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A cláusula do tratamento nacional está prevista no artigo III do acordo do GATT, dispondo

que:

“Os produtos originários de qualquer Parte Contratante importados no território de qualquer


outra Parte Contratante gozarão de tratamento não menos favorável que o concedido a
produtos similares de origem nacional no que concerne a todas as leis, regulamentos e
exigências que afetem a sua venda, colocação no mercado, compra, transporte, distribuição ou
uso no mercado interno. As disposições deste parágrafo não impedirão a aplicação das taxas
diferenciais de transportes, baseadas exclusivamente na utilização econômica dos meios de
transporte e não na origem de produtos.”

Significa que: Os produtos importados devem receber o mesmo tratamento dispensado a


produtos similares nacionais, ou seja, ao ingressar em um determinado mercado, o produto
não pode receber um tratamento menos favorável do que aquele dispensado ao similar
nacional.

A invocação do tratamento nacional somente é permitida em relação ao produto importado


proveniente de país signatário do GATT que encontre discriminação tarifária em relação a um
similar nacional. Para que um produto importado tenha o mesmo tratamento que o nacional, é
preciso que:

• seja proveniente de país signatário do GATT


• haja um produto correspondente interno
• concessão de privilégios fiscais ao produto nacional

Por via de regra, a cláusula do tratamento nacional, proíbe a discriminação entre produtos
nacionais e importados, isto é, não se podem criar mecanismos de modo a permitir a proteção
dos produtos nacionais, assim sendo, uma vez que um produto estrangeiro entra no país X,
deverá receber o mesmo tratamento que o similar nacional no que concerne às leis,
regulamentos ou requerimentos que afetem sua venda interna, oferta, aquisição, transporte,
distribuição e uso. Taxas, impostos, regulamentos técnicos, exigências de embalagem, selos ou
etiquetas e requerimentos relativos à proteção da saúde são fatores que podem causar
discriminação entre produtos similares.

O objetivo fundamental do princípio do tratamento nacional é evitar o protecionismo que um


país possa exercer sobre seus produtos em detrimento do produto importado. Por essa razão,
também é conhecido como princípio da igualdade de tratamento.

Através de uma lista de concessões, ficam determinados, os produtos e tarifas máximas que
devem ser praticadas no comércio internacional. Trata-se da alíquota consolidada ou Boud
Rate, sendo que o Estado é obrigado a respeitar esse limite, não podendo em uma próxima
reunião aumentar essa alíquota consolidada. Até a Rodada Uruguai, grande parte dos países
desenvolvidos já possuía a lista e tarifas consolidadas, só podendo alterá-las através de
concessões às partes interessadas, enquanto os países em desenvolvimento, só consolidaram
amplamente apenas na Rodada Uruguai.

Cláusula Evolutiva

• Nº 7 da decisão popularmente denominada Cláusula de Habilitação;


• Carácter unilateral;
• Países à medida que se vão desenvolvendo vão perder estes benefícios quando
atingem certos patamares (→ Hong-Kong / Coreia do Sul) – também pode acontecer
por razões políticas (Chile deixou de receber dos EUA porque foi preso um dos
principais líderes sindicais / Sri Lanka deixou de receber da UE porque certas
convenções não estavam a ser respeitadas)

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