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Resumo
O envelhecimento da pele é um processo que preocupa muitos indivíduos, que buscam a
ajuda especializada do médico para minimizar seus sinais. Um dos recursos para
melhorar a qualidade da pele são os peelings químicos, utilizando várias substâncias
ativas, como ácido glicólico, retinóico, tricloroacético e o fenol, entre outros, que
proporcionam a esfoliação cutânea e posterior renovação celular. Dependendo da
concentração e do valor de pH em que são empregados nas formulações, desencadeiam
o peeling superficial, médio e profundo. O fenol tem sido utilizado como peeling profundo
tanto isoladamente como em associação com outros componentes da fórmula que atuam
como promotores de penetração e permeação. A utilização desses produtos resulta no
processo de renovação celular intenso, normalizando a pigmentação da pele, atenuando
marcas e minimizando as rugas. Devido a sua toxicidade e contra-indicações, o fenol
deve ser aplicado cuidadosamente segundo a técnica recomendada, e o paciente de ser
monitorado para se obter a máxima eficácia do peeling e também minimizar os efeitos
sistêmicos.
Palavras-chave: Abrasão Química; Peeling; Envelhecimento da pele; Fenol;
1. INTRODUÇÃO
_______________________________________________________
1
Especialização em Cosmetologia Clínica pelo Biocursos – Manaus – AM.
2
Fisioterapeuta Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestre em Bioética. – Professora Orientadora.
2
O peeling de fenol tem má fama por ser de difícil técnica de aplicação, com muitas
complicações e ser de alta toxidade, devido aos efeitos cardíacos, hepatologias e
nefrotóxico. É muito importante dizer que não existe nenhum relato de óbito por peeling
de fenol e que os riscos de toxidade praticamente não existem quando utilizados as
técnicas corretamente de aplicação.1
O uso de fenol foi desenvolvido após a Primeira Guerra Mundial na França. Na
Inglaterra, Mac Kee já havia trabalhado com fenol para o tratamento de cicatrizes, mas
não publicou seus resultados até 1952. Enquanto isso, nos Estados Unidos durante a
década de 1940, Eller e Wolff forneceram a primeira descrição sistemática sobre a
utilização de fenol, ácido salicílico, resorcina e neve carbônica para o tratamento de
cicatrizes.6
O processo de envelhecimento constitui o conjunto de modificações fisiológicas
irreversíveis e inevitáveis acompanhadas de uma mudança do nível de homeostasia. O
envelhecimento da pele participa das alterações evolutivas que ocorrem em diversos
setores do organismo podendo considerar dois tipos distintos: Envelhecimento intrínseco
ou verdadeiro ou cronológico que reflete a constituição genética de um indivíduo e resulta
da passagem de tempo esperado, previsível, inevitável, progressivo, as alterações diretas
do tempo de vida e o envelhecimento extrínseco que são fatores externos como fumo, uso
excessivo de álcool, má nutrição e foto envelhecimento que surge nas áreas foto expostas
devido ao efeito repetitivo da ação dos raios ultravioleta, modificações surgem em longo
prazo e se superpõe ao envelhecimento intrínseco, a pele mostra-se precocemente
alterada, lembrando a pele senil.1
As técnicas de rejuvenescimento vêm-se aperfeiçoando não apenas pelos avanços
tecnológicos, mas também pela preocupação da população com a saúde e a aparência
física, bem como em decorrência da maior longevidade. 2
É fato que todos vamos envelhecer, lembrando que o envelhecimento, organismo
como um todo se altera. As modificações não acontecem apenas externamente, embora a
pele, nosso maior órgão, denuncie o envelhecimento, antes que possamos percebê-lo,
muitas modificações já se operam no interior de nosso organismo. Certas raças parecem
ter maior longevidade, o que acentua a idéia da influência genética no envelhecimento.
Não devemos esquecer-nos dos radicais livres que também participam desse processo
chamado envelhecimento. Os radicais livres originam a oxidação que desencadeiam
processos, que por sua vez são influenciados por radiações solares, doença, fumo e
3
consideravelmente mais que a derme, que é a camada profunda da pele, criando assim o
que claramente podemos ver que são as rugas.1
Este trabalho tem por objetivo demonstrar os benefícios do uso de peeling de fenol
para a finalidade de eliminação de cicatrizes na pele da face.
2. REVISÃO DA LITERATURA
A pele é um órgão complexo composto por diversos tecidos, tipos celulares e estruturas
especializadas. Constitui a interface do corpo humano com o meio externo, exercendo funções
cruciais para a vida, como termorregulação, vigilância imunológica, sensibilidade e proteção do
indivíduo contra agressões exógenas, de natureza química, física ou biológica, e contra a perda
de água e de proteínas para o exterior.7
É o maior órgão do corpo humano e representa 15% do peso corpóreo, com variações estruturais
ao longo de sua extensão. É composta por três camadas interdependentes: a epiderme, mais
externa; a derme, intermediária; e a hipoderme ou panículo adiposo, sobre a qual repousam as
camadas já citadas, permitindo que a pele se movimente livremente sobre as estruturas mais
profundas do corpo.7
A pele é um órgão muito mais complexo do que aparenta. A sua função principal é
a proteção do organismo das ameaças externas físicas. No entanto, ela tem também
funções imunitárias, é o principal órgão da regulação do calor, protegendo contra a
desidratação. Tem também funções nervosas, constituindo o sentido do tato e
metabólicas, como a produção da vitamina D.8
Fenol
Fonte: www.3dchem.com
Componentes %p/p
Fenol a 88% 3
Água desmineralizada 2
7
Óleo de Cróton 3
Sabão Líquido 8
FÓRMULA DE BAKER-GORDON
Adaptado de: Artigo de Revisão Rejuvenescimento da pele por peeling químico de fenol
Autor: Maria Valéria Velasco; Maria Elizabette Ribeiro; Valcenir Bedin
Fotoenvelhecimento Cutâneo
Rugas finas leves a moderadas
Lesões epidérmicas (ceratoses seborréicas, actínicas e liquenóides)
Observação:
O enrugamento actínico fino, devido à atrofia epidérmica, reage muito melhor do
que as rugas devido à movimentação dos músculos ou à perda da elasticidade.
Discromias:
Efélides ou sardas
Lentigos
Melasma epidérmicos e dérmicos
Pigmentação pós inflamatória
Cicatrizes superficiais:
Pós-trauma
Pós-cirúrgica
Pós-acne
Adjuvante no tratamento da acne vulgar e rosácea.
Adjuvante de outros procedimentos cirúrgicos cosméticos
Considera-se que o fenol não deve ser usado em lesões malignas, telangiectasias,
lesões nevóides (incluindo hemangioma capilar, neurofibromatose e manchas tipo café-
com-leite), poros alargados e período gestacional (em todas as fases da gestação) sendo
direcionado como um ato de contra-indicação.24
2. Avisar caso esteja fazendo uso de alguma substância por via parenteral ou oral;
O Peeling de Fenol Atenuado dura um tempo aproximado de uma hora, é feita sob
analgesia apenas sem necessidade de anestesia, e em poucos casos acompanhado de
sedação a pedido do paciente. O paciente deve estar preparado para as primeiras 48 horas,
quando se observa neste método um inchaço e formação de crostas, este efeito normal e
desejável neste método, pois é justamente este período em que a pele fotoenvelhecida é
removida e substituída pela pele nova que se forma no leito da antiga. No fim de 48 horas
será feita uma limpeza e remoção deste material que se forma sobre a pele. Este curativo
não é doloroso pelo contrário, trás conforto e bem estar para o paciente. 16,17
Este tipo de complicação é raro e quando tratada em tempo não acarreta nenhum
dano ao resultado final. Por este motivo, a presença do paciente nas primeiras 48h e depois
com cinco dias de após o peeling.16,17
Esta cirurgia tem por finalidade atenuar os efeitos no envelhecimento facial que
se evidencia através da presença de rugas e pregas cutâneas, respeitando a harmonia do
conjunto facial.16,17
Ressalva, antes que o paciente passe pelo processo operatório o mesmo deve ter e
assinar o termo de consentimento livre e esclarecido: Como paciente candidato (a)
peeling profundo de fenol atenuado, declaro que estou ciente das recomendações pré e
pós-operatórias assim como das possíveis complicações que são inerentes a qualquer ato
cirúrgico desta natureza, e por isso cumprirei rigorosamente as orientações médicas. 16,17
*deitar somente de barriga para cima e com a cabeça elevada, nunca de lado e bruços por
10 dias.
*evitar movimentos excessivos dos músculos da mímica facial (falar, rir, mastigar);
2. Não coçar ou passar a mão nos locais tratados durante os primeiros 10 dias;
3. Tomar os banhos para remoção das fibrinas que se formam nos primeiros 07 dias; (este
item não é valido na exoplastia ortodérmica, “Neomaster full”)
4. Não lavar o cabelo até liberação do médico, que ocorre normalmente após 05 dias;
7. Fica proibida a exposição solar por 02 meses após o peeling, assim como, praia, piscina
e ginástica;
8. Usar apenas produtos recomendados pelo médico responsável, sobre a pele, após o
peeling.
3. METODOLOGIA
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Prescrição Pós-Cirurgica
Imediata
Toxicidade e Precauções
O fenol é tóxico para todas as células, penetra e permeia a pele, sendo absorvido
e excretado pela urina. De 20 a 25% da quantidade absorvida é conjugada pelo fígado a
ácido glucurônico e ácido sulfúrico, e depois excretada. Concentrações elevadas no
sangue podem ter efeito tóxico no miocárdio, provocando taquicardia,contrações
ventriculares prematuras, fibrilação atrial, fibrilação ventricular e dissociação
eletromecânica. De 70 a 80% do fenol absorvido é excretado na urina no intervalo de 15
a 20 minutos após sua aplicação. Por isso ao utilizar o peeling de fenol, a face é dividida
em cinco regiões. Assim, aplica-se o produto em cada região com intervalo de 15 minutos,
15
de modo que a concentração absorvida seja eliminada pela urina, sem causar problemas
cardíacos.23
Complicações
5. CONCLUSÃO
Mas é preciso cuidado, pois apesar das vantagens do peeling de fenol, o mesmo
desencadeia alguns efeitos colaterais desagradáveis como, ressecamento, vermelhidão,
descamação e sensação de ardência devendo haver acompanhamento médico devido à
alta toxicidade do componente ativo.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
24. LEONARDI, G.R. Cosmetologia Aplicada. Ed. Medfarma, São Paulo, 2004.
25. SOUZA, Valéria Maria & JUNIOR, Daniel Antunes. ATIVOS
DERMATOLOGICOS. Vol.2. São Paulo: Pharmabooks, 2008.
26. SOUZA, Valéria Maria & JUNIOR, Daniel Antunes. ATIVOS
DERMATOLOGICOS. Vol.3.São Paulo: Pharmabooks, 2008.
27. SOUZA, Valéria Maria & JUNIOR, Daniel Antunes. ATIVOS
DERMATOLOGICOS. Vol.4.São Paulo: Pharmabooks, 2008.
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