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Agosto/2007
Edição atualizada em Junho/2022
Serigrafia
O Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT fornece soluções de informação tecnológica sob medida, relacionadas aos
processos produtivos das Micro e Pequenas Empresas. Ele é estruturado em rede, sendo operacionalizado por centros de
pesquisa, universidades, centros de educação profissional e tecnologias industriais, bem como associações que promovam a
interface entre a oferta e a demanda tecnológica. O SBRT é apoiado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas – SEBRAE e pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação – MCTI e de seus institutos: Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT.
Dossiê Técnico UCHIMURA, Marcelo Shiniti.
Serigrafia
Instituto de Tecnologia do Paraná – TECPAR
23/8/2007
Resumo Serigrafia ou silk-screen é um processo de impressão em
variados tipos de materiais (papel, plástico, borracha, madeira,
vidro, tecido etc.) em diferentes superfícies. Este dossiê trata
do processo serigráfico (layout, arte final, diapositivos,
matrizes, fotolito), equipamentos e suprimentos serigráficos,
classificação das tintas, determinação do tipo de tinta para
cada tipo de substrato.
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cópia, distribuição e execução desta obra - bem como as obras derivadas criadas a partir dela - desde que criem obras não comerciais e
sejam dados os créditos ao autor, com menção ao: Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas - http://www.respostatecnica.org.br
Sumário
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 3
2 FERRAMENTAL .............................................................................................................. 5
2.1 Matriz ............................................................................................................................ 5
2.2 Rodo ou puxador ......................................................................................................... 8
2.3 Base de impressão ...................................................................................................... 9
2.4 Fotolito, diapositivo ou transparência ....................................................................... 9
2.5 Tintas e solventes ........................................................................................................ 10
2.6 Outros itens.................................................................................................................. 14
3 PROCESSO ..................................................................................................................... 15
3.1 Método do estêncil de papel ....................................................................................... 15
3.2 Método da impermeabilização manual da matriz (método do negativo) .................. 15
3.3 Método da emulsão fotográfica .................................................................................. 16
3.4 Verificação da matriz ................................................................................................... 19
3.5 Preparo da arte final .................................................................................................... 19
3.6 Impressão serigráfica .................................................................................................. 22
3.7 Armazenamento das matrizes..................................................................................... 23
3.8 Regeneração das matrizes .......................................................................................... 23
4 TRATAMENTO DE RESÍDUOS ....................................................................................... 23
4.1 Lavagem de telas de serigrafia ................................................................................... 23
4.2 Recuperação de solventes por destilação ................................................................. 24
Conclusões e recomendações ......................................................................................... 24
Referências ........................................................................................................................ 25
Anexo 1 – Desenhos industriais ....................................................................................... 26
Anexo 2 – Lista de fornecedores ...................................................................................... 27
Conteúdo
1 INTRODUÇÃO
A serigrafia, também conhecida como silk-screen, é uma técnica de impressão gráfica que
consiste em fazer passar tinta através de uma tela especialmente permeável, com a
obtenção final de uma imagem monocromática (FIG. 1).
A matriz é especialmente preparada para ser permeável nos pontos que compõem a arte
final e impermeável nos pontos que não fazem parte do desenho. Imagens multicoloridas
podem ser obtidas por meio do uso de várias matrizes, uma para cada cor (FIG. 2).
É uma técnica muito utilizada quando se deseja produzir impressões gráficas em média ou
grande escala, por ter um custo relativamente menor do que outras técnicas, tais como a
impressão de sublimação ou impressão de jato de tinta.
No Japão, durante o período Kamakura, os estênceis eram usados para decorar armaduras
de couro e selas para montaria (EICHENBERG, 1978 apud EVERITT-INFO, [200-?]).
Gradativamente, os artesãos japoneses que fabricavam estênceis passaram a utilizar
tramas de cabelos e de fios de seda como suporte de peças complexas de estêncil. A
especialização desses artesãos chegou a tal ponto que eles podiam imprimir com estênceis
incrivelmente complexos (AUVIL, 1965 apud EVERITT-INFO, [200-?]). Embora fossem
complexos, os estênceis japoneses eram usados para imprimir em até cinco cores
diferentes.
Segundo Auvil (1965 apud EVERITT-INFO, [200-?]), com o avanço da civilização, aqueles
que tinham interesse em difundir dogmas religiosos empregavam o estêncil como forma de
imprimir grandes quantidades de inscrições religiosas e ensinamentos. Na Europa, como
resultado das conquistas e das cruzadas, a arte dos estênceis se difundiu, e era usada
conjuntamente com a litografia para a produção de imagens religiosas em templos.
Nos séculos XVII e XVIII, o tecido de seda era gravado com estênceis também feitos de
seda. O método era basicamente forçar a tinta através dos interstícios livres ao redor de
imagens recortadas em papel e coladas à seda, imprimindo assim a imagem sobre a
superfície abaixo do estêncil. Esta ideia de usar um retalho de seda como uma tela é
geralmente creditada a Samuel Simon, que patenteou o método em 1907, na Inglaterra.
Próximo ao início da Segunda Guerra Mundial, John Pilsworth, de São Francisco (EUA),
desenvolveu o método Selectasine, que pode reproduzir impressões gráficas multicoloridas
com o uso de uma única matriz. Áreas da tela são obstruídas seletivamente após a
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DOSSIÊ TÉCNICO
aplicação de cada cor, aproveitando assim a mesma tela para todas as cores
(BIEGELEISEN, 1958 apud EVERITT-INFO, [200-?]).
Embora a serigrafia fosse um processo comercial bem conhecido nesta época, ela só foi
usada como método de expressão artística a partir de 1930, quando um grupo de artistas,
liderado por Anthony Velonis, trabalhou sob os auspícios do WPA Federal Arts Project
(EUA) durante a Grande Depressão. Por causa da crise econômica na época, o custo
irrisório dos equipamentos necessários para a serigrafia ofereceu uma vantagem econômica
sensível em relação a outros meios de impressão gráfica.
2 FERRAMENTAL
2.1 Matriz
O conjunto composto pelo quadro (também chamado de bastidor) mais o tecido com o
estêncil da imagem é chamado de matriz. São vários os processos usados na gravação da
matriz, mas todos eles buscam um mesmo objetivo: deixar livres para passagem de tinta os
espaços correspondentes à figura que deverá ser impressa e vedar (para impedir a
passagem de tinta) a área restante (FIG. 4).
Figura 4 - Ampliação de uma matriz serigráfica, onde se vê pontos abertos, por onde passa a tinta, e
pontos impermeáveis
Fonte: (SCREEN..., 2019)
Para a fabricação do quadro ou moldura, diversos tipos de madeiras podem ser usados. Os
mais comuns são o pinho e o cedro. É essencial que a madeira seja resistente à umidade,
pois, no processo serigráfico, a matriz entra por diversas vezes em contato com a água.
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Serigrafia
Para minimizar este problema, o quadro pode ser impermeabilizado com um verniz
apropriado ou com uma laca de cor azul, vendida no comércio especializado,
especificamente para essa finalidade. Também é possível o uso de molduras de ferro e
alumínio, utilizados em trabalhos de alta precisão.
O tamanho do quadro deve variar de acordo com o formato da figura a ser impressa,
reservando-se sempre pelo menos dez centímetros de área livre nos quatro lados da figura.
Por exemplo: se você vai imprimir uma figura de 20 x 20 cm, a área interna da moldura
deverá ser 40 x 40 cm. Embora as casas especializadas em materiais para serigrafia
tenham à venda essas molduras numa variedade de tamanhos, qualquer carpinteiro pode
fazê-las sob encomenda.
Na matriz, pode-se usar diferentes aberturas de malha de acordo com a resolução desejada
na reprodução da imagem (FIG. 5). Tecidos com malha menor servem para obter imagens
com resolução mais alta, isto é, as impressões gráficas resultantes com este tipo de malha
têm melhor definição.
Figura 5 – Ampliação da abertura da malha do tecido (acima) versus aplicação de tinta resultante
(abaixo, em vermelho). Malha com 38 fibras/cm (esq.); 54 fibras/cm (centro); 140 fibras/cm (dir.)
Fonte: (SIEBDRUCK..., 2022)
Figura 6 – Vista ampliada das matrizes (esq.) e resultados da aplicação serigráfica (dir.) com matrizes
de mesma abertura, porém, com tecido de fios grossos (acima) e fios finos (abaixo)
Fonte: (SIEBDRUCK..., 2022)
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DOSSIÊ TÉCNICO
• Tecido de poliéster: a princípio, tem boa rejeição à distorção da imagem, pois pode
ser esticado razoavelmente bem, sem perigo de se romper, e não absorve umidade.
É o material utilizado em 90% dos casos;
• Tecido de aço: pode ser esticado bastante, o que lhe confere boa rejeição à
distorção da imagem. Além disso, a trama é feita com fios mais finos do que os da
tela de poliéster, o que também permite imprimir com maior resolução da imagem.
Entretanto, é mais custoso e quebradiço. É muito utilizado em impressões sobre
circuitos eletrônicos e sobre cerâmicas.
• Rotamesh: não se trata exatamente de uma malha, mas sim de uma placa com
aberturas semelhantes a um favo de mel. As placas Rotamesh são formatadas na
forma de um cilindro e usadas em impressoras rotativas para gravar têxteis, ou
etiquetas.
• Tecido de seda: foi usado até os anos 1950 e gradualmente substituído pelos tecidos
de poliéster e de nylon.
O tecido da matriz também pode ser classificado em multifil ou monofil. A malha monofil é
composta de fibras únicas tramadas, enquanto que a malha multifil é feita de múltiplas fibras
finas agrupadas na forma de uma fibra maior, e estas últimas são tramadas, conforme
mostra a Figura 7. A partir dos anos 1970, as malhas multifil não foram mais usadas para
serigrafia, pois não ofereciam uma boa precisão de imagem e eram de limpeza difícil.
O tecido deve ser esticado igualmente por toda a área da matriz, e a fixação do tecido à
moldura pode ser feita grampeando-o à moldura de madeira com grampeador de pistola ou,
na falta desse equipamento, com tachos e martelo. É interessante colocar um cadarço ou
fita de algodão entre o tecido e os grampos, como apoio, de maneira a diminuir o risco de
rasgo do tecido. É muito comum também a fixação do tecido com o uso de uma corda
pequena, que vai ao interior de uma canaleta existente em todo o perímetro da moldura). A
fixação também pode ser feita com esticadores específicos para este fim (FIG. 8).
7 2022 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT
Serigrafia
Figura 8 - Aparelho tensionador de tela para matriz. Legenda: Gewebe = tecido; Schablonenrahmen =
moldura da matriz; Spannkluppen = pinças de tracionamento; Zugrichtung des Gewebes = direção de
tração do tecido
Fonte: (SIEBDRUCK..., 2022)
Em quadros de ferro ou alumínio, a fixação é feita com o uso de adesivos especiais, pois
não é possível grampear. A tensão por igual e em toda a superfície da matriz é muito
importante, nas impressões de mais de uma cor e especialmente em quadricromia.
É uma peça similar a uma espátula, que força a passagem da tinta através da matriz, em
direção ao substrato de impressão. Pode ser feito com madeira e borracha, ou até mesmo
com poliuretano em casos de produção em escala maior (FIG. 9).
Figura 10 – Vista lateral da aplicação de uma impressão serigráfica sobre um substrato, que mostra o
deslizamento do puxador ao longo da matriz e a aplicação da tinta
Fonte: traduzido de (SIEBDRUCK..., 2022)
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DOSSIÊ TÉCNICO
Com o auxílio do puxador, o impressor empurra a tinta de uma para outra extremidade da
matriz, pressionando a tinta e fazendo-a passar através do tecido pelas partes não vedadas
(FIG. 10). Repete-se a operação quantas vezes forem necessárias, até completar a tiragem.
O perfil de borracha do puxador pode ser de canto vivo, em cunha ou arredondado. O uso
de cada tipo depende da natureza do serviço e do tipo de tinta a ser usada. O fabricante da
tinta costuma informar qual o tipo de perfil mais indicado.
Qualquer mesa ou balcão serve como base de impressão. O ideal, entretanto, é usar uma
base sólida, firme, nivelada e revestida de fórmica. É necessário prender a matriz à base de
impressão, usando dobradiças ou garras próprias para esse fim, que permitam movimentar
a matriz para cima e para baixo durante o trabalho (FIG. 11).
A razão pela qual a imagem deve estar em preto opaco é que, na gravação da matriz, as
áreas em preto devem impedir a passagem da luz. Por sua vez, o filme deve ter um grau de
transparência suficiente para deixar passar luz.
Existem os seguintes tipos de filmes para diapositivo: papel vegetal, filme de poliéster e
filme de acetato de celulose. O papel vegetal é encontrado facilmente em papelarias e
permite fazer um bom trabalho. O inconveniente do papel vegetal é que ele pode absorver
umidade segundo a variação do clima, e pode se deformar no manuseio.
Em serigrafia, há um tipo de tinta para cada tipo de substrato, isto é, existem tintas próprias
para vidro, madeira, plásticos, papel, acetato, tecidos de todos os tipos, metais, etc. Assim,
a mesma tinta usada para se imprimir um determinado tipo de tecido, por exemplo, não
servirá para a impressão de plásticos, tais como o vinil.
Solventes - Para diluir usar solvente. Solvente vinílico – utilizar a partir de 10%.
Retardador vinílico – utilizar a partir de 10%. Solvente universal – utilizar a
partir de 10%.
Aplicação - Para uma aplicação perfeita, o substrato deve estar totalmente limpo de
impurezas ou gorduras, para que não prejudique a aderência da tinta.
Produto recomendado para trabalhos serigráficos, aerográficos e
determinados tipos de pinturas efetuadas com equipamentos adequados.
Quando o processo for serigráfico, utilizar poliéster de 77 a 120 fios com
emulsão EDS resistente a solventes, e na hora da aplicação da tinta, manter
fora de contato da matriz, para o substrato.
Solventes - Para diluir usar solvente. Solvente vinílico – utilizar a partir de 10%.
Retardador vinílico – utilizar a partir de 10%. Solvente universal – utilizar a
partir de 10%.
Aplicação - Para uma aplicação perfeita, o substrato deve estar totalmente limpo de
impurezas ou gorduras, para que não prejudique a aderência da tinta.
Produto recomendado para trabalhos serigráficos, aerográficos e
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DOSSIÊ TÉCNICO
Indicação - Para impressões sobre tecidos de algodão (puros sem fios sintéticos), não
engomados. Utilizada em mensagens e propagandas sobre camisetas,
bonés, flanelas e outros artigos promocionais. Cores luminosas, excelente
rendimento e boa cobertura.
Solventes - Para diluir usar água (quando necessário). Para retardar a secagem usar
água ráz mineral.
Indicação - Para a reprodução de uma arte ou foto de tecidos de algodão (puros, sem
fios sintéticos), não engomados pelo processo de quadricromia, usando-se
meio tons separados por processos fotográficos especiais para a confecção
de fotolitos.
Indicação - Para impressões sobre tecidos de algodão (puros, sem fios sintéticos), não
engomados. Utilizada em mensagens e propagandas sobre camisetas,
bonés, flanelas e outros artigos promocionais. Cores firmes, excelente
rendimento, boa cobertura e solidez à luz.
Solventes - Para diluir usar água (quando necessário). Para retardar a secagem, usar
água ráz mineral.
Indicação - Para impressões sobre chapas de ferro e metais, duratex, papel, papelão,
cartolina, flâmulas e sacolas de papel para posterior plastificação com
polietileno. Acabamento aveludado, boa aderência e regular durabilidade
externa.
Indicação - Para impressões sobre chapas de ferro e metais, duratex, papel, papelão e
cartolina. É a mais adequada para pinturas através de rolos sobre chapas.
Tem como propriedades principais: brilho, flexibilidade, aderência e boa
durabilidade externa.
Secagem - Secagem inicial: livre de pó, 2 horas. Ao toque: 8 horas. Para manuseio: 12
horas. Secagem final: 24 horas. Para empilhamento: 24 horas. Em estufa:
de 2 a 3 horas, até 60° C.
Indicação - Para impressões sobre polietileno tratado (frascaria), PVC, vinil rígido e
autocolantes, metais em geral, acrílicos (não luminosos), acetato,
poliestireno, ABS e aglomerados de madeira. Possui boa cobertura e
opacidade em todas as cores. Boa resistência em exposição externa à
umidade e intempéries.
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DOSSIÊ TÉCNICO
Indicação - Para impressões sobre papel, papelão e cartolina. Para máximo efeito de
luminosidade, deverá ser impressa sobre fundo branco ou sobre a cor
branca. Reflete na luz do dia ou com raios ultravioletas de lâmpadas
especiais. Estas cores possuem baixa solidez à luz. Desbotam quando
expostas externamente em média em 2 a 4 meses dependendo da
incidência da luz. Quando expostas internamente, aumenta a resistência.
Para maior durabilidade, sobreimprimir com um verniz filtro solar.
• Tinta epóxi
Secagem - Secagem inicial: livre de pó, 3 horas. Ao toque: 6 horas. Para manuseio: 8
horas. Secagem final: 12 horas. Para empilhamento: após 12 horas. Em
estufa: 20 minutos a 40° C ou 5 minutos a 120° C.
Aplicação - Misturar bem 3 partes da tinta com 1 parte de catalisador por volume.
Aguardar 30 minutos e diluir com solvente à viscosidade ideal de aplicação.
Tempo de vida útil da mistura catalisada, em temperatura ambiente, 8
horas. Não misturar mais do que o necessário para este período. Tempo de
armazenagem, em temperatura ambiente, a tinta tem validade de 24 meses
e o catalisador 12 meses.
• Tinta poliuretânica
• Tinta poliamídica
Além dos itens citados anteriormente, pode ser necessário usar outros materiais:
• Folhas de jornal;
• Fita adesiva;
• Folha de cartolina;
• Escova;
• Detergente, sabão neutro ou outro produto desengordurante;
• Tesoura;
• Estilete;
• Soquete para lâmpada comum, com luminária e tomada elétrica;
• Lâmpada para fotossensibilização Photoflood de 500 W;
• Lâmpada vermelha para revelação fotográfica;
• Copos plásticos descartáveis;
• Uma chapa de vidro do tamanho da matriz;
• Spray adesivo, para fixação de materiais têxteis;
• Pincel;
• Espátula;
• Lápis;
• Papel toalha;
• Régua graduada;
• Máscaras de figuras geométricas (circunferências, retângulos, triângulos, etc.);
• Papel milimetrado;
• Copo com graduação de volume;
• Cola branca;
• Pia grande o bastante para permitir a lavagem da matriz, com torneira e água
corrente;
• Ventilador ou soprador;
• Avental e luvas de borracha.
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DOSSIÊ TÉCNICO
3 PROCESSO
É o método mais fácil, rápido e econômico para iniciantes fazerem suas próprias matrizes.
Consiste em recortar em papel a mensagem ou a ilustração, obtendo um estêncil. O papel
de jornal é adequado para a tarefa, mas caso se queira fazer uma matriz mais durável,
pode-se usar papel manteiga.
Figura 12 - Ilustração mostrando como fazer um estêncil de papel por dobragem e recorte
Fonte: (REUELS, [200-?])
Prepare a tinta, misturando-a com o solvente e outros componentes necessários até atingir
uma consistência cremosa. Posicione o estêncil abaixo da matriz. Se o estêncil contiver
muitos detalhes e recortes intricados, é recomendável colá-lo na matriz, com cola branca,
antes da impressão.
Coloque um pouco da tinta sobre a tela da matriz, na borda mais próxima a você. Com a
matriz levantada e ainda sem tocar o substrato, aplique a tinta por toda a área de impressão,
de forma a conferir um “preenchimento” preliminar da tela com a tinta.
Agora, faça a impressão propriamente dita. Posicione o substrato a ser impresso abaixo da
matriz. O estêncil fica entre o substrato e a matriz. Desça a matriz sobre o substrato e fixe-a.
Com o puxador sempre a um ângulo de aproximadamente 45º, aplique a tinta sobre o
substrato, com deslizamentos de vai-e-vem e com força suficiente para arrastar o rastro de
tinta por toda a área da ilustração.
Este é o método mais notável de se preparar a matriz serigráfica, pois oferece a maior gama
de possibilidades. Neste método, é possível a impressão de ilustrações com linhas muito
finas, várias técnicas de tipografia ou caligrafia manual, assim como fotografias positivas em
tons de cinza.
A sombra da imagem faz com que certos pontos da matriz não sejam atingidos pela luz,
enquanto outros pontos, sim. A emulsão se endurece e torna a matriz impermeável onde
houve iluminação. O resultado final é que, após a aplicação de luz sobre a emulsão
fotográfica, transfere-se uma imagem negativa do diapositivo para a matriz (FIG. 14).
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DOSSIÊ TÉCNICO
Para o preparo da matriz, primeiramente, é necessário desengordurar a tela para que haja
uma boa aderência da emulsão fotográfica. A limpeza pode ser feita com a aplicação de
detergente, sabão neutro ou outro produto desengordurante (FIG. 15). Não use sapólio ou
produto abrasivo, porque pode entupir os poros da tela, inutilizando-a. Em seguida, fazer o
enxágue da matriz.
Deve-se agora aplicar a emulsão à matriz em sala escura, iluminada apenas com luz
vermelha similar àquela usada para revelação fotográfica. Misture a emulsão fotossensível
com o sensibilizante na proporção indicada pelo fabricante. Geralmente, a proporção
emulsão-sensibilizante é de 9:1. Aplique a mistura nos dois lados da tela, de forma que
cubra uniformemente toda a área do desenho. Cuidado para que a camada de emulsão não
fique muito grossa (FIG. 16).
Deixe a matriz secar por cerca de uma hora em posição horizontal. Evite expô-la à luz
branca ou à luz solar. Recomenda-se soprar ar, com um ventilador, sobre a tela durante
esse tempo. Use uma temperatura de no máximo 30° C. Não tente usar calor para acelerar
o processo de secagem.
Enxágue rapidamente a espátula usada para aplicação do produto na tela, para evitar
estragos permanentes. Prepare a arte final. Um exemplo de como fazê-la está no item 3.5.
Coloque a arte final sobre a matriz e sobre esta, uma placa de vidro, conforme ilustrado na
Figura 17. Esta placa de vidro serve como peso, para evitar que a arte final se mova durante
a “queima” da matriz.
Somente após posicionar tudo na ordem mostrada, acenda a lâmpada Photoflood. O tempo
de “queima” varia, mas 10 a 30 minutos são seguramente o bastante. De qualquer forma,
quanto maior o tempo de exposição, melhor.
Tempo de
Tamanho da tela Altura da lâmpada
exposição típico
8” x 10” 30 cm 10 min
10” x 14” 30 cm 10 min
12” x 18” 37 cm 16 min
16” x 20” 42 cm 20 min
18” x 20” 42 cm 20 min
Quadro 1 - Tempo de exposição em função do tamanho da tela, para lâmpada Photoflood de 250 W
Fonte: (REUELS, [200-?])
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DOSSIÊ TÉCNICO
Depois que a matriz ficar pronta, lave os dois lados da tela e deixe de molho em água por 30
a 60 segundos. Proceda à lavagem da emulsão fotográfica que não sofreu fotocoagulação
até que a tela esteja completamente limpa, sempre alternando o jato de água em cada lado
da tela. Enxugue a matriz com papel jornal limpo e deixe a tela secar sempre na posição
horizontal.
Uma vez seca, a matriz deve passar por uma inspeção. Verifique se há pontos de falha com
o auxílio de uma fonte de luz. Com um pincel, preencha os pontos de falha com
impermeabilizante pelo lado da tela que fica voltado para cima (pelo lado da impressão e
não do substrato). Aperte levemente o material para que não fique saliente e seja
desgastado durante a impressão.
Uma forma de se fazer a arte final é com o auxílio de softwares tais como Corel Draw ou
Adobe Photoshop. O exemplo abaixo mostra como preparar uma figura de duas cores (FIG.
18).
Para imprimir múltiplas cores, sua arte final precisa ser separada por cores. No exemplo
acima, é necessário separar as áreas em vermelho das áreas em preto (FIG. 19).
Os quatro símbolos em torno da imagem são marcas de alinhamento e servem como guias
de alinhamento no trabalho de impressão serigráfica. Esta imagem deve ser impressa em
transparência ou filme plástico, formando o diapositivo para a cor vermelha da arte final.
Nesta parte da arte final também foram colocadas as marcas de alinhamento. Deve ser
impressa em transparência, da mesma forma que a transparência anterior.
Outra forma de se fazer a arte final é por meio de fotografia, com o uso de uma câmera
fotográfica e a impressão da imagem em transparência. Segue um exemplo com fotografia
(FIG. 21).
Importe a imagem ao software de edição de imagem. Em seguida, crie uma camada (Layer)
duplicada. Com o auxílio da ferramenta de edição, isole o indivíduo da imagem de fundo. Foi
usada uma cor de alto contraste para poder visualizar melhor o trabalho (FIG. 22).
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DOSSIÊ TÉCNICO
Outra forma de se fazer a arte final é manualmente. Para compor uma mensagem escrita,
utilize papel milimetrado ou papel com guias e cole sobre este papel o filme transparente.
Em seguida, desenhe manualmente as letras que compõem a mensagem ou use mão de
máscaras de tipos (FIG. 24).
Caso se queira incluir ilustrações, faça os traçados com caneta de tinta opaca na
transparência de forma que os contornos e preenchimentos impeçam totalmente a
passagem da luz através do diapositivo. Se necessário, repita quantas vezes for necessário
os traçados da figura até que não haja mais a passagem de luz nesses pontos. Se a
ilustração for multicolorida, deve-se fazer tantos traçados quantas forem as cores do
desenho, e cada cor em uma transparência diferente (FIG. 25).
Instale calços na matriz para que ela não toque o substrato quando não houver impressão
do rodo, conforme mostra a Figura 26.
Aplique spray adesivo à base de impressão e ponha sobre ela o substrato, ou fixe o
substrato firmemente, com o auxílio de fita adesiva, à base de impressão. Tome o rodo
(puxador) adequado para o tipo de tinta escolhido para a impressão.
Levante a tela, deixando-a longe do substrato, e adicione a tinta à(s) matriz(es). Espalhe a
tinta por toda a área de impressão, emplastrando toda a tela com uma camada fina de tinta.
Não é necessário aplicar muita força à tela. Este procedimento serve para remover o ar que
fica nos poros da(s) matriz(es) (FIG. 27).
Agora, desça a tela até o substrato e aplique mais pressão, com o rodo, sobre a tela, de
forma que a tela toque o substrato. Faça movimentos de vai-e-vem, afastando e
aproximando o puxador a você, deslizando-o sobre a tela. Ao fazer isso, ocorre a passagem
da tinta da tela para o substrato. Talvez sejam necessárias mais de uma passada para obter
uma impressão satisfatória, dependendo do tipo de tinta e do substrato utilizados (FIG. 28).
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DOSSIÊ TÉCNICO
Figura 28 - Impressão serigráfica propriamente dita, com o deslizamento do rodo sobre a matriz
Fonte: (G&S DYE, [200-?])
Uma vez terminada a impressão, raspe da tela toda a tinta remanescente e devolva-a a lata
de tinta e lave a(s) matriz(es) o quanto antes, antes que a tinta se endureça e torne a
limpeza mais difícil.
4 TRATAMENTO DE RESÍDUOS
No método tradicional, a limpeza das telas e dos tinteiros é feita numa área não confinada,
isto é, aberta ao ambiente, e utilizando trapos embebidos em solvente para limpeza. Este
processo é lento e consome quantidades grandes de solvente. Os trapos sujos são
recolhidos e depois depositados em aterro sanitário.
No novo método, a limpeza das telas é feita numa cabine, com sistema de exaustão, por um
único operador, que elimina a tinta, as nódoas e os estênceis das matrizes, ficando as telas
prontas para uma nova utilização. A lavagem é efetuada sem a utilização de trapos porque o
solvente de limpeza é aplicado diretamente por meio de um dispersor de alta pressão. O
solvente sujo é filtrado e recirculado. O tanque de armazenamento de solvente é cônico, o
que facilita a sedimentação e a recolha dos resíduos. Este sistema reduz a toxicidade dos
resíduos e diminui a quantidade de solvente e de resíduos no processo.
A tecnologia apresentada a seguir foi instalada na empresa Fieldes Pty. Ltd., da Austrália, e
é uma empresa familiar responsável pela produção de 90% da impressão de artigos para a
indústria farmacêutica do país, nomeadamente rótulos, sacos de embalagem e uma grande
variedade de artigos de embalagem onde são impressos os logotipos dos clientes. Como
solvente, é usado álcool desnaturado.
No novo processo, foi instalada uma unidade de destilação em batelada com as seguintes
características:
• Capacidade: 60 litros;
• Ciclo de destilação: 10 horas;
• Recuperação do solvente: 30%.
Conclusões e recomendações
Para visualizar esses arquivos, acesse o site <www.respostatecnica.org.br> com seu login e
senha e realize a Busca Avançada utilizando as seguintes palavras-chave: fotolito; matriz
de impressão; serigrafia; tinta serigráfica para encontrar os arquivos recomendados para
leitura.
Leitura complementar:
www.respostatecnica.org.br 24
DOSSIÊ TÉCNICO
GÊNESIS. Como escolher o rodo par serigrafia. vídeo, 6:59 min. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=vRNuzGLM7jE>. Acesso em: 07 jun. 2022.
• Associações empresariais
Referências
CURBLY. Print your own T-shirts using homemade stencils. [S.l.], 2007. Disponível em:
<https://www.curbly.com/1355-print-your-own-t-shirts-using-homemade-stencils>. Acesso
em: 06 jun. 2022.
GERARD, Shannon. How to silkscreen posters and shirts. [Toronto], 2006. Disponível
em: <http://nomediakings.org/doityourself/howto_silkscreen_posters_and_shirts.html>.
Acesso em: 06 jun. 2022.
SCREEN printing. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre. [S.l.], 2019. Disponível em:
<http://en.wikipedia.org/wiki/Serigraphy>. Acesso em: 06 jun. 2022.
SILKSCREEN BIZ. How to burn an image into a silk screen. [S.l.], [200-?]. Disponível em:
<http://www.silkscreenbiz.com/learning/burning.htm>. Acesso em: 21 ago. 2007.
Anexos
Para obter informações sobre o desenho industrial, como fazer o pedido e a legislação
aplicável, acesse o link: <https://www.gov.br/inpi/pt-br/servicos/desenhos-industriais>.
Acesso em: 07 jun. 2022.
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DOSSIÊ TÉCNICO
• Equipamentos
FAZ DE COR
Rua 105, n. 100 – Setor Sul
CEP: 74080-300 - Goiânia – GO
Fone: (62) 3281-2046
e-mail: <fazdecor@uol.com.br>
Site: <http://www.fazdecor.com.br>. Acesso em: 07 jun. 2022.
SANTINI SUPLY
Rua São Carlos, 977 – Floresta
CEP: 90220-120 - Porto Alegre – RS
Fone: (51) 3395-2344
SILKSMAQ
Avenida M. Arthur da Costa e Silva, 181 – Jd. São Luiz
CEP: 13487-220 - Limeira – SP
Fone: (19) 3451-6384
e-mail: <contato@silksmaq.com.br>
Site: <http://www.silksmaq.com.br>. Acesso em: 07 jun. 2022.
TEC-SCREEN
Avenida XV de Agosto, 5320 – Jd. Leocádia
CEP: 18085-290 - Sorocaba – SP
Fone: (15) 3238-5800
e-mail: <vendas@tec-screen.com.br>
Site: <http://www.tec-screen.com.br>. Acesso em: 07 jun. 2022.
TRIÂNGULO SCREEN
Rua Santa Cruz, 573 Saúde
CEP: 04121-000 - São Paulo – SP
e-mail: vendas@trianguloscreen.com.br
Site: <http://www.trianguloscreenonline.com.br>. Acesso em: 07 jun. 2022.
• Tintas
3M DO BRASIL LTDA.
Via Anhangüera, Km 110 – Jd. Manchester
CEP: 13181-900 - Sumaré – SP
Fone: 0800-0132333
Site: <https://www.3m.com.br/3M/pt_BR/3m-do-brasil/>. Acesso em: 07 jun. 2022.
LIKO QUÍMICA
Rua Dom Pedro II, 71 – Canudos
CEP: 93542-670 - Novo Hamburgo – RS
Fone: (51) 2108-4100
e-mail: <liko@liko.com.br>
Site: <http://www.liko.com.br>. Acesso em: 07 jun. 2022.
LIMERPAK
Via Jurandir Paixão de Campos Freire, 2400, galpão 285 Condomínio Empresarial I
CEP: 13481-149 - Limeira – SP
Fone: (19) 3443-1175
e-mail: <vendas@limerpak.com.br>
Site: <http://www.limerpak.com.br>. Acesso em: 07 jun. 2022.
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Serigrafia
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