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a.2) SUBSÍDIOS
O subsídio tem sido combatido ferozmente nos últimos anos, tendo sido objeto de
muitas rodadas de negociação da OMC, inclusive da Rodada Doha, em andamento, mas,
também os que o combatem, o adotam.
Curso: Administração – Componente Curricular: Políticas Brasileiras de Comércio Internacional
Ano/Semestre Letivo: 2014/I – Ano/Semestre do Curso: 4º/VIII – Professor: Gerson Miguel Lauermann
55 9651 2785 – e-mail: glauermann@gmail.com – website: www.fema.com.br
b) OUTRAS FORMAS DE PROTEÇÃO
Além das tarifas e subsídios, que mormente são barreiras tarifárias, ou que,
envolvem pecúnia, existem outras formas de proteção que os países podem e adotam em
relação à proteção de suas economias.
São restrições quantitativas que são impostas sobre as importações. Podem incidir
sobre a quantidade ou sobre o valor.
“Por quota entendem-se as restrições quantitativas impostas sobre o volume ou o
valor das importações. Podem ser fixadas em acordos entre países ou ser resultado de
decisão unilateral.” (CARVALHO; SILVA, 2004, p.70)
Esse sistema pode trazer mais prejuízos, principalmente ao consumidor final que as
tarifas, eis que poderá ocasionar falta do produto ou ainda, obrigar o consumidor a comprar
produtos de baixa qualidade, em detrimento ao produto importado. Traz prejuízo também
ao governo pois não representa arrecadação, pelo menos não no momento da importação.
“É um equívoco pensar que este sistema é preferível a tarifas, supondo que não
eleve preços. Sempre que são impostas restrições quantitativas, a insuficiência de oferta
resultante provoca alta de preço do mesmo modo que as tarifas.” (CARVALHO; SILVA,
2004, p.70)
Alguns países usam este sistema para arrecadar de outra forma, através de leilão
das quotas no mercado. Isso possibilitaria que se evitasse a concentração das licenças nas
mãos de poucas empresas.
As quotas, como a maioria das barreiras protecionistas, tem como mote principal, a
proteção à indústria nacional.
O país que determina embargo comercial, em alguns casos, pode ainda recomendar
que seus parceiros comerciais procedam da mesma forma. Por muito tempo Cuba
conseguia comercializar seus produtos somente com alguns países alinhados com sua
filosofia política. Isso normalmente implica em atraso para o país que sofreu o embargo,
ocasionando enormes perdas econômicas, tecnológicas e de desenvolvimento.
Essa regra pode ser aplicada quando o governo quiser impedir o ingresso de
produtos estrangeiros, privilegiando produtos nacionais. No Brasil esta proteção ocorreu no
período do programa de substituição das importações.
Estas leis podem ser específicas para as compras públicas ou abranger todos os
possíveis interessados. Por meio deste sistema, o governo baixa normas visando
impedir a importação de determinado produto, caso exista produção de similar
nacional. (CARVALHO; SILVA, 2004, p.71)
Esse método ajudava os governos a sanar os déficits e foi empregado pelo governo
Jânio Quadros, como o nome de Letras de Importação.
Das barreiras vistas, a sua maioria é barreira não-tarifária (BNT) e normalmente são
de ordem burocrática.
Estes acordos tiveram origem após a Segunda Guerra Mundial, quando os países,
muitos tentando recompor suas economias empresas, negociaram vários acordos de
restrição de exportações.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Maria Auxiliadora de; SILVA, César Roberto Leite da. Economia
Internacional. 3ª ed. São Paulo: Saraiva 2004. Capítulos 4 e 5.
RATTI, Bruno. Comércio Internacional e Câmbio. 10ª Edição. São Paulo: Aduaneiras,
2000. Cap. 17 e 18.