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Universidade Estadual do Maranhão

Curso de Administração
Disciplina:
Aluna: Alicia Laheide

Avaliação de 2° chamada

Sabe-se que o dinamismo mercadológico, sob a influência da


globalização e da competição internacional, tem enfrentado desafios
relacionados ao reconhecimento de um profissional no ambiente laboral.
Considerando esse contexto, é notável que as habilidades técnicas, humanas e
conceituais não bastam mais para consolidar o trabalhador no mercado de
trabalho. Para além disso, o mundo atual exige que os profissionais tragam
resultados significativamente positivos às organizações. Dessa forma, os
conceitos de empregabilidade e trabalhabilidade, a relação entre produtividade,
eficiência e rendimento, entre escassez e abundância e entre generalização e
especialização são temáticas passíveis de discussão.
Diante disso, a empregabilidade é um conceito surgido no século
XX, na Grã-Bretanha, que tem substituído o termo “emprego”, a fim de
determinar o valor de um profissional em determinado eixo do mercado. Ela
define um conjunto de habilidades, comportamentos e relações imprescindíveis
para tornar um profissional essencial para qualquer empresa. Corroborando
isso, cita-se José Augusto Minarelli, que descreve a empregabilidade como a
condição de ser empregável, a capacidade do ser humano de ser adaptável às
novas demandas, por meio do aprendizado contínuo, com o intuito de
desenvolver habilidades precisas para toda a organização. Ainda sob a ótica do
autor, é válido salientar que a empregabilidade é uma característica que torna o
profissional atrativo, aumentando as chances de contratação pela habilidade de
se adequar facilmente aos requisitos empresariais. Assim, o próprio profissional
toma protagonismo da sua carreira.
Ademais, sabe também que a trabalhabilidade é uma concepção
mais atual, criada nos anos 2000, descrita como a capacidade de gerar
trabalho além do emprego. É a capacidade de desenvolver múltiplas formas de
trabalho, transformando o conhecimento adquirido em algo útil, agregando ao
cenário econômico ativamente. Assim, é perceptível em atividades de
empreendedorismo e consultoria, alicerçadas pela proatividade, que a
trabalhabilidade é uma variável fundamental para recriar o mercado e substituir
meios de produção obsoletos por novos, advindos do ato de empreender.
Paralelamente ao debate sobre esses conceitos, as diferenças entre
especialização e generalização no mercado de trabalho também estão em
voga. Rememorando a discussão feita sobre as atualizações do mercado
trabalhista, os tempos atuais levam para um caminho alternativo direcionado à
generalização, com a especialização embutida. Ou seja, o profissional não
deve ter somente uma ampla visão em sua área de conhecimento, mas

também deve conhecer um tema mais profundamente, ser um especialista. O


profissional generalista domina diversos assuntos dentro de várias áreas de
atuação. Já o especialista domina tudo sobre uma área específica de
atuação. Ambos são figuras fundamentais para a garantia de bons resultados
dentro da estruturação de uma empresa.
Ainda acerca da lógica capitalista, a busca constante pela excelência
no âmbito empresarial tem exigido um conhecimento minucioso de unidades
das instituições, sobretudo no que se refere à área produtiva, na qual
realmente acontece a agregação de valor ao produto/serviço prestado. Dito
isso, é válido analisar a relação existente entre as noções de produtividade, a
eficiência e o rendimento. As preocupações relacionadas ao senso de
eficiência no setor de produção surgiram no século XX, com o taylorismo e o
fordismo. Ressalta-se que, a priori, o vislumbre de teorizar sistemas que
pusessem a eficiência como um pilar de funcionamento industrial tornou os
EUA como uma potência econômica daquela época.
Atualmente, o aprimoramento do processo produtivo é premente,
pois, o aumento de preço não traz o lucro esperado, fazendo com as empresas
trabalhem na redução de custos em seus meios de produção. A partir disso,
estudar a elevação de produtividade e a eficiência associada ao rendimento
ganham importância no debate da Administração. Enquanto a eficiência
subsidia o aumento do custo-benefício para, consequentemente, aprimorar a
produtividade, na medida em que diminui o tempo e os gastos para se chegar
ao produto-fim, o rendimento é o resultado obtido disso, seja de uma atividade,
um setor, um gabinete ou um único profissional. Nessa perspectiva, a eficiência
e o rendimento se tornam indicadores quantitativos da produtividade e devem
ser analisados para estudar a melhoria dos controles internos e gestores da
organização.
Convém trazer a definição de “economia” dada pelo economista
britânico Lionel Robbins para esclarecer sobre os próximos tópicos: A
economia é a ciência que estuda as formas de comportamento humano
resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer
e os recursos que, embora escassos, se prestam a uso alternativos. A partir
disso, é possível observar que a escassez na economia se materializa na
insuficiência de suprir os desejos de todos os indivíduos do meio social. Assim,
o sistema de precificação é um dos recursos que permitiu alocar, de forma
eficiente, os recursos escassos, pois somente aqueles que têm maior poder de
compra conseguem adquirir determinado produto ou serviço. A escassez pode
ser mais acentuada ainda quando há a estocagem de materiais, a fim de evitar
a falta, pois embora outros tenham alto valor aquisitivo para tê-los, não há no
estoque para ser vendido, evidenciando problemáticas relacionadas à exclusão
e às desigualdades sociais, como a fome.
Inversamente à lógica da escassez, tem-se a lógica da abundância,
que retrata um pensamento coletivista, sustentável e consciente, no qual se
inibe a competição atrelada à lógica da escassez ao colaborar para criar mais
recursos para serem postos no mercado. Dessa forma, todos teriam acesso
aos serviços e produtos gerados, facilitando um iminente progresso social e,
com efeito, atenuando infortúnios acarretados pela dinâmica capitalista, como a
indisponibilidade de recursos hídricos igualitariamente.

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