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BRETON, Philippe. PROULX, Serge. Sociologia da Comunicação. São Paulo: Loyola, 2002.
BRIGGS, Asa. Uma História Social da Mídia: De Gutenberg à Internet / Asa Briggs e Peter Burke. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004.
Transformação
da Estrutura Mental
do Homem
- “É verdade também que o livro impresso foi um dos suportes essenciais das novas
idéias que se difundiram nos meios humanistas e a partir deles em círculos mais
amplos.” Breton, 40.
- Imperativo mercantil
Princípio - Renovação dos Processos Técnicos
de - Novas Modalidades de Intercâmbio Intelectual.
Performatividade, que comandou a busca pelo processo de impressão.
O trio imprensa-pólvora-bússola
“Foi este trio que ‘mudou todo o estado e a face das coisas em
todo o mundo.’”
Francis Bacon (1561-1626).
- “No entanto, alguns comentaristas desejaram que a nova época jamais tivesse chegado.
As loas triunfais da invenção foram contrariadas pelo que se pode chamar de narrativas
catastróficas. Os escribas, cujo negócio era ameaçado pela nova tecnologia, deploraram
desde o início a chegada da impressão gráfica. Para os homens da Igreja, o problema
básico era que os impressos permitiam aos leitores que ocupavam uma posição baixa na
hierarquia social e cultural estudar os textos religiosos por conta própria, em vez de
confiar no que as autoridades contavam. Para os governos, essas conseqüências
mencionadas por Hartlib não deviam ser celebradas.” Briggs, 28.
Com a multiplicação dos livros, as bibliotecas tiveram de ser ampliadas, ficou mais difícil
encontrar um livro nas prateleiras, e os catálogos se tornaram cada vez mais necessários.
Briggs, 29.
B4. “Um conceito relativamente novo de escrita, que hoje em dia chamamos de ‘literatura’,
junto com o conceito de ‘autor’, alteração ligada à idéia de uma versão do texto correta ou
autorizada. (...) O que chamamos de plágio, assim como a propriedade intelectual
ameaçada por ele, este é essencialmente um produto da revolução da imprensa.” Briggs,
76.
Essas razões técnicas só têm sentido, porém, se as relacionamos ao que Ellul chama de
a formação de uma ‘opinião’, nascida dos contatos que se desenvolveram entre os
diversos grupos sociai que compunham a nação.” Breton, 59.
→ “O primeiro jornal regular de importância (boletins impressos já existiam aqui e ali) foi
La Gazette, de Théophraste Renaudot, cujo primeiro número data de 30 de maio de 1631.
Saía toda semana em doze páginas e tinha uma tiragem de 1.200 exemplares. Será
preciso esperar um século e meio para ver publicado na França o primeiro jornal
cotidiano, Le Journal de Paris, que nasceu em 1º de janeiro de 1777.” Breton, 59.
→ “Acima de tudo, deve-se agradecer ao jornal diário do século XVIII, uma amostra do
efêmero que se tornaria extremamente valioso para os historiadores sociais: o fato de os
impressos se tornarem parte da vida cotidiana ao menos em algumas regiões da
Europa... Somente na Grã-Bretanha, estima-se que 15 milhões de jornais foram vendidos
durante o ano de 1792.” Briggs, 78.
→ “Os efeitos do aparecimento de jornais e outros noticiosos têm sido discutidos desde
aqueles dias até hoje. No início, eles tiveram seus críticos, alguns se queixando de que
traziam à luz o que devia ser mantido em segredo, outros acusando-os de trivialidade. No
entanto também tiveram admiradores. O jornal Il Caffé, de Milão, alegava que abria as
mentes das pessoas e, mais exatamente, que transformava romanos e florentinos em
europeus.” Briggs, 79.
→“Genericamente, os jornais contribuíram para o aparecimento da opinião pública,
termo que tem seu primeiro registro em francês por volta de 1750; em inglês, em 1781; e
em alemão, em 1793.” Briggs, 80.
“A grande questão, (...), é a extensão do efeito da mídia e suas
mensagens sobre as mudanças de atitude e mentalidade das
pessoas.”