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Professor Autor - Jorge Luís Teixeira

Técnico de Segurança do Trabalho

Graduado em Tecnologia de Segurança do Trabalho

Luiscastanha7@hotmail.com luistecnologost@gmail.com
Palavras do Professor Autor

Queridos alunos, essa apostila foi criada com muito carinho no


proposito de guiar vocês pelo começo de um novo campo de
conhecimento, no Desenho Técnico como em todas as matérias de todas
as áreas do conhecimento o que o professor pode fazer é apontar o
caminho, percorrer por ele é o seu papel.

Desenhar é uma arte, arte é dom de Deus, mas o desenho técnico


como o nome já propõe é uma técnica e técnica se aprende. Quem
desenha é artista, mas quem faz desenho técnico é um projetista, por que
esse tipo de desenho visa fazer projetos que viram objetos, edificações,
máquinas, etc. Por esse motivo o desenho técnico segue normas
padronizadas para facilitar a sua confecção através da leitura,
identificando cada símbolo dessa ciência o projeto vira realidade.

Aplicar esse conhecimento na Segurança do Trabalho é tornar o


profissional prevencionista capaz de identificar cada símbolo do desenho
de um projeto facilitando a adoção de medidas que venham salvaguardar
a integridade física dos trabalhadores da empresa onde esse projeto
entrará na fase de funcionamento, evitar prejuízo financeiro para essa
empresa e proteger o meio ambiente.

“O temor do Senhor ensina a sabedoria, e a humildade antecede a


honra.” (Provérbios 15:33)

Jorge Luís Teixeira


SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO AO DESENHO ............................................................................................. 6
2 NORMATIZAÇÃO ................................................................................................................... 7
2.1 LISTA DAS PRINCIPAIS NORMAS BRASILEIRAS .................................................. 7
3 INSTRUMENTAL BÁSICO E UTILIZAÇÃO ........................................................................ 8
4 AS FOLHAS DE DESENHOS ............................................................................................. 12
5 LEGENDA .............................................................................................................................. 14
5.1 EXPLANAÇÃO ............................................................................................................... 16
5.2 INSTRUÇÕES ................................................................................................................ 16
5.3 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 16
6 CALIGRAFIA TÉCNICA ....................................................................................................... 17
7 TIPOS DE LINHAS ............................................................................................................... 19
7.1 LARGURA DE LINHAS ................................................................................................. 19
7.2 CÓDIGO DE CORES EM CANETAS TÉCNICAS .................................................... 20
7.3 TIPOS DE LINHAS: ....................................................................................................... 20
8 COTAGEM ............................................................................................................................. 24
9 ESCALAS ............................................................................................................................... 29
10 DOBRA DO PAPEL ............................................................................................................ 30
11 GEOMETRIA DESCRITIVA .............................................................................................. 32
11.1 PERSPECTIVAS ......................................................................................................... 36
11.2 PERSPECTIVA CÔNICA ........................................................................................... 36
11.3 PERSPECTIVA CAVALEIRA .................................................................................... 37
11. 4 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA ................................................................................. 37
11.5 Linha Isométrica........................................................................................................... 38
11.5.1 Traçando a perspectiva isométrica.................................................................... 38
12 DESENHO ARQUITETÔNICO ......................................................................................... 38
12.1 PLANTA BAIXA ........................................................................................................... 39
12.1.1 Representação da planta baixa ......................................................................... 40
12.1.2 Paredes .................................................................................................................. 40
12.1.3 Portas ..................................................................................................................... 40
12.1.4 Janelas ................................................................................................................... 41
12.1.5 Projeções ............................................................................................................... 42
12.1.6 Níveis ..................................................................................................................... 42
12.1.7 Pisos ....................................................................................................................... 42
13 CORTES VERTICAIS ........................................................................................................ 43
14 REPRESENTAÇÃO DE FACHADAS. ............................................................................. 44
15 PLANTA DE COBERTURA ............................................................................................... 46
16 PLANTA DE LOCAÇÃO .................................................................................................... 47
17 PLANTA DE SITUAÇÃO.................................................................................................... 47
18 PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ................................................................. 48
19 PROJETO DE INSTALAÇÃO HIDRÁULICA .................................................................. 57
20 PROJETO DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO E PÂNICO (PPCIP) ....... 58
20.1 SÍMBOLOS BÁSICOS: ............................................................................................... 59
21 MAPA DE RISCO ............................................................................................................... 65
22 REFERENCIAS ................................................................................................................... 70
“Estudar seriamente um texto é estudar o estudo de
quem, estudando, o escreveu.” Paulo Freire.
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1 INTRODUÇÃO AO DESENHO
A arte de representar um objeto ou fazer sua leitura por meio do
desenho técnico é tão importante quanto à execução de uma tarefa, pois é o
desenho que fornece todas as informações precisas e necessárias para a
construção de uma peça, ou edificação.

O profissional de Segurança do Trabalho deve tomar conhecimento


dessa arte para poder aplicar corretamente os procedimentos de segurança no
ambiente de trabalho independente de processo.

O desenho técnico deve transmitir com exatidão todas as características


do objeto que representa. Para conseguir isso, o desenhista deve seguir regras
estabelecidas previamente, chamadas de normas técnicas. Assim todos os
elementos do desenho técnico obedecem às normas técnicas, ou seja, são
normalizados. Cada área ocupacional tem seu próprio desenho técnico, de
acordo com as normas específicas.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas é quem normaliza


tecnicamente esse tipo de desenho por meio da suas NBR`s.

O desenho é uma forma de linguagem usada pelos artistas. Desenho


técnico é usado pelos projetistas para transmitir uma ideia de produto, que
deve ser feita da maneira mais clara possível.

Mesmo preso por procedimentos e regras, um desenho técnico


necessita que o projetista use sua criatividade para mostrar, com facilidade,
todos os aspectos da sua ideia, sem deixar dúvidas.

Do outro lado, uma pessoa que esteja lendo um desenho deve


compreender seus símbolos básicos, que são usados para simplificar a
linguagem gráfica, permitindo que haja o maior número de detalhes possível.

Atualmente o uso de ferramentas de CAD (Computed Aided Design –


desenho auxiliado por computador) tornou obsoleto o uso de pranchetas e
salas de desenhos nas empresas. Um dos programas mais conhecidos é o
AutoCAD, criado pela empresa Autodesk, bastante difundido no mercado.
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2 NORMATIZAÇÃO

Lista das principais entidades de normalização:

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

ASME – Sociedade Americana de Engenharia Mecânica (American Society of


Mechanical Engeering).

ASTM - Sociedade Americana para Testes e Materiais (American Society for


Testing and Materials).

BS – Normas Britânicas (British Standards).

DIN – Instituto Alemão para Normalização (Deutsches Institut für Normung).

ISO – Organização Internacional para Normalização (International Organization


for Standardization).

JIS – Normas da Indústria Japonesa (Japan Industry Standards).

SAE – Sociedade de Engenharia Automotiva ( Society of Automotive


Engeering).

2.1 LISTA DAS PRINCIPAIS NORMAS BRASILEIRAS


Nesta seção relacionei as principais NBR`s voltadas para o desenho
técnico.

NBR 10067

Esta NBR estabelece princípios gerais de representação em desenho


técnico. A NBR 10067 (ABNT, 1995) fixa a forma de representação aplicada
em desenho técnico. Normaliza o método de projeção ortográfica, que pode ser
no 1º diedro ou no 3º diedro, a denominação das vistas, a escolha das vistas,
vistas especiais, cortes e seções, e generalidades.

NBR 10068

Esta NBR normatiza Folha de desenho Lay-out e dimensões.

Tem como objetivo padronizar as dimensões das folhas na execução de


desenhos técnicos e definir seu lay-out com suas respectivas margens e
legenda.

NBR10126

Estabelece o sistema de cotagem em desenho técnico.


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NBR 10582

Trata da apresentação da folha para desenho técnico. Normaliza a


distribuição do espaço da folha de desenho, definindo a área para texto, o
espaço para desenho, etc...

NBR 8404

Indicação do estado de superfície em desenhos técnicos.

NBR 13142

Estabelece a forma de dobramento de cópias. Fixa a forma de


dobramento de todos os formatos de folhas de desenho para facilitar a fixação
em pastas.

NBR 8402

Estabelece execução de caracteres para escrita em desenhos técnicos.

NBR 8403

Normatiza a aplicação de linhas em desenhos. Tipos de linhas, larguras


das linhas.

NBR 8196

Estabelece o procedimento para o uso de escalas.

NBR 12298

Define forma de representação de área de corte por meio de hachuras


em desenho técnico.

NBR 6158

Estabelece o sistema de tolerâncias e ajustes.

NBR 8993

Representação convencional de partes roscadas em desenho técnico.

NBR 6402

Execução de desenhos técnicos de máquinas e estruturas metálicas.

3 INSTRUMENTAL BÁSICO E UTILIZAÇÃO


São diversos os equipamentos e materiais utilizados no desenho
técnico.

Vejamos quais são os básicos e sua correta aplicação.


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Lapiseira ou lápis:

São utilizados na construção do


esboço ou do pré-projeto do desenho.
As lapiseiras proporcionam um traço
mais uniforme em relação ao lápis e
evita o serviço do preparo da ponta.

Lapiseiras com grafites nas espessuras 0.3, 3.5, 0.7 e 0.9 milímetros.

Grafites

Os grafites podem ser classificados pela sua dureza, do mais suave ou


macio (grafite tipo B), que resulta o traço preto, ao mais duro que resulta num
traço acinzentado (grafite tipo H).

Para desenho técnico é apropriado o uso de grafite


HB ou B.Para simplificar o trabalho pode-se utilizar a
lapiseira 0.5 mm com grafite HB (dureza média).

Compasso

Recomendações para utilização do compasso:

1. Ajuste o grafite de maneira que o seu comprimento seja similar ao da ponta


seca (ponta metálica).

2. Com ajuda do escalímetro, ajuste a abertura do compasso ao tamanho do


raio na escala desejada.

3. Firme a ponta seca na posição central da circunferência utilizando o dedo


mínimo como guia.

Borracha para grafite


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Recomenda-se que a borracha seja macia e


suave, o que possibilita sua aplicação em
diversos tipos de papel e para qualquer
graduação de grafite.

Esquadros

Os esquadros, peças triangulares planas, são utilizados para traçar


linhas retas com ângulos definidos.

Em desenho técnico usam-se os esquadros com ângulos fixos de 45°,


90°, 45° e 30°, 90°, 60°, conhecidos simplesmente como esquadros de 45° e
30°/60°. Ambos formam um conjunto em que a hipotenusa do esquadro de 45°
tem o mesmo comprimento que o cateto adjacente ao ângulo de 30° do outro
esquadro.

Ambos formam um conjunto em que


a hipotenusa do esquadro de 45° tem o
mesmo comprimento que o cateto
adjacente ao ângulo de 30° do outro
esquadro.

Utilização dos esquadros:

Pode-se utilizar os esquadros para linhas com os ângulos próprios


descritos, ou outros ângulos, quando ambos forem combinados, A utilização
dos esquadros também permite o traçado de linhas paralelas ortogonais ou
oblíquas.
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Ângulo de 90º

Linhas Paralelas

Escalímetros

O escalímetro é utilizado para desenhar os objetos em diferentes


tamanhos e também para facilitar a leitura de desenhos representados em
escalas ampliadas ou reduzidas.

Além destes, existem outros equipamentos que você pode conhecer


melhor ampliando seus estudos sobre desenho técnico. É importante salientar
que todo o material de desenho deve ser manuseado com cuidado, sempre
estar limpo e corretamente organizado, facilitando, assim, a sua utilização.
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4 AS FOLHAS DE DESENHOS
De acordo com a NBR 10068 as folhas de desenhos podem ser
utilizadas tanto na posição horizontal como na vertical.

As folhas de desenhos

No item 3.1.2 da NBR 10068 determina que o formato da folha recortada


da série "A" é considerado principal (ver Tabela).

As dimensões apresentadas
resultam da divisão em 2
partes iguais da folha maior,
resultando na folha menor
da sequência do Padrão “A”,
como se observa no
desenho

Diz o item 3.1.2.2 Deste formato básico, designado por A0 (A zero),


deriva-se a série "A" pela bipartição ou pela duplicação sucessiva.

O item 3.1.3 fala de um Formato especial.


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Sendo necessário formato fora dos padrões estabelecidos em 3.1.2,


recomenda-se a escolha dos formatos de tal maneira que a largura ou o
comprimento corresponda ao múltiplo ou submúltiplo do formato padrão.

Margem e quadro

Margens são limitadas pelo


contorno externo da folha e
quadro. O quadro limita o
espaço para o desenho
(item 3.3.1).

O item 3.3.2 estabelece que as margens esquerda e direita, bem como


as larguras das linhas, devem ter as dimensões constantes na Tabela.

A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento.

Marcas de centro

De acordo com o item 3.4.1 Nas folhas de formatos de série "A" devem
ser executadas quatro marcas de centros. Estas marcas devem ser localizadas
no final das duas linhas de simetria (horizontal e vertical) à folha.
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Sistema de referência por malhas

Permite a fácil localização de detalhes nos desenhos, edições,


modificações, etc.

Devem ser executadas com traço de 0,5 mm de largura no mínimo,


começando do contorno interno da folha recortada e estendendo-se
aproximadamente 0,5 mm, além do quadro. A tolerância da posição de ± 0,5
mm deve ser observada para as marcas.

Os retângulos das malhas devem ser designados por letras maiúsculas


ao longo de uma margem e os numerais ao longo de outra margem.

Os numerais devem iniciar no canto da folha oposto à legenda no


sentido da esquerda para direita e devem ser repetidos no lado
correspondente.

5 LEGENDA
NBR 10582 - Apresentação da folha para desenho técnico.

Esta Norma fixa as condições exigíveis para a localização e disposição


do espaço para desenho, espaço para texto e espaço para legenda, e
respectivos conteúdos, nas falhas de desenhos técnicos.

A folha para o desenho deve conter:


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a) espaço para desenho;

b) espaço para texto e,

c) espaço para legenda.

Os desenhos são executados, se possível, levando em consideração o


dobramento das cópias do padrão de desenho, conforme formato A4. Os
desenhos são dispostos na ordem horizontal e vertical.

1- Espaço para desenho 2- Espaço para Texto 3- Legenda.

O espaço para texto deve conter as seguintes informações: a)


Explanação; b) Instrução; c) referência d) Localização da planta de situação;
e e) Tábua de revisão.
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5.1 EXPLANAÇÃO
Informações necessárias a leitura de desenho tais como:

a) símbolos especiais; b) designação;

c) abreviaturas; e d) tipos de dimensões.

5.2 INSTRUÇÕES
Informações necessárias a execução do desenho. Quando são feitos
vários são feitas próximas a cada desenho e as instruções gerais são feitas no
espaço para texto, tais como:

a) lista de material; b) estado de superfície; c) local de montagem e; d) número


de peças.

5.3 REFERÊNCIAS
Informações referentes a outros desenhos e/ou outros documentos.

Legenda - Localização da planta de situação

A planta de situação é localizada de forma que permaneça visível depois


de dobrada a cópia do desenho conforme padrão A4 e, inclui os seguintes
dados:

a) planta esquemática com marcação da área construída, parte da construção


etc.: a seta norte é indicada;

b) planta esquemática da construção com marcação de área, etc.

a) b)

Legenda - Tábua de revisão

A tábua de revisão é usada para registrar a correção, alteração e/ou


acréscimo feito no desenho depois dele ter sido aprovado pela primeira vez. A
disposição da tábua de revisão e as dimensões em mm é conforme Figura
abaixo e, as informações contidas na tábua de revisão são as seguintes:
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a) designação da revisão (nº ou letra que determina a sequência da revisão);


b) referência da malha (NBR 10068);

c) informação do assunto da revisão; d) assinatura do responsável pela


revisão; e e) data da revisão.

6 CALIGRAFIA TÉCNICA
A NBR 8402 estabelece execução de caracteres para escrita em
desenhos técnicos.

As principais exigências na escrita em desenhos técnicos são:

a) Legibilidade; b) uniformidade; c) adequação à microfilmagem e a outros


processos de reprodução.

Os caracteres devem ser claramente distinguíveis entre si, para evitar


qualquer troca ou algum desvio mínimo da forma ideal.

Para facilitar a escrita, deve ser aplicada a mesma largura de linha para
letras maiúsculas e minúsculas.

Os caracteres devem ser escritos de forma que as linhas se cruzem ou


se toquem, aproximadamente, em ângulo reto.

A altura h das letras maiúsculas deve ser tomada como base para o
dimensionamento.

As alturas h e c não devem ser menores do que 2,5 mm. Na aplicação


simultânea de letras maiúsculas e minúsculas, a altura h não deve ser menor
que 3,5 mm.
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Para melhorar o efeito visual, a distância entre dois caracteres pode ser
reduzida pela metade, como por exemplo: LA, TV, ou LT, neste caso a
distância corresponde à largura da linha “d”.

LA LA Vejam a distância normal

LAVAGEM
Agora passarei uma reta para ver se a distância é a mesma

A escrita pode ser vertical ou inclinada, em um ângulo de 15° para a


direita em relação à vertical.
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7 TIPOS DE LINHAS
A NBR 8403 é quem normatiza a aplicação de linhas em desenhos.
Tipos de linhas, larguras das linhas.

7.1 LARGURA DE LINHAS


A relação entre as larguras de linhas largas e estreita não deve ser
inferior a 2.

As larguras das linhas devem ser escolhidas, conforme o tipo, dimensão,


escala e densidade de linhas no desenho, de acordo com o seguinte
escalonamento: 0,13 ; 0,18 ; 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40 e 2,00 mm.

Para diferentes vistas de uma peça, desenhadas na mesma escala, as


larguras das linhas devem ser conservadas.

Espaçamento entre linhas

O espaçamento mínimo entre linhas paralelas (inclusive a representação


de hachuras) não deve ser menor do que duas vezes a largura da linha mais
larga, entretanto recomenda-se que esta distância não seja menor do que 0,70
mm.
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7.2 CÓDIGO DE CORES EM CANETAS TÉCNICAS


As canetas devem ser identificadas com cores de acordo com as
larguras das linhas, conforme segue abaixo:

a) 0,13 mm - lilás; b) 0,18 mm - vermelha; c) 0,25 mm – branca;

d) 0,35 mm - amarela; e) 0,50 mm – marrom f) 0,70 mm - azul;

g) 1,00 mm – laranja h) 1,40 mm - verde; i) 2,00 mm – cinza.

7.3 TIPOS DE LINHAS:


A. contínua larga (A1) contornos visíveis
(A2) arestas visíveis.

B. contínua estreita (B1) linhas de interseção


imaginárias (B2) linhas de cotas (B3) linhas auxiliares (B4) linhas de
chamadas (B5) hachuras (B6) contornos de seções rebatidas na própria vista
(B7) linhas de centros curtas.

C. continua estreita a mão livre


(C1) limites de vistas ou cortes parciais ou interrompidas se o limite não
coincidir com linhas traço e ponto.

D. Contínua estreita em ziguezague


(D1) esta linha destina-se a desenhos confeccionados por máquinas.

E. Tracejada larga
(E1) contornos não visíveis (E2) arestas não visíveis.

F. Tracejada estreita
(F1) contornos não visíveis (F2) arestas não visíveis.
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G. Traço e ponto estreita


(G1) linhas de centro (G2) linhas de simetrias (G3) trajetórias.

H. Traço e ponto estreita, larga nas extremidades e na mudança de direção.

(H1) planos de cortes

J. Traço e ponto largo


(J1) Indicação das linhas ou superfícies com indicação especial.

K. Traço dois pontos estreita

(K10) contornos de peças adjacentes (K2) posição limite de peças móveis


(K3) linhas de centro de gravidade (K4) cantos antes da conformação corte.
(K5) detalhes situados antes do plano de corte.

Continuar identificando as linhas nos desenhos.


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Muitas delas estão representadas nos desenhos

Ordem de prioridade de linhas coincidentes.

Se ocorrer coincidência de duas ou mais linhas de diferentes tipos,


devem ser observados os seguintes aspectos, em ordem de prioridade.

1) arestas e contornos visíveis (linha contínua larga, tipo de linha A);

2) arestas e contornos não visíveis (linha tracejada, tipo de linha E ou F);

3) superfícies de cortes e seções (traço e ponto estreitos, larga nas


extremidades e na mudança de direção; tipo de linha H);

4) linhas de centro (traço e ponto estreita, tipo de linha G);


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5) linhas de centro de gravidade (traço e dois pontos, tipo de linha K);

6) linhas de cota e auxiliar (linha contínua estreita, tipo de linha B).

Terminação das linhas de chamadas.

As linhas de chamadas devem terminar:

a) sem símbolo, se elas conduzem a uma linha de cota;

b) com um ponto, se termina dentro do objeto representado;

c) com uma seta, se ela conduz e ou contorna a aresta do objeto representado.


24

8 COTAGEM
De acordo com a NBR 10126 no seu item 3.1 cotagem é: representação
gráfica no desenho da característica do elemento, através de linhas, símbolos,
notas e valor numérico numa unidade de medida.

As cotas expressam diretamente as dimensões do objeto real.

São compostas por linhas auxiliares (ou linhas de chamada), linhas de


cota, setas e o valor numérico em uma determinada unidade de medida.

Linhas auxiliares

Linhas de cota

Setas

valor numérico

Cota Funcional (F)

Essencial para a função do objeto ou local.

Não funcional (NF)

Não essencial para funcionamento do objeto.

Cota Auxiliar

Dada somente para informação. A cotagem auxiliar não influi nas


operações de produção ou de inspeção.

Existem dois métodos de cotagem mas somente um deles deve ser


utilizado num mesmo desenho:

a) método 1:

As cotas devem ser localizadas acima e paralelamente às suas linhas


de cotas e preferivelmente no centro.
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Exceção pode ser feita onde a cotagem sobreposta é utilizada. As cotas


devem ser escritas de modo que possam ser lidas da base e/ou lado direito do
desenho.

Cotas em linhas de cotas inclinadas devem ser seguidas.

Na cotagem angular podem ser seguidas uma das seguintes formas.

b) Método 2:

As cotas devem ser lidas da base da folha de papel. As linhas de cotas


devem ser interrompidas, preferivelmente no meio, para inscrição da cota
(numeral).
26

Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas apresentadas


nas Figuras.

A localização das cotas frequentemente necessita ser adaptada às


várias situações. Portanto, por exemplo, as cotas podem estar:

a) no centro submetido da linha de cota, quando a peça é desenhada em meia


peça;

b) sobre o prolongamento da linha de cota, quando o espaço for limitado.

c) sobre o prolongamento horizontal da linha de cota, quando o espaço não


permitir a localização com a interrupção da linha de cota não horizontal.
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Cotas fora de escala (exceto onde a linha de interrupção for utilizada) devem
ser sublinhadas com linha reta com a mesma largura da linha do algarismo.

Os símbolos seguintes são usados com cotas para mostrar a


identificação das formas e melhorar a interpretação de desenho. Os símbolos
de diâmetro e de quadrado podem ser omitidos quando a forma for claramente
indicada. Os símbolos devem preceder à cota.

φ: Diâmetro φESF: Diâmetro esférico

R: Raio R ESF: Raio esférico ¨ Quadrado

Cotagem em cadeia

Deve ser utilizada somente quando o possível acúmulo de tolerâncias


não comprometer a necessidade funcional das partes.

Cotagem por elemento de referência.

Este método de cotagem é usado onde o número de cotas da mesma


direção se relacionar a um elemento de referência.

Cotagem por elemento de referência pode ser executada como cotagem


em paralelo ou cotagem aditiva.
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Cotagem em paralelo é a localização de várias cotas simples paralelas


uma às outras e espaçadas suficientemente para escrever a cota.

Cotagem aditiva é uma simplificação da cotagem em paralelo e pode ser


utilizada onde há limitação de espaço e não haja problema de interpretação.

A origem é localizada num elemento de referência e as cotas são


localizadas na extremidade da linha auxiliar.

Cotagem aditiva em duas direções pode ser utilizada quando for


vantajoso. Neste caso, a origem deve ser como mostra a figura acima.
Cotagem aditiva em duas direções pode ser utilizada quando for
vantajoso. Neste caso, a origem deve ser como mostra a figura.
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9 ESCALAS
A NBR 8196 estabelece o procedimento para o uso de escalas.

A designação completa de uma escala deve consistir na palavra


“ESCALA”, seguida da indicação da relação:

a) ESCALA 1:1, para escala natural;

b) ESCALA X:1, para escala de ampliação (X > 1);

ESCALA 1:X, para escala de redução (X > 1).

O valor de “X” deve ser conforme são especificadas na tabela.

Redução Natural Ampliação


1:2 1:1 2:1
1:5 5:1
1:10 10:1
NOTA - As escalas desta tabela podem ser reduzidas ou ampliadas à razão de
10.

A palavra “ESCALA” pode ser abreviada na forma “ESC.”

A escala deve ser indicada na legenda da folha de desenho.

Quando for necessário o uso de mais de uma escala na folha de


desenho, além da escala geral, estas devem estar indicadas junto à
identificação do detalhe ou vista a que se referem; na legenda, deve constar a
escala geral.

A escala a ser escolhida para um desenho depende da complexidade do


objeto ou elemento a ser representado e da finalidade da representação. Em
todos os casos, a escala selecionada deve ser suficiente para permitir uma
interpretação fácil e clara da informação representada. A escala e o tamanho
do objeto ou elemento em questão são parâmetros para a escolha do formato
da folha de desenho.
30

10 DOBRA DO PAPEL
A NBR 13142 estabelece a forma de dobramento de cópias. Fixa a
forma de dobramento de todos os formatos de folhas de desenho para facilitar
a fixação em pastas.

O formato final do dobramento de cópias de desenhos formatos A0, A1,


A2 e A3 devem ser o formato A4.

As dimensões do formato A4 devem ser conforme a NBR 10068.

As cópias devem ser dobradas de modo a deixar visível a legenda (NBR


10582).

O dobramento deve ser feito a partir do lado direito, em dobras verticais,


de acordo com as medidas indicadas nas Figuras.

Sendo necessário, o dobramento das folhas de desenho de formato A0,


A1, A2, e A3, devem resultar no formato A4. As folhas devem ser dobradas
levando em conta a fixação através da aba em pastas e de modo a deixar
visível o carimbo destinado à legenda.

As dobras devem seguir as dimensões determinadas pela NBR,


dimensões em milímetros. Formato A0.
31

Formato A1.

Formato A2.

Formato A3.
32

A dobradura dos formatos especiais deve seguir padrão da norma, da


seguinte maneira:

• uma dobra na esquerda de 210mm;

• dobras consecutivas da direita para a esquerda de 185mm, até restar um


pedaço de folha de dimensão menor do que 370mm, que deve ser dobrado em
dois;

• dobras consecutivas, de baixo para cima, de 297mm, até restar um pedaço de


folha dimensão menor do que 297mm.

11 GEOMETRIA DESCRITIVA
A NBR 10067 - Princípios gerais de representação em desenho técnico
têm por objetivo fixar a forma de representação aplicada em desenho técnico
estabelecendo um método de projeção ortográfica. No 1º Diedro ou 3º Diedro.

1º diedro 3º diedro

Atualmente, a maioria dos países que utilizam o método de representação


por diedros adotam a projeção ortogonal no 1º diedro. No Brasil, a ABNT
recomenda a representação no 1º diedro. Entretanto, alguns países, como por
exemplo, os Estados Unidos e o Canadá, representam seus desenhos técnicos
no 3º diedro.

No 1º Diedro o objeto se situa entre o observador e o plano de projeção.

Observador

Esse símbolo aparece no canto inferior direito da folha de papel dos


desenhos técnicos, dentro da Legenda, independente do diedro usado.

No 3º Diedro o plano de projeção se situa entre o objeto e o observador.

Observador
33

No 1º diedro o objeto está entre o observador e o plano de projeção.


Podemos verificar três vistas ortográficas de um mesmo objeto que está
disposto de modo a satisfazer a condição de paralelismo de duas faces com os
três planos do triedro. Essas três vistas ortográficas habituais, que garantem a
univocidade da representação do objeto, são denominadas: vista frontal (VF),
vista superior (VS) e vista lateral esquerda (VLE). Planifica-se esta
representação rebatendo o plano horizontal e o de perfil sobre o plano vertical.

O sistema de projeção no 1º diedro é conhecido como Método Alemão ou


Método Europeu. É adotado pela norma alemã DIN (Deutsches Institut für
Normung) e também pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Projeções Ortogonais - Identificação de vistas.

Uma peça que estamos observando ou mesmo imaginando pode ser


desenhada (representada) num plano. A essa representação gráfica se dá o
nome de “Projeção”. O plano é denominado “plano de projeção” e a
representação da peça recebe, nele, o nome de projeção.

Podemos obter as projeções através de observações feitas em posições


determinadas. Podemos, então, ter várias “vistas” da peça.

Tomemos, por exemplo, uma caixa de fósforos.

Para representar a caixa vista de frente, consideramos

um plano vertical e vamos representar nele esta vista.


34

O observador quer representar a caixa olhando-a por cima. Então usará


um plano, que denominaremos de plano horizontal, e a projeção que
representa esta “vista de cima” será denominada projeção horizontal vista de
cima ou planta.

O observador poderá representar a caixa olhando-a de lado. Teremos


uma vista lateral e a projeção representará uma vista lateral que pode ser da
direita ou da esquerda.

Vamos dá uma olhada na figura abaixo, as projeções verticais ou


elevações das peças. Elas são as vistas de frente das peças para o observador
na posição indicada.

A próxima figura representa a projeção horizontal, vista de cima ou a


planta das peças, para um observador na posição que está indicada.
35

Uma peça pode ter pelo que foi esclarecido, até seis vistas; entretanto,
uma peça que estamos vendo ou imaginando, deve ser representada por um
número de vistas que nos dê a ideia completa de peça, um número de vistas
essenciais para representá-la a fim de que possamos entender qual é a forma
e quais as dimensões da peça. Estas vistas são chamadas de “vistas
principais”.

As três vistas, elevação, planta e vista lateral esquerda, dispostas em


posições normalizadas pela ABNT, nos dão as suas projeções.

Por esse processo podemos desenhar qualquer peça.

Na vista lateral esquerda das projeções das peças abaixo existem linhas
tracejadas. Elas representam as arestas não visíveis.

Nos casos em que o maior número de detalhes estiver colocado no lado


direito da peça, usa-se a vista lateral direita, projetando à esquerda da
elevação, conforme exemplos abaixo:
36

11.1 PERSPECTIVAS
Quando olhamos para um objeto, temos a sensação de profundidade e
relevo. As partes que estão mais próximas de nós parecem maiores e as partes
mais distantes aparentam ser menores.

A fotografia mostra um objeto do mesmo modo como ele é visto pelo


olho humano, pois transmite a ideia de três dimensões: comprimento, largura e
altura.

O desenho, para transmitir essa mesma ideia, precisa recorrer a um


modo especial de representação gráfica: a perspectiva. Ela representa
graficamente as três dimensões de um objeto em um único plano, de maneira a
transmitir a ideia de profundidade e relevo.

Existem diferentes tipos de perspectiva. Veja como fica a representação


de um cubo em três tipos diferentes de perspectiva:

Perspectivas cônica Perspectivas cavaleira Perspectiva isométrica

11.2 PERSPECTIVA CÔNICA


É um sistema perspectivo fundamentado na projeção cônica do objeto
sobre um quadro transparente. Corresponderia a desenhar sobre a lâmina de
vidro a imagem do objeto, mantendo o olho imóvel num ponto (ponto de vista).

Este sistema implica em construções geométricas bastante complexas,


exigindo, normalmente, o uso de desenho instrumental; em consequência, a
transformação das medidas do espaço para as medidas do plano e vice-versa
não pode ser feita de modo simples e imediato.
37

11.3 PERSPECTIVA CAVALEIRA


É o sistema perspectivo obtido quando o feixe paralelo (cilíndrico) de
projetantes é oblíquo em relação ao quadro, sendo colocada paralelamente ao
mesmo tempo à face mais importante do objeto. No desenho sobre a lâmina de
vidro, é obtida uma projeção oblíqua quando o olho é movido ao mesmo tempo
em que a ponta do lápis, de maneira a que as visuais que unem cada ponto do
objeto ao correspondente ponto do desenho e ao olho.

11. 4 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA


Em quase todos os usos práticos do sistema isométrico não se
considera a redução que sofrem as linhas, marcando-se sobre os eixos seus
comprimentos reais. Assim, teremos uma figura com uma forma exatamente
igual, mas um pouco maior, na proporção de 1 para 23, linear, e seu volume de
1,00m3 para 1,23m3.

O desenho da perspectiva isométrica é baseado num sistema de três


semirretas que têm o mesmo ponto de origem e formam entre si três ângulos
de 120°. Essas semirretas, assim dispostas, recebem o nome de eixos
isométricos. Cada uma das semirretas é um eixo isométrico. Os eixos
isométricos podem ser representados em posições variadas, mas sempre
formando, entre si, ângulos de 120°. Em nosso caso os eixos isométricos serão
representados sempre na posição indicada na figura anterior. O traçado de
qualquer perspectiva isométrica parte sempre dos eixos isométricos.
38

11.5 Linha Isométrica


Qualquer reta paralela a um eixo isométrico é chamada linha isométrica.
Observe a figura a seguir:

11.5.1 Traçando a perspectiva isométrica


Dadas as vistas principais de um objeto, parte-se de um ponto que
representa o vértice O do sólido envolvente e traçam-se os três eixos, que
farão entre si ângulos de 120º. Em seguida, constrói-se o paralelepípedo
envolvente do sólido com as maiores dimensões de largura, altura e
profundidade, segundo a visibilidade desejada para os três planos. Analisando
as vistas ortográficas, fazem-se cortes no sólido envolvente de acordo com as
formas e dimensões dadas nas referidas vistas, adaptando, separadamente,
cada vista no seu plano, até que se tenha o objeto desejado (Figura abaixo). As
linhas ocultas não são habitualmente representadas em perspectiva.

12 DESENHO ARQUITETÔNICO
A representação de um projeto

A representação de um projeto arquitetônico inclui (no mínimo) os


seguintes desenhos:

• Planta baixa.

• Cortes verticais.
39

• Fachadas.

• Planta de cobertura e locação.

• Planta de situação.

12.1 PLANTA BAIXA


A planta baixa é a projeção que se tem quando cortamos,
imaginariamente, uma edificação com um plano horizontal paralelo ao piso. A
altura entre o plano cortante e o plano da base é altura que permite cortar ao
mesmo tempo portas, janelas, basculantes e paredes. Normalmente essa
altura é 1.50 m. Observe:

Observe que quando cortamos a edificação com o plano olhamos para baixo.
40

12.1.1 Representação da planta baixa


Planta baixa é uma vista seccional olhada de cima para baixo que se
obtém fazendo passar um plano horizontal paralelo ao plano do piso a uma
altura de 1,50 m. Na planta baixa são determinadas as dimensões e a
distribuição interna dos ambientes.

12.1.2 Paredes
Normalmente as paredes internas são representadas com espessura de
15 cm mesmo que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos.

É, no entanto obrigatório o uso de paredes de 20 cm de espessura


quando esta se situa entre dois vizinhos (de apartamento, salas comerciais)

Convenciona-se para paredes altas (que vão do piso ao teto) traço


grosso contínuo, e para paredes a meia altura, com traço médio contínuo,
indicando a altura correspondente.

12.1.3 Portas
São desenhados representando-se sempre a(s) folha(s) da esquadria,
com linhas auxiliares, se necessário procurando especificar o movimento da(s)
folha(s) e o espaço ocupado.

Outros tipos de porta :


41

De correr ou corrediça

Porta pivotante

Porta basculante

12.1.4 Janelas
O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até
1.50m, sendo estas representadas conforme a figura abaixo, sempre tendo
como a primeira dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril
correspondente.

Para janelas em que o plano horizontal não o corta, a representação é


feita com linhas invisíveis.

Janelas acima de 1.50, portanto fora do corte, vai aparecer na planta


baixa com na figura.

Janelas, vejamos os padrões normais para elas:


42

Janela Baixa: normalmente a janela é representada como baixa, se o


peitoril dela for abaixo de 1.50m.

Janela Alta: toda janela onde o peitoril esteja acima de 1.50m.

Cobogó: quando o mesmo estiver com peitoril acima de 1.50m, é


aconselhável colocar em linhas tracejadas, ou seja, linha de projeção.

12.1.5 Projeções
Representação de objetos acima do plano de corte (1,50m).

12.1.6 Níveis
São cotas altimétricas dos pisos, sempre em relação a uma determinada
referência de nível pre fixada pelo projetista e igual a zero.

12.1.7 Pisos
Em nível de representação gráfica em planta baixa, os pisos são apenas
distintos em dois tipos: comuns ou impermeáveis – estes, representados
apenas em áreas dotadas de equipamentos hidráulicos.

Pisos comuns Pisos impermeáveis


43

13 CORTES VERTICAIS
O corte resulta da passagem de um plano vertical através da edificação.
Em um projeto arquitetônico deverão existir pelo menos dois cortes:

• Corte transversal – corte no sentido do menor comprimento da edificação.

• Corte longitudinal – corte no sentido do maior comprimento da edificação.

Corte transversal – corte no sentido do menor comprimento da edificação.

Corte longitudinal – corte no sentido do maior comprimento da edificação.


44

Etapas do desenho de um corte:

• Posicionar a planta baixa acima da folha em que será desenhado o corte.

• Desenhar a linha do piso (na folha em branco).

• Transferir as paredes cortadas pelo plano (”puxar” as linhas).

• Marcar e traçar o pé-direito.

• Traçar as alturas de portas e janelas.

• Apagar os excessos de linhas.

• Desenhar os elementos que estão além do plano de corte.

• Desenhar a laje de forro (e = 10 cm).

• Desenhar o embasamento – laje (10 cm); aterro (20 cm); terreno (20 cm) e a
fundação (dimensão variável).

• Desenhar a cobertura.

14 REPRESENTAÇÃO DE FACHADAS.

A fachada é a representação gráfica vertical do exterior da edificação.


No projeto arquitetônico, deve-se representar pelo menos a fachada principal.
45

As fachadas são desenhadas a partir da planta baixa e do corte. Se a fachada


for desenhada na mesma escala da planta e do corte, a partir da planta podem-
se obter as medidas horizontais e, a partir do corte, as dimensões verticais.

Etapas do desenho de uma fachada

• Traçar uma linha horizontal correspondente à linha de terra.

• Obter a partir do corte e da planta baixa todos os elementos e dimensões que


compõem a superfície externa da fachada.

• Reforçar as linhas do primeiro plano.

• Desenhar os materiais de acabamento, as figuras humanas, a vegetação e os


detalhes.

• Escrever o título do desenho e sua escala.


46

O uso de árvores, de vegetação e de figuras humanas nas fachadas (ou


plantas baixas) permite estabelecer referências geométricas de dimensões,
além de quebrar a rigidez do desenho.

15 PLANTA DE COBERTURA
A planta de cobertura é uma vista obtida olhando-se a edificação de
cima para baixo e deve conter a inclinação e sentido de caimento das águas do
telhado e a dimensão do beiral.
47

16 PLANTA DE LOCAÇÃO
A planta de locação compreende a forma que a edificação é implantada
no terreno e deve conter: dimensões do terreno, amarrações do projeto,
orientação, calçadas, acessos, áreas cobertas, afastamentos e árvores
existentes.

17 PLANTA DE SITUAÇÃO
A planta de situação visa situar a edificação na cidade, pela localização
do lote em relação aos lotes vizinhos e logradouros públicos. Esse
desenho deve conter: o norte geográfico, os nomes dos logradouros públicos,
as dimensões do lote, o número do lote, as curvas de nível, as cotas de
localização da edificação dentro do lote e as cotas de ruas e avenidas.
48

18 PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS


No projeto de instalações elétricas, vários dados devem estar
claramente locados na planta:

Localização das tomadas, pontos de iluminação, quadros, percursos da


instalação, condutores, distribuição da carga, proteções, etc... Portanto, na
planta baixa devemos no mínimo representar:

a localização dos pontos de consumo de energia elétrica, seus


comandos e indicações dos circuitos a que estão ligados;
a localização dos quadros e centros de distribuição;
o trajeto dos condutores (inclusive dimensões dos condutos e caixas);
um diagrama unifilar discriminando os circuitos, seção dos condutores,
dispositivos de manobra e proteção;
indicar o material a ser utilizado.

A norma técnica que especifica os símbolos padrões em nosso país é a


NBR 5444 sb2/89. A simbologia apresentada nesta Norma é baseada em
Figuras geométricas simples para permitir uma representação clara dos
dispositivos elétricos. Os símbolos utilizados baseiam-se em quatro elementos
geométricos básicos: o traço, o círculo, o triângulo equilátero e o quadrado.

Traço - O seguimento de reta representa o eletroduto. Os diâmetros


normalizados são segundo a NBR 5626, convertidos em milímetros, usando-se
a Tabela 1 a seguir:
49

Círculo

Representa três funções básicas: o ponto de luz, o interruptor e a


indicação de qualquer dispositivo embutido no teto. O ponto de luz deve ter um
diâmetro maior que o do interruptor. Para diferenciá-los. Um elemento qualquer
circundado indica que este se localiza no teto. O ponto de luz na parede
(arandela) também é representado pelo círculo.

Triângulo equilátero

Representa tomadas em geral. Variações acrescentadas a ela indicam


mudança de significado e função (tomadas de luz e telefone, por exemplo),
bem como modificações em seus níveis na instalação (baixa média e alta).

Quadrado

Representa qualquer tipo de elemento no piso ou conversor de energia


(motor elétrico). De forma semelhante ao círculo, envolvendo a figura, significa
que o dispositivo localiza-se no piso.

Os símbolos gráficos referentes às instalações elétricas prediais


encontram-se nas Tabelas 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8.

Tabela 2 - Dutos e distribuição.


50
51

Tabela 3 - Quadros de distribuição


52

Tabela 4 Interruptores
53

Tabela 5 - Luminárias, refletores, lâmpadas


54

Tabela 6 – Tomadas
55

Tabela 7 Motores e transformadores


56

Tabela 8 Acumuladores
57

19 PROJETO DE INSTALAÇÃO HIDRÁULICA


A instalação predial de água fria é o conjunto de tubulações,
equipamentos, reservatórios e dispositivos, existentes a partir do ramal predial,
destinado ao abastecimento dos pontos de utilização de água do prédio, em
quantidade suficiente, mantendo a qualidade da água fornecida pelo sistema
de abastecimento.

O projeto completo compreende:

1. Plantas, cortes, detalhes e vistas isométricas com dimensionamento e


traçados dos condutores.

2. Memorial descritivo

3. Especificações do material

Ramal de Abastecimento

Ramal predial ou externo: E o trecho de tubulação localizado entre o


distribuidor publico de água e o aparelho medidor.

Ramal interno ou alimentador predial: E o trecho que se estende a partir


do aparelho medidor até a entrada de um reservatório.

Instalação Predial

Compreende o ramal interno e a rede predial de distribuição.

Rede predial de distribuição: É o conjunto de tubulações, compreendido


pelos barriletes, colunas de distribuição, ramais e sub-ramais.

Barrilete: É a tubulação que sai do reservatório da qual derivam as


colunas de distribuição.

Coluna de distribuição ou prumadas de alimentação: É a tubulação


vertical que sai do Barrilete e destina-se a alimentação dos ramais.

Ramal: É a tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a


alimentar os sub-ramais.

Sub-ramal: É a tubulação que liga à peça de utilização.

Tubo ventilador: É a tubulação destinada a permitir o acesso de ar


atmosférico ao interior das colunas de distribuição para expulsar as bolhas de
ar da mesma, melhorando o desempenho final das peças de
utilização.

Hidrômetro: É o aparelho que mede o consumo de água.


58

20 PROJETO DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO E PÂNICO


(PPCIP)
É um mapa que descreve um sistema de segurança contra incêndio, ou
seja, os tipos de acessórios que existirão no local e suas localizações para o
combate do incêndio.

Tanto edificações novas quanto antigas necessitam de um PPCIP


elaborado por um Engenheiro e aprovado pelo Corpo de Bombeiros.

A validade do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros é de 5 anos, com


exceção das edificações de recepção de público, cujo AVCB tem validade de 3
anos.
59

Na NBR 14100 encontramos no item 3 os símbolos usados para a


representação gráfica de Proteção contra incêndio - Símbolos gráficos para
projeto.

20.1 SÍMBOLOS BÁSICOS:

Obs. Sempre que for consultar uma norma devemos tomar o cuidado de
verificar a sua atualização no caso de NBR e NR, se for outro tipo de
documento legal verificar se houve revogação e substituição.
60

No item 4 da mesma NBR apresenta Símbolos suplementares a serem


inseridos nos símbolos básicos.
61

A NBR no item 5 apresenta os Símbolos exclusivos utilizados


isoladamente, sem combinação com as demais formas geométricas ou
símbolos.
62
63

No item 6 um conjunto de exemplos de símbolos combinados


acompanhado por uma explicação.

As cominações de formas geométricas básicas e elementos simbólicos


suplementares podem variar consideravelmente, dependendo da aplicação. Os
símbolos dados aqui são apenas exemplos e não constituem uma lista
exaustiva das combinações possíveis.

Com base No entendimento dessa explicação não vamos apresentar aqui


todos os exemplos que constam na NBR.
64
65

21 MAPA DE RISCO
No estudo desse tema nos vamos usar como requisito básico para a
orientação da confecção do mapa de risco o disposto na portaria nº 25 de
29/12/94 por ser a portaria inclui o mapa de risco na NR-5 e por ser nela que
encontramos o quadro de representação dos riscos ambientais em anexo. O
primeiro e terceiro artigo da portaria não interessa para esse assunto.

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

SECRETARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

PORTARIA N.º 25, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1994

O secretário de segurança e saúde no trabalho, no uso de suas


atribuições legais, e CONSIDERANDO a necessidade de inclusão da
66

metodologia do Mapa de Riscos, na Norma Regulamentadora n.º 5, à luz das


posturas dos segmentos sociais, como instrumento de atuação direta dos
trabalhadores no reconhecimento dos riscos nos ambientes de trabalho,
resolve:

Art. 2º Incluir na Norma Regulamentadora n.º 5, item 5.16, a alínea "o"


com a seguinte redação:

5.16 A CIPA terá as seguintes atribuições:

o) elaborar, ouvidos os trabalhadores de todos os setores do estabelecimento


e com a colaboração do SESMT, quando houver, o MAPA DE
RISCOS, com base nas orientações constantes do Anexo IV, devendo
o mesmo ser refeito a cada gestão da CIPA.

Obs. A portaria não alterou todo texto da NR-5, apenas o especificado.

ANEXO IV – MAPA DE RISCOS

1. O Mapa de Riscos tem como objetivos:

a) reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da


situação de segurança e saúde no trabalho na empresa;

b) possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações


entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de
prevenção.

2. Etapas de elaboração:

a) conhecer o processo de trabalho no local analisado:

- os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamento profissionais e de


segurança e saúde;

- os instrumentos e materiais de trabalho;

- as atividades exercidas;

- o ambiente.

b) identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação


da tabela.

c) identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia:

- medidas de proteção coletiva;

- medidas de organização do trabalho;


67

- medidas de proteção individual; - medidas de higiene e conforto: banheiro,


lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório.

d) Identificar os Indicadores de saúde:

- queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos


mesmos riscos;

- acidentes de trabalho ocorridos;

- doenças profissionais diagnosticadas;

- causas mais freqüentes de ausência ao trabalho.

e) conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local;

f) elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de


círculo:

- o grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada na Tabela I;

- o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro


do círculo;

- a especialização do agente (por exemplo: químico-silica, hexano, ácido


clorídrico, ou ergonômico repetitividade ritmo excessivo) que deve ser anotada
também dentro do círculo;

- a Intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que


deve ser representada por tamanhos diferentes de círculos.

- causas mais freqüentes de ausência ao trabalho

3. Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos,


completo ou setorial, deverá ser afixado em cada local analisado, de forma
claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores.

4. No caso das empresas da Indústria da construção, o Mapa de Riscos


do estabelecimento deverá ser realizado por etapa de execução dos serviços,
devendo ser revisto sempre que um fato novo e superveniente, modificar a
situação de riscos estabelecida.

TABELA I (Anexo IV)

CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS EM GRUPOS,


DE ACORDO COM A SUA NATUREZA E A PADRONIZAÇÃO DAS CORES
CORRESPONDENTES.
68

Elementos que não podem faltar.

Titulo – Nome da empresa ou setor do mapa e as indicações abaixo:

Não faltar no mapa um quadro explicando que o tamanho diferente das


bolinhas refere-se ao grau de riscos e que tipo de risco é representado por
cada cor (eu particularmente costumo no mapa especificar na cor referida o
tipo de risco existente em cada ambiente, não só a cor.). Colocar no mapa
bolas no tamanho igual ao do quadro explicativo.

É importante ter uma planta baixa do local, mas se não houver


condições de conseguir ou fazer, isto não deverá ser um obstáculo: faz-se um
desenho simplificado, um esquema ou croqui do local.
69

No caso de ser encontrado mais de um risco em um dado ambiente, de


mesma intensidade, não convém encher o mapa de bolas do tamanho
referente a intensidade do risco encontrado, basta uma bola no tamanho
representativo e dividir a bola em partes correspondente e cor dos riscos
encontrados.

Segue um mapa com exemplo da explicação que foi usada.

FIM
70

22 REFERENCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067:


Princípios gerais de representação em desenho técnico: Procedimento. Rio
de Janeiro, 1995.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10068: Folha de


desenho - Leiaute e dimensões: Padronização. Rio de Janeiro, 1987.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10582:


Apresentação da folha para desenho técnico: Procedimento. Rio de Janeiro,
1988.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13142: Desenho


técnico - Dobramento de cópia: Procedimento. Rio de Janeiro, 1999.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8402: Execução


de caractere para escrita em desenho técnico: Procedimento. Rio de
Janeiro, 1994.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8403: Aplicação


de linhas em desenhos – Tipos de linhas - Larguras das linhas:
Procedimento. Rio de Janeiro, 1984.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8196: Desenho


técnico - Emprego de escalas: Procedimento. Rio de Janeiro, 1999.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12298:


Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho
técnico: Procedimento. Rio de Janeiro, 1995.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6158: Sistema


de tolerâncias e ajustes: Procedimento. Rio de Janeiro, 1995.
71

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8993:


Representação convencional de partes roscadas em desenhos técnicos:
Procedimento. Rio de Janeiro, 1985.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14100: Proteção


contra incêndio – Símbolos gráficos para projeto: Procedimento. Rio de
Janeiro, 1998.

BRASIL. Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994. Aprovar o texto da


Norma Regulamentadora no. 9 – Riscos Ambientais, Incluir na Norma
Regulamentadora no. 5, item 5.16, a alínea “o”, Incluir na Norma
Regulamentadora no. 16, o item 16.8. legislação: edição federal, Brasília, 1994.

CEG0. Manual de Desenho Técnico. 12. ed. Curitiba, DF, 2016. 1 e 2 p.

ETEC. Manual de Desenho Arquitetônico. ed. Ouro Preto, MG, 2012.

SENAI. Manual de Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico.


1. ed. Espirito Santo, ES, 1996. 43 p.

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