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24/08/2022 16:20 Diogo Inácio de Pina Manique – Wikipédia, a enciclopédia livre

Diogo Inácio de Pina Manique


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Pina Manique)

Diogo Inácio de Pina Manique (Lisboa, Santa


Catarina, 3 de Outubro de 1733 – Lisboa, Anjos, 1 de Julho Diogo Inácio de Pina
de 1805)[1], moço fidalgo da Casa Real, primeiro senhor Manique
de Manique do Intendente; 4.º senhor do morgado de São
Joaquim, na vila de Coina; alcaide-mor de Portalegre,
comendador da Ordem de Cristo[2], foi um magistrado
português.

Biografia
Como os pais tinham algumas poupanças guardadas,
enviaram-no para Coimbra, sendo aqui que se formou em
Leis pela Faculdade de Leis da Universidade de Coimbra.

Ocupou diversos cargos, antes de ser designado


Intendente-Geral da Polícia. Foi juiz do crime em diversos
bairros de Lisboa, desembargador da Relação do Porto
(1768), desembargador dos Agravos da Casa da Suplicação
(1771), superintendente-geral de Contrabandos e
Descaminhos dos Reais Direitos [1775], contador da
Fazenda (1776), desembargador do Paço (1786),
administrador-geral da Alfândega do Açúcar, provedor Nascimento 3 de outubro de 1733

dos feitos das alfândegas do Reino (1781) e chanceler-mor Lisboa


do Reino (1803)[3]. Morte 1 de julho de 1805

Lisboa
Homem da confiança de Sebastião José de Carvalho e Cidadania Portugal
Melo, Marquês de Pombal, só foi, no entanto, nomeado
Alma mater Universidade de Coimbra
intendente-geral da Polícia da Corte e do Reino em 1780,
após a queda desse seu protetor, sob o reinado de D. Ocupação magistrado, político
Maria I de Portugal (1777-1816)[3][4]. [edite no Wikidata]

O cargo lhe dava estatuto de ministro e assento no


Conselho Real, além de ampla jurisdição sobre uma gama
variada de assuntos ligados à ordem pública, saneamento
e ao controle do espaço e da população urbana[3].

Em 1781, por sua iniciativa funda a Real Casa Pia de


Lisboa, que começou a funcionar no Castelo de São
Jorge, a seu mando, que foi destinada inicialmente a
Assento de baptismo de Diogo Inácio de
recolher ladrões, prostitutas, proxenetas, mendigos e Pina Manique, datado de 13 de Novembro
todos aqueles que "denegriam a sociedade lisboeta" de de 1733. Paróquia de Santa Catarina,
então. Aqui, juntamente com as melhores figuras Lisboa.
culturais da época, criava ensino e ocupação para que
estas pessoas tivessem trabalho, dignidade e futuro.
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Esteve também à frente da criação da Guarda Real da


Polícia (1801), da introdução do primeiro sistema de
iluminação de Lisboa e do Teatro de São Carlos (1793)[3].

A sua acção na força policial igualmente orientou-se para


a repressão das ideias oriundas da Revolução Francesa,
designadamente através da proibição de circulação de
livros e publicações, e da perseguição a diversos
intelectuais, especialmente maçons que ele culpava de
terem conspirado a favor da referida revolução.[5]

A pedido de Napoleão Bonaparte, por ter tido desavenças


com o general João Lannes, embaixador francês em
Portugal, o regente D. João viu-se "obrigado" a demiti-lo
em 14 de Março de 1803, dos cargos de intendente-geral
da Polícia da Corte e do Reino, administrador-geral da D.
Maria I e feitor-mor das Alfândegas do Reino[3]

Dois anos após abandonar o cargo, faleceu depois de um


atentado a caminho da sua vila de Manique do
Intendente, tendo sido levado para o seu palácio da Retrato de Pina Manique (Oficina
Travessa da Cruz, em Lisboa, nos Anjos. Tinha 71 anos. portuguesa do séc. XVIII), Palácio do
Foi sepultado num jazigo subterrâneo de família no Correio Velho, Lisboa.
Convento de Nossa Senhora da Penha de França.

Dados genealógicos
Filho legítimo de Pedro Damião de Pina Manique (Lisboa, Sé, bap. 12 de Outubro de 1704 - Lisboa,
Santa Engrácia, 13 de Dezembro de 1756), Cavaleiro Fidalgo da Casa Real, 3.º Senhor do Morgado
de São Joaquim da Coina, Cavaleiro da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, etc. e de sua mulher
Helena Inácia de Faria (Lisboa, Santa Catarina, bap. 17 de Fevereiro de 1715 - Lisboa, Santa
Engrácia, 27 de Março de 1785), que contraíram matrimónio em Oeiras a 25 de Julho de 1731, neto
paterno de Joaquim de Pina Manique, de ascendência Alemã pelos Manique, inicialmente
Meineken, Escrivão da Executória das Commendas das Ordens, e de sua mulher Maria Josefa da
Encarnação de Barroso é neto materno de José Soares de Andrade, Coronel do Mar, e de sua
mulher Catarina Josefa de Almeida que, curiosamente, tinham um modo de vida muito humilde.
Quando Pina Manique nasceu, viviam numa pequena casa tradicional no Beco do Carrasco.

Foi casado com Inácia Margarida Umbelina de Brito Nogueira de Matos (Lisboa, Santa Justa, bap.
31 de Julho de 1749 - Lisboa, Anjos, 10 de Outubro de 1808), com quem casou a 8 de Dezembro de
1773 na Igreja Paroquial de São Cristóvão, em Lisboa, filha sacriléga do padre Nicolau de Matos
Leitão Nogueira de Andrade, Fidalgo Capelão da Casa Real, Monsenhor do Patriarcado de Lisboa,
Governador do Arcebispado de Évora, membro do Conselho privado do Rei D. José I, condenado
pelo Tribunal da Inconfidência e deportado para Angola por ordem do Marquês de Pombal, e de
Ana Joaquina Teresa de Sampaio.

Teve quatro filhos e filhas:

Pedro António de Pina Manique de Brito Nogueira de Matos de Andrade (Lisboa, Pena, 20 de
Setembro de 1773 - Lisboa, Anjos, 5 de Fevereiro de 1839), foi o 2.º Senhor de Manique do
Intendente, 1.º Barão de Manique do Intendente e 1.º visconde de Manique do Intendente,
casado com D. Maria da Glória da Cunha e Meneses (1787-1858);
Helena Antónia Nogueira de Matos de Andrade de Pina Manique (Lisboa, Santa Engrácia, 26
de Dezembro de 1775 - ?), casada com Joaquim José Maria de Sousa Tavares (1776-1837);
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diogo_Inácio_de_Pina_Manique#cite_ref-1 2/3
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Catarina Antónia Nogueira de Matos Andrade de Pina Manique (Lisboa, Santa Engrácia, 12
de Fevereiro de 1779 - ?), casada com Henrique Pinto de Mesquita de Morais Sarmento
Guedes;
Paulo Nogueira de Pina Manique (Lisboa, Santa Engrácia, 26 de Fevereiro de 1781 - Cascais,
Estoril, 27 de Setembro de 1852), casado com Antónia Herculana de Figueiredo.

Referências
1. «Resenha das famílias titulares do reino» (http://books.google.pt/books?id=v4oDAAAAYAAJ&p
g=PA121&dq=resenha+das+familias+titulares+manique&hl=pt-pt&ei=4fmaTba2CoKV8QPp4a
HcBg&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CCYQ6AEwAA#v=onepage&q&f=fa
lse). Google. Books.google.pt
2. «Pina Manique (Diogo Inácio da), Portugal» (http://www.arqnet.pt/dicionario/pinamanique.html).
- Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico,
Volume V, págs. 738-740, Edição em papel de João Romano Torres, em 1904-1915, Edição
electrónica de Manuel Amaral, em 2000-2010
3. Diogo Inácio de Pina Manique, MAPA, 19 de Dezembro de 2016 | Última atualização em 13 de
Julho de 2018 (http://mapa.arquivonacional.gov.br/index.php/publicacoes2/70-biografias/405-di
ogo-inacio-de-pina-manique)
4. Acumulou esse cargo com os de desembargador dos Agravos da Casa da Suplicação,
contador da Fazenda, superintendente-geral de Contrabandos e Descaminhos e fiscal da
Junta de Administração da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba.
5. «cumentos/1223995365B5yIX7es3Wa00LB0.pdf Anglismo na Maçonaria em Portugal no limiar
do século XIX, Maria da Graça Silva Dias, Análise Social, vol .XVI (61-62), 1980-1.º-2.º, pág.
402» (http://analisesocial.ics.ul.pt/d). analisesocial.ics.ul.pt[ligação inativa]

Ligações externas
«Pina Manique (Diogo Inácio da), Portugal»
(http://www.arqnet.pt/dicionario/pinamanique.html). - Dicionário Histórico, Corográfico,
Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico, Volume V, págs. 738-740, Edição
em papel de João Romano Torres, em 1904-1915, Edição electrónica de Manuel Amaral, em
2000-2010
Diogo Inácio de Pina Manique, MAPA, 19 de Dezembro de 2016, última atualização em 13 de
Julho de 2018 (http://mapa.an.gov.br/index.php/publicacoes2/70-biografias/405-diogo-inacio-d
e-pina-manique)

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