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a) argumento de apoio à indústria nascente, dado que uma indústria nascente pode não estar
em condições de participar de uma efetiva competição externa, em especial, quando o
mercado pode já estar oligopolizado. Esse argumento sustenta que tais indústrias deveriam ser
protegidas, ao menos temporariamente, por tarifas ou cotas sobre importação, até que
conseguissem desenvolver eficiência tecnológica e economia de escala que lhes
possibilitassem concorrer com as indústrias estrangeiras.
e) o argumento do direito que tem todo Estado soberano para executar seu processo de
desenvolvimento.
Com relação aos incentivos aos produtores locais, que pode resultar em ampliação da oferta
local e como consequência das exportações, o objetivo principal seria possibilitar que o preço
do produto nacional se torne mais barato do que o preço do similar estrangeiro, ou que se
elimine o diferencial de qualidade e desempenho dos bens, através da disponibilidade de
financiamentos com taxa de juros menores, fornecimento de insumos subsidiados, realização
de obras de infraestrutura para apoio a produção, incentivo ao processo de inovação local, ou
simplesmente atuar com a finalidade de desburocratizar o processo exportador.
Por fim, o protecionismo, apesar da ideia de que seria um instrumento mais utilizado por
países menos desenvolvimentos, na defesa de processos produtivos menos eficientes, no
entanto, na realidade da disputa acirrada entre Estados nacionais, acaba por ser uma prática
política mais comum nos países desenvolvidos, em especial com o uso de instrumentos mais
sofisticados, por exemplo, com o uso mais intensivo de restrições ao comércio baseadas em
barreiras não tarifárias e políticas de subsídios diversos. Instrumentos mais eficazes e que para
sua implementação dependem de Estados com estruturas de governança, ou seja, instituições,
mais complexas e mais organizadas.
RESUMO:
- A dotação de fatores pode ser alterada bem como que processos produtivos mais complexos
e complementares, entre plantas produtivas, situadas em países distintos (organizados em
cadeias produtivas globais) estão ocorrendo e expandindo as transações intra-firma.
Teoria da Proteção
■ Participação do Estado;
Tarifas
- A tarifa aumenta o preço do bem no mercado local diminui a demanda pelo bem
importado e aumenta a oferta local do bem diminui a demanda total pelo bem no mercado
em que incide
- Tarifas sobre exportação: (resultado inverso em relação a tarifa sobre importação) aumenta o
preço; diminui a exportação; aumenta a oferta interna; gera arrecadação para o governo;
aumenta excedente do demandante e diminui o do ofertante Geralmente usada para evitar
desabastecimento interno, combater processo inflacionário específico ou como medida de
política industrial.
- Brasil: recuo das tarifas (10%); o Brasil possui ainda um regime tarifário praticamente sem
tarifas específicas ou cotas.
■ Ao contrário, economias mais desenvolvidas, apesar de terem tarifas médias pouco menores
que a brasileira, aplicam "picos tarifários" a produtos específicos, usam tarifas específica e se
utilizam de muitas barreiras não tarifárias, cotas e subsídios
Subsídios
Cotas
- Afeta preços internos elevando-os; diminui a demanda interna; aumenta a oferta loca; gera
uma renda para os detentores da cota.
- Medidas legais que restringem bens importados por não atenderem especificidades
determinadas pelas normas do país importador.
* SOCIAIS – normas que exigem do bem importado a observação de regras existentes no país
importador, quanto as leis trabalhistas, direitos de associação, direitos humanos, etc...
Exemplo: impedir importação de bens provenientes de países que usam trabalho infantil, etc.
Medidas antidumping
- Restrição da importação dado que o país importador alega que o bem importado esta com
preço abaixo do custo, praticando assim, concorrência desleal com o produtor local.
Salvaguardas
- Restrição da importação, de forma provisória, por alegar que as importações, com forte
expansão, colocam em risco a produção local – prejuízo imediato (irreversível).
Restrição voluntária
- Uma restrição voluntária à exportação (RVE) funciona como uma cota de importação, exceto
pelo fato de ser imposta pelo país exportador em vez do país importador. Costuma ser
requerida pelo país importador, sendo comumente aceita pelo exportador, após negociações
específicas (são temporárias). A restrição eleva os preços no mercado do país importador,
elevando a renda dos produtores locais em detrimento dos demandantes locais.
Conteúdo local
Política Cambial
Argumentos a favor do livre comércio: – Permite a alocação dos recursos produtivos de modo
mais eficiente, sem distorções de preços. – Explora vantagens comparativas existentes. –
Estimula concorrência. Argumentos a favor de intervenção: são baseados na idéia que as
restrições comerciais podem permitir - – Ganhos de termos de troca (relação entre países). –
Construção de vantagens competitivas na economia local, mais fragilizada (mudar status). –
Tratar as falhas do mercado, com melhores políticas possíveis
GATT E OMC
Regulação do Comércio Mundial
As regras globais de comércio foram implementadas para fornecer garantia e estabilidade para
o fluxo de comércio. Com regras estáveis, os demandantes e ofertantes podem desfrutar de
suprimentos seguros e maior escolha de produtos acabados, componentes, matérias-primas e
serviços que utilizam. Os produtores e exportadores sabem que os mercados estrangeiros
continuarão abertos para eles. A ideia central é que com o apoio de instituições regulatórias o
mundo econômico pode se apresentar de maneira mais próspero, pacífico e responsável. Cada
Estado opta, assim, por ceder partes de sua soberania para um atendimento de regras
formuladas em consenso com outros Estados nacionais.
Em 1947 foi assinado um acordo sobre tarifas e comércio (GATT) inicialmente por 23 países,
que se tornou um conjunto de regras sobre comércio que depois se expandiu para mais de 100
países até a constituição da Organização Mundial do comércio em 1995.
Como todo organismo multilateral a OMC é palco de disputas entre os interesses nacionais dos
diferentes Estados Membros, o que gera questionamentos sobre uma possível hierarquia
interna. De qualquer maneira é um espaço para constante negociação política, o que implica
que cada Estado tem que ter claro seu interesse estratégico ao participar do processo.
Dentre as funções da OMC está a de registrar acordos comerciais entre os Estados membros,
dentre estes acordos destaca-se o Acordo da União europeia e do Mercosul, dentre outros
RESUMO:
OMC E GATT
* ONU: Organização das Nações Unidas –assembleia geral para discussão de temas
políticas – segurança internacional.
* FMI: Fundo Monetário Internacional –organismo para apoio aos países com
problemas na balança de pagamentos –empréstimos em dólar (convertido em meio de
pagamento internacional).
* BIRD: Banco para a Reconstrução e o Desenvolvimento Internacional – depois
denominado Banco Mundial (WB) –empréstimos aos países membros para projetos
econômicos.
* GATT: pensado inicialmente para ser a OIC –manteve-se como um Acordo Comercial.
GATT 47
- Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio provisório
- Acordo assinado por 23 países, liderados pelos Estados Unidos estabelecendo regras
para o comércio entre os países membros.
Objetivo: restabelecer fluxos de comércio externo e confiança para o crescimento
econômico - pós II guerra mundial diminuir tarifas sobre bens industriais - através
de rodadas de negociações
- Multilateralismo (regras iguais para todos) – “Não descriminação”; Similaridade;
Reciprocidade; Soberania e Transparência.
- Ampliou o fluxo de comércio
- Aumentou o número de países membros
- Ampliou os temas tratados: (tarifas industriais, comércio de bens agrícolas, comércio
de serviços, barreiras não tarifárias, subsídios, medidas antidumping, salvaguardas,
propriedade intelectual, compras governamentais, comércio de têxteis, investimentos,
dentre outros...)
Rodada Uruguai (1986-1994): Mudança no ambiente internacional –
fim da guerra fria (polaridade EUA –URSS); Discussão sobre desenvolvimento e
comércio – globalização produtiva e livre movimentação de capitais Sem a
possibilidade de um acordo amplo, decidiu-se pela mudança institucional – superar a
fragilidade do Acordo Provisório (GATT 47) colocando no lugar um organismo dotado
de maior reconhecimento e de instrumentos para avançar nas regras multilaterais
(OMC).
OMC
- OMC (01/01/1995) – herdeira dos compromissos do GATT com mais poder de
intervenção nos conflitos comerciais.
Funções:
*Zona do Euro: União monetária dentro da União Européia Criada para facilitar
negociações, transações comerciais, reduzir custos, procurando tornar a
economia do conjunto de países mais estável e competitiva.
gerar uma área com livre fluxo de
Tratado de livre comércio da América do Norte;
mercadorias;
Características – acordo de livre movimentação de
diminuição dos custos comerciais entre os
NAFTA mercadorias, não há organizações supranacionais nem
membros; propiciar maior competitividade
políticas compensatórias ou conjuntas.
no mercado mundial para os
produtores pertencentes ao Acordo
expansão do fluxo de comércio entre os
países membros;
reestruturação de diversos setores
Denominação: Mercado Comum do Cone Sul envolvendo
industriais;
Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai; § Acordo baseia-se
instituição de um regime automotivo para
MERCOSU na livre circulação de bens e serviços
integração da indústria automotiva de
L com política tarifaria externa comum, abrange ainda
Brasil e Argentina;
temas políticos e de direitos humanos e cidadania.
estimulo à investimentos recíprocos entre
empresas das duas maiores economias
criação de fundo de investimentos
criação do parlamento do Mercosul
Os dados apontam ainda que a economia europeia foi a que mais sofreu com a crise. Já a
economia norte-americana apresentou queda acentuada de PIB em 2020, mas, em 2021 já
demonstra alta taxa de crescimento, muito em função da efetivação de um pacote econômico
de auxílio/intervenção, efetuado pelo governo norte-americano, como aliás vem ocorrendo em
quase todas as economias no mundo. Em função desta recuperação, espera-se uma acirrada
disputa econômico-produtivo comercial da economia norte-americana contra a economia
chinesa, nos próximos anos. Uma disputa aberta por liderança no plano econômico global.
Cabe destacar que o dinamismo da economia chinesa tem articulado suas economias vizinhas,
no sudeste asiático, estabelecendo assim, uma área produtiva regionalizada que deve se
consolidar como a mais dinâmica e produtiva área do mundo nesta década. Neste contexto,
acordos entre a ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático), composta por 10
países, com a China, Coreia do Sul e Japão, tem garantido altas taxas de crescimento
econômico destes países, bem como do comércio entre eles e deles com o resto do mundo.
Sobre a inserção da economia brasileira na economia global, os últimos anos tem reforçado o
movimento de uma inserção sustentada em recursos naturais, tendo como base a teoria das
vantagens comparativas ricardianas. Isto ocorre, depois de um período em que se procurou
construir vantagens competitivas , na primeira década do século XXI, tendo como base a
realização de uma política de comércio exterior com caráter mais protecionista, integrada com
uma política industrial e uma ação de política externa mais voltada para a integração regional.
Assim, observa-se uma expansão da exportação de commodities pelo Brasil ao mesmo tempo
em que aumentam as importações de bens manufaturados, em especial, bens intermediários.
A indústria nacional perde elos produtivos internos, e se aprofunda a tendência a se tornar mais
montadora de bens para oferta local e regional. A China se consolidou como maior parceiro
comercial do Brasil, acentuando a relação de fornecedor de bens manufaturados e demandante
de bens commodities da economia brasileira.