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Entenda sobre o mercado

promissor dessa área


O QUE VOCÊ VERÁ?

Avaliação para Bancos públicos e


privados (credenciamento);

Mercado de perícia judicial;

Inferência estatística para avaliação


e perícia na engenharia;

Inteligência Artificial.

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01
AVALIAÇÃO PARA BANCOS
PÚBLICOS E PRIVADOS
(CREDENCIAMENTO)
Muitas pessoas ainda têm dúvidas da importância de um Laudo
de Avaliação de Imóvel. A verdade é que imobiliárias, construtoras e
instituições financeiras são unânimes ao eleger esse documento
como essencial para uma negociação bem sucedida. E nenhum
financiamento, público ou privado, hoje é realizado sem essa
avaliação.

Tamanha importância se dá ao fato desse tipo de parecer servir


de garantia tanto para as instituições bancárias quanto para o
comprador. Mas, como essa garantia funciona na prática?

Para definir o valor de um imóvel, os bancos utilizam o Laudo


de Avaliação de Imóvel. Normalmente, o preço obtido do bem é
menor que o estabelecido pelo mercado imobiliário; o que para
quem compra pode ser ruim, já que durante o financiamento é o
valor da avaliação que é levado em conta. Assim, muitas vezes, o
comprador precisa arcar com a diferença, já que o financiamento
acaba chegando aos 80% do montante.

03
Mas esse cálculo tem um
objetivo, a garantia de que, em
caso de inadimplência, o banco 01
tenha uma margem de segurança Classificação da sua
sobre o bem, podendo leva-lo a natureza
leilão, garantindo que a
instituição não tenha prejuízos.
02
Instituição de
Mas, engana-se quem pensa
terminologia, definições,
que apenas a instituição é
símbolos e abreviaturas
beneficiada com o Laudo de
Avaliação de Imóvel. Pelo
contrário, com a avaliação em 03
mãos, o comprador tem a Descrição das
segurança de que está atividades básicas
adquirindo um imóvel em
perfeito estado para a habitação. 04
Definição da
Quanto à instituição financeira, metodologia básica
precisa do valor do imóvel
visando não ter prejuízos. E,
quando ao comprador, além do
05
Especificação das
preço justo, há também as
avaliações
condições físicas que só uma
avaliação de engenharia pode
oferecer. 06
Requisitos básicos de
A avaliação de imóveis é regida laudos e pareceres
pela norma da ABNT, a NBR técnicos de avaliação
14.653, a qual fixa as diretrizes
para avaliação de bens quanto a:

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A NBR 14.653 - sob o título geral AVALIAÇÕES DE BENS – possui
a seguinte subdivisão:

Procedimentos
NBR 14653-1 1
Gerais

Imóveis
NBR 14653-2 2
Urbanos

Imóveis
NBR 14653-3 3
Rurais

NBR 14653-4 4 Empreendimentos

Máquinas, equipamentos,
NBR 14653-5 5 Instalações e bens
Industriais em Geral

Recursos Naturais
NBR 14653-6 6
e Ambientais

Patrimônios
NBR 14653-7 7
Históricos

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Entre tantos questionamentos que podemos fazer na condição
de técnicos da engenharia e arquitetura é:

ESSA ATIVIDADE É PARA MIM?

Quando pensa em avaliação de um imóvel, você normalmente


deve imaginar que quem faz isso é um Corretor de Imóveis. De
certa forma sim, porque no momento de venda de um bem
(imóvel), o proprietário não pensa em procurar um Engenheiro ou
Arquiteto para determinar o valor do imóvel. Por ser a
comercialização uma atividade inerente à profissão do Corretor, o
proprietário busca esse profissional para obter a informação.

Acontece que a quantia monetária informada pelo Corretor é o


Preço do Imóvel, que vai ser anunciado e posteriormente
negociado e vendido. Aí é que entra, de forma mais comum, a
atividade de Avaliação de Imóvel para os Engenheiros e arquitetos
quando, por exemplo, este imóvel precisa ser financiado após a
venda.

Neste momento, o Banco responsável pelo empréstimo precisa


que o Valor do Imóvel seja informado de modo a suprir a quantia
que será emprestada, ou seja, o bem (imóvel) precisa “valer” pelo
menos o que foi emprestado ao comprador. No Brasil, podemos
dizer que mais de 80% dos imóveis vendidos são financiados.

Para entender a diferença, preciso dizer que a avaliação feita


pelo Engenheiro ou Arquiteto é baseada em uma Norma Técnica, a
NBR 14.653, que sob o título de Avaliação de Bens, é composta por
7 partes, cada parte destinada a um tipo de bem (imóveis urbanos,
imóveis rurais, empreendimentos, máquinas e equipamentos,
recursos minerais e patrimônio histórico).

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Cada uma podendo ser realizada pelos profissionais sob regência
do CREA/CAU de acordo com suas atribuições profissionais. E, na
parte dos imóveis urbanos, cabe ao Engenheiro Civil ou ao
Arquiteto esta atividade e prestação de serviço aos Bancos.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE A ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO DO


CORRETOR DE IMÓVEIS E DO ENGENHEIRO/ARQUITETO
AVALIADOR?

Corretor de imóvel não tem habilitação para fornecer ART (CREA)


ou RRT(CAU), documento exigido pelos bancos para garantir a
validade da avaliação, assim ele só pode fornecer valores de
mercado, valor de venda. ART e RRT são documentos de
responsabilidade técnica que só engenheiros e arquitetos pode
fornecer.

O CRÉDITO IMOBILIÁRIO E A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS

A importância do engenheiro/arquiteto avaliador para o crédito


imobiliário se dá exatamente pelo exposto no item anterior, quanto
às garantias do banco e do comprador, emitindo ART ou RRT
assumindo a responsabilidade técnica, atribuição de engenheiros e
arquitetos.

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Para trabalhar com bancos públicos ou privados, prestando
serviços de avaliações, é necessário credenciamento profissional,
onde o banco expressa todas as regras, exigências e objetivos,
incluindo, inclusive, as atividades e modalidades, tais como o
exemplo abaixo da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil,
respectivamente.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

OBJETO

Contratação de empresas especializadas visando a realização


de serviços técnicos de Engenharia,Arquitetura, Agronomia e
Geologia, em caráter temporário e sem exclusividade, nas áreas de
saneamento, infraestrutura e habitação.

ATIVIDADES TÉCNICAS

Análise de Projeto Habitacional, Comercial, Institucional ou


Industrial; Elaboração, Análise, Consultoria ou Orçamento de
Projeto Habitacional,Comercial, Institucional ou Industrial;

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Análise e Consultoria de Estudo, Projeto e Aquisição de Máquina
e Equipamento de Saneamento;
Análise e Consultoria de Estudo, Projeto, Aquisição de Máquina,
Equipamento e Insumo de Infraestrutura Urbana ou Rural e Meio-
Ambiente;
Vistoria e Acompanhamento de Obra – Edificação; Vistoria,
diagnóstico, orçamento, consultoria e acompanhamento – Danos
Físicos; Vistoria,acompanhamento de obra, estudo, projeto ou
aquisições – Saneamento; Vistoria, acompanhamento de obra,
estudo, plano ou aquisições –Infraestrutura e Meio-Ambiente;
Elaboração de Projetos em 2D ou 3D/BIM de Interesse da área
da CAIXA.

BANCO DO BRASIL

OBJETO

Constitui objeto do presente credenciamento administrativo,


credenciar Pessoa Jurídica, inclusive Empresa Individual,
devidamente registrada no CREA ou CAU, cujo objeto social
contemple atividades técnicas de engenharia e/ou arquitetura, para
a prestação de serviços técnicos profissionais especializados na
área imobiliária, adiante descritos, em caráter eventual, de acordo
com os critérios, termos e condições estabelecidas neste
instrumento, sempre que houver interesse previamente
manifestado pelo BANCO.

ATIVIDADES TÉCNICAS

Avaliação de imóvel: Laudo de avaliação de imóvel urbano


residencial e/ou comercial objeto de operação de financiamento

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imobiliário, a ser apresentado em modelo de laudo simplificado.
Avaliação de imóvel: Análise de melhoria habitacional (ampliação
ou reforma de habitação) com laudo de avaliação de imóvel, a ser
apresentado em modelo simplificado.

QUEM PODE SE CREDENCIAR

Pessoa jurídica e empresas individuais (MEI).

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02
MERCADO DE PERÍCIA JUDICIAL
A engenharia tem-se empenhado em agregar novas tecnologias,
principalmente em um campo globalizado que reforça a
competitividade. Além da necessidade de inovação, o engenheiro se
lança em desafio na busca de compatibilizar projeto, custo,
qualidade e prazo, objetivando o sucesso de sua gestão nesses
novos cenários.

No entanto, ainda temos vivenciado muitos problemas


patológicos e vícios de construção que acabam gerando demandas
para perícias judiciais ou mesmo extrajudiciais, mas que em ambos
os casos necessitam de profissionais da engenharia e arquitetura
que procedam levantamentos técnicos de modo a entender e
quantificar tais problemas.

A demanda dos processos judiciais que implicam a presença do


engenheiro como perito não se restringe às empresas do setor da
construção. A informalidade na habitação executada por grande
parte da população, e até mesmo a atuação de agentes da natureza
interferem na qualidade e segurança da infraestrutura urbana.
Comumente visto nos últimos anos, os sinistros podem ter como
origem um acidente, incidente ou desastre ambiental.

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Na ocorrência de tais fenômenos faz-se necessária a presença
do profissional de engenharia como perito na investigação das suas
causas e responsabilidades. “Perícias tornam-se imprescindíveis nas
relações dos agentes produtivos e mercadológicos sendo atividade
essencial ao fornecimento de subsídios confiáveis aos
esclarecimentos científicos dos fatos e lides”
(TAKAHASHI, 2002).

As sentenças judiciais necessitam de apoio técnico para tomada


de decisão, é assim que um juiz pode chegar às suas conclusões,
sobre estudos e laudos técnicos da engenharia/arquitetura, isso
leva a segurança jurídica acerca dos problemas que porventura
projetos e obras de construção civil possam gerar.

O perito em engenharia é aquele que investiga,


analisa informações colhidas e apresenta conclusões
sobre as condições técnicas de um imóvel, de uma
máquina, ou de qualquer outro produto da
engenharia.

“Sempre que o juiz não for suficientemente apto para realizar a


verificação dos fatos, seja pela ausência de conhecimentos técnicos,
ou pela impossibilidade de colher os dados necessários, o trabalho
será realizado por pessoas entendidas na matéria, através de
perícia” (MAIA NETO, 1997).

De acordo com o glossário do Instituto Brasileiro de Avaliações e


Perícias de Engenharia de São Paulo (IBAPE/SP), o perito é o
profissional legalmente habilitado, idôneo e especialista, convocado
para realizar uma perícia.

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A perícia é o ato da investigação onde o profissional habilitado
utiliza-se de ferramentas propicias para evidencia dos fatos e
apuração das causas. Segundo Brandimiller (1996) apud Veronesi
Junior (2004, p.25) “Perícia é o exame de situações ou fatos
relacionados a coisas e pessoas, praticado por especialistas na
matéria que lhe é submetida, com o objetivo de elucidar
determinados aspectos técnicos".

Na perícia é necessário estar atento aos elementos


que serão examinados e posteriormente utilizados
para responder às arguições das partes. Para
identificar uma causa precisa-se saber o que se está
averiguando, transpondo-se assim para um laudo
claro e objetivo.

Todos os trabalhos periciais de engenharia devem ser orientados


e atender às diretrizes preconizadas pelas Normas Brasileiras
aprovadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),
aplicáveis à natureza e espécie do objeto da perícia.

A NBR 13.752/1996 é a norma que trata das perícias. Ela


determina asdiretri zes básicas, conceitos, critérios e
procedimentos para a realização das perícias de engenharia.

Esta Norma é exigida em todas as manifestações escritas de


trabalhos periciais de engenharia na construção civil e é aplicável às
demais áreas da engenharia. A realização deste trabalho é de
responsabilidade e exclusiva competência dos profissionais
legalmente habilitados pelos Conselhos Regionais de Engenharia e
Agronomia (CREA), de acordo com a Lei Federal nº 5194/1966 e,
entre outras, as Resoluções nos 205, 218 e 345 do Conselho Federal
de Engenharia e Agronomia (CONFEA).

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O resultado do trabalho realizado na perícia é
apresentado em forma de laudo ao juiz [...]

para que este dê prosseguimento no processo e contribua na sua


sentença. No glossário do IBAPE/SP apud Medeiros Junior e Fiker
(2013) o laudo é um parecer técnico escrito e fundamentado,
emitido por um especialista indicado por autoridade, relatando
resultados de exames e vistorias, assim como eventuais avaliações
com ele relacionadas.

No laudo deve-se evitar palavras de sentido ambíguo ou


confuso, ainda que necessite apresentar termos técnicos,
objetivando facilitar assim a sua leitura e compreensão do mesmo.

O assistente técnico, de acordo com a NBR 13.752/1996 da


ABNT, é o profissional legalmente habilitado pelos Conselhos
Regionais de Engenharia e Agronomia (CREAs), indicado e
contratado pela parte para orientá-la, assistir aos trabalhos periciais
em todas as suas fases da perícia e, quando necessário, emitir seu
parecer técnico.

O engenheiro abstém-se de qualquer função


relacionada à advocacia, pois sua atividade é voltada
unicamente para as questões técnicas pertinentes à
perícia em que atua.
Diante do exposto e sabendo-se da responsabilidade e
conhecimentos técnicos que um perito judicial deve ter, podemos
ter algumas perguntas mais frequentes feitas por profissionais que
desejam seguir esta que apresenta-se com uma das atividades mais
promissoras da engenharia, mas que não temos acesso enquanto
estudantes de graduação.

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A seguir lista-se 7 das perguntas mais frequentes:

01 QUEM É O PERITO JUDICIAL?

O Perito Judicial na área de engenharia e arquitetura, deve ser


técnico ou especialista responsável levantar, diagnosticar e emitir
pareceres acerca de temas lhes são submetidos por juízes ou até
mesmo réus processo judiciais, auxiliando assim os julgadores na
tomada de decisão. Ou seja, desenvolve se trabalho para auxiliar o
julgador a formar a sua sentença de maneira mais justa,
fundamentando-se do trabalho estritamente técnico com as
discussões ou quesitos gerados no processo judicial.

A perícia é fundamental, pois o juiz não tem conhecimento


sobre assuntos técnicos específicos como por exemplo, a
engenharia. Ao ter o apoio do perito é possível formar sua
convicção a respeito das questões técnicas trazidas pelo autor ou
réu do processo, ou seja, o juízo, após analisar todos
esclarecimentos trazidos pelo perito, conseguirá, com maior
convicção, sentenciar o processo.

Para que possa desempenhar o seu papel como perito judicial,


o profissional precisa estar devidamente registrado no conselho
de classe da jurisdição ao qual corresponde e ter as obrigações em
dia com o órgão de classe a qual pertence, CREA ou CAU, para
engenheiros e arquitetos, respectivamente.

02 QUAIS SÃO AS HABILIDADES ESSENCIAIS A ESSE PROFISSIONAL?

É fundamental que ele trabalhe com total domínio de sua


atividade profissional, que tenha expertise no que está estudando
e emitindo laudos. O domínio total do que estamos fazendo nos
permite “brincar”, no bom sentido, com as informações, ou seja,
testar cenários onde pode-se comparar diversos resultados.

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Quando estudamos engenharia, obtemos poucos ensinamentos
quanto a lidar com emoções, no entanto, nesse trabalho de cunho
extremamente técnico, é imprescindível separar razão da emoção.
Precisa entender que está trabalhando em um processo judicial,
não podendo de forma alguma identificar-se com uma das partes,
tendo postura estritamente técnica.

Desta forma o perito deve ter visão técnica, analítica e posição


imparcial com laudos claros e bem elaborados, de modo a facilitar
o entendimento do juízo facilitando a tomada de decisão em todas
as sentenças.

03 QUAIS SÃO AS VANTAGENS DE ATUAR COMO PERITO?

A atividade pericial apresenta algumas vantagens em relação


com outras atividades da engenharia e da arquitetura, como
segue:

FLEXIBILIDADE
Não é uma atividade exclusiva, assim poderá atuar em outros
cargos ou atividades na área privada, por exemplo. Essa
flexibilidade permitirá realizar o seu trabalho e será chamado
apenas para trabalhos específicode perícia em determinado
processo judicial ou nas horas em que o Juízo necessitar de
esclarecimentos técnicos no processo em questão.

Um dos maiores benefícios para a atuação do perito judicial é


que ele costuma ter um prazo maior tanto para realizar a
perícia quanto para entregar o laudo. Aliás, para quem almeja
atuar na área, ainda é possível contar com um trabalho sem
pressões de chefes, pois o Perito é quem organiza a data de
sua perícia in loco e demais formas de sua atuação.

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HONORÁRIOS
Os honorários um outro atrativo da área. Apesar de não ter
rendimentos fixos — pois os honorários são pagos de acordo
com a participação em perícias —, as horas de um perito
judicial costumam ter um valor que não é praticado em
qualquer lugar. Em média, a horatrabalhada de um perito
supera o valor praticado no mercado de trabalho,
variando,de acordo com a complexidade do trabalho e da
atividade profissional do perito.
O valor do pode variar dependendo da extensão, das
características do caso e do tempo de experiência do
profissional. De acordo com a quantidade de perícias
realizadas no mês, esse valor pode representar um montante
bastante satisfatório, ainda mais se considerarmos o tempo
que o perito já atua no mercado.

ATUAÇÃO NA SUA PRÓPRIA FORMAÇÃO


Durante o trabalho de perícia, o perito atuará diretamente na
sua área de formação,permitindo um crescimento profissional,
além de experiência técnica. É uma grande oportunidade de
aplicar e demonstrar conhecimentos aprofundados.

04 É NECESSÁRIO TER EXPERIÊNCIA PARA SER NOMEADO PERITO?

Não é necessário ter experiência em perícias judiciais ou ter


trabalhado na sua área de formação, somente ter conhecimento
técnico ou científico da área e dominar as questões legislativas que
envolvem tal atuação.

05 QUEM PODE SER PERITO JUDICIAL?

Podem ser peritos judiciais quaisquer profissionais com ensino


superior e técnico. Os funcionários públicos ou de empresa
privada, o pequeno empresário, o aposentado, o profissional libe -

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ral, o professor e o recém-formado também podem atuar na área.

No entanto, tenha atenção: funcionários públicos necessitam


comunicar esse desejo aos seus superiores e solicitar uma
autorização para atuar como perito judicial e não poderão atuar
em processos que seu empregador seja autor ou réu.

06 PARA QUEM O PERITO JUDICIAL PRESTA SERVIÇO?

O Perito Judicial presta serviço para a Justiça Federal, Estadual


ou Trabalhista. Ele elabora Laudos periciais que farão parte de
processos judiciais, servindo como prova importante para o
deslinde da lide.
A carreira de um profissional da área é bastante promissora.
Como mostramos, existem diversas vantagens de atuar como
perito judicial e a gama de formações exigidas é bem ampla.

07 ONDE O PERITO JUDICIAL PODE ATUAR?

Diante do exposto, O Engenheiro especialista pode atuar nos


seguintes tipos de ações ou Perícias:
Ordinária
Desapropiação
Renovatória e revisional
Demarcatória e divisória
Reintegração de posse e Reivindicatória
Usucapião
Nunciação de Obra Nova
Ambiental

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03
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA PARA
AVALIAÇÃO E PERÍCIA NA
ENGENHARIA
A Teoria de Probabilidade e a Inferência Estatística são processos
complementares.

TEORIA DA PROBABILIDADE

Parte-se de um modelo totalmente especificado, que se assume


como correto e se calcula as probabilidades de certos
acontecimentos.

INFERÊNCIA ESTATÍSTICA

Observam-se certos acontecimentos, e procura inferir-se sobre


o modelo probabilístico pelo qual se regerá o experimento
aleatório.

Inferência estatística é um ramo da Estatística cujo objetivo é


fazer afirmações a partir de um conjunto de valores representativo
(amostra) sobre um universo (população), assume-se que a
população é muito maior do que o conjunto de dados observados,

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a amostra. Tal tipo de afirmação deve sempre vir acompanhada de
uma medida de precisão sobre sua veracidade. Para realizar este
trabalho o estatístico coleta informações de dois tipos,
experimentais (as amostras) e aquelas que obtêm na literatura. As
duas principais escolas de inferência são a inferência frequencista
(ou clássica) e a inferência bayesiana.

A inferência estatística é geralmente distinta da estatística


descritiva. A descrição estatística pode ser vista como a simples
apresentação dos fatos, nos quais o modelo de decisões feito pelo
analista tem pouca influência. É natural que análises estatísticas
avancem, indo da descrição para a inferência de padrões. Essa
última tarefa depende do modelo usado e/ou criado pelo analista
dos dados.

A Inferência Estatística é fazer afirmações sobre características


de uma população, baseando-se em resultados de uma amostra. O
uso de informações da amostra para concluir sobre o todo faz parte
da atividade diária da maioria das pessoas. Basta observar como
uma cozinheira verifica se o prato que ela está preparando tem ou
não a quantidade adequada de sal. Ou ainda, quando uma dona-
de-casa, após experimentar um pedaço de laranja numa banca de
feira, decide se as compra ou não. Essas são decisões baseadas em
procedimentos amostrais.

Podemos ainda dizer que a Inferência Estatística consiste de


procedimentos para fazer generalizações sobre as características
de uma população a partir da informação contida na amostra.

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04
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Mudanças na área de avaliação de imóveis ocorrem em ritmo


cada vez mais acelerado. Termos atuais, como “big data”, “cloud
computing”, “data mining” e “cloud GIS” estão cada vez mais
presentes no dia a dia do profissional avaliador. Avanços
tecnológicos na área computacional estão propiciando um aumento
significativo na qualidade dos trabalhos de avaliação e uma
diminuição acentuada nos tempos de elaboração dos laudos de
avaliação. Grandes produtores de avaliação de imóveis, como
importantes empresas imobiliárias, construtoras e instituições
bancárias, estão já atuando dentro desses novos conceitos,
obtendo reduções significativas dos custos e riscos envolvidos nas
determinações de valores de mercado e estabelecimento de
garantias.

Dentre as tecnologias disruptivas que estarão em destaque,


estão Big Data, Inteligência Artificial / Machine Learning, Internet
das Coisas, Realidade Virtual e Aumentada, BIM, Tecnologia
Autônoma, entre outras, tudo isso cada vez mais integrado às
Geotecnologias (Mapeamento, Cadastro, Imagens de Satélites,
Inteligência Geográfica, GIS).

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As novas rotinas e tecnologias, disponíveis ao Engenheiro de
Avaliações de Imóveis, alteram, também, a maneira de atuação
profissional na elaboração de pesquisas mercadológicas, no
armazenamento dos dados de mercado e na forma como se criam
e se usam os modelos estatísticos. Uma nova forma de inter-
relacionamento da informação com outros avaliadores está sendo
criada, com a utilização de softwares modernos que, por sua vez,
viabilizam os intercambiamentos em tempo real.

Processos avançados de mineração de dados (Data mi- ning),


que envolvem aplicação de inteligência artificial e de filtros na
aceitação e na inclusão de novas informações, em conjunto com a
possibilidade de armazenamento online, propiciam que
informações comunitárias sejam compartilhadas e reutilizadas por
todos, diminuindo muito os custos unitários dos entes envolvidos
nos processos avaliatórios. Dentre as vantagens percebidas, no uso
de rede de servidores interconectados, nos processos inerentes à
atividade de Avaliação de Imóveis, destacam-se:

01 03 05
Custo Desempenho Velocidade

02 04
Escala Global Confiabilidade

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Dois grupos de conceitos estarão gradativamente mais presentes
dentro de nossos estudos mercadológicos, são eles:

IA e GÊMEOS DIGITAIS

A Inteligência artificial (IA) , assim como o aprendizado avançado


de máquinas (machine learning), subdivididas em suas mais
diversas formas, como aprendizagem profunda, redes neurais e
algoritmos de linguagem natural, darão suporte a criações
autônomas de modelos estatísticos e de formas automáticas de
saneamento de dados, uma vez que transcen- dem os algoritmos
tradicionais e podem aprender, prever e auto adaptarem-se
sozinhas. Um modelo baseado em gêmeo digital tem
comportamento dinâmico sobre um sistema físico, como o
mercado imobiliário, e se alimenta constantemente de dados
coletados e de informações de certos sensores para compreender
seu estado, responder a mudanças e necessidades, improvisar
operações e acrescentar valores e variáveis.

REALIDADE AUMENTADA E REALIDADE VIRTUAL

Técnicas mais avançadas de realidade aumentada (RA) e


realidade virtual (RV) propiciarão a realização de vistorias técnicas
remotas e a coleta de atributos de imóveis à distância, poupando
tempo e recursos do profissional avaliador.

Macromodelos Abrangentes Geo-estruturados e pré-carregados,


sistemas mais amigáveis e com mais qualidade, processamentos
em nuvem, maior economia e agilidade nas repostas aos clientes,
compartilhamento e reutilização de informações entre todos e
ferramentas poderosas de Geoprocessamento fazem parte, sem
dúvidas, da nova tendência dentro da ‘Avaliações de Imóveis’.

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https://ibape-nacional.com.br/biblioteca/wp-
content/uploads/2017/08/068.pdf

https://www.crea-pr.org.br/ws/wp-
content/uploads/2018/09/Revista-Avalia%C3%A7%C3%B5es-e-
Per%C3%ADcias_Ed-01-2017.pdf

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