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Todo ensaio requer trechos de um resumo verdadeir ao longo do caminho para “orientar” os
leitores – para apresentá-los a personagens ou a críticos que eles ainda não conhecem, para
lembrá-los dos itens a que tem que recorrer para entender sua questão.
Além disso, um resumo verdadeiro é necessário para estabelecer um contexto para suas
asserções, o quadro de referência criado em sua introdução. Um ensaio
examinando o “passado utilizável” criado pelo Memorial dos Veteranos do Vietnã, por
exemplo, poderia começar pelo breve resumo da história da idéia de um passado utilizável ou
resumindo a visão de um teórico importante no tópico.
Mas o propósito de um ensaio analítico é somente demonstrar parcialmente que você conhece
e pode resumir o trabalho dos outros. A tarefa maior é exibir suas idéias e sua análise do
material fonte. Tanto o resumo verdadeiro quanto o resumo interpretativo devem ser
utilizados como ferramentas em seu ensaio, ao invés de serem o próprio ensaio.
Uma estrutura “construída” resume de forma apenas frugal, para lembrar periodicamente o
leitor dos pontos cruciais. Se os seus exemplos estão subordinados ao ponto principal de um
parágrafo—ou seja, se eles ajudam a provar um argumento mais amplo sobre como o texto
opera —então eles se tornam peças de evidência que constroem um argumento, em vez de
substitutos de um argumento por meio do resumo do texto. Ao construir um ensaio em torno
de idéias e evidências em vez de exe mplos, você concentra a atenção sobre suas asserções em
vez de sobre as de outra pessoa.
Para certificar-se de que seu ensaio não caiu em uma série de resumos que de fato nunca
avançam em direção a uma análise, verifique suas sentenças de tópico, as quais, com
freqüência, mas nem sempre, são a sentença principal ou as duas primeiras sentenças em um
parágrafo. Se você estiver utilizando muitas palavras indicativas de tempo (como “próximo”,
“após” e “então”) ou palavras de listagem (como “também”, “um outro” e “além disso”), muito
provavelmente você está somente descrevendo o texto-fonte ao invés de construindo um
argumento por meio da análise do texto. Tenha em mente que, se você seguir a cronologia de
um texto-fonte,
sempre será preciso mostrar que existe uma razão para fazê-lo e que a razão decorre da lógica
de seu argumento e não do texto-fonte.
A melhor forma de demonstrar sua lógica é por meio de fortes sentenças de tópicos
informando o leitor sobre a sua questão. Elas podem tomar a forma daquilo que o guru de
redação John Trimble chama de “sentenças-ponte”, as quais indicam o que veio antes e o que
está por vir.(“Mas há uma pista para esse quebra-cabeça”.) As perguntas, normalmente aos
pares, constituem também boas sentenças de tópicos, pois elas abrem a pesquisa em vez de
fechá -la, como no exemplo a seguir: “Mas os americanos acreditavam serem eles mesmos a
realização do desejo de Deus? O nosso país foi unificado sobre todas as discordâncias por
Fortes sentenças de tópicos, seja qual for sua forma, exibem suas idéias, fazem avançar seus
argumentos e ajudam a evitar que seu ensaio se transforme em um resumo de enredo.
Um Exemplo Útil