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psicoterápicas
Quando o assunto é psicoterapia, poucas questões são consenso.
Confira nesta edição reportagem sobre as diversas abordagens da psicoterapia, suas
diferenças e semelhanças - Págs. 3 a 11
Novas questões sobre a Psicologia e a informática são dis- CRP-RJ discute Psicologia e Conciliação – Pág. 17.
cutidas no III Psicoinfo – Pág. 12.
Psicólogos do Degase participam de evento no CRP-RJ
Fique de olho: VI Congresso Regional de Psicologia e I Mostra de – Pág. 18.
Práticas em Psicologia – Págs. 13 e 17.
II Seminário de Psicologia e Direitos Humanos de-
A Tesouraria como prática política – Pág. 15. bate a questão da medicalização – Pág. 20.
Conse lho R
nselho Ree g ional d
ional dee Psic
Psicolo
ologg ia d
sicolo oR
do io d
Rio dee
Homenagem Jane ir
aneir o – CRP
iro -05
CRP-05
Rua Delgado de Carvalho, 53 – Tijuca - CEP: 20260-280
Tel/Fax: (21) 2139-5400 - E-mail: crprj@crprj.org.br
Este, inf elizmente, é dos por diversos ativistas e profissionais da área site: www.crprj.org.br
um edit orial dif erente. de saúde durante o evento sobre os seus quase Dir
ireetor ia E
Exxe cu
cuttiva:
José Novaes - Presidente - CRP 05/980
Diferente, p ois n ão 15 anos de t rabalho no pr ograma de pr even- Marília Alvares Lessa - Vice-presidente - CRP 05/1773
estamos – c omo nos an- ção da doença. Maria Christina Magalhães Orrico - Secretária - CRP 05/927
Pedro Paulo Gastalho de Bicalho – Tesoureiro - CRP 05/26077
teriores – colocando as Sua fibra e determinação vem inspirando a
Memb
mbrros Ef
Efeetivos:
perspectivas ético-políti- trajetória deste XI Plenário. Todos nós, conse- Alessandra Daflon dos Santos - CRP 05/26697
cas de nossa gestão e os lheiros deste CRP-RJ, reconhecemos seu valor Ana Lucia de Lemos Furtado - CRP 05/465
Cecília Maria Bouças Coimbra - CRP 05/1780
caminhos por nós percor- como profissional e pessoa, seu compromisso Fabiana Castelo Valadares - CRP 05/28553
José Henrique Lobato Vianna - CRP 05/18767
ridos até aqui. Trata-se de um “editorial-home- social com a profissão, seu engajamento nas lu- Luiz Fernando Monteiro Pinto Bravo - CRP 05/2346
nagem” que ap onta também par a uma de ter- tas pela diversidade traduzida em práticas soli- Maria Beatriz Sá Leitão - CRP- 05/3862
Maria Márcia Badaró Bandeira - CRP 05/2027
minada política ética. Homenagem a uma guer- dárias, seu esforço incansável na direção do de- Nélio Zuccaro - CRP 05/1638
Noeli de Almeida Godoy de Oliveira - CRP 05/24995
reira, amiga e c ompanheira, r esponsável em senvolvimento de uma psic ologia que efetiva- Rosilene Souza Gomes de Cerqueira - CRP 05/10564
muito por este XI Plenário. mente responda e atue na solução d os proble- Membmbrros SSuple
uple nt
uplent es:
ntes:
Margarete de Paiva Simões Ferreira faleceu mas de nosso país. Ana Paola Frare - CRP 05/26474
Carla Silva Barbosa - CRP 05/29635
no dia 2 de dezembro. Foi colaboradora da Co- Fica o ag radecimento de t odos os psicólo- Cynthia Maria da Costa Losada - CRP 05/16800
Marcos Carlos Adissi - CRP 05/28455
missão de Saúde do C onselho Regional de gos pelo trabalho de saneamento político, finan- Mônica Maria Raphael da Roza - CRP 05/22833
Psicologia do Rio de Janeiro e ex-integran- ceiro e étic o do CRP -05, projeto coletivo que Paula Rebello Magalhães de Oliveira - CRP 05/23924
Queiti Batista Moreira Oliveira - CRP 05/29630
te da Comissão Gest ora do C onselho R e- teve em Margarete uma das mais fervorosas atu- Sílvia Helena Santos do Amaral -CRP 05/10287
Valéria da Hora Bessa - CRP 05/28117
gional de Psicologia. Meg, como era conheci- antes. Pode estar c erta, amiga e c ompanheira: Valéria Marques de Oliveira - CRP 05/12410
da, foi militante ativa do Movimento da Luta continuaremos este trabalho. Walter Melo Júnior - CRP 05/19407
Rio de Janeiro no Conselho Federal de Psicolo- mesmo que o tempo e a distância digam não, Jor nalista R esp
Resp
espoonsáv
nsáveel
Marcelo Cajueiro - MTb 15963/97/79
gia no período de 2001 a 2004. mesmo esquecendo a canção.
Margarete foi homenageada no dia 01 de de- O que importa é ouvir Proje
jetto G ráfic
Gráfic o
ráfico
Octavio Rangel
zembro, Dia Mundial de Luta contra a AIDS, em a voz que vem do coração.”
Redação
um ato público realizado na Cinelândia. Um peque- Canção da América Carolina Selvatici
no filme será produzido com os depoimentos da- Milton Nascimento e Fernando Brandt Wang Pei Yi (estagiária)
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O site do CRP-RJ dispõe de uma ferramenta no terceiro banner que fica à dir eita na pág ina
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onais que querem se manter sempre atualizados dereço eletrônico.
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dades sobre cursos, eventos, seminários e concur- va-se você também e receba notícias sobre a psi-
sos direto para o e-mail do psicólogo. cologia diretamente em sua caixa de correio ele- Os conceitos emitidos nos artigos assinados são de responsabilidade dos
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Psicologia do Rio de Janeiro.
tico da patologia orgânica, a psicanálise não é outros autores e teorias. A Psicanálise Junguiana Reich, hoje e xistem
classificatória”, afirma Eduardo, “Ela tem mais a Assim, dentro da própria “Acho qque ue a psicanálise jjunguiana
unguiana se muitas dif erenças en-
ver com o que a pessoa quer (inconscientemen- psicanálise junguiana, os dif difeerencia p prrime
imeiriro
ir oppeela p post
ostur
ost uraa d
ur doo analista tre as int erpretações
te) do que com o que ela tem ou é (identidade)”. analistas trabalham com junguiano
unguiano,, mais ab abeer ta, mais p próxima,
róxima, par paraa sobre o q ue é uma
A partir da teoria freudiana se originaram di- técnicas muit o dif eren- compar ilhar,, eenfr
mparttilhar nfreentar o m
nfr mund
undo
und o. PPoorque o abordagem r eichiana.
versas outras correntes psicanalíticas. Desenvol- tes”. analista é uma p pesso
essoaa qque
esso sofr
ue ‘so free ‘o
fr “Você tem hoje d esde
vidas p or c olaboradores ou não de F reud, elas A psicanálise reichia- inco
inc nscient
onscie ntee da mesma ffo
nt or ma qqueue o reichianos que têm pa-
compartilham suas bases t eóricas com a psica- na também é derivada da pacie
pa cient
cie nte.
nt disso,, JJung
e. Além disso ung p nsavva uma
peensa rentesco c om u ma
nálise, mas têm focos em pontos diferentes (leia teoria freudiana. O aus- concnceepção difdifeerent
ntee d doo psiq uismo
uismo..
psiquismo abordagem estr ita-
box sobre a psicoterapia breve no fim da pági- tríaco Wilhelm Reich, Enq Enquant
uanto
uant o as ououttr as cco
or rent ntes ologgia mente corporalista até
psicolo
es da psic olo
na). A psicanálise junguiana, por e xemplo. De- responsável pela sua ela- t r abalham uma p peersp
speec t iva p pesso
essoal,
esso al, eem
m qqueue reichianos que enten-
senvolvida pelo suíço Carl Gustav Jung, colabo- boração, c olaborou du- manifestações
as manif estações d do inco
o inc nscient
onscie ntee são
nt dem que o trabalho se
rador direto de Freud e responsável por uma sé- rante muito tempo com ubje
sub jettivas, JJung
je ung ggosta
osta d dee ppeensar esse compõe de duas fren-
rie de conceitos ainda adotados da psicanálise Freud, mas c omeçou a inc inco nscient
onscie ntee cco
nt omo oob jettivo, ar
bje arq uetípic
que típico
típic o. E, tes: a análise do cará-
freudiana, ela também trabalha com conceitos buscar alt ernativas par a terceiriro
o, uma inc inclinação
linação a aacceitar ter (uma derivação da
como os de inconsciente e recalque, mas intro- a abor dagem clínica p ersp speec t ivas d dee ou
outtr as esc olas também. Ou análise das r esistênci-
escolas
duz uma dif erença, que J ung c hamava de “in- freudiana q ue, segundo se
sejj a, uma p ré-disp
pré-disp osição a ou
ré-disposição ouvv ir ou
outt r as as) c onjugada a uma
consciente coletivo”. “Enquanto para Freud o in- ele, apresentava insufici- explicações par paraa o psiq uismo.. ”
psiquismo
uismo abordagem corporal”.
consciente é algo recalcado, para Jung o incons- ências e m c ertas c ondi- Car los B
arlos Beer nar di, psicólo
nardi, psicóloggo cclíniclínic
línicoo jjunguiano
unguiano Outra corrente que
ciente tem também algo que não foi v ivido. O ções. “Reich começou a e funda
fundad dor d o ggrr up
do upo oR UBED
RUBED
UBEDO O segue os princípios do
psiquismo par a Jung t em um mo vimento em prestar atenção não só no tratamento psicanalí-
direção a uma totalidade, conteúdo, mas na f orma tico é a winnicottiana. Criada por Donald Woo-
enquanto a consciência é A Psicanálise Freudiana como as coisas eram ditas e a ds Winnicott, um pediatra e psicanalista ing lês,
sempre algo parcial. Tudo perceber q ue det erminadas a psicanálise w innicottiana também usa o ma-
aquilo qu e falta na ‘mi- propriedades, dinâmicas e ca- nejo da transferência, o respeito pela resistência
nha’ par cialidade vai ser racterísticas corporais tinham
expresso por esse incons- relação dir eta c om a v ida
ciente. Então, a psicaná- emocional”, diz Nicolau José A psicoterapia
lise junguiana não traba- Maluf Junior, psicólogo ana-
lha só com o inconscien- lista reichiano, orgonomista e breve
te r ecalcado, mas tam- diretor do In stituto de F or- Desde o inicio , a psicanálise pensa sob re
bém com os potenciais de mação e P esquisa Wilhelm as possibilidades do seu método - a escuta ana-
desenvolvimento psíqui- Reich, “Nesse momento, o lítica - ser aplicado nas instituições em geral e
co”, afir ma C arlos Ber - corpo real, não só o corpo re- nas instituições da saúde pública em particu-
nardi, psicólog o c línico “Acho qque ue a noção qqueue presentado, surge na clínica”. lar. Para verificar estas possibilidades, há mui-
junguiano e fundador do singulariza
singular iza a psicanálise A partir disso, Reich criou um tos anos se mantém uma pesquisa clínica que
grupo RUBEDO. A lém freeudiana é a ttrransf
fr ansfeerência. SSee há instrumental que visava a al- investiga sob re as p ossibilidades d o mét odo
disso, a psicanálise j un- uma tteeor ia, um cco nceeit
onc ito
o qque
ue a cançar, mobilizar e reestrutu- freudiano na gen ericamente c hamada “tera-
guiana é, segundo Carlos, psicanálise rreevelou, ffooi esse. Ela é rar estas dinâmicas e os com- pia breve”. “Investigamos sobre os efeit os do
aberta à d iversidade. um cco nceeit
onc ito usad
o usa do eemm ououttr as portamentos corpóreos, mas tempo curto na clínica analít ica, sem r enun-
“Jung acreditava que ne- abo
ab dageens, mas ap
ordag apeenas na sem aband onar a dime nsão ciar a seus pressupostos básicos”, afirma Eduar-
nhuma teoria dava conta psicanálise eela
la é analisa da.
da.””
analisada. inconsciente. Mas Nicolau sa- do L osicer. “E os r esultados têm sid o bon s”,
do psiquismo . Por isso , Ed uar
Eduar
uarddo L osic
osiceer, psicanalista e
Losic lienta q ue, d evido à g rande completa.
incentivava a leitur a de analista inst it
instit ucio
itucio nal
ucional extensão dos int eresses de
sentimentos p o- A Psicanálise Lacaniana ansiedade ou apren- to de cura não faz sentido propriamente. O que
dem ocorrer a par- der habilidades soci- faz realmente sentido é você conseguir fazer com
“Naa psicanálise eenc
“N nco
nc ntrramos uma passag
ont passageem da
tir d e a valiações ais. A terapia vai se que o paciente melhore a sintomatologia que o
abo
ab dageem tteecno-t
ordag cno-teer apêu
apêuttica parparaa uma
distorcidas”, afirma oferecer como uma fez procurar o tratamento”, afirma Bernard.
speec t iva ét
p ersp ética, cujaa oorrie
ica, cuj ientação
ntação não é o ttrriunf unfo o
Bernard Rangé, oportunidade de no- A corrente humanista também está e ntre as
rápid
rápido o so
sob bre os sint
sinto omas, ou a rreab eab ilitação
eabilitação
professor d o p ro- vas ap rendizagens”. psicoterapias e tem sua referência clássica na ges-
psicosso
psic ossocial
osso loucura.
cial da loucur a. A psicanálise não lida
grama d e p ós-gra- Nesse sentido, a idéia talt-terapia e na terapia centrada na pessoa. Sur-
apeenas cco
ap om issoisso,, eela
la lida cco alienação
om a alie nação d doo
duação em psicolo- de um diag nóstico gida nos anos 50, a psicoterapia centrada na pes-
ujeit
suje ito
ito na ci civvilização cie científica,
ntífica, qque
ue vvisa
isa cco
om tto o das
gia da UFRJ, “Por- faz par te da t erapia soa foi criada pelo psicólogo e pedagogo Carl Ro-
as ssuas
uas técnicas e apar aparatatos
at os uma cceer ta
tanto, o que c abe cognitivo-comporta- gers e introduziu uma nova perspectiva nas te-
“o bje ificação”” d
jettificação doo ssuje
ujeit
uje ito
ito. UUmama análise d deeve
é ajudar as pessoas ossibilitar mental, mas não exa- rapias, rejeitando a idéia de que todo ser huma-
possib ilitar ao ssujeujeit
uje ito
ito, qque
ue assim o qque ueir
ue ira,
ir a,
a fazerem uma ava- p osicio
osicionar
nar-se
nar -se cco omo d dese
ese antee no laço so
esejjant social
cial ccoom tamente a i déia d e no possui uma neurose básica. Além disso, mo-
liação mais objeti- os ou outtros. Assim, a me medida
dida ét ética dee nossa ação é a cura. “Acho que não
ica d dificou o pap el do t erapeuta, que não de veria
va, mais realista da- relação cco om o d dese
esejo
ese jo qque habita.
ue a hab ita. A apaposta
osta da se pode mais pensa r impor s uas int erpretações. “Aqui, a v ivência, o
quilo, se m a influ- análise é, p po tanto
or tant o, oopper ar cco om o d dese
esejo
ese jo cco
omo em cur a e sim em que o sujeito fala de si é o foco principal da tera-
ência dessas distor- medida
me dida d dee nossa ação e não ap apeenas eem m prejuízo melhor ou pia”, afirma Márcia Alves Tassinari, professora e
ções. A TCC vai, conf nfo midad
or mida de ccoom os id ideais cultur
eais da cult uraa e d
ur uas pior. Pensar em uma
dee ssuas supervisora do Serviço de Psicologia Aplicada da
então, se caracteri- id ologg ias.
ideeolo ias.”” cura para o transtor- Universidade Estácio de Sá e sócia-fundadora do
zar por um questi- Le tícia B alb
Balb
albi, i, psicanalista, me membmb
mbrro da Esc ola L
Escola Lee t r a no o bsessivo c om- Centro de Psicologia da Pessoa. “Rogers parte de
onamento das in- Freudiana e p prrofesso
essorr a d dooD Deepar tame
tament
partame nt
ntood dee pulsivo, por exemplo, um pr incípio de t endência atualizant e ou t en-
terpretações que as Psic olo
ologg ia da UFF
sicolo UFF.. seria t eoricamente dência à realização. Segundo ele, todas as pesso-
pessoas traz em e fazer com que a pes- as têm capacidade de crescimento e desenvolvi-
algo como um treino de habilidades para que as soa deixasse de ser higiênica ou parasse de se pre- mento normais, então não há por que dirigí-las
pessoas possam manejar melhor seus estados de ocupar com detalhes em documentos. O concei- de fora. A tarefa da terapia seria criar um ambi-
Psicanálise e Psicoterapia
Várias instituições psicanalíticas não consi- psicanálise e sua práxis da apenas diversidade de
deram a psicanálise par te das psic oterapias e outras práticas psicoterápicas”.
vêm trabalhando para salientar essa difer ença. Consequentemente, est es psicanalistas são
Para estas instituições, a psicanálise contém uma contra qualquer tipo de regulamentação da prá-
outra lóg ica ou, c omo afirmam as psicanalistas tica, por conta de sua formação específica. Di-
paulistas Ana Mariza Fontoura Vidal, Liège Selma versos movimentos foram fundados para discu-
Lise e M aria Benedita R odrigues Pavan no ar tigo tir e lutar c ontra essa r egulamentação. Um dos
“Inocência é um belo romance”, publicado em 04 de mais impor tantes é o M ovimento de Articula-
julho de 2004, quando da votação do projeto de Lei ção de Entidad es Psicanalíticas, d o qual faz em
2347/03 que pretendia regulamentar a profissão de parte entidades como a Associação Brasileira de salvaguardar e manter a especificidade de sua
psicoterapeuta, “uma outra relação entre sujei- Psicanálise, a Associação de Fór uns do Campo disciplina. (...) Entendemos que qualquer en-
to, objeto e v erdade, o que a imp ossibilita de Lacaniano, a Esc ola B rasileira d e Psicanálise, a quadramento da psicanálise a regulamentos acadêmi-
estar correlacionada a outros constructos teóri- Escola de Psicanálise Letra Freudiana, entre ou- cos ou profissionais compromete as condições de
cos, todos pertencentes a uma mesma posição tras. Em carta à revista IstoÉ de nº 1839, em res- seu exercício e de sua transmissão e ressaltamos
lógica. Não se trata de uma questão de diferen- posta à matéria “Enquadrando Freud”, a Articu- que a psicanálise no último século se desenvol-
ça de conteúdo teórico, mas sim de outro para- lação afir ma mant er “uma lu ta ati va c ontra a veu à margem de qualquer regulamentação, na
digma de pensamento lógico. É isso que retira a regulamentação da psicanálise, como forma de base do confronto de idéias e práticas”.
uma pessoa se torna o cada de 30, nos Estad os novas e adequadas às situações, compreendendo
A gestalt-terapia
que é, e não q uando Unidos, para onde More- e levando em conta a si próprio, ao outro e à so-
tenta converter-se no “ A c ho que
q ue a gestalt-
g estalt- no emigrou e se estabe- ciedade (espontaneidade e a criatividade), desen-
que não é’. Nesse sen- t e r apia está leceu até se u falecimen- volvendo a responsabilidade do homem por si e
tido, ‘a terapia é o pro- p r incipalment
incipalme nte
nt e to em 1974. O psicodra- por todos os outros e sua capacidade de viver en-
cesso pelo qual a pes-
v olta
oltadada par
para a o aq ui
aqui e ma teve influência da fe- contros” (ver box sobre Teatro do Oprimido na
soa pode ser o que ela
ago
ag o r a, ent
e nte
nt e nde
nd e ndo
nd o nomenologia e da filoso- página anterior).
já é’”, diz Alexandra.
q ue o aqui
aq ui e o ago
ag o r a A clínica transdisciplinar é um outro tipo de
fia existencialista e tam-
A t erapia s istêmi-
não são sinônimos abordagem baseada em idéias desenvolvidas por
bém traz uma v isão sis-
do p prrese
esentnte,
nt e, mas sim
ca, iniciada a partir da têmica, do homem como Espinoza, Nietzsche, Michel Foucault, Giles De-
do qqueue está p prrese
esent
ntee
nt
terapia d e família um ser-em-relação. “O leuze e Félix G uattari. No entanto, longe de s er
mome
no mo ment
me nto
nt o. NNesse sent
esse se ntid
nt ido
id o, eela
la ttrrabalha cco om
também nos anos 50, psicodrama funciona uma t écnica d iferente, “sustentada p or t eorias
o ffeenôme
nômeno
no e eela la ttrrabalha eenfat nfatizand
nfat izando
izand oa
trouxe uma visão me- através da dr amatização repletas de categorias universais modeladoras, ela
dimensão
dime nsão vviivencial, ou se sejja, se p peensar
nsarmosmos
nos intr apsíquica e espontânea de cenas das é uma prát ica preocupada com a pr odução de
didaticame
didat icament
icame nte,
nt e, cco
om aq aquilo
uilo qqueue é uma mist mistururaa
ur
mais relacional às t e- questões trazidas por um modos singulares e potentes de viver, agir e pen-
do p peensar
nsar,, agagir
ir e sesent
ntir
nt ir..”
ir
rapias. “A terapia sis- cliente ou p or t odo um sar – out ros mo dos de subje tivação”, afir ma a
Ale xandr
xandraa T
lexandr sal
Tsal lis, psic
sallis, psicot ot
oteer ap
apeeuta e p prrofesso
essorr a
têmica c onsidera o grupo, nas quais são pos- médica e analista Ana Rego Monteiro, “Enten-
da UFRJ
mundo interno como tos em ação, no contexto demos que a clínica sempre se produz criando
parte de um mundo de relações. A forma de cada dramático, os papéis privados e sociais dos mem- ao mesmo tempo o objeto de sua intervenção,
um pensar é derivada de uma forma de relação e bros do grupo. Segundo Moreno, nosso ego é for- ou seja, uma certa concepção de subjetividade”.
implica outras formas de relação”, afirma Rosa- mado pelos diversos papéis que desempenhamos Nesse sentido, a necessidade de um diagnóstico
na Rapizo, psicóloga, mestre em psicologia clí- na vida: filho, pai, mãe, profissional, amigo, po- não cabe: “Partimos do pr essuposto de que os
nica e diretora do Instituto de Terapia de Famí- lítico, cidadão, etc. Estes papéis podem estar bem quadros psicopatológicos descritos pela psiqui-
lia do Rio de J aneiro. “Então não usamos quase desenvolvidos e harmo- atria contemporânea
A Terapia Sistêmica
as categorias de diagnósticos no tratamento, por- nizados entre si, ou po- fazem par te do pr o-
que elas foram pensadas para o indivíduo e não dem e star m al d esen- “ O pr
p r incipal da te
t e o r ia cesso de produção da
para relações”. Assim, segundo Tania Martins, psi- volvidos, conflitivos, ge- sistêmica, o que
que a subjetividade domi-
cóloga e terapeuta de casal e família, não há um rando sofr imento. O singular
singulariza, iza, é esse nante. D esta m anei-
objetivo fechado na t erapia sistêmica, mas “ele desempenho dos papéis d eslocame
eslo cament
came nto
nt o de
d e uma visão
v isão ra, afirmamos uma
vai sendo co-construído com o cliente na tera- no contexto dramático intr
int r a-indiv
a-indi v idual
id ual para
par a uma prática clínica micro-
pia. O terapeuta sai da posição de especialista e leva o cliente a entender v isão re
r e lacio
la cional,
cio nal, que
q ue colo
c oloca
olo ca política, nos afastan-
vê o paciente como especialista de seu próprio como seus papéis se for- o indivíd
indi víduo
víd uo semp
se mpr
mp r e em
em do assim d e uma
sofrimento. O diag nóstico é , então , p ensado maram no contexto fa- c o nte
nt e xto
xt o . E que
q ue ent
e nte
nt e nde
nd e até perspectiva d e cur a
como uma hipótese dinâmica e provisória, a ser miliar e social e se t or- esse mund
m undo
und o inte
int e r no de
d e le co
c o mo um mmund
undo
und o de
d e para afir mar uma
explorada no processo terapêutico. Ele pode ser naram fonte de proble- r e lações, co
c o mo se cco
o nstrói
nst rói um indi víduo
indivíd
víd uo a prática de sustenta-
revisto e transfor mado à medida e m que o tra- mas e e xperimentar, par
part t ir d essas
dessas r
ree lações.
lações.” ” ção de passagens.
balho vai se desenvolvendo, já que o ser humano através da dr amatiza- R osana R apiz
Rapiz
apizo o , mest
mestr r e e
emm psic
psicoloolo
olog g ia clínica
clínica e Analisamos em cada
está sempre em transformação”. ção, formas de ir trans- dir
diree t o r a d
doo Inst
Inst
nstit it
ituu t o d
de e T
Tee r apia d
dee F amília
Família d
doo caso, com cada clien-
O psicodrama é outra abordagem importan- formando satisfat oria- R io d
dee J ane
Jane
aneir ir
iroo te, a trajetór ia d e
te. Criado por Jacob Levy Moreno, médico psi- mente os seus papéis”, afirma Vitória Pamplona, constituição do sintoma, como experiência sin-
quiatra r omeno, o psic odrama or iginou-se d e psicoterapeuta psicodramatista e coordenadora gular de sofr imento que necessariamente se re-
suas experiências em Viena, em 1924, com um de grupos de gestantes e casais grávidos. “Assim, laciona ao combate experimentado entre forças:
novo tipo de teatro, chamado de “Teatro da Es- a terapia psicodramática tem como objetivo pro- forças aprisionadoras da vida e forças liberado-
pontaneidade”, e desenvolveu-se a partir da dé- piciar a capacidad e do sujeit o de dar r espostas ras da potência coletiva de uma vida”. Ana tam-
ntos
Event prrepar
os p paratór
atórios
atór ios Local: Universidade Estácio de Sá Local: Universidade Estácio de Sá
27/01/2007 – N ova IIguaçu
No guaçu De 9h às 18hs De 9h às 18hs
Local: Subsede de Nova Iguaçu 10/02/07 - R ese
Rese nd
ndee
esend 17/03/07 – R ese
Rese nd
ndee
esend
De 9h às 18hs Local: Universidade Estácio de Sá Local: Universidade Estácio de Sá
02/02/07 - PPee tróp olis
rópolis De 9h às 18hs De 9h às 18hs
Local: Universidade Católica de Petrópolis 24/03/07 - C amp
Camp
amposos
A partir das 18hs ré-Co
Pré-C ngrressos
ong Local: Universidade Estácio de Sá
03/02/07 – N Noova FFrr iburg
iburg o
urgo 17/03/2007 – N Noova IIguaçu
guaçu De 9h às 18hs
Local: Universidade Estácio de Sá Local: Subsede de Nova Iguaçu Consulte o site do CRP-RJ para informa-
De 9h às 18hs De 9h às 18hs ções sobre os eventos do Rio e de Niterói.
10/02/07 - C amp
Camp
ampos os 17/03/2007 – N Noova FFrr iburg
iburg o
urgo Entrada Franca.
“Conversações”.
pela boa ge rência dos r ecursos financ eiros da Conselheiros dos CRPs se
instituição e fazer demonstrativos das movimen-
A Psicologia Brasileira se reuniu entre os dias tações disponíveis numa linguagem mais simples
encontram em Brasília
5 e 9 de setembro em São Paulo, no II Congresso para que possa ser entendida por toda a catego- Nos dias 16 e 17 d e dezembro, os conselhei-
ros presidentes e t esoureiros de t odos os CRP s
Brasileiro Psicologia: C iência & P rofissão, que ria devem ser os objetivos da tesouraria.
do Brasil se reuniram na Assembléia de Políticas
este ano discu tiu o t ema “Enfrentando as dív i- Recebido com entusiasmo pelo plenár io do
Administrativas e Financ eiras (Apaf). Em pau-
das histór icas da sociedad e b rasileira”. Dentr e CRP-RJ, por se r uma p esquisa pioneir a e um ta: a realização do Fórum Nacional de Psicotera-
outros conselheiros deste CRP presentes, esteve desafio, o tr abalho foi também apr esentado na pia e o r egimento par a o pr ocesso eleitoral do
o professor adjunto do Instituto de Psicologia da reunião de tesoureiros do Sistema Conselhos du- Sistema Conselhos de Psicologia de 2007, entre
UFRJ Pedro Paulo Gastalho de Bicalho que apre- rante a Assembléia de Políticas Administrativas outros assuntos.
sentou su a pesquisa “Tesouraria c omo p rática e Financeiras (APAF), realizada em dezembro, em As APAFs foram instituídas pelo II Congres-
política no Conselho Regional de Psicologia – 5ª. Brasília. “Quero t ornar este t rabalho público, so Nacional de Psicologia, realizado em 19 96, e
acontecem duas vezes por ano. Seus objetivos são,
Região”. colocar em e vidência que o tr abalho do t esou-
entre outros, propor diretrizes para os orçamen-
De acordo com Pedro Paulo, a idéia da pes- reiro é político. Aliás, como nos ensinou a pro- tos dos Conselhos Federal e Regionais de Psicologia,
quisa surgiu quando assumiu o cargo de Conse- fessora Sílvia Lane, toda ação humana é política fixar parâmetros para a c obrança da anuidade e
lheiro-Tesoureiro do XI Plenário e verificou que porque o u c onserva o u t ransforma”, a firmou acompanhar a execução regional das políticas apro-
o percentual de inadimplência aumentava a cada Pedro Paulo. vadas nos Congressos Nacionais da Psicologia.
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Ética e Psicologia
O Código de Ética Profissional dos Psicólogos precisa ser interpretado; ele é uma
“obra aberta”, sempre em construção
Entre as finalidades dos Conselhos Regionais de tar a Comissão de Instrução em sua análise. Não podemos aceitar “in limine” o pressuposto
Psicologia, inscritas em Lei, está a de “orientar, dis- Concluída a instrução do processo ético-disci- de que o psicólogo denunciado esteja sendo injus-
ciplinar e fiscalizar o exercício profissional e zelar plinar, é designado pelo Plenário um Conselheiro tiçado, de que a acusação contra ele seja caluniosa,
pela observância dos princípios éticos e disciplina- Relator e mar cada a sessão d e julgamento. Neste, falsa, traiçoeira, leviana, etc. Trata-se justamente,
res da classe” (Lei 5.766 de 20 de dezembro de 1971, a(s) parte(s) dispõe(m) de tempo para sustentação ao longo dos di versos momentos e fases por q ue
Artigo 1º). Está, portanto, claramente estabelecida oral. O Plenário pode deliberar pelo arquivamento passa a denúncia, até se transformar num processo
a competência legal dos Conselhos, por suas COE, do processo no caso de não existência de infração (se isso ocorrer, pois ela pode ser excluída liminar-
nesta tarefa. ética ou aplicação de p enalidade ao psicólog o – mente e arquivada) e daí até o julgamento (se che-
O Código de Ética, o Código de Processamento variando de advertência até a cassação do exercício gar a este momento, pois pode ser que o já proces-
Disciplinar, bem como as R esoluções do Sistema profissional. so seja considerado não-fundamentado) de cons-
Conselhos são elaborados após extensas discussões De toda decisão, cabe recurso ao Conselho Fe- truir um corpo de fatos e argumentações que se
com a categoria, através de Fóruns e Reuniões Re- deral de P sicologia, que r eexamina o pr ocesso e aproxime o mais possível do acontecido, garantido
gionais e Nacional ou dos Congressos Regionais e emite sua posição, como última instância. o amplo direito de defesa ao denunciado; e é isso
Nacional de Psicologia. A participação da catego- Demanda-se do CRP-05 fundamentos práticos que ocorre.
ria é fundamental para que tais documentos repre- que embasem, orientem e protejam os psicólogos Os Conselheiros do Conselho Regional de Psi-
sentem o pensamento dos psicólogos brasileiros. em qualquer área de atuação. Podemos perguntar: cologia não têm que ter formação jurídica para jul-
Cabe à COE r eceber e conduzir as representa- o que significa “proteger” os psicólogos? Não aceitar a gar os psicólogos jurídicos; se assim fosse,teríamos
ções e processos éticos com base no Código de Ética e denúncia ou representação que nos é enviada? Ou de- que ter formação clínica para julgar os psicólogos
nas Resoluções do Conselho Federal de Psicologia. longar o seu trâmite, “engavetá-la”, levá-la à prescri- clínicos, formação em Psicologia Organizacional e
Havendo d enúncia de infr ação ao Códig o de ção por t empo decorrido além dos prazos previstos do Trabalho para julgar os psicólog os desta ár ea,
Ética é protocolada representação em um CRP, en- no Código de Processamento Disciplinar? Assumi- em Psicologia do Esporte para julgar os psicólogos
caminhada à COE e distribuída a uma Comissão mos o CRP-05 justamente para reorganizá-lo e sa- que aí atuam, etc. Nosso julgamento não é técnico:
de Instrução. Esta é a fase inicial de análise da de- neá-lo, expurgando as práticas que eram comuns é ét ico. Estas c onsiderações se fundamentam e m
núncia; não configura obrigatoriamente a existên- nas gestões anteriores; uma delas era essa. Encon- uma visão crítica dos especialismos em psicologia,
cia de infração nem aponta para uma punição. tramos, ao assumir a Comissão Gestora em março que tendem a isolar g rupos de psicólogos em ni-
A seguir, considerando uma possível infração ao de 2003, mais de 90 (noventa) processos na COEpara- chos de suas especialidades, torres de marfim que
Código de Ética, a Comissão de Instrução cita o lisados, e ngavetados ( não é f orça d e e xpressão), os protegem de considerações críticas, etc. que ve-
psicólogo denunciado para apresentar defesa pré- vários deles já prescritos. nham de fora da especialidade.
via e passa a analisar o caso, podendo convocar a(s) Não temos um viés punitivo, muito pelo con- Quanto à atuação d o CRP-05 junto aos psicó-
parte(s) par a esclar ecimento. Tanto a defesa prévia trário: pretendemos enfatizar e priorizar a atitude logos das mais diferentes áreas, reconhecemos: es-
quanto a(s) entrevista(s) de esclarecimento possibilitam de orientação e acompanhamento do Conselho, por tamos apenas no início de um trabalho que estabe-
ampla defesa e a elaboração de argumentos confir- meio da C omissão d e Or ientação e Fiscalização leça normas e padrões de atuação e relação entre
matórios / contestatórios acerca da denúncia. (COF) e da Comissão de Orientação e Ética (COE). nós. No entanto, afirmamos: não é o CRP-05 que
É elaborado parecer, lido em reunião plenária, Não nos é possív el, no e ntanto, não ac eitar uma vai estabelecer e baixar as normas, esclarecer, siste-
indicando a exclusão da denúncia e arquivamento denúncia ou representação com base na suposição matizar e determinar as atribuições dos psicólogos
da representação ou instauração de processo ético. de que ela é apenas um expediente oportunista; por em qualquer área de atuação. Os profissionais que
Se um par ecer indicando o p rocesso ético for exemplo, usado por uma das partes num processo nelas atuam é que devem fazê-lo, em conjunto com
aprovado, instaura-se o processo ético-disciplinar que tramita na justiça, visando atacar os fundamen- o CRP-05, que atuará mais como facilitador.
e é designada outra Comissão de Instrução para tos da parte contrária, entre os quais estaria a posi- A exemplo do que já fazemos com vários outros
conduzí-lo. O Psicólogo denunciado é citado para ção assumida pelo ps icólogo. Não e ntramos, não psicólogos que atuam em diversas áreas: do DESI-
apresentar de fesa escr ita, toma-se o depoiment o podemos entrar na discussão do mérito aí envolvi- PE, do DEGASE e c om psicólogos que atuam e m
da(s) parte(s) e da(s) testemunha(s) buscando pro- do. O q ue analisamos e julgamos é o tr abalho do instituições q ue at endem cr ianças e ad olescentes
vas que esclareçam o fato e suas circunstâncias. psicólogo denunciado, - a elaboração do laudo que vítimas de maus tratos, pretendemos fazer encon-
Nesta fase de trabalho, abre-se espaço para realizou, como no exemplo hipotético acima -, e tros com outros segmentos.
que a(s) par te(s) p roduzam t odo o mat erial do ponto de vista ético, segundo os princípios e nor-
que considerem fundamental para basear suas mas contidas no Código de Etica Profissional. O José NNoovaes – cco nselhe
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alegações c om pr ovas do cumentais, t estemu- psicólogo que, submetido a tal processo, o enfrenta CRP-RJ
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nhais e, se necessário, periciais. A abertura de e sai dele incólume, deve se sentir fortalecido, pois Ana LLucia
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processo é oportunidade para novas argumen- terá confirmado o estofo ético no seu exercício pro- dor a da Comissão d
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tações ser em elab oradas, v isando instr umen- fissional. CRP-RJ
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Psicologia, Mediação e Conciliação
O e vento “Psicologia, Mediação e C oncilia- tante do Instituto Mediare. Vera foi a primeira a
ção” foi realizado em 24 de novembro na Uni- falar, t raçando u m p anorama g eral d a h istória
versidade Estadual do Rio de J aneiro. O evento, do sistema judiciário. Segundo ela, durante toda
que faz parte de uma iniciativa do Conselho Fe- a história, o sistema penal se adaptou às necessi-
deral de P sicologia em par ceria com a Associa- dades do mercado. “As penas e os discursos jurí-
ção Brasileira de Ensino de Psicologia, a Associ- dicos são pendulares, dependendo da necessida-
ação Brasileira de Psicologia Jurídica e o Minis- de de mão-de-obra. Assim, por exemplo, na épo-
tério da Justiça, teve como objetivo pensar criti- ca das colônias, a extradição e as galés eram pe-
camente sobre os espaços de atuação dos psicó- nas comuns”. Vera também explicou que, apenas
logos nos p rocessos de mediação e c onciliação, a partir dos anos 70 do último século, o sentido
no Judiciário e fora dele. econômico do trabalho na prisão é perdido, as-
Uma mesa composta pelo conselheiro-presi- sim, começa-se a pensar em penas alternativas e e conciliação. Segundo ela, o objetivo da media-
dente do CRP-RJ, José Novaes, pela conselheira em processos não-judiciais como a mediação e a ção é pensar em um processo “ganha-ganha”, ou
e memb ro da C omissão R egional de Dir eitos conciliação. No entanto, ela salient ou a impor - seja, em que todas as partes saiam da negociação
Humanos, Cecília Coimbra, e pelo representan- tância de se e vitar que essas alternativas expan- satisfeitas. “Podemos comparar a decisão judici-
te regional d a ABEP, S ávio Valviesse d a Motta, dam a mentalidade judicial a outras esferas, que al e a mediação a jogos. Enquanto a decisão ju-
abriu o e vento. Os três e xplicaram o objeti vo e judicionalizem a so ciedade, p ois é o que v em dicial é um jogo de tênis, ou seja, você joga de
funcionamento d o e ncontro. C ecília s alientou acontecendo na c ontemporaneidade com a e x- maneira a fazer o outro perder, a mediação é um
que “não se pode pensar a mediação ou concili- pansão do c hamado Estado P enal. “Há que se jogo de frescobol, em que os d ois ganham en-
ação como algo eminentemente técnico. Não in- pensar em novas metodologias de resolução de quanto não deixarem a bola cair”.
teressa abrir mais campos de trabalho para o psi- conflitos, mais d o que em penas alternativas. A Após as palestras, houve um debate entre os
cólogo se ele os vai ocupar de forma acrítica, re- mediação não deve ser mais um instrumento presentes. À tarde, os participantes foram divi-
produzindo m odelos e p reconceitos. É p reciso para punir”, afirmou ela. didos em grupos de trabalho, que discutiram e apre-
pensar o técnic o não c omo neu tro, mas c omo Vânia iniciou sua fala e xplicando o que é o sentaram propostas sobre conciliação e mediação. A
político”. trabalho da instituição M ediare, uma e mpresa proposta final foi encaminhada ao Enc ontro Nacio-
Em seguida, deu-se início a uma mesa de de- privada que faz treinamentos e acompanha me- nal “Psicologia, mediação e c onciliação”, que foi
bates com a participação de Vera Malagutti Ba- diações. Em seguida, explicou as diferenças en- realizado nos dias 7 e 8 de dezembro, em Brasília,
tista, pr ofessora da U niversidade F ederal tre os di versos nív eis p ossíveis d e nego ciação por dois delegados eleitos durante o evento regi-
Fluminense (UFF) e membro do Instituto Cari- entre partes, antes do recurso à uma decisão ju- onal: os psicólog os José Eduardo Menescal Sa-
oca de Criminologia, e de Vânia Izzo, represen- dicial, e esclareceu as diferenças entre mediação raiva e Lindomar Expedito Silva Darós.
MUDOU-SE Impresso
DESCONHECIDO Especial
RECUSADO
050200039-2/2001-DR/RJ
ENDEREÇO INSUFICIENTE
NÃO EXISTE O Nº INDICADO DEVOLUÇÃO CRP - 5ª REGIÃO
GARANTIDA
INFORMAÇÃO ESCRITA PELO
CORREIOS
PORTEIRO OU SÍNDICO CORREIOS
FALECIDO
AUSENTE
NÃO PROCURADO
REINTEGRADO AO SERVIÇO
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