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AVALIAÇÃO DA CRIANÇA

Características Físicas e Fisiológicas:


Tórax e Abdome

Cecília Helena de Siqueira Sigaud


Tórax
Linhas imaginárias
do tórax
Tórax
Tórax
Tórax
Formato
No Rn e lactente, caixa torácica tem formato quase
circular.
Em escolares, o formato é semelhante ao adulto
(aumento do diâmetro transversal)
Perímetro torácico: PT > PC a partir do segundo ano
de vida
Tórax
Tórax em tonel ou barril
(diâmetro anteroposterior Tórax cariniforme ou peito de
aumentado, costelas expandidas e
pombo (esterno saliente)
fixas)
Sistema respiratório
Respiração do lactente é nasal, irregular e
predominantemente diafragmática (abdominal).
Obstrução nasal pode provocar respiração ruidosa.
Anatomia do aparelho respiratório dos lactentes: as
estruturas pulmonares são curtas e estreitas, volume
torácico pequeno.
No infante, o volume do trato respiratório e das
estruturas associadas aumenta, diminuindo infecções
graves.
Sistema respiratório
Anatomia respiratória infantil
Movimentos respiratórios
Idade Localização Frequência
respiratória
Rn Abdominal 30-50 resp/min
Lactente Abdominal 24-40 resp/min
Pré-Escolar Tóraco-abdominal 22-34 resp/min
Escolar Torácica 18-30 resp/min
Adolescente Torácica 12-20 resp/min
Respiração rápida
Estratégia de Atenção Integrada às Doenças
Prevalentes na Infância (Brasil. Ministério da Saúde,
1999)

Idade Respiração rápida

< 2 meses 60 mrp ou mais por minuto


2 meses a < 1 ano 50 mrp ou mais por minuto
1 ano a < 5 anos 40 mrp ou mais por minuto
Sistema respiratório
Tiragem subcostal

Vídeo Youtube: Propedêutica Respiratória https://www.youtube.com/playlist?


list=PL40D4F81AB879263E&nohtml5=False
Sistema respiratório
Tiragem de fúrcula Tiragem intercostal
Ausculta torácica
Ausculta torácica
Estimular respiração profunda, que favorece a ausculta
(solicitar à criança que sopre)
Murmúrios vesiculares
Ruídos alterados
Sons respiratórios diminuídos ou ausentes : presença de
líquido, ar ou massas no espaço pleural
Sons adventícios:
 Estertores: passagem do ar por líquido ou umidade
 Sibilos: passagem do ar por estruturas estreitadas
Sistema cárdio-circulatório
Impulso apical:
Em crianças menores de 7 anos, localiza-se entre 4ºe 5º
espaço intercostal lateral à linha hemiclavicular
esquerda
Em maiores de 7 anos, no 5º espaço intercostal na linha
hemiclavicular esquerda
Pulsos verificáveis : carotídeo, braquial, radial,
femoral, poplíteo, tibial posterior e dorsal do pé
Arritmia sinusal: presente normalmente em crianças,
onde a frequência dos batimentos aumenta com a
inspiração e diminui com a expiração
Sistema cárdio-circulatório
Sistema cárdio-circulatório
Sistema cárdio-circulatório
Frequência cardíaca
Idade Freq Cardíaca em
repouso acordado
Rn 120-160 bat/min
Lactente 90-140 bat/min
Pré-Escolar 80-110 bat/min
Escolar 75-100 bat/min
Adolescente 60-90 bat/mim
Mamas
No Rn, pode haver ingurgitamento mamário devido a
presença de hormônios maternos
Maturação sexual: o desenvolvimento das mamas nas
meninas ocorre a partir dos 10-14 anos (puberdade) e
pode ser acompanhado conforme as fases descritas
(aparecimento do broto mamário, depósito de gordura
e aumento do tecido glandular em número e
tamanho). Estas mudanças corporais são causadas pela
ação dos hormônios sexuais (estrogênio e androgênio).
Atenção à ginecomastia em meninos
Mamas
Ginecomastia
Mamas
Estágios do
desenvolvimento
mamário
Abdome

Região
abdominal
Abdome
No Rn e lactente o fígado é palpável de 1-2 cm no
rebordo costal direito.
Lactentes apresentam abdome cilíndrico e
proeminente quando em pé ou sentado. Em decúbito
dorsal, parece chato.
Trânsito gastrointestinal do lactente é rápido,
resultando em evacuações frequentes e mais
amolecidas. Capacidade do estômago aumenta no
infante e permite a realização de 3 refeições diárias.
Abdome
A capacidade da bexiga é pequena ao nascimento,
provocando micções frequentes (30). À medida que
aumenta, o número de micções é reduzido. A
capacidade da bexiga é maior nas meninas.
Geralmente, controle das eliminações vesicais está
estabelecido até o período pré-escolar.
Abdome
Abdome Coto umbilical do Rn cai
Coto umbilical geralmente com 7-11 dias de
vida; cicatriz umbilical seca
Abdome
Hérnia umbilical: comum em lactentes, é uma
protrusão de conteúdo abdominal por abertura na
parede abdominal na região umbilical
Abdome
Hérnia umbilical
Abdome
Hérnia inguinal: protrusão do peritônio pela
parede abdominal na região inguinal, mais comum
em meninos
Genitália masculina
Presença dos testículos na
bolsa escrotal é esperada.
Os testículos têm forma
ovoide e entre 1,5-2cm de
tamanho; na puberdade
dobram de tamanho
Em lactentes, parecem
maiores em relação ao
pênis; a pele frouxa e
bastante enrugada.
Atenção ao reflexo
cremastérico.
Genitália masculina
Localização do meato urinário ou uretral deve ser
central na glande
Genitália masculina
Hipospádia
Genitália masculina
Presença de fimose ou pele estreita do prepúcio,
que dificulta/impede a exposição da glande, é
esperada em lactentes.
A partir do segundo ano,
a pele do prepúcio se
torna mais elástica e vai
possibilitando sua
retração gradativamente.
Genitália masculina
• Fimose
Genitália masculina
Maturação sexual
masculina:
desenvolvimento
dos testículos e
escrotos,
desenvolvimento
peniano, e
crescimento de
pelos pubianos.
Genitália feminina
Ao nascimento, a menina pode apresentar
sangramento vaginal nos primeiros dias e os
pequenos lábios e clitóris estão edemaciados,
devido à presença de hormônios maternos
em seu organismo. Depois os pequenos lábios
involuem e voltam a se desenvolver na
puberdade.
Genitália feminina
O hímen é uma
membrana fina que
recobre parte da abertura
vaginal. O hímen
perfurado não indica
necessariamente
atividade sexual.
A vagina da menina
pode apresentar secreção
clara ou esbranquiçada.
Genitália feminina
Referência
Hockenberry MJ, Wilson D. Wong Fundamentos de
enfermagem pediátrica. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier;
2014.
Brêtas JRS. Manual de exame físico para a prática da
enfermagem em pediatria. 3ª ed. São Paulo: Iátria;
2012.

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