiteta Rosely vone, Luis Humberto, Juan Esteves, Rosa Gauditano estúdio e salas de aulas, nas quais são realizados cur-
Nakagawa. Conta com acervo de obras de produtores e Pedro Lobo. Entre os palestrantes, Luis Humberto e sos, workshops, palestras, bate-papos, entre outros
importantes como André Dusek, Thomaz Farkas, Cris- Ateliê Novo Marco Bischof, filho de Werner Bischof, Hélio Campos eventos.
tiano Mascaro e Walter Firmo, entre outros. A galeria Melo e Ricardo Chaves.
também atua como produtora em projetos culturais O Ateliê Novo, com sede em São Paulo, SP, foi criado Outra atração da Casa Fuji foi sua biblioteca, com
relacionados à fotografia e oferece serviço de impres- por Rogério Nagaoka, em 2009, um espaço indepen- mais de 1.100 livros e catálogos, além das 50 assi- Espaço Figura*
são Fine Art. dente e alternativo de produção, difusão e reflexão naturas de revistas nacionais e internacionais, vídeos,
sobre arte. O espaço foi pensado como uma livre CDs e jornais. Com o encerramento das atividades em Espaço localizado no Rio de Janeiro, RJ, que funcio-
iniciativa gerida por artistas visuais, que têm como 2004, a biblioteca foi doada para o Centro de Comuni- nou como sede do Projeto Figura entre 2008 e 2010.
Ateliê da Imagem Espaço Cultural objetivo desenvolver ações artísticas, educativas e cação e Artes do Senac, para atender o curso de ba- O espaço promoveu cursos, bate papos e palestras
parcerias entre ateliês (exposições, grupos de traba- charelado de fotografia e cursos livres, em São Paulo. sobre fotografia e audiovisual e foi fechado em 2010.
O Ateliê da Imagem Espaço Cultural foi fundado em lho e residências artísticas), com instituições cultu-
1999 no Rio de Janeiro, RJ. Além de funcionar como rais, universidades, museus e galerias. São ofereci-
uma escola livre de imagem, o Ateliê se destaca por dos cursos livres e residência artística em fotografia. Casa da Fotografia Rosary Esteves Fundação Pierre Verger
sua produção cultural, promovendo diversas ativida- O espaço está aberto para promover discussões
des “dentro e fora de casa”, como o evento quinzenal relacionadas ao fazer artístico, por meio do trabalho A Casa da Fotografia Rosary Esteves, com sede em A Fundação Pierre Verger foi criada em 1988, em
Projeto Sexta-Livre, as exposições da Galeria do Ate- e do debate coletivo. As propostas fotográficas se Goiânia, GO, é uma Instituição de ensino da foto- Salvador, BA, como uma entidade jurídica sem fins
liê, seminários, palestras, curadorias e consultorias. desenvolvem em forma de grupos de trabalho, ex- grafia dirigido por Rosary, Regina e Raquel Esteves. lucrativos. Gerida por um grupo de amigos, colabo-
Dirigido pela artista visual Patricia Gouvêa, já promo- posições e publicações. O Ateliê Novo tem sua ex- Além de diversos cursos de fotografia, a Casa promo- radores e admiradores do fotógrafo e etnólogo fran-

94 95
cês Pierre Verger (1902-1996), a Fundação cuida da Instituto Kreatori internacionais, como Robert Polidori, Paul Strand, Museu Lasar Segall
preservação e divulgação de sua obra. O acervo da Alexandér Rodtchenko, Thomaz Farkas, Boris Kossoy,
FPV é formado por livros, negativos, objetos e do- O Instituto Kreatori, com sede no Rio de Janei- Juca Martins, Hildegard Rosenthal, José Medeiros, O Museu Lasar Segall foi criado como uma associação
cumentos reunidos por Pierre Verger durante a sua ro, RJ, foi criado em 2009 e promove atividades Carlos Moskovics, além de outros. O Instituto tam- civil sem fins lucrativos, em 1967, e está instalado na
vida. O acervo está disponível a pesquisadores e se culturais como exposições, cursos, workshops e bém mantém largo acervo na área de pintura, escul- antiga residência e ateliê do artista, na Vila Mariana,
constitui de biblioteca, acervo fotográfico e arquivos palestras. Possui um espaço multiuso, para mani- tura e música. O responsável pela área de Fotografia em São Paulo, SP. Além de seu acervo museológico,
pessoais de Pierre Verger. A biblioteca é formada por festações artísticas como teatro, performances e e sua reserva técnica é Sergio Burgi. o espaço constitui-se como um centro de atividades
mais de 3.500 volumes, em sua maioria dedicados à lançamentos literários. Oferece cursos voltados à culturais, oferecendo cursos e oficinas de fotografia.
cultura, à história e às religiões africanas e afro-bra- elaboração e produção de projetos culturais, ins- O Museu ainda abriga uma ampla biblioteca especiali-
sileiras. Não é permitido o empréstimo, tampouco crição de projetos em leis de incentivo, fotografia MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto zada em artes do espetáculo e fotografia.
cópia xerográfica de livros e periódicos. Apenas algu- e audiovisual, comunicação em mídias sociais e Pedro Manuel-Gismondi
mas obras raras ou danificadas não estão disponíveis digitalização de acervos fotográficos pessoais. O
ao público. O conjunto da obra fotográfica de Pierre Kreatori é dirigido por Fabiano Cafure, artista plás- Fundado em dezembro de 1992, pela Secretaria Mu- Território da Foto
Verger é constituído por cerca de 62 mil negativos e tico, por Thiago Fraga, administrador, e por Felipe nicipal da Cultura de Ribeirão Preto, o MARP tem
oito mil ampliações fotográficas. Uma grande parte Dias, economista. como diretor atual, Nilton de Oliveira Campos, e O Território da Foto, com sede em São Paulo, SP, é um
dessas ampliações foi feita entre 1934 e 1950. É pos- o objetivo principal da instituição é trabalhar com espaço cultural fundado em 2009 pelos fotógrafos Ga-
sível consultar a maior parte das fotografias de Pierre atividades voltadas para a arte contemporânea, em briel Boieras e Luciana Cattani. Promove workshops,
Verger por meio de um banco de dados. Instituto Moreira Salles especial com a educação através da arte. Um dos exposições, discussões e possui um banco de ima-
principais eventos realizados pelo MARP são as edi- gens com cerca de 10 mil registros. O lugar oferece
O Instituto Moreira Salles foi fundado em 1999, ções anuais da Semana de Fotografia de Ribeirão exposições e promove workshops.
Instituto Itaú Cultural pelo embaixador e banqueiro Walter Moreira Sal- Preto, entre outras atividades como exposições,
les. É uma entidade civil sem fins lucrativos, com visitas guiadas, workshops, em diversos eventos
O Itaú Cultural, com sede em São Paulo, SP, é um três centros culturais, no Rio de Janeiro,RJ, São como o Sabbart – Salão Brasileiro de Belas Artes de Travessa da Imagem – Ateliê Multimídia Ltda
instituto voltado para a pesquisa, produção de con- Paulo, SP, e Poços de Caldas, MG. Com mais de Ribeirão Preto, dentre outros. Seu patrimônio atual
teúdo, mapeamento, incentivo e a difusão de ma- 550 mil imagens em seu acervo, possui um con- corresponde a uma biblioteca com aproximadamen- O Travessa da Imagem – Ateliê Multimídia Ltda foi
nifestações artístico-intelectuais; braço cultural do junto de fotografias do século XIX, no Brasil, boa te 2.000 volumes e acervo de arte com aproxima- criado em 2010, em Fortaleza, CE. Junto à Escola da
Banco Itaú. Ao longo do ano são promovidos, gra- parte delas dedicada ao Rio de Janeiro, além de damente 1.200 itens. Sua infraestrutura conta com Travessa e promove cursos livres, workshops, e pales-
tuitamente, eventos culturais, como exposições, um conjunto de fotografias nacionais da primeira espaços museológicos como salas de exposição, tras, voltados à produção audiovisual contemporânea.
mostras audiovisuais, espetáculos de dança e tea- metade do século XX. O acervo está reunido na escritório (diretoria), reserva técnica, ateliê para Seu espaço também abriga exposições de fotógrafos
tro, shows, seminários e cursos. Entre os eventos Reserva Técnica Fotográfica do IMS, com cerca de conservação de obras de arte, espaços para ativida- emergentes na Galeria Pinhole, possuindo uma biblio-
ligados à fotografia está o Fórum Latino-Americano 600 metros quadrados de área distribuídos em três des educativas e auditório. teca com cerca de 300 livros de fotografia.
de Fotografia, coordenado por Iatã Cannabrava. O pavimentos. O edifício,é um anexo à antiga resi-
instituto também é um dos patrocinadores do fes- dência de Moreira Salles, na Gávea, e é voltado à
tival Paraty em Foco, com entrevistas e exposições preservação, restauração, guarda e divulgação de
abertas ao público. Sua Enciclopédia de Artes Visu- acervos fotográficos.
ais tem mais de 2 mil obras fotográficas, em seu Os principais temas do conjunto são as transfor-
banco de dados. Parte delas captadas pelo seu de- mações da paisagem urbana brasileira ao longo dos
partamento de pesquisa em fotografia, pioneiro nos séculos XIX e XX, e parte da história comtemporâ-
institutos brasileiros, coordenados em seu início por nea, por meio de retratos e imagens de arte. São tra-
Marcia Ribeiro Ward, com consultoria de Rubens balhos de fotógrafos expressivos como Marc Ferrez,
Fernandes Junior e Pedro Vasquez. A Enciclopédia é Militão de Azevedo, Guilherme Gaensly, Marcel Gau-
disponibilizada online através do site do instituto, e therot, Hildegard Rosenthal, Augusto Malta, entre
podem ser vistas imagens de fotógrafos como Nair outros. Na parte mais contemporânea, o IMS abriga
Benedicto, Juca Martins, Eduardo Simões, Juan imagens de Otto Stupakoff, Juca Martins e Thomaz
Esteves, Jorge Araújo, Antonio Gaudério, Eduardo Farkas (este último em caráter de comodato). Tam-
Castanho, entre outros. Também é do Itaú Cultural a bém disponibliza na Internet, aos pesquisadores e
coleção de fotografias Modernas Para Sempre, cuja interessados, acesso a uma seleção do acervo, bem
exposição já passou por Belo Horizonte, Porto Ale- como a aquisição de prints fine arts. Entre suas pu-
gre, Assunção, no Paraguai, e Belém. blicações, o IMS contempla fotógrafos nacionais e

96 97
de textos de historiadores, antropólogos, sociólogos, ções históricas, artísticas e culturais. Entre os títu-

VI
EDITORAS
críticos, escritores e poetas, resultando em obras de
interesse cultural abrangente. A editora é dirigida, em
São Paulo, por Isabel Santana é entre seus títulos, es-
tão Benditos, O chão de Graciliano, Patatativa do Assa-
ré, todos de Tiago Santana; Brasil sem fronteiras, com
los publicados pela editora destacam-se os livros:
Ceará Terra da Luz (1ª e 2ª edições), Chico Albuquer-
que Fotografias, Mucuripe, Ah, Fortaleza! (1ª e 2ª
edições), José Albano 40 anos de Fotografia, Manu-
al do viajante solitário, Ceará Feito a Mão e Theatro
imagens de Santana, Celso Oliveira, Ed Viggiani e Luis José de Alencar.
De maneira tímida, porém crescente, estamos observando o mercado dos fotolivros alcançar o grande público. Humberto, Do lado de fora da minha janela, do lado de
Não só as editoras especializadas em fotografia, mas também outras editoras de livros de artes visuais dentro da minha porta, entre outros.
contribuem grandemente com essa difusão e crescimento. Terra Virgem Editora e Produções Culturais
Ltda.
Senac Editora
A editora Terra Virgem, com sede em São Paulo,
A Editora Senac, com sede em São Paulo, SP, foi criada SP, foi criada em 1993, pela jornalista Ana Augusta
em 1995, e conta com um catálogo ativo de mais de Rocha e o fotógrafo Roberto Linsker. Atualmente,
1.000 livros de diferentes perfis, da gastronomia à foto- dirigida por Linsker, é uma produtora cultural que
grafia, lançando anualmente, cerca de 80 novos títulos. se dedica a realizar projetos em que fotografia e
Por dispor de uma boa rede de distribuidores, coloca texto contam histórias, com o propósito de reve-
seus produtos em praticamente todas as cidades do lar um Brasil então desconhecido para milhares de
Brasil. Na fotografia, a editora se destaca por títulos brasileiros. A Terra Virgem dedica-se, principalmen-
Binóculo Produção e Editora Ltda. ME editores o intelectual Augusto Massi, e tem como como O fotográfico, organizado por Etienne Samain, e te, a projetos de publicações de livros, por meio
coordenador editorial o jornalista Cassiano Elek Ma- A fotografia, entre documento e arte contemporânea, das leis de incentivo, mas também desenvolve
A Binóculo Produção e Editora, com sede em Barra chado. de André Rouille. Também já publicou livros de fotógra- projetos culturais de exposições, documentários,
do Pirai, RJ, foi criada em 2005 por Monica Mansur. fos como Cristiano Mascaro, entre outros. A editora projetos exclusivos para empresas (“Tailor-Made”),
Tem como objetivo principal publicar livros voltados à também publica a Coleção Senac de Fotografia, uma e ainda fornece um banco de imagens, com mais
cultura visual e realizar eventos e exposições sobre Editora Olhares série de monografias, em formato pocket, coordenadas de 50 mil imagens exclusivas do Brasil. Seu prin-
arte e fotografia. Em 2008, houve uma troca de só- pela jornalista Simonetta Persichetti e pelo fotógrafo e cipal produto cultural é a série Brasil Aventura, um
cia, entrando Claudia Tavares. Entre seus títulos estão, A Editora Olhares, com sede em São Paulo, SP, foi professor Tales Trigo. Entre os títulos estão Thomaz Fa- grande sucesso editorial, com 6 volumes e mais de
Dialeto I, Paisagens Cristais e O Olhar Repetido: Re- criada em 2008 por Otavio Cronemberger Nazareth e rkas, Luis Humberto, Paula Sampaio e Ricardo De Vick. 50 mil livros vendidos. Entre os livros publicados
produtibilidade e arte contemporânea. Eduardo Len, é uma editora de livros de arte e outros destacam-se: Pierre Verger: Fotografias para não
produtos culturais, relativos à pesquisa iconográfica e esquecer, de Pierre Verger, Aéreas, de Cássio Vas-
a geração de conteúdos originais. Já publicou títulos Terra da Luz Editorial concellos e Mar de homens, de Roberto Linsker.
Cosac Naify na área de fotografia como: Brasil e a transformação A Terra Virgem também passou a publicar edições
da paisagem e Japoneses no Vale do Aço, ambos com A Terra da Luz Editorial, com sede em Fortaleza, CE, especiais acompanhadas de prints com tiragens li-
A Editora Cosac Naify, com sede em São Paulo, SP, fotografias de José Caldas; No campo da memória, foi criada em 1989. Atua no segmento de publica- mitadas, em 2010.
foi criada em 1997, por Charles Cosac e Michael jogando conversa fora, com fotos de Stephan Schme-
Naify. Tem mais de 70 títulos de fotografia em por- ling e As seis crônicas saborosas de Leonardo Prado.
tuguês, como 100 fotografias: Juan Rulfo, Ligeira-
mente fora de foco, de Robert Capa, Paris Doisneau
(Robert Doisneau), Henri Cartier-Bresson: o século Editora Tempo d’Imagem
moderno, Viagem ao Afeganistão de Arthur Omar,
O lugar do escritor, de Eder Chiodetto, Imagens da A Tempo d’Imagem, com sedes em São Paulo e em
Fé, de José Bassit, Cadernos etíopes de J.R.Duran, Fortaleza, CE, foi criada em 1994 pelo fotógrafo Tiago
Otto Stupakoff e Boris Kossoy Fotógrafo, entre ou- Santana. É uma editora especializada em livros de foto-
tros. Charles Cosac é também um dos mais impor- grafia. Nascida no Ceará, a editora desenvolve projetos
tantes colecionadores privados de arte brasileira. editoriais de documentação do Brasil. Além de obras
Nascido no Rio de Janeiro, viveu em Petrópolis e documentais, investe em trabalhos autorais, divulgando
na Inglaterra, onde se graduou pela Essex Univer- um panorama da fotografia brasileira contemporânea.
sity, em História da Arte. A Cosac teve entre seus Os ensaios fotográficos são sempre acompanhados

98 99
encontram: Cris Bierrembach, Carlos Goldgrub, Clau- obras e seus autores. Em 2010, com a 18ª edição, a

VII
MEIOS DE DIFUSÃO DA FOTOGRAFIA
dio Edinger, Claudia Jaguaribe, Ding Musa, Juan Es-
teves, João Musa, Araquém Alcântara, Guy Veloso e
Flávio Damm, entre outros.
Coleção totaliza 297 autores e 1.112 obras, entre eles,
Zé de Boni, Iatã Cannabrava, Juan Esteves, Cia de
Foto, Luiz Carlos Felzardo, Mario Cravo Neto, Miguel
Rio Branco, Claudia Jaguaribe, Ana Ottoni, Maurício
Simonetti, Juca Martins, Delfim Martins, Nair Bene-
Coleção Fotoportátil dicto, Pierre Verger, Walter Firmo e Antonio Gaudério.
Falar dos instrumentos que alavancam a arte fotográfica não é assunto fácil, tendo em vista sua numerosidade.
Porém, aqui faz-se uma tentativa de elencar os produtos, que têm por objetivo a difusão da fotografia, em suas A Coleção Fotoportátil é publicada desde 2005, pela edi-
mais diversas manifestações. tora Cosac Naify, com sede em São Paulo, SP, e é coorde- Coleção Senac Fotografia
nada pelo fotógrafo e curador paulista Éder Chiodetto. Em
formato inédito (sanfonado), propiciando uma manipula- A Coleção Senac Fotografia, publicada pela Editora
ção interativa, a coleção enfoca a produção contemporâ- Senac, de São Paulo, é organizada pelos professores
nea brasileira. Reúne autores que subvertem a questão Thales Trigo e Simonetta Persichetti. Tem como obje-
documental clássica da tografia, por meio do uso de uma tivo oferecer um panorama dos fotógrafos e da foto-
forte carga de subjetividade. Entre as monografias publi- grafia brasileiras, nas suas mais diversas áreas, como
cadas estão Cris Bierrembach, Antonio Saggese, Eustá- a moda, a publicidade, o fotojornalismo, a paisagem,
quio Neves, Raul Garcez, Luiz Braga e Rosangela Rennó. mesmo a urbana, com suas complexidades e sutile-
zas, sem deixar de fazer uma abordagem da fotografia
experimental e autoral, de conceituação muitas vezes
1. ACERVOS, COLEÇÕES E PRÊMIOS Clube de Fotografia do MAM/Coleção Coleção Pirelli-MASP de Fotografia difícil. Os livros têm formato pequeno (pocket) com
de Fotografia do MAM média de 70 páginas, sem uma periodicidade especí-
Em crescente ascensão, aqui é possível encontrar os A Coleção Pirelli-MASP de fotografia está abrigada no fica. Publicou uma parcela razoável, mas significativa,
acervos, coleções e prêmios que estimulam a produ- O Clube de Fotografia do Museu de Arte Moderna de Museu de Arte de São Paulo. É uma das principais da obra de fotógrafos como Márcio Scavone, Flávio
ção fotográfica. São Paulo (MAM), com sede em São Paulo, SP, foi cria- coleções de fotografia brasileira. Teve início em 1990, Damm, Iolanda Huzak, João Lobo, Ella Dürst, Edgar
do em 2000, pelo curador paulista Tadeu Chiarelli, então num projeto conjunto do Museu de Arte de São Pau- Moura, Cristiano Mascaro, Klaus Mitteldorf, João Ur-
curador geral do museu, com o intuito de incentivar o lo Assis Chateaubriand (MASP) com a filial brasileira ban, Paula Sampaio, Nelson Kon, Thomas Susemihl,
Clube de Colecionadores de Fotografia do MAMAM colecionismo de fotografias e, ao mesmo tempo, incre- da empresa italiana Pirelli S.A. É financiada exclusiva- Luiz Carlos Felizardo, Ricardo de Vicq de Cumptich,
mentar o acervo do MAM com a expressiva produção de mente por essa empresa e tem seu gerenciamento Hélio Campos Melo, Luis Humberto e Thomaz Farkas.
O Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MA- fotógrafos brasileiros, por meio da parceria entre o Mu- por curadores, fotógrafos e pesquisadores, que com-
MAM) lançou em 2010 o Clube de Colecionadores de seu e os cinco artistas que doam trabalhos a cada ano. põem um conselho, integrados por nomes como Ru-
Fotografia. A proposta do Clube é fomentar o colecionis- Em 2005, o fotógrafo e curador paulista Eder bens Fernandes Junior, Boris Kossoy, Tadeu Chiarelli e Galeria Virtual ZooN
mo junto ao grande público, possibilitando que autores Chiodetto assume a curadoria do Clube e cria linhas Mario Cohen. A coleção é secretariada por Anna Car-
renomados, e promissores talentos, sejam adquiridos e de pesquisa pautadas pelos eixos temáticos: Identi- boncini e o MASP é responsável pela preservação da A Galeria Virtual ZooN foi criada em 1997, com base
contemplados em suas ideias, conceitos e estéticas. A dade nacional, Documental imaginário, Limites/ Me- mesma. A cada aquisição anual, a coleção confere ao em Natal, RN. Conta com um acervo de mais de 300
linha curatorial, estabelecida por Georgia Quintas e Ale- talinguagem, Retrato/Autoretrato e Vanguardas his- autor um cachê simbólico, e as imagens fazem parte obras de fotografias, máquinas, revistas, livros, fil-
xandre Belém, tem como objetivo trazer, a cada ano, tóricas. Em 2010, em comemoração dos 10 anos do de um catálogo elaborado anualmente, simultâneo a mes, entre outros materiais sobre artes visuais, orga-
artistas nacionais que trabalhem com a expressão foto- Clube, foi realizada a exposição Dez anos do Clube uma exposição no museu. Eventualmente, parte do nizados, digitalizados e disponibilizados na Biblioteca
gráfica em seus vários segmentos, que abarcam a foto- de Colecionadores de Fotografia, com curadoria do acervo é exposto fora da cidade de São Paulo. Multimídia (Mediateca) na sede da ZooN e no site
grafia documental e a criação experimental. mesmo Chiodetto, com 55 obras do acervo e obras Apesar do declarado foco contemporâneo, a co- www.zoon.org.br. A galeria virtual é um canal de de-
A cada ano, cinco artistas são escolhidos pe- dos cinco artistas selecionados na edição 2010. leção se caracteriza por certa flexibilidade quanto ao volução social das imagens produzidas, socialização
los curadores. Cada autor doa uma obra que fica Também é necessário ressaltar a coleção de fo- período da produção das obras, assim como denota a do conhecimento e divulgação e sistematização das
fazendo parte do acervo do MAMAM e que será re- tografia do MAM, que teve início em 1980 e ganhou pluralidade da expressão fotográfica brasileira, pela di- oficinas realizadas pela Galeria ZooN.
produzida em prints numeradas e assinadas. Cada impulso a partir de meados dos anos 1990, quando o versidade de abordagens desenvolvidas pelos fotógra-
sócio recebe cinco obras por edição (uma de cada museu passou a apresentar, colecionar e discutir mais fos, pela multiplicidade de questões histórico-sociais,
autor). Nesta primeira edição serão aceitos 30 só- efetivamente a fotografia contemporânea. A Coleção estéticas e formais. Em 22 de novembro de 2006 foi Olha o Tietê
cios. Na edição de 2010 foram selecionados: Alcir é formada tanto por aquisições, doações como pelo tornada pública a eColeção, versão eletrônica da Co-
Lacerda (PE), Claudia Jaguaribe (RJ), Ricardo Labas- formato Clube de Fotografia. Estima-se que há mais leção Pirelli-MASP de Fotografia, sob a forma de um O Concurso Olha o Tietê! foi realizado em outubro de
tier (PE) Rodrigo Braga (AM) e Tiago Santana (CE). de 2.000 fotografias na coleção. Entre os artistas se site, compreendendo os principais dados acerca das 1992, objetivando incentivar a participação da comuni-

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dade no processo de despoluição do Rio. O concurso, Prêmio FCW de Arte premiadas, que, segundo a organização, foi doado Porto Seguro Fotografia é destinado a fotógrafos brasi-
de alcance estadual, foi realizado pelo Projeto Tietê à ONG Brasília Convention & Visitors Bureau, para leiros ou estrangeiros residentes no Brasil. A competi-
e a Companhia Energética do Estado de São Paulo O Prêmio Fundação Conrado Wessel de Arte é desti- apoiar a divulgação da capital do país. ção foi temática até a última edição, de 2010, quando,
(CESP), sendo organizado pela empresa Clínica Foto- nado a fotografia e promoveu anualmente as melho- A 2a Edição, de 2009, tratou de imagens da natu- sob curadoria de Cildo Oliveira, foi requerido apenas
gráfica. Dividiu-se em quatro categorias – fotografia res imagens do período anterior, nas categorias pu- reza e as fotos selecionadas foram doadas à WWF – que as imagens se enquadrassem como ensaios. No
histórica (feitas antes de 1960), fotografia amadora, blicidade e de ensaio fotográfico, com distinção para Brasil, ONG dedicada à preservação ambiental. total, foram 25 prêmios divididos em três categorias:
fotografia profissional e vídeo, reuniunindo imagens os dois primeiros colocados em cada modalidade, no São Paulo, Brasil e Pesquisas Contemporâneas. Há
abordando degradação, beleza e memória da convi- total de 4 premiados que recebiam um significativo diversas categorias e prêmios de aquisicão. Entre os
vência entre o rio e a população. A exposição resultan- valor, o maior destinado ao gênero no país. Inicialmen- Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia premiados nas diferentes categorias, estão fotógrafos
te do concurso foi inaugurada na Casa da Fotografia te o prêmio atendia apenas a fotografia publicitária, como German Lorca, Numo Rama, Claudio Edinger,
Fuji no dia 25 de janeiro de 1993, composta por 60 passando depois, na sua quinta edição, a premiar O Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia foi cria- Maureen Bisilliat, Tuca Vieira e Eduardo Castanho.
imagens e a apresentação dos vídeos selecionados. O também a imagem de ensaio, veiculadas em livros ou do em 1984, pelo Instituto Nacional da Fotografia da
concurso é a continuação do Revele o Tietê que Você revistas e outras publicações, extendendo essa pre- Funarte (Infoto), com o intuito de premiar projetos
Vê, ato cívico realizado em agosto de 1991. miação aos ensaios inéditos. Hoje o prêmio atende relacionados à fotografia, documentação, pesquisa e
somente a categoria ensaio, tanto inéditos quanto pu- produção de conhecimento teórico e crítico. De 1990 2. PUBLICAÇÕES ESPECIALIZADAS
blicados. O prêmio, a partir de sua segunda edição, a 2003, a direção é de Angela Magalhães, com a co-
Prêmio Bolsa de Pesquisa Fotográfica Arne passou a contar com a curadoria de Rubens Fernan- ordenação do Núcleo de Fotografia, que substituiu o Vale lembrar que aqui estão listadas apenas as publi-
Sucksdorff des Junior, e contou com jurados de diferentes comu- antigo Instituto. No primeiro prêmio foram feitas 265 cações que visam à reflexão, uma vez que é grande o
nidades, como a publicitária, fotográfica e jornalística, inscrições e selecionados oito projetos, dos estados número de publicações comerciais especializadas em
O Prêmio Bolsa de Pesquisa Arne Sucksdorff foi Lança- entre outras. Entre os jurados: German Lorca, Marcos de São Paulo, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro fotografia.
do durante o Encontro de Fotografia de Mato Grosso. É Magaldi, Eder Chiodetto, Marcelo Soubhia, Juan Este- e Santa Catarina. Entre eles, Trabalhadores e Traba-
um projeto contemplado pelo Edital da Funarte Prêmio ves, Gal Oppido, Thomaz Farkas, Sergio Jorge, Alexan- lhadeiras, de Maria Luiza de Melo Carvalho, A visão
Amazônia e conta com o apoio da Agecopa, Secretaria dre Belém, Ricardo Chaves, Helouise Costa, Ronaldo fotográfica do operário sapateiro francano, de Fernan- Catálogo Nafoto
de Estado de Cultura, Instituto Federal de Mato Grosso/ Entler, Wilson Pedrosa, Graça Seligman, Ana Lucia do de Tacca e a A arquitetura em madeira, alvenaria e
IFMT – e Universidade Federal de Mato Grosso/UFMT, Mariz, Rosely Nakagawa, Diógenes Moura, em repre- concreto na região Sul, de Leopoldo Plentz. O catálogo 20 anos Nafoto é uma espécie de raisonné
via Pró Reitoria de Cultura. A concepção e coordenação sentação a entidades como o jornal Folha de S.Paulo, Em 2010, o XI Prêmio, última edição até o mo- comemorativo dos vinte anos do Núcleo dos Amigos
são da produtora cultural Magna Domingos, cuja edição o jornal Zero Hora, Abrafoto, FAAP, Associação dos mento, contemplou 36 pessoas físicas que desen- da Fotografia (Nafoto), contém de 150 páginas, foi lan-
2011 tem a consultoria e curadoria de Ângela Magalhães Profissionais de Propaganda, MAC-USP, Clube de Cria- volveram projetos inéditos. Cada uma delas recebeu çado no dia 2 de julho em São Paulo. A publicação
e Nadja Peregrino. Serão oferecidas três bolsas de pes- cão, revista Meio e Mensagem, revista About, revista até R$ 40 mil. As propostas foram relacionadas a resume o que aconteceu desde 1991, quando abriu a
quisa para os fotógrafos residentes em Mato Grosso, Fotografe Melhor, Associação Paulista de Propagan- uma das três categorias a seguir: projetos de pes- exposição coletiva na Galeria Fotoptica, inaugurando
visando fomentar a produção fotográfica no Estado na da e UNICAMP, Pinacoteca do Estado, entre outras. quisa, experimentação e criação em linguagem foto- oficialmente os trabalhos do Núcleo. Logo na abertu-
sua rica articulação com os diferentes contextos cultu- Entre os premiados, nas diferentes categorias: Bob gráfica; documentação fotográfica/registro das trans- ra do livro, o retrato com a primeira turma: Juvenal
rais, sem deixar de consignar a força poética dos artistas Wolfenson, Klaus Mitteldorf, João Castilho, Tiago San- formações do cotidiano na sociedade; e produção Pereira, Bel Amado, Eduardo Castanho, Marcos San-
que serão selecionados. O projeto se insere na progra- tana, Paulo Vainer, Alexandre Salgado, Ricardo Cunha, de conhecimento por meio de apoio ao pensamento tilli, Stefania Bril, Nair Benedicto, Fausto Chermont,
mação cultural prevista para a Copa de 2014, que busca Felipe Hellmeister, Mauricio Nahas, Andreas Heiniger, crítico e teórico. Entre os contemplados na categoria Rubens Fernandes Junior e Eduardo Simões (na or-
dar visibilidade a multiplicidade cultural de Mato Grosso. Gustavo Lacerda, Lalo de Almeida, Julio Bittencourt e Pesquisa, Experimentação e Criação em linguagem dem do retrato). Rosely Nakagawa, que também fa-
Tadeu Vilani, entre outros grandes profissionais. fotográfica destacam-se Claudia Jaguaribe, Matheus zia parte do grupo, não pôde comparecer à sessão de
Rocha Pitta, Flavya Mutran, Cris Bierrembach e Edu- fotos. A organização é didática, seguindo uma ordem
Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia ardo Fraipoint, entre outros. Na categoria Documen- cronológica, contemplando todos os participantes dos
Prêmio Foto Arte tação Fotográfica, Registro das Transformações do oito eventos denominados Mês Internacional da Foto-
O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é um Cotidiano na Sociedade, destacam-se João Ripper, grafia. Está dividido em Coletivas Nacionais, Coletivas
projeto promovido pelo jornal Diário do Pará, empresa Segundo a organização do evento, divulgada no site João Castilho e Luana Fischer, entre outros. Internacionais, Individuais Internacionais, Individuais
da Rede Brasil Amazônia de Comunicação, com cura- oficial, duas ideias norteiam o Prêmio: Beneficiar e va- Nacionais, Exposições Inéditas, Eventos Paralelos e
doria geral de Mariano Klautau. Abrange a fotografia lorizar os fotógrafos, dando mais visibilidade aos seus Retrospectivas Internacionais. Entre outros detalhes,
em toda sua diversidade e acontece anualmente, sen- trabalhos e chances de prêmios significativos, além Prêmio Porto Seguro Fotografia a relação dos workshops, palestras, leituras de porti-
do a primeira edição em 2010. Além da premiação a colaborar por meio da fotografia para uma causa que a fólio de outras atividades, como exposições em pe-
trabalhos fotográficos, o evento também engloba pa- comissão julgadora entenda ser nobre. O Prêmio Porto Seguro Fotografia é realizado em São quenos lugares que se somaram ao evento. Há tam-
lestras, encontros com artistas, oficinas, bate-papos e Na sua primeira edição, o tema foi Brasília e Paulo, SP, pela empresa de seguros Porto Seguro. Está bém um portifólio representativo das exposições, que
atividades de arte-educação. criou-se um banco de imagens, selecionadas e em sua décima edição, realizada em 2010. O Prêmio é distribuído gratuitamente.

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Fotografia Contemporânea Paraense – evolução do território mato-grossense. O livro conta Revista Discursos Fotográficos como Eduardo Salvatore, fundador do Foto-Cine Clube
Panorama 80/90 com a pesquisa do historiador João Antonio Lucidio, Bandeirante e Thomaz Farkas, da Fotoptica, entre outros
que mostra um panorama histórico da fotografia de A revista Discursos Fotográficos, de periodicidade se- que colaboraram com artigos ou cedendo imagens para
O Fotografia Contemporânea Paraense – Panorama Mato Grosso de 1860 a 1960. A publicação traz uma mestral, indexada nacionalmente e internacionalmente, publicação. Entre seus editores podemos destacar Si-
80/90 foi um projeto de pesquisa histórica e uma retrospectiva de imagens clássicas e de dezesseeis tem classificação Qualis B3 pela Capes e está vincula- monetta Persichetti, Nilza Boteon, Ana Maria Cicaccio,
análise crítica sobre a produção fotográfica no Pará fotógrafos contemporâneos: Laércio Miranda, Rai- da ao SEER e ao DOI. Possui uma tiragem impressa de Sergio Oyama, Luiz Carlos Franco e Silvana Carvalho. Al-
ao longo das décadas de 80 e 90, com curadoria de mundo Reis, Mário Friedlander, Edson Rodrigues, 1.000 exemplares e é também disponibilizada na inter- guns fotógrafos, jornalistas, críticos e pensadores tam-
Rosely Nakagawa e pesquisa de Rubens Fernandes Marcos Vergueiro, Marcus Vaillant, João Carlos Ber- net. A revista é distribuída gratuitamente para as escolas bém participaram com colunas fixas, como Moracy de
Junior e Patrick Pardini. O projeto dedicou-se à foto- tolli, Mário Vilela, Ênio Araújo, José Luiz Medeiros, de comunicação de todo o país, instituições de fomento Oliveira, Rubens Fernandes Junior, Ana Maria Gariglia,
grafia de autor e abrange fotógrafos cujos trabalhos José Maurício, Jocil Serra, Silvio Vince Esgalha, Már- à pesquisa, pesquisadores e professores de fotografia, Luis Humberto, Roberto Pontual, Ricardo Hantzschel,
possuem um percurso poético autêntico, formando cio Hudson, Izan Petterle e uma homenagem especial imprensa especializada, sócios da RPCFB e profissionais Stefania Bril e Marcio Scavone. Algumas colunas popu-
assim um conjunto de imagens, no qual se pode per- ao fotógrafo e cineasta Arne Sukesdorff. do mercado de trabalho. Idealizada pelo Curso de Es- lares foram Na Estante e O Melhor do Fotojornalismo. A
ceber uma diversidade de linguagens e estilos pró- pecialização em Fotografia: Práxis e Discurso Fotográfi- revista Iris Foto, por seu caráter nacional, foi, por muitos
prios. O projeto propõe a reflexão crítica da produção co, seu editor é o Prof. Dr. Paulo César Boni e, em seu anos, um meio de intergração da fotografia pelos recôn-
fotográfica paraense daqueles vinte anos, dentro do Revista Studium conselho consultivo, conta com a colaboração de nomes ditos brasileiros. Em suas páginas, portifólios de grandes
contexto da arte visual contemporânea, e sua difu- como Boris Kossoy, Fernando de Tacca, Jorge Pedro fotógrafos, como Miro ou Antonio Saggese, chegaram
são através de atividades como exposições, criação A revista Studium tem como objetivo divulgar traba- Sousa, Milton Guran, Pedro Vasquez, Simonetta Persi- as mãos de fotógrafos em seus mais distantes lugares
de acervo, produção de livro, CD-ROM e material lhos de estudos acadêmicos sobre o fotográfico, e chetti e outros importantes pesquisadores da fotografia. do país, bem como suas matérias sobre técnica fotográ-
educativo. é um periódico de publicação semestral, veiculado fica serviram para dirimir dúvidas de muitas gerações de
na internet, com acesso gratuito. É vinculada ao De- fotógrafos amadores ou profissionais.
partamento de Multimeios, Mídia & Comunicação do Revista Novidades Fotoptica*
Jornal O Foco* Instituto de Artes da UNICAMP, e teve já 32 edições
regulares publicadas e seis projetos especiais, des- A revista Novidades Fotoptica foi lançada no início da Revista Paparazzi*
Com o objetivo de divulgar a fotografia do Rio Grande de 2000, quando foi fundada por Fernando de Tacca, década de 1950, como uma espécie de grande catálo-
do Norte, o jornal O Foco foi um importante veículo professor docente da instituição. A primeira publica- go, pela loja de materiais fotográficos Fotoptica, com A revista Paparazzi, com cerca de 90 páginas, foi publi-
para a história da fotografia no estado, nas suas de- ção demonstrou imediato acesso e legitimação da sede em São Paulo, SP. Foi referência para profissio- cada em São Paulo desde 1995, por Carlo Cirenza, pro-
zoito edições, em seus cinco anos de jornal impresso proposta, e então, foi dada a continuidade ao traba- nais e amadores, como grande espaço de divulgação prietário do Laboratório Pararazzi. Tinha periodicidade
e, atualmente, como site na Internet. Fundado pelo lho de publicação de artigos de pesquisadores na- dos principais nomes e trabalhos da fotografia nacio- bimensal, com foco dirigido aos ensaios fotográficos.
jornalista Fernando Pereira e os fotógrafos Canindé cionais e estrangeiros. No decorrer deste período foi nal, principalmente entre 1970 e 1987. O sucesso foi O primeiro número trouxe entre outras coisas ensaio
Soares e Adrovando Claro, teve sua primeira publica- contemplada em vários editais e com parcerias com tão grande que, em pouco tempo, mudou de formato do fotógrafo Alan Porter. O número 2, teve como tema
ção em julho de 1992. Os artigos e notícias visavam instituições públicas e privadas de relevância, como e passou a se chamar Revista da Fotoptica, a primeira a relação entre África e Brasil, com imagens de Antonio
apresentar opiniões e informações técnicas fotográ- o Memorial da América Latina e a Fundação Pierre revista de fotografia do Brasil a atingir o mercado inter- Roseno e outros. Já o terceiro número o destaque foi
ficas, além de registrar o que ocorria de exposições, Verger. Atualmente, a revista tem como comitê edi- nacional. A Novidades Fotoptica foi criada por Thomaz de Rogério Reis, com seu ensaio Carnaval na Lona. A
lançamentos de livros e mostras na área. A circulação, torial: Fernando de Tacca, Mauricius Farina e Iara Lis Farkas e tinha na direção o jornalista paulista Moracy edição N6, de 1996, trouxe destaque para os aconteci-
que se iniciou mensal, depois bimestral, passou a ser Schiavinatto, e, em média, possui 250.000 acessos de Oliveira, então um dos mais i mportantes jornalis- mentos políticos do Tibet. Alguns números se tornaram
trimestral. Houve uma tentativa de tornar o jornal re- mensais, atingindo recordes de um milhão de aces- tas e críticos de fotografia do Brasil. Ao mesmo tempo polêmicos como a edição N9 de jan/fev de 1997, com
gional, mas a pouca atenção do mercado à proposta sos em alguns meses. em que a empresa Fotoptica foi diminuindo suas ativi- a capa trazendo uma imagem do livro “Anjo Proibido”
do veículo atrapalhou os planos, e, na edição de janei- dades, a revista foi deixando de ser publicada. do fotógrafo Fábio Cabral. O livro, publicado em 1991,
ro de 1996, O Foco parou de ser impresso. O projeto, foi retirado das livrarias por ordem judicial. Em 1996,
então, ficou parado por dois anos, quando em 1998, Revista Foto Grafia a edição N8 de nov/dez traz o jogador Pelé na capa.
migrou para a internet e é mantido até hoje. Revista Iris Foto* A revista trouxe trabalhos de Paul Winternitz, Manuel
A revista Foto Grafia foi criada em 2009, publican- da Costa, Rafic Farah, Willy Biondani, Roberto Stelzer,
do os projetos de conclusão da primeira turma de A revista Iris Foto foi uma revista brasileira de foto e Donaire, Marlene Bérgamo, Antonio Gaudério, Cristia-
Livro Mato Grosso – Território de imagens Pós-Graduação em Fotografia da Unversidade do Vale cinematografia lançada em 1947, pelo austríaco Hans no Mascaro, Claudio Feijó entre outros grandes nomes
do Itajaí – Univali. Atualmente, é editada somente na Koranyi. Seu último exemplar foi publicado em agosto da fotografia brasileira e internacional. Algumas de suas
Mato Grosso – Território de imagens (Edições Aroe, versão digital, e publica trabalhos de novos fotógrafos de 1999, contando cerca de 525 números editados. edições foram dirigidas, destacando temas como o fo-
2009), organizado por Domingos e com curadoria ge- e nomes já consagrados, contando com a colaboração Publicava portifólios, material filosófico e tojornalismo do Jornal da Tarde, ou a pu-
ral das pesquisadoras de fotografia Angela Magalhães de profissionais da fotografia brasileira na construção textos sobre filosofia e técnica fotográfica. blicidade. Cirenza publicou a Paparazzi até
e Nadja Peregrino, apresenta de forma cronológica a do seu conteúdo. Ganhou força com o apoio de diletantes * Produto cultural descontinuado meados da década de 2000.

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3. TV, INTERNET, VÍDEO Fotosite (Débora 70) por meio da Foto in Cena Produções. Com Icônica
duração de 10 a 12 minutos por episódio, o programa
Aqui também vale lembrar que estão listados ape- O Fotosite, com sede em São Paulo, SP, foi um site traz depoimentos de fotógrafos brasileiros como Clau- O Icônica é um blog criado em 2009, pelos profes-
nas produtos audiovisuais, ou veiculados via internet, pioneiro, dedicado à fotografia. Criado inicialmente dio Edinger, Pedro Vasquez, Leopoldo Plentz, Luiz Gar- sores e pesquisadores Rubens Fernandes Junior e
que visam à reflexão, pois também é grande o núme- pelos fotógrafos Marcelo Soubhia, Adi Leite, Pisco rido, Luiz Eduardo Achutti, Joaquim Paiva, Claudio Feijó Ronaldo Entler, a fim de compartilhar pesquisas e
ro de produtos deste tipo no meio fotográfico. Del Gaiso e Rogério Assis, passou a ser dirigido ape- e Clicio Barroso, entre outros. A primeira temporada, reflexões sobre a fotografia de ambos os pesquisa-
nas por Soubhia e Del Gaiso, e, posteriormente, com de 2007, teve 26 programas, reprisados em 2008, e a dores, relacionando-as com experiências cotidianas,
a entrada de Bob Wollhein, pela empresa Sixpix Con- segunda temporada, também com 26 programas, foi com o objetivo de ampliar o diálogo sobre temas do
Dobras Visuais tent, em 2000. O Fotosite na verdade foi um portal exibida em 2010 e reprisada em 2011. ambiente acadêmico e outros mais gerais, que envol-
de fotografia, que se expandiu com a criação da Re- vem desde publicações de livros a análise de expo-
O Dobras Visuais é um blog criado em 2009, por Lí- vista FS, da Semana da Fotografia Epson Fotosite, sições, trabalhos de fotógrafos, reflexões filosóficas
via Aquino, para compartilhar sua aproximação com a com cinco edições e o Fotosite TV, precursores da Foto Escambo e outras demandas pelo pensamento da fotografia,
fotografia, o que pensa sobre e por imagens. Um dos disseminação de conteúdo fotográfico multiplatafor- de ontem e da contemporânea. Com posts sempre
seus desafios é o exercício contínuo de observação ma. Além do portal, foi criada a Agência Fotosite, a O Foto Escambo, criado em 2010, pelo fotógrafo pertinentes, o blog hoje é um dos mais interessantes
e reflexão das ações e dos discursos, nos diversos primeira agência de fotografia independente do país gaúcho Hans Georg, em parceria com o Grupo Baita na discussão da imagem fotográfica e seus desdo-
meios onde a imagem aparece. Atualmente, além da a disponibilizar fotos digitais para download com co- Profissional, durante o 4° FestFotoPoa, sob o nome bramentos. Seu endereço é www.iconica.com.br.
exposição dos projetos, é composto pelas seções: bertura fotográfica em tempo real, administrada atu- “Varal do Escambo.” De forma independente do fes-
Desempacotando minha biblioteca, Doutorar, Estu- almente por Soubhia. tival, os fios foram instalados em frente ao Café do
dos, Exposições, Gosto de ver, Livros, Modos de Re- Após a associação de Bob Wollhein, as atividades Cofre, no Santander Cultural. É um projeto demo- Offestival: intervenção urbana
cordar, O que é fotografia?, Pensando e Por aí. se multiplicaram por outras plataformas e publicações crático, que visa fomentar o colecionismo e o apre- com fotografia
on line e impressas, perdendo seu caráter original co- ço pela imagem. Formado por um banco inicial de
nectado integralmente à fotografia. O site encerrou as imagens, que são expostas em forma de varal, sem O projeto Offestival: intervenção urbana com fotogra-
Extraquadro atividades em 2009, devido à inviabilidade econômica identificação do autor e disponibilizadas para serem fia foi lançado em 2009, pela produtora paulista e fo-
e estratégica, ao lado dos demais produtos da Sixpix trocadas pelos interessados. Amadores e profissio- tógrafa Paula Cinquetti, com o intuito de buscar novos
O Extraquadro é um Blog que tem como objetivo ar- Content, e por conta de seus criadores procurarem nais se misturam e escolhem a foto que mais lhes públicos para a fotografia por meio da interação de en-
quivar e disponibilizar textos e pensamentos sobre novos desafios noutros campos da fotografia. O portal agrada, deixando uma de autoria própria no lugar da saios fotográficos de fotógrafos diversos, com as ci-
fotografia e imagem, desenvolvidos pela antropólo- hoje é disponiblizado pelo blog Olhavê, como um ar- retirada. O Foto Escambo aconteceu também no Pa- dades-sede de festivais de fotografia. No Offestival as
ga e professora pernambucana Georgia Quintas. O quivo relevante para a fotografia nacional. raty em Foco, e já contou com imagens de grandes fotografias são coladas na rua, de forma a relacionar
nome do blog é inspirado em texto do pensador e A produção do Fotosite teve caráter noticioso e profissionais brasileiros como Leopoldo Plentz, Iatã o ensaio com a situação urbana local, unindo pesso-
professor Arlindo Machado, extraido de seu livro A cultural, com notícias, resenhas de livros e artigos Cannabrava, Fifi Tong, entre outros. as e diferentes localidades por meio da identificação
Ilusão Especular, Introdução à Fotografia, de 1984, exclusivos e filosóficos sobre a imagem brasileira e visual. Até o momento 12 fotógrafos já participaram
e nos sugere o quão é significante percebermos o internacional. Teve participação, no início, da jornalista do projeto, com intervenção nos festivais: FotoRio, SP
intangível na fotografia. Simonetta Persichetti, e outros nomes ligados à foto- Foto in Cena – Projeções Photo Fest, Paraty em Foco, FestFotoPOA, New York
grafia nacional, além de um colunista fixo, o fotógrafo Photo Festival e Mês da Fotografia de Brasília.
santista Juan Esteves, com mais de duzentas colunas Realizado pelo Foto in Cena Produções, o Foto in
FotoPlus publicadas, que também editou o site por um período, Cena é um evento de projeção multimídia, de traba-
e colunistas esporádicos como Iatã Cannabrava, Mar- lhos fotográficos com outras intervenções artísticas, Olhavê
O FotoPlus é um web site de referência sobre a his- celo Greco, Eder Chiodetto, entre outros. A criação realizado, mensalmente, entre 1993 e 2003, no Rio
tória da fotografia no Brasil, idealizado e coordena- da Revista Fotosite surgiu da parceria com a empresa de Janeiro, RJ, e em Salvador, BA. O objetivo é di- O blog Olhavê, criado e coordenado pelo fotógrafo
do pelo historiador e pesquisador paulista Ricardo francesa Fnac, e era distribuída exclusivivamente em vulgar a fotografia brasileira e abrir diálogo com ou- pernambucano Alexandre Belém e pela antropóloga
Mendes, que reúne serviços diversos, como ensaios sua rede de lojas. Entre os colaboradores da revista se tras artes. Já participaram do Foto in Cena mais de e professora pernambucana Georgia Quintas, é um
editados no boletim Páginas Negras, ou sites asso- destacam: Pisco Del Gaiso, Juan Esteves e seu último duzentos fotógrafos brasileiros. Além das projeções, território virtual onde se estabelece o diálogo e a
ciados, como Vilém Flusser no Brasil. O www.foto- editor, o fotógrafo João Wainer. o evento dura até quatro dias, abrangendo debates, discussão sobre fotografia. O blog começou em se-
plus.com teve caráter pioneiro na disponibilização de oficinas e exposições fotográficas. tembro de 2007 e conta com um vasto arquivo que
conteúdo sério e de alta qualidade na internet, com Entre os fotógrafos participantes estão Walter pode ser consultado a qualquer momento. O objetivo
textos e referências da imagem brasileira de diver- Foto em Cena – Programa de TV Firmo, Evandro Teixeira, Walter Carvalho, Zeka Araú- é promover discussões sobre a linguagem fotográ-
sos períodos, mapeamento de atividades no meio, jo, Miguel Rio Branco, Luiz Garrido, Cássio Vascon- fica, aspectos históricos e sua contemporaneidade.
entre outros serviços. Foi desenvolvido em meados A Foto em Cena é uma série para TV veiculada desde cellos, além dos artistas Belô Velloso, Bianca Ramo- Ganhou o primeiro lugar na categoria Blog/Site do
da década 2000. 2007 pelo Canal Brasil. É produzida por Débora Setenta neda, Michel Melamed, Lan Lan, Elisa Lucinda. prêmio “O Melhor da Fotografia, Brasil 08/09”. O blog

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também abriga link especial para o arquivo do extin- Arteclara entre 2004 e 2005, no Rio de Janeiro,
to site www.fotosite.com.br e para outras formata-
ções como Extraquadro, Fórum Virtual, Perspectiva
e Sobre Imagens. Um dos espaços virtuais mais pro-
curados, traz grandes entrevistas com renomados
fotógrafos, portifólios de fotógrafos consagrados e
RJ. As projeções eram seguidas de uma entrevista
feita por Débora Setenta com o fotógrafo convida-
do. O evento reuniu em torno de oitenta pessoas
por edição.
VIII
OS PESQUISADORES, CRÍTICOS E CURADORES
iniciantes, e procura estabelecer uma sincronia visu-
al e filosófica da fotografia. Sete Fotografia Acadêmicos ou não, os pesquisadores, críticos e curadores exercem papel fundamental para a fotografia.
Aqui, o pesquisador encontra esse elenco diverso, rico em qualidade e grande em quantidade.
O Sete Fotografia é um blog de fotografia, dedicado
Perspectiva à pesquisa e debates acerca da imagem. Editado por
Ana Lira, Bella Valle, Priscilla Buhr, Joana Pires, Maíra
Perspectiva é um site de interesse e de busca em re- Gamarra e Val Lima.
conhecer os que fazem e produzem a partir da lingua-
gem fotográfica. Mais do que “elencar” nomes de
fotógrafos, a intenção é dar visualidade a seus traba- Trama Fotográfica
lhos. Mais de vinte fotógrafos de diversas regiões do
país já tiveram a chance de expor suas fotografias na O Trama Fotográfica é um blog sem periodicidade fe-
galeria virtual do Perspectiva. O site é editado pelo chada, dedicado à discussão da fotografia, criado e
fotógrafo pernambucano Alexandre Belém e pela an- editado pela professora e jornalista italiana Simonet-
tropóloga e professora pernambucana Georgia Quin- ta Persichetti. Nesse espaço virtual, escreve-se so- Alexandre Belém, 1974, Recife, PE docente e pesquisador, no Instituto de Artes da UFR-
tas. É linkado com o blog Olhavê, dirigido pelos dois. bre exposições, livros, imagens, comentários de fo- GS, junto ao Departamento de Artes Visuais e ao Pro-
tos e fatos. O nome do blog é inspirado em texto do Alexandre Belém é graduado em Comunicação Social grama de pós-graduação em Artes Visuais. Concentra
pesquisador e fotógrafo paulista Boris Kossoy que, pela Universidade Católica de Pernambuco (1995). as suas pesquisas em Fundamentos e Crítica das
Quintas Fotográficas entre outros, escreveu o livro Realidades e ficções na Jornalista e fotógrafo, trabalha com fotografia desde Artes, principalmente nos seguintes temas: arte con-
trama fotográfica. Boa parte do conteúdo se resume 1992. É Editor de Fotografia do site Veja.com, em São temporânea, história da fotografia, arte e gênero. Atua
Quintas Fotográficas foi um evento semanal de a reproduzir também as matérias da jornalista, publi- Paulo. Foi repórter-fotográfico no Jornal do Commer- também como crítico de arte e curador independente.
projeções e entrevistas realizado pela produtora cadas no Caderno 2 , do jornal O Estado de S. Paulo e cio, de Recife, por duas vezes, em 1993–1996 e 2004– É membro do Comitê Brasileiro de História da Arte
Foto in Cena Produções e pelo Instituto Cultural na revista Brasileiros. 2009. Foi co-fundador de duas agências de fotografia (CBHA), da Associação Brasileira de Críticos de Arte
em Pernambuco: Lumiar e Titular. É o criador e autor (ABCA) e da Associação Internacional de Críticos de
do blog Olhavê e co-autor do site Perspectiva. Belém Arte (AICA).
foi também editor do Fórum Virtual, espaço na web
do 2º Fórum Latino-Americano de Fotografia de São
Paulo (junho-outubro de 2010), e editor temporário do Angela Magalhães, 1954, Rio de Janeiro, RJ
blog colaborativo do festival de fotografia Paraty em
Foco – (junho a setembro de 2009). Desenvolve ação A carioca Angela Magalhães é pesquisadora, cura-
curatorial no Museu de Arte Moderna Aloísio Maga- dora e produtora cultural independente, com impor-
lhães, MAMAM, de Recife, coordenando com Georgia tantes realizações na difusão da fotografia brasileira
Quintas o Clube da Fotografia. e internacional. Trabalhou no Núcleo de Fotografia /
Instituto Nacional de Fotografia da Funarte (1979–
2003). Coordenou, com Nadja Peregrino, as Sema-
Alexandre Ricardo dos Santos, 1963, nas Nacionais de Fotografia (1982-1989), e mais de
Caxias do Sul, RS uma centena de mostras nacionais e internacionais.
Entre 1990 e 2003, presidiu o Núcleo de Fotografia
Alexandre Ricardo dos Santos é graduado em Histó- onde criou o I Encontro Nacional de Coordenado-
ria pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul res de Eventos fotográficos (1991), e o Prêmio Na-
(UFRGS) (1990), onde também fez mestrado (1997), cional de Fotografia (1995–1998), dando, também,
e doutorado (2006), ambos em Artes Visuais com ên- continuidade ao Prêmio Marc Ferrez (de bolsa de
fase em História, Teoria e Crítica de Arte. Atua, como pesquisa) e à Coleção Luz e Reflexão, com o lan-

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çamento de livros como: A Fotografia moderna no Narrativas, e dramaturga de imagens na peça Esta- Brasília, em 1987. A instituição promoveu mais seis tografia e vídeo para instituições como MAM-SP, Itaú
Brasil, Helouise Costa e Renato Rodrigues/Minc/ mira, em produção, com a atriz Dani Barros e dire- semanas de fotografia na cidade. Suas atividades se Cultural, Caixa Cultural, Museu da Casa Brasileira e
Funarte/IPHAN, 1995. Participou de comissões de ção de Beatriz Sayad. encerraram no início da década 1990. Sesc, entre outros.
premiação nacionais e internacionais, dentre elas, o
Prêmio máximo de Fotografia da Bienal Internacio-
nal de Fotografia de Curitiba (1996). Participou de Boris Kossoy, 1941, São Paulo, SP Diógenes Moura, 1957, Recife, PE Fernando de Tacca, 1954, Franca, SP
conferências internacionais no México, Inglaterra,
Uruguai e, na área da pesquisa, conquistou prêmios É graduado em arquitetura pela Universidade Pres- Escritor, jornalista e roteirista, vive e trabalha em Fernando de Tacca é mestre em Multimeios (UNI-
como o da Fundação Vitae e Rio Arte. Tem diversos biteriana Mackenzie (1960), pós-graduado (mestra- São Paulo, SP. Notabiliza-se pelo pensamento críti- CAMP, 1990), doutor em Antropologia (USP, 1999). É
artigos publicados em livros, catálogos e revistas do e doutorado) em Ciências pela Fundação Escola co fotográfico e artístico, exposto em textos sobre professor Livre Docente no Departamento de Multi-
nacionais e estrangeiras. de Sociologia e Política de São Paulo (1977–79). En- obras de grandes fotógrafos – fluxo de seu trabalho meios, Mídia & Comunicação do Instituto de Artes da
tre 1998 e 2008 foi professor de cursos de gradu- como curador na Pinacoteca do Estado de São Pau- UNICAMP, e responsável pelas disciplinas “História
ação do Departamento de Jornalismo e Editoração lo e da sua relação entre fotografia e literatura. Foi da Fotografia” e “Antropologia da Imagem”, do curso
Antonio Fatorelli, 1957, Rio de Janeiro, RJ da ECA-USP. É membro do conselho consultivo da premiado em três edições pela Associação Paulista de Midialogia. É professor do programa de pós-gra-
Coleção Pirelli-MASP de Fotografia, entre outras dos Críticos de Arte (APCA) e recebeu, em 2009, o duação em artes da UNICAMP, na linha de pesquisa
Antonio Fatorelli é professor da Escola de Comunica- instituições culturais. prêmio de Melhor Curador de Fotografia do Brasil “Cultura audiovisual e mídia”. Foi professor brasileiro
ção da Universidade Fedaral do Rio de Janeiro, UFRJ. Foi diretor do Museu da Imagem e do Som de São pelo Sixpix/Fotosite. Autor de livros de ficção e poe- visitante na Universidade de Estudos Estrangeiros de
Realizou várias exposições de fotografia e de imagem Paulo e do Idart – Divisão de Pesquisas do Centro Cul- sia, entre eles Elásticos Chineses – Poemas Físicos Osaka, Japão, e assumiu a Cátedra de Estudos Bra-
digital em que predominam a dimensão experimen- tural S.Paulo. Como historiador e pesquisador tem sua (1998) e Drão de Roma – Dezembro Caiu (2006), am- sileiros na Universidade de Buenos Aires, em 2004.
tal e conceitual. É pesquisador do Núcleo N-Imagem obra mais conhecida voltada à investigação da história bos publicados pela Editora Fundação Casa de Jorge Coordenador do Núcleo de pesquisa “Fotografia,
(ECO/UFRJ) e coordenador do Seminário Temático Ci- da fotografia no Brasil e América Latina, aos estudos Amado. Como curador, foi responsável pelas expo- comunicação e cultura” Intercom. (2004/2007). Foi
nema como arte, e vice-versa, da Socine. Desenvolve teóricos da expressão fotográfica e ao emprego da sições A Procura de um Olhar, Fotógrafos Franceses contemplado no Concurso Marc Ferrez de Fotografia
atualmente os projetos: Transcinema fotografia e cine- iconografia como fonte de pesquisas nas Ciências Hu- e Brasileiros Revelam o Brasil (2009); German Lor- da Funarte em 1984 e 2010 e também pela Bolsa Vi-
ma nas imagens interativas, apoiado pela Faperj, parti- manas e Sociais Aplicadas. ca – Fotografia como Memória (2007); Boris Kossoy tae de Artes 2002.
cipa do projeto integrado Cinema no campo ampliado: É autor dos livros de história e pesquisas: Her- – O Caleidoscópio e a Câmera (2008); Estúdio de Em 2006, ganhou o Prêmio Pierre Verger de Fo-
entre cinema e arte contemporânea, financiado pelo cule Florence, a Descoberta Isolada da Fotografia Arte Irmãos Vargas – A Fotografia de Arequipa, Peru, tografia da Associação Brasileira de Antropologia e o
CNPq, e coordena o projeto Midiateca da ECO/UFRJ, no Brasil; Origens e Expansão da Fotografia no Bra- 1915/1930, (2010), e Bom Retiro e Luz: um roteiro, Prêmio de Reconhecimento Acadêmico Zeferino Vaz
financiado pela Secretaria Estadual de Cultura do Rio sil – Século XIX; Álbum de Photographias do Estado 1976/2011, (2011). É também curador do festival A (UNICAMP). Publicou dois livros, dentre eles o A Ima-
de janeiro. de São Paulo 1892: Estudo Crítico; São Paulo, 1900; Gosto da Fotografia, realizado em Salvador, Bahia, gética da Comissão Rondon (2001), e mais de cinquen-
Dicionário Histórico-Fotográfico Brasileiro; Fotogra- que integra a Rede de Festivales y Encuentro de la ta artigos sobre fotografia, cinema e antropologia visu-
fia e História; Realidades e Ficções na Trama Foto- Fotografía Latino-Americana. al, além de onze trabalhos em anais de eventos e seis
Bárbara Copque, 1969, Porto Alegre, RS gráfica; Os Tempos da Fotografia: O Efêmero e O capítulos de livros. Realizou várias exposições fotográ-
Perpétuo. Como fotógrafo autoral publicou Viagem ficas no Brasil e no exterior. É coordenador do Núcleo
Bárbara Copque é doutora em Ciências Sociais pelo Fantástico, em 1971 e Boris Kossoy, Fotógrafo, Eder Chiodetto, 1965, São Paulo, SP de Pesquisa “Fotografia: Comunicação e Cultura”, da
pelo Programa de pós-graduação em Ciências So- de 2010. É também co-autor com Maria Luiza Tucci Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares em
ciais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Carneiro de O Olhar Europeu: o Negro na Iconogra- Eder Chiodetto é mestre em Comunicação e Artes Comunicação, desde 2004. Idealizador e coordenador
(PPCIS/UERJ). Professora nas Universidades Está- fia Brasileira do Século XIX; A Imprensa Confiscada pela Universidade de São Paulo, jornalista, fotógrafo, editorial desde 2000 da Revista Eletrônica Studium.
cio de Sá, FGV e Uni La Salle. Tem experiência na pelo Deops-SP (1924-1954). curador independente e crítico de fotografia do jornal
área de Antropologia e Sociologia, atuando princi- Folha de S.Paulo, veículo no qual atuou como repórter
palmente nos seguintes temas: antropologia visu- fotográfico (1991 a 1995), e como editor de fotografia Francisco Gustavo Costa de Lima e Moura,
al, narrativas fotográficas, menores em situação Centro de Pesquisa Fotográfica do Centro (1995 e 2004). É autor do livro O lugar do escritor (Co- 1960, João Pessoa, PB
de risco, criminalidade feminina, violência urbana e Universitário de Brasília sac Naify, 2002), um dos vencedores do Prêmio Ja-
envelhecimento. Publicou artigos sobre fotografia buti 2004. Coordenador editorial da coleção de livros Francisco Gustavo Costa de Lima é curador da mostra
e antropologia, realizou ensaios fotográficos e par- O Centro de Pesquisa Fotográfica do Centro Universi- de fotografia brasileira FotoPortátil na editora Cosac Setembro Fotográfico, que reuniu quinze fotógrafos,
ticipou de realização de vídeos etnográficos. Atual- tário de Brasília foi criado no final da década de 1979, Naify. Ministra aulas nas cadeiras de Fotojornalismo e em João Pessoa, PB, com o obejtivo de incentivar e
mente, é Membro do Grupo de Estudos da Família por fotógrafos ligados à vida acadêmica. Destacou-se Fotografia Documental no Bacharelado de Fotografia divulgar os artistas locais. Atualmente, é fotógrafo da
contemporânea/Grefac e pesquisadora associada como um dos principais centros de formação de fotó- do Senac-SP. Responde atualmente pela curadoria do Coordenação de Extensão Cultural da Universidade
do Grupo de Pesquisa Imagens e Narrativas, onde grafos em Brasília. Organizou, junto com a União de Clube de Colecionadores de Fotografia do MAM-SP. Federal da Paraíba (UFPB), e desenvolve trabalhos
coordena os seminários internacionais Imagens e Fotógrafos de Brasília, a I Semana de Fotografia de Nos últimos anos realizou diversas curadorias de fo- para o mercado editorial, além de projetos autorais.

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Georgia de Andrade Quintas, 1973, Recife, Teoria e Crítica do Museu. Atua na área de Artes com Isabel Amado, 1963, Rio de Janeiro, RJ versidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, RJ, e
PE ênfase nos seguintes temas: fotografia moderna e do Ateliê da Imagem, na mesma cidade. Coordena as
contemporânea, fotojornalismo, fotografia e repre- Isabel Amado trabalha com fotografia desde 1988, exposições das edições do Encontro Internacional de
Georgia Quintas é professora e pesquisadora nos sentação, teoria e crítica de arte, museologia, histó- quando mudou-se para São Paulo, SP. Curadora inde- Fotografia do Rio de Janeiro, o FotoRio, desde 2003.
campos da teoria e filosofia, além de crítica da ria das exposições de arte e arquitetura de museus. pendente, sócia da Galeria da Gávea, no Rio de Janeiro, No evento, já foi curadora de mostras como Limiares
imagem fotográfica. Doutora em Antropologia pela É co-autora do livro A Fotografia Moderna no Brasil RJ, e diretora da Galeria da Rua, em São Paulo, dirige a Urbanos, em 2007, e atuou como assistente dos cura-
Universidade de Salamanca (Espanha), mestre em (Cosac Naify, 2004). empresa Anima Montagens desde 2000, especializada dores Jean-Luc Monterosso e Milton Guran.
Antropologia pela Universidade Federal de Pernam- na organização e na manutenção de arquivos e acervos
buco (UFPE) e pós-graduada em História da Arte de fotografia. Foi coordenadora da Galeria Fotoptica en-
pela Fundação Armando Álvares Penteado – Faap/ Iatã Cannabrava, 1964, São Paulo, SP tre 1988 a 1996, realizando 74 exposições de fotógrafos Joaquim Paiva, 1946, Rio de Janeiro, RJ
SP. Atualmente, é coordenadora da pós-graduação brasileiros. De 1997 a 2000, coordenou o Departamen-
em Fotografia da Fundação Armando Álvares Pente- Iatã Cannabrava é fotógrafo, curador e produtor cul- to de Fotografia do Museu da Imagem e do Som (MIS), Diplomata de carreira, trabalhou em diversas embai-
ado – FAAP/SP. Curadora do Clube de Colecionado- tural. Como fotógrafo, desenvolve trabalhos docu- de São Paulo. Participou de diversos grupos e festivais xadas brasileiras na América e na Europa. Coleciona-
res de Fotografia do Museu de Arte Moderna Aloísio mentais com a paisagem urbana das cidades e tem fotográficos, como as IV e V Semanas Paulistas de Fo- dor de fotografia contemporânea, também é fotógra-
Magalhães (MAMAM), Recife/PE. Co-autora do site trabalhos nos principais acervos brasileiros, como a tografia (1990/1991) e do Nafoto – Núcleo dos amigos fo com trabalhos autorais já expostos em diferentes
Perspectiva e Olhavê. Foi do conselho editorial do Coleção Pirelli-MASP, a coleção do Museu de Arte da Fotografia, (1991/97). Fez parte das comissões da mostras e espaços brasileiros.
Fórum Virtual, espaço na web do 2º Fórum Latino- de São Paulo e a Coleção Joaquim Paiva. Foi pre- Funarte (1994/1995) e foi organizadora do 1º Leilão de É colecionador desde 1978 e tem cerca de 1.200
-Americano de Fotografia de São Paulo (junho-outu- sidente da União dos Fotógrafos de São Paulo de Fotografia da Bolsa de Arte (2008), e dos leilões do Fes- imagens em seu acervo, de mais de 170 fotógrafos
bro de 2010). É autora do livro Man Ray e a Imagem 1989 a 2004. É proprietário do escritório de produ- tival Paraty em Foco (2007/2008/2009/2010). brasileiros contemporâneos. Tal coleção foi exibida
da Mulher – A vanguarda do olhar e das técnicas ção cultural Estudio Madalena, com sede em São pela primeira vez, e, em parte, em São Paulo em
fotográficas (Cepe, 2008). Paulo, por onde organizou mais de 30 exposições, e maio de 1993, na Casa da Fotografia Fuji, durante o I
ministrou mais de oitenta workshops, além de pro- Itamar de Morais Nobre, 1962, Natal, RN Mês Internacional da Fotografia, organizado pelo Na-
jetos especiais, como Revele o Tietê que Você Vê, foto. Seguiram-se mostras em: 1994, São Francisco,
Gustavo Boroni, 1981, Maceió – AL (1991); Foto São Paulo (2001); Povos de São Paulo – Itamar Nobre é graduado em Comunicação Social EUA, no Center for the Arts at Yerba Buena Gardens;
Uma Centena de Olhares sobre a Cidade Antropofá- (Jornalismo) pela Universidade Federal do Rio Grande 1995, Rio de Janeiro, no Centro Cultural Banco do
Gustavo Boroni é graduado em Relações Públicas, gica (2004); Expedição Cívica, Ecológica e Fotográ- do Norte (1997), com especialização em Antropologia, Brasil; 1996, Curitiba, durante a I Bienal Internacio-
pela Universidade Federal de Alagoas, e em Publi- fica De Olho nos Mananciais (2008), e o Encontro mestrado em Ciências Sociais (Cultura e Represen- nal de Fotografia, e em Buenos Aires, Argentina, no
cidade e Propaganda pela Faculdade Alagoana de de Coletivos Fotográficos Iberoamericanos (2008). tações) pela Universidade Federal do Rio Grande do Teatro General San Martín; 1997, Buenos Aires, no
Administração. Desde 2007, é professor do curso É responsável pela coordenação da programação do Norte (2003), e doutorado pelo Programa de pós-gra- mesmo local; 1998, FotoFest Houston; 1999, Lima,
livre de Inicialização à Fotografia e Fotografia Digi- Festival Internacional de Fotografia Paraty em Foco duação em Ciências Sociais pela Universidade Federal Peru, no Centro Cultural da Universidade Católica e
tal. Em 2011, criou a coluna Imagem Digital, publi- e, atualmente, coordena o Fórum Latino-Americano do Rio Grande do Norte (2005). Atualmente, é profes- na Galeria da Municipalidade de Miraflores; 2000, La
cada no Caderno de Tecnologia do O Jornal, des- de Fotografia de São Paulo, realizado pelo Instituto sor de terceiro grau adjunto III, pelo Departamento de Paz, Bolívia, no Museu de Arte de La Paz; 2001, Pa-
tinada à divulgação de novos talentos das Artes Itaú Cultural. Comunicação Social da Universidade Federal do Rio ris, França, Fondation Cartier pour l’art contemporain,
Visuais em Alagoas. Grande do Norte. É docente-pesquisador do PPgEM/ com fotografias de Alair Gomes. A coleção se encon-
UFRN – Programa de pós-graduação em Estudos da tra registrada no livro Visões e Alumbramentos, pu-
Inarra – Grupo de Pesquisa Imagens, Mídia. É Líder do Grupo de Pesquisa Pragma – Prag- blicada pelo Banco Santos.
Helouise Costa, 1960, Rio de Janeiro, RJ Narrativas e Práticas Culturais mática da Comunicação e da Mídia: Teorias, Lingua- Sua coleção estrangeira, com aproximadamen-
gens, Indústrias Culturais e Cidadania. Tem experiên- te 300 fotografias, de 70 fotógrafos, tomou corpo
Helouise Costa é graduada em Arquitetura pela Uni- O Inarra, Grupo de Pesquisa Imagens, Narrativas e cia na área de Ciências Sociais e Comunicação Social, especialmente depois que o colecionador começou
versidade Federal do Rio de Janeiro (1983), e pós-gra- Práticas Culturais, com sede no Rio de Janeiro, RJ, foi com ênfase nos estudos e pesquisas sobre Fotogra- a participar, nos anos de 1998, 2000, 2002 e 2004,
duada, com mestrado em Artes pela Escola de Comu- criado em 1994. É um grupo de pesquisa ligado ao fia, atuando como pesquisador, principalmente nos da bienal americana – FotoFest Houston – realizada
nicação e Artes da Universidade de São Paulo (1994), programa de pós-graduação em Ciências Sociais da seguintes temas: imagem, fotojornalismo, fotografia, nessa cidade do Texas e que constitui um dos maio-
e doutorado em Arquitetura pela mesma Universidade Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Desde en- cultura e sociedade, narrativa visual e meio ambiente. res eventos do circuito internacional de fotografia. A
(1999). Prestou concurso de livre-docência na área tão, vem atuando na formação de pesquisadores no coleção estrangeira foi exposta uma única vez e em
de História, Teoria e Crítica de Arte em Museus, no campo da Antropologia Visual. Coordenado por Clarice parte: no ano 2000, em Lima, Peru – “10 Fotógrafos
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de Peixoto, reúne estudantes de graduação, de pós-gra- Joana Mazza, 1975, Rio de Janeiro, RJ Norte-Americanos” – na Galeria El Ojo Ajeno. A cole-
São Paulo, em 2009. Foi vice-diretora do MAC USP duação e pesquisadores diversos, interessados em ção estrangeira é constituída de fotógrafos de diver-
no período de junho 2006 – julho 2010 e, atualmen- refletir sobre a narrativa imagética e em aplicá-la na É sócia da Iris Produção Cultural, coordenadora do pro- sas nacionalidades, principalmente norte-americanos
te, é Coordenadora da Divisão de Pesquisa em Arte, pesquisa antropológica. jeto Imagens do Povo, professora convidada da Uni- e latino-americanos.

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Labfoto – Laboratório de Fotografia / UFBA em Artes Visuais e Mestre em Multimeios pela UNI- Porto Alegre, RS. É autor de vários livros de fotografia, Niépce, França (2006); no Fórum Latino-Americano
CAMP, além de bacharel em Psicologia pela Univer- entre os mais importantes, A matéria encantada, Xico de São Paulo (2007), no Photograma (Montevidéu,
O Laboratório de Fotografia (Labfoto) é um órgão da sidade Federal do Paraná. É professora do curso de Stockinger e Iberê Camargo por Achutti. 2007/2008/2009), no Fotolink em Londrina (2010), no
Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da pós-graduação em Fotografia da Fundação Armando Ciclo de Artes Visuais em Mato Grosso (2010), e na
Bahia, de acordo com as normas do Conselho Federal Alvares Penteado (Faap). Foi docente no Bacharelado Semana de Fotografia de Recife (2010).
de Educação que estabelece a criação de laboratórios e na pós-graduação em Fotografia do Centro Universi- Marcia Mello, 1958, Rio de Janeiro, RJ Na área de pesquisa, acumula prêmios tais como
com o objetivo principal de capacitar a formação dos tário Senac (2000-2008), em São Paulo, nas disciplinas a Bolsa Rio Arte/98 e a da Fundação Vitae Brasil
estudantes nas habilitações oferecidas pelo curso de Modos de Recordar e Celebrar, O suporte como discur- Marcia Mello é produtora cultural autônoma e tra- (2004); publicou diversos artigos em revistas nacio-
Comunicação. Além de atender aos cursos de Jornalis- so, Orientação de Projetos e Seminários de Pesquisa. balha com conservação de acervos fotográficos. É nais e estrangeiras, a exemplo do Dicionário Oxford
mo e Produção Cultural da Faculdade de Comunicação, Participou, ainda, do processo de reformulação do cur- formada pelo Centro de Conservação e Preservação Companion to the Photograph, Inglaterra/2005 e
o LabFoto mantém cursos livres de fotografia, realiza rículo desses cursos, por meio de uma pesquisa em da Fotografia da Funarte e pelo Atelier de Restau- Barnabás Bosshart, Brasilienbilder, 1980-2005 (Su-
exposições, conferências, projetos fotográficos e ou- grupo, dentro do campo das artes, para mapeamento ration et de Conservation de Photographies de la íça, 2007), além dos livros O Cruzeiro – A revolução
tros eventos. Funciona ainda como uma agência de fo- da fotografia como objeto de estudo na Universidade. Ville (Paris). da fotorreportagem (Editora Dazibao,1991), Foto-
tografia para atender às demandas internas e externas Foi curadora de exposições como “O daguerreó- grafia no Brasil, um olhar das origens ao contem-
à Faculdade de Comunicação/UFBA. tipo nas coleções cariocas”, no Paço Imperial (RJ), em porâneo (Funarte/Minc, 2004), Mato Grosso – ter-
Luiz Alexandre Lima Ferreira, 1962, Rio de julho e agosto de 1998, evento integrante da campa- ritório de imagens (Secretaria de Estado de Cultura
Janeiro, RJ nha nacional de identificação de daguerreótipos nas de Mato Grosso, 2008), Fotoclubismo brasileiro, o
Laboratório de Imagem e Som em coleções brasileiras, promovida pela Funarte e coor- legado da Sociedade Fluminense de Fotografia (no
Antropologia – Lisa/USP Luiz Alexandre Lima Ferreira é pesquisador da histó- denada pela pesquisadora. prelo), estes três últimos em co-autoria com Ange-
ria da Associação Brasileira de Arte Fotográfica, Abaf. Tem textos publicados no Brasil e no exterior, la Magalhães. Em 2010, foi jurada do Prêmio Marc
O Laboratório de Imagem e Som em Antropologia, Lisa, Criador e editor da revista Espaço Photo. Foi colunista destacando-se o Manual de acondicionamento de Ferrez (Funarte), e do ArtePará (Fundação Rômulo
faz parte do Departamento de Antropologia da Faculda- da publicação Guia de Artes Plásticas Atelier, com a materiais fotográficos, editado pela Funarte com Maiorana).
de de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universi- coluna Falando de Fotografia. Exerceu o cargo de pre- apoio da Fundação Vitae, escrito em parceria com
dade de São Paulo. Foi inaugurado em outubro de 1991. sidente da Abaf durante os anos de 2006 e 2007, e, Maristela Pessoa, em 1994. Entre 1992 e 1997,
Tem como responsável a Profa. Sylvia Caiuby Novaes e atualmente, é presidente do conselho deliberativo da trabalhou no Museu de Arte Moderna do Rio de NFoto – Núcleo de Pesquisa em Fotografia
Yara Schreiber Dines como pesquisadora associada. Atua instituição. Trabalha como fotógrafo na Fundação de Janeiro, respondendo pela conservação de sua
como um centro básico de pesquisa e formação de alu- Arte de Niterói (FAN). coleção de fotografia e onde realizou diversas expo- O NFoto – Núcleo de Produção e Pesquisa em Fo-
nos no campo da Antropologia Visual e da Etnomusico- sições. Atualmente é curadora da Galeria Tempo, no tografia – foi criado por Patricia Gomes de Azevedo
logia. Abriga um acervo de cerca de 1.000 vídeos, 8.000 Rio de Janeiro, RJ. e funciona numa sala cedida pelo Departamento
imagens (entre fotos, cromos e chapas de vidro), além Luiz Eduardo Robinson Achutti, 1959, Porto de Fotografia, Teatro e Cinema da Escola de Be-
de documentos de referência, como livros, teses e ca- Alegre, RS las Artes da Universidade Federal de Minas Gerais
tálogos, e possui um laboratório fotográfico. Promove Nadja Peregrino, 1949, Rio de Janeiro, RJ (UFMG), em Belo Horizonte, MG. O núcleo atua no
encontros de docentes e pesquisadores das diferentes Luiz Eduardo Robinson Achutti é professor do Instituto estado promovendo a união de projetos relaciona-
áreas da Antropologia, como o Simpósio Internacional Tra- de Artes e da Antropologia da Universidade Federal Pós-graduada em Comunicação pela Universidade dos às chamadas “lens media”, iniciativas que têm
dução e Percepção, Ciências Sociais em Dialógo (2006). do Rio Grande do Sul. Atua também como fotógrafo Federal do Rio de Janeiro, atuou no Instituto Nacional a fotografia e o vídeo, por exemplo, como objeto
Desde 1998, o grupo de antropologia visual desenvolve e pesquisador independente. Há quinze anos publica de Fotografia da Funarte (1979–1990/RJ) e no Centro de estudo. A intenção é fomentar a pesquisa e po-
pesquisas sistemáticas em antropologia visual com o livros documentais de fotografia. É também professor de Artes da Universidade Federal Fluminense (1990– tencializar seus diversos desdobramentos, como
apoio da Fapesp, Capes e CNPQ, estabelecendo diálogo do Instituto de Artes e do Programa de pós-graduação 1998/Niterói/RJ), realizando as Semanas Nacionais exposições, cursos, eventos, seminários, palestras,
com outras áreas das Ciências Humanas como Cinema e em Antropologia Social da UFRGS, além de associa- de Fotografia (1982–1989), e inúmeras exposições publicações, etc. Entre os eventos produzidos estão
Fotografia. Realizou, dentre outros, os projetos temáticos do à Phanie Centre de l’ethnologie et de l’image, em como José Oiticica Filho, A ruptura da Fotografia o Projeto Corpo Coletivo/Collective Body, um proje-
Fapesp: Imagem em Foco nas Ciências Sociais (1998– Paris. Em Porto Alegre desenvolve pesquisas na área (Funarte, 1983), e a mostra coletiva Identidade, do to de pesquisa em arte, educação e novas mídias,
2003), e Alteridade, Expressões Culturais do Mundo Sen- de antropologia e em técnicas fotográficas antigas de analógico ao digital (UFF, 1992). Associada à Angela idealizado por Patrícia Azevedo (UFMG/BR) e Clare
sível e Construção da Realidade (2004–2007). sensibilização de papeis de desenho. Em 2003, fez a Magalhães realizou inúmeras mostras, entre as quais Charnley (LMU/UK). Concebido como uma atividade
curadoria da exposição A Universidade da Fotografia, Uncertain Brasil, apresentada no festival de Pinghao, colaborativa, realizada via internet, o programa dá
no Museu da UFRGS, Porto Alegre, RS. Em 2005, mi- China, em 2010. forma visual a uma série de diálogos, envolvendo
Lívia Aquino, 1971, Fortaleza, CE nistrou oficina na VI RAM, “VI Reunión de Antropolo- Entre suas conferências destacam-se aquelas estudantes e professores de arte de quatro univer-
gia del Mercosur”, Montevidéu, Uruguai, e, em 2007, a realizadas no V Colóquio Latino-americano de Fo- sidades, em três continentes. Ao longo de cinco
Lívia Aquino é fotógrafa e pesquisadora do campo da oficina “Photoethnographie: La photographie sur Le tografia, México (1996), na Feira Internacional do semanas, 40 participantes desenvolvem projetos
imagem. Escreve no blog Dobras Visuais. É doutoranda terrain”, na VII Reunião de Antropologia do Mercosul, Livro/Genebra /Suíça (2002), no Museu Nicéphore em parceria com pessoas que, até então, não co-

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nheciam. Já foram realizadas as edições de 2008, sim como as obras infantis empregando a fotografia: 25 anos, foi uma das criadoras da Galeria Fotoptica fia, na categoria Produção de Conhecimento, por meio
2009 e 2010, com a coordenação de Anna Karina Olhos de ver, 2001; e A princesa Isabel, o Gato e a da qual também foi diretora e curadora. Em 1991, foi de apoio ao pensamento crítico e teórico no campo da
Bartolomeu e Patricia Azevedo. Outro evento é a Se- fotografia, 2010. uma das fundadoras do Nafoto (Núcleo dos Amigos da fotografia, com o projeto para redação do livro Achados
mana da Fotografia de Belo Horizonte, que ocorreu Fotografia). Foi Curadora da Casa da Fotografia Fuji, de de Assis: a fotografia em Dom Casmurro.
em 2010, com as mesmas coordenadoras. 1997 a 2004, e participou de dezenas de edições e pu-
Ricardo Mendes, 1955, São Paulo, SP blicações de livros, congressos e seminários no Brasil
e no exterior. Mais recentemente, fez a curadoria do Silas de Paula, 1950, Castelo, ES
Paulo César Boni, 1958, Cambé, PR Pesquisador independente especializado em história DVD e livro Encontros com a Fotografia, em comemo-
da fotografia no Brasil desde 2005. Trabalha como pes- ração aos dez anos da Fnac no Brasil. Nakagawa tam- Silas de Paula é jornalista, fotógrafo, pesquisador
Professor da Universidade Estadual de Londrina quisador no Centro Cultural São Paulo, desde 1992, bém é colecionadora, e seu acervo já foi exposto em e professor doutor pela Universidade de Lough-
(UEL, Paraná) desde 1982. Em 1997, criou o Curso onde organizou a Equipe Técnica de Pesquisas em parte, na exposição itinerante “30 Anos de Fotografia”, borough, Inglaterra (1996). Professor do Curso de
de Especialização em Fotografia: Práxis e Discurso Fotografia (1993–2006). É responsável pelo projeto Vi- na Caixa Cultural em 2009. Comunicação da Universidade Federal do Ceará
Fotográfico – o primeiro curso de pós-graduação lém Flusser no Brasil e criador do site FotoPlus, que (UFC), desde 1985. Na Universidade, além de dar
Lato Sensu em fotografia do país. Em 2005, come- disponibiliza textos críticos sobre fotografia, um dos aulas para a graduação, atua na linha de pesquisa
çou a editar a revista Discursos Fotográficos, com melhores na consulta de textos e eventos da fotogra- Rubens Fernandes Junior, 1950, Rio Claro, em Fotografia e Audiovisual do Mestrado em Comu-
periodicidade anual. Em 2008, a revista passou a fia brasileira. SP nicação e coordena o grupo de Pesquisa em Cultura
ser semestral. Foi o coordenador do projeto de im- Visual. Integra o Ifoto. Participou da organizaçao do
plantação do Mestrado em Comunicação Visual da Jornalista, crítico e curador, doutor em Comunicação DeVerCidade, de 2005 a 2007; do Encontro Interna-
UEL, em 2008, do qual é coordenador. É lider do Ronaldo Entler, 1968, São Paulo, SP e Semiótica pela PUC-SP, professor e diretor da Facul- cional de Imagens Contemporâneas em 2009. Em
Grupo de Pesquisa Comunicação e História, cadas- dade de Comunicação da Faculdade Armando Álvares 2000, do consurso Ceará Cinema e Vídeo, em 2001
trado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Ronaldo Entler é jornalista graduado pela pela Pontifí- Penteado (Faap). Pesquisador de fotografia é membro do II Edital Ceará Cinema e Vídeo. Em 2010, ganhou
Científico e Tecnológico (CNPq). Avaliador de cursos cia Universidade Católica de São Paulo (PUC). É mes- do Conselho Curador da Coleção Pirelli-MASP de Fo- o Prêmio Marc Ferrez de Fotografia, Funarte. Desde
e institucional do Inep/MEC. tre em multimeios pelo IA-da Universidade Estadual tografia (Museu de Arte de São Paulo) e da Associação 2006, desenvolve pesquisa sobre a fotografia de ál-
de Campinas (UNICAMP), doutor em artes pela Es- Paulista de Críticos de Arte (APCA). Reside e trabalha buns de família.
cola de Comunicação e Artes da Universidade de São na cidade de São Paulo e mantém o blog Icônica, com
Pedro Vasquez, 1954, Rio de Janeiro, RJ Paulo (USP), pós-doutor em multimeios pelo IA-UNI- Ronaldo Entler. É também membro do Conselho Cura-
CAMP. Atuou na imprensa como repórter fotográfico dor do Festival Paraty em Foco e do Conselho Curador Simonetta Persichetti, 1956, Roma, Itália
Fotógrafo, pesquisador, crítico, curador, escritor e entre 1997 e 2002, participou de exposições coletivas do FestFotoPOA. Fernandes Junior foi um dos criado-
professor, mestre em Ciência da Arte pela Univer- e individuais. Foi diretor artístico da área de fotografia res do Nafoto – Núcleo dos Amigos da Fotografia, res- Simonetta Persichetti é jornalista, mestre em Comu-
sidade Federal Fluminense (UFF). Destacou-se, nos da Fundação Cultural Cassiano Ricardo de São José ponsável pelos eventos do Mês Internacional de Foto- nicação e Artes e doutora em Psicologia Social. Vem
anos 1980, como produtor cultural e incentivador da dos Campos, entre 1991 e 1995. Atualmente, é pro- grafia, que ocorreram de 1991 a 2011, em São Paulo. escrevendo sobre fotografia há 30 anos, em colabora-
fotografia no cenário artístico brasileiro. Foi um dos fessor e coordenador de pós-graduação da Faculdade É autor do livro Labirinto e Identidades, Panorama ções para revistas como Íris Foto e Paparazzi. Publicou
responsáveis pela criação do Instituto Nacional de de Comunicação, e professor da Faculdade de Artes da Fotografia no Brasil. 1946-98, pela Cosac Naify; A dois livros: Imagens da Fotografia Brasileira 1 e 2, em
Fotografia da Fundação Nacional de Arte – Infoto/Fu- Plásticas, ambas da Fundação Armando Álvares Pen- Fotografia Brasileira no Século XIX, da editora Fran- 1997 (Prêmio Jabuti 1999, na categoria Reportagem)
narte, em 1984, órgão que dirigiu até 1986; criou em teado (Faap), e professor visitante no Programa de cisco Alves, entre outros, além de participar como em 2000, respectivamente. Com o professor Thales
seguida o Departamento de Fotografia, Vídeo e No- pós-graduação em Multimeios do IA–UNICAMP. Pos- consultor e autor de textos em dezenas de livros bra- Trigo, coordena e edita, desde 2003, a Coleção Se-
vas Tecnologias do Museu de Arte Moderna do Rio sui capítulos de livros publicados, textos em catálogos sileiros. Foi juntamente com Pedro Vasquez, um dos nac de Fotografia, publicada pela Editora Senac, São
de Janeiro (Mam/RJ), do qual foi curador até 1988. de exposições, traduções de livros, além da produção criadores e consultores do Departamento de Pesqui- Paulo, totalizando 18 volumes publicados. Foi editora
Trabalhou também como editor de fotografia da re- de diversos artigos. Mantém o blog Icônica com o pro- sa de Fotografia do Itaú Cultural, atuando também de conteúdo do Fotosite e editora de texto da revista
vista Photo Câmera e subeditor de fotografia do jor- fessor Rubens Fernandes Junior. como consultor para inúmeras entidades públicas e REF, da Abrafoto. Trabalhou em diversos veículos im-
nal O Dia. privadas. portantes como a Editora Abril, especialmente entre
Recebeu o Prêmio Nacional de Fotografia da os anos de 1991 e 2000, como coordenadora da área
Funarte, em 1996, e Bolsa Vitae de Fotografia, em Rosely Matuck Nakagawa, 1954, São Paulo, internacional do Dedoc (departamento de documen-
1998. Participou de diversas exposições no Brasil e SP Sandro Alves Oliveira, 1966, Unaí, MG tação, no setor de fotografias). Foi editora de imagem
no exterior. Dedica-se, sobretudo, a pesquisas na na Enciclopédia Larousse Cultural, Editora Universo/
área da história da fotografia. É autor de 23 livros, Graduada em arquitetura pela Escola de Arquiterura Sandro Alves Oliveira é mestre em Artes pela Universi- Abril Cultural (1988–1989). Há quinze anos é colabora-
entre os quais: Dom Pedro II e a Fotografia no Brasil, e Urbanismo da Universidade de São Paulo, trabalha dade de Brasília (2006). Participou do Grupo Ladrões de dora do Caderno 2 do jornal O Estado de S. Paulo e há
1985; Fotógrafos Alemães no Brasil do Século XIX, com fotografia há mais de trinta anos, como produ- Alma na coleção de postais Reincidentes, 1989. Con- quatro da revista Brasileiros. Trabalha também na área
2000; e o Brasil na Fotografia Oitocentista, 2003. As- tora cultural, curadora e pesquisadora. Em 1979, aos templado no XI Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotogra- de ensino, onde atuou como professora na Faculda-

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de de Comunicação e Artes do Senac, entre os anos lo, em 1990, integrando, no ano seguinte, a equipe
de 1999 e 2005, onde também foi coordenadora do
curso de pós-graduação Lato Sensu em Fotografia. É
professora de Semiótica e Estética da Imagem na pós-
-graduação Lato Sensu em Fotografia e no Mestrado
em Comunicação Visual – especialização em Fotogra-
fundadora do Nafoto – Núcleo dos Amigos da Foto-
grafia. Foi uma das grandes divulgadoras da fotografia
brasileira no exterior, em eventos como o Colóquio
latino-americano de Fotografia, realizado na capital
mexicana, e o Mois de la Photo à Paris, assim como a
IX
O ENSINO DA FOTOGRAFIA
fia, da Universidade Estadual de Londrina, UEL, onde exposição Brésil des brésiliens, realizada também em
integra o Conselho Editorial da Revista Discursos Fo- Paris, no Centre Georges Pompidou. Por meio de cursos livres ou do ensino acadêmico, a fotografia tem estado cada vez mais presente no ensino das
tográficos do Curso de Especialização em Fotografia. artes. Aqui é possível encontrar os atores dessa história, assim como as ações produzidas para dar visibilidade a
É também professora de fotojornalismo da Faculdade essa modalidade de ensino, a alfabetização do olhar.
de Comunicação Social Cásper Líbero. Ministra cur- Tibério França, 1959, Belo Horizonte, MG
sos de teoria da imagem fotográfica no Museu de Arte
Moderna de São Paulo (MAM), desde 2005. Desde Tibério França começou a se envolver com fotogra-
2009, é curadora de fotografia da Arte Plural Galeria, fia no inicio dos anos 1980, passando pelo fotojor-
na cidade de Recife, PE. nalismo e pela fotografia publicitária. Formado em
Comunicação Visual pela Escola de Artes Plásticas-
-Fundação Mineira de Arte (Esap/Fuma), MG, es-
Stefania Bril, Gdansk, Polônia 1922 – pecializou-se no uso do grande formato, no Istituto
São Paulo, SP, 1992 Europeo di Design, em Milão, Itália. Foi diretor e
curador da Primeira Fotogaleria de Belo Horizonte,
Stefania Bril foi fotógrafa, crítica de fotografia e quími- entre 2003 e 2006. Especialista em Arte Contempo- 1. ENSINO ACADÊMICO André Luís Carvalho, 1973, Brasília, DF
ca. Polonesa, naturalizou-se brasileira em 1955. Estu- rânea pela Universidade do Estado de Minas Gerais.
dou ciências e química na Université Libre de Bruxe- Membro do Colegiado Setorial de Artes Visuais do André Luís Carvalho é graduado em Comunicação So-
las (Bélgica), formando-se em 1950. Transferiu-se para Ministério da Cultura no período de 2010/2012, e um cial, habilitado em Publicidade, Propaganda e Jorna-
o Brasil, radicando-se em São Paulo, onde trabalhou dos fundadores do Fórum Mineiro de Fotografia Au- A) COORDENADORES DE NÚCLEOS lismo pela Universidade Católica de Brasília (UCB). É
como química por 13 anos, antes de começar a es- toral em 2010. É professor de Fotografia da Escola DE PESQUISA, AÇÕES CULTURAIS também pós graduado em Comunicação, pela mesma
tudar fotografia na escola Enfoco, em 1969. A partir Guignard/UEMG desde 1997. Foi um dos organizado- E AFINS universidade, e professor do curso de Comunicação
do final da década seguinte, teve atuação destacada res da Semana da Fotografia de Belo Horizonte, rea- Social na UCB, atuando também nas áreas de exten-
como crítica, ensaísta e curadora, sendo responsável lizada em agosto de 2011. Tem atuado como curador são, pesquisa e gestão. Coordenou por seis anos o
pela criação dos Encontros de Fotografia de Campos e consultor de exposições e festivais de fotografia, Alexandre Ricardo dos Santos, 1963, Caxias Núcleo de Fotografia Captura (UCB). Desde agosto de
de Jordão – realizados nos anos de 1978 e 1979 e e participado de diversas exposições e publicações do Sul, RS 2009, assumiu a Direção do Curso de Comunicação
pela criação da Casa da Fotografia Fuji, em São Pau- sobre arte contemporânea. Social da UCB. A ênfase de sua atuação acadêmica e
Alexandre Ricardo dos Santos é graduado em His- profissional é em Fotografia.
tória pela Universidade Federal do Rio Grande do
Sul (UFRGS) (1990), onde também fez mestrado
(1997), e doutorado (2006), ambos em Artes Vi- Andreas Valentin, 1952, Rio de Janeiro, RJ
suais com ênfase em História, Teoria e Crítica de
Arte. Atua, como docente e pesquisador, no Ins- Andreas Valentin é doutor em História Social pela
tituto de Artes da UFRGS, junto ao Departamento Universidade Federal do Rio de Janeiro, com uma
de Artes Visuais e ao Programa de pós-graduação pesquisa sobre a fotografia amazônica do alemão
em Artes Visuais. Concentra as suas pesquisas em George Huebner (1862-1935). É mestre em Ciência
Fundamentos e Crítica das Artes, principalmente da Arte pela Universidade Federal Fluminense e gra-
nos seguintes temas: arte contemporânea, história duado em História da Arte e Cinema pela Swarth-
da fotografia, arte e gênero. Atua também como more College, Pennsylvania, EUA. É coordenador e
crítico de arte e curador independente. É membro professor dos cursos de pós-graduação “Fotografia:
do Comitê Brasileiro de História da Arte (CBHA), da Imagem, Memória e Comunicação” e “Arte e Cultu-
Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), ra” do Instituto de Humanidades da Universidade
e da Associação Internacional de Críticos de Arte Cândido Mendes, do qual é também diretor. É pro-
(AICA). fessor-assistente de fotografia no Colégio de Aplica-

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ção da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Foi com fotografia desde 1990. Atualmente, é pro- Arte de São Paulo. Entre livros publicados se desta- recente a Semana Potiguar de Fotografia, no qual tra-
coordenador de projetos da Funarte e trabalha como fessor do bacharelado em Fotografia nas Facul- cam Um Inverno, Edusp, 2010 e Depois do Inverno, balhou na produção.
curador. dades Integradas Barros Melo, em Olinda, PE, Instituto Tomie Ohtake/Edusp, 2010.
e coordenador do projeto Fotolibras. Entre suas
principais exposições estão “Sobreposições”, Renata Maria Victor de Araujo, 1966, Recife,
Departamento de Fotografia, Teatro e individual que já passou pela Arte Plural (PE), e José Carlos Mamede, 1965, Salvador, BA PE
Cinema – UFMG Capitania das Artes (RN), IX Bienal do Recôncavo
– Centro Cultural Dannemann (São Félix – Bahia – José Carlos Mamede é graduado em Jornalismo Renata Maria Victor de Araujo é graduada em Comu-
O Departamento de Fotografia, Teatro e Cinema, da novembro 2008), III Mostra Recife de Fotografia (1992), e mestrado em Comunicação e Cultura Con- nicação Visual pela Universidade Federal de Pernam-
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem (agosto 2008), 14º Concurso Latino-Americano temporânea (1997), pela Universidade Federal da buco (1986), com especialização em Design também
na sua linha de graduação a área de fotografia, que de Fotografía Documental “Los Trabajos y los Bahia. Atualmente é professor do Departamento de na UFPE. Atualmente, é coordenadora e professora
oferece disciplinas para alunos de diversos cursos da Días (Colômbia – Medelin – Museo de Antioquia Comunicação da Universidade Federal da Bahia, onde do curso de graduação em Fotografia da Universidade
Universidade. Curso de Artes Visuais: Fotografia Bá- – maio de 2008) e Linguagens (Torre Malako- coordena o Labfoto – Laboratório de Fotografia, desde Católica de Pernambuco. Tem experiência na área de
sica, Fotografia Digital Básica, Imagem Técnica, His- ff – agosto 2007). Já foi repórter fotográfico do 2006. Tem experiência de ensino e pesquisa na área Artes, com ênfase em fotojornalismo, fotopublicidade
tória e Critica da Fotografia, Estúdio Fotográfico, La- Jornal do Commercio, é um dos fundadores da de Comunicação, com ênfase em Ciências da Comu- e curadoria em exposições fotográficas. Foi editora de
boratório P&B, Ateliê: Fotografia Documental, Ateliê: Agência Lumiar de Fotografia, da Algaroba Cultu- nicação e Novas Tecnologias, atuando principalmente fotografia do Jornal do Commercio, de Recife, entre
Projeto Fotográfico; Curso de Conservação e Res- ra Fotográfica e da Gema. no campo da fotografia. 1988 e 1998.
tauração de Bens Culturais Móveis: Fotografia Bási-
ca, Exames Especiais;
Curso de Comunicação Social: Oficina de Foto- João Luiz Musa, 1951, São Paulo, SP Maria Bernadete Brasiliense, 1958, Jataí, GO Ricardo Magoga Gallarza, 1962, Restinga
grafia Básica, Oficina de Fotojornalismo, Oficina de Seca, RS
Fotografia Publicitária; Curso de Arquitetura e Geo- O fotógrafo João Luiz Musa é graduado em en- Maria Bernadete Brasiliense é graduada em Jorna-
grafia: Fotografia Básica; Ensino a Distância: Fotogra- genharia de Produção pela USP (1974), Mestrado lismo pelo Centro Universitário de Brasília e mes- Ricardo Magoga Gallarza é professor da Universi-
fia e Tecnologias Contemporâneas. A universidade em Artes (1990) e Doutorado em Artes em (1999). tre em Comunicação pela Universidade de Brasília. dade do Vale do Itajaí, SC, desde 1999, onde atua
também abriga o Projeto Corpo Coletivo/Collective Atualmente é professor da disciplina de Fotografia Foi professora e diretora do Centro de Pesquisa como coordenador dos cursos de graduação e pós-
Body e a Semana da Fotografia de Belo Horizonte, no curso de Artes Plásticas da USP. Suas áreas de Fotográfica do Ceub e atualmente leciona na Uni- -graduação em Fotografia. É também professor de
realizada pelo Núcleo de Pesquisa em Fotografia atuação são fotografia, edição, sensitometria, recu- versidade Católica de Brasília. Em 1988 criou O fotografia dos cursos de Design de Moda e Gráfico,
(Nfoto). peração, memória, documentação e digitalização. Projeto Luz Agência de Produção Fotográfica e do curso superior de tecnologia em fotografia e dos
De 1976 a 1978, foi professor titular de fotografia trabalhou no Jornal Correio Braziliense em 1980. cursos de pós-graduação em Gastronomia e Foto-
da Faculdade Comunicações e Artes Plásticas Fa- Entre 1987-1990 foi professora e diretora do Clube grafia. É sócio da RGF Comunicação e Culura, na
Eduardo Bentes Monteiro (Duda Bentes), rias Brito, responsável pelos cursos de fotografia de Fotografia do Ceub. qual é editor da revista Foto Grafia: Revista Acadê-
1955, Rio de Janeiro, RJ nos cursos de Comunicação Visual, Educação Artís- mica de Fotografia.
tica e Artes Plásticas, São Paulo. Entre 1976 e 1980,
Eduardo Bentes Monteiro é graduado em Ciências So- foi responsável pelo Laboratório Didático junto ao Pablo Pinheiro, 1977, São Paulo, SP
ciais pela Universidade de Brasília (1990), e mestrado Laboratório de Recursos Audio-Visuais da FAU/USP, Rogério Zanetti Gomes, 1966, Ponta Grossa,
em Comunicação pela Universidade de Brasília (1997). São Paulo. De 1980 a 1984, atuou como Pesquisa- Pablo Pinheiro é formado em Publicidade e Propagan- PR
Atualmente, é Professor Assistente da Universidade dor Cultural na área de fotografia, junto ao arquivo da pela Universidade Paulista, onde mais tarde coor-
de Brasília. Tem experiência na área de Comunicação, de negativos do Departamento de Patrimônio His- denou e lecionou os cursos de Comunicação Digital e Rogério Zanetti Gomes é graduado em Desenho In-
com ênfase em Comunicação Visual. Atuando princi- tórico da Secretaria da Cultura do Município de São Fotografia Digital, durante o período de 2003 a 2005. dustrial pela Pontifícia Universidade Católica do Pa-
palmente nos seguintes temas: Teorias da Comunica- Paulo, pela Divisão de Iconografia e Museus. Com É hoje o principal responsável pelos cursos livres do raná (1988), com especialização em Fotografia pela
ção, Técnicas da Comunicação, Fotografia, Hermenêu- Raul Garcez (1949-1987), Sérgio Burgi e Cristiano Estúdio P. Em Natal, RN. Lecionou a disciplina de Fo- Universidade Estadual de Londrina (1998), e mestra-
tica Profunda, Comunicação Visual. Foi presidente da Mascaro, entre outros, João Musa integra, na déca- tografia na Universidade Potiguar (UnP), durante o do em Desenho Industrial pela Universidade Estadu-
União dos Fotógrafos de Brasília. da de 1970, o Movimento Photo USP, em São Paulo. período de 2006 a 2008, e Fotografia Publicitária na al Paulista Júlio de Mesquita Filho (2009). Atualmen-
Na falta de uma formação acadêmica especializada Fanec, durante o ano de 2007, ambas no curso de Co- te, é professor da Universidade Norte do Paraná no
na área, esses fotógrafos montam laboratórios nas municação Social. curso de Artes Visuais – multimídia; coordenador da
Eduardo Queiroga, 1969, Recife, PE Faculdades de Engenharia e Arquitetura da Universi- Realizou dois encontros da fotografia local em for- pós-graduação no nível de especialização em Design,
dade de São Paulo. Desde 2006, faz parte do Comi- matos de mesa redonda na UnP. Participou e partici- Cognição e Mídia da Faculdade Pitágoras. Pesquisa-
Eduardo Queiroga é formado em Jornalismo pela tê Técnico Consultivo para apoio das exposições e pa de diversos eventos culturais em Natal, que visam dor nas áreas de Artes Visuais, Comunicação Visual e
Universidade Católica de Pernambuco e trabalha atividades ao Prof. Dr.Teixeira Coelho, no Museu de fomentar o conhecimento fotográfico, sendo o mais Design Gráfico

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Rose May Carneiro, 1969, Santos, SP cessários à viabilização e aprovação do MEC, e em ca e legislação, Fotografia de gastronomia, de arte e país. Voltado para a preparação de docentes para o
fevereiro de 1999 as aulas tiveram início com aula espetáculos; Fotografia Cultura e Memória; fotografia ensino de fotografia, para a pesquisa e geração de
Rose May Carneiro é mestre em comunicações e magna e exposição fotográfica de Cristiano Mascaro, no Brasil, Gestão e captação de recursos, História da conhecimentos e capacitação para o mercado de tra-
processos culturais pela Faculdade de Comunicação na galeria que já recebeu mostras de Claudia Andu- Arte, Sociologia e Menthoring. Entre outros no corpo balho, já formou e titulou mais de 300 profissionais.
da Universidade de Brasília (FAC/UnB). É professora jar, Maureen Bisilliat, David Drew Zingg, Sebastião docente estão, Eder Chiodetto e Ricardo Hantzschel. O curso prima pela relevância da pesquisa, pela con-
de fotojornalismo e introdução à fotografia no Ins- Salgado, Lewis Hine, Marc Riboud, Pedro Martinelli, sistência teórica e pelo aprimoramento técnico. Para
tituto de Educação Superior de Brasília (Iesb). Na Thomaz Farkas, entre outros O reconhecimento pelo tanto, além do corpo docente permanente da UEL,
Universidade de Brasília, defendeu a dissertação “O sucesso da iniciativa não tardaria. Em meados de Bacharelado em Fotografia – promove a participação de professores, pesquisado-
mito da marginalidade no filme O Bandido da Luz Ver- 2002, quando a primeira turma se formou, o curso Faculdades Integradas Barros Melo res e profissionais de diversos estados do país.
melha”, sob a orientação do semioticista Luiz Carlos obteve distinção máxima do MEC, sendo agraciado (AESO)
Assis Iasbeck. Fez cinema na Faap/SP. com o conceito A.
No primeiro momento, a área de fotografia da enti- O Bacharelado em Fotografia das Faculdades Integra- Curso de Especialização em Fotografia –
dade, que cuidava do Bacharelado, era coordenada por das Barros Melo, em Olinda, PE, é o primeiro da área Univali
Susana Dobal, 1965, Rio de Janeiro, RJ Maria Eunilde Montanino, com consultoria de Thales no Norte-Nordeste e o segundo no Brasil. Foi fundado
Trigo e Marcos Lepiscopo. Também foram coordenado- em 2007 e tem duração de sete semestres. O curso O Curso de Especialização em Fotografia da Univer-
Susana Dobal é professora na Universidade de res do curso Rosana Beneton e Soledad Galhardo. mantém o blog de Esquinas da Imagem é coordenado sidade do Vale do Itajaí – Univali, em Santa Catarina,
Brasília e uma das fundadoras do Grupo Ladrões Durante o ano os alunos participam de intercâm- pelo fotógrafo e professor Eduardo Queiroga. é ofertado desde 2007 e visa a atualização teórico-
de Alma. Fez mestrado no International Center of bios artísticos e culturais por meio de parcerias inter- -prática, tendo como base o uso de novas tecnolo-
Photography/New York University e doutorado em nacionais, como a do Instituto Português de Fotogra- gias, associadas ao desenvolvimento social regional
História da Arte no Graduate Center/CUNY. Partici- fia, de Portugal e da École Nationale Supérioure de La Curso de Graduação em Fotografia – visto de um ponto de vista global. Por meio de três
pou de diversas exposições individuais e coletivas Photographie, em Arles na França. Universidade Anhembi Morumbi eixos principais – teórico, tecnológico e projetual –
em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Nova Iorque, Alunos formados no curso têm recebido inúme- aborda aspectos da cultura audiovisual, com enfoque
Madrid, Buenos Aires e Nice. Publicou o livro Peter ros prêmios em concursos internacionais e nacionais, O Curso de Graduação em Fotografia faz parte da na fotografia. Também trata do uso da imagem nas
Greenaway and the Baroque: writing puzzles with obtendo destaque em publicações e exposições foto- grade curricular da Universidade Anhembi Morumbi, relações humanas, o uso de novas tecnologias de
images (Berlin: LAP, 2010). gráficas no Brasil e no exterior. Entre os professores com sede em São Paulo, SP, que tem histórico de lan- produção e o aprimoramento do olhar fotográfico.
atuais e antigos do curso destacam-se Antonio Sagge- çamento de cursos inéditos no Brasil, e em parceria
se, Bebete Viegas, Denise Camargo, Eder Chiodetto, com a Rede Internacional de Universidades Laureate.
Fernando Fogliano, Helouise Costa, João Pregnolato, Atuante desde a década de 1970, atualmente com di- Curso de Extensão em Fotografia –
B) INSTITUIÇÕES DE ENSINO João Kulcsár, Kenji Ota, Leandro Melo, Livia Aquino, versas sedes na cidade de São Paulo. Oferece curso Dart/UFCG
E GRADUAÇÕES Patricia Gatto, Patricia di Fillipi, Paula Palhares, Pau- de graduação e de pós-graduação em Fotografia, além
lo Rossi, Simonetta Persichetti, Thales Trigo, Wladimir de realizar o Fórum de Fotografia. Os cursos são coor- Curso semestral de extensão promovido pela Uni-
Fontes, e Yara Schreibeir. Em 2012 o curso passará a denados por Lucy Figueiredo, e correspondem a um versidade federal de Campina Grande (UFCG), desde
Bacharelado em Fotografia – Centro ser ministrado nas novas instalações no Campus San- projeto pedagógico para atender à demanda da região 2003, em Campina Grande, PB. O curso tem aproxi-
Universitário Senac to Amaro. A coordenação atual é feita por Bebete Vie- para qualificar profissionais do mercado fotográfico e madamente 30 alunos por semestre e é coordenado
gas e João Kulcsár. audiovisual. O curso de graduação foi criado em 2007 por Sóstenes Carneiro Lopes.
O curso de bacharelado em Fotografia do Centro Uni- e atende 200 alunos por ano. E o curso de pós-gra-
versitário Senac São Paulo, foi o primeiro curso supe- duação em Cinema, Vídeo e Fotografia foi criado em
rior de Fotografia da América Latina. Bacharelado em Fotografia – Faculdade 2006, atendendo 100 alunos por ano. A Universidade Curso de pós-graduação em Cinema,
Em 1995, a instituição iniciou estudos para imple- Panamericana conta com uma infraestrutura com estúdios de foto, Vídeo e Fotografia – Universidade Anhembi
mentar um curso no campo da educação superior. Os vídeo, laboratórios químico e digitais, ateliês e video- Morumbi
professores consultaram fotógrafos, editores, curado- O curso de Bacharelado em Artes Visuais – Fotografia, teca, entre outras facilidades.
res, laboratoristas, profissionais como Boris Kossoy, da Escola Panamerica de Arte – Faculdade de Arte e O Curso de pós-graduação em Cinema, Vídeo e Foto-
Eduardo Castanho e Cristiano Mascaro, entre outros, Design, com sede em São Paulo, SP, teve início no grafia é de especialização, e faz parte da grade curri-
sobre a viabilidade do empreendimento. segundo semestre de 2011. O curso é coordenado Curso de Especialização em Fotografia: cular da Universidade Anhembi Morumbi, com sede
Em 1996, a unidade especializada em Comuni- por Francisco Lopes e, segundo a entidade, pode ofe- Práxis e Discurso Fotográfico – UEL em São Paulo, SP, que oferece um pensamento re-
cação e Artes, que já dedicava-se aos cursos livres recer o Bacharelado ao aluno com um curso de ape- flexivo sobre as questões relacionadas ao Cinema,
de fotografia, se instala no bairro da Lapa e abriga nas 3,5 anos. Entre algumas de suas disciplinas estão O curso, da Universidade Estadual de Londrina, PR, ao Vídeo e à Fotografia, somados à elaboração de
o Bacharelado, onde permanece até hoje. Os dois Antropologia Visual, Crítica em Fotografia, Curadoria, foi criado em 1997. E segundo seus diretores, é o uma produção videográfica, fotográfica ou em mul-
anos seguintes foram marcados pelos trâmites ne- Desenho, Edicão de Imagens, Estudio fotográfico, Éti- mais antigo curso de pós-graduação em fotografia do timeios. Tem como objetivo perceber a inter-relação

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das linguagens no contexto da produção audiovisu- Triângulo, Unitri, de Minas Gerais, é oferecido Curso de pós-graduação em Fotografia – Curso de pós-graduação em Fotografia:
al e artística contemporânea; evidenciar o uso das desde o segundo semestre de 2011. A carga ho- Unopar Técnica, Linguagem e Mídia – UNA
novas tecnologias e hibridismos das imagens na rária do curso é de 360 horas e compreende dis-
contemporaneidade e seus desdobramentos na es- ciplinas como História da Fotografia, Linguagem O curso de especialização em Fotografia da Uni- O curso pós-graduação em Fotografia: Técnica, Lin-
colha de diversos suportes; destacar a inter-relação Fotográfica, Semiótica da Imagem,Gestão de Ne- versidade Norte do Paraná (Unopar), em Londrina, guagem e Mídia foi criado em 2010 pelo Centro Uni-
do som no universo das imagens; estimular a pro- gócios em Comunicação, Recursos Analógicos PR, foi criado em 2011 e tem carga horária de 500 versitário UNA, de Belo Horizonte, MG. Com carga
dução dessas linguagens, pautada pela criatividade, e Digitais, Fundamentos e prática do fotojorna- horas, com a coordenação de Rogério Zanetti Go- horária de 360 horas, o curso é coordenado por Maria
domínio técnico, coerência estética e conceitual e lismo, fotografia e Marketing de Serviços, entre mes. Magda de Lima Santiago.
formar um profissional capacitado a uma gramática outros.
do ver, estimulado pela reflexão e criatividade. Sob
coordenadoria da Profa. Lucy Figueiredo, o curso Curso de pós-graduação Fotografia Curso de pós-graduação “Poéticas Visuais:
tem duração de dois semestres de disciplinas e um Curso de pós-graduação em Fotografia – e Imagem – Fama Escola Superior de Gravura, Fotografia e Imagem Digital” –
semestre para elaboração da produção prática e da Faap Marketing Feevale
monografia. Especialização ministrada no Campus
Vila Olímpia. O Curso de pós-graduação em Fotografia das Fa- O curso de pós-graduação da Escola Superior de Ma- O curso de pós-graduação Poéticas Visuais: Gravura,
culdades Armando Álvarez Penteado (Faap), teve rketing, em Recife, PE, foi criado em 2008 e é coorde- Fotografia e Imagem Digital é realizado em Novo Ham-
início em 2011. É coordenado pelo professor e nado por Patrícia Luna. É especialização em fotografia burgo, RS, pela Universidade Feevale, desde 2000. O
Curso de pós-graduação Fotografia pesquisador Rubens Fernandes Junior e pela pro- e imagem, possuindo carga horária de 368 horas. Em curso é coordenado por Clovis Vergara de Almeida
e Imagem e Movimento – Universidade fessora e antropóloga Georgia Quintas, com carga sua grade curricular constam: História da Arte aplica- Martins Costa e tem carga horária de 360 horas. Entre
Positivo horária de 408 horas. Há uma especial atenção da em Fotografia, Fotografia e Laboratório Experimen- as disciplinas estão Arte Contemporânea, Articulação
aos novos caminhos da fotografia documental, tal, Ética profissional, técnicas fotográficas, estúdio, teórico-prática, Laboratório de Gravura, e seminários
o Curso de pós-graduação Fotografia e Imagem e que envolve diálogos com outras linguagens, sua prática fotográfica, planejamento e montagem de ex- de Intersecções Imagens nas Artes.
Movimento é um curso desenvolvido no Instituto difusão pelas redes, uma forte penetração nos posições, fotografia digital e tratamento de imagem,
IDD, Faculdades Essei e na Universidade Positivo, espaços dedicados à arte contemporânea, e uma iconografia, direção de fotografia em cinema, entre
em Curitiba, PR. É uma Especialização Lato Sensu redefinição de seu papel de memória. Entre os outras matérias. Tecnologia em Fotografia – Centro
em Fotografia e Imagem em Movimento idealizada professores: Antonio Saggese, Rosely Nakagawa, Universitário Vila Velha
por Joseane Daher, com duração de dois anos e au- Armando Prado, Kenji Ota, Ronaldo Entler, Livia
las quinzenais. Tem como principal objetivo abordar Aquino, Helouise Costa, Fernando Fogliano, Cecí- Curso de pós-graduação em Fotografia e O curso foi criado em 2005, tem sede em Vila Velha,
a fotografia e as imagens em movimento em seus lia Salles, Sergio Burgi, Millard Schisler, Guilher- Mercado – Faculdade Pitágoras ES, com duração de dois anos e de formação específi-
diversos campos de aplicação, oferecendo as fer- me Maranhão, Marília Palhares, Humberto Perei- ca, e é coordenado por Marcia Capovilla. Seu objetivo
ramentas técnico-metodológicas para a compreen- ra, João Guedes. O Fotografia e Mercado é um curso de pós-gradu- é formar um profissional com sensibilidade e capaci-
são, utilização e discussão das imagens, tanto na ação promovido desde 2010 pela Faculdade Pitá- dade de realizar projetos fotográficos pautados em
formação/reciclagem profissional, quanto em nível goras, de Londrina, PR. Com carga horária de 360 técnicas já conhecidas e em novas tecnologias, visan-
filosófico. A 1ª edição ocorreu em 2009, no Insitu- Curso de pós-graduação em Fotografia – horas, é coordenado por Hertz Wendel de Camargo do uma formação profissional nas áreas de publicida-
to IDD, em parceria com as Faculdades Essei, em Universidade Cândido Mendes e destinado à formação de profissionais com visão de, jornalismo, imagem industrial, moda e fotografia
Curitiba. A 2ª edição iniciou em março de 2011, na aprofundada dos processos de criação fotográfica e científica, entre outros.
Universidade Positivo, também em Curitiba. Possui O curso de pós-graduação em fotografia “Ima- conhecimento de processos mercadológicos. Tem
em sua grade, professores como: Cristiano Masca- gem, Memória e Comunicação” da Universidade parceria para aulas práticas com o Estúdio do Caxim-
ro, Leopoldo Plentz, Miguel Chikaoka, Milton Guran, Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, RJ, foi cria- bo, o maior e mais equipado de Londrina. O trabalho Tecnologia em Fotografia – Ceunsp
Rosely Nakagawa, Rubens Fernandes Júnior, Sérgio do em 2011. Com duração de 360 horas, o curso de conclusão é prático e o aluno deverá entregar um
Burgi e Simonetta Persichetti. é coordenado pelo professor Andreas Valentin. ensaio fotográfico de sua autoria ao final do curso. O Curso de tecnologia em Fotografia, com duração
Seus módulos são: A construção histórica da fo- Algumas das disciplinas se destacam: Fotografia e de dois anos, do Centro Universitário Nossa Senho-
tografia; O processo fotográfico; linguagem foto- Arte Contemporânea, Tratamento de Imagem Digital, ra do Patrocínio (Ceunsp), com sede em Salto, SP,
Curso de pós-graduação gráfica; fotografia e memória; a fotografia no Bra- Direção de Arte em Fotografia, Fotografia e Lingua- foi criado em 2006 e é coordenado por Felipe Matos
em Fotografia “Fotografia e Mercado” – sil; Fotografia e comunicação; Arte e tecnologia gem Audiovisual. As aulas práticas compreendem os Sales. O curso conta com estúdios de Cinema, Fo-
Unitri e Orientação e pesquisa. No corpo docente: Ana maiores segmentos de atuação do fotógrafo: Gastro- tografia, Televisão, Rádio e Teatro Escola com 250
Maria Mauad, Antonio Fatorelli, Fernando de Tac- nomia, Moda, Arquitetura e Decoração, Espetáculo lugares, totalmente equipado, pavilhão de eventos
O curso de pós-graduação em Fotografia “Fo- ca, Joaquim Marçal, Joaquim Paiva, Marcla Mello e Natureza. Entre os professores, Wilson Oliveira e com mais de 8.000 m 2, laboratórios de Informáti-
tografia e Mercado” do Centro Universitário do e Milton Guran. Nilo Biazetto. ca, Áudio com Pro Tools, Revelação e Ampliação de

124 125
35mm e médio formato, Vídeo em HD (alta defini- de graduação em Fotografia. Tem duração de 1.605 Tecnologia em Fotografia – Universidade nas mais diversas áreas da fotografia, workshops
ção), Redação de Jornalismo, Agência Experimen- horas e é coordenado por Renata Maria Victor de Estácio de Sá e cursos de técnicas avançadas. As aulas são pre-
tal, Auditórios Multimeios climatizados, entre ou- Araújo. senciais e acontecem em sala de aula, e/ou em
tras facilidades. Curso de tecnologia em fotografia oferecido pela Uni- laboratórios e/ou em campo. A universidade utiliza
versidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, RJ. O cur- métodos de caso, simulações, aulas expositivas,
Tecnologia em Fotografia – Unip so é coordenado por Sady Bianchin. Tem duração de práticas e discussão em grupo, realização de tra-
Tecnologia em Fotografia – Faculdade três anos e é oferecido desde 1998. balhos, apresentações e atividades práticas dire-
Cambury O curso de Tecnologia em Fotografia é oferecido pela cionadas.
Universidade Paulista (Unip), em São Paulo, Campi-
Curso de tecnologia em fotografia oferecido desde nas, Santos e Sorocaba, SP, desde 2005. Com coorde- Tecnologia em Fotografia – Universidade
2006 pela Faculdade Cambury, em Goiânia, GO. Co- nação de Ivan Daliberto Frugoli, o curso tem duração Tuiuti Paraná
ordenado por Alberto Cesar Maia, o curso tem du- de dois anos. 2. CURSOS LIVRES
ração de dois anos. Trabalha teoria e prática dos O Curso Superior de Tecnologia em Fotografia da
processos de criação e edição de vídeo e fotogra- Universidade Tuiuti Paraná, com sede em Curitiba,
fia. Producão de projetos audiovisuais, técnicas de Tecnologia em Fotografia – Univali PR, foi criado em 2008 e é coordenado por Josélia Câmera Com
conservação e recuperação de imagens e softwares Schwanka Salomé. A duração do curso é de dois
de tratamento de imagens, entre outras disciplinas. O Curso Superior de Tecnologia em Fotografia da anos. Forma profissionais que operam equipamen- A Câmera Com é uma escola de fotografia com sede
O curso, segundo a faculdade, é reconhecido pelo Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Santa tos e utilizam técnicas de produção, obtenção e em Florianópolis, SC, criada em 2001 por Edu Lyra.
MEC, na graduação como tecnólogo. Catarina, é um curso de graduação ofertado desde processamento de imagens fotográficas, tanto É coordenada por Edu Lyra e Carolina Vidal. A escola
2009, que visa formar Tecnólogos em Fotografia com analógicas quanto digitais, para atuar no âmbito oferece cursos livres de fotografia, workshops e pas-
conhecimentos técnico-científicos e culturais, princí- da produção fotográfica, em setores de mercado seios fotográficos.
Tecnologia em Fotografia – Iesb pios éticos e práticas interdisciplinares, para planejar, como o de propaganda e marketing, arte, moda e
executar e gerenciar processos de produção fotográ- decoração, segmento técnico-científico, fotografia
O curso foi criado em 2010, pelo Instituto de Educa- fica, articulando técnica, estética e simbologia, aten- documental e editorial. Podem, ainda, atuar em em- Câmera Viajante – Escola de Fotografia e
ção Superior de Brasília (Iesb), de Brasília, DF. Tem to às inovações conceituais, tecnológicas e compor- presas jornalísticas, cinematográficas, laboratórios Cinema
duração de quatro semestres e seu coordenador tamentais intervenientes na concepção da imagem especializados, comércio de equipamentos fotográ-
é Paulo Duro. Trabalha na aplicação das especifi- fotográfica. O curso tem duração de 4 semestres e ficos, centros de pesquisas, museus e centros cul- A Câmera Viajante- Escola de Fotografia e Cine-
cidades da atividade fotográfica dentro dos novos 1.065 horas/aula. As aulas acontecem nas sedes da turais, estúdios e escritórios de decoração, moda ma, tem sede em Porto Alegre, RS. Foi criada em
desafios que a tecnologia apresenta, garantindo a Universidade, em Florianópolis e em Itajai, coordena- e arquitetura, bem como, de forma autônoma ou 1999, por Rogério Pedroso do Amaral Ribeiro e Karla
identidade do perfil profissional, por meio do desen- do pelo Prof. Ricardo Magoga Gallarza. Na unidade como empregado, na prestação de serviços de foto- Nyland. Originalmente, era para práticas fotográfi-
volvimento de habilidades e competências especí- de Florianópolis, a coordenação é do Prof. Renato grafia. Conta ainda com o Ceartes – Centro de Artes cas ao ar livre, depois criou uma sede para atender
ficas, incluindo fundamentos tecnológicos, científi- Buchele Rodrigues. e Computação Gráfica, vinculado ao curso de Artes a demanda do público, com salas de aula, estúdio
cos e humanísticos necessários ao desempenho do Visuais, espaço destinado a atividades de pesquisa, e salas de tratamento/edição de imagem. Aos cur-
profissional de fotografia. criação, confecção de projetos e trabalhos na área sos básicos de fotografia foram sendo agregados
Tecnologia em Fotografia – Universidade de das artes e da computação gráfica, envolvendo ex- cursos avançados em áreas como fotojornalismo,
Caxias do Sul posições, eventos, cursos de computação e anima- retrato, moda e eventos, dentre outros. Hoje, conta
Tecnologia em Fotografia – Ulbra ção gráfica, tendo como apoio a programação visual também com um curso de Fotografia Profissional
O curso de Tecnologia em Fotografia da Universidade realizada por meio do computador. e cursos de Cinema Digital. Além disso, promove
O curso da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) de Caxias do Sul foi criado em 2003, e é coordenado atividades culturais como encontros, saraus, expo-
em Canoas, RS, foi criado em 2002 e tem duração por Edson Luiz Scain Corrêa. Com sede na cidade de sições (também no interior do estado) e bate-papos
de quatro semestres. É coordenado por Antônio Caxias do Sul, RS, tem duração de três anos, ofere- Universidade da Fotografia sobre a fotografia e cinema. Em 2007 e 2009, pro-
Sobral. cendo módulos como Produção fotográfica, em seto- moveu o fórum Interlocuções do Imaginário, um di-
res de mercado como o de propaganda e marketing, A “Universidade da Fotografia” está no campus I álogo entre a fotografia e outras artes visuais. A Es-
moda e decoração, segmento técnico-científico, foto- da Universidades Integradas (Upis), com sede em cola conta com uma galeria que recebe exposições
Tecnologia em Fotografia – Unicap grafia documental e editorial; atuação em empresas Brasília, DF. O objetivo da instituição é o desenvol- como a de Tadeu Vilani “Qué Passa Compadre?”,
jornalísticas, cinematográficas, laboratórios especiali- vimento de pesquisas técnicas, científicas, artís- na sua inauguração. Possui, ainda, um patrimônio
O curso de Tecnólogo em Fotografia, da Universi- zados, comércio de equipamentos fotográficos, cen- ticas, desenvolvimento de cursos livres, troca de constituído por uma cinemateca com 110 títulos, bi-
dade Católica de Pernambuco (UNICAP), em Reci- tros de pesquisas, estúdios e escritórios de decora- experiências e valorização da prática fotográfica e blioteca com 378 livros, 112 obras fotográficas e um
fe, PE, foi criado em 2011, como curso tecnológico ção/arquitetura e moda. dos profissionais do setor. São oferecidos cursos acervo de equipamentos fotográficos antigos.

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Cursos livres de fotografia – grafia Autorial, com Marcelo Greco, “Ensaio Fo- Escola de Fotografia Imagem-Ação sos ocorrem palestras que podem ser estendidas
Escola Panamericana tográfico” com Éder Chiodetto, “O universal está à visitantes, mediante pagamento específico. En-
no meu Quintal” com Nair Benedicto, “Imagem, A Escola de Fotografia Imagem-Ação, uma das tre os palestrantes, destacam-se Georgia Quintas,
A Escola Panamericana de Arte, com sede em Estilo e Identidade” com Magnólia Costa, “História mais celebradas escolas de fotografia do Brasil, Eder Chiodetto, João Wainer, Ed Viggiani, Claudia
São Paulo, SP, oferece em sua grade de cursos da Fotografia (três módulos) ” com Simonetta Per- teve sede em São Paulo, SP, e foi criada por Elisa- Jaguaribe, Marcia Fortes. A escola dispõe de uma
de curta duração os seguintes cursos livres de sichetti, “Pensadores da Fotografia” com Simonet- bete Feijó e seu irmão Claudio Feijó, em setembro excelente biblioteca de arte, fotografia e design, e
fotografia: Fotografia de Design de Interiores e ta Persichetti, e “Cinema e Arte Contemporânea” de 1972, mas registrada legalmente em 1973. Por uma ampla videoteca para os alunos.
Arquitetura (30 horas), História da Fotografia (36 com Pedro França. suas salas de aula e exposições passaram diversos
horas), Fotografia como Hobby (36 horas), Foto- fotógrafos, hoje renomados. Teve início com um
grafia Instrumental (30 horas) e Foto Gourmet grupo de interessados em fotografia, como Vera Estúdio 300
(30 horas). enfoco – Escola de Fotografia Simonetti, Nair Benedicto, Libertad M. Sanches,
Bete Feijó, Maria Elisa Jardim, Ayrton Ribeiro e Escola de fotografia Estúdio 300, com sede em
A enfoco, Escola de Fotografia, teve sede em São outros. Ao longo de seu funcionamento, mais de Belo Horizonte, MG, foi criada por José David
Cursos Livres de Fotografia Senac-SP Paulo, SP. Funcionou de agosto de 1968 a julho de 20 mil alunos passaram pela escola. Foi pioneira de Azevedo Aguiar. A escola promove cursos li-
1976. A Enfoco foi criada por Cláudio “Clode” Ku- em laboratório de foto cor de uso amador e pro- vres como tratamento de imagens, linguagem
O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Se- brusly, que trabalhava na sucursal paulistana do moveu durante anos as Semanas de Fotografia da fotográfica, história da fotografia, processos al-
nac) de São Paulo, além de gerenciar o curso de gra- extinto Jornal do Brasil. Segundo Kubrusly, após Imagem-Ação. Encerrou suas atividades em 2000, ternativos e históricos (cianótipo, kalitipia, goma
duação em fotografia (bacharelado), e pós-graduação ter sido demitido, foi convidado por um casal que mas está agregada hoje na Oficina de Descondi- bicromatada, salted paper, papel albuminado,
(Lato Sensu), também em sua unidade Lapa Scipião, vendia livros na redação para montar um pequeno cionamento do Olhar, da qual Claudio Feijó é seu processos cruzados, produção de negativos digi-
em São Paulo, SP, promove cursos livres de fotogra- curso de fotografia. Kubrusly não se considerava um coordenador. tais), mesclagem de processos alternativos/digi-
fia regulares e especiais. Entre eles: Ensaio Pes- fotógrafo, “nem mesmo um repórter fotográfico”, tais, entre outros.
soal, Formação básica em Fotografia, Fotografia escreveu ele, mas gostava de ensinar. A tal parce-
Digital, Fotografia Publicitária, Fotografia de Ar- ria com o casal não aconteceu, mas desempregado, Escola de Fotografia Local Foto
quitetura, Fotografia de Casamento, Fotografia ele resolveu criar a escola com a ajuda de alguns Estúdio He
de Moda, Beleza e Retrato; Fotojornalismo Digi- amigos, como Sandra Abdalla, Carlos Ebert, Pedro Fundada por Fernanda Cunha Oliveira, José Wag-
tal, Introdução à fotografia digital, Introdução à Martinelli, Lucio Kodato, Moacir Amaral e Rubens ner da Silva e Eduardo Soares Queiroz. As ativida- A Estúdio HE é uma escola de fotografia com sede
Iluminação para Estúdio, Laboratório, Oficinas de Matuck entre outros. des da escola ainda estão sendo realizadas sem em Fortaleza, CE. Destinada a cursos, workshops,
Flash, Produção de fotografia publicitária, Retrato Ao longo de sua existência, a enfoco tentou periodicidade, e o planejamento é criar um crono- palestras, oficinas e outras atividades em fotogra-
comercial, Retrato e Book e Tratamento de ima- algumas parcerias, que, segundo Kubrusly, funcio- grama para 2012. fia, a escola tem uma sede com mais de 100 m2,
gem digital para fotógrafos. Os cursos têm certi- naram por algum tempo: Importécnica, Fotoptica, e dispõe para os alunos uma biblioteca de cerca de
ficados, e as instalações técnicas são as mesmas Escola Brasil, Imagem-Ação, Istituto de Artes e 320 livros de fotografia, equipamentos de estúdio
utilizadas pela Universidade, com equipamento de Decoração, IAD, Inak e Equipamentos de Ilumi- Escola São Paulo – Espaço de Cultura e equipamento para apresentação de portfólios e
última geração. Entre os fotógrafos que já deram nação. Pela escola passaram professores como Contemporânea palestras.
ou dão aula na entidade, estão, Nelson Kon, Pau- Maureen Bisilliat e Cristiano Mascaro, entre ou- O “He” do estúdio simboliza o elemento quími-
lo Rossi, Juan Esteves, Ricardo Teixeira, Marcelo tros. Como monitores, Hilton Ribeiro, Lúcio Ko- A Escola São Paulo, com sede na cidade homôni- co Hélio, que significa sol em latim. O Hélio é o gás
Leiner e Clicio Barroso. dato, Luiz Eduardo Martins. Entre os vários fotó- ma, foi criada e é dirigida por Isabella Prata. Pro- mais abundante nessa estrela, nossa grande fonte de
grafos que se consagraram na fotografia brasileira move cursos livres em diversas áreas, como Artes luz natural. E a fotografia é a escrita da luz, daí ser a
passaram pela enfoco: Antônio Saggese, Antônio Visuais, Cinema, Vídeo, Design e Fotografia. Nes- referência.
Cursos Livres MAM Saggese, Cláudia Scatamacchia, Dulce Soares, ta última, oferece cursos como: Fotografia Prática:
Euclides Sandoval, Gil Monteiro Ribeiro, Hilton Noções Básicas, Processos Criativos na Fotografia:
O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), Ribeiro, Hugo Amaral Gama, Josemar Carvalho Pensamento e Prática, Fotografia Prática: Aprimo- Foto Oficina Escola de Fotografia
com sede em São Paulo, SP, além de promover Ribeiro, Leonardo Crescenti, Lily Sverner, Lúcio rando Conceitos, entre outros, com professores
o Clube de Fotografia e sua coleção de imagens, Kodato, Luis Sérgio Chvaicer, Nair Benedicto, Pau- como Bob Wolfenson, Claudia Jaguaribe, Gabriel Escola de fotografia fundada em 2003, por Carlos
com mais de 2.000 exemplares, também promove lo Klein, Regina Stella D’Ângelo, Richard Kohout, Boieras e Melissa Szymanski. Também oferece um Carvalho, em Porto Alegre, RS. Promoveu cursos
cursos livres entre prática e teoria da fotografia e Roberto de Guglielmo, Rodrigo Whitaker Salles, curso de longa duração voltado à filosofia e técnica livres de fotografia como Fotografia Básica, Foto-
assuntos afins, reunindo fotógrafos e professores Rosa Gauditano, Rosely Nakagawa, Stefânia Bril, fotográfica, coordenado por Juan Esteves e Marcos jornalismo, Fotografia Documental, e tratamento
como educadores. Entre eles estão: “Fotografia Suzana Amaral, Thales Trigo, Vera Galli, Vera Ro- Issa (que também fazem parte do corpo docente), de imagens. Teve suas atividades interrompidas em
básica” com Karina Bacci,“ Fotografia=Luz margi- quete Pinto, Zé de Boni, Mazda Peres, Ella Durst que conta com profissionais como Clicio Barroso e 2007, quando os cursos foram incorporados ao Fo-
nal procura corpo vago” com Gal Oppido, “Foto- e Pedro Martinelli. Gabriel Boieras como professores. Dentro dos cur- toFestPoa.

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Full Frame Escola de Fotografia proposta, que foge do ensino da técnica fotográfica, José Roberto Comodo Filho. Oferece cursos livres os finais de semana eram realizadas mostras de fo-
ou de teorias da fotografia, e busca o contato direto com o objetivo de despertar a sensibilidade artística tografia e audiovisual. A Escola teve suas atividades
A Full Frame é uma escola de fotografia com sede com as sensações e emoções por meio de exercí- de cada aluno. Tem comprometimento social fazen- encerradas em 1979.
em São Paulo, SP. Foi idealizada em 2007 por Rodrigo cios, dinâmicas e vivências, como jogos, dramatiza- do concessão de bolsas de estudo, desenvolvendo
Zugaib e Thales Trigo. Oferece cursos regulares, es- ções e técnicas de sensibilização, etc. Hoje, a oficina atividades culturais junto a comunidades carentes.
pecializações, além de workshops e um curso profis- é também dirigida ao mundo corporativo por meio da Possui uma biblioteca com 400 livros de fotogra- Trilharte
sionalizante. Trigo é fotógrafo profissional desde 1983, empresa Eteh – Desenvolvimento Humano. fia, DVDteca com 80 títulos de filmes relacionados
e foi durante 15 anos Coordenador e Professor dos à fotografia e artes visuais, além de acervo impres- A Trilharte é uma escola de fotografia, com sede no
cursos livres, do Bacharelado em Fotografia e do cur- so com proximadamente 100 obras fotográficas de Rio de Janeiro, RJ. Criada em 1997 pela antropóloga e
so de Pós – Graduação Lato – Sensu em Fotografia do Portfólio Escola de Fotografia artistas diversos. Já atendeu mais cinco mil alunos fotógrafa Monique Cabral, que se dedica ao desenvol-
Senac – SP. nesses anos de atuação. Comodo Filho, como advo- vimento de atividades educativas a fim de estimular o
A Portfólio Escola de Fotografia é uma escola com gado, também tem importante atuação na área de olhar cuidadoso com o mundo natural em fotógrafos
sede em Curitiba, PR. Foi criada em 1998, pelo fotó- direitos autorais em relação à fotografia. profissionais e amadores. Oferece cursos de fotogra-
Huma – Escola de Fotografia grafo Nilo Biazzetto Neto e a administradora Simo- fia digital com aulas práticas vinculadas ao ecoturismo
ne Biazzetto. É uma empresa dedicada a produções e o turismo cultural e também cursos em módulos.
A Huma – Escola de Fotografia é uma escola cria- fotográficas e cursos de fotografia. A empresa é Três por Quatro Escola de Fotografia e Mantém a Academia do Olhar, um espaço de convi-
da em março de 2010 pelo fotógrafo Hugo Macedo, formalmente dividida em dois segmentos: escola e Cinema Super 8 vência para a troca de experiências sobre o exercício
em Natal, RN. Promove cursos livres de fotografia estúdio fotográfico. Todos os anos a Portifólio reali- do olhar, promovendo atividades como roteiros foto-
como Fotografia Básica e Avançada, Formação Pro- za vários eventos culturais, palestras, workshops, A escola Três por Quatro Escola de Fotografia e Cine- gráficos seguidos de debates, além de semestralmen-
fissional, Fluxo Digital, Estúdio Básico e Avançado, safáris fotográficos, viagens, exposições, etc. Des- ma Super 8 foi criada em 1976, com sede em Brasília, te, organizar e incentivar a produção coletiva de expo-
Fotojornalismo e Paisagem. Já atendeu aproximada- de 2000, a Portfólio organiza a Maratona Fotográfica DF. Fundada por Kim-Ir-Sen Pires Leal, Juvenal Perei- sições fotográficas. Os eventos acontecem no espaço
mente 250 alunos. de Curitiba. ra, Salomon Cytrynowicz (Samuca), Tadeu Rodrigues da Trilharte ou em estabelecimentos de parceiros. A
Ferreira e Aluizio Salles. Promoveu cursos livres de Escola já recebeu diversos apoios, dentre eles do Ins-
fotografia e abrigou a Galeria Três Por Quatro. Todos tituto Moreira Salles.
IIF – Instituto Internacional de Fotografia Projeto Contato – Escola e Estúdio
Fotográfico Ltda.
O IIF – Instituto Internacional de Fotografia, é uma
escola com sede em São Paulo, SP, criada em 2009 A Projeto Contato – Escola e Estúdio Fotográfico é
pelo fotógrafo Danilo Russo. Oferece workshops, uma escola com sede em Porto Alegre, RS, voltada
cursos livres e especializações. A escola é uma evo- para o ensino de fotografia. Foi criada em 2004 por
lução dos workshops ministrados pelo fotógrafo já Flávio Dutra, Lúcia Simon e Nede Losina. Oferece
em 2001. diferentes tipos de cursos: os cursos de formação,
com abordagem mais aprofundada; os de especiali-
dades e linguagem, voltados ao desenvolvimento do
Oficina Descondicionamento do Olhar trabalho autoral; e as oficinas, cursos rápidos com
temas específicos. Já realizou expedições para a
A Oficina Descondicionamento do Olhar foi criada Patagônia e projetos especiais que correspondem a
e desenvolvida pelo fotógrafo paulista Claudio Feijó saídas fotográficas com temas pré-definidos. Conta
desde 1978, e aperfeiçoada em parceria com Tatiana com uma estrutura com duas salas de aula (para cer-
Feijó. A oficina tem por objetivo amparar a pedagogia ca de 30 alunos) e um estúdio para produções foto-
aplicada ao ensino da fotografia e promover o desen- gráficas.
volvimento da linguagem e do olhar criativo do indiví-
duo para expressão pessoal e/ou profissional. Ante-
riormente intitulada “Vivenciando as Imagens”, foram Riguardare Ensino e Desenvolvimento da
realizadas, aproximadamente, 100 edições, em di- Fotografia Ltda.
versos locais do Brasil, e para as áreas corporativa,
educacional e de desenvolvimento criativo. A oficina A Riguardare Ensino e Desenvolvimento da Fotogra-
já atendeu por volta de três a cinco mil pessoas des- fia Ltda é uma escola de fotografia com sede em São
de o início do projeto. Sua peculiaridade está na sua Paulo, SP, criada em 2003 pelo fotógrafo e advogado

130 131
ções: Senac-SP, Sesc-SP, Universidade de Harvard, alidade. Reflete sobre as propriedades da luz e os

A FOTOGRAFIA COMO INSTRUMENTO DE AÇÃO SOCIAL


X Itaú Cultural, Fundação Gol de Letra, Ação educativa,
Febem (fotografia e cidadania), Secretaria do Estado
da Cultura SP, Meninos do Morumbi, APBM&F Bo-
vespa, Revista OCAS, Projeto Travessia, Penitenciária
Feminina prevenção de HIV/Aids, e Estação Ciência,
mecanismos da visão humana, é traçado um parale-
lo entre o olhar e o ver.
As aulas procuram ressaltar importância de
uma educação do olhar, capaz de promover a lei-
tura das imagens que nos rodeiam com ética e
entre outros. responsabilidade social, desenvolvendo as Inteli-
Não é de hoje que a fotografia vem sendo utilizada como um instrumento de mobilização social. Sua natureza gências Libertadoras de Celso Antunes e a alfa-
permite e estimula seu uso como uma ferramenta poderosa. Seja para aumentar a auto-estima de uma betização do olhar (leitura e a escrita de imagens
comunidade ou alertar uma degradação ambiental. Uma ação social pode encontrar na fotografia um sem- ClicaMaravilha por meio da luz, com base na metodologia de Pau-
número de possibilidades eficientes de comunicação. lo Freire). A proposta é a construção de imagens
O ClicaMaravilha é um programa educacional de foto- sem a utilização de um equipamento fotográfico
grafia criado em 2001, em Fortaleza, CE, pela fotógra- convencional.
fa italiana Francesca Nocivelli, como parte do projeto
Casa da Convivência Familiar (CCF), destinado a crian-
ças e adolescentes que pertencem a comunidades Estética do (in)visível
de baixa renda na Favela Maravilha da cidade de For-
taleza. Francesca Nocivelli é doutora em Arquitetura O Estética do (in)visível é um projeto de fotografia
(IUAV, Veneza, Itália), diplomada em Fotografia (École participativa desenvolvido desde 2008 pelo Senac
MI21, Paris) e autora do livro Maravilha (Editora Tempo São Paulo com pessoas deficientes visuais. Acon-
ImageMagica 2001, como um programa do Instituto de Estu- D’Imagem). tece semanalmente, às quartas-feiras, e permite
dos Trabalho e Sociedade (IETS) e com o apoio aos alunos do Bacharelado em fotografia desenvol-
A ImageMagica é uma entidade com sede em São Pau- da Fundação Ford. As ações se ampliaram e, em verem a competência de educadores. Até 2011 o
lo, SP, criada em 1995 pelo fotógrafo André François. É 2003, o Observatório tornou-se autônomo. Boa Conferência Direitos Visíveis projeto resultou em três exposições fotográficas:
uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Públi- parte dos fundadores da instituição são pesqui- Percepções do Visível; Estética do (in)visível, com
co (Oscip), sem fins lucrativos, que promove educação, sadores, mestres e doutores, oriundos da Maré. A Conferência Direitos Visíveis foi realizada em 2006 Evgen Bavcar; e Acessibilidade, direito de ir e vir.
cultura e saúde por meio da fotografia, criando condi- Sediado no Complexo de Favelas da Maré, RJ, (SP), 2007 (EUA) e 2008 (SP), com parceria da Univer- Já foram atingidas diretamente 90 pessoas e indire-
ções para o pleno desenvolvimento pessoal e social e o Observatório de Favelas é uma instituição de sidade de Harvard e do Senac-SP. A proposta é apre- tamente, 12 mil pessoas, envolvendo o público das
potencializando nos indivíduos o papel de transforma- pesquisa, consultoria e ação pública, integra- sentar as diferentes formas que a fotografia tem sido exposições.
dores da realidade. Um dos seus primeiros projetos da por profissionais de diversos perfis, que se utilizada, por crianças e jovens, como mediação para
foi a Escola do Olhar, no qual eram criados núcleos de dedica à produção e à troca de conhecimentos a o desenvolvimento da Alfabetização Visual em diver-
fotografia em escolas. As câmeras eram feitas com la- sobre as comunidades populares e à elaboração sos países como Colômbia, Gana, Mali, India, Tailan- Expedição De Olho nos Mananciais
tas (pinhole), e com um ônibus transformado em labo- de políticas em direitos civis, sociais, culturais e dia, Guatemala, Paquistão, Inglaterra, Estados Unidos,
ratório foi possível levar o projeto para várias cidades. humanos para esses espaços. Para a educação e Argentina. Realizada em 1º de junho de 2008, a Expedição de
Nesses cinco anos de atividades, produziu importantes fotográfica, destaca-se o Programa Imagens do Olho nos Manaciais, foi um evento pela recuperação
livros, com fotografias de François: A curva e o cami- Povo. dos mananciais que abastecem São Paulo. Desenvol-
nho – Acesso à saúde no Brasil (2008), Escolher e viver Educação Lúdica do Olhar vido pelo Instituto Socioambiental (ISA) em parceria
– Tratamento e qualidade de vida dos pacientes renais com o Sesc-SP e o Estudio Madalena, promoveu uma
crônicos (2009), De volta para casa – Um documentário ONG Alfabetização Visual A Educação Lúdica do Olhar é uma oficina de ati- jornada cívica, ecológica e fotográfica às represas
sobre o tratamento domiciliar no Brasil (2010). François vidades transdisciplinares promovida pela Galeria Billings e Guarapiranga. A expedição foi uma ação da
também foi premiado pela Fundação Conrado Wessel e Organização não governamental, a ONG Alfabetiza- ZooN, em Natal, RN. É promovida em parceria com Campanha De Olho nos Mananciais, do ISA, que ti-
as ações da ImageMagica premiadas pela International ção Visual, com sede em São Paulo, foi criada em governos, entidades e grupos sociais, em comu- nha como objetivos esclarecer os moradores de São
Union for Health Promotion and Health Education. 1990, pelo professor João Kulcsár e realiza projetos nidades, ONGs e escolas em diversos pontos do Paulo sobre a situação dos mananciais da cidade e
de pesquisa, produção cultural e social com fotogra- Brasil. São utilizados recursos multimídia, materiais a mobilização da população para o uso racional da
fia participativa. Tem como objetivo atuar com for- pedagógicos, experimentos de física e vivências lú- água. O evento reuniu mais de 2.000 participantes
Observatório de Favelas do Rio de Janeiro mação de professores da rede pública e de ONGs, dicas – envolvendo os cinco sentidos da percepção que se dividiram em grupos coordenados por mais
para uso de imagem fotográfica em sala de aula no humana – para promover reflexões, sentimentos e de 30 fotógrafos de diferentes atuações. Cada grupo
O Obser vatório de Favelas do Rio de Janeiro, Brasil e no exterior (Portugal, EUA, Inglaterra, Itália expressões que favoreçam a qualidade de vida, a passou o dia produzindo registros fotográficos das
com sede no Rio de Janeiro, RJ, foi criado em e Suíça). Desenvolveu projeto nas seguintes institui- auto-estima, a cidadania e uma leitura crítica da re- áreas escolhidas.

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Fotografia e Cidadania na Febem Hoje muitas oficinas e cursos são planejadas e exe- Em 2002, foram realizadas três oficinas em bair- mais de 30 fotógrafos; o Banco de Imagens é um
cutadas pelos multiplicadores, gerando um fluxo de ros da periferia de Campo Grande/MS, com o patrocí- acervo digital com imagens de aspectos variados do
O Fotografia e Cidadania na Febem, projeto desenvol- surdo para surdo, diminuindo as barreiras de comu- nio do Fundo de Investimentos Culturais de MS-FIC/ território brasileiro, com enfoque na cobertura de
vido pelo educador, curador e produtor paulista João nicação. MS. Nas oficinas foram capacitados 60 alunos. Em temas sociais e do cotidiano em espaços populares
Kulcsár, teve início em Agosto de 1999 e término em O FotoLibras foi aplicado em eventos como o Fo- 2003, o projeto patrocinado ainda pelo FIC/MS, aten- em geral; a Galeria 535 está localizada na sede do
2005, na extinta Febem (Fundação estadual do bem toRio, FestFotoPOA e Semana de Fotografia do Reci- deu 180 crianças e adolescentes dos sete núcleos Observatório de Favelas, no conjunto de favelas da
estar do menor), com apoio do Senac-SP e da Fuji fe. Desenvolveu o curso de Stop Motion AnimaLibras, da Escola Pantaneira, situados na região de Aqui- Maré. É um espaço exclusivo para a fotografia, apre-
Film. Formou cerca de 85 monitores, agentes de edu- produzindo animações a partir de produções fotográfi- dauana/MS. Em 2004, foi realizada uma oficina de sentando uma programação artística de qualidade
cação e funcionários como educadores ( professores cas. Em 2010, desenvolveu o ensaio “Sou surdo, sou fotografia em parceria com a Agência Gira Solidário, e gratuita, em uma região historicamente desfavo-
de fotografia), beneficiando mais de 1.600 jovens in- feliz”, publicado na forma de postais e camiseta. Mais no município de Ribas Do Rio Pardo/MS, capacitando recida de equipamentos culturais; a Escola de Fo-
ternos com este processo. O projeto tinha três mó- de 600 surdos da Região Metropolitana do Recife, do 21 crianças, “ex-carvoeiras”, dentro do projeto edu- tógrafos Populares, criada em 2004 pelo fotógrafo
dulos, o primeiro era a formação e acompanhamento interior de Pernambuco e também da Bahia, Paraíba cativo Direito de Crescer, direcionado a crianças e João Roberto Ripper, oferece cursos regulares e de
dos educadores, o segundo a capacitação dos jovens e do Rio Grande do Norte já tiveram contato com as adolescentes que trabalharam em carvoarias do mu- aperfeiçoamento fotográfico, tendo como princípio
num módulo básico e, o último, um nível avançado atividades do FotoLibras. nicípio de Ribas do Rio Pardo/MS. Em 2005, já com a inclusão visual. O curso regular tem duração de
com estúdio. Vários jovens que participaram dos cur- o nome de Nosso Olhar, foram atendidas 190 jovens 10 meses e conta com a parceria da Universidade
sos atuam profissionalmente no mercado de trabalho. que cumpriam medidas sócio-educativas na Unei Federal Fluminense; além do Curso de Formação de
O Projeto Fotografia e Cidadania foi premiado com o Imagens da Escola – Unidade Educacional de Internação – em Campo Educadores em Fotografia e as Oficinas de Pinhole.
Prêmio Itaú Unicef ano 2001. Grande/MS, instituição vinculada à Secretaria de As-
As Imagens da Escola foram oficinas básicas de fo- sistência Social do Estado de Mato Grosso do Sul.
tografia realizadas em 1992 para escolas de 1º e 2º Essa edição foi patrocinada pelo Programa Petrobrás Projeto Cidade Invertida
FotoLibras – Fotografia Participativa com graus, ministradas por doze profissionais a 225 alunos Fome Zero. Em 2010, foram ministradas três oficinas
Jovens Surdos da Rede Pública Estadual de São Paulo. Contou com de fotografia para 60 indígenas da etnia Guarani, na O projeto Cidade Invertida, idealizado e coorde-
um curso de treinamento a arte-educadores e teve Região de Dourados/MS. nado pelo fotógrafo e professor paulista Ricardo
O FotoLibras é um projeto de fotografia participativa como resultado uma exposição itinerante composta Hantzschel, está em atividade desde 2006. Trata-
com pessoas surdas em Recife, PE, pioneiro no Brasil, por 300 painéis. A exposição, no Sesc Pompeia, no -se de um grupo formado por fotógrafos e educa-
que tem por objetivo aumentar a criatividade, a auto- mês de outubro a novembro daquele ano, foi resulta- Oficina Olhares da Amazônia dores que atua em projetos culturais relacionados
-estima e a visibilidade de surdos por meio da fotogra- do de dois meses do trabalho conjunto entre a Funda- à fotografia. Com ênfase na democratização cul-
fia. No curso, os alunos passam por uma experiência ção para o Desenvolvimento da Educação, órgão vin- Projeto de cunho social por meio da utilização da fo- tural e investigação da linguagem visual, a equipe
lúdica para despertar o olhar. Além das aulas regula- culado à Secretaria Estadual da Educação, 15 escolas tografia, é realizado pelo Coletivo Retratando de Ale- desenvolve publicações, workshops, exposições,
res, são realizadas saídas fotográficas para pôr em e a Clínica Fotográfica. xandre Fonseca e Ione Moreno. Em 2011, a Oficina pesquisas estéticas e ações didáticas em torno
prática a teoria aprendida em sala de aula. Também Olhares da Amazônia foi contemplada com o Prêmio da imagem. Uma das características marcantes
são elaborados ensaios fotográficos relacionados aos Mais Cultura, da Funarte, Ministério da Cultura. do projeto é a presença de um trailer, que opera
temas abordados durante o curso e a outras áreas de Nosso Olhar – Fotografia para a Cidadania como laboratório fotográfico e câmera obscura, im-
interesse. Para aumentar a visibilidade da comunidade primindo às ações um caráter itinerante. O projeto
e da cultura surda, são organizadas exposições das O projeto Nosso Olhar-Fotografia para a Cidadania Programa Imagens do Povo busca incluir visualmente e promover a cidadania
fotos produzidas. é uma oficina de fotografia direcionada a crianças e através da alfabetização visual de crianças, jovens
O primeiro curso do projeto foi realizado entre adolescentes de quatro a dezessete anos, que acon- O Programa Imagens do Povo, no Rio de Janeiro, RJ, e adultos, por meio da fotografia. Colabora como
fevereiro e agosto de 2007 e teve 25 alunos. Em tece em Campo Grande, MS. A ideia se originou em é um centro de documentação, pesquisa, formação consultora pedagógica e educadora e fotográfa
2010, os jovens formados na turma de 2009 atua- oficinas ministradas em escolas particulares, mas e inserção de fotógrafos populares no mercado de paulista Inaê Coutinho.
ram como multiplicadores da metodologia em or- atualmente é direcionado à educação artística e fo- trabalho. Criado pelo Observatório de Favelas, alia a
ganizações sociais da região, visando a ampliação tográfica de jovens em bairros periféricos de Campo técnica fotográfica às questões sociais, registrando
do projeto, que já teve diversos desdobramentos, Grande, menores infratores das unidades de inter- o cotidiano das favelas por meio de uma percepção Projeto FotoLata – Arte e Ciência
incluindo a produção do Guia FotoLibras (2009), que nação local, escolas afastadas, no pantanal, entre crítica, que leve em conta o respeito aos direitos hu-
sistematiza toda a experiência para que outras pes- outros. Assim, cada uma das seis edições realizadas manos e à cultura local. Seus principais projetos são O Projeto FotoLata – Arte e Ciência que acontece em
soas possam desenvolver atividades com a mesma atingiu um público diferente. O projeto aconteceu a Agência Escola, voltada à prestação de serviços Brasilia, DF, é de caráter social e foi idealizado por
metodologia. Essa disseminação também já inspi- nos anos de 2002, 2003, 2004, 2005, 2007 e 2010, de cobertura fotográfica para clientes e parceiros. José Rosa, promovendo a inclusão visual por meio
rou o aparecimento de outros projetos. O FotoLi- neste último como parte do Projeto Ava Marandu. A Agência oferece os equipamentos necessários da fotografia pinhole, utilizando uma câmera fotográ-
bras fez um intercâmbio com o MAM-SP no intuito O trabalho é produzido e organizado pelas fotógra- para a realização do trabalho, como câmeras e aces- fica “gigante” (trailer) onde os participantes experi-
de repassar experiência para um projeto similar. fas Elis Regina Nogueira e Vânia Jucá. sórios, computadores e acesso à internet, para os mentam a luz como matéria prima na formação das

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imagens, desde as câmeras de orifício (pinhole) até o quatro participantes (Adalberto Rodrigues, Claudivan das, de forma itinerante, em varais fotográficos realiza- realizada no segundo semestre de 2010, como par-
processo digital. Lima, Débora Tavares e Fernando Rodrigues) utilizaram dos em espaços públicos de Aracaju, no projeto Arte te integrante do programa Oficineiros da Fundação
uma câmera analógica Cannon BF-800 – Prima e tra- em Toda Parte e na Virada Cultural. Em seguida, um Cultural de João Pessoa (Funjope). As aulas aten-
balharam com a multissensorialidade e compreensão audiovisual realizado com esse material foi projetado deram adolescentes entre 13 e 16 anos de idade
Projeto Jovens do Itae imediata de diferentes aspectos como forma, tamanho, no Mercado Central de Aracaju, em shows de artistas do ProJovem, na sede da Associação recreativa
espaço, posição relativa e cor. As imagens produzidas locais e nacionais, na ocasião da comemoração do ani- Cultural e Artística (Arca), localizada num dos bair-
O projeto Jovens do Itae (Instituto Trilha das Artes e durante a oficina foram expostas no Espaço Cultural da versário de 155 anos da cidade. ros da periferia de João Pessoa, Ilha do Bispo. A
Educação) acontece desde a primeira edição do Fes- Câmara dos Deputados, em Brasília, em 2008. oficina contempla a leitura da fotografia de forma
tival Internacional de Fotografia Paraty em Foco, em geral, leitura das fotografias produzidas pelos par-
2005, sob a coordenação de Giancarlo Mecarelli e Vendo o mundo por um buraco de agulha ticipantes. Ao final da oficina foram realizadas uma
Maxime Delmotte. O objetivo é encaminhar jovens Projeto Trecho 2.8 exposição em forma de varal fotográfico, e uma
da comunidade carente de Paraty para uma formação A Vendo o mundo por um buraco de agulha é uma projeção da produção dos participantes para toda
cultural. Ao longo do ano, os alunos aprendem a foto- O Projeto Trecho 2.8 é de cunho sociocultural, com ex- oficina ministrada pelo fotógrafo Paulo Rossi e foi a comunidade.
grafar e conhecem trabalhos de grandes fotógrafos. posições de fotografia e manifestações de arte, reali-
Para contribuir com a formação de uma linguagem zado pela Galeria da Rua e idealizado por Marcos Ama-
fotográfica, e como resultado desse processo, as fo- ro e pela curadora Isabel Amado. Nasceu da parceria
tografias são expostas durante as edições do Festival da Galeria com o Instituto Brasis Estudos e Ações e
Internacional de Fotografia – Paraty em Foco. o Instituto Gens de educação e cultura. O objetivo
do projeto é promover a transformação social por in-
termédio da arte. Por meio de técnicas de criação e
Projeto Libertas – Caje utilização de fotografias, promove a geração de renda
para jovens e adultos em situação de rua. A primeira
Oficina fotográfica realizada pelo Espaço f/508, de exposição do projeto, intitulada “Movimento Coleti-
maio a julho de 2008, com os internos do Caje (Centro vo” inaugurou a Galeria em março de 2011, com uma
de Atendimento Juvenil Especializado de Brasília). A mostra coletiva de imagens produzidas pelos nove
unidade atende hoje cerca de 315 jovens, entre 14 e participantes do projeto. Todas as fotografias ficaram
20 anos, nascidos em famílias de classe média-baixa à venda e a verba arrecadada foi revertida diretamente
e afastados da escola por comprometimento com rou- para os participantes e para o Instituto Brasis.
bos ou homicídios. A metodologia empregada teve
como base estudos de psicologia experimental da
Gestalt, a semiótica de Charles Sanders Peirce e con- Quem Faz a Foto?
ceitos de antropologia visual. Com oito participantes,
foram produzidas 550 imagens. Em 2009, o projeto O Quem Faz a Foto? é um projeto socioeducativo rea-
foi convidado a integrar a 5ª edição do Encontro sobre lizado no primeiro semestre de 2009 pelo Coletivo Tro-
Inclusão Visual, promovido pelo FotoRio 09, quando tamundos, de Aracaju, SE. É composto por uma série
foram realizadas uma palestra e uma projeção de fo- de oficinas que têm como objetivo incentivar a leitura
tos dos trabalhos produzidos pelos participantes da crítica da imagem e o uso da fotografia como forma
oficina. de expressão. A primeira edição foi realizada no Cen-
tro de Atendimento Psicossocial Jael Patrício de Lima
(Caps) para moradores da periferia da Zona Norte da
Projeto Retratando com Alma cidade, usuários e não usuários do Caps. A segunda
etapa ocorreu no primeiro semestre de 2010, com
Inspirados pelas questões levantadas pela produção do jovens moradores do Centro de Referência da Assis-
filme A Janela da Alma, de João Jardim e Walter Carva- tência Social (Cras), do bairro da Coroa do Meio, em
lho, e pelo fotógrafo cego Evgen Bavcar, o grupo f/508 uma ação que trabalhou, entre outras coisas, o direito
realizou em 2005 uma oficina visando proporcionar a à cidade.
deficientes visuais a produção de imagens fotográficas O resultado do primeiro projeto resultou em uma
e, consequentemente, a sensibilização desses partici- exposição na Galeria Jenner Augusto, da Sociedade
pantes a uma nova forma de relação com o mundo. Os Semear. As fotografias da segunda etapa foram exibi-

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ÍNDICE Canindé Soares, 1956, Natal, RN (p. 69) Curso de pós-graduação em Fotografia – Universidade Cândido Mendes (p. 124)
REMISSIVO Carlos Carvalho, 1957, Rio de Janeiro, RJ (p. 69) Curso de pós-graduação em Fotografia – Unopar (p. 125)

Carmen Brigida Negrão, 1956, São Paulo, SP (p. 69) Curso de pós-graduação em Fotografia “Fotografia e Mercado” –

Casa da Fotografia Fuji (p. 95) Unitri (p. 124)

Casa da Fotografia Rosary Esteves (p. 95) Curso de Pós-graduação em Fotografia e Mercado –

Catálogo Nafoto (p. 103) Faculdade Pitágoras (p. 125)

Centro de Pesquisa Fotográfica do Centro Universitário de Brasília (p. 110) Curso de pós-graduação em Fotografia: Técnica, Linguagem e Mídia –

Cerrado em Foco (p. 47) Una (p. 125)

Ciclo de Debates Fotografia e Memória (p. 57) Curso de Pós-graduação Fotografia e Imagem –

Ciclo de Palestras Fotografia contemporânea: Arte e Pensamento (p. 57) Fama Escola Superior de Marketing (p. 125)

1ª Trienal de Fotografia – 1980 (p. 61) Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cipó Comunicação Interativa / Oi Kabum! Escola de Arte e Curso de pós-graduação Fotografia e Imagem e Movimento –

Cinematográficos – Arfoc SP (p. 85) Tecnologia de Salvador (p. 69) Universidade Positivo (p. 124)

Ateliê da Imagem Espaço Cultural (p. 94) Claudia Tavares, 1967, Rio de Janeiro, RJ (p. 69) Cursos livres de fotografia – Escola Panamericana (p. 128)

A Ateliê Novo (p. 94) Claudio Feijó, 1946, São Paulo, SP (p. 70) Cursos Livres de Fotografia Senac-SP (p. 128)

A Casa da Luz Vermelha (p. 94) Cleber Falieri, 1961, Belo Horizonte, MG (p. 70) Cursos Livres MAM (p. 128)

A Escrita da Luz (p. 66) ClicaMaravilha (p. 133)

A Gosto da Fotografia (p. 46) B Clínica Fotográfica (p. 70)

Adalberto Luiz Rizzo de Oliveira, 1957, Duartina, SP (p. 66) Bacharelado em Fotografia – Centro Universitário Senac (p. 122) Clube de Colecionadores de Fotografia do MAMAM (p. 100) D
Adriele Silva da Silva, 1987, Belém, PA (p. 66) Bacharelado em Fotografia – Faculdade Panamericana (p. 122) Clube de Fotografia do MAM/Coleção de Fotografia do MAM (p. 100) Dante Gastaldoni, 1950, Rio de Janeiro, RJ (p. 70)

Adrovando Claro de Oliveira, 1964, Natal, RN (p. 66) Bacharelado em Fotografia – Faculdades Integradas Barros Melo Coleção Fotoportátil (p. 101) Departamento de Fotografia, Teatro e Cinema – UFMG (p. 120)

Agência Ensaio (p. 67) (Aeso) (p. 123) Coleção Pirelli-MASP de Fotografia (p. 101) deVERcidade (p. 47)

Alberto Melo Viana, 1951, Vitória da Conquista, BA (p. 67) Barba Cabelo & Bigode Produções Culturais (p. 68) Coleção Senac Fotografia (p. 101) Diógenes Moura, 1957, Recife, PE (p. 111)

Alexandre Belém, 1974, Recife, PE (p. 109) Bárbara Copque, 1969, Porto Alegre, RS (p. 110) Coletivo Gota de Luz (p. 86) Dobras Visuais (p. 106)

Alexandre de Queiroz Lopes, 1966, Belo Horizonte, MG (p. 67) Bernardo José de Souza, 1974, Pelotas, RS (p. 68) Colóquio de Fotografia de Manaus (p. 57) Duo Arte Produções (p. 70)

Alexandre de Souza Fonseca, 1972, Belém, PA (p. 67) Bia Fiuza, 1984, Fortaleza, CE (p. 68) Colóquio de Fotografia e Imagem de Belém (p. 47)

Alexandre Ricardo dos Santos, 1963, Caxias do Sul, RS (p. 109) Bienal de Fotografia Ecológica de Porto Alegre (p. 62) Comissão Setorial da Fotografia PE (p. 86)

Ana Carolina Póvoas, 1970, Rio de Janeiro, RJ (p. 67) Bienal de Fotojornalismo de São Paulo (p. 62) Conferência Direitos Visíveis (p. 133) E
André Luís Carvalho, 1973, Brasília, DF (p. 119) Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba (p. 46) CONFOTO – Confederação Brasileira de Fotografia (p. 86) Eder Chiodetto, 1965, São Paulo, SP (p. 111)

Andreas Valentin, 1952, Rio de Janeiro, RJ (p. 119) Binóculo Produção e Editora Ltda. ME (p. 98) Conversando Fotografia (p. 57) Editora Olhares (p. 98)

Angela Magalhães, 1954, Rio de Janeiro, RJ (p. 109) Bolsa de Arte de Porto Alegre (p. 90) Conversas Fotográficas (p. 57) Editora Tempo d’Imagem (p. 98)

Antonio Fatorelli, 1957, Rio de Janeiro, RJ (p. 110) Boris Kossoy, 1941, São Paulo, SP (p. 110) Corpo Imagem dos terreiros: experiência ritual; produção de presença (p. 57) Eduardo Bentes Monteiro (Duda Bentes), 1955, Rio de Janeiro, RJ (p. 120)

Aphoto – Associação Potiguar de Fotografia (p. 84) Brasil Imagem (p. 68) Cosac Naify (p. 98) Eduardo Queiroga, 1969, Recife, PE (p. 120)

Arte 21 Artes e Eventos Culturais Ltda (p. 68) Brazimage (p. 69) Curso de Especialização em Fotografia – Univali (p. 123) Educação Lúdica do Olhar (p. 133)

Arte Plural Galeria (p. 90) Curso de Especialização em Fotografia: Elis Regina Nogueira, 1966, Campo Grande, MT (p. 71)

Arte/Cidade (p. 62) Práxis e Discurso Fotográfico – UEL (p. 123) Encontro Brasileiro de Economia da Foto e da Imagem – EBEFI (p. 57)

Artsalon – New Art for New Collectors (p. 90) C Curso de Extensão em Fotografia – Dart/UFCG (p. 123) Encontro de Fotografia de Mato Grosso (p. 47)

Associação de Fotógrafos de Brasília – Afoto (p. 84) Café Fotográfico (p. 56) Curso de Graduação em Fotografia – Universidade Anhembi Morumbi (p. 123) Encontro Internacional de Fotografia Photo Pirenópolis (p. 48)

Associação de Fotógrafos de Natureza – AfnaturA (p. 84) Caixa Populi (p. 62) Curso de pós-graduação “Poéticas Visuais: Gravura, Fotografia Encontros com o autor (p. 58)

Associação de Fotógrafos Fototech (p. 85) Câmera Com (p. 127) e Imagem Digital” – Feevale (p. 125) Encontros de Agosto (p. 48)

Associação Fotoativa (p. 68) Câmera Viajante – Escola de Fotografia e Cinema (p. 127) Curso de pós-graduação em Cinema, Vídeo e Fotografia – Encontros de Fotografia Popular (p. 48)

Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Câmera Work Produções Fotográficas (p. 69) Universidade Anhembi Morumbi (p. 123) Encontros Fotográficos de Campos do Jordão (p. 48)

Cinematográficos – Arfoc Rio (p. 85) Canela Foto Workshops (p. 47) Curso de pós-graduação em Fotografia – Faap (p. 124) enfoco – Escola de Fotografia (p. 128)

138 139
Escola de Fotografia Imagem-Ação (p. 129) Fotografia Contemporânea Paraense – Panorama 80/90 (p. 104) I L
Escola de Fotografia Local Foto (p. 129) Fotografia e Cidadania na Febem (p. 134) Iatã Cannabrava, 1964, São Paulo, SP (p. 112) Labfoto – Laboratório de Fotografia / UFBA (p. 114)

Escola São Paulo – Espaço de Cultura Contemporânea (p. 129) Fotografia em Debate (p. 59) Icônica (p. 107) Laboratório de Imagem e Som em Antropologia – Lisa/USP (p. 114)

Espaço Cultural Porto Seguro (p. 90) Fotografia Vernacular (p. 59) IFOTO – Instituto da Fotografia (p. 73) Lente Cultural Coletivo Fotográfico (p. 75)

Espaço f/508 de Fotografia (p. 95) FotoLibras – Fotografia Participativa com Jovens Surdos (p. 134) IIF – Instituto Internacional de Fotografia (p. 130) Li Photogallery / Espaço Paul Mitchell / Leica Gallery (p. 93)

Espaço Figura (p. 95) Fotolink – Encontro Internacional da Imagem (p. 50) Imã Foto Galeria (p. 93) Lívia Aquino, 1971, Fortaleza, CE (p. 114)

Estética do (in)visível (p. 133) FotoPlus (p. 106) Imagem Brasil (p. 73) Livro Mato Grosso – Território de Imagens (p. 104)

Estúdio 300 (p. 129) FotoRio – Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro (p. 50) ImageMagica (p. 132) Luiz Alexandre Lima Ferreira, 1962, Rio de Janeiro, RJ (p. 114)

Estúdio He (p. 129) Fotosite (p. 106) Imagens da Escola (p. 134) Luiz Eduardo Robinson Achutti, 1959, Porto Alegre, RS (p. 114)

Estudio Madalena (p. 71) Francisco Custódio Júnior, 1974, Uberlândia, MG (p. 71) Imagética – Mostra de gravura, fotografia Lume Photos (p. 93)

Expedição De Olho nos Mananciais (p. 133) Francisco Gustavo Costa de Lima e Moura, 1960, João Pessoa, PB (p. 111) e artemídia (p. 63) Luz Tropical Cultura & Produções Ltda. (p. 76)

Expedição Multimídia Rio Pinheiros Vivo (p. 63) Full Frame Escola de Fotografia (p. 130) Imago Fotografia Ltda. (p. 73)

Extraquadro (p. 106) Fundação Conrado Wessel (p. 71) Inaê Coutinho, 1971, São Paulo, SP (p. 73)

Fundação Pierre Verger (p. 95) Inarra – Grupo de Pesquisa Imagens, Narrativas e Práticas M
Culturais (p. 112) Magma Cultural (p. 76)

F Instituto Casa da Photographia (p. 74) Magna Domingos / Dom Negócios Culturais (p. 76)

Feira Largo Cultural da Mercês (p. 58) G Instituto Cultural Anima (p. 74) Manu Castilho, 1980, Rio de Janeiro, RJ (p. 76)

Fernando de Tacca, 1954, Franca, SP (p. 111) Galeria Álbum (p. 91) Instituto Itaú Cultural (p. 96) Máquinas de Luz: Fórum das Imagens Técnicas (p. 59)

Festival de Fotografia Floripa na Foto (p. 48) Galeria CMafra (p. 91) Instituto Kreatori (p. 96) Maratona Fotográfica Clic o Seu Amor por Londrina (p. 60)

Festival Foto em Pauta Tiradentes (p. 48) Galeria Collector’s / Li & Bocatto Photogallery (p. 91) Instituto Moreira Salles (p. 96) Maratona Fotográfica de Cabo Frio / Mais Ratona Fotográfica (p. 60)

Festival Hercule Florence de Fotografia (p. 48) Galeria da Gávea (p. 91) Instituto Pireneus (p. 74) Maratona Fotográfica de Curitiba (p. 63)

Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre – FestFotoPoA (p. 49) Galeria da Rua (p. 91) Interlocuções do Imaginário (p. 59) Maratona Fotográfica de Manaus (p. 64)

Festival Internacional de Fotografia Foto Arte (p. 49) Galeria de Babel (p. 91) Iris Produção Cultural Ltda. (p. 74) Maratona Fotográfica de Pirenópolis (p. 64)

Festival Manaus Bem na Foto (p. 49) Galeria do Ateliê (p. 92) Isabel Amado, 1963, Rio de Janeiro, RJ (p. 113) Marcia Mello, 1958, Rio de Janeiro, RJ (p. 115)

Fórum Anhembi Morumbi de Fotografia (p. 58) Galeria Fotoptica (p. 92) Itamar de Morais Nobre, 1962, Natal, RN (p. 113) Marcio Resende Mendonça (Marcio RM), 1961, Rio de Janeiro, RJ (p. 76)

Fórum da Fotografia – Ceará (p. 86) Galeria Olho de Águia (p. 92) Maria Bernadete Brasiliense, 1958, Jataí, GO (p. 121)

Fórum da Fotografia Paraibana (p. 86) Galeria Paparazzi (p. 92) Maria Christina, 1959, Serra do Navio, AM (p. 76)

Fórum Latino-Americano de Fotografia de São Paulo (p. 50) Galeria Tempo (p. 92) J Maria de Fatima da Silva (Fatinha Silva), 1953, Caratinga, MG (p. 77)

Fórum Mineiro de Fotografia Autoral (p. 86) Galeria Três por Quatro (p. 93) JF em Foco – Festival de Fotografia de Juiz de Fora (p. 50) Maria Fernanda Vilela de Magalhães, 1962, Londrina, PR (p. 77)

Foto Cine Clube Bandeirante (p. 87) Galeria Virtual ZooN (p. 101) Joana Mazza, 1975, Rio de Janeiro, RJ (p. 113) Mariano Klautau Filho, 1964, Belém, PA (p. 77)

Foto em Cena – Programa de TV (p. 106) Galeria Zoom de Fotografia de Paraty (p. 72) João Kulcsár, 1961, São Paulo, SP (p. 74) MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi (p. 97)

Foto em Pauta (p. 58) Galeria ZooN de Fotografia (p. 72) João Lobo, 1958, Brejo do Cruz, PB (p. 75) Mateus Sá, 1975, Olinda, PE (p. 77)

Foto Escambo (p. 107) Georgia de Andrade Quintas, 1973, Recife, PE (p. 112) João Luiz Musa, 1951, São Paulo, SP (p. 120) Mês da Fotografia de Brasília (p. 51)

Foto in Cena – Projeções (p. 107) GGT Gestão e Produção de Projetos Culturais ME (p. 72) Joaquim Paiva, 1946, Rio de Janeiro,RJ (p. 113) Mês Internacional da Fotografia (p. 51)

Foto in Cena Produções (p. 71) Grupo TotemArt (p. 72) Jornal O Foco (p. 104) Miguel Takao Chikaoka, 1950, Registro, SP (p. 77)

Foto Oficina Escola de Fotografia (p. 129) Gustavo Boroni, 1981, Maceió–AL (p. 112) José Carlos Mamede, 1965, Salvador, BA (p. 121) Milton Guran, 1948, Rio de Janeiro, RJ (p. 78)

Fotô Produção e Consultoria em Imagem e Arte Ltda (p. 71) Juvenal Pereira, 1946, Romaria, MG (p. 75) Museu Lasar Segall (p. 97)

Foto São Paulo (p. 63)

Fotobarragem (p. 58) H


Fotobiografia (p. 58) Helouise Costa, 1960, Rio de Janeiro, RJ (p. 112) K N
Fotocult / Foto Santos (p. 58) Hugo de Macedo Vieira, 1961, Parelhas, RN (p. 73) Kamara Kó Fotografias Ltda. ME (p. 75) Nadja Peregrino, 1949, Rio de Janeiro, RJ (p. 115)

Fotofeira (p. 59) Huma – Escola de Fotografia (p. 130) Kim-Ir-Sen Pires Leal, 1951, Anápolis, GO (p. 75) Nafoto – Núcleo dos Amigos da Fotografia (p. 78)

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Nfoto – Núcleo de Pesquisa em Fotografia (p. 115) Prêmio FCW de Arte (p. 102) Roberto Henrique da Silva, 1965, Petrolina, PE (p. 81) T
Nívia Uchôa, 1970, Aracati, CE (p. 78) Prêmio Foto Arte (p. 102) Rodrigo Augusto Soares, 1975, Santo André, SP (p. 82) Tecnologia em Fotografia – Univali (p. 126)
Nosso Olhar – Fotografia para a Cidadania (p. 134) Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia (p. 103) Rogério Zanetti Gomes, 1966, Ponta Grossa, PR (p. 121) Tecnologia em Fotografia – Centro Universitário Vila
Núcleo Imagem Latente (p. 78) Prêmio Porto Seguro Fotografia (p. 103) Ronaldo Entler, 1968, São Paulo, SP (p. 116) Velha (p. 125)
Primeira Fotogaleria (p. 93) Rose May Carneiro, 1969, Santos, SP (p. 122) Tecnologia em Fotografia – Ceunsp (p. 125)
Programa Imagens do Povo (p. 135) Rosely Matuck Nakagawa, 1954, São Paulo, SP (p. 116) Tecnologia em Fotografia – Faculdade Cambury (p. 126)
O Projeto Caixa & Memória (p. 65) Rubens Fernandes Junior, 1950, Rio Claro, SP (p. 117) Tecnologia em Fotografia – Iesb (p. 126)
Observatório de Favelas do Rio de Janeiro (p. 132) Projeto Cidade Invertida (p. 135) Tecnologia em Fotografia – Ulbra (p. 126)
Offestival: intervenção urbana com fotografia (p. 107) Projeto Contato – Escola e Estúdio Fotográfico Ltda. (p. 130) Tecnologia em Fotografia – Unicap (p. 126)
Oficina Descondicionamento do Olhar (p. 130) Projeto Figura (p. 60) S Tecnologia em Fotografia – Unip (p. 126)
Oficina Olhares da Amazônia (p. 135) Projeto FotoLata – Arte e Ciência (p. 135) Salão Matogrossense de Fotografia (p. 52) Tecnologia em Fotografia – Universidade de Caxias
Olha o Tietê (p. 101) Projeto Jovens do Itae (p. 136) Salões Nacionais de Arte Fotográfica (p. 89) do Sul (p. 126)
Olhavê (p. 107) Projeto Libertas – Caje (p. 136) Sandro Alves Oliveira, 1966, Unaí, MG (p. 117) Tecnologia em Fotografia – Universidade Estácio de Sá (p. 127)
ONG Alfabetização Visual (p. 132) Projeto Retratando com Alma (p. 136) São Paulo um caso de amor, 450 pontos de Vista (p. 65) Tecnologia em Fotografia – Universidade Tuiuti Paraná (p. 127)
Orlando Azevedo, 1949, Ilha Terceira dos Açores, Portugal (p. 79) Projeto Sexta-Livre (p. 60) Semana da Foto de Curitiba (p. 52) Terra da Luz Editorial (p. 99)
Projeto Subsolo – Circulação de Arte (p. 80) Semana da Fotografia de Belo Horizonte (p. 52) Terra Vermelha Cultural (p. 82)
Projeto Trecho 2.8 (p. 136) Semana da Fotografia de Ribeirão Preto (p. 52) Terra Virgem Editora e Produções Culturais Ltda. (p. 99)
P Semana da Fotografia Mineira (p. 54) Território da Foto (p. 97)
Pablo Alfredo De Luca, 1963, Buenos Aires, Argentina (p. 79) Semana de Fotografia da Cidade de Curitiba (p. 53) Tiago Santana, 1966, Crato, CE (p. 82)
Pablo Pinheiro, 1977, São Paulo, SP (p. 121) Q Semana de Fotografia da PUC-Rio (p. 53) Tibério França, 1959, Belo Horizonte, MG (p. 118)
Papo de Fotógrafo (p. 60) Quadrienal de Fotografia do MAM (p. 65) Semana de Fotografia de São Caetano do Sul (p. 61) Titus Benedikt Riedl, 1966, Marburg, Alemanha (p. 82)
Parahyba Digital (p. 51) Quem Faz a Foto? (p. 136) Semana de Fotografia do Recife (p. 53) Trama Fotográfica (p. 108)
Paraty em Foco – Festival Internacional de Fotografia Quintas Fotográficas (p. 108) Semana de Fotografia f/508 (p. 53) Travessa da Imagem – Ateliê Multimídia Ltda. (p. 97)
de Paraty (p. 51) Semana Epson Fnac/FS de Fotografia (p. 54) Três por Quatro Escola de Fotografia e Cinema
Patricia Gouvêa, 1973, Rio de Janeiro, RJ (p. 79) Semana Paulista de Fotografia (p. 55) Super 8 (p. 131)
Patrícia Veloso, 1960, Teresina, PI (p. 79) R Semana Potiguar de Fotografia (p. 55) Trilharte (p. 131)
Paula Cinquetti, 1978, São Paulo, SP (p. 79) Rede Amazônia de Fotografia (p. 87) Semana Sergipana de Fotografia (p. 54) Trotamundos Coletivo (p. 83)
Paulistanos na Paulista Rumo aos 450 anos (p. 64) Renata Maria Victor de Araujo, 1966, Recife, PE (p. 121) Semanas Estaduais de Fotografia do Maranhão (p. 55)

Paulo Cesar Amoreira, 1968, Fortaleza, CE (p. 80) Revista Discursos Fotográficos (p. 105) Semana Nacional de Fotografia Funarte (p. 55)

Paulo César Boni, 1958, Cambé, PR (p. 116) Revista Foto Grafia (p. 104) Senac Editora (p. 99) U
Paulo José Rossi, 1965, São Paulo, SP (p. 80) Revista Iris Foto (p. 105) Sergio Burgi, 1958, São Paulo, SP (p. 82) União dos Fotógrafos de Brasília (p. 87)
Pedro Vasquez, 1954, Rio de Janeiro, RJ (p. 116) Revista Paparazzi (p. 105) Sete Fotografia (p. 108) União dos Fotógrafos de São Paulo (p. 87)
Perspectiva (p. 108) Revista Novidades Fotoptica (p. 105) Setembro Fotográfico (p. 56) Universidade da Fotografia (p. 127)
Photo Agência (p. 80) Revista Studium (p. 104) Silas de Paula, 1950, Castelo, ES (p. 117)

Photovivência – Diálogo com o fotógrafo (p. 60) Ricardo Borges Rodrigues, 1971, Campina Verde, MG (p. 81) Simonetta Persichetti, 1956, Roma, Itália (p. 117)

Pinhole Day Belém (p. 64) Ricardo Hantzschel, 1964, São Paulo, SP (p. 81) Simpósio Fototech de Fotografia (p. 61) V
Por Que Eu Fotografo? (p. 60) Ricardo Junqueira, 1965, Brasília, DF (p. 81) SP Arte/Feira Internacional de Arte de São Paulo (p. 61) Vendo o mundo por um buraco de agulha (p. 137)
Portfólio Escola de Fotografia (p. 130) Ricardo Lima, 1971, Assis, SP (p. 81) SP Arte/Foto (p. 56)

Povos de São Paulo – Uma Centena de Olhares sobre a Cidade Ricardo Magoga Gallarza, 1962, Restinga Seca, RS (p. 121) SP Foto Arte Eventos Culturais Ltda. (p. 82)

Antropofágica (p. 64) Ricardo Mendes, 1955, São Paulo, SP (p. 116) SP Photo Fest (p. 56) W
Prêmio Bolsa de Pesquisa Fotográfica Arne Sucksdorff (p. 102) Riguardare Ensino e Desenvolvimento da Fotografia Ltda. (p. 130) Stefania Bril, Gdansk, Polônia 1922, São Paulo, SP (p. 118) WA Imagem Fotografia e Produção Cultural Ltda. (p. 83)

Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia (p. 102) Rinaldo Morelli, 1966, São Paulo, SP (p. 81) Susana Dobal, 1965, Rio de Janeiro, RJ (p. 122) Walfrido (Frido) Claudino, 1981, João Pessoa, PB (p. 83)

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