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O Estado Líquido e os Equilíbrios

de Fases

© 2005 by Pearson Education Capítulo 10


Uma comparação entre
líquidos e sólidos

• As propriedades físicas das substâncias entendidas em termos de


teoria cinética molecular :
– Os gases são altamente compressíveis, assumem a forma e o
volume do recipiente:
• As moléculas de gás estão separadas e não interagem
muito entre si.
– Os líquidos são quase incompressíveis, assumem a forma, mas
não o volume do recipiente:
• As moléculas de líquidos são mantidas mais próximas do
que as moléculas de gases, mas não de maneira tão rígida
de tal forma que as moléculas não possam deslizar umas
sobre as outras.

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Uma comparação entre
líquidos e sólidos

– Os sólidos são incompressíveis e têm forma e volume


definidos:
• As moléculas de sólidos estão mais próximas. As
moléculas estão unidas de forma tão rígida que não
conseguem deslizar facilmente umas sobre as outras.

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Uma comparação entre
líquidos e sólidos

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Uma comparação entre
líquidos e sólidos

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Uma comparação entre
líquidos e sólidos

• A conversão de um gás em um líquido ou sólido requer que as


moléculas se aproximem:
– resfriamento ou compressão.
• A conversão de um sólido em um líquido ou gás requer que as
moléculas se distanciem:
– aquecimento ou redução da pressão.
• As forças que mantêm os sólidos e líquidos unidos são
denominadas forças intermoleculares.

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Forças intermoleculares

• A ligação covalente que mantém uma molécula unida é uma força


intramolecular.
• A atração entre moléculas é uma força intermolecular.
• Forças intermoleculares são muito mais fracas do que as forças
intramoleculares (por exemplo, 16 kJ mol-1 versus 431 kJ mol-1
para o HCl).
• Quando uma substância funde ou entra em ebulição, forças
intermoleculares são quebradas (não as ligações covalentes).

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Forças intermoleculares

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Forças intermoleculares

Forças íon-dipolo
• A interação entre um íon e um dipolo (por exemplo, água).
• A mais forte de todas as forças intermoleculares.

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Forças intermoleculares

Forças dipolo-dipolo
• As forças dipolo-dipolo existem entre moléculas polares neutras.
• As moléculas polares necessitam ficar muito unidas.
• Mais fracas do que as forças íon-dipolo.
• Há uma mistura de forças dipolo-dipolo atrativas e repulsivas
quando as moléculas se viram.
• Se duas moléculas têm aproximadamente a mesma massa e o
mesmo tamanho, as forças dipolo-dipolo aumentam com o
aumento da polaridade.

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Forças intermoleculares

Forças dipolo-dipolo

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Forças intermoleculares

Forças dipolo-dipolo

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Forças intermoleculares

Forças de dispersão de London


• A mais fraca de todas as forças intermoleculares.
• É possível que duas moléculas adjacentes neutras se afetem.
• O núcleo de uma molécula (ou átomo) atrai os elétrons da
molécula adjacente (ou átomo).
• Por um instante, as nuvens eletrônicas ficam distorcidas.
• Nesse instante, forma-se um dipolo (denominado dipolo
instantâneo).

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Forças intermoleculares

Forças de dispersão de London


• Um dipolo instantâneo pode induzir outro dipolo instantâneo em
uma molécula (ou átomo) adjacente.
• As forças entre dipolos instantâneos são chamadas forças de
dispersão de London.

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Forças intermoleculares

Forças de dispersão de London


• Polarizabilidade é a facilidade com que a distribuição de cargas em
uma molécula pode ser distorcida por um campo elétrico externo.
• Quanto maior é a molécula (quanto maior o número de elétrons)
mais polarizável ela é.
• As forças de dispersão de London aumentam à medida que a massa
molecular aumenta.
• Existem forças de dispersão de London entre todas as moléculas.
• As forças de dispersão de London dependem da forma da
molécula.

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Forças intermoleculares

Forças de dispersão de London


• Quanto maior for a área de superfície disponível para contato,
maiores são as forças de dispersão.
• As forças de dispersão de London entre moléculas esféricas são
menores do que entre as moléculas com formato de lingüiça.

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Forças intermoleculares

Forças de dispersão de London

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Forças intermoleculares

Forças de dispersão de London

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Forças intermoleculares

Ligação de hidrogênio
• Caso especial de forças dipolo-dipolo.
• A partir de experimentos: os pontos de ebulição de compostos com
ligações H-F, H-O e H-N são anomalamente altos.
• Forças intermoleculares são anomalamente fortes.

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Forças intermoleculares

Ligação de hidrogênio
• A ligação de H necessita do H ligado a um elemento eletronegativo
(mais importante para compostos de F, O e N).
– Os elétrons na H-X (X = elemento eletronegativo) encontram-se
muito mais próximos do X do que do H.
– O H tem apenas um elétron, dessa forma, na ligação H-X, o H
δ+ apresenta um próton quase descoberto.
– Conseqüentemente, as ligações de H são fortes.

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Forças intermoleculares
Ligação de hidrogênio

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Forças intermoleculares
Ligação de hidrogênio

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Forças intermoleculares

Ligação de hidrogênio
• As ligações de hidrogênio são responsáveis pela:
– Flutuação do gelo
• Os sólidos são normalmente mais unidos do que os líquidos;
• Portanto, os sólidos são mais densos do que os líquidos.
• O gelo é ordenado com uma estrutura aberta para otimizar a
ligação H.
• Conseqüentemente, o gelo é menos denso do que a água.
• Na água, o comprimento da ligaçao H-O é 1,0 Å.
• O comprimento da ligação de hidrogênio O…H é 1,8 Å.
• O gelo tem águas ordenadas em um hexágono regular
aberto.
• Cada δ+ H aponta no sentido de um par solitário no O.
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Forças intermoleculares
Ligação de hidrogênio

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Forças intermoleculares

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Algumas propriedades
dos líquidos

Viscosidade
• Viscosidade é a resistência de um líquido em fluir.
• Um líquido flui através do deslizamento das moléculas sobre
outras.
• Quanto mais fortes são as forças intermoleculares, maior é a
viscosidade.
Tensão superficial
• As moléculas volumosas (aquelas no líquido) são igualmente
atraídas pelas suas vizinhas.

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Algumas propriedades
dos líquidos
Viscosidade

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Algumas propriedades
dos líquidos
Tensão superficial

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Algumas propriedades
dos líquidos

Tensão superficial
• As moléculas da superfície são atraídas apenas para dentro no
sentido das moléculas volumosas.
– Conseqüentemente, as moléculas da superfície estão mais
densamente empacotadas do que as moléculas volumosas.
• A tensão superficial é a energia necessária para aumentar a área
superficial de um líquido.
• As forças de coesão ligam as moléculas entre si.
• As forças de adesão ligam as moléculas a uma superfície.

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Algumas propriedades
dos líquidos

Tensão superficial
• Menisco é a forma da superfície do líquido.
– Se as forças de adesão são maiores do que as forças de coesão,
a superfície do líquido é atraída para o seu recipiente mais do
que as moléculas volumosas. Portanto, o menisco tem formato
de U (por exemplo, água em um copo).
– Se as forças de coesão são maiores do que as forças de adesão,
o menisco é curvo para baixo.
• Ação capilar: Quando um tubo de vidro estreito é colocado em
água, o menisco puxa a água para o topo do tubo.

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Mudanças de fase

• As moléculas da superfície são atraídas apenas para dentro no


sentido das moléculas volumosas.
• Sublimação: sólido → gás.
• Vaporização: líquido → gás.
• Derretimento ou fusão: sólido → líquido.
• Deposição: gás → sólido.
• Condensação: gás → líquido.
• Congelamento: líquido → sólido.

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Mudanças de fase

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Mudanças de fase
Variações de energia acompanhado
as mudanças de fase
• Sublimação: ∆Hsub > 0 (endotérmica).
• Vaporização: ∆Hvap > 0 (endotérmica).
• Derretimento ou Fusão: ∆Hfus > 0 (endotérmica).
• Deposição: ∆Hdep < 0 (exotérmica).
• Condensação: ∆Hcond < 0 (exotérmica).
• Congelamento: ∆Hcong < 0 (exotérmica).

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Mudanças de fase
Variações de energia acompanhando
as mudanças de fase
• Geralmente o calor de fusão (entalpia de fusão) é menor do que o
calor de vaporização :
– mais energia é gasta para separar completamente as moléculas
do que para separá-las parcialmente.

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Mudanças de fase

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Mudanças de fase
Variações de energia acompanhando
as mudanças de fase
• Todas as mudanças de fase são possíveis sob as condições corretas.
• A sequência
aquecer sólido → derreter → aquecer líquido → ferver → aquecer
gás
é endotérmica.
• A sequência
resfriar gás → condensar → resfriar líquido → congelar → resfriar
sólido
é exotérmica.

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Mudanças de fase

Curvas de aquecimento
• O gráfico de variação da temperatura versus calor fornecido é uma
curva de aquecimento.
• Durante a mudança de fase, a adição de calor não provoca
nenhuma variação na temperatura.
– Esses pontos são usados para calcular o ∆Hfus e o ∆Hvap.
• Super-resfriamento: ocorre quando um líquido é resfriado abaixo
de seu ponto de fusão e ele permanece como um líquido.
• Atingido através da manutenção da temperatura baixa e do
aumento da energia cinética para a quebra das forças
intermoleculares.

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Mudanças de fase

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Mudanças de fase

Temperatura e pressão críticas


• Os gases são liquefeitos sob o aumento da pressão a uma
temperatura.
• Temperatura crítica: a temperatura mínima para liquefação de um
gás utilizando pressão.
• Pressão crítica: a pressão necessária para a liquefação.

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Mudanças de fase

Temperatura e pressão críticas

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Pressão do vapor
Explicando a pressão de vapor
no nível molecular
• Algumas das moléculas na superfície de um líquido têm energia
suficiente para escaparem da atração do líquido volumoso.
• Essas moléculas se movimentam na fase gasosa.
• À medida que aumenta o número de moléculas na fase gasosa,
algumas das moléculas atingem a superfície e retornam ao líquido.
• Após algum tempo, a pressão do gás será constante à pressão de
vapor.

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Pressão do vapor
Explicando a pressão de vapor
no nível molecular

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Pressão do vapor
Explicando a pressão de vapor
no nível molecular
• Equilíbrio termodinâmico: o ponto em que tantas moléculas
escapam da superfície quanto as que atingem.
• A pressão de vapor é a pressão exercida quando o líquido e o vapor
estão em equilíbrio dinâmico.

Volatilidade, pressão de vapor e temperatura


• Se o equilíbrio nunca é estabelecido, então o líquido evapora.
• As substâncias voláteis evaporam rapidamente.

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Pressão do vapor

Volatilidade, pressão de
vapor e temperatura
• Quanto mais alta for a temperatura, mais alta a energia cinética
média, mais rapidamente o líquido evaporará.

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Pressão do vapor
Volatilidade, pressão de vapor e temperatura

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Pressão do vapor

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Pressão do vapor

Pressão de vapor e ponto de ebulição


• Os líquidos entram em ebulição quando a pressão externa se iguala
à pressão de vapor.
• A temperatura do ponto de ebulição aumenta à medida que a
pressão aumenta.

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Pressão do vapor

Pressão de vapor e ponto de ebulição


• Duas maneiras de levar um líquido à ebulição: aumentar a
temperatura ou diminuir a pressão.
– As panelas de pressão operam a alta pressão. A alta pressão o
ponto de ebulição da água é mais alto do que a 1 atm.
Conseqüentemente, há uma temperatura mais alta em que a
comida é cozida, reduzindo o tempo necessário de cozimento.
• O ponto de ebulição normal é o ponto de ebulição a 760 mmHg (1
atm).

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Diagrama de fases

• Diagrama de fases: gráfico da pressão versus temperatura


resumindo todos os equilíbrios entre as fases.
• Dada uma temperatura e uma pressão, os diagramas de fases nos
dizem qual fase existirá.
• Qualquer combinação de temperatura e pressão que não esteja em
uma curva representa uma fase única.

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Diagrama de fases

• Características de um diagrama de fases:


– Ponto triplo: temperatura e pressão nas quais todas as três fases
estão em equilíbrio.
– Curva de vapor-pressão: geralmente, à medida que a pressão
aumenta, a temperatura aumenta.
– Ponto crítico: temperatura e pressão críticas para o gás.
– Curva de ponto de fusão: à medida que a pressão aumenta, a
fase sólida é favorecida, se o sólido é mais denso do que o
líquido.
– Ponto de fusão normal: ponto de fusão a 1 atm.
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Diagrama de fases

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Diagrama de fases

Diagramas de fases de H2O e CO2

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Diagrama de fases

Diagramas de fases de H2O e CO2


• Água:
– A curva do ponto de fusão inclina para a esquerda porque o gelo
é menos denso do que a água.
– O ponto triplo ocorre a 0,0098°C e a 4,58 mmHg.
– O ponto de fusão (congelamento) é 0°C.
– O ponto de ebulição normal é 100°C.
– O ponto crítico é 374°C e 218 atm.

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Diagrama de fases

Diagramas de fases de H2O e CO2


• Dióxido de carbono:
– O ponto triplo ocorre a -56,4°C e a 5,11 atm.
– O ponto de sublimação normal é -78,5°C. (A 1 atm, o CO2
sublima, ele não funde.)
– O ponto crítico ocorre a 31,1°C e a 73 atm.

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