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Livro Economia - Introdutória
Livro Economia - Introdutória
DE CONJUNTURA
2ª edição
Editora Unisinos, 2016
SUMÁRIO
Apresentação
Capítulo 1 – Princípios básicos de economia
Capítulo 2 – Conceitos fundamentais de microeconomia
Capítulo 3 – Noções de macroeconomia e teorias do comércio internacional
Capítulo 4 – Aplicação dos conteúdos estudados – Uma breve análise da atual
conjuntura econômica
Sobre os autores
Informações técnicas
APRESENTAÇÃO
Dessa forma, essas são algumas razões práticas para demonstrar a importância do
estudo da economia, nas mais diversas áreas. A seguir, uma breve apresentação de
cada capítulo.
O primeiro capítulo busca apresentar os principais conceitos de economia,
começando, principalmente, pelo entendimento do que significam as Ciências
Econômicas. Também são apresentados os conceitos de tipos de bens, de macro e de
microeconomia e, por fim, alguns princípios básicos para se estudar economia e para se
entender como as pessoas tomam as decisões: Princípio 01: pessoas enfrentam
tradeoffs. Princípio 02: o custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la.
Princípio 03: pessoas racionais pensam na margem. Princípio 04: pessoas respondem a
incentivos.
O segundo capítulo versa sobre noções de microeconomia. A microeconomia
ocupa-se da análise do comportamento das unidades econômicas, como famílias,
consumidores e empresas. Considera-se assim, essas unidades econômicas como se
fossem unidades individuais. Dessa forma, trabalhar-se-á com conceitos fundamentais
de microeconomia; equilíbrio; as tarefas do sistema econômico; fluxos econômicos; os
mercados de (a) fatores e de bens e serviços, (b) fatores de produção, (c) bens e serviços
de consumo; (d) mercado financeiro; curvas de possibilidade de produção; rendimentos
decrescentes e os custos sociais crescentes; fundamentos de oferta e demanda e, ainda,
elasticidade. Também serão trabalhadas: a Teoria da Produção, incluindo custos de
produção, e as estruturas de mercado.
A microeconomia e a macroeconomia compõem as duas grandes áreas do
estudo da Economia. A macroeconomia, que será abordada no terceiro capítulo, se
difere da microeconomia principalmente pelo uso da soma das variáveis econômicas
individuais para obter dados agregados da economia. Assim, o uso do agregado e o
foco nas variáveis agregadas como consumo agregado, investimento agregado e
produto agregado são determinantes no estudo da macroeconomia. Desta forma, as
análises macroeconômicas utilizam instrumentos teóricos e empíricos para monitorar a
economia, realizar previsões econômicas, auxiliar na elaboração de políticas públicas,
além de buscar entender a estrutura da economia em geral.
Por fim, o quarto e último capítulo tem o objetivo de definir, qualificar e
quantificar os principais indicadores econômicos do país. Reconhecidamente, tais
indicadores são fundamentais tanto para propiciar uma melhor compreensão da
situação presente e o delineamento das tendências de curto prazo da economia quanto
para subsidiar o processo decisório. O capítulo trabalhou com os agrupamentos mais
convencionais dos diferentes indicadores e sempre que possível, especificou, para cada
um deles, aspectos como conceito, finalidade, metodologia de determinação e
instituição produtora.
Vale destacar que ao final de cada capítulo tem-se alguns itens adicionais, tais
como: indicação de sites, sugestões de leitura complementar, as referências utilizadas
ao longo do texto, bem como o(s) autor(es) de cada capítulo. A seguir, será apresentado
o minicurrículo dos autores, e logo após será dada sequência aos capítulos.
Boa leitura!
Gisele Spricigo
CAPÍTULO 1
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA
Gisele Spricigo
Raquel Negrisoli Fernandez Cabral
Sérgio Leusin Júnior
O capítulo apresenta os principais conceitos de economia, começando, principalmente, pelo entendimento do que
significam as Ciências Econômicas. Também são apresentados os conceitos de tipos de bens, de macro e de
microeconomia e, por fim, alguns princípios básicos para se estudar economia e para se entender como as pessoas tomam
as decisões: Princípio 01: pessoas enfrentam tradeoffs. Princípio 02: o custo de alguma coisa é o que você desiste para
obtê-la. Princípio 03: pessoas racionais pensam na margem. Princípio 04: pessoas respondem a incentivos.
1.1 Introdução
escolha;
escassez;
necessidades;
recursos;
produção;
distribuição.
Bens de capital
São aqueles utilizados na fabricação de outros bens, mas que não se desgastam
quando utilizados (com exceção da depreciação), como, por exemplo, uma máquina
ou uma impressora.
Bem de consumo
Atende às necessidades humanas. São classificados em bens duráveis (móveis,
por exemplo) e não-duráveis (alimentos, por exemplo).
Bem intermediário
São aqueles agregados ou transformados na produção de outros bens e que são
consumidos totalmente durante o processo produtivo. Por exemplo: cola no calçado.
Bem final
São aqueles vendidos para consumo e/ou para utilização final. Exemplo:
calçado.
A palavra economia deriva do termo grego oikos que significa lar, podendo ser
interpretado como o estudo do lar, ou ainda, o estudo do ambiente, que inclui todos os
fatores que afetam a vida dos organismos que de alguma forma interagem nesse
ambiente. Deve-se ter em mente a diferença entre o termo casa, que diz respeito à
parte física da moradia, e o termo lar, que é mais amplo e trata de questões
relacionadas à qualidade do convívio e sobrevivência das pessoas ou organismos que
compõem este lar. Desta forma, pode-se definir a ciência econômica como a ciência
que busca compreender e encontrar soluções para problemas originados da interação
entre estes organismos que constituem o ambiente ou lar.
Este ambiente, de maneira ampla, pode ser compreendido como um composto
social formado por famílias, empresas e governo. É importante lembrar que os
problemas deste composto social são problemas originados por pessoas e que irão
afetar exclusivamente a vida de pessoas. Assim, ao resolver um problema econômico,
se está resolvendo um problema na vida das pessoas.
Os problemas originados da interação entre estes agentes são em função de um
princípio humano fundamental: os indivíduos têm desejos e necessidades ilimitadas1
(prazer, felicidade, amor, saúde etc.) e a natureza tem recursos disponíveis para suprir
estas necessidades de maneira limitada (água, matérias-primas etc.). Neste ponto entra
em cena talvez o principal problema econômico: a escassez. Assim, pode-se dizer que
economia é o estudo da forma como as sociedades utilizam seus recursos escassos para
produzir bens e de como serão distribuídos estes bens entre os vários indivíduos.
A interação entre as duas forças que geram os problemas econômicos (desejos
ilimitados versus recursos limitados) é regida por um ser humano muitas vezes definido
por economistas da Escola Clássica de Economia como o Homo Economicos ou Homem
Econômico. Esta categoria de indivíduo é definida como um homem perfeitamente
racional e capaz de fundamentar suas decisões exclusivamente por razões econômicas,
preocupando-se em obter o máximo de benefício com o mínimo de sacrifício de modo
imediato. Ele agiria racionalmente no sentido de maximizar sua riqueza e assim
introduzir novos métodos produtivos para enfrentar a concorrência no mercado
(SANDRONI, 1999). Na figura 1 é mostrado de forma sintetizada o objeto de estudo da
Economia.
Figura 1 – A origem dos problemas.
Fonte: SANDRONI, 1999. Elaboração própria dos autores.
Princípio n° 02: O custo de alguma coisa é o que v ocê desiste para obtê-la
Termos Básicos
Escassez Homo Econômicos
tradeoffs Custo de oportunidade
Tipos de bens
REFERÊNCIAS
SANDRONI, Paulo. Novíssimo dicionário de economia. São Paulo: Best Seller, 1999.
MOCHÓN, Francisco. Princípios de Economia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
PASSOS, Carlos Roberto Martins; NOGAMI, Otto. Princípios de economia. São Paulo:
Pioneira, 1999.
__________
1 Os desejos humanos ou necessidades humanas, de acordo com a pirâmide de Maslow, começam com as funções
biológicas e fisiológicas básicas como alimentação, conforto físico, descanso, lazer, etc., que ao serem supridos fazem
originar desejos mais complexos como autonomia, identidade, estabilidade, aceitação entre seus pares entre outros.
CAPÍTULO 2
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE MICROECONOMIA
Gisele Spricigo
Márcio Eloir Schweig
Raquel Negrisoli Fernandez Cabral
Tiago Wickstrom Alves
A microeconomia ocupa-se da análise do comportamento das unidades econômicas, como famílias, consumidores e
empresas. Considera-se assim essas unidades econômicas como se fossem unidades individuais. Dessa forma, trabalhar-
se-á com conceitos fundamentais de microeconomia; equilíbrio; as tarefas do sistema econômico; fluxos econômicos; os
mercados de (a) fatores e de bens e serviços; (b) fatores de produção; (c) bens e serviços de consumo; (d) mercado
financeiro; curvas de possibilidade de produção; rendimentos decrescentes e os custos sociais crescentes; fundamentos de
oferta e demanda e, ainda, elasticidade. A teoria da produção e custos de produção será abordada, com vistas a ampliar a
magnitude de ganhos para as empresas. Também, ao final, definem-se as estruturas de mercado e visualizam-se as
barreiras à entrada em novos mercados.
2.3 Equilíbrio
Figura 2 – Equilíbrio.
Fonte: Elaboração própria dos autores.
Dessa forma, o sistema econômico tem como tarefas atender essas necessidades.
Logo, o problema econômico pode ser resumido em três questões:
o que produzir?
quanto produzir?
como produzir?
Mercado Financeiro
Assim, dada a escolha entre bens finais e de capitais, dada uma curva de
possibilidade de produção, se estará determinando:
Deslocamento Positiv o
Deslocamento Negativ o
2.7.1 Demanda
Determinantes da Demanda
Lei da Demanda
Curv a de Demanda
Quando qualquer um dos determinantes se altera, que não seja o preço, coeteris
paribus, então, a curva de demanda como um todo se modifica, e essa alteração
denomina-se de variação da demanda. Quando somente o preço do bem se modifica,
haverá alterações nas quantidades demandadas e não na demanda, isso é, ao longo
da curva de demanda já estabelecida.
Coeteris Paribus
2.7.2 Oferta
Determinantes da Oferta
Como pode ser observado na figura 10, no equilíbrio tem-se a igualdade entre
demanda e oferta; ou seja, tudo o que foi produzido foi consumido. Formalmente:
Qd=Qo.
Onde:
Qd (Quantidade demandada)
Qo (Quantidade ofertada)
Exemplo
Solução:
QD=QO
100 - 10P=20P - 50
100 + 50=20P + 10P → 150=30P
150 / 30=P → P=5,00
QD=100 - 10 . 5 → QD=50 ou QO=20 . 5 - 50 → QO=50
Deslocamentos da demanda
2.8 Elasticidade
Elasticidade no Ponto (E p)
Atenção
A elasticidade da demanda pode ser calculada quando essa for uma reta, da
seguinte forma:
Ep=B/A
Com essas informações, podemos vincular Receita Total (RT) com elasticidade.
Como RT=P*Q, então se os preços aumentarem e a região da demanda for inelástica,
a receita total irá aumentar. Na região de elasticidade unitária, a RT será máxima. Se o
aumento de preços estiver na região elástica, levará à redução de RT. Veja essa
relação na figura 20.
Figura 20 – Relação entre elasticidade e Receita Total.
Fonte: PASSOS, 2005. Elaboração própria dos autores.
2.9.1 Introdução
Alguns conceitos fundamentais são necessários para que se possa iniciar o estudo
da teoria da empresa. O primeiro deles é o conceito de empresa. A empresa é um dos
agentes do sistema econômico (os outros são as famílias e o governo) responsável pela
produção dos diversos bens e serviços destinados a satisfazer as necessidades humanas.
Para que as empresas possam produzir é necessário o emprego dos fatores de
produção, ou seja, trabalho, capital e terra ou recursos naturais.
Outro conceito importante é o de produção. A produção é o processo no qual a
empresa transforma os fatores produtivos em produtos e que se destinam ao mercado
consumidor, para satisfazer as necessidades finais dos indivíduos ou, simplesmente,
como matéria-prima ou insumo que servirá como fator de produção para uma outra
empresa. Cabe destacar que o conceito de produção envolve não somente os bens
físicos e materiais, mas também o conjunto de serviços, como comunicações, energia,
atividades financeiras, comércio, entre outros.
O lucro é a remuneração de um capital investido por uma empresa na produção
e é obtido pela diferença entre a receita total e a despesa total da empresa num
período determinado. Assim, o lucro é o objetivo básico de qualquer empresa que está
produzindo um bem ou serviço no mercado. O lucro bruto é obtido subtraindo da
receita total os diversos custos de produção, como os gastos com matéria-prima, os
salários, os impostos, entre outros. No cálculo do lucro líquido deve-se descontar do
lucro bruto os gastos com depreciações do capital fixo e as despesas financeiras, como
juros de empréstimos.
Capital Trabalho
Produto total do Produto médio do Produto marginal do
(fator (fator
fator v ariáv el fator v ariáv el fator v ariáv el
fixo) v ariáv el)
100 20 60 3,0
100 30 140 4,7 80
100 40 240 6,0 100
100 50 320 6,4 80
100 60 380 6,3 60
100 70 420 6,0 40
100 80 440 5,5 20
100 90 440 4,9 00
100 100 420 4,2 -20
Fonte: Elaboração própria dos autores.
O curto e o longo prazo na ótica dos custos obedecem os mesmos critérios que
definem o curto do longo prazo sob a ótica da produção, conforme visto anteriormente.
Assim, para a empresa aumentar sua produção, no curto prazo, terá que contratar mais
fatores variáveis, já que os fatores fixos não podem ser alterados no curto prazo. Sendo
assim, o curto prazo, sob a ótica dos custos, é o período de tempo em que a empresa
tem custos fixos e custos variáveis, adquirindo os fatores fixos e variáveis,
respectivamente. Na medida em que a empresa consegue alterar a seus fatores fixos de
produção e, portanto, seus custos fixos, então, este passa a ser o período de longo prazo
da empresa, quando então todos os custos da empresa passam a ser variáveis.
Conforme foi visto acima, no curto prazo a empresa possui custos fixos e custos
variáveis. Então o custo total será a soma dos custos fixos e variáveis. Assim:
CT=CF + CV
Esses custos podem ser visualizados na figura 22, onde se observa que o CF é
constante, na medida em que a produção (Q) aumenta, e por isso seu traçado é
paralelo ao eixo das quantidades produzidas. Isto implica que a distância entre a curva
do CF e o eixo das quantidades será sempre a igual, independente do nível de
produção.
Já o CV é crescente à medida que a produção aumenta, pois, no curto prazo, a
empresa só pode expandir sua produção através dos fatores variáveis. Assim, como
mostra a figura 20, a curva do CV apresenta uma trajetória ascendente conforme
aumenta a quantidade produzida. A sinuosidade apresentada pela curva do CV se deve
ao fato de no início da produção a empresa se encontrar na zona de rendimentos
marginais crescentes, ou seja, para expandir sua produção a empresa tem custos (CV)
proporcionalmente menores. Depois de um certo ponto, o CV começa a crescer
proporcionalmente mais do que a produção, ou seja, a empresa entra na zona de
rendimentos marginais decrescentes.
A figura ainda mostra a curva do CT, que está acima do CV. Como o CT é a soma
do CF e do CV, então, a distância entre o CT e o CV é exatamente igual ao valor do
CF. Cabe destacar que essa distância deve ser observada verticalmente, pois é este o
eixo que mostra as escalas dos custos.
Do CF pode-se obter o custo fixo médio (CFMe), através da divisão do CF pelas
quantidades produzidas, então:
CFMe=CF / Q
O CFMe representa o custo fixo que a empresa tem para produzir cada uma das
unidades. Assim, quanto maior o nível de produção, menor o CFMe já que o CF será
dividido por uma quantidade produzida maior. Isto pode ser melhor visualizado na
figura 20.
Já o custo variável médio (CVMe) é obtido pela divisão do CV pelas quantidades
produzidas, assim:
CVMe=CV / Q
O CVMe representa a parte dos custos variáveis que a empresa possui para
produzir cada uma das unidades. A figura 20 mostra que inicialmente quando a
produção cresce, o CVMe estará decrescendo até atingir um ponto de mínimo, já que
nesta fase os custos variáveis crescem proporcionalmente menos do que a produção.
Depois de atingir o ponto de mínimo, o CVMe começa a aumentar em função do
crescimento mais do que proporcional dos custos variáveis em relação à quantidade
produzida.
O somatório do CFMe e do CVMe resulta no custo médio (CMe), que também
pode ser obtido pela divisão do CT pelas quantidades produzidas, assim:
CTMe=CT / Q
A trajetória da curva do CMe, como pode ser visto na figura, que inicialmente
decresce, atinge um ponto de mínimo, quando, então, passa a crescer, é explicada
pelo comportamento das curvas do CFMe e do CVMe, já que deriva desses dois custos.
O CMe mostra o custo total que a empresa tem para produzir cada uma das
unidades. Assim, o ponto de mínimo do custo médio, ou seja, o menor valor, representa
o ponto em que a empresa terá o menor custo para cada uma das unidades que ela
estiver produzindo.
Existe ainda o custo marginal (CMg), que pode ser definido como o custo que
tem a empresa para produzir uma unidade adicional. O CMg é obtido pela divisão da
variação do CT pela variação da quantidade produzida. Pode ser expresso da seguinte
maneira:
CMg=DCT / DQ
CMg=DCV / DQ
RT=P x Q
Além disso, é importante para a análise da empresa outros dois tipos de receita.
A primeira é a receita média (RMe) obtida pela divisão da RT pela quantidade. A RMe
representa a receita que a empresa obtém para cada uma das unidades que ela produz
e vende no mercado. Pode ser expressa da seguinte forma:
RMe=RT / Q
RMe=(P x Q) / Q. Assim:
RMe=P
RMg=DRT / DQ
A RMg mostra a receita que a empresa obtém para cada unidade adicional que
ela vende no mercado.
Conforme mostra a tabela 4, a RT da empresa estará crescendo enquanto o
preço aumenta proporcionalmente mais do que a queda da quantidade vendida.
Quando essa relação se inverte, a RT começa a diminuir. Ou seja, para se vender
unidades adicionais, o preço deve cair proporcionalmente mais do que o que se
consegue de aumento nas vendas. Isto é explicado pela elasticidade-preço da
demanda, vista anteriormente.
Como foi visto, no curto prazo a empresa não consegue alterar sua estrutura
produtiva. Então, cabe à empresa identificar um nível de produção que permita a ela
obter o lucro máximo, dada a estrutura produtiva existente.
A tabela 5 mostra um exemplo hipotético que permite visualizar o nível de
produção que faz com que a empresa obtenha o lucro máximo possível. Se a empresa,
por exemplo, estivesse produzindo uma quantidade de 901 unidades, o lucro total seria
de 5.140. Interessa saber se esta é a quantidade que permite à empresa obter o lucro
máximo. Como saber?
Para responder a esta pergunta, deve-se analisar o custo e a receita para produzir
uma unidade adicional, ou seja, o CMg e a RMg, respectivamente. Se o custo para
produzir uma unidade a mais for menor do que a receita que a empresa obtém, então
ela deve produzir, pois conseguirá um lucro com esta unidade. O lucro obtido com a
venda desta unidade vai se somar ao lucro que a empresa já tinha garantido antes. Isto
fará com que o lucro total da empresa seja maior ao aumentar a produção. Significa
dizer então que, enquanto o CMg for menor do que a RMg, a empresa deve aumentar
o nível de produção. Se de outro lado o CMg for maior do que a RMg, então a empresa
deve reduzir a sua produção até o ponto em que o CMg seja igual à RMg. Esta é a
condição que faz com que a empresa obtenha o lucro máximo possível, ou seja,
CMg=RMg.
No exemplo da tabela 5, o lucro total máximo é de 5.420, alcançado quando
CMg=RMg=90, na quantidade de 905 unidades produzidas.
2.10.2 Monopólio
Em relação aos demais tipos de mercados, o monopólio pode obter lucros mais
elevados em função do controle que a firma pode exercer sobre o mercado. A
manutenção de um monopólio no longo prazo vai depender de uma série de fatores.
As patentes terminam, as matérias-primas são substituídas, novos produtos surgem. A
continuidade de um monopólio é mais factível quando há a proteção de leis
governamentais ou o controle estatal de determinados setores que podem ser
considerados estratégicos e de segurança nacional, como petróleo, comunicações e
energia.
2.10.4 Oligopólio
1. Monopsônio e oligopsônio:
Monopsônio: existência de muitos vendedores e um único comprador. Por
exemplo, uma empresa que se instala em uma determinada cidade do
interior e por ser a única, torna-se demandante exclusiva da mão de obra
local. Nesse caso, ou os trabalhadores trabalham nessa empresa, ou mudam-
se para outra localidade.
Oligopsônio: poucos compradores, que dominam o mercado, para muitos
vendedores.
2. Monopólio bilateral:
Caracteriza-se pela estrutura de mercado em que tem-se um monopolista e
monopsonista. Normalmente, essas duas empresas entram em negociações
para a definição de preços: o monopsonista tenta pagar o preço mais baixo,
por ser o único comprador, e o monopolista quer vender por um preço mais
elevado, tentando usar a força de ser o único vendedor.
MOCHÓN, Francisco. Princípios de Economia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
PASSOS, Carlos Roberto Martins; NOGAMI, Otto. Princípios de economia. São Paulo:
Pioneira, 1999.
PASSOS, Carlos Roberto Martins. Princípios de Economia. 5 ed. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005, p. 353.
__________
2 Nas seções seguintes, também será abordado em “A lei dos rendimentos marginais”.
CAPÍTULO 3
NOÇÕES DE MACROECONOMIA E TEORIAS DO COMÉRCIO
INTERNACIONAL
André Filipe Zago de Azevedo
Angélica Massuquetti
Sérgio Leusin Júnior
Raquel Negrisoli Fernandez Cabral
Tiago Wickstrom Alves
S≡I
PIB ≡ C + I + G + (X – M)
PIB ≡ C + S + T
( - ) Depreciação
( - ) Tudo o que vaza não se transformando em renda pessoal (como: lucros não
distribuídos, impostos s/ lucros das empresas, Previdência Social, etc.);
( + ) Tudo o que contribui para a renda pessoal (transferências do governo para as
pessoas, juros pago pelo governo, juros pago pelos consumidores, doações
recebidas, etc.)
(=)RENDA PESSOAL
( - ) Poupança Pessoal
Exercício de Fixação
1) Dado:
PIB=2.250,00;
Rendimentos Líquidos Recebidos=50,00;
Depreciação=200,00;
Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF)=100,00;
Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)=150,00;
Impostos Indiretos (ICMS e IPI)=300,00;
Com estes valores encontra-se o RN.
Solução do exercício:
PIB 2.250,00
(-) Depreciação=200,00
PIL 2.050,00
+ Rend. Líq. Rec.=50,00
PNL 2.100,00
(-) ICMS e IPI=300,00
RENDA NACIONAL 1.800,00
Função Consumo
C=Ca + PMgCY
Função Poupança
Genericamente, tem-se:
S=Sa - PMgSY
PIB=C + I G + (X – M)
Para simplificação, inicia-se com uma economia fechada e com dois setores,
famílias e empresas, logo o PIB será igual à renda (Y). Dessa forma a renda de
equilíbrio será dada por:
Y=C + I
Y=Ca + PMgCY + I
Y=100 + 0,60Y + 70
Y – 0.6Y=170
0,4Y=170
Y=425=> renda de equilibrio
Y=Ca + PMgCY + I
Logo, uma variação na renda poderá ter sido causada por uma variação nos
investimentos ou no consumo autônomo:
ΔY=DCa + PMgCDY + DI
Função Investimento
IB=IL +D + VE
VA=SRT / (1+i)n
I=Ia + PMgIY - gi
Y=C + I + G + (X – M)
Y=800 + 0,8(Y- 100 – 0,25Y) + 1.000 + 0,1Y + 500 + [500 – (1.000 + 0,15Y)]
Y=1800 + 0,8Y – 80 – 0,2Y + 0,1Y - 0,15Y
Y=1.720 + 0,55Y
0,45Y=1.720
Y=3.822=> renda de equilibrio.
Adam Smith, no final do século XVIII, refutou a idéia de que o comércio era um
jogo de soma zero, ou seja, que o ganho de um país ocorria em detrimento de outro,
confrontando claramente a doutrina mercantilista que dominou os séculos XVI a XVIII.
Para ele, o comércio seria um jogo de soma positiva, isto é, ambos os países envolvidos
ganhariam, tanto aqueles que exportavam como os importadores. O livre comércio
seria um mecanismo capaz de promover o aumento da produção via especialização e,
com as trocas, aumentar o consumo e o bem-estar das populações dos países
envolvidos no comércio internacional.
Além de apresentar os benefícios associados ao livre comércio, Smith precisava
mostrar qual o padrão de comércio mais apropriado entre os países. Para tanto, ele
criou o conceito de vantagem absoluta, que ocorreria quando um país fosse mais
eficiente, em termos absolutos, na produção de um bem. A eficiência seria medida
através da produtividade absoluta do trabalho, ou seja, quanto menos tempo de
trabalho fosse necessário para um país produzir um determinado produto, mais
eficiente ele seria. Portanto, os países deveriam exportar aqueles bens em que tivessem
vantagem absoluta na produção e importar aqueles em que apresentasse desvantagem
absoluta. O trecho abaixo é bastante ilustrativo da visão de Smith sobre as vantagens
absolutas.
“Se um país estrangeiro está em condições de fornecer uma mercadoria a preço mais baixo do que
o da mercadoria fabricada por nós mesmos, é melhor comprá-la com uma parcela da produção de
nossa própria atividade, empregada de forma que possamos auferir alguma vantagem” (SMITH,
1996, p. 380).
Mais recentemente, no início dos anos 1980, a partir da chamada nova teoria do
comércio internacional, baseada em competição imperfeita, economias de escala e
diferenciação de produtos, foram identificados benefícios adicionais da integração
comercial, identificados como efeitos competição, escala e diversidade (KRUGMAN,
1979; HELPMAN; KRUGMAN, 1985). A abertura comercial propiciaria um aumento da
competição entre as empresas, que resulta em ganhos de eficiência técnica, bem como
de elevação da escala de produção. De um lado, em economias mais fechadas, as
empresas têm poucos incentivos para reduzir custos, criar novos produtos e processos de
produção e novas técnicas administrativas e, portanto, para elevar a produtividade. De
outro, economias mais protegidas tendem a limitar o mercado das empresas nacionais,
pelo seu viés anti-exportação, o que reduz a produção para escalas sub-ótimas. A maior
integração econômica permitiria, portanto, uma maior competição entre as empresas e
ganhos de escala. Além disso, regimes de comércio mais liberais permitem um acesso
a uma maior diversidade de produtos, insumos e bens de capital, elevando o bem-estar
dos consumidores e a eficiência dos produtores. Estes novos argumentos, associados à
crise da dívida externa de 1982 e do sucesso econômico obtido por alguns países do
sudoeste asiático, que adotaram políticas comerciais liberais já a partir da década de
1960, serviram de estímulo para estes países buscarem uma maior integração com o
resto do mundo.
Entretanto, a nova teoria do comércio internacional também identificou uma
nova razão para práticas protecionistas na presença de interações estratégicas entre as
empresas (BRANDER; SPENCER, 1985). Tais interações estratégicas entre empresas
ocorreriam quando a mudança do comportamento de uma empresa causasse uma
alteração do comportamento de outra (resposta estratégica). Ao alterar o
comportamento das empresas,políticas comerciais estratégicas poderiam influenciar
tanto no mercado doméstico quanto no internacional a relação estratégica entre as
empresas. Ao escolher uma tarifa ótima ou subsídio, o governo poderia afetar o jogo
estratégico entre as empresas para favorecer a empresa doméstica. Entretanto, a
possibilidade de retaliação por parte do governo de outro país, a grande quantidade de
informações necessárias para implementar adequadamente este tipo de políticas e a
influência de grupos de pressão para obter tais benefícios para seus setores, para citar
os mais comuns, tornaram este tipo de intervenção pouco recomendada pelos
economistas.
A partir do final da década de 1980, as novas teorias do crescimento econômico,
baseadas na endogeneização do progresso técnico [(ROMER, 1986; LUCAS, 1988),
forneceram novos argumentos em favor da abertura econômica. Primeiro, o comércio
de bens expandiria o fluxo de idéias e tecnologias, reduzindo o custo da inovação. Ao
mesmo tempo, pressionaria as empresas sem acesso a fontes tecnológicas externas a
investir em inovação. Assim, haveria uma expansão da base tecnológica dos países, o
que estimularia a produtividade e, por consequência, o crescimento. Segundo, o
comércio poderia elevar o tamanho do mercado induzindo os investimentos em
indústrias com retornos crescentes que não seriam viáveis em mercados menores, além
de permitir o acesso de agentes domésticos a bens de capital a um custo mais
acessível, removendo assim barreiras ao investimento e às exportações. Terceiro, a
abertura comercial criaria incentivos ou obrigaria (através de instituições multilaterais) a
adoção de políticas macroeconômicas e/ou regulatórias virtuosas, o que também
contribuiria para taxas de crescimento mais elevadas. Portanto, ao estimular a
produtividade, o investimento e políticas virtuosas, o comércio estimularia o
crescimento econômico.5
Termos Básicos
Produto Nacional Bruto Consumo Autônomo
Produto Interno Bruto Propensão Marginal a Poupar
Produto Nacional Líquido Política Fiscal
Poupança Política Monetária
Depreciação Vantagens Absolutas
Lei Psicológica Fundamental Vantagens Comparativas
Propensão Marginal a Consumir
REFERÊNCIAS
BRANDER, J.; SPENCER, B. Export subsidies and market share rivalry. Journal of
International Economics, 18, 1985, pp. 83-100.
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LOPES João C.; ROSSETTI, José P. Economia Monetária, 8. ed. São Paulo: Atlas S/A:
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ROMER, Paul. Increasing returns and long run growth. Journal of Political Economy, 94,
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SACHS, Jeffrey D.; LARRAIN, Felipe. Macroeconomia. São Paulo: Makron Books,
1995.
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Vol. 1 e 2, São Paulo: Nova Cultural, 1996.
VINER, Jacob. The Custom Union Issue. London: Carnegie Endowment for International
Peace, 1950.
__________
3 O BACEN foi criado através da Lei nº 4595, de 31 de dezembro de 1964, e é responsável pela fiscalização e pela
supervisão do Sistema Financeiro Nacional (SFN).
4 Os termos de troca se referem à relação entre os preços de exportação e de importação de um país. Quanto maior for
essa relação, ou seja, quanto maior forem os preços de exportação em relação aos de importação, maior é o benefício do
país.
5 A maior parte dos benefícios e dos custos envolvidos em um processo de integração não-discriminatória descritos acima,
também é observada quando da formação de blocos econômicos. No entanto, a abertura preferencial se diferencia daquela,
pois cria a possibilidade do que se convencionou chamar criação ou desvio de comércio, termos originalmente cunhados
por Viner (1950). Desde então há um consenso de que os benefícios só superariam os custos caso a criação de comércio
superasse o desvio de comércio decorrente da liberalização comercial discriminatória.
CAPÍTULO 4
APLICAÇÃO DOS CONTEÚDOS ESTUDADOS – UMA BREVE ANÁLISE DA
ATUAL CONJUNTURA ECONÔMICA
Sérgio Leusin Júnior
O presente capítulo teve a pretensão de definir, qualificar e quantificar os principais indicadores econômicos do
país. Reconhecidamente, tais indicadores são fundamentais tanto para propiciar uma melhor compreensão da situação
presente e o delineamento das tendências de curto prazo da economia, quanto para subsidiar o processo decisório. O texto
trabalhou com os agrupamentos mais convencionais dos diferentes indicadores e, sempre que possível, especificou, para
cada um deles, aspectos como conceito, finalidade, metodologia de determinação e instituição produtora.
A partir do gráfico abaixo, é possível observar que em 2009 ocorreu uma queda
(-1,7%) na produção de veículos, visto que em 2008 a produção de automóveis foi de
3,21 milhões, valor que supera em 37 mil unidades a produção de 2009. Mesmo com o
cenário adverso observado em 2008, a produção de veículos foi a maior da história,
superando o antigo recorde observado em 2007. É interessante observar a nítida
desaceleração da produção de automóveis a partir de agosto de 2008, que se
intensifica em dezembro com uma queda na produção de 47,14% em relação ao mês
anterior, e um desempenho 53,77% inferior ao observado em dezembro 2007.
Com relação às vendas de automóveis, pode-se observar que a retração do
crédito ocorrida em função da falência do Lehman Brothers em setembro de 2008
gerou um impacto significativo, pois as vendas de automóveis sofreram forte queda em
outubro (-10,94%) e novembro (-25,66%), voltando a apresentar crescimento positivo
em dezembro (9,16%), principalmente devido às medidas do governo de garantir
liquidez no mercado e reduzir as alíquotas do IOF e IPI.
Figura 28 – Produção total de Autoveículos e Vendas de Autoveículos nas concessionárias (unidades) – Jan/08-Dez/09.
Fonte: ANFAVEA. Elaboração: Sérgio Leusin Jr.
Mês
Categorias de j an/08 fev /08 mar/08 abr/08 mai/08 j un/08 j ul/08 ago/08 set/08
uso
Bens de 173,83 179,44 183.64 187,33 175,42 190.78 192.15 191.75 195.17
capital
Bens 223,74 123,52 122,72 121,62 121,86 124,7 126,02 222,72 222,09
intermediários
Bens de 123,91 121,75 123,78 123,1 122.8 125,21 124,78 124,17 127,79
consumo
Bens de 17445 176.92 179,59 176,72 172,47 185,72 273,74 27542 177,92
consumo
duráv eis
Semi- 113,63 120,21 122,38 111,04 111,94 114,47 113,97 112,99 115,74
duráv eis e
não duráv eis
Fonte: IBGE – Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física.
Nota: Índice de base fixa mensal com ajuste sazonal (Base: média de 2002=100).
Velocidade reduzida
Figura 30 – Utilização da Capacidade Instalada - Ind. Geral e Ind. de Produtos Farmacêuticos e Veterinários (%).
Fonte: FGV. Elaboração: Sérgio Leusin Jr.
Os dados do gráfico acima sugerem que o varejo brasileiro foi impactado pelo
cenário internacional turbulento já em outubro de 2008. O volume de vendas
acumulado ano de 2008 (9,13% BR e 6,44% RS) apresentou um resultado semelhante
ao observado em 2007 (9,68% BR e 7,0% RS), ano considerado ótimo para o varejo
brasileiro. Já o resultado para o ano de 2009, acumulado em 12 meses até novembro 11
(5,29% BR e 1,63%), retrata bem a perda de fôlego da capacidade de consumo da
população brasileira e gaúcha durante os meses subsequentes à crise desencadeada
em setembro de 2008.
A série de gráficos apresentados abaixo busca explicitar novamente a diferença
de comportamentos entre variáveis de um mesmo setor da economia, assim como
ocorreu nos dados da produção industrial, no qual se observou uma significativa
diferença no comportamento dos dados da indústria de bens de consumo duráveis dos
bens de consumo não duráveis e semiduráveis.
Figura 34 – Volume de vendas no comércio varejista por tipo de atividade – Jan/08-Nov/09 (Var. % acumulada em 12 meses).
Fonte: IBGE. Elaboração: Sérgio Leusin Jr.
Período 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
INPC 21,98 9,12 4,34 2,49 8,43 5,27 9,44 14,74 10,38 6,13 5,05
IPCA 22,41 9,56 5,22 1,65 5,94 5,97 7,67 12,53 9,30 7,60 5,69
IGP-DI 14,77 9,34 7,48 1,70 18,98 9,81 10,40 26,41 7,67 12,14 1,22
IGP-M 15,24 9,20 7,74 178 20,10 9,95 10,38 25,31 8,21 12,41 1,21
Fonte: IBGE e FGV.
Termos Básicos
Bens de consumo duráveis Recolhimentos compulsórios
Bens de consumo não duráveis Política Monetária
Bens de capital Política Fiscal
Bens intermediários Sazonalidade
Bens Complementares
REFERÊNCIAS
Retrospectiva: após inicio nebuloso, 2009 fecha promissor ao algodão. Disponível em:
<http://www.safras.com.br>. Acesso em: 29 dez. 2009.
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6 O Relatório de Inflação é uma publicação trimestral do Banco Central do Brasil, que tem como objetivo avaliar o
desempenho do regime de metas para a inflação e delinear um cenário prospectivo sobre o comportamento dos preços,
explicitando as condições das economias nacional e internacional que orientaram as decisões do Comitê de Política
Monetária (Copom) com relação à condução da política monetária.
7 Para se obter as variações percentuais acumuladas com índices de base fixa deve-se:=(t/t-1)-1)*100.
8 PIB Potencial é a quantidade máxima de bens e serviços finais que uma economia é capaz de produzir considerando que
todos os seus fatores produtivos estão sendo utilizados à plena capacidade. Ele não indica o limite de crescimento de uma
economia, mas a sua capacidade de crescer sem gerar pressão inflacionária no longo prazo.
9 Muitas vezes chamados de Cadastros Negativos, eles mostram o perfil do consumidor e a presença de dívidas não pagas
em seu nome. São utilizados para proteger os comerciantes dos maus pagadores.
10 A utilização do volume acumulado em 12 meses é particularmente interessante, pois permite analisar uma importante
proxy da demanda agregada entre períodos diferentes sem preocupar-se com deflacionamentos necessários em função da
evolução dos preços.
11 Última informação disponível (01/02/2009).
SOBRE OS AUTORES
ANGÉLICA MASSUQUETTI
Doutora em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Mestre em Economia Rural pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Bacharel em Ciências Econômicas pela
UFRGS. Professora do Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade do
Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).
Editora Unisinos
Avenida Unisinos, 950, 93022-000, São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brasil
editora@unisinos.br
www.edunisinos.com.br
ISBN 978-85-7431-747-2
CDD 330
CDU 330
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Bibliotecária: Carla Maria Goulart de Moraes – CRB 10/1252)
Coleção EAD
Editor: Carlos Alberto Gianotti
Acompanhamento editorial: Jaqueline Fagundes Freitas
Revisão: Wilson Chagas Junior
Editoração: Guilherme Hockmüller
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