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Boletim Epidemiológico Vol.53 Nº20
Boletim Epidemiológico Vol.53 Nº20
Apresentação
Sumário
A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, que pode apre-
1 Casos graves e óbitos por sentar um amplo espectro clínico e variar de casos assintomáticos a graves,
dengue no Brasil, 2019 a 2022 podendo evoluir à óbito. Ressalta-se que as arboviroses transmitidas pelo
Aedes aegypti são um dos principais problemas de saúde pública, sendo a
10 Vigilância epidemiológica do
dengue de maior relevância, principalmente no continente americano.
sarampo no Brasil – semanas
epidemiológicas 1 a 17 de 2022
Destaca-se que em 9 de maio de 2022 foi instalada a Sala de Situação Nacional
19 Mortalidade materna no Brasil, de Arboviroses Urbanas na Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da
2009 a 2020 Saúde (SVS/MS), com o objetivo principal de estabelecer estratégias para redu-
ção do número de casos graves de dengue e evitar óbitos por arboviroses urba-
30 Mortalidade por esquistossomose
nas. Trata-se de uma estrutura organizacional que busca promover a resposta
mansoni no Brasil, de 2015 a 2019
coordenada por meio da articulação e da integração dos atores envolvidos.
Como resultado das análises sobre o tema, este boletim apresenta o perfil
epidemiológico dos casos graves e óbitos por dengue registrados no Brasil
no período de 2019 até a Semana Epidemiológica (SE) 20 de 2022.
25.000 7
5,74 6
20.000
4,98
5
Taxa de letalidade
Casos graves (n)
4,00 4,10
15.000
4
3
10.000
2
5.000
1
0 0
2019 2020 2021 2022
Ano
Figura 1 Casos graves de dengue e letalidade segundo ano, Brasil, 2019 a 2022
900 0,07
800 0,06
0,06
0,05
700
0,05
600 0,04
0,04
Nº de óbitos
% Letalidade
500 0,04
400 0,03
300
0,02
200
0,01
100
0 0
2019 2020 2021 2022
Figura 3 Óbitos por dengue e taxa de letalidade segundo ano, Brasil, 2019 a 2022
70
60
2019 2020 2021 2022
50
N.º de óbitos
40
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1011121314151617181920212223242526272829303132333435363738394041424344454647484950515253
Semana Epidemiológica
Figura 4 Óbitos por dengue segundo semana epidemiológica, Brasil, 2019 a 2022
3
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 53 | N.º 20 | Maio 2022
Incidência e óbitos Paulo (579 óbitos), Paraná (268 óbitos) e Minas Gerais
(219 óbitos) (Figuras 5 e 6).
Quanto a incidência acumulada de dengue e número
acumulado de óbitos no período de 2019 a 2022, por Em 2022, até a SE 20, as maiores taxas de incidência
UF de residência, observa-se que as maiores taxas ocorreram em Goiás (2001,2 casos/100 mil hab.),
de incidência ocorreram em Goiás (5.101,9 casos/100 seguido do Distrito Federal (1.462,2 casos/ 100 mil
mil hab.), seguido do Mato Grosso do Sul (4.898,6 hab.) e Tocantins (1.262,4 casos/100 mil hab.). Quanto
casos/100 mil hab.) e Distrito Federal (4.512,5 casos/100 ao número de óbitos por dengue no mesmo período,
mil hab.). Em relação ao número de óbitos por dengue destacam-se os estados de São Paulo (134), Santa
no mesmo período, destacam-se os estados de São Catarina (43) e Goiás (41) (Figura 6, Tabela 1).
Ressalta-se a existência de 349 óbitos em investiga- de encerramento da investigação dos óbitos em até
ção no Brasil, com destaque para os estados de Goiás 60 dias, verificou-se que em 2019 76,3% tiveram en-
(138), Minas Gerais e São Paulo (ambos com 42), Para- cerramento oportuno, em 2020 84,1%, em 2021 86,1% e
ná (31) e Distrito federal (25). Quanto à oportunidade 96,9% em 2022 (até a SE 20).
4
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Figura 5 Óbitos por dengue e taxa de incidência segundo unidade Federada, Brasil, SE 20 de 2022
5
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2019 a 2022
Masculino Feminino
80 anos e mais
70 a 79 anos
60 a 69 anos
50 a 59 anos
40 a 49 anos
Faixa etária
30 a 39 anos
20 a 29 anos
15 a 19 anos
10 a 14 anos
5 a 9 anos
1 a 4 anos
Menor 1 ano
250 200 150 100 50 0 50 100 150 200 250
Óbitos (n)
2022
Masculino Feminino
80 anos e mais
70 a 79 anos
60 a 69 anos
50 a 59 anos
40 a 49 anos
Faixa etária
30 a 39 anos
20 a 29 anos
15 a 19 anos
10 a 14 anos
5 a 9 anos
1 a 4 anos
Menor 1 ano
60 40 20 0 20 40 60
Óbitos (n)
Figura 7 Óbitos por dengue segundo sexo e faixa etária, Brasil, 2019 a 2022 e 2022
6
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Outros orgãos
Figura 8 Sinais de alarme e de gravidade entre os óbitos por dengue, Brasil, 2019 a 2022
7
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As comorbidades mais frequentes entre os óbitos foi observada em 65,9% das pessoas com idade abaixo
de dengue, independente de grupos etários, foram a de 60 anos e em 31,6% das pessoas com idade maior ou
hipertensão e o diabetes. A ausência de comorbidades igual a 60 anos (Figura 9).
3,5
Doença renal
9,2
4,6
Hepatopatia
3,2
4,2
Doença autoimune
3,1
3,7
Doença hematológica
2,4
0,9
Doença ácido-péptica
1,5
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Percentual
< 60 anos 60 anos
Figura 9 Comorbidades entre os óbitos por dengue segundo grupos etários, Brasil, 2019 a 2022
8
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Anexo
Tabela 1 Óbitos por dengue e letalidade segundo Região e unidade Federada de residência, Brasil, 2019 a 2022
*Coordenação-Geral de Vigilância de Arboviroses (DEIDT/SVS/MS): Cassio Roberto Leonel Peterka, Camila Ribeiro Silva, Danielle Bandeira
Costa de Sousa Freire, Eduardo Lana, José Braz Damas Padilha, Larissa Arruda Barbosa, Pablo Secato Fontoura, Sulamita Brandão Barbiratto.
Coordenação-Geral de Emergências em Saúde Pública (CGEMSP/DSASTE/SVS): Gabriel Muricy Cunha, Morgana de Freitas Caraciolo, Pedro de Alcântara Brito
Junior, Luis Antonio Alvarado Cabrera.
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O sarampo é uma doença viral aguda e extremamente gra- confirmados 9.325 casos da doença. No ano de 2019,
ve, principalmente em crianças menores de 5 anos de ida- após um ano de circulação do vírus do mesmo ge-
de, pessoas desnutridas e imunodeprimidas. A transmissão nótipo, o País perdeu a certificação de “País livre do
do vírus ocorre de forma direta, por meio de secreções vírus do sarampo”, dando início a novos surtos, com
nasofaríngeas expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respi- a confirmação de 20.901 casos da doença. Em 2020
rar próximo às pessoas sem imunidade contra o sarampo. foram confirmados 8.448 casos e, em 2021, 676* casos
Além disso, o contágio também pode ocorrer pela disper- de sarampo foram confirmados.
são de aerossóis com partículas virais no ar, em ambientes
fechados como escolas, creches, clínicas, entre outros. Entre a SE 1 a SE 17 de 2022, foram notificados 578 casos
suspeitos de sarampo; desses, 19 (3,3%) foram casos con-
firmados, todos por critério laboratorial. Foram descarta-
Situação epidemiológica dos 342 (59,2%) casos, e permanecem em investigação 217
do sarampo no Brasil (37,5%) (Figura 1).
Após os últimos casos da doença no ano de 2015, o Na curva epidêmica (Figura 1), observa-se maior confirma-
Brasil recebeu em 2016 a certificação da eliminação ção de casos nas semanas epidemiológicas 4, 5 e 9, e, a
do vírus. Nos anos de 2016 e 2017, não foram con- partir da SE 12, um expressivo número de casos suspeitos
firmados casos de sarampo no País. Em 2018 foram permanecem pendentes de encerramento.
60
50
40
N.° de casos
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Semana epidemiológica da data do início do exantema
Confirmados por laboratório (19) Confirmados por clínico epidemiológico (0) Descartados (342) Em investigação (217)
Figura 1 Distribuição dos casos de sarampoa por semana epidemiológica do início do exantema e classificação final, Brasil, semanas
epidemiológicas 1 a 17 de 2022
Os casos de sarampo de 2021 foram reclassificados, portanto, houve a atualização do número de confirmados.
*
10
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No período avaliado – entre as SE 1 e 17 de 2022 – per- ainda nessa faixa etária, a maior ocorrência se deu no
manecem com casos confirmados de sarampo os esta- sexo masculino, com 6 (60,0%) casos (Tabela 2). Quando
dos: Amapá e São Paulo. O estado do Amapá segue com verificada a incidência por faixas etárias definidas nas es-
maior número de casos confirmados, com 17 (89,5%) tratégias de vacinação realizadas em 2019 e 2020, a maior
casos de sarampo, em 3 municípios, e a maior incidên- incidência é observada no grupo etário de menores de
cia (3,15 casos por 100 mil habitantes) (Tabela 1). 5 anos, com 1,90 caso por 100 mil habitantes (Tabela 2).
Crianças menores de um ano de idade apresentam o Em geral, na distribuição por sexo, o maior número de
maior número de casos confirmados (10), e o coeficiente casos foi registrado entre pessoas do sexo masculino,
de incidência foi de 5,38 casos por 100 mil habitantes, e, com 10 casos (52,6%) (Tabela 2).
Tabela 1 Distribuição dos casos confirmados de sarampoa, coeficiente de incidência e semanas transcorridas do último caso confirmado,
segundo unidade da Federação de residência, Brasil, SE 1 a 17 de 2022
Tabela 2 Distribuição dos casos confirmados de sarampoa e coeficiente de incidência dos estados com surto, segundo faixa etária e sexo,
Brasil, SE 1 a 17 de 2022
Fonte: SVS/MS.
a
Dados atualizados em 17/5/2022 e sujeitos a alterações.
b
População dos municípios de residência dos casos por 100 mil habitantes.
c
Estas faixas etárias foram definidas de acordo com as estratégias de vacinação realizadas em 2019 e 2020, para padronização da análise de dados.
d
Quatro casos sem informação de sexo.
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Nº de exames solorogicos (IgM) positivos e Solicitações por data de coleta e por semana epidemiológica, B rasil, ano 2022, ate 30/04
260 260 Legenda
242 IgM R eagente
240 240
220 220
200 200
180 180
167
160 160
N de Pos it ivos
Nº de E xa mes
140 140
123
120 114 114 120
101
100 95 100
80 80
68 66 66
65
60 55 60
47 49
44 42
40 38 40
26
19 21 19
20 13 13 23 20
10
6 5 21
9 17 17 15
0 12 13 0
2 0 2 2 -1 7
2 0 2 2 -1 6
2 0 2 2 -1 5
2 0 2 2 -1 4
2 0 2 2 -1 3
2 0 2 2 -1 2
2 0 2 2 -1 1
2 0 2 2 -1 0
2 0 2 2 -8
2 0 2 2 -9
2 0 2 2 -6
2 0 2 2 -7
2 0 2 2 -4
2 0 2 2 -5
2 0 2 2 -1
2 0 2 2 -2
2 0 2 2 -3
Figura 2 Número de exames sorológicos (IgM) reagente e solicitações por data de coleta e por semanas epidemiológicas, Brasil SE 1 a 17
de 2022
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Ao longo das semanas epidemiológicas (SE) 1 a 17/2022, Os resultados de exames para sorologia IgM solicita-
período representado pela Figura 2, pode-se observar dos entre as SE 1 e 17/2022 são apresentados na
oscilações de 38 (SE 5/2022) a 242 (SE 17/2022) solicitações Figura 3, estratificados por UF de residência do pa-
de exames totais (IgG, IgM e RT-PCR) para o diagnóstico do ciente. Observa-se que as amostras reagentes estão
sarampo. Desse total de solicitações, observa-se maior nú- presentes em 19 UF, destacando que os estados de
mero de amostras IgM reagentes (26 exames IgM reagen- São Paulo (117), Bahia (32) e Amapá (31) apresentaram
tes) para sarampo durante a SE 12/2022 e um menor nú- o maior número de exames IgM reagentes durante
mero na SE 6/2022 (5 exames IgM reagentes). Vale ressaltar esse período. Esta análise de exames nos permite
que o número de exames com sorologia IgM reagentes não monitorar os estados que ainda estão em surto ativo
necessariamente significa casos confirmados e nem total ou ainda aqueles que podem estar iniciando uma
de casos com resultados positivos, pois pode existir mais nova cadeia de transmissão não identificada.
de um exame solicitado para um mesmo paciente.
Figura 3 Número de exames sorológicos (IgM) reagentes para sarampo, por UF de residência do paciente, Brasil, SE 1 a 17 de 2022
Conforme os dados referentes as SE 1 a 17/2022 apre- devido à presença de não conformidades (como
sentados na Tabela 3, 396 municípios, o correspon- coleta e transporte inadequado, presença de hemó-
dente a 7,1% do total brasileiro, solicitaram exames lise, quantidade insuficiente de amostra) que impos-
sorológicos (IgM) para o diagnóstico de sarampo e, sibilitam o processamento dessas. Tal observância
desses, foram identificados 109 (27,5%) municípios corrobora a importância dos treinamentos propostos
que tiveram pelo menos um exame IgM positivo dentro do Plano de Ação para Fortalecimento da
(Tabela 3). Foi solicitado um total de 1.413 exames e, Vigilância Laboratorial realizados nos últimos meses,
desses, 211 (14,9%) encontram-se em triagem, 1.120 uma vez que os temas abordados tinham como obje-
(79,26%) foram liberados e 356 amostras, correspon- tivo o aprimoramento da fase pré-analítica. Espera-
dendo a 25%, não foram realizadas (Tabela 4). Dos -se que o percentual de não conformidades reduza
exames liberados, 279 (24,9%) tiveram IgM reagente gradativamente a longo prazo, conforme a replicação
para sarampo. A não realização de exames ocorre das informações ofertadas nos treinamentos.
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Tabela 3 Distribuição por UF dos exames laboratoriais para diagnóstico de sarampo, de acordo com municípios totais, municípios
solicitantes, e resultado IgM positivo por municípios de residência da UF, Brasil, SE 1 a 17 de 2022
Municípios
Total de Percentual Positividade (% de
solicitantes Municípios com
UF municípios de municípios municipios com IgM+ em
(por residência IgM positivo
por UF solicitantes (%) relação aos solicitantes)
do paciente)
Acre 22 3 13,0 1 33,3
Alagoas 102 1 1,0 0 NA
Amazonas 62 4 6,3 1 25,0
Amapá 16 9 52,9 6 66,7
Bahia 417 31 7,4 10 32,3
Ceará 184 33 17,8 5 15,2
Distrito Federal 1 2 3,4 2 100,0
Espírito Santo 78 8 10,1 0 NA
Goiás 246 16 5,2 1 6,2
Maranhão 217 2 0,9 0 NA
Minas Gerais 853 31 3,6 5 16,1
Mato Grosso do Sul 79 6 7,5 1 16,7
Mato Grosso 141 2 1,4 0 NA
Pará 144 41 28,3 12 29,3
Paraíba 223 11 4,9 4 36,4
Pernambuco 185 21 11,3 7 33,3
Piauí 224 5 2,2 2 40,0
Paraná 399 26 6,5 4 15,4
Rio de Janeiro 92 12 12,9 4 33,3
Rio Grande do Norte 167 2 1,2 1 50,0
Rondônia 52 4 7,5 4 100,0
Roraima 15 2 12,5 1 50,0
Rio Grande do Sul 497 17 3,4 1 5,9
Santa Catarina 295 13 4,4 0 NA
Sergipe 75 2 2,6 0 NA
São Paulo 645 90 13,9 36 40,0
Tocantins 139 2 1,4 1 50,0
Total Geral 5.570 396 7,1 109 27,5
14
Tabela 4 Distribuição dos exames sorológicos (IgM) para diagnóstico de sarampo, segundo, o total de exames (solicitados, em triagem, em análise, liberados, positivos, negativos e inconclusivos) e
a oportunidade de diagnóstico (tempo oportuno de liberação de resultado, mediana de liberação dos resultados a partir do recebimento da amostra no laboratório e positividade do diagnóstico),
por UF de residência, Brasil, SE 1 a 17 de 2022
15
Pernambuco 47 7 0 40 10 9 28 3 70% 3 22,5
Piauí 12 5 3 4 2 2 1 1 100% 1 50,0
Paraná 43 0 3 40 13 5 35 0 80% 3 12,5
Rio de Janeiro 99 13 2 84 82 15 60 9 86% 2 17,9
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Sorologia RT-PCR
(ELISA) (Critérios para envio de amostras para Fiocruz)
¡¡ Resultado de sorologia IgM Reagente para sarampo: ¡¡ Enviar amostras dos 3 primeiros casos supeitos
confirmar o caso. que estão diretamente relacionados ao caso índice.
¡¡ Resultado de IgG Reagente para sarampo: caso ¡¡ Enviar amostras dos 3 casos suspeitos que
não tenha histórico de vacinação, coletar S2 e ocorreram em uma nova localidade ou municipio.
avaliar o aumento de títulos de IgG por pareamento ¡¡ A cada dois meses, enviar 3 novas amostras de
das amostras. casos da mesma localidade ou município onde os
casos que iniciaram o surto foram confirmados.
Fonte: CGLAB/DAEVS/SVS.
Figura 4 Estratégias a serem adotadas em municípios com surto ativo para envio de amostras para o diagnóstico de sarampo
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Medidas de prevenção de doenças de transmissão 3. Centers for Disease Control and Prevention. Interim
respiratória também são válidas, e os profissionais Infection Prevention and Control Recommendations
devem orientar a população sobre: a limpeza for Measles in Healthcare Settings. [Atlanta]: CDC,
regular de superfícies, isolamento domiciliar para a 2019. [acesso em: 13 abr. 2022]. Disponível em:
pessoa que estiver com suspeita ou em período de https://bit.ly/2XXdy4Q.
transmissão de doença exantemática, medidas de
distanciamento social em locais de atendimento de 4. Centers for Disease Control and Prevention. 2007
pessoas com suspeita de doença exantemática, cobrir Guideline for Isolation Precautions: Preventing
a boca ao tossir ou espirrar, uso de lenços descartáveis Transmission of Infectious Agents in Healthcare
e higiene das mãos com água e sabão, e/ou álcool Settings. [Atlanta]: CDC, 2007. [acesso em: 13 abr.
em gel. Nos ambientes de saúde, ao identificar uma 2022]. Disponível em: https://bit.ly/34YyRVl.
pessoa com suspeita, é necessário o isolamento, além
de outras medidas de biossegurança individuais e 5. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Setor
coletivas, que estão descritas com maior detalhamento de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente.
no Guia de Vigilância em Saúde (2021). Medidas de Precaução para Prevenção de Infecção
A circulação do vírus é considerada interrompida nos Hospitalar versão 1.0. [recurso eletrônico]. 1. ed.
estados, quando transcorridas 12 ou mais semanas Maceió: Ebserh, 2019. [acesso em: 13 abr. 2022].
consecutivas sem apresentar casos novos da mesma Disponível em: https://bit.ly/3reALKR.
cadeia de transmissão.
6. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de
Vigilância em Saúde. Departamento de Imunização
Importante: Não vacinar casos suspeitos de saram- e Doenças Transmissíveis. Coordenação-Geral
po, entre as coletas da primeira amostra (S1) e da do Programa Nacional de Imunizações. Informe
segunda amostra (S2), uma vez que a administração Técnico da 8ª Campanha Nacional de Seguimento
da vacina interfere diretamente no resultado labo- e Vacinação de Trabalhadores da Saúde contra o
ratorial e classificação final do caso! Sarampo. Brasília, 2022.
Referências
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância
em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento
da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância
em Saúde: volume único [recurso eletrônico].
3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2019, p. 112-130.
[acesso em: 13 abr. 2022]. Disponível em: https://bit.
ly/3wXq5mS.
*Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis (CGPNI/DEIDT/SVS): Adriana Regina
Farias Pontes Lucena, Aline Ale Beraldo, Cintia Paula Vieira Carrero, Josafá do Nascimento Cavalcante, Maria Izabel Lopes, Nájla Soares Silva, Regina Célia
Mendes dos Santos Silva, Rita de Cássia Ferreira Lins. Coordenação-Geral de Laboratórios de Saúde Pública do Departamento de Articulação Estratégica de
Vigilância em Saúde (CGLAB/Daevs/SVS): Izabela Rosa Trindade, Leonardo Hermes Dutra, Marielly Reis Resende Sousa, Marliete Carvalho da Costa, Mayara
Jane Miranda da Silva, Rejane Valente Lima Dantas, Ronaldo de Jesus, Thiago Ferreira Guedes.
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Introdução Método
A vigilância da mortalidade materna, por meio do Este estudo descritivo foi realizado a partir de dados do
registro, da investigação e da classificação dos óbitos Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e
maternos, é um instrumento essencial para subsidiar do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), no
ações direcionadas para a redução desse que continua período de 2009 a 2020. Os dados do SIM e do Sinasc,
sendo um grande desafio da saúde e da equidade até o ano 2020, são considerados finalizados.
social, de gênero e de raça.
Para análise do Sinasc, no período de 2019 a 2020,
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram considerados o número de nascidos vivos,
foram lançados em 2015 e estabelecem uma série trimestre de início do pré-natal e número de consultas
de metas a serem atingidas no período de 15 anos, de pré-natal realizadas. O óbito materno, no SIM, foi
ou seja, até 2030. Entre os 17 ODS, os fatores diretos analisado segundo as causas de morte, faixa etária e
relacionados à saúde estão incluídos no ODS 3: raça/cor. De acordo com a 10ª Classificação Estatística
Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar Internacional de Doenças e Problemas Relacionados
para todas e todos, em quaisquer idades. A meta 3.1 é de com a Saúde (CID-10), o óbito materno é definido como
que a razão de mortalidade materna (RMM) global seja a morte de uma mulher, ocorrida durante ou até 42
inferior a 70 mortes por 100.000 nascidos vivos. O Brasil dias após a gestação, independentemente da duração
se comprometeu a reduzir para, no máximo, 30 mortes ou da localização da gravidez, e desde que seja por
maternas por 100.000 nascidos vivos até 20301. causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou
por medidas ligadas a ela, mas não associada a causas
Em 2020, foi declarada a pandemia de doença causada acidentais ou incidentais3,4.
pelo coronavírus SARS-CoV-2, denominada covid-19.
A gravidez e o pós-parto, por si só, são importantes Para fins de avaliação da mortalidade materna,
fatores de risco para morte, complicações e admissão foram consideradas as mortes com causas básicas
na UTI em relação a mulheres diagnosticadas com classificadas no Capítulo XV da CID-10, com exceção
covid-19 em idade reprodutiva2. A covid-19 (CID10: B34.2) dos códigos O96 e O97 (Morte Materna Tardia e Morte
foi responsável por 212.706 óbitos em 2020, notificados por Sequela de Causa Obstétrica Direta). Algumas
ao Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), doenças que não constam no Capítulo XV também
o que, por sua vez, torna importante conhecer as foram ser consideradas: tétano obstétrico (cód. A34,
principais características dos óbitos maternos e Cap. I); osteomalácia puerperal (cód. M83.0, Cap. XII);
nascidos vivos, comparando os anos de 2019 a 2020, ano transtornos mentais e comportamentais associados
que marcou o início da pandemia de covid-19 no mundo. ao puerpério (cód. F53, Cap. V); necrose pós-parto da
hipófise (cód. E23.0, Cap. IV), mola hidatiforme maligna
Assim, neste Boletim, a mortalidade materna e as (cód. D39.2, Cap. II); doenças causadas pelo vírus da
características referentes aos nascimentos, como imunodeficiência humana (cód. B20 a B24, Cap. I). Nos
o início e o número de consultas de pré-natal, no últimos três casos, deve ficar comprovada a relação com
Brasil, em Grandes Regiões e unidades da Federação o estado gravídico-puerperal e o óbito deve ter ocorrido
(UF), foram estimadas para o período de 2009 a 2020, até 42 dias após o parto5.
com ênfase no ano 2020, marcado pela pandemia de
covid-19. Pela definição de morte materna estabelecida pela
Organização Mundial de Saúde, existem os seguintes
tipos de causas6,7:
19
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 53 | N.º 20 | Maio 2022
Causas
obstétricas diretas (Cód. O00-O08, A RMM Vigilância foi calculada a partir da aplicação de
O11-O23, O24.4, O26-O92, A34, D39.2, E23.0, F53 correções baseadas em indicadores da vigilância do
e M83.0): resultam de complicações obstétricas óbito de mulheres em idade fértil, sobre a RMM direta9.
na gravidez, parto ou puerpério atribuídas a
intervenções, omissões, tratamento incorreto ou a Todos os cálculos e gráficos foram realizados com o
uma cadeia de eventos resultantes de quaisquer software estatístico R versão 4.1.3.
dessas causas mencionadas.
Causas obstétricas indiretas (Cód. O10, O24 –
exceto O24.4, O25, O98-O99, A34 e B20-B24): Resultados
resultam de doenças existentes antes da gravidez
ou de doenças que se desenvolveram durante
a gravidez e que foram agravadas pelos efeitos
Natalidade
fisiológicos da gravidez, desde que excluídas as O Brasil apresentou uma queda na natalidade no ano
causas obstétricas diretas. de 2020, sendo que, em 2019 e em 2020, foram noti-
ficados 2.849.146 e 2.730.145 nascimentos ao Sinasc,
A seguir estão relacionados os códigos da CID-10 das respectivamente. Em 2020, observa-se em todas as
principais causas de morte materna: Hipertensão: regiões uma diminuição de nascimentos em relação a
O110-O119, O130-O169; Hemorragia: O200-O209, 2019 (Figura 1).
O440-O469, O670-O679, O710, O711, O720-O729; Infecção
puerperal: O850-O869; Aborto: O030-O079; Aids:
B200-B249; Doenças do aparelho circulatório: O994;
Consultas pré-natal e início do pré-natal
Doenças do aparelho respiratório: O995; Doenças No Brasil, em 2019, 72,4% dos nascidos vivos foram de
infecciosas e parasitárias maternas: O980-O9895. mulheres que realizaram sete ou mais consultas de
pré-natal em 2019. Em 2020, esse percentual diminuiu
Para a mortalidade materna atribuída à covid-19 foram para 71,0%. O percentual de nascidos vivos de mulheres
considerados os registros com causa básica de óbito que iniciaram o pré-natal no 1º trimestre gestacional
com os seguintes códigos da CID-10 para covid-19: O98.5 aumentou ligeiramente, de 78,4% em 2019 para 78,5%
+ U07.1 (covid-19 confirmada); O98.5 + U07.2 (covid-19 em 2020 (Figura 2).
suspeita); O98.5 + U09.9 (condição de saúde posterior
à covid-19); O99.8 + U10.9 (síndrome inflamatória Em 2020, 7,8% dos nascidos vivos foram de mulheres
multissistêmica pediátrica de 10 a 19 anos); O98.5 + U92.1 que realizaram até três consultas de pré-natal, com
(reincidência de covid-19)8. grandes diferenças regionais (18% na Região Norte
e 4% na Região Sul), conforme Figura 3. Não foram
Foram considerados não apenas os óbitos maternos observadas alterações importantes nesses percentuais
declarados pelo médico no momento da emissão no período de 2019 a 2020.
da Declaração de Óbito (DO), mas também os óbitos
de mulheres em idade fértil que foram investigados
e confirmados como óbito materno pelas equipes
Morte materna
de vigilância do óbito. Essa vigilância se inicia pela No Brasil, em 2019 e em 2020, foram notificados 1.576 e
investigação dos óbitos de mulheres em idade fértil 1.965 óbitos maternos ao SIM, respectivamente. Após
(10 a 49 anos), com o objetivo de identificar óbitos aplicação do fator de correção oriundo da RMM Vigilância,
maternos não declarados inicialmente, bem como estima-se que tenham ocorrido 1.655 e 2.039 óbitos
apontar as circunstâncias e fatores determinantes que maternos em 2019 e 2020, respectivamente (Figura 4).
ocasionaram as mortes5.
20
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 53 | N.º 20 | Maio 2022
860.000
2.750.000 2.850.000 2.950.000
315.000
Nascidos Vivos
Nascidos Vivos
Nascidos Vivos
820.000
305.000
780.000
2010 2012 2014 2016 2018 2020 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2010 2012 2014 2016 2018 2020
240.000
Nascidos Vivos
Nascidos Vivos
Nascidos Vivos
390.000
1.120.000
230.000
370.000
1.060.000
220.000
2010 2012 2014 2016 2018 2020 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2010 2012 2014 2016 2018 2020
Figura 1 Nascidos vivos notificados ao Sinasc. Brasil e Grandes Regiões, 2009 a 2020
100
100
2019 2019
2020 2020
78.4 78.5
80
80
72.4 71
Nascidos Vivos (%)
60
40
40
20.3 20.7
20
20
14.6 14.4
6.9 7.8
4.9 4.9
2.1 2.2
0
21
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 53 | N.º 20 | Maio 2022
2019 2020
100
100
Norte Norte
Nordeste Nordeste
Sudeste 82
Sudeste
Sul Sul 81
79 78
80
80
Centro−Oeste Centro−Oeste
72 71
68
66
Nascidos Vivos (%)
60
54
50
40
40
32 32
24 25
21 22
18
20
20
15 17 16
14 15
8 9
7 7
5 4 5 4
0
0
Até 3 4a6 7 e mais Até 3 4a6 7 e mais
1.000
500
Ano
22
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 53 | N.º 20 | Maio 2022
80 100
80 100
RMM
RMM
RMM
60
60
60
40
40
40
20
20
20
0
0
2010 2012 2014 2016 2018 2020 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2010 2012 2014 2016 2018 2020
80 100
80 100
RMM
RMM
RMM
60
60
60
40
40
40
20
20
20
0
0
2010 2012 2014 2016 2018 2020 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2010 2012 2014 2016 2018 2020
Fonte: Sistemas de Informações sobre Nascidos Vivos e sobre Mortalidade (Sinasc e SIM).
A RMM aumentou em praticamente todas as unidades nos para cada 100.000 nascidos vivos foram observadas
da Federação (UF) entre os anos de 2019 e 2020. Neste em Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Maranhão e Piauí
último, estimativas de RMM acima de 100 óbitos mater- (Figura 6 e Tabela 1).
2020
2020
O L
Até 20
20 a 40
S 40 a 60
60 a 80
80 a 100
0 500 1000 km
100 ou mais
Fonte: Sistemas de Informações sobre Nascidos Vivos e sobre Mortalidade (Sinasc e SIM).
Nota: RMM com fator de correção para 2020.
23
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 53 | N.º 20 | Maio 2022
Tabela 1 Razão de Mortalidade Materna (RMM). Brasil, Regiões e unidades da Federação, 2010 a 2020
Região/unidade da Federação 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Norte 78,4 74,7 73,2 83,8 93,6 76,0 84,5 88,9 80,8 82,5 98,9
Rondônia 83,2 58,3 64,1 94,2 87,7 57,7 56,4 87,3 47,8 59,6 78,1
Acre 48,8 33,7 53,9 58,6 46,7 58,9 69,7 48,9 54,4 49,1 33,0
Amazonas 119,5 84,6 85,0 81,6 120,8 78,8 84,7 75,6 108,4 84,8 101,8
Roraima 13,8 67,5 38,0 74,5 60,4 96,4 52,7 59,6 100,6 91,9 146,4
Pará 69,7 73,8 78,9 86,7 96,4 72,9 86,4 107,4 81,4 96,1 107,1
Amapá 26,8 53,3 54,1 119,7 66,0 110,8 141,7 45,5 88,3 32,6 102,5
Tocantins 76,8 112,6 53,3 61,2 60,1 85,6 92,2 96,3 31,6 71,4 79,2
Nordeste 83,3 77,9 72,7 82,4 77,9 75,3 78,0 73,2 67,1 63,6 91,8
Maranhão 133,7 109,8 96,1 123,8 100,9 116,5 122,2 101,8 90,6 80,6 108,9
Piauí 125,0 107,1 126,0 130,2 86,8 103,6 108,5 88,6 105,8 98,1 101,0
Ceará 70,6 68,4 69,4 74,5 65,3 49,1 63,4 65,7 68,4 58,1 97,6
Rio Grande do Norte 36,6 68,6 66,0 54,5 74,8 68,4 77,2 77,9 58,6 70,4 78,1
Paraíba 61,8 61,7 61,5 70,9 63,0 81,8 99,9 67,8 53,2 62,8 97,7
Pernambuco 61,9 57,5 56,0 64,3 63,4 67,6 58,1 63,3 59,2 48,0 70,8
Alagoas 74,4 66,8 56,3 71,6 104,1 59,1 51,9 37,7 49,5 58,2 82,7
Sergipe 71,1 83,0 70,4 67,2 66,9 51,6 55,9 56,1 58,8 36,7 97,5
Bahia 87,3 80,6 70,0 80,6 81,0 75,4 72,6 76,9 60,8 64,0 93,1
Sudeste 56,0 48,7 46,5 50,1 53,9 54,3 55,8 62,3 53,2 53,5 65,1
Minas Gerais 50,5 40,3 36,6 47,6 49,0 47,0 46,9 45,2 51,2 44,4 51,0
Espírito Santo 65,6 60,8 64,4 59,6 109,2 73,1 48,7 71,6 63,9 56,2 68,8
Rio de Janeiro 83,6 74,3 80,8 80,3 71,9 67,1 71,6 84,7 61,7 74,5 95,4
São Paulo 47,6 42,0 36,8 39,3 44,2 50,8 54,4 60,6 50,0 49,7 60,1
Sul 62,8 50,4 54,5 36,6 41,7 43,7 44,2 38,5 38,2 38,3 45,6
Paraná 65,4 52,7 38,4 41,7 41,3 51,7 50,3 31,7 38,4 45,5 52,6
Santa Catarina 38,1 30,7 45,4 31,4 30,2 30,9 31,5 40,7 35,1 30,6 31,7
Rio Grande do Sul 75,6 60,5 78,3 34,2 49,7 43,4 46,0 44,5 40,3 39,9 48,3
Centro-Oeste 77,2 68,2 64,3 62,5 60,2 65,9 67,3 56,9 64,9 59,0 77,0
Mato Grosso do Sul 113,8 92,4 73,1 66,7 79,3 88,2 80,1 60,3 84,9 64,5 48,8
Mato Grosso 76,9 83,9 58,5 71,6 63,7 82,9 78,5 61,1 58,0 64,6 91,8
Goiás 69,1 50,9 70,5 56,7 53,8 56,6 56,5 56,4 64,7 69,7 90,5
Distrito Federal 60,7 61,8 49,4 60,3 51,0 43,7 64,6 49,4 54,3 21,2 53,4
Brasil 68,9 61,8 59,3 62,1 63,8 62,0 64,4 64,5 59,1 57,9 74,7
Fonte: Sistemas de Informações sobre Nascidos Vivos e sobre Mortalidade (Sinasc e SIM).
Nota: RMM com fator de correção até 2020.
24
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 53 | N.º 20 | Maio 2022
Diretas
1.000
800
Óbitos maternos
Indiretas
600
400
200
Não especificadas
0
Ano
25
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 53 | N.º 20 | Maio 2022
500
Hipertensão AIDS
Hemorragia Doenças do aparelho circulatório
Infecção puerperal Doenças do aparelho respiratório
Aborto Doenças infecciosas e parasitárias
400
400
Óbito Materno
Óbito Materno
300
300
H1N1
200
200
100
100
0
0
2010 2012 2014 2016 2018 2020 2010 2012 2014 2016 2018 2020
Ano Ano
Óbito materno associado à covid-19 No Brasil, com dados mensais a partir de janeiro
de 2020, os óbitos maternos associados à covid-19
Conforme apresentado na Figura 9, 17% (n=335) de alcançaram valores máximos nos meses de maio a
todos os óbitos maternos ocorridos no Brasil em 2020 agosto, popularmente designadas como uma “onda” de
tinham associação com a covid-19. A Região Sul foi a que mortes maternas associadas à covid-19. O pico dessa
apresentou o menor percentual (10%; n=16) de óbitos “onda” ocorreu em maio de 2020 (n= 74), conforme
maternos associados com a covid-19 em 2020. Figura 10.
2020
30
% Óbitos maternos associados à Covid−19
23
25
20
20
17 17
15
15
10
10
5
0
N NE SE S CO Brasil
Região
Figura 9 Percentual de óbito materno associado à covid-19. Brasil e Regiões, 2020 e 2020
26
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 53 | N.º 20 | Maio 2022
80
74
61
Óbitos maternos associados à Covid−19
60
51
42
40
28
23
19 18 19
20
0 0 0
0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Mês do óbito
Características dos óbitos maternos (n=1.284) dos óbitos maternos foram de mulheres
negras, 54% de pardas e 12% de pretas. Apenas 13%
Conforme apresentado na Figura 11, no Brasil, em das mulheres que faleceram por causas maternas
2020, 56% (n=1.101) dos óbitos maternos foram de possuíam 12 anos ou mais de escolaridade (n=262),
mulheres com 30 anos e mais. Nesse mesmo ano, 65% e 30% eram casadas (n=593).
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Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 53 | N.º 20 | Maio 2022
Idade Raça/cor
10 20 30 40 50 60
10 20 30 40 50 60
53.7
% de Óbitos maternos
% de Óbitos maternos
30
25
19.9 21.9
16.2
9.1 11.7
7.5
0.4 0.5 1.5 2.7
0
0
0
10−14 15−19 20−24 25−29 30−34 35−39 40+ Ignorado Branca Preta Amarela Parda Indígena Ignorado
10 20 30 40 50 60
48.6
% de Óbitos maternos
% de Óbitos maternos
44.8
30.2
19.5
13.3 14.8 13.5
7.6 7.7
0
Figura 11 Características das mulheres que faleceram de morte materna. Brasil, 2020
28
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 53 | N.º 20 | Maio 2022
de custeio para oferta de novos serviços como os Internacional de Doenças: décima revisão (CID-10). 4.
ambulatórios de gestação de alto risco, ambulatórios ed. v.2. São Paulo: Edusp; 1998.
de seguimento de recém-nascidos prematuros e as
maternidades de baixo risco. Essa nova portaria foi 5. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância
baseada na necessidade de atualização e ampliação da em Saúde. Departamento de Análise de Situação de
rede existente, trazendo os preceitos de segurança e Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica do Óbito
qualidade como pilares inerentes à humanização. Materno. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília:
Ministério da Saúde; 2009. Disponível em: https://bit.
Assim, os novos investimentos previstos na Rede de ly/3fUlTxx.
Atenção Materna e Infantil estão em consonância com o
compromisso assumido pelo Brasil e 192 países para a 6. Rede Interagencial de Informações para a Saúde.
redução das mortalidades materna e infantil na Agenda Fichas de Qualificação do Indicador Mortalidade
Global 2030, coordenada pelas Nações Unidas para o materna segundo tipo de causas - C.18 [Internet].
Desenvolvimento (PNUD). Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; 2012.
Disponível em: https://bit.ly/3fXtID0.
Por fim, superar os desafios e avançar na qualificação
da atenção e da gestão em saúde materna requer forte 7. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância
decisão dos gestores do SUS, enquanto protagonistas em Saúde. Departamento de Análise de Situação de
do processo instituidor e organizador do sistema de Saúde. Boletim epidemiológico sobre mortalidade
saúde, com vistas à garantia dos investimentos e recur- materna no Brasil, 2009-2019. Brasília: Ministério da
sos necessários à mudança que potencialize a redução Saúde; 2021. Disponível em: https://bit.ly/3sFO4I5.
dos óbitos maternos no País.
8. Ministério da Saúde (BR). Orientações sobre novos
códigos de emergência para as causas de morte
Referências relacionadas a condições que ocorrem no contexto
da Covid-19. Brasília: Ministério da Saúde; 2021.
1. Ministério da Saúde (BR). Saúde Brasil 2017: Uma Disponível em: https://bit.ly/3Lm4DPE.
análise da situação de saúde e os desafios para o
alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 9. Ministério da Saúde (BR). Saúde Brasil 2017: Uma
[Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2009 [citado análise da situação de saúde e os desafios para
2022 mai]. Disponível em: https://bit.ly/3fSfjI3. o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde;
2. Gonçalves BMM, Franco RPV, Rodrigues AS. Maternal 2009 [citado 2022 mai]. Capítulo 2, Mortalidade
mortality associated with COVID-19 in Brazil in 2020 materna nas unidades da Federação, regiões e
and 2021: Comparison with non-pregnant women and no Brasil: uma análise de 2000 a 2015; p. 39-58.
men. PLoS ONE. 2021; 16 (12): e0261492. doi: 10.1371/ Disponível em: https://bit.ly/3fSfjI3.
journal.pone.0261492.
10. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria N.º 1.119, de 5 de
3. Rede Interagencial de Informações para a Saúde. junho de 2008. Regulamenta a Vigilância de Óbitos
Fichas de Qualificação do Indicador Razão de Maternos. Diário Oficial da União, Brasília (DF), 2008.
mortalidade materna - C.3 [Internet]. Brasília:
Organização Pan-Americana da Saúde; 2012.
Disponível em: https://bit.ly/3utkZO1.
*Departamento de Análise de Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis (DASNT/SVS): Giovanny Vinícius Araújo de França. Coordenação-Geral de
Informações e Análise Epidemiológica (CGIAE/DASNT/SVS): Marli Souza Rocha. Núcleo de Estatísticas e Indicadores: Denise Lopes Porto, Nahari de Faria
Marcos Terena. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (Dapes/SAPS): Lana de Lourdes Aguiar Lima. Área técnica da Coordenação de Saúde das
Mulheres (Cosmu/CGCIVI/Dapes/SAPS): Camila Rosalia Antunes Baccin.
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Quanto à notificação dos óbitos, essa deve ser realizada As variáveis analisadas neste estudo foram: sexo
no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), (masculino e feminino), faixa etária (menor 1 ano, 1 a 4
criado em 1975, que alimenta as estatísticas nacionais anos, 5 a 9 anos, 10 a 14 anos, 15 a 19 anos, 20 a 29 anos,
e oficiais sobre o perfil de morte no Brasil. Os dados 30 a 39 anos, 40 a 49 anos, 50 a 59 anos, 60 a 69 anos,
do SIM são provenientes da Declaração de Óbito (DO), 70 a 79 anos, 80 anos e mais), raça/cor (branca, preta,
onde é registrada, pelo médico, a sequência de causas amarela, parda, indígena, sem informação), escolaridade
que provocaram o óbito. Essas causas são codificadas (nenhuma, de 1 a 3 anos, de 4 a 7 anos, de 8 a 11 anos,
utilizando-se a décima revisão da Classificação 12 anos e mais, ignorado), ano do óbito (2015 a 2019)
Estatística Internacional de Doenças e Problemas e local de residência. Foram utilizadas medidas de
Relacionados à Saúde (CID-10). Para notificação dos frequência absoluta e relativa.
óbitos por esquistossomose é utilizado o código B65.7
Foram calculadas taxas de mortalidade, pelo método
O governo brasileiro vem participando de vários direto, a partir dos dados do SIM. Calculou-se a
compromissos com a Organização Pan Americana da mortalidade específica por esquistossomose para os
Saúde (Opas) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) anos estudados, para as UF e grandes regiões (norte,
para eliminação da esquistossomose como problema nordeste, centro-oeste, sudeste e sul), por sexo e por
de saúde pública. Em Assembleia Mundial da Saúde, faixa etária, obtidas dividindo o número de óbitos
realizada em novembro de 2020, foi aprovado um por esquistossomose de residentes no Brasil pela
roteiro para prevenir, controlar, eliminar ou erradicar 20 população residente, conforme variáveis consideradas,
doenças negligenciadas, entre elas a esquistossomose, e multiplicando por 100 mil. Para os cálculos foram
até 2030, ou antes.8 A Secretaria de Vigilância em Saúde utilizadas as projeções populacionais do Instituto
(SVS), por meio da Coordenação-Geral de Vigilância Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).9
de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial
(CGZV), do Departamento de Imunização e Doenças Para o processamento e análises dos dados, foi utilizado
Transmissíveis (DEIDT), está conduzindo discussões que o software Epi Info™ 7.2.4.0, o QGIS® 2.18 foi utilizado
visam qualificar as ações de vigilância em saúde nessa para a construção de mapas, e o Excel® 2017, para a
perspectiva.3 construção de gráficos e tabelas.
O objetivo deste estudo foi analisar a mortalidade por De acordo com a Resolução n.º 510, de 7 de abril de
esquistossomose no Brasil no período de 2015 a 2019. 2016, este estudo dispensa aprovação do comitê de
Tal análise contribui com informações para subsidiar ética em pesquisa por se tratar de análise que utilizou
o planejamento e o desenvolvimento de políticas exclusivamente dados secundários de domínio público,
públicas voltadas para a redução de mortes por esta que não permitem a identificação individual dos
doença, tendo em vista o atual empenho mundial em participantes do estudo.
fomentar o debate para o controle e a eliminação da
esquistossomose enquanto problema de saúde pública.
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Tabela 1 Características sociodemográficas dos óbitos por esquistossomose. Brasil, 2015-2019 (N=2517)
Sexo N %
Masculino 1292 51,33
Feminino 1225 48,67
Raça/Cor
Branca 794 31,55
Preta 173 6,87
Amarela 4 0,16
Parda 1402 55,70
Indígena 8 0,32
Sem informação 136 5,40
Escolaridade
Nenhuma 533 21,18
de 1 a 3 anos 731 29,04
de 4 a 7 anos 400 15,89
de 8 a 11 anos 278 11,04
12 anos e mais 60 2,38
Ignorado 515 20,50
Faixa etária
Menor 1 ano 1 0,04
1 a 4 anos - -
5 a 9 anos 2 0,08
10 a 14 anos 2 0,08
15 a 19 anos 7 0,28
20 a 29 anos 28 1,11
30 a 39 anos 89 3,54
40 a 49 anos 193 7,67
50 a 59 anos 421 16,73
60 a 69 anos 684 27,18
Fonte: Datasus.
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É possível notar que a faixa etária que apresentou a 2017 (ano de pico). Foi observada redução de 17,29%
maior taxa de mortalidade nos anos estudados foi a de na taxa do Nordeste entre os anos de 2017 e 2019,
60 a 69 anos (4,61/100.000) anos, seguida da de 70 a 79 permanecendo, todavia, como região, com a maior
anos (4,37/100.000), conforme representado na Figura 1. mortalidade por esquistossomose no Brasil. Conforme
representado na Figura 3, os quatro estados do País
A taxa de mortalidade por esquistossomose, no Brasil, com as maiores taxas foram da Região Nordeste:
foi de 0,23/100.000 em 2015 e de 0,26/100.000 em Pernambuco (1,75/100.000), Alagoas (1,70/100.000),
2018, representando um aumento de 13,04%. Houve, Sergipe (1,03/100.000) e Bahia (0,43/100.000).
contudo, redução da taxa, em 2019, para 0,22/100.000,
ou seja, de 15,38% em relação a 2018. Esses dados estão A Região Sudeste apresentou a segunda maior
representados na Figura 2. taxa por alguns anos (em 2015: 0,17/100.000; 2017:
0,19/100.000; e 2019: 0,17/100.000), com queda de
Entre as Regiões do País, o Nordeste apresentou as 10,53% entre os anos de 2017 e 2019. Quanto à taxa de
maiores taxas de mortalidade nos três anos ilustrados mortalidade por estado, conforme representado na
na Tabela 3 (em 2015: 0,54/100.000; 2017: 0,64/100.000; Figura 3, Minas Gerais (0,38/100.000) e Espírito Santo
e 2019: 0,53/100.000), sendo 64 vezes maior que a do (0,31/100.000) foram os que apresentaram as maiores
Sul (0,01/100.000), região com a menor taxa no ano de taxas dessa Região.
10,00
9,00
8,00
Taxa de mortalidade
7,00
6,00
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
10 a 15 a 20 a 30 a 40 a 50 a 60 a 70 a 80
Menor 1 a 4 5a9
14 19 29 39 49 59 69 79 anos e
1 ano anos anos
anos anos anos anos anos anos anos anos mais
Taxa 0,01 0,00 0,01 0,01 0,05 0,19 0,60 1,30 2,84 4,61 4,37 2,98
Faixa etária
Fonte: Datasus.
Figura 1 Taxa de mortalidade por esquistossomose segundo faixa etária. Brasil, 2015 a 2019
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0,27
0,26
Taxa de mortalidade
0,25
0,24
0,23
0,22
0,21
0,20
0,19
2015 2016 2017 2018 2019
taxa 0,23 0,25 0,26 0,26 0,22
Ano
Fonte: Datasus.
Tabela 2 Taxa de mortalidade específica por esquistossomose segundo estados. Brasil 2015, 2017 e 2019
Ano Variação %
2017-2019
2015 2017 2019
Regiões
Norte 0,01 0,01 0,01 0,00
Nordeste 0,54 0,64 0,53 -17,19
Sul < 0,01* 0,01 0,01 0,00
Sudeste 0,17 0,19 0,17 -10,53
Centro-oeste 0,06 0,05 0,05 0,00
Na Figura 4, a razão de taxas superior a 1 mostra maior no ano de 2015 (0,44/100.000 mulheres e 0,46/100.000
risco de morte por esquistossomose entre os homens, homens); em 2016 (0,49/100.000 mulheres e 0,51/100.000
sendo, em média, 1,05 vez maior quando comparado homens); em 2017 (0,51/100.000 mulheres e 0,54/100.000
com o risco entre as mulheres. É possível observar homens); no ano de 2018 (0,51/100.000 mulheres e
que, ao longo dos anos, os homens tiveram uma maior 0,53/100.000 homens); e em 2019 (0,43/100.000 mulheres
mortalidade por esquistossomose que as mulheres: e 0,45/100.000 homens).
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Fonte: Datasus.
Figura 3 Taxa de mortalidade específica por esquistossomose segundo estados, Brasil, 2015, 2017 e 2019
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0,60
0,50
Taxa de mortalidade
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
2015 2016 2017 2018 2019
Mulher 0,44 0,49 0,51 0,51 0,43
Homem 0,46 0,51 0,54 0,53 0,45
Razão de taxa 1,05 1,04 1,06 1,04 1,05
Ano
Fonte: Datasus.
Figura 4 Taxa de mortalidade por esquistossomose segundo sexo. Brasil, 2015 a 2019
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*Coordenação-Geral de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial (CGZV/DEIDT/SVS): Sergio Murilo Coelho de Andrade, Ana Cláudia
Medeiros de Souza, Líbia Roberta de Oliveira Souza, Daniela Vaz Ferreira, Marcelo Yoshito Wada, Francisco Edilson Ferreira de Lima Júnior. Departamento
de Imunização e Doenças Transmissíveis (DEIDT/SVS/MS): Cássia de Fátima Rangel Fernandes. Coordenação-Geral de Emergências em Saúde Pública
(CGEMSP/DSASTE/SVS): Thayna Karoline Sousa Silva**, Igor Gonçalves Ribeiro.
**Profissional em treinamento do EpiSUS-Avançado.
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