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Erick Leoni Padilha - Eletricista Junior

Estudo de funcionamento correto dos sensores de


temperatura, realizado nas Unidades de Tratamento de Ar do
Laboratório Catarinense de Joinville/SC.
Objetivo: Identificar falhas nas leituras de temperatura dos
equipamentos responsáveis pelo controle térmico da área industrial afim
garantir o funcionamento dentro dos padrões estabelecidos para a produção
dos produtos farmacêuticos.
Problemática: Levando em consideração as inúmeras ordens de
serviços abertas relacionada temperatura e umidade dos setores pode-se
perceber que há uma variável na leitura dos sensores que prejudica o
funcionamento adequado do equipamento.
Justificativa: Redução do tempo de máquina parada devido a
temperatura e umidade fora do padrão.
Metodologia: Com os recursos disponíveis em estoque foi utilizado um
sensor de temperatura tipo termopar categoria J e um controlador de
temperatura marca WEST modelo 6100+ para criar um padrão de comparativo
para confrontar os valores de leitura da máquina com o controlador. Os
sensores foram instalados paralelo ao sensor da máquina para comparar os
dados com mínima margem de erro, além disso o valor de OFFSET (calibração
da leitura do controlador de temperatura) foi alterado utilizando a Estufa de
Estabilidade 2035 como referência sendo um equipamento calibrado e
certificado pela TECNOIZO, com a finalidade do valor de leitura do controlador
ser confiável.
Tabela 1 referente aos valores de leitura:

Temperatura da serpentina Temperatura da saída de ar


Equipamento Máquina (°C) Comparativo (°C) Máquina (°C) Comparativo (°C)
UTA 2.01* 33,5 10,5 18 21
UTA 3.01 10,6 9,3 14,6 15
UTA 4.01 13 13,5 12,4 13,3
UTA 1.03 8,2 9 15,4 15,5
UTA 1.02* 5 10,3 17,7 17
UTA 1.01* 3 7,3 14,4 15
UTA 5.01 12,1 14,2 15 18
UTA 6.01 10 9.3 15 15,3
UTA 7.01 9 12,9 15,5 17,4
UTA 8.01* 7 14 15 18,4
Tabela 1: Dados de leitura

A tabela 1 demonstra um diferencial de temperatura através dos dados


coletados, onde é possível identificar a necessidade de calibração das Utas
tanto quanto um estudo detalhado nos equipamentos com * que representam
um diferencial muito elevado possivelmente causada por um defeito no sensor
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de temperatura ou entrada de sinal do CLP, apresentados nos gráficos 1 e 2


abaixo:

Gráfico 1: Temperatura da Serpentina

UTA
7.01

UTA
5.01

UTA
1.02

UTA
4.01

UTA
2.01
0 5 10 15 20 25 30 35 40

Comparativo (°C) Máquina (°C)

Gráfico 2: Temperatura da sáida de ar


UTA 8.01

UTA 7.01

UTA 6.01

UTA 5.01

UTA 1.01

UTA 1.02

UTA 1.03

UTA 4.01

UTA 3.01

UTA 2.01
0 5 10 15 20 25

Comparativo (°C) Máquina (°C)

Conforme Gráfico 1: é possível notar um diferencial de


temperatura da uta 2.01 de 23°C onde há uma necessidade de uma tomada de
decisão para melhoria do mesmo. Sendo que foi realizado no momento do
teste rápido, uma troca do sensor da Uta 4.01 para a UTA 2.01 em estudo onde
foi obtido a certeza que o defeito está na entrada de sinal do CLP.
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As demais diferenças de temperatura de serpentina podem ser


corrigidas internamente pelos técnicos internos com o auxílio do programa
TxBlock conectado diretamente aos sensores de temperatura tipo Pt100
através do cabo TXBLOCK USB
Os diferenciais representados no Gráfico 2 podem ser calibrados com o
acesso ao programa do CLP NOVUS, realizando o ajuste nos parâmetros de
OFFSET com o auxílio da equipe de engenharia do laboratório.
Nas UTAS 1.01, 1.02 e 8.01 após calibração, caso ainda apresente
diferencial a troca do sensor será necessária.
E como sugestão de melhoria, durante o estudo foi identificado pontos
que precisam de reparo imediato.
O mau dimensionamento dos cabos de distribuição de energia dos
bancos de resistência resultaram no superaquecimento do mesmo tanto pela
temperatura elevada como pela corrente resultando em cabos carbonizados
consequentemente causando o mau funcionamento e com grande risco de
curto-circuito conforme mostra a imagem 1:

Imagem 1: Cabos derretidos dos bancos de resistências.

Na tabela 2 relaciona o estado dos cabos e conectores dos


equipamentos:
Cabos Conectores
Condição: Condição:
Equipamento Boa Ruim Boa Ruim
UTA 2.01 x x
UTA 3.01 x x
UTA 4.01 x x
UTA 1.03 x x
UTA 1.02 x x
UTA 1.01 x x
UTA 5.01 x x
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UTA 6.01 x x
UTA 7.01 x x
UTA 8.01 x x

Um plano de ação interno poderá ser iniciado fazendo a substituição dos


cabos adequados para a aplicação (revestido com material de isolação térmico
com seção nominal de 4mm resistente em até 200°C) durante os finais de
semana onde não teria impecílios em desligar o equipamento pois a produção
da empresa estaria parada.
O importante que durante essa troca deverá efetuar o teste de
resistividade de cada elo dos bancos de resistência identificando quantas
precisam de reparo para uma troca futura pois já percebemos perca de
rendimento na troca de temperatura.
Outro ponto crítico são os conectores de derivação também mau
dimensionados que apresentam sinal de derretimento conforme nos mostra a
imagem 2.

Imagem 2: Conectores de derivação.

Junto com a troca dos cabos de derivação a substituição dos conectores


para um modelo de porcelana resistente ao calor e que suportaria a corrente,
seria a forma mais correta de eliminar os riscos de defeito do equipamento.
Investimento: Em cotação com fornecedores o custo dos cabos e
conectores de uma UTA são representados na Tabela 3:

Material Quant Valor Total


Conector porcelana 6 pç R$ 4,90 R$ 29,40
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Cabo 4mm alta temperatura 20mt R$ 4,35 R$ 87,00


Subtotal: R$ 116,40
Tabela 3: Custo.

Cronograma: Um levantamento do tempo necessario aos reparos e


calibrações são representados na Tabela 4:

Ação: Tempo :
Troca dos cabos e conectores de uma unidade 6 horas
Calibração do sensor de serpentina de uma unidade 1 hora
Calibração do sensor de saída de ar de uma unidade Confirmar c/ engenharia
Tabela 4: Tempo.

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