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EDIÇÃO VAREJO

INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS

MARÇO 2020 | Nº 07 | ANO 2

ABI NOTÍCIAS

PESQUISA REVELA
RECEIO DA
COMPRA ON-LINE
LER MATÉRIA
PALAVRA DO PRESIDENTE

ABERTURA COMERCIAL DEVE SER


GRADUAL E POR MEIO DE ACORDOS
Haroldo Ferreira
Presidente-executivo da Abicalçados

Combalida por anos de processo de desindustrialização, a Indústria Brasileira tem visto com
apreensão o avanço da ideia de abertura comercial unilateral entre parte da equipe econômica
do Governo Federal. Não somos, em hipótese alguma, contra a orientação liberal do mercado,
da livre concorrência e, portanto, da abertura comercial. Porém, é preciso que se deixe claro, a
indústria brasileira possui algumas peculiaridades diante dos principais concorrentes internacio-
nais, fazendo com que uma abertura comercial abrupta e unilateral, hoje, tenha efeitos catastró-
ficos sobre a atividade.
Recentemente, o próprio Governo Federal
“ABERTURA COMERCIAL
divulgou uma pesquisa que apontou que o gasto
ABRUPTA E UNILATERAL, HOJE,
com o Custo Brasil representa mais de 22% do
TERIA EFEITOS CATASTRÓFICOS
PIB nacional, algo em torno de R$ 1,5 trilhão por
SOBRE A ATIVIDADE”
ano. Trata-se de um custo altíssimo, que não é
pago somente pela Indústria por meio de um sis-
tema tributário anacrônico e com elevadas tarifas que servem para manter um Estado inchado
e burocrático, ou por meio do caos logístico brasileiro, entre tantos outros problemas. O custo
é social. Para efeitos comparativos, o custo de produção no Brasil é de cerca de US$ 4/hora,
o dobro da China e o quádruplo da Índia, dois concorrentes diretos no mercado internacional.
Agora, você já pensou como seria se abríssemos as portas para produtos desses países sem ne-
nhuma espécie de amparo ou defesa comercial? O efeito seria catastrófico e, em poucos meses,
liquidaríamos boa parte dos empregos brasileiros.

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EDIÇÃO VAREJO

MARÇO 2020
PALAVRA DO PRESIDENTE

“A ABERTURA POR MEIO DE


ACORDOS COMERCIAIS É UMA
ALTERNATIVA SUPERIOR À
ABERTURA UNILATERAL”

Recordando
Para ilustrar o efeito de uma concorrência desleal, nós calçadistas podemos recordar da primeira
década dos anos 2000, quando mesmo com tarifa de importação enfrentamos uma verdadeira
invasão de calçados chineses, fazendo com que a indústria brasileira quase desaparecesse. A
sangria de empregos só foi estancada com uma medida de defesa comercial do final do ano de
2009, com a adoção do antidumping, que sobretaxou o calçado chinês que entrava no Brasil.
Você leitor, consegue imaginar que isso ocorreu mesmo com imposto de importação? Consegue
imaginar o contexto sem qualquer tarifa para o calçado chinês?

Eco
Importante lembrar, porém, que temos tido eco de nossas reivindicações de redução do Custo
Brasil junto ao atual Governo Federal, mas também que existe muito por fazer para tornar a
indústria brasileira efetivamente competitiva, tanto aqui como além-fronteiras. E é justamen-
te por essa questão, por termos lição de casa a fazer, que acompanhamos com preocupação
a possibilidade de uma abertura comercial unilateral.
Isto colocado, chegamos à conclusão de que o melhor para a economia brasileira, no
contexto atual, seria que a abertura comercial fosse costurada por meio de acordos comer-
ciais e que fosse realizada de forma gradual e concomitante com a redução dos custos de
produção — e apenas após a Reforma Tributária.
Do ponto de vista prático, a abertura por meio de acordos comerciais é uma alternati-
va superior à abertura unilateral, pois permite ganhos de acesso aos mercados externos por
meio do princípio da reciprocidade; assegura mecanismos para setores sensíveis à concor-
rência estrangeira — incluindo períodos de implementação dos compromissos negociados
e exclusões de produtos específicos; e requer aprovação pelo Congresso Nacional, poder
incumbido pela Constituição Federal para avaliar o impacto econômico dos compromissos
internacionais do país.

CONHEÇA A ABICALÇADOS

CONSELHO DELIBERATIVO
Presidente: Caetano Bianco Neto
Conselheiros: Analdo S. Moraes, Astor R. Ranft, Caio Borges, Carlos A. Mestriner, Claudio Chies, Darcio Klaus (Cisso),
Jorge Bischoff, Junior César Silva, Marco L. Müller, Paulo Konrath, Renato Klein, Ricardo José Wirth, Rosnei A. Silva, Samir
Nakad e Sérgio Gracia
Conselho Fiscal: Danilo Cristófoli, Eduardo Jacob, José Paulo Boelter, Maurício de Vargas, Paulo Vicente Bender e João
Altair dos Santos

PRESIDENTE-EXECUTIVO: Haroldo Ferreira

CONSULTORES: Edson Morais Garcez e Heitor Klein.

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EDIÇÃO VAREJO

MARÇO 2020
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EDIÇÃO VAREJO

MARÇO 2020
SUMÁRIO

ABI NA MÍDIA ABI NOTÍCIAS

6 15
SOCIAL MINER REALIZA
BRASILEIROS AUMENTAM AS PESQUISA SOBRE O COMPORTAMENTO
VENDAS NA EXPO RIVA SCHUH ON-LINE DO CONSUMIDOR

ABI NOTÍCIAS ABI NOTÍCIAS

8 17
ABICALÇADOS REVISA CONSUMIDORES TÊM DIFICULDADE
CRESCIMENTO DO SETOR EM IDENTIFICAR SUSTENTABILIDADE
PARA 2020 NAS MARCAS

ABI NOTÍCIAS NOVIDADES

9 18
INFLUÊNCIA DOS GAMES PICCADILLY REALIZA AÇÃO SOLIDÁRIA
NO COMPORTAMENTO FOI EM PARCERIA COM LAR PADILHA,
TEMA DO ESTÚDIO FIMEC EM TAQUARA/RS

INOVA-AÇÃO NOVIDADES

10 O PARADOXO
DA INOVAÇÃO
19 CALÇADOS BIBI LANÇA
LINHA SPACE WAVE 2.0

ABI NOTÍCIAS NOVIDADES

11 ABICALÇADOS PARTICIPA
DA GOIÂNIACAL
20 RAMARIM PROJETA CRESCIMENTO
DE 15% NAS EXPORTAÇÕES EM 2020

ABI NOTÍCIAS NOVIDADES

12 DIRIGENTES DA ABICALÇADOS ESTIVERAM


NA 40 GRAUS, EM JOÃO PESSOA/PB
21
UNIVERSO DAKOTA APOSTA
EM CALÇADOS SUSTENTÁVEIS E
CONFORTÁVEIS

ABI NOTÍCIAS BALANÇA COMERCIAL

13 23
COM CRESCIMENTO DE 51% NO EXPORTAÇÕES DE CALÇADOS
QUARTO TRIMESTRE, MAGALU FECHA SOMARAM US$ 166,7 MILHÕES
“ANO DO CRESCIMENTO CHINÊS” NO BIMESTRE

SUSTENTABILIDADE NOTAS RÁPIDAS

14 DESIGN
SUSTENTÁVEL
25 RELATÓRIO ANUAL DISPONÍVEL
PARA DOWNLOAD

Março 2020 Nº 07 - Ano 2


Informativo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados

EDIÇÃO PRODUÇÃO GRÁFICA REDES SOCIAIS


Diego Rosinha (Mtb. 13.096) Gabriel Dias abicalcados
Luana Chinazzo (Mtb 18.264) abicalcadosoficial
CONTATO abicalcados
TEXTOS Rua Júlio de Castilhos, 561 company/abicalcados
Diego Rosinha (Mtb. 13.096) Novo Hamburgo/RS abicast
Cep: 93510-130
FOTOS Fone: 51 3594-7011
Equipe Abicalçados e Divulgação imprensa@abicalcados.com.br
www.abicalcados.com.br

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EDIÇÃO VAREJO

MARÇO 2020
ABI NA MÍDIA

BRASILEIROS AUMENTAM AS VENDAS NA EXPO RIVA SCHUH


03 DE FEVEREIRO DE 2020
EXCLUSIVO | GERAL | P. 1 7

A 93ª edição da Expo Riva Schuh, realizada entre 11 e


14 de janeiro, deve gerar a receita de US$ 34,4 milhões
para as 44 marcas brasileiras participantes da feira de
calçados. As fabricantes nacionais estiveram no even-
to através do projeto Brazilian Footwear, programa
de apoio às exportações mantido pela Abicalçados
em parceria com a Apex-Brasil. A mostra ocorreu na
cidade de Riva Del Garda, na Itália. Nos quatro dias de
feira, as marcas nacionais venderam 389 mil pares de
calçados, gerando aproximadamente US$ 8,6 milhões
em negócios in loco. A expectativa é de que nos pró-
ximos meses as negociações superem a marca de 1,4
milhão de pares, com a receita de US$ 25,8 milhões.

40 GRAUS COMEÇA QUENTE NA PARAÍBA


04 DE FEVEREIRO DE 2020
JORNAL NH | ECONOMIA | P. 12

A mostra, promovida pela hamburguense Merka-


tor Feiras e Eventos, começou ontem e segue até
amanhã aquecendo as negociações da indústria
calçadista. Empresários da região celebraram, ain-
da nas primeiras horas da feira, os bons pedidos
já fechados pelos lojistas do Norte e Nordeste do
Brasil. O gerente de vendas da marca Mississipi da
Universo Dakota, de Nova Petrópolis, Jeferson We-
ber, comenta que a visitação no primeiro dia da
sétima edição da mostra foi melhor que o primeiro
dia da edição do ano passado. Atualmente, con-
forme dados da Abicalçados, 149 milhões de pares
são produzidos em solo paraibano.

PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL DE CALÇADOS GANHA ESPAÇO


04 DE FEVEREIRO DE 2020
VALOR ECONÔMICO | GERAL

A produção sustentável de calçados deixa de ser


uma iniciativa restrita a gigantes multinacionais
e torna-se cada vez mais comum entre fabrican-
tes brasileiros. Empresas como Grendene, Arezzo,
Vulcabras Azaleia, Alpargatas, Bibi Calçados e Via
Uno desenvolvem calçados com matérias-primas
recicladas ou biodegradáveis. [...] Arezzo aderiu à
certificação Origem Sustentável, criada pela Abi-
calçados e pela Assintecal. A certificação garante
que toda a produção é feita de forma sustentável,
abrangendo aspectos sociais, ambientais, econô-
micos e culturais.

SETOR CALÇADISTA ESPERA CRESCER ATÉ 2,5% NO ANO


Jornal do Comércio | Porto Alegre Terça-feira, 11 de fevereiro de 2020 5

economia 10 DE FEVEREIRO DE 2020


Editor: Cristiano Vieira
economia@jornaldocomercio.com.br
JORNAL DO COMÉRCIO | GERAL

Setor calçadista espera crescer até 2,5% no ano A indústria calçadista brasileira praticamente repe-
⁄ INDÚSTRIA CALÇADISTA menor que o esperado?
Haroldo Ferreira – Na verda-
refletir diretamente no aumento
de postos de trabalho. Então po-
ABICALÇADOS/DIVULGAÇÃO/JC

tiu o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) em


2019 e apresentou crescimento de 1%, segundo da-
Carlos Villela de, a expectativa era 3% no início demos expandir em torno de 2%
carlos.villela@jornaldocomercio.com.br de 2019, e, no fim do ano, já acre- se a economia melhorar. Temos
ditávamos que ia ficar entre 1,1% as reformas que aconteciam no

dos da Abicalçados. Para 2020, o presidente-exe-


A indústria calçadista brasi- e 1,8%, mas o que ocorreu foi que ano passado e as que estão para
leira praticamente repetiu o re- as reformas que demoraram para vir neste ano.
sultado do Produto Interno Bruto acontecer refletiram no comércio JC – Quais são os principais

cutivo da entidade, Haroldo Ferreira, espera que


(PIB) em 2019 e apresentou cres- e na indústria, e, por isso, tive- polos de produção no Brasil?
cimento de 1%, segundo dados da mos esse resultado. Ficou abaixo Ferreira – O maior, em nível
Associação Brasileira das Indús- da nossa expectativa, mas supe- de produção em pares, é o Cea-

ocorra um aquecimento no mercado interno, que


trias de Calçados (Abicalçados). rior à indústria da transformação. rá, em função da Grendene, que
Para 2020, o presidente-executi- JC – Qual é a expectativa tem a fábrica lá; depois, a Paraí-
vo da entidade, Haroldo Ferrei- de crescimento do setor para ba, com a Alpargatas; e, em ter-

representa 85% do consumo da produção de cal-


ra, espera que ocorra um aque- este ano? ceiro lugar, o Rio Grande do Sul.
cimento no mercado interno, que Ferreira – Estamos estiman- No País, os principais polos são
representa 85% do consumo da do que, em 2020, devemos cres- o Rio Grande do Sul, a região de
produção de calçados do País. cer de 2% a 2,5%, então está mais São Paulo – com seus três polos de
Ferreira também acredita que,
após a aprovação – mesmo que
tardia, em sua avaliação – da re-
ou menos consoante com a previ-
são de crescimento do PIB. É uma
previsão bastante conservadora,
Franca, Jaú e Birigui –, o de Minas
Gerais, na região de Nova Serra-
na, e São João Batista, em Santa
çados do País. Ferreira também acredita que, após
forma da Previdência, o projeto
de reforma tributária deve ajudar
na retomada do setor.
porque o nosso crescimento está
ligado diretamente ao andamen-
to da economia. Com a economia
Catarina. Também temos polos
na Bahia bastante interiorizados
em várias pequenas cidades.
a aprovação - mesmo que tardia, em sua avaliação
Hoje, o Brasil é o quarto
maior fabricante de calçados do
mundo, com uma produção es-
melhorando ou crescendo 2% a
2,5%, o nosso setor certamente
irá acompanhar essa expansão,
- da reforma da Previdência, o projeto de reforma
timada de 950 milhões de pares
em 2019, com movimentação de
R$ 21 bilhões. O País perde ape-
podendo até ser superior a isso.
Apesar da reforma tributária,
que o presidente da Câmara pre-
tributária deve ajudar na retomada do setor.
nas para a China, com 11,5 bi- tende fazer, há outras questões
lhões de pares; a Índia, com 2,94 – entre elas, o coronavírus – que Haroldo Ferreira informa que vendas para os Estados Unidos subiram
bilhões de pares; e o Vietnã, com vão afetar o resultado da econo- A valorização do
1,42 bilhão de pares. mia do planeta, mas mantemos câmbio diminuiu o Ferreira – O que aconteceu é Ferreira – A Argentina conti-
Em entrevista, Ferreira tam- a projeção. que o governo argentino alterou a nua sendo nosso segundo maior
bém falou sobre as peculiarida- JC – Como a guerra de valor exportado, mas questão do prazo de validade das destino de exportações, embo-
des dos dois maiores destinos de ICMS entre estados afeta o se- em pares vendidos licenças de exportação. O nosso ra, em 2019, as exportações para
exportação dos calçados nacio- tor calçadista? setor de calçados não tinha licen- aquele mercado tenham caído
tivemos crescimento

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nais no último ano. Enquanto a Ferreira – Como entidade na- ça automática, precisava de licen- 25%. Os Estados Unidos são o
venda para a Argentina se tornou cional, a Abicalçados não entra de 0,9% em 2019 ça para fazer exportação, porém principal comprador, e, no ano
mais complexa com as novas me- nessa discussão de tributos esta- essa licença tinha um prazo de passado, o crescimento para lá
didas de importação implantadas duais. O que aconteceu recente- 180 dias, e o governo argentino foi de 18,4%.
pelo país vizinho para segurar as mente foi a alteração da legisla- JC – Qual o maior foco da reduziu para 90 dias. Outra mu- JC – O que motivou esse
reservas de dólares, as exporta- ção no Rio Grande do Sul e em produção nacional: exportação dança foi a redução da variação crescimento nas exportações EDIÇÃO VAREJO
ções para os Estados Unidos au- São Paulo, que melhorou a com- ou mercado interno? de valores solicitados no pedido para os Estados Unidos?
mentaram em mais de 18% por petitividade desses estados pe- Ferreira – Mercado interno da licença de importação, bem Ferreira – Foi a guerra co-
conta da guerra comercial com rante os outros. Trouxeram para absorve 85% da produção nacio- como quantidade de pares. O im- mercial entre Estados Unidos e
a China. o jogo de novo esses dois estados
que são grandes produtores de
nal de calçados. Isso até nos faz
acreditar que o crescimento no
portador argentino, quando soli-
citava a licença para importação, MARÇO 2020
China. Isso começou no final de
2018, e os importadores ameri-
calçados para a disputa – basica- ano de 2020 será focado mais no dizia que queria importar um nú- canos vieram se abastecer em
mente no mercado interno, por- mercado interno do que na pró- mero X de pares a um número X outros mercados, como o brasi-
que ICMS não afeta exportação. pria exportação. de dólares. Essa licença que era leiro. Como todo mundo sabe,
ABI NA MÍDIA

SAÍDA DE BLOCO DE NAÇÕES EMERGENTES PODE AFETAR RS


12 DE FEVEREIRO DE 2020
ZERO HORA | NOTÍCIAS | P. 12

A retirada do Brasil da lista de nações consideradas


em desenvolvimento pelo governo dos Estados Uni-
dos, anunciada nesta semana pela administração do
presidente Donald Trump, preocupa a indústria gaú-
cha. O reflexo no setor responsável por 22,4% do PIB
do Rio Grande do Sul pode ser a perda de competi-
tividade no mercado americano de produtos do SGP.
Itens dessa lista e exportados por países considerados
em desenvolvimento ganham vantagens tarifárias do
governo dos EUA. Nos setores calçadista e agrope-
cuário, o impacto tende a ser pequeno, conforme as
entidades representativas. Presidente- executivo da
Abicalçados, Haroldo Ferreira diz que nenhum bene-
fício é concedido atualmente pelos Estados Unidos.

COM VALORIZAÇÃO DE 7% NO ANO, DÓLAR PUXA PREÇO DE IMPORTADOS


15 DE FEVEREIRO DE 2020
O GLOBO | ECONOMIA | P. 25

Com o segundo dia consecutivo de ação do Banco


Central (BC) no mercado de câmbio, em mais uma
operação de US$ 1 bilhão, o dólar comercial recuou
ontem 0,79%, a R$ 4,299, encerrando a semana com
queda de 0,46%. No ano, no entanto, a moeda ame-
ricana acumula valorização de 7,23%, e essa alta já
começa a chegar no bolso do consumidor. E nem os
sapatos escapam. Segundo Haroldo Ferreira, presi-
dente executivo da Abicalçados, se o dólar continuar
no atual patamar, o repasse será inevitável. A moeda
americana afeta diretamente o custo de matérias-pri-
mas do setor petroquímico essenciais à indústria de
calçados. — O problema é a volatilidade.

FEIRAS CALÇADISTAS NORTE-AMERICANAS DEVEM GERAR US$ 4,5 MILHÕES


19 DE FEVEREIRO DE 2020
EXPANSÃO RS | GERAL | P. 12

As 30 marcas calçadistas brasileiras que participaram


do inédito Circuito de Promoção Comercial nos Esta-
dos Unidos, com participações nas feiras FN Platform
(Las Vegas), Playtime (Nova Iorque), Sole Commerce/
Footwear @Coterie/Children’s Club (Nova Iorque) e
Atlanta Shoe Market (Atlanta), devem somar mais US$
4,5 milhões às exportações brasileiras de calçados,
conforme relatório gerado pela Abicalçados. A ação foi
realizada com o subsídio do Brazilian Footwear, pro-
grama de apoio às exportações de calçados mantido
pela entidade calçadista em parceria com a Apex-Bra-
sil, entre os dias 5 e 17 de fevereiro.

DRIBLANDO REFLEXOS DO CORONAVÍRUS, CALÇADISTAS BRASILEIROS


SUPERAM VENDAS E CONTATOS NA FEIRA MICAM MILANO
21 DE FEVEREIRO DE 2020
MARTIN BEHREND | GERAL

Apesar do clima de incerteza gerado pelo novo co-


ronavírus descoberto na China, feira a Micam Milano
superou as expectativas da delegação brasileira que
desembarcou em Milão, na Itália. As 76 marcas nacio-
nais que participaram da mostra milanesa de 16 a 19
de fevereiro partiram para o Brasil com negócios na
ordem de US$ 38,2 milhões - somados os pedidos
fechados in loco e os negócios alinhavados durante
o evento -, resultado 60% superior ao registrado na
edição de fevereiro de 2019. A participação foi promo-
vida pelo Brazilian Footwear, programa de apoio às
exportações de calçados mantido pela Abicalçados
em parceria com a Apex-Brasil.

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EDIÇÃO VAREJO

MARÇO 2020
ABI NOTÍCIAS

ABICALÇADOS REVISA
CRESCIMENTO DO SETOR PARA 2020
Diante do avanço da epidemia do novo coronavírus e o impacto no consumo mundial, a Abicalça-
dos revisou a projeção de crescimento da indústria calçadista brasileira para 2020. A estimativa,
que era de incremento de 2,5% na produção de calçados em janeiro, passou para 2%.
O número foi revisado com base na revisão da estimativa de crescimento das exportações,
que passou de quase 3% para 1,2%, e do consumo interno, que passou de 2,4% para 1,8%, isso na
banda otimista.
Segundo o presidente-executivo da entidade, Haroldo Ferreira, a revisão leva em consi-
deração o impacto não somente do avanço do Coronavírus, mas também na economia local e
internacional, que devem diminuir o crescimento em 0,1% para 2020. “O setor calçadista brasileiro
não é uma ilha, está no contexto da economia mundial”, destaca.
O dado da produção de calçados de janeiro, no entanto, apontou um crescimento de 1%
no comparativo com igual mês do ano passado. O crescimento foi puxado pelo consumo interno,
já que as exportações do primeiro mês haviam caído 16,1% em volume e de 7,3% em receita em
relação ao mesmo mês de 2019.

NÚMEROS DO SETOR

1% CRESCIMENTO
PRODUÇÃO 2019 2% PROJEÇÃO CRESCIMENTO
PRODUÇÃO 2020

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EDIÇÃO VAREJO

MARÇO 2020
ABI NOTÍCIAS

INFLUÊNCIA DOS GAMES


NO COMPORTAMENTO FOI
TEMA DO ESTÚDIO FIMEC

Um dos destaques da Fimec 2020, que aconteceu em Novo Hamburgo/RS entre os dias 10 e 12 de
março, foi o Estúdio Fimec. Com o objetivo de ressaltar a importância assumida pela “gamefica-
ção” no desenvolvimento de calçados, a iniciativa trouxe informações relevantes para a indústria
e varejo do setor.
O projeto Estúdio Fimec foi uma realização da Fenac em conjunto com a Coelho Asses-
soria Empresarial. Já o conteúdo ficou a cargo do Studio 10, que coordenou todo o trabalho de
pesquisa com o Centro de Design da Universidade Feevale. “Sejam de quais forem as gerações a
que pertençam, grande parte da população é adepta dos jogos em computadores ou smartpho-
nes. Imigrantes ou nativos digitais já se relacionam intimamente com o tema da “gamificação” dos
comportamentos, que é o fato de assimilarem a linguagem dos jogos nos mais diversos momen-
tos e situações do dia a dia”, explicou o estilista e diretor da Studio 10, Christian Thomas.
Segundo Thomas, a aproximação desse universo já começou a ser projetada. Uma pesqui-
sa, realizada durante oito meses pelo Centro de Design da Feevale com definição de conteúdo e
curadoria do Studio 10, foi apresentada aos expositores na Fimec. “Os games e jogos on-line estão
diretamente ligados com as questões da moda por todo o mundo. A quantidade de adeptos é
muito expressiva, fazendo com que grandes marcas do mundo da moda trabalhem suas coleções
inspiradas nas personagens e nas ambientações desses jogos”, reforçou.
O espaço buscou pensar as novas necessidades de um público consumidor cada vez mais
dividido em nichos distintos.

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EDIÇÃO VAREJO

MARÇO 2020
INOVA-AÇÃO

O PARADOXO
DA INOVAÇÃO
Alexandre Baroni
CEO da BeModular

Há um consenso que a Inovação é uma alternativa consistente para se manter compe-


titivo no mercado. Entretanto poucos conseguem realmente transcender o paradoxo
da Inovação. Como pensar no que é melhor no futuro para empresa e executar tal
estratégia (ROI) versus lidar com a pressão do negócio no dia a dia (Fluxo de Caixa)
com recursos escassos.
Grande parte dos gestores querem que seus times inovem, seja trazendo ideias
novas para os negócios, produtos, processos ou modelos organizacionais. Entretanto
muito pouco se vai além de montar matrizes estratégias, definições de visões e mais
recentemente trazendo propósito ao negócio. Inovação é fundamentalmente execu-
ção e executar algo que ainda não tem um resultado garantido nos modelos tradicio-
nais (VPL, TIR etc).
Usualmente as empresas mais maduras sugerem processos estruturados para
gerir o seu processo de inovação (ex: funil inovação, trilhas de inovação, hackathon
etc), mas muitas vezes esquecem que a inovação está centrada no modelo mental das
pessoas. Como estimular meu time a inovar e dar-lhe os recursos, incentivar a tentar e
não ter problema em falhar desde que haja um processo de aprendizado na jornada?
Então, vamos supor que um gestor tem sido desafiado a trazer inovações para
o seu negócio, mas ao mesmo tempo ele tem que atender telefonemas de clientes
ou atender a operação para resolver questões pontuais do dia a dia. É uma disputa
injusta, o que é urgente acaba tomando a frente do que deve ser feito para o futuro.
O paradoxo se completa quando não pensamos adequadamente sobre o futuro, pois
quando ele se tornar o presente, provavelmente tenha muitas falhas e sobrecarregará
ainda mais o dia a dia.
Alguns cases de sucesso demonstram que a formação de times de inovação
dedicados ou parcialmente dedicados tendem a ter resultados mais consistentes. Es-
tamos falando fundamentalmente de pessoas e modelo mental.
Em uma montagem de estrutura organizacional (EO) ideal, teríamos recursos
dedicados para atender cada modelo mental na organização, o chamado P.I.D.O (Pes-
quisa, Inovação, Desenvolvimento e Operação). Times “O” são comuns, pois são as
pessoas que costumam executar a rotina do dia a dia. Avançando um pouco, times
de “D” apoiam em desenvolver soluções para adequar seus produtos / serviços ao
mercado. Times de “I” trazem novas oportunidades de negócio que possam trazer
resultados. Já o time de “P”, esse está focado em encontrar novas oportunidades de
soluções “tech-push”, ou seja, tentando uma disrupção nos modelos de competição.
A realidade não é essa infelizmente. Normalmente as empresas adotam estru-
turas organizacionais matriciais para racionalizar recursos e assim potencializamos o
paradoxo da inovação.
Acredito que a chave é EMPREENDER dentro do EMPREENDIMENTO juntamen-
te com FOCO para EO, ou seja, entender que o risco e a falha são inerentes ao processo
de inovação e foco nos modelos mentais para resultados consistentes. Então se em um
processo sistematizado de inovação que proponha 100 ideias e apenas uma delas tiver
êxito, isso pode mudar seu negócio. Coragem aos gestores para empreender!

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EDIÇÃO VAREJO

MARÇO 2020
ABI NOTÍCIAS

ABICALÇADOS PARTICIPA DA GOIÂNIACAL


A Abicalçados esteve na feira Goiâniacal, em Goiânia/GO, entre os dias 9 e 13 de fevereiro. Na
oportunidade, a analista de Relacionamento, Aline Maldaner, conheceu o evento, conversou com
empresários locais e reuniu-se com entidades ligadas ao setor produtivo goiano.
Segundo Aline, a visita teve como objetivo aproximar a entidade do setor calçadista local,
que atualmente conta com mais de 150 indústrias e emprega mais de 800 pessoas de forma dire-
ta. “O Estado tem um potencial de consumo muito grande e o setor calçadista pode se aproveitar
desta oportunidade”, comenta, ressaltando que, em nível nacional, a indústria tem experimentado
uma leve recuperação, que deve se consolidar ao longo de 2020. “Fechamos 2019 com incre-
mento de 1% na produção, número que deve pular para 2% em 2020, graças ao aquecimento do
mercado doméstico”, acrescenta.

Feira
Na sua 11ª edição, a Goiâniacal teve 130 expositores que representam um universo de 600 marcas
dos principais polos calçadistas brasileiros. Ao longo dos cinco dias, o evento recebeu mais 1,5 mil
lojistas goianos, do Distrito Federal, Tocantins, Pará, entre outros estados.
Para o diretor comercial da Goiâniacal, Tiago Furtado, a feira tem se consolidado ainda
mais a cada edição, com muitos lojistas participando e com um bom volume de compras dentro
da feira. “Acreditamos que as vendas tenham somado mais de R$ 74 milhões em pedidos para o
semestre”, projeta.
A próxima edição da Goiâniacal acontece de 11 a 15 de agosto, com um preview entre 28 e
30 de maio de 2020.

11
EDIÇÃO VAREJO

MARÇO 2020
ABI NOTÍCIAS

DIRIGENTES DA ABICALÇADOS ESTIVERAM


NA 40 GRAUS, EM JOÃO PESSOA/PB

Visando estreitar o relacionamento com os polos calçadistas do Norte e Nordeste brasileiro, que
respondem por 54% do total produzido no País (mais de 510 milhões dos 950 milhões de pares),
os presidentes do Conselho e Executivo da Abicalçados, Caetano Bianco Neto e Haroldo Ferrei-
ra, estiveram na feira 40 Graus, em João Pessoa/PB. Ocorrendo entre os dias 3 e 5 de fevereiro,
a mostra contou com 500 marcas, recebendo um total de mais de 5 mil visitantes.
Ferreira destaca que a mostra, que chegou na sua sétima edição, vem em crescimento,
assim como o mercado do Norte e Nordeste, de mais de 70 milhões de pessoas. “Sentimos que
existe um otimismo do setor, o que foi refletido no evento. Para 2020, a produção deve crescer
cerca de 2%, impulsionada sobretudo pelas fábricas nordestinas, especializadas em calçado de
verão”, projeta o dirigente.
O diretor da Merkator Feiras e Eventos, Frederico Pletsch, avalia que a feira se consolidou
como grande fornecedora do varejo segmentado das regiões Norte e Nordeste. “Estivemos
aqui com as grandes marcas de calçados nacionais, com lojistas qualificados e um número in-
teressante de visitantes durante os três dias. E posso garantir que toda a empresa que trouxe
uma coleção exclusiva para estas regiões obteve sucesso. Promovemos também encontros de
profissionais e auxiliamos no relacionamento das duas principais pontas da cadeia produtiva: a
indústria e o comércio”, salienta Pletsch.
A próxima edição da 40 Graus – Feira de Calçados e Acessórios vai acontecer de 1º a 3
de fevereiro de 2021, no Centro de Convenções de João Pessoa (PB).
Realizada pela Merkator Feiras e Eventos, a feira contou com o apoio dos sindicatos das
indústrias de calçados de Estância Velha, Ivoti, Igrejinha, Novo Hamburgo, Parobé, Sapiranga e
Três Coroas.

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EDIÇÃO VAREJO

MARÇO 2020
ABI NOTÍCIAS

COM CRESCIMENTO DE 51% NO


QUARTO TRIMESTRE, MAGALU FECHA
“ANO DO CRESCIMENTO CHINÊS”

O Magazine Luiza, uma das maiores plataformas digitais do varejo brasileiro, informou à Comissão
de Valores Mobiliários (CVM) seus resultados financeiros para o quarto trimestre e para o ano fiscal
2019. Os indicadores demonstram o sucesso da estratégia de crescimento exponencial dos negó-
cios, comunicada e adotada pela companhia no início do ano.
Nos 12 meses do ano fiscal de 2019, as vendas totais do Magalu atingiram R$ 27,3 bilhões, um
avanço de 39% em relação ao resultado do ano anterior. O Ebitda Ajustado (lucro antes de impos-
tos, amortizações e depreciações) foi de R$ 1,3 bilhão, com margem de 6,6%. E a empresa registrou
um lucro líquido ajustado anual de R$ 552 milhões.
O quarto trimestre foi marcado por grande aceleração das operações da Magalu. As vendas
totais cresceram 51%, na comparação com o mesmo período de 2018, e alcançaram R$ 9 bilhões. O
e-commerce — composto por site, Super App de vendas, marketplace e as operações de Netshoes,
Zattini e Época Cosméticos — cresceu 93%, faturou R$ 4,3 bilhões e representou 48% das vendas
totais do Magalu nos últimos três meses do ano. As vendas nas lojas físicas — 1.113, localizadas em
todo o Brasil — avançaram 26,1%. No critério de vendas geradas nas mesmas lojas, o crescimento
foi de 12,6%.
Atualmente, a Magalu emprega cerca de 35 mil funcionários.

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EDIÇÃO VAREJO

MARÇO 2020
SUSTENTABILIDADE

DESIGN SUSTENTÁVEL
Waldick Jatobá
Curador de Design Contemporânea e Arte, Fundador e diretor artístico do Mercado
Arte Design, diretor-executivo do Instituto Bardi e diretor do Instituto Campana

Quando se fala em Design Sustentável, a primeira coisa que nos vem à ca-
beça é com relação à embalagem. Hoje a preocupação, quando se cria uma
embalagem, não é apenas estética, mas também e principalmente com seu
descarte, como ele vai impactar o meio ambiente. De onde vem o material
usado para produzir essa embalagem e para onde vai, quando descartado,
se será reutilizado ou reciclado. A preocupação estende-se a toda a cadeira
produtiva. Empresas devem aplicar conceitos do design para melhorar sua
performance e criar valor em todo o ciclo de vida dos seus produtos e ser-
viços. Um número cada vez maior de empresas passa a entender que este
campo do conhecimento pode ser bastante útil também no desenho de
processos, na construção da experiência do usuário e nas questões ligadas
à sustentabilidade. O Design Sustentável busca desenhar produtos e servi-
ços que estejam em sintonia com as questões ambientais e ecológicas, não
apenas durante a sua produção e consumo, mas também na sua reciclagem
ou na reutilização.
Pensar em Design Sustentável significa desenvolver produtos que se-
jam “verdes” em todo o seu ciclo de vida. Esta é uma tendência que se for-
talecerá nos próximos anos, pois o novo consumidor está cada vez menos
tolerante com as marcas que não se mostram sustentáveis em toda a sua
cadeia produtiva. Com a maior velocidade nos lançamentos de produtos,
o ciclo de vida útil de cada item disponibilizado no mercado é cada vez
menor. Isso gera um problema quando o consumidor se desfaz do material
que adquiriu para comprar um modelo mais recente. Uma das tendências
é que os próprios consumidores exigirão uma solução das marcas para os
problemas gerados pelo consumo desenfreado.
Nesse tempo que exige reciclagem e reaproveitamento, quase tudo
que é reconhecido hoje como lixo pode ser reutilizado como matéria-prima
para fabricar novos produtos, reduzindo resíduos que seriam lançados na
natureza. Hoje, o Design não é mais apenas uma questão de como criar
soluções voltadas para a sociedade, e sim, um processo de criação feito em
conjunto com a sociedade.
O desafio das marcas está na criação de produtos e serviços que
minimizem o impacto ambiental, reduzam o uso de recursos não-renováveis
e melhorem a vida das pessoas. Não é por acaso que o design thinking está
sendo ensinado nas principais escolas de negócios do Brasil e do mundo.
Hoje as marcas estão descobrindo que pensar em Design significa também
reduzir custos. E as empresas que construírem cadeias produtivas sustentá-
veis terão a simpatia dos consumidores. Da mesma forma que na natureza,
as marcas de sucesso no futuro serão aquelas que conseguirem gerar valor
para todas as partes.

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MARÇO 2020
ABI NOTÍCIAS

SOCIAL MINER REALIZA


PESQUISA SOBRE O COMPORTAMENTO
ON-LINE DO CONSUMIDOR

A Social Miner, empresa que une dados de consumo, tecnologia e humanização para ajudar sites a
otimizarem seus resultados, se uniu a Opinion Box e lançou os resultados de uma pesquisa realizada
com consumidores brasileiros para compreender o perfil de compra deste público. O Brasil é o país
que detém o maior faturamento no comércio digital da América Latina, segundo a 40ª edição do
Webshoppers, da Ebit|Nielsen.
A pesquisa aponta que apesar de familiarizados com o ambientes on-line, 18,6% dos respon-
dentes afirmam não realizar compras digitais. Vale destacar que, entre o público que alega se man-
ter distante das lojas virtuais, 28,7% têm 50 anos ou mais. Ricardo Rodrigues, CEO da Social Miner,
comenta “estamos passando por um momento de transição, é fundamental criar laços de confiança
mútua com esse público acima dos 50 anos e atender suas necessidades e expectativas”.
A Social Miner também questionou quais foram as principais motivações para as pessoas
deixarem de comprar no ambiente virtual e 46,3% responderam sentir medo de fraudes. Outros
25,5% porque simplesmente não confiam nos sites. O valor do frete foi responsável por 19,1% das
respostas que culminam no afastamento dos consumidores das compras no e-commerce. Entre os
consumidores que têm medo de fraudes, 35,63% têm 50 anos ou mais.

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MARÇO 2020
ABI NOTÍCIAS

Adesão
Cerca de 60% dos compradores on-line já o fazem há pelo menos quatro anos. Porém existe outra
parcela, igualmente representativa, de mais de 40%, que cedeu às lojas virtuais entre 2017 e 2019. A
pesquisa indicou que entre os consumidores que começaram a comprar nesse ambiente há cerca
de um ano, 27% têm entre 30 e 39 anos e outros 24% entre 16 e 24 anos. Rodrigues destaca que
este público mais jovem está entrando agora no mercado de trabalho e se empoderando financei-
ramente. “Com certeza o varejo virtual terá muito a ganhar com eles e vice-versa, porque esses já
nasceram falando a mesma linguagem do mobile, tecnologia e tendências.”

Desconto
A pesquisa aponta que a principal motivação para começar a comprar on-line foram os descontos
ofertados neste ambiente para 61,5% dos respondentes. Já 55,1% disseram que é a praticidade na
compra - não existe limitação de horário ou local. Receber o produto em casa é uma vantagem que
levou 50,8% das pessoas a começarem a comprar on-line. Outra vantagem do e-commerce é a va-
riedade de produtos oferecida, com 49,4% das respostas.
A pesquisa também apurou com qual frequência os consumidores consomem no ambiente
virtual e concluiu que consumidor on-line é recorrente. Afinal, a maioria, de 32,28%, afirma comprar
em e-commerces pelo menos uma vez a cada três meses, enquanto outros 23,3% finalizam mais de
um pedido por mês. Ainda, do público que compra uma vez por mês, 53,65% são mulheres e 50,24%
estão entre os 30 e 49 anos.
Outro dado importante revelado é que 80% dos consumidores afirmaram não terem enfren-
tado problemas ao comprarem no e-commerce ao longo de 2019. Outro destaque trazido pesquisa
mostrou que na hora de presentear, 84.1% declararam comprar para si mesmo, 30%, presenteiam os
companheiros (as) e 26,5%, os filhos ou enteados.
Realizada com 1.012 consumidores brasileiros, respeitando as proporções de sexo, idade, ren-
da mensal e distribuição geográfica, a pesquisa tem um nível de confiança de 95%, com uma mar-
gem de erro de três pontos percentuais.

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ABI NOTÍCIAS

CONSUMIDORES TÊM DIFICULDADE EM


IDENTIFICAR SUSTENTABILIDADE NAS MARCAS

Preocupações ambientais de empresas e consumidores têm influenciado cada vez mais como os pro-
dutos são produzidos, embalados e, principalmente, escolhidos pelos compradores. No estudo “Who
Cares, Who Does”, a Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, concluiu que apesar de se
preocupar com o assunto, 48% das pessoas no mundo acreditam que a responsabilidade de limitar
o desperdício de plástico é dos fabricantes, enquanto no Brasil esse número chega a 53%. Ainda de
acordo com os brasileiros, 21% acreditam ser responsabilidade do governo limitar esse material, 15%
apontam os próprios consumidores como responsáveis e 8% o atribuem ao varejo.
Na percepção do consumidor, 87% das marcas e 91% dos varejistas não estão trabalhando de
forma satisfatória para reduzir o impacto do material plástico no meio ambiente. Por isso, os compra-
dores têm dificuldade em relacionar marcas aos cuidados ambientais e apenas 13% dos brasileiros
conseguem citar uma marca que seja referência positiva com relação à sustentabilidade. Entre os
varejistas, o índice é ainda menor: 9%.
Globalmente, dentre as principais medidas de melhorias sugeridas pelos consumidores estão o
uso de embalagens alternativas ao plástico (44%), embalagens 100% reutilizáveis (44%) e redução da
quantidade de plástico nas embalagens (42%). Além disso, 79% acreditam na redução ou eliminação
do plástico para embalar produtos frescos e 62% gostariam de ver mais pacotes totalmente recicláveis
ou biodegradáveis nos pontos de venda.
Ao lado destas preocupações e do posicionamento com relação às marcas, a América Latina
e a Ásia são as regiões em que, individualmente, as pessoas menos trabalham por mudanças ambien-
tais. “Esta lacuna entre o comportamento de compra dos consumidores, seus desejos por mudanças
e suas ações foi identificada no estudo como green gap”, explica Manuela Bastian, diretora de Expert
Solutions da Kantar.
O estudo também dividiu os consumidores em quatro categorias: os Eco Actives, que inserem
na sua rotina cuidados para reduzir o uso do plástico; os Eco Believers, que reconhecem a importância
do assunto e tomam pequenas ações; os Eco Considerers, que consideram a má utilização do plástico
como um hot topic, mas não possuem senso de urgência em torno desse assunto; e os Eco Dismissers,
que não acreditam que o plástico seja um problema grave e possuem pouco ou nenhum interesse nos
desafios ambientais. No Brasil, apenas 6% são considerados Eco Actives e 4% Eco Believers, enquanto
18% são Eco Considerers e 72% Eco Dismissers. Globalmente, estes números são, respectivamente, de
16%, 14%, 22% e 49%.

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MARÇO 2020
NOVIDADES

PICCADILLY REALIZA AÇÃO SOLIDÁRIA EM


PARCERIA COM LAR PADILHA, EM TAQUARA/RS
Pautada na essência dos “encontros”, a Piccadilly despertou o lado emocional de suas consu-
midoras e colaboradores no início de fevereiro. Em decorrência da campanha que teve início
em dezembro de 2019, “Natal de Encontros”, cujo objetivo era despertar no público a impor-
tância da solidariedade, a marca realizou uma visita especial às instalações do Lar Padilha, que
proporcionou a reflexão sobre o verdadeiro sentido dos encontros. A instituição tem como
missão acolher e proteger crianças e adolescentes em vulnerabilidade social e hoje abriga
mais de 90 pessoas na cidade de Taquara, interior do Rio Grande do Sul.
Com direito à animação de palhaços, brinquedos infláveis e lanches, a ação propor-
cionou muitos sorrisos, abraços e diversão. Para as consumidoras da empresa, Vanessa Alves
Lorocerie e Jeanne Terra Gamboa, que foram sorteadas nas franquias da marca para participar
da campanha, o momento com as crianças do lar possibilitou a ressignificação sobre valores
materiais e emocionais. “No Lar Padilha encontrei crianças que me olharam e abraçaram ge-
nuinamente. Isso para mim não tem preço. Esse presente foi o melhor que eu poderia ter re-
cebido’’, destaca Vanessa. Para Jeanne não é diferente. ‘’Achei esse prêmio muito interessante,
porque ele é afetivo, é um bem de valor emocional e também faz a gente olhar de outra forma
para as emoções”.
Reforçando a importância da parceria estabelecida com o Lar e a satisfação da Piccadilly
em poder contribuir com a causa, Ana Carolina Grings, diretora de desenvolvimento e vice-
presidente da marca, relembrou a importância de gestos simples para transformar realidades.
“Fazia tempo que eu não recebia tanto amor de pessoas que eu não conhecia. É tão lindo
ver o amor genuíno e poder retribuir. A gente sai daqui tão leve, tão reabastecida e aprende
o que realmente importa na vida. Queremos transmitir cada vez mais esses valores ao nosso
público’’, finaliza Grings.

O VÍDEO DA AÇÃO PODE SER CONFERIDO AQUI

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EDIÇÃO VAREJO

MARÇO 2020
NOVIDADES

CALÇADOS BIBI LANÇA


LINHA SPACE WAVE 2.0
Devido ao sucesso de uma das linhas mais ven- Além de muitas luzes, os tênis da linha
didas, a Calçados Bibi lança o Space Wave 2.0. Space Wave 2.0 oferecem diferentes estampas.
Totalmente reformulado, o modelo conta com Uma delas é inspirada no mundo mágico dos
um design mais moderno. Os tênis, com nume- unicórnios, que ganhou adeptos no universo
ração do 20 ao 30, adulto e infantil. E é cla-
são produzidos com ro que a Bibi produziu
luzes de LED na sola, um calçado com um
que acendem ao dos animais preferidos
contato dos pés das da garotada. Também
crianças com o chão. há um modelo de ga-
Para ser mais natu- tinho, na cor rosa, para
ral possível, todos os as pequenas que não
calçados da Bibi são resistem a um calçado
produzidos livres de com este tema.
substâncias tóxicas, Para os meni-
assegurando o de- nos, muitas opções de
senvolvimento sau- estampas lúdicas e di-
dável das crianças e a tranquilidade dos papais. vertidas para alegrar o dia a dia, como as inspi-
Além disso, este modelo conta com a exclusiva radas no universo dos carros e até mesmo uma
palmilha Fisioflex, que proporciona a sensação de extraterrestre em sua astronave no espaço.
de andar descalço. Isso foi testado e comprova- Fáceis de calçar e esbanjando conforto, são a
do por meio de uma pesquisa realizada pela PU- opção perfeita aos que desejam um calçado
CRS. Dessa forma, os pequenos podem andar, com luz e que pode molhar sem estragar, pois o
correr, pular e se divertir com todo o conforto e solado é blindado, garantindo maior diversão à
liberdade que precisam. garotada que adora brincar sem perder o estilo.

FÀBRES LANÇA COLEÇÃO INSPIRADA NA AMAZÔNIA

A marca de luxo Fàbres acaba de lançar uma


coleção de calçados e acessórios inspirados
na floresta amazônica. A coleção Amazônia
foi inspirada nas tribos indígenas do Norte
do Brasil. Os seus grafismos corporais, refe-
rentes ao feminino e à origem foram serigra-
fados no couro de pirarucu, um peixe nativo
da Amazônia. A coleção também conta com
detalhes em sementes da região e bolsas em
jacaré brasileiro.
Fundada em 2014, a empresa terceiri-
za sua produção em ateliês de alta qualifica-
ção no interior do Rio Grande do Sul. Atu-
almente, a marca de luxo desenvolve duas
coleções por ano, um total de cerca de 70
peças exclusivas.

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EDIÇÃO VAREJO

MARÇO 2020
NOVIDADES

RAMARIM PROJETA CRESCIMENTO


NAS EXPORTAÇÕES EM 2020
A Ramarim, reconhecida empresa do setor calçadista no segmento feminino, apresentou au-
mento de 7% no volume de exportações em 2019. Para 2020, a projeção, apesar das adversida-
des, é de 15% nas vendas.
Fiel ao slogan “Essa é a Ramarim que você conhece e confia. Uma marca que desfila sua
qualidade pelos cinco continentes”, a empresa exporta para 45 países. Os países que mais com-
pram são Equador, Bolívia, Paraguai, Argentina e Costa Rica, mas a empresa tem aumentado
fortemente a representatividade no Oriente Médio e Europa. “Esse ano começamos com força
total, vamos participar das maiores feiras mundiais e seguimos abrindo novos mercados para a
marca”, afirma a gerente de exportação, Tatiana Müller de Oliveira
A exportação é um dos carros-chefes da empresa . Atualmente, a marca produz 50 mil
pares diariamente, dos quais exporta entre 15% e 25%. A empresa pretende aumentar as opera-
ções neste ano e planeja ingressar no mercado norte-americano e italiano.

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MARÇO 2020
NOVIDADES

UNIVERSO DAKOTA APOSTA EM


CALÇADOS SUSTENTÁVEIS E CONFORTÁVEIS
O Universo Dakota acaba de lançar um tênis renovável pela marca Pink Cats. O Eco Trend
possui uma palmilha com mais de 80% de scraptech — conformada com insumos de origem
reciclada — recuperação de espumas e têxteis. A sola é desenvolvida com 76% de matérias-
-primas de origem sustentável — sal marinho e plastificantes vegetais de origem renovável,
com 5% a 7% de fibras de bambu, que é livre de Ftalatos. O cadarço, por sua vez, tem fio 16
que é 20% PET e 80% algodão reciclado.
Também ao encontro da sustentabilidade, a empresa lançou um tênis Kolosh composto
por matérias-primas renováveis ou derivados de reuso de materiais. A lona utilizada no cabe-
dal do tênis, por exemplo, é composta por algodão reaproveitado e fios de poliéster prove-
nientes do processo de produção de desfibrados têxteis, ou seja, fibras resultantes da produ-
ção de camisetas e do fio PET. A porcentagem das matérias-primas que compõem o cabedal
varia conforme a cor do modelo: o tecido na cor marinho e preto conta com 80% de poliéster
reaproveitado e 20% de algodão procedente de reuso. Já o modelo em verde, é composto por
60% de algodão reutilizável e 40% de poliéster derivado de reaproveitamento.
O outro lançamento do Universo Dakota é da marca Campesí, com a linha Relax Tech.
O produto foi desenvolvido para mulheres que querem um conforto extra na hora de compor
o look. O tênis possui um exclusivo sistema massageador que alivia a tensão dos pés, ativa a
circulação e relaxa os pontos de apoio do pé. Além disso, o lançamento dispõe de três modos
de relaxamento, é resistente a água e possui bateria recarregável.

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EDIÇÃO VAREJO

MARÇO 2020
NOVIDADES

AREZZO APRESENTA CAMPANHA


“NOSSAS ESTRELAS DE INVERNO:
MULHERES QUE BRILHAM”

Resgatando o conceito #Juntas, iniciado em 2018, a Arezzo lança seu Inverno 2020, e refor-
ça o significado da palavra sororidade de forma genuína. A marca convidou 24 mulheres, de
universos distintos, para protagonizarem a nova campanha. Guiadas pela a arte, educação,
bem-estar e até aventura, essas mulheres se complementam, e juntas formam um universo
inteiro de sonhos, conquistas e inspiração.
Dirigida por Giovanni Bianco, a proposta enaltece, de forma quase poética, a união das
forças de cada uma das mulheres que estrelam a campanha, que com muita empatia, buscam
a conquista de seus sonhos e ambições. São diferentes histórias, mas que inspiram e que cons-
troem, juntas, um futuro melhor e completamente compartilhado.
As principais apostas usadas na campanha são os saltos tratorados, o maxi-tressê, tex-
tura croco, bolsas e sapatos metalizados, os tênis e os tradicionais mocassins.

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MARÇO 2020
BALANÇA COMERCIAL

EXPORTAÇÕES DE CALÇADOS SOMARAM


US$ 166,7 MILHÕES NO BIMESTRE
Dados elaborados pela Abicalçados apontam que no primeiro bimestre do ano foram embarcados
23 milhões de pares, que geraram US$ 166,7 milhões, quedas tanto em volume (-10,7%) quanto em
receita (-8,5%) na relação com igual período do ano passado. Segregando apenas o mês de feve-
reiro, foram remetidos ao exterior 10,6 milhões de pares por US$ 75,2 milhões, quedas de 3,3% em
pares e de 10% em faturamento em relação ao mês dois de 2019.
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que a dinâmica de desa-
celeração internacional, puxada especialmente pelos Estados Unidos, influenciou negativamente no
desempenho. “A queda dos embarques aos Estados Unidos teve um peso muito grande, e conse-
quentemente, nos calçados de couro”, aponta, ressaltando que a contribuição da queda dos embar-
ques para os Estados Unidos no bimestre foi de 6,3,% (da queda total de 8,5%). “Quase tudo o que
perdemos foi em função dos Estados Unidos. Além de existir um problema econômico naquele país,
que viu suas vendas de calçados despencarem quase 2% no trimestre – o que inibe as importações
de uma maneira geral – existe o impacto geral do Coronavírus, especialmente na Ásia e Europa”,
avalia Ferreira, acrescentando, ainda, que em 2019 a base também era muito elevada em função da
guerra comercial contra a China.
Segundo Ferreira, a boa notícia é de que, com o câmbio atual, em reais a rentabilidade
segue em crescimento. “Em reais, as exportações cresceram 4,9% em fevereiro e 3,8% no bimes-
tre”, informa o dirigente.

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EDIÇÃO VAREJO

MARÇO 2020
BALANÇA COMERCIAL

Destinos
No primeiro bimestre, o principal destino do calçado brasileiro no exterior foi os Estados Unidos, para
onde foram embarcados 1,98 milhão de pares, que geraram US$ 33,36 milhões, quedas de 32,5% e de
11,6%, respectivamente, ante mesmo ínterim de 2019.
O segundo destino do bimestre foi a Argentina. Com uma base fraca de 2019, os hermanos
compraram 1,3 milhão de pares verde-amarelos, que perfizeram US$ 13,9 milhões, incrementos de
46,2% e de 30,4%, respectivamente, ante o ano passado.
O terceiro destino do período foi a França, para onde foram embarcados 1,76 milhão de pares
por US$ 12,46 milhões, quedas tanto em volume (-35,6%) quanto em receita (-13%) na relação com o
mesmo período de 2019.

Importações
O dólar valorizado também teve impacto nas importações de calçados. No bimestre, entraram no
Brasil 5,3 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 69,35 milhões, quedas de 15,8% e de 0,8%,
respectivamente, ante o mesmo período de 2019. Segregando apenas fevereiro, a importação foi de
2,5 milhões de pares por US$ 28 milhões, quedas de 28,6% e de 7,5%, respectivamente, no comparati-
vo com o mesmo período do ano passado.
As principais origens das importações do bimestre foram Vietnã (2,35 milhões de pares e US$
39,9 milhões, incrementos de 10,7% e de 15,9%, respectivamente, ante mesmo período do ano passa-
do), Indonésia (604 mil pares e US$ 10 milhões, quedas de 46% e 38%, respectivamente) e China (1,8
milhão e US$ 9,4 milhões, queda de 26% em volume e incremento de 15,8% em receita).
Já em partes de calçados – cabedais, solas, saltos, palmilhas etc – as importações somaram
US$ 4,9 milhões , 25,3% menos do que no primeiro bimestre do ano passado. As principais origens
foram China, Paraguai e Vietnã.

PRINCIPAIS ORIGENS
EXPORTAÇÕES Três primeiros estados do ranking e o total do período

RS CE SP
RIO GRANDE DO SUL CEARÁ SÃO PAULO
JAN - FEV 2019: US$ 74,43 milhões JAN - FEV 2019: US$ 62,43 milhões JAN - FEV 2019: US$ 13,54 milhões
JAN - FEV 2020: US$ 70,81 milhões JAN - FEV 2020: US$ 52,51 milhões JAN - FEV 2020: US$ 14,04 milhões
VARIAÇÃO: -4,9% VARIAÇÃO: -15,9% VARIAÇÃO: 3,7%

TOTAL JAN - FEV 2019: US$ 182,25 milhões JAN - FEV 2020: US$ 166,71 milhões VARIAÇÃO: -8,5%

PRINCIPAIS ORIGENS
IMPORTAÇÕES Três primeiros países do ranking e o total do período

VIETNÃ INDONÉSIA CHINA


JAN - FEV 2019: US$ 34,41 milhões JAN - FEV 2019: US$ 16,17 milhões JAN - FEV 2019: US$ 8,12 milhões
JAN - FEV 2020: US$ 39,89 milhões JAN - FEV 2020: US$ 10,02 milhões JAN - FEV 2020: US$ 9,4 milhões
VARIAÇÃO: 15,9% VARIAÇÃO: -38% VARIAÇÃO: 15,8%

TOTAL JAN - FEV 2019: US$ 69,95 milhões JAN - FEV 2020: US$ 69,35 milhões VARIAÇÃO: -0,8%

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MARÇO 2020
NOTAS RÁPIDAS

IMPACTO DO CORONAVÍRUS JÁ É SENTIDO NO


VAREJO DE CALÇADOS: VENDAS CAEM ATÉ 70%
A pandemia do novo coronavírus agravou a situação do varejo
brasileiro de calçados. Entre 10 e 17 de março, as vendas caíram
até 70% em algumas cidades devido ao receio dos consumido-
res em frequentar lugares fechados e de grande aglomeração de
pessoas. Em média, a redução foi de 40% em multimarcas e 52%,
em monomarcas. O dado é de um levantamento diário realizado
pela Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados
(Ablac) com associados de todo o país, cuja previsão é de que
a crise se acentue nas próximas semanas e cause grandes per-
das ao comércio, comprometendo o desempenho no primeiro
semestre. Em várias capitais, como Goiânia, Florianópolis e Porto
Alegre, shoppings centers e lojas estão com portas fechadas até
o final do mês, por determinação dos governos estaduais. Em ou-
tras, o horário de funcionamento foi reduzido para o período de
12h às 20h. Nenhum estado, até o momento, anunciou medidas
de auxílio ao varejo e às empresas em geral enquanto as vendas
permanecerem baixas ou zeradas.

RELATÓRIO ANUAL DISPONÍVEL


PARA DOWNLOAD
O Relatório Anual de Atividades da Abicalçados, que apresenta
serviços e, sobretudo, os resultados das ações da entidade reali-
zadas ao longo do ano passado já está disponível para download.
No material de 68 páginas, o leitor fica informado de tudo o que
aconteceu ao longo de 2019, em ações de Representação, Defesa
da Indústria, Desenvolvimento e Promoção Comercial e de Imagem.
Destaque para as ações realizadas no âmbito do Brazilian Footwear,
programa de promoção das exportações mantido em parceria com
a Apex-Brasil. No ano passado, foram gerados mais de US$ 150 mi-
lhões em ações como feiras e missões internacionais, além de todo
o ganho de imagem proporcionado.

BAIXE O RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES 2019

FEIRAS CONFIRMAM REALIZAÇÃO


As feiras SICC e Goiâniacal dispararam comunicados con-
firmando o acontecimento das mostras até segunda or-
dem. A primeira, que acontece em Gramado/RS, no en-
tanto, precisou remarcar a data para 6 a 8 de julho.
A segunda mantém um preview em Goiânia nos dias 28 a 31 de
maio. Acompanhe as informações nos sites www.sicc.com.br e
www.goianiacal.com.br.

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EDIÇÃO VAREJO

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