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BRINCADEIRAS PARA BEBÊS E CRIANÇAS BEM PEQUENAS

CESTO DE TESOUROS
Para pais e educadores de crianças bem pequenas, sugerimos
algumas atividades práticas e estimulantes.

Os bebês começaram a se
locomover, engatinhar, andar
e agora precisamos de muitas
ideias para ajudá-lo na
aprendizagem e no
desenvolvimento.

Neste material encontramos algumas dicas para estimular os bebês de maneira


prazerosa e divertida.

O brincar é fundamental para o desenvolvimento infantil, por meio dessa ação a


criança descobre o mundo, estabelece relações e interage com outras crianças.

A exploração de objetos desenvolve a visão, o tato, a audição. Também, contribui


com o desenvolvimento da linguagem, da expressão por meio de diferentes
modalidades de linguagens associadas ao brincar, a criatividade e a imaginação.

ATIVIDADE CAIXA OU CESTO DE TESOUROS

Como as crianças bem pequenas e os bebês estão em casa, podemos criar um


cesto de tesouros para estimular as crianças.

Crie uma caixa ou cesto com diversos materiais, coloque os bebês no chão bem
próximo ao cesto e deixe que elas explorem os objetos e brinquedos.
As caixas podem ter formatos quadrados, retangulares, ou até mesmo circulares
como cestos. Se a caixa for de papelão, deve ser forrada com tecidos
impermeáveis e resistentes. A caixa de tesouros deve ter uma altura de
aproximadamente 20 cm, para que as crianças sentadas no chão, possam
alcançar os objetos e apanhá-los.

ATENÇÃO: Todos os objetos que serão colocados na caixa não devem provocar
riscos à saúde da criança, devem ser previamente esterilizados, ou seja, lavados
com água e sabão.

Com a caixa de tesouros a criança


poderá explorar os objetos,
percebendo quantas coisas
diferentes poderá fazer com eles,
tocando, apanhando,
chacoalhando, batendo com os
objetos no chão, juntando,
deixando-os cair, selecionando,
dando vida a cada um deles.

Devem ser objetos sem pontas, não


podem ser pequenos para evitar
que a criança possa se engasgar, atóxicos, não podem soltar farpas ou fiapos para
que não haja a ingestão. Todos os objetos devem preservar a saúde da criança.

Nas caixas sugerimos a inserção de objetos das mais variadas texturas, cores e
formatos:

- Objetos de madeira: colher de pau com cabo curto e leve, argolas de cortinas
grandes, cascas do coco seco, pedaços de bambu, carretel de linhas, etc.

- Objetos produzidos em plástico: pequenas bacias, brinquedos de casinha como


copo, pratinhos, panelinhas, talheres, copos plásticos, garrafinhas, tigelas,
garrafinhas com tampa de rosca e bolas de vários tamanhos e cores.

- Brinquedos diversos: ursinho de pelúcia de material não alérgico, bonecos de pano


com diferentes cores de pele, patinhos de borracha, chocalhos, bolas de tênis,
bolas de borracha, bolsinhas, escovas de cabelo de criança, tamborzinho, molhos
de chave, xilofone, carrinhos, copos de vários tamanhos para encaixe e bolas de
exercício manual de várias texturas.
- Materiais para estimulação do olfato: saquinhos confeccionados de tecidos
contendo ervas aromáticas como lavanda, alecrim, tomilho, manjericão,
camomila, cravos-da-índia.

- Objetos de metal: pequeno funil, infusor de chá, molho de chaves sem pontas; aros
de cortina, vários sinos, guizos presos num cordão ou tecido; forminhas de metal que
não sejam finas para não machucar a criança; latinhas sem partes afiadas, aquelas
com tampas de plástico preferencialmente; copos ou canecas de metal ou
alumínio; tampas de panelas pequenas.

- Outros objetos como: pedaços de tecidos tamanho aproximado de 30 cm para a


criança brincar de esconder, de cobrir os bonecos; toalhinhas pequenas; pequenos
pedaços de cobertores ou tecidos aveludados; esponja de banho; esponja de fibra
natural; conchas grandes; cones de papelão, cilindros de papelão; pequenas
caixas de papelão.

- Objetos naturais: frequentemente introduza na caixa objetos naturais como:


castanhas grandes; vagens com sementes de árvores já secas; penas grandes;
folhas grandes; pedras arredondadas. Esses objetos devem ser colocados e
retirados após a brincadeira, para que não deteriorem e nem mesmo provoque
danos à saúde da criança.

Pais e Educadores, vocês poderão incluir outros objetos e brinquedos que não
estejam na lista, materiais que estimulem o tato, a visão, a audição e o olfato.

A cada dia você poderá inserir novos objetos ou usá-los de maneira rotativa.

Encaminhamentos para o uso da


caixa de tesouros:

- A caixa, como já dissemos


anteriormente, deve ser resistente e
ficar no chão, sob um tapete de
borracha ou em um local onde as
crianças possam brincar livremente.

- Deve estar cheia até a borda para


que as crianças possam ter uma
ampla gama de ação, mexendo e explorando os objetos, buscando o que mais lhe
atrai.

- O adulto deve sentar-se próximo à caixa e às crianças, mas sem intervir,


comentando ou falando, permitindo que a criança escolha livremente.
- Depois da escolha, o adulto poderá estimular as crianças na exploração dos
objetos, mas, inicialmente, as crianças devem fazer a exploração e o manuseio
sozinhas.

- Os objetos da caixa precisam de cuidados constantes, devemos sempre lavá-los,


limpá-los e eliminar, sempre que necessário, os objetos que estragarem ou
provocarem riscos à segurança e saúde da criança.

Na caixa de tesouros, evite incluir somente brinquedos industrializados, devemos


acrescentar objetos que não são habitualmente explorados. Se os objetos forem
todos de plástico, por exemplo, as crianças não experimentarão diferentes texturas,
temperaturas e a qualidade das experiências sensórias serão limitadas.

Aos dois anos a criança experimenta a fala para se comunicar, portanto, podemos
solicitar que as crianças exprimam suas impressões sobre o objeto tocado,
manipulado.

Lembre-se de que um bom brinquedo para essa faixa etária, pode ser um objeto
plástico, como potes vazios, alguns tecidos ou até mesmo as caixas de papelão.
Muitas vezes os brinquedos preferidos das crianças pequenas estão já disponíveis
em nossa casa.

Vamos brincar e divertir os bebês!

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes

curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. –


Brasília: MEC, SEB, 2010.

GOLDSCHMIED, Elinor; JACKSON, Sonia. Educação de 0 a 3 anos: atendimento em


creche. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

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