Você está na página 1de 138

ANATOMOFISIOLOGIA

DO RN E SUAS
ALTERAÇÕES
Fga. Ms. Natallie Bianchini
Conteúdo Programático
1. Terminologia em Perinatologia/ Classificação do
RN;
2. Reflexos Orais do RN;
3. O recém-nascido pré – termo;
4. Principais afecções do RNPT;
5. Iniciativa Hospital Amigo da Criança;
6. Aleitamento Materno;
7. Avaliação Clínica Fonoaudiológica em
Neonatologia.
UTI Neonatal
1. Terminologia em
perinatologia/
Classificação do RN
Hospital Universitário da USP

Neonatologia
• do latim: ne(o) - novo; nat(o) - nascimento; e
logia - estudo

• Ramo da Pediatria que ocupa-se das crianças


desde o nascimento até 28 dias de idade
(quando as crianças deixam de ser nomeadas
recém-nascidos e passam a ser lactentes).
Idade Gestacional
A idade gestacional é o tempo transcorrido desde a
concepção até o momento do nascimento.

Como é avaliado?
• Data da última menstruação (DUM);
• Medição do fundo de útero, medição do tamanho
do feto, USG.
Idade Gestacional
Após o nascimento:
• New Ballard
• Capurro (somático e neurológico)
Baseados em observações e características clínicas, dados
antropométricos e desenvolvimento neurológico.
Classificação do RN
(QUANTO A IG)

OMS
Qualquer dos métodos utilizados para obter a idade
gestacional permite classificar o RN em:
• Pré-termos: idade gestacional inferior a 37semanas
• A termo: idade gestacional entre 37 e 41 semanas
e 6 dias
• Pós-termo: idade gestacional igual ou maior que 42
semanas
Classificação do RN
(QUANTO A IG)

A prematuridade pode ser classificada em:


• pré-termo limítrofe (PTL, 35 a 36 semanas de idade
gestacional)
• pré-termo moderado (PTM, 31 a 34 semanas de
idade gestacional)
• pré-termo extremo (PTE, idade gestacional < 30
semanas)

Assistência ao RN de risco. P.R. Margotto, 2002


Classificação do RN
(QUANTO A IG E PESO)
• Quando associamos o peso à idade gestacional, o
R.N. é classificado segundo o seu crescimento intra-
uterino em:
• RN Grande para a Idade Gestacional (GIG):
Peso acima do percentil 90
• RN Adequado para a Id. Gestacional (AIG):
Peso entre o percentil 10 e 90
• RN Pequeno para a Idade Gestacional (PIG):
Peso abaixo do percentil 10
Assistência ao RN de risco. P.R. Margotto, 2002
Classificação do RN
(QUANTO AO PESO)
É a primeira medida de peso do feto ou recém-
nascido obtida após o nascimento.
Média do peso RN: 3.300g a 3.400g
• Baixo peso (BP)
• Menos de 2 500 g
• Muito baixo peso (MBP)
• Menos de 1 500 g
• Extremo baixo peso (EBP)
• Menos de 1 000 g
Assistência ao RN de risco. P.R. Margotto, 2002
Hospital Universitário da USP

Classificação do RN

Classificação:

• sem asfixia (Apgar 8 a 10);


• com asfixia leve (Apgar 5 a 7); vitalidade!!!!
• com asfixia moderada (Apgar 3 a 4) ou
• com asfixia grave: Apgar 0 a 2

Assistência ao RN de risco. P.R. Margotto, 2002


2. Reflexos Orais do RN
Reflexos do RN
Hospital Universitário da USP

Reflexos orais

Protetivos: mordida, vômito e tosse –


protegem via aérea durante alimentação

Adaptativos: busca, sucção e deglutição


– extremamente importantes na
aquisição alimentar
Hospital Universitário da USP

Sucção
• 15ª semana;
• Perfeitamente desenvolvida na 32ª semana;
• Suckling - A língua realiza movimentos de extensão e retração como
ao empurrar o bolo alimentar em direção posterior para deglutir. É
conhecido também por sucção por lambidas.
• Sucking - caracteriza-se pelo vedamento labial mais eficiente,
movimentos da língua no sentido vertical, para cima e para baixo, com
maior dissociação dos movimentos de língua, lábios e mandíbula,
permitindo que a pressão negativa ocorra.
Cronologia do desenvolvimento
motor oral do feto

• 13 – 14 semana deglutição presente;


• 15 - semana sucção dos dedos;
• 24 semanas reflexo dos 4 pontos cardeiais;
• 34 semanas sucção e deglutição coordenadas;

• 34-37 semanas S/D/R coordenadas


reflexo de tosse
Fase Antecipatória
• Fase da Intenção - Aparência
• Visual
• Olfativa
• Auditiva
• Gustativa
• Proprioceptiva
Fase Preparatória Oral
• Introdução do alimento (sólidos: mordida) e
vedamento labial;
• Preparo do alimento: formação e centralização
• - líquidos: preparo mínimo
• - sólidos: mastigação (língua, bochechas e
mandíbula) e lubrificação
• Duração: variável de acordo com a consistência;
• Voluntária e consciente;
• Centros corticais cerebrais .
Fase Oral
• Posicionamento do bolo alimentar na
porção central da língua
• Língua pressiona o palato e desencadeia
um movimento ondulatório de língua
reflexo;
• Voluntária e subconsciente (pode se fazer
consciente a qualquer momento que se
queira ou que se faça necessário)
• Centros corticais cerebrais
• Duração: cerca de 1 segundo
Fase Faríngea
• Início: reação da deglutição - mov. Ondulatória língua/
bolo contra pilar anterior/base de língua
• Movimentos peristálticos da faringe - movimento da base
da língua: principal força geradora de pressão para o
trânsito faríngeo - contração faríngica: efeito de
“limpeza”
• Involuntária e inconsciente, mesmo que se tenha
consciência não se pode interferir ou controlar sua
dinâmica por força de vontade
• Centros do tronco cerebral
• Duração: 1-2 segundos
Fase Faríngea
• Principais eventos fisiológicos;
• “reflexo de deglutição” (início da deglutição
faríngea)- perda prematura do bolo;
• fechamento velofaríngeo;
• fechamento laríngeo;
• elevação e anteriorização laríngea;
• abertura seguimento faringo esofágico.
Fase Esofágica
• início: bolo atinge CF - série de eventos
• abertura do esfíncter - relaxamento do tônus
• movimentação do complexo hiolaríngeo
• fechamento do CF
• ação peristáltica
• involuntária e inconsciente
• duração: 8-20 segundos
Pensando no neonato...
Hospital Universitário da USP

Fisiologia da Deglutição Neonatal

• Fase preparatória e oral:


Sucção: vedamento labial, início da sucção, compressão do
bico, freqüência de sucção, peristalse lingual, contato da
língua com palato duro e mole.
•Fase faríngea:
• bolo atinge a valécula – fechamento do vestíbulo laríngeo.
Fechamento aéreo médio de 530 ms.
•Fase esofágica
Hospital Universitário da USP

Respiração
• Córtex Cerebral - responsável pela regulação,
frequência e profundidade da respiração;

• Condição para alimentação, sono ou estado de alerta.


Hospital Universitário da USP

Coordenação entre Sucção,


Respiração e Deglutição
• Ocorre a coordenação em 34-37 semanas;
• É coordenado pelos reflexos orais que no momento
da deglutição fazem o RN cessar de respirar por um
segundo, tempo necessário da passagem do leite
para a fase faríngea;
• A deglutição acontece dentro da fase faríngea da
deglutição. Desta forma, o ar expirado pós-
deglutição atua limpando os restos alimentares da
região glótica. Durante o processo de alimentação
existem várias interrupções respiratórias,
plenamente compensadas pelo RN termo.
Hospital Universitário da USP

3. O recém-nascido pré - termo


Hospital Universitário da USP

Prematuridade

• No Brasil, o nascimento de bebês prematuros


corresponde a 12,4% dos nascidos vivos, de acordo com
dados do Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos
(Sinasc) e do Ministério da Saúde, confirmados pela
UNICAMP em 2014;
• Uma prematuridade de 24 semanas ou menos, peso de
500 gramas, comprimento menor que 30 centímetros é
incompatível com a vida.
Hospital Universitário da USP

Prematuridade
• A taxa de prematuridade brasileira (11,5%) é quase duas vezes superior
à observada nos países europeus

• O Brasil ocupa a 10ª posição no ranking mundial de prematuridade com


cerca de 300 mil bebês prematuros por ano – 11,7% do total de
nascimentos no país.

(Lessen, 2011)
Hospital Universitário da USP

Dificuldades de alimentação

• Prematuridade
• Anomalias craniofaciais
• Infecções congênitas
• Asfixia perinatal
• IOT prolongada
• Distúrbios respiratórios
• Alterações neurológicas
• Anomalias de via aérea superior
• Alterações do trato gastro intestinal
• Alterações cardíacas
• Ganho ponderal inadequado
Hospital Universitário da USP

Prematuridade
Suporte nutricional:

• Nutrição parenteral
• Nutrição enteral
• Gavagem simples/contínua/parcial BIC
• Leite humano/LHP/LMO
• Sonda <34s
• Via oral
Hospital Universitário da USP

RNPT e alimentação
• Imaturidade para sugar e por incoordenação das
funções respiração/sucção/deglutição, entre
outros
• Necessidade do uso de via alternativa de
alimentação, alimentação complementar e
internação hospitalar por tempo prolongado.
• No contexto da imaturidade global desses
pacientes, inclui-se também a imaturidade da
biomecânica da deglutição e a condição gástrica,
podendo gerar problemas com relação aos
métodos e ao tipo de alimentação
Hospital Universitário da USP

Prematuridade
Distúrbios Nutricionais e Gastrointestinais

• Intolerância Alimentar
• Enterocolite Necrosante
• Retardo do Crescimento Pós-Natal
• Dietas especiais
Cronologia do desenvolvimento
motor oral do feto

• 13 – 14 semana deglutição presente;


• 15 - semana sucção dos dedos;
• 24 semanas reflexo dos 4 pontos cardeiais;
• 34 semanas sucção e deglutição coordenadas;

• 34-37 semanas S/D/R coordenadas


reflexo de tosse
4. Principais afecções do RNPT
Hospital Universitário da USP

Etiologia das Disfagias Neonatais

Alterações do Trato Gastrintestinal

Refluxo Gastro-Esofágico:
retorno involuntário do conteúdo gástrico para o esôfago 1 e
acontece em aproximadamente 25% dos bebês
Sintomas clínicos: tosse, náuseas, irritabilidade após a
alimentação, regurgitações, vômito, recusa alimentar, estridor,
chiado, apnéia, bradicardia, pneumonia, esofagite, tempo
longo de mamada.
Diagnóstico: Clínico, EED, phmetria, manometria,
videofluoroscopia.
Tratamento: medicamentoso, postural, cirúrgico.
Hospital Universitário da USP

Distúrbios Respiratórios

• Síndrome do Desconforto Respiratório (doença da


membrana hialina)

• Pneumonias
• Displasia Broncopulmonar
• Apneia da Prematuridade
• Escape de ar (pneumotórax, pneumomediastino,
enfisema intersticial)
• Malformações do sistema respiratório
Hospital Universitário da USP

Desconforto Respiratório Precoce


• A síndrome do desconforto respiratório (SDR) do recém-
nascido (RN) ou doença da membrana hialina é a expressão
clínica decorrente da deficiência do surfactante alveolar
associada à imaturidade estrutural dos pulmões, complicada
pela má-adaptação do RN à vida extra-uterina e pela
imaturidade de múltiplos órgãos

Suporte:
- UTI
- Incubadora
- Pausa alimentar /dieta SOG /Jejum + soro
- O2 (circulante /CPAP /IOT)
- Monitorização saturação /Observação
Hospital Universitário da USP

Displasia Broncopulmonar (DBP)


• Doença pulmonar crônica
• Oxigenoterapia e ventilação mecânica nos
primeiros dias de vida.
• Ventilação mecânica prolongada com níveis
pressóricos e frações inspiradas de oxigênio
(FiO2) elevados.

• Uso prolongado de oxigenioterapia


Hospital Universitário da USP

DBP
Problemas de alimentação:
• Dificuldades em manter a energia necessária
durante a alimentação
• Intervalo entre os movimentos inspiratórios
curto, restando pouco tempo para a deglutição,
dificultando com isso a coordenação S/D/R.
• Disfunção oromotora: pressão de frequência de
sucção ,duração mais curta do tempo de
sucção resultando em menor volume ingerido
• Coordenação das funções de R-D alterada
Hospital Universitário da USP

Anemia do RNPT
• Produção inadequada de eritropoietina (EPO)
endógena, em resposta á anemia e á menor
disponibilidade de oxigénio nos tecidos.
• Muitos RN com anemia são assintomáticos, mas
quando os mecanismos compensadores, como o
aumento do débito e frequência cardíaca, não
asseguram uma adequada oxigenação dos
tecidos, surgem sinais como: palidez cutânea,
taquicardia, aumento das necessidades de
oxigénio, aumento dos episódios de apneia ou
bradicardia e deficiente aumento ponderal.
Hospital Universitário da USP

Distúrbios Neurológicos
• Hemorragias Peri-Intraventriculares
• Encefalopatia Hipóxico-Isquêmica
• Leucomalácia Periventricular
• Malformações do sistema nervoso
• Convulsões
• Retinopatia da Prematuridade
• Estrabismo
• Miopia
• Deficiências auditivas
Hospital Universitário da USP

Problemas associados à Prematuridade

• Distúrbios Cardiovasculares: hipotensão e


hipertensão, PCA
• Distúrbios renais: alterações de sódio e potássio,
insuficiência renal

• Distúrbios metabólicos e endocrinológicos


• Distúrbios imunológicos
Hospital Universitário da USP

Laringomalácia

• Anomalia congênita laríngea mais freqüente.


• Laringe imatura, mole
• Geralmente provoca alguma dificuldade
respiratória, com um barulho típico que ocorre na
inspiração
• Causa mais comum de estridor na infância
• A alteração anatômica ocorre devido a um
encurtamento das pregas ariepiglóticas, excesso
de mucosa das aritenóides, e queda da epiglote
no sentido ântero-posterior.
Hospital Universitário da USP

Laringomalácia

• Casos graves = supraglotoplastia

• Retirada das pregas ariepiglóticas e exérese do


tecido redundante das cartilagens e nos casos em
que há queda da epiglote e colapso no vestíbulo
laríngeo, uma sutura da epiglote na base da
língua pode ser realizada. Esta técnica cirúrgica
tem como objetivo abrir a laringe para permitir a
inspiração, sem haver o colapso
Estenose Subglótica
• Estenose subglótica: A laringe fica muito estreita
abaixo das cordas vocais. Um procedimento
cirúrgico pode ser necessário se o problema for
mais grave
• Constitui-se na terceira causa mais freqüente de
anomalias congênitas da laringe
• As causas adquiridas podem ser divididas em
traumas externos e internos
• seqüela de uma intubação prolongada no recém-
nascido
Hospital Universitário da USP

Alterações clínicas

Dificuldades de alimentação
5. Iniciativa Hospital Amigo da Criança
IHAC
Idealizada em 1990 pela OMS e pelo UNICEF para
promover, proteger e apoiar o aleitamento materno.
• O objetivo = evitar desmame precoce
• Para isso, foram estabelecidos os Dez Passos para o
Sucesso do Aleitamento Materno.
• Os estabelecimentos de saúde precisam preencher os
critérios estabelecidos e cumprir 80% do conjunto de
metas no processo de avaliação, envolvendo várias
etapas. A instituição credenciada IHAC vinculada ao
SUS, recebe pagamento diferenciado: 40% a mais em
atendimentos pré- natal e 10% na assistência ao parto.
Hospital Universitário da USP

IHAC
IHAC
• Copinho – na impossibilidade de
aleitamento materno exclusivo
• Leite materno ordenhado
• oferecido por meio do copo, como
complementação do aleitamento materno,
pois o uso de mamadeiras e chupetas
podem provocar a “confusão de bico”,
dificultando a amamentação.
Método Mãe Canguru

Programa de incentivo ao aleitamento materno


iniciado em 1979, em Bogotá – Colômbia. Nele o
RN nas Unidades de tratamento intensivo, fica
em contato direto com o corpo e o seio da mãe
(podendo ser feito também com o pai).
6. Aleitamento Materno
Recomendações do Ministério da Saúde
• Aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses de idade. Não
deve dar nenhum outro alimento complementar chás,
sopinhas, ou bebidas.

• A partir dos 6 meses de idade introduzir alimentos


gradativamente (sopas, frutas, legumes, etc.) e manter o
aleitamento materno.

• As crianças devem continuar a


ser amamentadas, pelo menos,
até os 2 anos de idade.
Importância do aleitamento materno
para a família

• Sem ônus com leite artificial


• Menor risco de doenças
• Maior vínculo
• Saúde da mulher
Importância do Aleitamento Materno
para o Bebê

• Alto valor de proteínas, vitaminas, gorduras,


carboidratos, anticorpos (proteção de doenças
infecciosas), etc.
• Sempre pronto, a qualquer hora e momento e na
temperatura ideal !
• Limpinho e fresquinho.
• Proteção contra alergias e doenças infecciosas.
• Vínculo afetivo mãe e filho(a).
• Menor risco de doenças respiratórias, infecções urinárias,
ou diarreias: problemas que podem levar a internações e
até a morte.
Vantagens do Aleitamento
Materno para a mãe
• Reduz o peso mais rapidamente após o parto.
• Ajuda o útero a voltar a seu tamanho normal,
diminuindo o risco de hemorragia e anemias após o
parto.
• Reduz o risco de diabetes, de câncer de mama e do
colo do útero.
• O aleitamento materno exclusivo pode ser utilizado
como método contraceptivo.
3 pilares da amamentação

Físico Social

Emocional
Aspectos emocionais
- Maior vínculo afetivo entre mãe e filho;
- Segurança de estar fornecendo alimento seguro
para seu filho;
- Mãe segura, bebê bem alimentado, família
emocionalmente equilibrada.
Aspectos emocionais
• Fornecer a mãe informações de forma gradativa;
• Evitar comentários negativos;
• Reforço positivo;
• Não realizar expressão das mamas;
• Tranquilizá-la que nas primeiras 12-24horas o bebê
dorme mais, pode não fazer xixi, sendo esperado;
• A descida do leite (apojadura) em algumas
mulheres é mais tardia.
Aspectos sociais
Para a sociedade:
A amamentação assim como a
terapia de hidratação oral,
foram as duas medidas mais
efetivas e de baixo custo,
responsáveis pela redução da
mortalidade infantil em nosso
país.
Aspectos físicos
• Tipo de mamas;
• Forma de mamilos;
• Mamoplastia;
• Silicone;
• Produção de leite;
• Doenças associadas.
Aspectos físicos
Tipos de mamas
• Pequenas
• Volumosas
• Densas
• Flácidas
Aspectos físicos
Tipos de mamilos
Aspectos físicos
Mamoplastia e
Silicone
Aspectos físicos
Produção de Leite
• Baixa
• Elevada
• Diminuição fisiológica
O que pode inibir a produção do
Leite?

• Estresse, fadiga(cansaço), medo, ansiedade, má


alimentação, baixa auto estima...
... Inibe a produção da ocitocina (hormônio que libera o
leite do peito) → O bebê suga, mas o leite não é liberado
.
“O LEITE SÓ É PRODUZIDO
QUANDO O BEBÊ
É ESTIMULADO A SUGAR !!!”
Doenças Associadas

• Infecto-contagiosas;
• Câncer;
• Hormonais;
• Distúrbios psiquiátricos.
“Pega correta”
O Bebê deve abocanhar toda a aréola, e não só o
“bico do seio”, evitando o risco de traumas mamilares
Posições mais adequadas para a
correta Amamentação

• Qual a posição mais correta ???


Mais posições para
amamentar...

Posição que se sentir mais confortável é a ideal!!!


Problemas da Amamentação
• Ingurgitamento mamário: (Leite “empedrado”):
* Tratamento: massagem e ordenha
• Fissuras mamilares: (rachaduras)
*Tratamento: o próprio Leite Materno e exposição ao sol.
• Mastite:
* Tratamento: Compressas mornas
Mitos que prejudicam a
Amamentação
• “Dar de mamar faz os peitos caírem”
• “Meu leite é fraco e o bebê chora com fome.”
• “Só meu leite não sustenta o bebê”
• “Criança que nasceu antes do tempo ou muito
pequena não pode mamar.”
• “Mãe que trabalha fora não pode amamentar”
• “Não tenho leite !”
Retirada de Leite do peito (ordenha)
Você Sabia ???

• ARMAZENAMENTO DO LEITE
MATERNO
• Congelador e freezer : Max.
15 dias
• Refrigerador : por até 24 hs
O leite materno já deve ser oferecido logo após o parto,
na primeira hora de vida ! !!
Observações gerais
• Amamentar o bebê até que ele se sacie, ou seja fique
satisfeito(Livre demanda);
• Primeiro oferece uma mama , e quando esvaziar
oferece a outra.
• O melhor para a alimentação da mãe para estimular a
produção de leite, é a ingestão de líquidos (água, sucos
naturais, etc.). Evitar ingestão e refrigerantes, e bebidas
com cafeína.
Sensibilização em Aleitamento
Materno
Como fazer:
EXEMPLO 1
EXEMPLO 2
EXEMPLO 3
EXEMPLO 4
Amamentação e uso de medicamentos e
outras substâncias
Indicações para Suplementação Láctea conforme a OMS
Razões Médicas aceitáveis :
• Crianças com erros inatos do metabolismo (galactosemia clássica, fenilcetonúria,
doença da urina e do xarope de bordo);
• Crianças nascidas com peso inferior a 1500 gramas;
• Crianças nascidas com idade inferior a 32 semanas;
• Crianças com risco de hipoglicemia;
• Crianças filhos de mãe diabética.
Condições médicas maternas que justificam o uso:
• Mães HIV positivas;
• Mães com doença grave que a impossibilite de cuidar do seu bebê, como
septicemia;
• Mães com herpes simples tipo I;
• Mães em uso de medicamentos sedativos, anticonvulsivantes, opióides e
combinações que podem causar efeitos colaterais como tonturas e depressão
respiratória;
• Mães em uso excessivo de iodo tópico ou iodóforo;
• Mães que estão em processo de quimioterapia citotóxica.
Observação e avaliação de mamada
(Unicef)
7. Avaliação Clínica
Fonoaudiológica em Neonatologia
Fonoaudiologia e
Neonatologia

• Corresponde a intervenções nas habilidades


motoras orais, ou seja, nos aspectos sensoriais e
motores orais do RN, relacionados à eficiência da
alimentação;
• Garantir o sucesso do aleitamento materno;
• Realizar orientações aos pais;
• Acompanhamento interdisciplinar;
AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA
INDIRETA
Avaliação fonoaudiológica
Aspectos a serem considerados:

Prontuário:
• Dados da gestação;
• Dados do parto;
• Histórico.
Avaliação fonoaudiológica
• Estado de Organização Comportamental
• Estado de consciência
• Postura global
• Tônus global
• Postura Oral
• Postura de lábios
• Postura de língua
Avaliação fonoaudiológica
❖Reflexos orais
• Busca
• Mordida
• Sucção
• Reflexo nauseoso
• Deglutição
Avaliação fonoaudiológica
❖Sucção não-nutritiva:
• Movimentação da língua
• Canolamento de língua
• Movimento de mandíbula
• Força de sucção
• Sucções por pausa
• Manutenção do ritmo
• Mantém o estado alerta
• Sinais de estresse
Avaliação fonoaudiológica
• Sucção não-nutritiva:

MAMA VAZIA

DEDO ENLUVADO

CHUPETA
Avaliação fonoaudiológica
❖ Estruturas do sistema estomatognático:

• Lábios
• Língua no repouso
• Língua na sucção e deglutição
• Frênulo
• Bochecha
• Mandíbula
• Palato duro
AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA
DIRETA
Avaliação fonoaudiológica
• Sucção Nutritiva
• Sucções x pausas
• Pausas
• Tempo de alimentação
• Sinais de estresse
Avaliação fonoaudiológica
• Alimentação
seio materno , líquido, líquido engrossado,
pastoso, semi-sólido, sólido
• Utensílio de Alimentação
Mamadeira: Bico, furo, Copo, Canudo
Colher: Tamanho , tipo de material
Avaliação fonoaudiológica
• Sucção nutritiva:
• RN´s: leite materno, fórmula láctea normal
ou espessada

• Crianças maiores de 6 meses:


• Alimentação ideal para a idade
(considerando o histórico)
Avaliação Fonoaudiológica
• FL anti refluxo

Engrossa ao preparar. Indicado também em


casos de disfagia
Avaliação fonoaudiológica
Conduta:

• Indicar via alternativa de alimentação


• Terapia fonoaudiológica
• Dieta assistida
• Alta fonoaudiológica
Avaliação fonoaudiológica
• Protocolos

❖Avaliação clínica das disfagias infantis em ambiente


hospitalar – Madureira, 2013
❖Avaliação da alimentação de recém nascidos em fase de
hospitalização – Xavier, 1999 (Pró fono)
❖Prontidão do prematuro para o início da alimentação oral:
Proposta de um instrumento de avaliação – Fijunaga, 2002
INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA
Técnicas de atuação do
fonoaudiólogo
• SNN
• Estimulação intra e extra oral
• Técnica sonda dedo
• Translactação
• Oferta VO: mamadeira, seio materno,
copo, colher
Sucção não nutritiva
• É uma série de eclosões de sugadas alternadas e com
pausas
• Feita com o dedo enluvado proporcionando um
aumento nas séries de eclosões de sugadas alternadas
e rítmicas.
Para que é utilizada?
Ao ser complementada com a alimentação por sonda
orogástrica ou nasogástrica:
• Acelera a maturação do reflexo de sucção
• Facilita a transição para alimentação por via oral
Dedo de luva e chupeta (???)
Técnicas alternativas para
alimentação do RN
▪ Mamadeira

▪ Copinho

▪ Sonda-dedo ou finger-feeding

▪ Translactação
Mamadeira
Indicação: Impossibilidade de amamentação

Material: Mamadeira

Vantagem: Forma segura de oferta

Desvantagem: Confusão de bicos, desmame precoce, infecções


Como ofertar ?

ERRADO CERTO
Quando utilizar o copinho?

Na impossibilidade
temporária de
amamentar
Copinho
Indicação: Proteger o aleitamento materno na impossibilidade temporária
de amamentação

Material: Copinho

Vantagem: Evitar desmame precoce

Desvantagem: Risco para o RN se a técnica não for realizada de forma


correta, insegurança dos profissionais, não beneficia a sucção.
Como ofertar ?
Quando utilizar a técnica sonda-dedo?

Para treino de sucção de RN


com dificuldades específicas.

Ex.: sindrômicos, alterações


neurológicas
Sonda-dedo
Indicação: Desenvolver ou aprimorar padrão de
sucção

Material: Sonda nº4, luvas, esparadrapo ou


micropore, tesoura.

Vantagem: Possibilitar treino de sucção nutritiva

Desvantagem: Padrão de sucção que não se


assemelha à alimentação em seio materno .
Como fazer ?
Quando utilizar a translactação ?
Para estimular sucção em seio materno
nos casos de:

• RN com bom padrão de sucção;


• Baixa ou ausência de produção de leite
materno;
• Necessidade de complemento.
Translactação
Indicação: Complementar a amamentação.

Material: Sonda nº4 ou nº6, esparadrapo ou micropore, tesoura,


frasco contendo LMO ou FL, cadarço, máscara

Vantagens: Aumento da produção de LM


Evitar desmame precoce
Proteger o aleitamento materno
Desvantagem: Aplicação incorreta da técnica /
mãe ausente
Translactação
Como fazer uma TL ?
Dispositivos para auxiliar na
amamentação
• Formar mamilo: Concha de base rígida ou
niplette
• Mamas túrgidas: Concha de
base flexível
Seringa para estimular mamilo
invertido
Facilitar a pega: Bico intermediário de silicone

Somente após avaliação fonoaudiológica!!!

MAM
Referências Bibliográficas

• R, Wajnsztejn R. Neonatologia: um convite à atuação fonoaudiológica. São


Paulo: Lovise; 1998. p. 67-73. 6. Couto DE, Nemr K. Análise da prática da
técnica do copinho em hospitais amigos da criança nos estados do Rio de
Janeiro e São Paulo. Rev. CEFAC. 2005; 7(4):448-59. 7.
• Piazza FB. O trabalho da fonoaudiologia hospitalar em UTI neonatal.
[monografia]. São Paulo (SP): CEFAC – Pós-Graduação em Saúde e Educação;
1999.
• Costa CN, Lima GRS, Jorge RM, Malta RACG, Nemr K. Efetividade da
intervenção fonoaudiológica no tempo de alta hospitalar do recém-nascido
pré-termo. Rev. CEFAC. 2007; 9(1):72-8. dx.doi. org/10.1590/S1516-
18462007000100010
• Neivas FCB, Leone CR. Evolução do ritmo de sucção e influência da
estimulação em prematuros. Pró-Fono. 2007; 19(3):241-8.
• Xavier C. Trabalho fonoaudiológico com bebês durante a fase hospitalar. In:
Limongi SCO. Paralisia cerebral: processo terapêutico em linguagem e
cognição. Carapicuíba: Pró-Fono; 2000. p. 75-118
• Levy, DS, Almeida, ST. Disfagia Infantil. Thieme Revinter, RJ. 2018
Referências Bibliográficas

• Hernandez A. Atuação fonoaudiológica com o sistema estomatognático e a


função da alimentação. In: Hernandez A, editor. Conhecimentos essenciais para
atender bem o neonato. São José dos Campos: Pulso; 2003. p. 47-78;
• Kochenour NK. Obstetric management of multiple gestation. In: Fanaroff AA,
Martin RJ (editors). Neonatal perinatal medicine. 9th ed, St.Louis: Mosby; 1997.
p. 289-94.
• Xavier C. Assistência à alimentação de bebês hospitalizados. In: Bassetto MA,
Broke R, Wajnsztejn R (editors). Neonatologia: um convite à atuação
fonoaudiológica. São Paulo: Lovise; 1998. p. 255-75.
• Meira RRS. Refluxo gastroesofágico: uma demanda da clínica pediátrica e a
intervenção fonoaudiológica. In: Marchesan IQ, Zorzi JL, Gomes ICD. Tópicos
em Fonoaudiologia. São Paulo:Lovise. 1998. p.479-87.
• PNIAM/INAN/UNICEF. Boletim Nacional Iniciativa Hospital Amigo da Criança, Nº
16, julho a setembro 96.
• Leone CR, Ramos JL, Vaz FA. O Recém Nascido Pré-termo. In: Marcondes E, Vaz
FA, Ramos JL, Okay Y. Pediatria básica. Vol I. 9. ed. São Paulo: Savier; 2002. p.
348-52
OBRIGADA!

natalliebianchini@hotmail.com
natallie.bianchini@einstein.br

Você também pode gostar