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UNIVERSADE DO SUL DE SANTA CATARINA

FERNANDA ALTHOFF

EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL
PROPOSTA DE QUALIFICAÇÃO DO BAIRRO ESTREITO

FLORIANÓPOLIS

2017
FERNANDA ALTHOFF

EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL
PROPOSTA DE QUALIFICAÇÃO DO BAIRRO ESTREITO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao curso de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade do Sul de Santa Catarina.

Orientador: Cristiano Fontes de Oliveira

FLORIANÓPOLIS

2017
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus que me


fortalece diariamente, aos meus pais Eliana e Osni
que nunca mediram esforços para que eu alcance
meus objetivos, aos meus irmãos que presenciaram
cada etapa da minha vida vencida.
Agradeço ao meu orientador Cristiano
Fontes que, com paciência e sabedoria, soube me
conduzir e me auxiliar para atingir os melhores resul-
tados possíveis.
A todos os professores, que ao longo desses
5 anos, me transmitiram os ensinamentos que hoje
estou expondo nesse trabalho.
Aos colegas de faculdade, por estarem
presentes nessa caminhada, e principalmente a
minha dupla de projeto que me acompanhou do
3º ao 8º semestre, enfrentando ao meu lado muitas
dificuldades e vibrando comigo nossas conquistas.
Não posso deixar de citar os meus amigos
que sempre me deram suportem principalmente
nessa reta final de conclusão de curso.
A todos minha eterna admiração e carinho.

Muito obrigada!
RESUMO ABSTRACT

O presente trabalho consiste em de- O presente trabalho consiste em de-


senvolver um Trabalho de conclusão de curso, senvolver um Trabalho Final de Graduação 1,
referente a um edifício multifuncional no bair- referente a um edifício multifuncional no bairo
ro Estreito em Florianópolis, com o intuito de Estreito em Florianópolis, com o intuito de re-
qualificar a área e ampliar o turismo da capi- qualificar a área e ampliar o turismo da capi-
tal para a porção continental. tal para a porção continental.
Foram realizados levantamentos foto- Foram realizados levantamentos foto-
gráficos, diversos tipos de análises da área em gráficos, diversos tipos de ánalises da área em
questão e aquisição de referenciais projetu- questão e aquisição de referenciais projetuais,
ais, para enfim compor um embasamento te- para enfim compor um embasamento teórico
órico que dê suporte ao desenvolvimento da que dê suporte ao desenvolvimento da pro-
proposta arquitetônica do edifício multifun- posta arquitetônica do edifício multifuncional
cional, com térreo comercial permeável, res- horizontal, com térreo comercial permeável,
taurantes, entretenimento diurno e noturno, restaurantes, entretenimento diurno e notur-
salas corporativas, residências e áreas verdes no, salas corporativas, residências e áreas ver-
de lazer. des de lazer.
O projeto conta também com a inclu- O projeto conta também com a inclu-
são de diretrizes para o bairro, prevendo as- são de diretrizes para o bairro, prevendo as-
sim, melhorar a mobilidade do local. sim, melhorar a mobilidade do local.

Palavra chave: Edifício multifuncional; qualifica- Keywords: Multifunctional building; qualification;


“A gente tem é que SONHAR, senão
ção; Estreito; proposta arquitetôtina. Estreito; architectural proposal.
as coisas não ACONTECEM.”
(Oscar Niemeyer)
INTRODUÇÃO 12

SUMÁRIO
Objetivos 16
Metodologia 17

DIAGNÓSTICO 20
Histórico do bairro e importância na cidade hoje 20
Localização e acessos 23
Ánalise urbana 24
Características do terreno 29

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 35

REFERENCIAIS PROJETUAIS 47
09
PARTIDO GERAL 59
diretrizes 62
Programa de necessidades 64
Memorial descritivo 65
Aspectos sustentáveis 66
Implantação esquemática 67
Setorização 68
Plantas baixas esquemáticas 69
Proposta volumétrica 70
Croqui das fachadas 78

CONSIDERAÇÕES FINAIS 82

REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS 60

CRÉDITO DAS IMAGENS 64

01
1
1. INTRODUÇÃO 12
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo geral 16
1.2.2 Objetivo específico 16
1.3 METODOLOGIA 17

02
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho fundamenta-se O contato com a cidade rapidamente Gehl (Id., 2010, p. 91) menciona as cidades estão cada vez mais caóti-
em levantar diretrizes para o bairro Es- se dissipa a partir do quinto andar com “Nos mais de cinquenta anos em que os cas e inseguras, uma vez que a movi-
treito, juntamente com o projeto de um a interface de contato passando para carros invadiram as cidades, registrou-se mentação de pessoas caminhando e
edifício multifuncional, que contemple vistas, nuvens e aviões”, com esse em- um enorme aumento tanto do tráfego circulando a pé são a garantia de uma
residência, comércio, serviço e lazer basamento, o projeto de gabarito re- de veículos quando dos índices de aci- cidade mais tranquila.
inseridos em uma quadra aberta e per- lativamente baixo, contará com torre dentes. ”, ao longo dos anos, os veículos Pretende-se com o desenvol-
meável. residencial e corporativa e uma base motorizados dominaram as cidades sem vimento deste trabalho, recuperar a
Com o intuito de manter o bairro comercial ampla, aberta, composta calcular os possíveis e futuros prejuízos, conexão das pessoas com o bairro, tor-
movimentado e com vida em todos os por áreas verdes e passeios, convidan- paralelamente limitou-se o espaço dos nando-a segura e adaptando-a para
períodos do dia, o planejamento do edi- do subconscientemente os pedestres pedestres, as ruas tornaram-se obstácu- pedestres e usuários de veículos não
fício multifuncional irá abranger pub’s, a acessarem e permearem na quadra. los e apesar das pessoas serem a prio- motorizados, trazendo-os novamente
12 bares, restaurantes e espaços de lazer Para que a edificação permaneça a ridade da cidade, foram impedidas de para primeiro plano, para que possam 13
como boliche e cinema, que permane- nível do pedestre, e a deixe mais intimis- circular livremente e precisaram desen- desfrutar de espaços verdes, comércio,
çam abertos além do horário comercial. ta, haverá apenas 5 pavimentos. É ne- volver uma atenção redobrada. lazer e alimentação. A prioridade é tor-
Como aponta Gehl (2010, p. 41) cessário que se retome a qualidade de Essa prioridade foi invertida de nar o bairro acessível a todos os públicos
“O contato entre os edifícios e a rua é vida que está se perdendo com o cres- forma agressiva, anulando os pedestres e que, principalmente, não haja barrei-
possível nos primeiros cinco andares. cimento agressivo da cidade. e priorizando os carros. Como resultado ras ou limitações.

03
O bairro Estreito se desenvolveu Cidades convidativas devem ter um espaço pú- Através das figuras abaixo é possível
muito nos últimos anos e vem sofrendo blico cuidadosamente projetado para sustentar identificar o terreno escolhido para a propos-
inúmeras transformações. É evidente a os processos que reforçam a vida urbana. Uma ta de edifício multifuncional. A representação
substituição de residências unifamilia- condição básica é que a vida na cidade seja po- está em escala Brasil e Santa Catarina, com
res por edificações multifamiliares, com tencialmente um processo de autoreforço. (GEHL, ampliação para o bairro Estreito na cidade
isso a quantidade de moradores vem 2010, p.65). de Florianópolis.
aumentando diariamente, porém o
comércio, serviço, alimentação e lazer
não está crescendo na mesma propor-
ção e os empreendimentos existentes já
não estão mais conseguindo responder
a essa demanda.
A praça Nossa Senhora de Fáti-
14 15
ma localizada bem em frente ao terre-
no proposto, é referência para o bairro,
onde também está situada a igreja na
qual carrega o mesmo nome da pra-
05c
ça. Infelizmente a praça encontra-se
degradada e sem manutenção, con-
sequentemente reduziu-se o fluxo signi-
ficativamente e passou a ser um espa-
05b
ço considerado de transição, não mais
de permanência como a alguns anos
atrás.
Legenda:
A proposta, além de trazer para
05a - Mapa do Brasil com destaque para Santa Ca-
o bairro uma edificação multifuncional
tarina
ampla e acessível, irá reintegrar a pra-
05b - Área continental da cidade de Florianópolis
ça, revitalizando-a e restaurando a vida
circulada no mapa de Santa Catarina
no local.
05a 05c - Localização do terreno dentro do bairro Estreito
04
1.2. OBJETIVOS • Analisar referenciais já existentes e referen- 1.3. METODOLOGIA Branca”;
1.2.1. OBJETIVO GERAL ciais de projeto; • Através de pesquisas em • Visita técnica para avaliar
O objetivo deste trabalho consiste em • Estudar a potencialidade e a necessidade livros, revistas, artigos e bi- e analisar o Bairro Pedra
realizar um projeto arquitetônico uma quadra do bairro; bliografias virtuais, encon- Branca, trazendo para o
multifuncional com centro comercial, torre • Propor diretrizes em escala urbana, como trar novos conceitos de projeto pontos positivos e
corporativa e residencial, no bairro Estreito - revitalização da praça Nossa Senhora de quadra aberta, cidade levantando possíveis pon-
Florianópolis/SC. Fátima, ampliação de ruas e ciclofaixas; compacta e densa, de tos negativos para que se-
• Sugerir continuidade entre os espaços pú- urbanismo sustentável, da jam evitados;
1.2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO blicos e a beira-mar continental; escala da cidade para • Diagnosticar a área de es-
O presente trabalho procurou atingir • Apresentar projeto em escala da quadra, pessoas e da conexão e tudos através de registros
os seguintes objetivos específicos: com centro comercial, corporativo, resi- dos usos dos espaços públi- fotográfico, verificando em
• Diagnosticar a área de estudos analisan- dencial, espaços de lazer e conexão com cos, para adquirir um bom loco os pontos de conflito;
do a viabilidade da mobilidade do local a praça já existente. embasamento teórico e • Propor projeto em esca-
16 17
para tal empreendimento; • Análisar o plano diretor, levantar os dados realizar a fundamentação la da quadra, com térreo
• Estudar temas como: necessários para o pragrama de necessi- teórica; permeável composto por
1. Novos conceitos de quadra aberta dade; • Estudar obras já existentes centro comercial e uma
2. Cidade compacta e densa • Desenvolver diagramas e croquis; na grande Florianópolis torre mista, corporativa e
3. Urbanismo sustentável • Propor projeto em escala da quadra, com que possam agregar con- residencial;
4. Escala da cidade para pessoas térreo permeável composto por centro ceitualmente no projeto, • Conectar a praça já exis-
5. Espaços públicos; comercial, torres corporativa e residencial. como a “cidade Pedra tente ao projeto proposto.

06
18

2. DIAGNÓSTICO 20
2.1 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS 20
2.2 HISTÓRICO DO BAIRRO E IMPORTÂNCIA NA CIDADE HOJE 21
2.3 ANÁLISE URBANA 24

2
2.3.1 Morfologia 24
2.3.2 Sistema viário 25
2.3.3 Cheio X vazio 26
2.3.4 Uso do solo 27
2.3.5 Áreas verdes 28
2.4 CARACTERÍSTICAS DO TERRENO 29
2.4.1 Análise climática 29
2.4.2 Entorno imediato 30
2.4.3 Condicionantes e viabilidade 32

07
2. DIAGNÓSTICO Pena tornando uma conexão direta de veícu- 2.2 DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO abate na ilha, por botes ou muitas vezes
Trata-se de uma etapa importante los e ciclistas entre a beira-mar continental e DO BAIRRO E A IMPORTÂNCIA NA CIDA- a nado acarretava, em grande parte,
para o desenvolvimento do projeto, as análi- as duas principais vias do bairro. Dessa forma DE HOJE na morte dos mesmos.
ses levantadas nesse capítulo interferem signi- o terreno passa a ter mais um acesso de fluxo O bairro Estreito possui esse Em 1907 o bairro começou a de-
ficativamente nas diretrizes urbanas e projetu- contínuo, porém controlado, visto que a ideia nome por ser a parte mais estreita que senvolver outras funções, inclusive turís-
ais. é de que a rua seja compartilhada. liga o continente a ilha de Santa Catari- ticas, tudo isso devido a instalação da
2.1 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS A rua Souza Dutra, em frente ao ter- na, foi fundado com o objetivo inicial de escola de aprendizes – marinheiros, a
O terreno está localizado na principal reno, atualmente possui sentido duplo, com abrigar comerciantes, através de pou- partir daí a região iniciou uma nova ex-
via de acesso do bairro, sentido ilha continen- a nova proposta, passará a ter sentido único, sadas e hotéis, quando não havia a pansão, onde moradores começaram
te, nesse caso sua posição em relação a aces- assim a rua dos Navegantes passará a ser uma possibilidade de atravessar o canal por a enxergar o local, como área de praia
sos torna-se automaticamente privilegiada. rua de conexão entre a Afonso Pena e Souza conta e diversão, já que naquela época não
A proposta inclui ampliar a rua es Dutra. das condições climáticas. Posteriormen- havia poluentes na baia.
m Afonso r
e
.H te, em janeiro de 1842 o bairro inaugu- O bairro inicia uma transforma-
20 al 21

Ru
M rou um matadouro, visto que a travessia ção, com o início das obras da ponte
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dos animais pela água para realizar o Hercílio Luz

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Então o bairro começa uma nova
em 1922, o local passa a ser rota de veículos, funções próprias para o bairro, traz além da
fase, em 1970 a COHAB constrói conjuntos
consequentemente mais valorizado. escola de marinheiros, o exército, biblioteca
habitacionais, desencadeando a implan-
A partir de 1923, com o surgimento pública, estádio de futebol e escola de ensino
tação de minimercados, feiras e novos
inicial dos loteamentos, novos residentes co- fundamental. Em 1940 instalam-se as madeirei-
comércios na região, o Estreito passa a ser
meçaram a se instalar no local, as instalações ras oferecendo mão de obra, o bairro passa a
considerado autossuficiente.
intercalavam-se entre casas de veraneio e ter produção e com isso empregos, foi então
Atualmente, o bairro é considerado
moradias fixas. Em 1926 com a inauguração que passou de residencial para misto.
uma centralidade da parte continental de
das ponte e abertura total para tráfego de A igreja Nossa Senhora de Fátima, atu-
Florianópolis, traz a possibilidade de residir
veículos, o bairro torna-se uma área de per- al referência para o bairro, foi inaugurada em
e trabalhar sem maiores deslocamentos,
manência, os moradores da capital visuali- 1944, desencadeando o início das obras do
visto que, de modo geral, o bairro é bem
zam o bairro como um espaço para constituir jardim Nossa Senhora de Fátima, em 1953 o
completo, abraçando serviço, comércio,
e abrigar suas famílias, o bairro que antes era Jardim foi inaugurado, porém com a metade 11
lazer, edifícios residenciais e corporativos.
o encontro e hospedagem de comerciantes, do tamanho atual, somente em 1976 quando
22 11 O crescimento rápido e acelerado 23
agora torna-se residencial, turístico e com o começou a ser implantado o plano diretor de
dos últimos anos e a rota de passagem di-
surgimento de algumas áreas comerciais. Florianópolis é que a praça foi ampliada, e
reta para a ponte que conecta ilha con-
O desenvolvimento acelerado gerou passou a ter o tamanho atual.
tinente, juntamente com a instalação de
diversas revendas de automóveis e lojas de
móveis e decoração que desempenha-
ram uma identidade comercial muito forte
no local, aumentaram o fluxo de veículos
nas ruas do bairro, sobretudo nas duas prin-
cipais vias do bairro.
A setorização das edificações tam-
bém contribuiu para esse aumento, pois
com as distâncias cada vez maiores e a
falta de ciclovias fez com que os pedestres
aderissem pouco a pouco aos meios de
12 transporte motorizados.
10 12
LEGENDA
2.3 ANÁLISE URBANA
vias rápidas 2.3.2 SISTEMA VIÁRIO
Com o intuito de coletar dados Através dos mapas a seguir, a
Vias arteriais Com a grande maioria das linhas
mais precisos a respeito do terreno e das análise urbana irá levantar informações
Vias coletoras de ônibus da rede emflotur e bigua-
necessidades que o bairro dispõe. para a conclusão do diagnóstico.
Vias locais çu passando pelas duas principais vias
do bairro, e algumas linhas específicas
2.3.1 MORFOLOGIA
costurando as ruas coletoras e locais, o
O bairro Estreito possui ruas condiciona-
bairro não carece de transporte público.
das pelo valor topográfico, visto que no
Em contrapartida, com excesão da Ave-
cruzamento das ruas General Liberato
nida Beiramar continental, não há mais
Bitencourt e Souza Dutra inicia uma to-
nenhuma ciclovia ou ciclofaixa por toda
pografia mais elevada.
extensão do bairro.
No geral as ruas são ortogonais, mas
Os pontos de ônibus são bem
não rígidas, dispõe de uma variação de
24 distribuidos, com aproximadamente um 25
ruas e as quadras caracterizam-se por
ponto a cada duas quadras.
serem amplas e largas.
O principal agravante para o
Há um trecho bem no início
bairro hoje, é a quantidade de veículos
da Rua Fúlvio Aduci com uma grande
automotores que circulam pelas ruas,
quantidade de edificações históricas,
mais especificamente nas ruas Fúlvio
por esse motivo são construídas lado a
Aduci e General Liberato Bitencourt. A
lado sem muros nem afastamento late-
demanda vem crescendo ano a ano e
rais ou frontais.
não há mais horários de pico, qualquer
hora entre 8 e 18 horas há bastante mo-
vimento e fluxo intenso. Uma forma de
resolver essa problemática seria investin-
do em ciclofaixas, para gerar novas pos-
sibilidades de locomoção

0 31 62 93 124m 0 31 62 93 124m
13 14
2.3.3 CHEIOS E VAZIOS 2.3.4 USO DO SOLO não planejado do bairro, degradan-
A notável aglomeração O bairro possui um perfil bem do-se com o tempo e ficando em de-
de cheios que o bairro apresenta diversificado, com predominância re- suso. As áreas consideradas subutiliza-
é inversamente proporcional aos sidencial e comercial. As edificações das, tratam-se de terrenos baldios e/ou
vazios urbanos. O crescimento mistas caracterizam-se por, na grande edificações abandonadas. Com bom
populacional juntamente com maioria, torres residenciais com térreo planejamento e uma proposta de reur-
a importância do bairro para a comercial. As instituições existentes são banização, esses locais que hoje en-
cidade de Florianópolis, transfor- referentes a igrejas e não estão presen- contram-se sem uso, poderiam oferecer
mou o mesmo em um local con- tes em quantidade significativa. para o bairro espaços verdes, aumen-
densado. As áreas de lazer perderam-se tando a qualidade de vida dos mora-
Atualmente as áreas que com o desenvolvimento acelerado e dores e valorizando o bairro.
se encontram inutilizadas, são, na
grande maioria, locais impossibili-
26 27
tados de construir, como o caso
da praça Nossa Senhora de Fá-
tima. Visto que os vazios estão
quase escassos, a maneira de
contornar essa situação é subs-
tituir as residências unifamiliares LEGENDA

por edificações de grande porte, Residência

multifamiliares e comerciais Comércio e serviços


Uso misto
O terreno escolhido tra-
Institucional
ta-se de um dos poucos vazios
Lazer
urbanos existentes viabilizadas
Áreas subutilizadas
para construção, justamente por
Terreno da proposta
isso que a proposta objetiva aci-
15 ma de tudo, conciliar em uma
única quadra as carências que o
LEGENDA 0 31 62 93 124m 0 31 62 93 124m
bairro possui. 16
Cheios Vazios
2.3.4 ÁREAS VERDES 2.4 CARACTERÍSTICAS DO TERRENO 2.4.1 ANÁLISE CLIMÁTICA
É indiscutível a importância de O terreno com entorno divrsificado, possui uma pecu- O clima tropical tempe-
espaços verdes tanto para as pessoas liaridade de grande valia, são quatro esquinas, ou seja, ne- rado daregião de Florianópolis
quanto para o ecossistema. O desenvol- nhum extremante, influenciando positivamente na insidência é caracterizado por estações
vimento sem planejamento e acelerado solar e diretamente na proposta arquitetônica. bem definidas, com chuvas
do bairro ocasionou em uma redução bem distribuídas durante o ano
significativa de áreas verdes e espaços todo, porém com maiores inci-
de lazer ao ar livre. dências no período do inverno.
A vegetação tem um papel in- Os ventos predominan-
substituível em nossa cidade, e a falta tes são norte e nordeste, po-
dela nos traz inúmeros problemas, den- dendo ser verificado na rosa
tre eles o aumento de gases atmosféri- dos ventos (figura 18), no en-
cos prejudiciais à saúde humana. tanto o vento responsável pe-
28 29
Os espaços verdes destacados las quedas de temperatura é o
possuem parque infantil e um ambiente Sul e possui insidência significa-
LEGENDA
amplo de contemplação, porém todos tiva.
Primavera
sem manutenção. Apesar do terreno es- Verão
O terreno está locali-
18
colhido estar situado em frente a uma Outono zado paralelamente a aveni-
importante praça do bairro - Nossa Se- Inverno da Beiramar continental, e por
nhora de Fátima- não há em um raio de não haver barreiras físicas signi-
400m nenhuma outra praça que aten- ficativas, é alvo direto da ação
da o público e os moradores do local. dos ventos norte e nordeste.
Em relação ao sol o
terreno é favorecido pela inci-
LEGENDA
dência direta de luz solar em
Áreas verdes de Lazer
todo o período do dia, visto
Áreas verdes Subutilizadas
que não há bloqueios significa-
Trajeto 1: distância= 165 m
tivos impedindo a iluminação
Trajeto 2 : distância= 423m
17 natural.
Trajeto 3: distância= 883m
19
0 88 176 264 352m Trajeto 4: distância= 993m
Trajeto 5: distância= 1510m
2.4.2 ENTORNO IMEDIATO
O terreno está bem localizado em con- residências unifamiliares intercaladas por co-
tato quase direto com a Beiramar continental mercios de pequeno porte. Além de ter con-
e serviços variados, como bancos e postos de tato direto com a rua Fulvio Aduci, uma das
gasolina. O seu entorno é demarcado por principais ruas de acesso ao bairro.

24

23

30 31
26

21

27
20 25
22

28
2.4.3 CONDICIONANTES LEGAIS E VIABILIDADE de cobertura da edificação e os pavimen-
O terreno está localizado em uma tos subsolo destinados a estacionamento,
Área Mista Central (AMC) 4.5, de acordo com não incluem na contagem do I.A, a exclusão
o plano diretor vigente de 2014. Por tratar-se dos cálculos vale apenas para as áreas des-
de uma AMC fora do polígono central, o térreo tinadas aos veículos automotores, ou seja, as
pode ocupar até 80% do terreno e será acres- áreas destinadas a hobbie box, elevadores e
cido de sobreloja sem contar no índice de escadas devem fazer parte dos valores refe-
aproveitamento (I.A), nesse caso ocupando rentes a índice de aproveitamento e taxa de
até 50% da área construída do térreo. ocupação.
edifícios multifuncionais, o plano dire- Os cálculos abaixo é uma compa-
tor concede mais um pavimento, multiplican- ração em relação a volumetria que o plano
29a 29b
do a quantidade de pavimentos permitidos diretor determina e a volumetria proposta no
por 1,2. O ático pode ocupar até 30% da área projeto. Projeção de volumetria de acor- Projeção de volumetria da propos-
32 33
do com o plano diretor atual. ta contrapondo o plano diretor.

Os valores abaixo estão de acordo Os valores abaixo foram calculados


com o plano diretor vigente (conforme repre- de acordo com volumetria proposta contra- O plano diretor de Florianópolis, por não perder metragem nas áreas destinadas
sentado na ilustração “21a”) pondo o plano diretor vigente (conforme ilus- meio de diversos parágrafos e determinações aos pavimentos tipos, as construtoras fazem
Taxa e ocupação (T.O) = 80% tração “21b”). pré-estabelecidas, acaba consequentemen- uso do limite máximo permitido no plano dire-
máxima permitida (equivalente a Dados: terreno= 7.780,24m² te gerando um padrão na construção civil da tor na hora de planejar e construir o térreo.
6.224,42m²) térreo= 2.354,03 + 1.266,56= 3.620,59m² cidade. O projeto atua como uma crítica ao
I.A máximo permitido pvtos 1 a 5 + ático (resid.) = 7.685,44m² Ao limitar a área dos pavimentos tipos plano, fugindo da imposição de torre sobre
= 3
(para áreas AMC 4.5) pvtos 1 a 5 + ático (corp.)= 6.170,14m² em relação ao térreo, obrigando que estes base, reduzindo a área coberta destinada aos
não ultrapassem e inclusive até reduzam o ta- pavimentos loja e sobreloja, porém mantendo
Dados: terreno= 7.780,28m²
T.O = 2.354,03m² + 1.266,56m² = 46% manho de acordo com a área já estabeleci- a mesma fachada nos pavimentos superiores,
térreo= 6.224,22m² (80%)
7.780,28 m² da no térreo, faz com que os edifícios, quase eliminando completamente a base da edifi-
pvto tipo= 3.112,11m² (50% do térreo)
sem escapatória, tornam-se torre sobre base. cação. Como resultado os passeios serão am-
ático= 933.6m² (30% do pvto tipo)
Esse fator de limitação, impede vo- pliados, os usuários contemplados com mais
I.A = 6.224,22 + (3.112,11 x 4) + 933,6 = 2,52 I.A = 3.620,59 + 7.685,44 + 6.170,14 = 2,24
lumetrias diferenciadas, a impacta drastica- espaços verdes de lazer e convivência e a
7.780,28 7.780,28
mente nos recuos dos edifícios, visto que para edificação terá uma fachada única.
34

3
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 36
3.1 CIDADE PARA PESSOAS 36
3.2 CIDADES COMPACTAS E SUSTENTÁVEIS 40
3.3 EDIFÍCIOS MULTIFUNCIONAIS 42

30
ANTES DEPOIS

Avenida em marginal de Madrid é removida e subs-


tituida por parque linear de 42km. informações
segundo site: https://savetheanimalsincludeyou.
com/2016/11/08/madri-destroi-avenida-em-marginal-
-para-construir-parque-linear-de-42km/

36 37

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA avenidas. Com isso os passeios sofreram drásti-


Utilizando principalmente o livro cidade sem pessoas torna-se abando- cas reduções e o pedestre passou a ser segun- Sentir-se seguro é crucial para que as pes-
soas abracem o espaço urbano. Em geral,
“Cidade para Pessoas” de Gehl, a fun- nada. A evolução da humanidade e a do plano.
a vida e as próprias pessoas tornam a ci-
damentação teórica reúne uma série descoberta de novas tecnologias deu À medida que os carros foram toman-
dade mais convidativa e segura, seja em
de informações, dando suporte ao em- abertura para a inserção dos veículos do as ruas, aumentou proporcionalmente o
termos de segurança percebida ou viven-
basamento teórico e assim, auxiliando abrindo espaço, para estradas, que número de planejadores de tráfego, dispostos ciada. (GEHL, 2010, p. 91).
nas etapas seguintes, referente aos refe- eram antes grandes calçadões. a criar espaços aos veículos, assim os proje-
renciais projetuais e ao partido geral. Sabe-se que a segurança é ge- tos urbanísticos começaram a contar com o Para recuperar essa segurança, é ne-
rada por meia da movimentação de acréscimo de novas ruas, estacionamentos, cessário resgatar o contato das pessoas com
pessoas, mas com o crescimento desor- parquímetros e vagas públicas. Como resulta- a cidade, elas precisam se sentir à vontade de
3.1 CIDADE PARA PESSOAS denado, a concepção de cidade foi in- do, o contato do pedestre com a cidades foi circular livremente. É preciso que se faça es-
As cidades sempre foram plane- vertida, a prioridade que antes era dos reduzido, diminuindo cada vez mais e mais a paços convidativos, tanto para circular quan-
jadas e projetadas para as pessoas, são pedestres, deu espaço aos veículos e as circulação dos mesmos, aflorando assim, a in- to para permanecer.
essas que trazem vida ao local, uma altas velocidades permitidas nas ruas e segurança nas cidades.

31 32
A permanência é ainda mais im- devemos ampliar a zona do pedestre, re-
portante que a circulação, um ambiente vitalizando áreas verdes e recuperando
precisa ser atrativo, não só visualmente, a conexão dos mesmos com os espaços
mas também acolhedor. Atividades ao ar urbanos. É necessário ressaltar a importân-
livre agrada crianças, jovens adultos e ido- cia de quadras abertas e permeáveis, as
sos, a caracterização da atividade é que pessoas precisam recuperar o hábito de
define o público. circular pela cidade sem automóveis.
As crianças são auto expressivas A cidade Pedra branca (imagem
e usam a criatividade na água, terra e 25) já possui as características de um lo-
no próprio chão como uma amarelinha cal onde a prioridade são as pessoas,
desenhada, os jovens despertam interes- com espaços de lazer e entretenimento
se por jogos, os adultos aproveitam para para todas as idades, ruas compartilha-
contemplar o espaço como área de des- das, passeios amplos, ciclovias e térreo em
38 39
canso e para os idosos equipamentos que contato direto com o pedestre. Os envol-
possibilitem manter-se fisicamente ativos. vidos no projeto basearam-se no livro de
Gehl “cidade para pessoas” para o pla-
O esforço de oferecer melhores ci- nejamento do empreendimento, foi colo-
dades para pedestres e ciclistas tam- cado em prática e conseguiram encaixar
bém significará, é claro, melhores
a cidade ao pedestre, composto por co-
condições para crianças, melhores
mércios, residências, serviços e lazer.
oportunidade para idosos e um con-
vite mais forte para que o exercício Em nenhum momento o carro foi
seja realizado em conexão com as eliminado, porém a cidade é em primeiro
atividades diárias na cidade. (GEHL, lugar para as pessoas, para manter essa
2010, p.161). linguagem, além das ruas tracionais, fo-
ram implantadas ruas compartilhadas em
Barreiras são criadas a cada dia, locais estratégicos e em outros momentos
separando casas, praças, edifícios resi- só o pedestre tem acesso. Hoje a cidade
denciais e comerciais, a questão é que Pedra Branca é uma referência nacional.
33
34

3.2 CIDADES COMPACTAS E SUSTENTÁVEIS Amsterdam


Ao longo dos anos, o crescimen- em mais segurança.
to desenfreado das cidades causou Cidades sustentáveis estão di-
uma série de problemas relacionados retamente ligadas às cidades compac-
a locomoção, de modo geral as pes- tas, ambas possuem os mesmos ideais,
soas perdem cada vez mais tempo no como a aplicação de menores deslo-
trânsito e disfrutam cada vez menos da camentos concentrando em uma única
cidade. A expansão das cidades, a se- edificação ou quadra, comércio, lazer,
torização e as consequentes distâncias residência e serviço, consequente reduz O ideal seria ampliar as ciclovias e calçadas A compactação dos centros urbanos e das
afastam ainda mais o contato do pe- o fluxo de veículos, espaços abertos e e reduzir as ruas, para que isso ocorra de for- cidades, pode reduzir drasticamente o nível
destre com a cidade. convidativos de maneira a atrair a po- ma natural é necessário reeducar as pessoas de poluentes, visto que os deslocamentos se
pulação, incentivando o aumento do e conscientizá-las do bem que o deslocamen- tornam menores e facilitam o uso de bicicleta,
Agora deve estar claro que nossas número de pedestres, reestabelecendo to a pé ou por meios não mecânicos nos traz, aumenta as caminhadas e reduz proporcio-
40 41
escolhas de estilo de vida, nossas assim, o contato direto com a natureza, tanto para o meio ambiente em que vivemos, nalmente o número de veículos motorizados
decisões “racionais” de viver no
que é tão importante para todos nós, quanto para nossa saúde. em circulação. Porém compactar as cidades
conforto e ter acesso ao trabalho e
não somente como matéria prima. não irá resolver todos os problemas. É neces-
ao comércio por meios mecânicos, O tráfego de bicicletas e de pedestres
sário que haja calçadas maiores e mais convi-
alteraram inexoravelmente nosso economiza espaço e contribui positiva-
ambiente construído. (FARR, 2013, O tráfego de bicicletas e de pedes-
mente para a contabilidade verde, por- dativas, ciclovias amplas e mais seguras para
p. 11). tres não lota o espaço da cidade. que realmente surja efeito na redução da
que reduz as partículas poluentes e as
Os pedestres têm exigências muito
emissões de carbono. (GEHL, 2010, p. 105). emissão de gás carbônico.
modestas: duas calçadas de 3,5
Para solucionar esse problema, muitos
metros, ou uma rua de 7 metros de
arquitetos defendem o conceito de ci- largura podem acomodar 20.000
dade compactas como forma de re- pessoas por hora. Duas ciclovias de
duzir a locomoção e automaticamen- 2 metros de largura são suficientes
te gerar mais vida as cidades. Pessoas para 10.000 ciclistas por hora. Uma

caminhando ou usando outros meios de rua de duas mãos e duas faixas su-
porta entre 1.000 e 2.000 carros por
transporte não motorizados, como bici-
hora (horário de pico). (GEHL, 2010,
cletas e skates, geram mais movimento
p.105).
às ruas, acarretando automaticamente
O contraste entre duas das dez cidades mais susten-
Singapura
táveis do mundo, segundo o site http://thecityfixbrasil.
com/2015/04/14/sustainable-cities-index-as-cidades-
-mais-sustentaveis-do-mundo/
35
3.3 EDIFÍCIOS MULTIFUNCIONAIS urbanos, valorização de planos urbanísticos
A compactação das cida- O fato de um número de pessoas seme- para as grandes cidades, apoiados pelo es-
des além de saudável, é também lhantes ao de uma pequena cidade ame- tado, além do interesse e busca dos agentes
ricana poder de repente trabalhar e fazer
sustentável. Um dos requisitos para do mercado imobiliário, de produtos que re-
compras num único edifício representava
uma cidade compacta é gerar uma metiam progresso aos compradores e traziam
uma inovação inaudita. No entanto, es-
conexão direta aos usos tanto públi- pantosamente, não se desenvolveu no sensação de estar adquirindo algo novo e
co quanto privados, integrando-os, início, uma gramática arquitetônica indivi- atual.
encurtando distância e automatica- dual para esta nova tipologia. (TIETZ, 2000, Edifícios multifuncionais, também cha-
mente reduzindo o fluxo de automó- p.42 apud RECH, 2012, p.16). mados como híbridos atuam positivamente
veis. em muitos aspectos, como na redução de
Entre as décadas de 20 e 40, No Brasil, o uso dos edifícios multifun- gases poluentes provenientes de veículos au-
os Estados Unidos estava desenvol- cionais começou mais tarde, entre os fatores tomotivos, visto que a compactação dos usos
vendo o uso de grandes edifícios. A estão os tecnológicos, os agentes imobiliários, incentiva a utilização de outros mecanismos
42 43
inclusão dos edificios multifuncionais a industrialização e interesses políticos. Afirma de locomoção, como bicicletas, skates e o
juntamente com os já conhecidos ar- Rosales (1999 apud DZIURA, 2009) os processos próprio aumento da circulação de pedestres,
ranha céus, foi uma inovação para de verticalização tiveram influência através atuando paralelamente na segurança da ci-
construção civil. Um dos precursores das Indústrias e criação dos grandes centros dade.
da época que impulsionou este tipo
de edificação no mercado imobiliário
foi o edifício Rockfeller em Nova York,
conhecido até os dias de hoje, ele
oferece serviços e cultura ao público
que frequenta. Os pensamentos e ne-
cessidades foram transformando-se e
adaptando-se à nova realidade de
grandes centros urbanos, e então no
final do século XIX as atividades dos
edifícios passaram-se a se conectar e
oferecer mais de uma função. 36 37
Os edifícios híbridos são como cidades pilares de secção circular animado por Conjunto Nacional, edifício multifuncio-
verticais, onde o objetivo é criar intensida- lojas de discos, livrarias, restaurantes, buti- nal, inaugurado em 1958, na cidade de
São Paulo, foi um marco para o país.
de e vitalidade para as cidades, atrair as ques, cinemas. Vem gente de todo lado,
pessoas, e favorecer a mistura e a indeter- seja de dia ou de noite, (...)em cada uma
minação. (FERREIRA, 2014. Acessado em das quatro ruas que o circundam há pelo
setembro de 2017. Disponível em: webarti- menos uma entrada para as passagens
gos.com/artigos/edificios-multifuncionais- internas de pedestres, todas se dirigindo
-hibridos/121911/#ixzz4yN6ZZnNB). a uma praça central. (VIEGAS, 2003, p.13)

A relação de permeabilidade de um Os edifícios multifuncionais requerem


edifício multifuncional, se dá por diversos fato- estudos projetuais avançados, de forma que
res, as alterações da paginação dos passeios os acessos convidem o pedestre a permea-
já trazem novas sensações aos pedestres, pas- rem pelo terreno. O térreo é responsável pela
sam a impressão de algo novo e diferente, integração da rua com os espaços internos do
44 45
despertando a curiosidade. A sensação de edifício, então sugere-se que o mesmo seja
conforto é trazida para o terreno através de público ou semipúblico, para que não seja um
espaços de convivência, áreas comuns públi- limitante de circulação, e traga fluxo e vida ao
cas integrando lazer para todos os públicos, local.
que possam desfrutar a qualquer horário do
dia e da noite. No entanto, para que o espaço A combinação dos acessos e a presença
de comércio atraem as pessoas a entra-
público seja desfrutado em horários alternati-
rem no edifício, isto é, há uma preocu-
vos precisa-se de uma boa iluminação, fator
pação projetual em integrar o espaço
de extrema importância no desenvolvimento público com o semipúblico do edifício de
do projeto. modo a trazer os transeuntes para o inte-
rior do edifício, por meio da permeabilida-
Basta um passeio para se perceber que de espacial. O pavimento térreo consiste
se trata de um espaço público diferente no espaço de integração dos espaços in-
na cidade. Cruza-se pelo interior de uma ternos em rua pública, sendo o local onde
quadra até a outra rua. Neste cruzamen- acontece os fluxos, as barreiras e permea-
to, que aliás, é coberto, anda-se por entre bilidades. (DZIURA, 2009, p.81).
38
46

4
4. REFERENCIAIS PROJETUAIS 48
4.1 REFERENCIAL 1: DUO CENTRAL PARK - SYDNEY, AUSTRÁLIA 48
4.2 REFERENCIAL 2: LANGSUAN VILLAGE WALKING STREET – BANGKOK 50
4.3 REFERENCIAL 3: THE FIVE – CURITIBA, BRASIL 52
4.4 REFERENCIAL 4: EDIFÍCIO CORUJAS – SÃO PAULO, BRASIL 54
4.5 REFERENCIAL 5: SANTA MÔNICA PLACE – SANTA MÔNICA, CALIFÓRNIA 56

39
4. REFERENCIAIS PROJETUAIS Projeto do escritório de Norman Fos- Entre as torres há um passeio para
Os referenciais de projeto são de extre- ter, localizado em Sydnei, na Austrália, pedestres com lojas e cafés dispostas ao
ma importância para o desenvolvimento estrategicamente posicionado próximo decorrer do passseis, reduzindo om domí-
projetual, atuando tanto na estética aos pontos de ônibus e estação cen- nio de veículos, priorizando o pedestre,
quanto na funcinalidade da edificação. tral de metrô, incentivando o fluxo de trazendo acolhimento e aconchego. No
pedestres. Trata-se de uma obra já em térreo das edificações há um eixo princi-
4.1 REFERENCIAL 1: DUO CENTRAL PARK - andamento com conclusão prevista pal com grande praça de varejo, além
SYDNEY, AUSTRÁLIA para 2018. de muitos espaços verdes e uma área
”DUO” É um desenvolvimento de natural e melhor ventilação, a torre ao infantil capacitada para abrigar até 90
uso misto, compreende em duas gran- lado é composta por 313 apartamentos crianças.
des torres dispostas lado a lado, uma das de luxo, 5 mil metros quadrados de área O fato de ser o primeiro empre-
torres possui 17 pavimentos residenciais, destinadas a escritórios e um hotel com endimento australiano com ”5 estrelas
com layouts flexíveis favorecendo a luz 5 pavimentos de apartamento. verdes” é o que faz o projeto se destacar.
48 49
Nessas características está o uso telhados
verdes por toda a extensão do projeto,
edificações voltadas ao favorecimento
da luz natural e posicionadas de maneira
a maximizar a ventilação.

40 41
Baixo gabarito mantendo a
42 34 43 linguagem visual do pedestre.

Eliminar barreiras, substituindo por


vegetação, quando necessário

Passeios largos e convidativos

Ciclovias

Iluminação zenital

44
Pilotis

50 51
Vão central amplo, sem
barreiras e 100% permeável
4.2 REFERENCIAL 2: LANGSUAN VILLAGE
WALKING STREET – BANGKOK, TAILÂNDIA
Áreas verdes integrada a arquitetura
O nome Langsuan refere-se a uma tando com o apoio de colunas rígidas de ma-
espécie de aldeia, onde comporta um hotel deira para sua sustentação. A cobertura é Acessibilidade
internacional, edifícios residenciais, museu de composta por furos dispostos aleatoriamente,
arte e um centro de saúde. Denomina-se en- com o intuito de trazer mais iluminação natu- Fachadas em vidro para maior
tão, Village street, a porção onde localiza-se ral. 45 aproveitamento da luz do dia.
as lojas comerciais, serviços, cafés, restauran- O diferencial do projeto está em trazer
tes e espaços públicos destinados a comuni- uma linearidade horizontal em um local pre- Circulação em contato direto
dade. dominantemente verticalizado. O impacto vi- com os espaços abertos
Com uma extensão de 300 m, 3 pa- sual traz melhores sensações para quem está
vimentos e 6 mil 958m² de área construída, o a pé, as varias espécies de vegetação dispos- Espaços de contemplação

Village Street é uma proposta de shopping tas em grande quantidade quebram um pou- com wi-fi e tomadas

aberto e possui um telhado 100% verde, con- co a paisagem de concreto que há ao redor.
Uso do elemento água
Possui 4 subsolos, por
4.3 REFERENCIAL 3: THE FIVE - CURITIBA, estar localizado no centro e
BRASIL conter 33 pavimentos, passou
Trata-se do primeiro empreendi- von, possui 59 mil m² de área construída
por um estudo de verticaliza-
mento 5 em 1 de Curitiba, foi entregue e está localizado numa das regiões mais
ção, para que a passagem de
no primeiro semestre de 2017 e contem- nobres e completas de Curitiba. Possui
veículos não interferisse no flu-
pla Hotel, lojas, restaurante, unidades 202 apartamentos residenciais, 180 suí-
xo de pedestres.
residenciais, comerciais e corporativas. tes de hotel, 88 salas comerciais, 10 pa-
Apesar do elevado nú-
Classificadas respectivamente como vimentos corporativos e 9 lojas comer-
mero de gabarito das torres,
The Five hotel, mall, home , business e ciais de até 313m².
o entorno é contemplado por
The Five corporate. O projeto conta com abundância de
muitos espaços verdes.
Projetado pelo conceituado es- vidro por todo a sua extensão e uso do
critório de arquitetura Baggio & Schia- metal na fachada.
52 53

30

47
46
4.4 REFERENCIAL 4: EDIFÍCIO CORUJAS - SÃO 49
PAULO, BRASIL adequados para tal.
O plano diretor de São Paulo permite apenas
Entregue em 2014, o edifício de escritórios, 3 pavimentos para a localização do edifício,
localizado na Vila Madalena em São Paulo, portanto o projeto tirou proveito da inclinação
buscou com o projeto, fugir dos padrões con- do terreno para inserir um quarto andar, sendo
vencionais, trazendo para dentro do terreno assimo acesso se dá pelo mezanino, quando
muitos espaços verdes, inclusive com opção o térreo da edificação na verdade é o sub-
Os escritórios possuem jardim par-
de realizar reuniões na área externa da edifi- solo. São aproximadamente 6 mil 880 m² de
ticular, divididos em 2 opções, sendo elas
cação, visto que o projeto previu l ocais área total construída.
pé direito simples ou duplo. Com o intuito
de gerar uma espécie de microcomuni-
dade e que haja interação, o edifício
54 dispõe de bicicletário, vestuário, café e 55
muitas áreas comuns.
O grande diferencial está no as-
pecto construtivo. Todo em estrutura de
pré-moldados de concreto, na maioria
aparentes, intercalado com em estrutura
metálica. Os brises na fachada e o interior
do edifício possibilitam uma maior inte-
gração dos escritórios com o bairro.

48 50
51 4.5 REFERENCIAL 5: SANTA MÔNICA PLACE - A nova versão do Santa Mônica place 53
SANTA MÔNICA, CALIFORNIA foi inaugurada em 2010, o objetivo de integrar
o mesmo à rua de compras foi atingido e hoje
Inaugurado em 1980, orginalmente está na lista dos pontos turísticos mais visitados
como um shopping tradicional, enclausurado, de Santa Mônica.
com fachada envidraçada e acesso limitado. A reforma iniciou em 2008 e um dos
Começou a perder sua importância com a po- objetivos era torná-lo um shopping a céu aber-
pularidade da ”Third Street Promenade”- uma to para reinseri-lo à cidade. Foram utilizados
das ruas que conecta e dá acesso ao empre- métodos construtivos mais modernos, o vão
endimento. central ampliado, uso abundante de vidro, in-
A empresa que comprou o shopping clusive na cobertura das escadas rolantes e a
“Macerich” propôs, inicialmente, substituir o praça de alimentação foi inserida no terraço
shopping por um grande empreendimento com vista para o pier que está a uma quadra
56 57
multifuncional, com torre residencial e corpo- de distância.
rativa em cima de uma base comercial. Porém A nova versão do Santa Mônica place
não foi bem aceito pelos moradores e a em- foi inaugurada em 2010, com um novo con-
DEPOIS presa teve vários obstáculos para dar início as ceito de shopping e conectado diretamen-
obras, então optou-se por fazer um releitura da te a rua Promenade, aumentando o fluxo de
edificação já existente, desconstruindo-a. pessoas e tornando-o um dos pontos turísticos
A reforma que deu início em 2008 in- mais visitados de Santa Mônica.
cluiu nas diretrizes torná-lo um shopping a céu
ANTES aberto para reinseri-lo à cidade, usar novos
métodos construtivos, materiais mais moder-
nos, vão central, uso abundante de vidro, in-
clusive na cobertura das escadas rolantes e
praça de alimentação no terraço com vista
para o pier que está a uma quadra de distân-
cia.
52 54
58

5. PARTIDO GERAL 60
5.1 DIRETRIZES 62
5.1.1 DIRETRIZES URBANAS 62

5
5.1.2 DIRETRIZES DE PROJETO 63
5.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES 64
5.3 MEMORIAL DESCRITIVO 65
5.4 ASPECTOS SUSTENTÁVEIS 66
5.5 IMPLANTAÇÃO ESQUEMÁTICA 67
5.6 SETORIZAÇÃO 68
5.7 PLANTAS BAIXAS ESQUEMÁTICAS 69
5.8 PROPOSTA VOLUMÉTRICA 70
5.9 CROQUI DAS FACHADAS 76

55
5. PARTIDO GERAL A torre residencial é a parte do projeto norte, na ilha de Florianópolis, os restaurantes
Visando qualificar o bairro, gerar uma destinada a uso controlado, com acesso e cir- terão acesso por um elevador panoramico es-
nova centralidade para o mesmo e aprovei- culação privativas. Nesse caso o acesso ao áti- trategicamente posicionado para o visual da
tar toda a extensão do terreno para investir co é realizado pela torre corporativa. Beiramar, justamente para poder admirar essa
em áreas verdes e gerar uma continuidade à Com o intuito de agregar vida noturna vista privilegiada.
praça já existente localziada em frente ao ter- ao local a proposta prevê restaurantes no Para conectar o terreno à Beiramar Continen-
reno, o projeto conta com uma torre corpora- estilo “Roof top” instalados no ático dos edifí- tal, a rua Afonso Pena será ampliada, atuan-
tiva, com o primeiro e segundo pavimentos no cios, beneficiados pela vista da beiramar con- do como uma via compartilhada fazendo li-
sistema coworking e uma torre residencial de tinental e a noite com toda a vista da beiramar gação direta com a avenida e o projeto.
apartamentos tipo flat intercalados entre sim-
ples e duplex.
Ambos os térreos são permeáveis e
compostos por sobreloja, o espaço é contem-
60 61
plado por comércio, espaços de lazer e res-
taurantes.
O projeto busca expandir o bairro po-
sitivamente contribuindo para o aumento do
fluxo de pedestres, portanto a quadra é aber-
ta, permeável é acessivel a todos os públicos.
O edifício corporativo pretendo integrar e reu-
nir, portanto os espaços coworking são de uso
público.

56
LEGENDA
5.1 DIRETRIZES 5.1.2 DIRETRIZES DE PROJETO tamanhos variados, espaços de reuniões
Novas ciclofaixas
As diretrizes atuam diretamente na definição do • Térreo 100% permeável com fachadas de externos distribuídos em todos os pavimen-
Ampliação da rua Afonso Pena
projeto. Diretrizes urbanas trazem um visão mais ampla lojas voltadas tanto para a parte interna tos e sistema “coworking” nos dois primei-
Limites da rua compartilhada
das necessidades do bairro, prevendo soluções para si- do terreno quanto para a parte externa; ros pavimentos;
Alteração do local da parada de ônibus
tuações já existentes. • Salas de cinema e cinema ao ar livre. • Torre residencial com lofts distribuidos en-
Vias alteradas para mão única
Revitalização da praça
As diretrizes de projeto são mais pontuais, orien- • Estacionamento subsolo dividido em ro- tre simples e duplex. Localizada ao leste,
tam e definem o traçado do projeto de forma a atender tativo e privado, eliminando as vagas do favorecendo o sol da manhã.
os requisitos pré estabelecidos. terreo para ampliar os passeios e torná-los • Restaurantes “Rooftop” em ambas as tor-
grandes calçadões, priorizando os pedes- res com acesso através de elevador pano-
5.1.1 DIRETRIZES URBANAS tres e resultando em maior acessibilidade; râmico para contemplar a vista do mar e
• Propor ciclovias e ciclofaixas incentivando o uso de • O pavimento de sobreloja será contem- da ilha de florianpópolis.
outros meios de locomoção; plado com restaurantes e pub’s gerando • Terraços nas coberturas dos edifícios, com
• Revitalizar a praça Nossa Senhora de Fátima, subs- vida noturna ao local; espaços de contemplação e descanso
62 63
tituindo os estacionamentos de 90º por vagas de • Torre corporativa com salas comerciais de com “wifi zone”.
baliza para ampliação dos passeios melhorando as
condiçoes de acessibilidade;
• Estabelecer um eixo de conexão entre a praça e o
terreno com via elevada;
• Ampliar a Rua Afonso Pena, fazendo uma ligação di-
reta com a Av. Claudio Alvim Barbosa (Beiramar con-
tinental) e o terreno, mantendo o mesmo sentido já
existete (sentido único). A ampliação será de caráter
compartilhado, priorizando o pedestre;
• As ruas Souza Dutra e dos Navegantes (indicadas em
rosa) com de sentido único, Gerando fluxo e rotativi-
dade, possibilitanto o motorista a retornar para a rua
57 principal através da ampliação da Afonso Pena;
• Realocar a parada de ônibus já existente, antecipan-
0 57,3 114,6 171,9 229,2m do em 65m para aumentar a visibilidade do local. 58
- Jardim vertical

nas fachadas
5.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES 5.3 MEMORIAL DESCRITIVO
facilitando no posicionamento e loca-
O pré dimensionamento dos ção dos espaços no projeto.
- Cobertura das
ambientes são realizado através de um Segue em anexo as áreas esti- - Fachadas em fita
edificações: Telhado verde
estudo preliminar de layout, baseado madas da proposta. Os valores da tabe- com vidro tipo duplo Insulado
Plantas gramíneas e ervas 61
nas dimensões mínimas exigidas e auxi- la abaixo foram encontrados por meio
Cobertura contra a ação
erosiva do sol e vento
lia na estruturação das plantas baixas, de um estudo preliminar. Solo - 50 a 150mm - Sacadas: pergolado e
Camada de
drenagem vegetação trepadeira
ÁREA ESTIMADA Membrana a
AMBIENTE QUANTIDADE prova d’água
(aproximadamente) 59 Estrutura
Vegetação natu-
ral tipo trepadeira
60 do teto
Lojas diversas de 20 a 150 m² 50 unidades Madeira pínus
tratada de origem
sustentável
Restaurantes/pub’s de 25 a 45 m² 13 unidades
62
64 1 unin. de 331,25 m² 65
Rooftop 2 unidades
1 unid. de 383,64 m²

Sala de cinema 290 m² 2 unidades

Cinema ao ar livre 200 m² 1 unidade


63
Praça central 950 m² 1 unidade

Parque infantil 300 m² 1 unidade

Sanitários públicos 25 m² 10 unidades - Estrutura nas edificações:

1 pvto de 1.090,2 m³ estrutura metálica


Espaço “coworking” 2 pavimentos - Piso das áreas exter- Contrapiso
1 pvto de 1.042,9 m² Laje painel treliçada
nas: Placa cimentícia Viga metálica
Salas corporativas de 15 a 50 m² 66 unidades - Fachadas do térreo e
antederrapante.
Laje painel dupla fixada no perfil “U”
Apartamento pvto Concreto alisado de alta densidade “rooftop” : pele de vidro
de 38 a 45 m² 67 unidades
simples Pele de fibra de vidro
Vidro float cinza
Película incolor de Perfil matélico “U”
soldado na viga metálica
Apartamento pvto duplo de 40 a 50 m² 60 unidades Polivinil Butiral (PVB)
Contrapiso
Concreto leve aditivado
Vidro float cinza Laje painel treliçada
Concreto de alta
densidade
66
64 65
5.4 ASPECTOS SUSTENTÁVEIS 5.5 IMPLANTAÇÃO ESQUEMÁTICA
Para melhorar a qualidade de vida mão de obra, entulhos e despedício de mate-
do bairro, é necessário incentivar o uso de riais, a estrutura será metálica e o sistema de
meios de transporte não mecânicos, portanto vedação em placas de concreto pré fabri-
propõe-se uma ciclovia percorrendo as duas cadas. Este sistema também irá garantir mais
principais vias do bairro. O projeto recebe qualidade no resultado final.
passeios generosos e para gerar uma continui- Para maximizar a entrada de luz solar,
dade serão removidas metade das vagas de os térreos serão vedados com película de vi- Ampliação da Rua Afonso Pena
estavionamento que localizam-se ao redor da dro aproveitando para manter o contato di-
praça Nossa Senhora de Fátima para amplia- reto com o pedestre. Ainda com o intuito de
ção dos passeis já existentes. reduzir custos com energia e ampliar a inci- Rua compartilhada

Rua
Será reestabelecida o contato com dência solar, as edificações possuem janelas Parque infantil

do
Elevador panorâmico

sN
espaços verdes, a vegetação estará presente em fita, e a fachada residêncial está voltada na
66 Pe Acesso rua dos 67

ave
Hall de acesso o
tanto na estrutura em forma de jardins verticais, para o leste favorecendo o sol da manhã para ns navegantes
ed. corporativo o
Af

ga
na cobertura das edificações aproveitando o moradores. a

nte
u
o )R
para trazer espaços de convívio conectados As edificações serão equipadas com

s
Acesso Rua çã Cinema ao
ia
Afonso Pena pl ar livre
com os restaurantes “rooftops” e também por esquadrias de PVC, autamente rentáveis, visto m
(A Acesso pvto
todo o térreo com inúmeros canteiros arbori- que possuem mais durabilidade se compara- sobreloja
Acesso pvto
zados e uma praça central linear percorrendo das com esquadrias convencionais de alumí- sobreloja
Praça central
toda a extensão do terreno. nio, são capazes de reduzir ruídos e trocas de
Espelho d’agua
Com o intuito de reduzir custos, tempo, calor, diminuindo custos com climatização. Eixo principal
Hall de acesso
Vidro simples ou duplo Acesso pvto ed. residencial
sobreloja ra

Ru
Perfil em dióxido de titânio: auto extinguível, resistente ao sol, corrosão, ut

a
D
za

Ce
Acesso principal
cupim e impactos. 100% reciclável. u
So

l. P
a

ed
Ru Passeio amplo e

ro
arborizado

De
Cantos soldados: vedação total contra vento, pó e humidade

m
or
Sistema de dupla vedação

o
Câmara isolante de ar: isolamento acústico e térmico 0 11,5 23 34,5 46m
68
Canal de drenagem

Reforço interno em aço galvanizado


67
5.7 PLANTAS BAIXAS ESQUEMÁTICAS

5.6 SETORIZAÇÃO

70

68 Planta baixa esquemática 69

pvto ático - “RoofTop”

69

LEGENDA
Lofts de pvto duplex Comércio
Lofts de pvto único Espaço coworking
71
Circulação vetical Salas corporativas
0 6,8 13,6 20,4 27,2m
Circulação horizontal Restaurante “Rooftop”

Planta baixa esquemática


pvto sobreloja
5.7 PROPOSTA VOLUMÉTRICA As janelas em fita trazem mais leveza à fa-
O desconstrutivismo da edificação remete a chada e a pintura em cor clara e uniforme compõe
grandes peças de “LEGO” encaixadas, propondo com os verdes dos jardins verticais.
uma volumetria diferenciada e desuniforme, com Circulção horizontal em Pergolado com
o intuito de unir estética e funcionalidade. vidro, aproveitando ao vegetação Janelas em fita Permeabilidade Restaurante “RoofTop”

máximo a luz do dia trepadeira com vista 360º

Jardim vertical e Vegetação arbó-


telhado verde rea, gerando som- VISTA RESIDENCIAL -
bra aos pedestres RUA SOUZA DUTRA

70 71

72
A fachada do edifício corporativo trutiva, mantendo as janelas em fitas e os jar- VISTA ED. CORPORATIVO -
possui uma volumetria mais limpa, integrando dins verticais. Com o diferencial do elevador RUA AFONSO PENA
as torres por meio da mesma linguagem cons- panorâmico.

Elevador arborização como “RoofTop” com pub Jardim Janelas em fita Rua compartilhada e Sacadas compatilhadas
panorâmico limitador natural da e restaurante vertical permeabilidade para reuniões
incidência solar

72 73

73
Restaurante “Ro- Epaço para ci- Passarela de conexão Eixo principal de conexão Parque Elevador Hall de acesso a
VISTA ACESSO RUA DOS
ffTop” vista 360º nema ao ar livre panorâmica à praça N. S. de Fátima infantil panorâmico torre corporativa
NAVEGANTES

Praça central Acesso Rua dos


iluminada Navegantes

74 75

74
Acesso principal Mesas externas para Restaurantes e pub’s Comécio
O acesso principal é amplo e com um O eixo serve de conexão direta com a uso dos restaurantes diversificado
eixo demarcado por espelho d’água, arbori- praça existente, com faixa elevada na via, a e pub’s
zação e equipado com mesas e bancos para principal ideia é conectar e integrar priorizan-
incentivar a permanência ao local. do os pedestres.

Comécio Praça Espelho


diversificado central d’água

76 77

75
VISTA ACESSO PRINCIPAL -
RUA CORONEL PEDRO DEMORO
5.7 CROQUI DAS FACHADAS

Volumetria assimétrica

Circulação em vidro

Loja e sobreloja em
pele de vidro
78 79

76

Telhado verde com


terraço

Jardim vertical

Janelas em fita

Elevador panorâmico

77
80

6
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 83
7. RFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS 84
8. CRÉDITO DAS IMAGENS 89

78
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A relização deste trabalho foi de grande valia para o desenvolvimento pes-


soal e profissional. Por meio dos estudos bibliográficos, foi possível ampliar os conhe-
cimentos adquiridos a respeito dos temas que compõe a proposta.
A contextualização das problemáticas em relação ao bairro Estreito, tal qual
suas necessidades foram essenciais para efetivação do partido geral da proposta
de Edifício multifuncional. Com o levantamento da ánalise urbana, pode-se obser-
var uma série de problemáticas, consequentemente as diretrizes urbanas estiveram
diretamente atreladas a tais dados.
Essa busca de informações acarretaram proporcionalmente e positivamen-

82 te nas diretrizes de projeto, e o mesmo pode ser previamente desenvolvido de forma 83


a atenuar os conflitos existentes em seu entorno imediato.
Os referenciais apresentados influenciaram na volumetria e na funcionalida-
de do edifício. Servindo assim de suporte para a elaboração inicial da proposta.
O bairro Estreito está carente de vida noturna e espaços que priorizem o
pedestre. A proposta prevê incentivar o uso de outros meios de transporte não mo-
torizados de forma a movimentar o bairro e aumentar o fluxo de pessoas circulando
pelas ruas. A quadra aberta do projeto busca agregar ao seu entorno atividades
que atualmente estão em falta, trazendo assim mais vida ao bairro.

7. REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS e zelo urbanístico no projeto arquitetônico: da GEHL, Jan. Cidade para pessoas. 3° ed. São Projeto de Langsuan Village walking street. Dispo-
modernidade à pós modernidade nos edifícios Paulo: Editora Perspectiva, 2015. nível em: http://a49.co.th/Project/Detail/213.
ARCENIO, Osvanildo Francisco. Um estudo ex- multifuncionais do eixo estrutural sul de Curiti- Acessado em agosto de 2017.
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do bairro Estreito e áreas vizinhas e seus reflexos do em Arquitetura e Urbanismo) Universidade vel em: http://arquifln.org.br/igrejas/paroquia- RECH, Maurício Stumpf. Edifício multifuncional
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econômicas. (Graduação em Ciências Eco- em: http://www.teses.usp.br/teses/disponi- -do-menino-jesus/. Acessado em agosto de to. Trabalho final de graduação. (Graduação
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-aracatuba/mercado-imobiliario-do-interior/ br/construcao/the-five-e-entregue-em-curiti- br/883041/intervencao-urbana-transforma-
Duo Central Park. Disponível em: https://www. noticia/2016/02/pre-moldados-e-pre-fabrica- ba/. Acessado em agosto de 2017. -margem-do-rio-em-area-de-convivio-publi-
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DZIURA, Giselle Luzia. Permeabilidade espacial Acessado em setembro de 2017.
8. CRÉDITO DAS IMAGENS blogspot.com.br/2010/05/florianopolis-antigo. 24- Direto do campo no bairro Estreito – Acer- -conhece-o-polo-gastronomico-passeio-pe-
01- Imagem aérea terreno - disponível em html vo do aluno dra-branca/
Google Earth 11- Loja de móveis “Cedro” no bairro Estreito – 25- Revendedora de automóveis “Nissan” no 34- Perspectiva de Amsterdam – Disponível
02- Ponte Hercílio e Beiramar continental – Acervo do autor bairro Estreito – Acervo do aluno em: http://www.pureviagem.com.br/noticia/
acervo do autor 12- Revendedora de automóveis “BMW” no 26- Posto Ipiranga no bairro Estreito – Acervo amsterdam-busca-solucoes-para-lidar-com-
03- Imagem aérea terreno - disponível em Bairro Estreito – Acervo do autor do aluno -alto-fluxo-de-turistas_a19608/1
Google Earth 13- Mapa de morfologia – Elaborado pelo au- 27- Restaurante fast-food “Bob’s” no bairro Es- 35- Perspectiva de Singapura – Disponível em:
04- Igreja Nossa Senhora de Fátima – acervo tor com auxílio do Google Earth treito – Acervo do aluno https://exame.abril.com.br/negocios/6-vanta-
do aluno 14- Mapa de sistema viário – Elaborado pelo 28- Vista aérea do bairro Estreito – Disponível gens-de-singapura-para-empresas-brasileiras/
05.a- Mapa do Brasil com destaque para San- autor com auxílio do Google Earth em Google Maps 36- Edifício RockFeller em Nova York – Acervo
ta Catarina – Elaborado pelo autor 15- Mapa de cheios e vazios – Elaborado pelo 29.a- Volumetria prevista de acordo com o do autor
05.b- Mapa de Santa Catarina – Elaborado autor com auxílio do Google Earth plano diretor – Elaborado pelo autor 37- Bandeiras do edífico RockFeller em Nova
pelo autor 16- Mapa de uso do solo – Elaborado pelo au- 29.b - Volumetria proposta – Elaborado pelo York – Acervo do autor
86 87
05.c- Mapa do bairro – Disponível em Google tor com auxílio do Google Earth autor 38- Conjunto nacional em São Paulo – Dis-
Earth 17- Mapa de áreas verdes – Elaborado pelo 30- Bicibletas estacionadas – Por Ryan MC Gui- ponível em: https://www.archdaily.com.br/
06- Espelho d’água passeio Pedra Branca – autor com auxílio do Google Earth re, disponível em: https://br.freepik.com/fotos- br/777375/classicos-da-arquitetura-conjunto-
Disponível em: http://dc.clicrbs.com.br/sc/pa- 18- Rosa dos ventos – disponível em aplicativo -gratis/bicicletas-estacionadas_756123.htm -nacional-david-libeskind
gina/pedra-branca-cidade/ “Analysis SOL.AR” 31- ,Rio em Madri antes da revitalização – Dis- 39- Santa Mônica Place em Santa Mônica –
07- Imagem histórica da igreja e praça Nossa 19- Mapa de movimento do sol – Elaborado ponível em: https://www.archdaily.com.br/ Acervo do autor
Senhora de Fátima – http://floripendio.blogs- pelo autor com auxílio do Google Earth br/883041/intervencao-urbana-transforma- 40- Duo Central Park em Sydney – Disponível
pot.com.br/2010/05/florianopolis-antigo.html 20- Revendedora de automóveis “Citroên” no -margem-do-rio-em-area-de-convivio-publi- em: https://www.fosterandpartners.com/pro-
08- Mapa de localização – Elaborado pelo au- bairro Estreito – Acervo do autor co-em-madri jects/duo-central-park/
tor com auxílio do Google Earth 21- Banco do Brasil no bairro Estreito – Acervo 32- Rio em Madri após a revitalização – Dis- 41- Duo Central Park em Sydney – Disponível
09- Fotografia da ponte Hercílio Luz em cons- do aluno ponível em: https://www.archdaily.com.br/ em: https://www.fosterandpartners.com/pro-
trução – Disponível em: http://www.nossaher- 22- Drogaria Catarinense no bairro Estreito – br/883041/intervencao-urbana-transforma- jects/duo-central-park/
cilioluz.com.br/historiadaponte/detalhes.as- Acervo do aluno -margem-do-rio-em-area-de-convivio-publi- 42- Langsuan Village walking Street em Ban-
px?info=59321 23- Praça Nossa Senhora de Fátima no bairro co-em-madri gkok – Disponível em: http://a49.co.th/Project/
10- Imagem histórica da igreja Nossa Senhora Estreito – Acervo do aluno 33- Passeio Pedra branca – Disponível em: Detail/213
de Fátima – Disponível em: http://floripendio. http://acontecefloripa.com.br/2015/05/voce-
43- Langsuan Village walking Street em Ban- RepurposingandRepositioning.pdf 64- Corte esquemático da composição de dro Demoro – Elaborado pelo autor
gkok – Disponível em: http://a49.co.th/Project/ 53- Santa Mônica Place em Santa Mônica – uma Placa cimentícia – Disponível em: http:// 76- Fachada residencial interna da pro-
Detail/213 Acervo do autor catalogodearquitetura.com.br/placa-cimen- posta – Elaborado pelo autor
44- Langsuan Village walking Street em Ban- 54- Santa Mônica Place perspectiva 3D – Dis- ticia-brickawall-grupo-bricka.html 77- Fachada corporativo interna da pro-
gkok – Disponível em: http://a49.co.th/Project/ ponível em: https://uli.org/wp-content/uplo- 65- Corte esquemático da composição da posta – Elaborado pelo autor
Detail/213 ads/ULI-Documents/Guerin_Repurposingan- pele de vidro – Disponível em: http://vidrocer- 78- Perspectiva da proposta volumétrica –
45- Langsuan Village walking Street em Ban- dRepositioning.pdf to.org.br/vidros-na-construcao-civil-tipos-e-im- Elaborado pelo autor
gkok – Disponível em: http://a49.co.th/Project/ 55- Perspectiva da proposta volumétrica – Ela- portancia/
Detail/213 borado pelo autor 66- Corte esquemática da composição de
46- The five em Curitiba – disponível em: ht- 56- Perspectiva da proposta volumétrica – Ela- uma estrutura metálica – Elaborado pelo autor
tps://www.tecnisa.com.br/imoveis/pr/curiti- borado pelo autor 67- Esquadria de PVC em corte – Disponível
ba/apartamentos/the-five-home/222 57- Mapa de diretrizes – Elaborado pela autora em: http://www.temsustentavel.com.br/pvc-
47- The five em Curitiba – disponível em: ht- com auxílio do Google Earth -e-tendencia-versatil-na-construcao/
88 89
tps://www.tecnisa.com.br/imoveis/pr/curiti- 58- Perspectiva da proposta volumétrica – Ela- 68- Implantação esquemática – Elaborado
ba/apartamentos/the-five-home/222 borado pelo autor pelo autor com auxílio do Google Earth
48- Edifício Corujas em São Paulo – Disponível 59- Perspectiva da proposta volumétrica – Ela- 69- Corte esquemático da proposta – Elabora-
em: http://www.archdaily.com.br/br/787289/ borado pelo autor do pelo autor
edificio-corujas-fgmf-arquitetos 60- Croqui esquemático da composição de 70- Planta baixa esquemática do ático da pro-
49- Edifício Corujas em São Paulo – Disponível um telhado verde – Disponível em: http:// posta – Elaborado pelo autor
em: http://www.archdaily.com.br/br/787289/ www.oeco.org.br/reportagens/24075-a-onda-
edificio-corujas-fgmf-arquitetos -dos-telhados-ecologicos/ 71- Planta baixa esquemática da sobrelo-
50- Edifício Corujas em São Paulo – Disponível 61- Textura de jardim vertical – disponível em: ja da proposta – Elaborado pelo autor
em: http://www.archdaily.com.br/br/787289/ https://www.westwing.com.br/paredes-vivas/ 72- Vista da proposta pela rua Souza Du-
edificio-corujas-fgmf-arquitetos 62- Pergolado em madeira com vegetação tra – Elaborado pelo autor
51- Santa Mônica Place em Santa Mônica – trepadeira – Elaborado pelo autor 73- Vista da proposta pela rua Afonso
Acervo do autor 63- Perspectiva da proposta – Elaborado pelo Pena – Elaborado pelo autor
52- Santa Mônica Place, antes da reforma, em autor 74- Vista da proposta pela rua dos Nave-
Santa Mônica – Disponível em: https://uli.org/ gantes – Elaborado pelo autor
wp-content/uploads/ULI-Documents/Guerin_ 75- Vista da proposta pela rua Coronel Pe-

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