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MINISTÉRIO DA ECONOMIA

SECRETARIA ESPECIAL DE PRODUTIVIDADE,


EMPREGO E COMPETITIVIDADE
SECRETARIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE
EMPREGO
SUBSECRETARIA DE CAPITAL HUMANO

GUIA PRÁTICO
Contrato nº 38/2019 Versão 1

Brasília, 2020

Sumário

Apresentação ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​ ​
3
Introdução
4
Organograma contratual
5
Orientação para a execução do Contrato nº38/2019
6
No ato da celebração
6
Do ato da celebração até trinta dias antes do primeiro envio de
relação de inscritos 7
Do ato da celebração até o envio de cada relação de inscritos
8
Do envio pela contratada de cada relação de inscritos até a
devolução pela contratante da relação contendo o respectivo
grupo de tratamento
9
Do recebimento pela contratada da relação contendo o
respectivo grupo de tratamento até quinze dias antes do início
das respectivas turmas
9
Durante a execução das turmas (qualificação profissional)
12
No ato da conclusão de cada turma
13
Do ato de conclusão de cada turma até 240 dias depois
13
Até 365 dias após o término da primeira etapa do contrato
15
Até 5 dias a partir do recebimento, pela contratante, do
relatório final de avaliação quantitativa do impacto social

15
Até 10 dias a partir do recebimento, pela contratante, do
relatório final de avaliação quantitativa do impacto social

15
Até 10 dias a partir do recebimento provisório dos serviços
pela contratante 15
Até 30 dias a partir do recebimento pela contratante da Nota
Fiscal ou Fatura relativa à prestação dos serviços

16
Principais instrumentos normativos
16

Anexos
16
I – Formulário de Inscrição
II – Relação de inscritos;
III – Lista de Elegibilidade
IV – Lista de Ofertas-Matrículas
V – Lista de controle de frequência dos educandos;
VI – Lista de entrega de material didático;
VII – Lista de entrega de EPI;
VIII – Lista de dispensa de auxílio-transporte;
IX – Lista de estrega de certificado de conclusão do curso; e
X – Relatório físico comprobatório

Apresentação

Considerando-se a celebração do Contrato Administrativo nº


38/2019, o presente Guia Prático traz em linha cronológica os
principais eventos previstos na execução contratual em todas
as suas etapas, bem como orientações que deverão nortear
tanto a atuação da contratada como da contratante, sem a
intenção de esgotar o assunto e sem prejuízo da observância à
legislação vigente aplicável à matéria.
Introdução

O Contrato Administrativo nº 38/2019, celebrado em 26 de


dezembro de 2019 com abordagem de Contrato de Impacto
Social (CIS), tem como objeto a empregabilidade de jovens
desempregados, em quantidade igual ou superior a 8% em
comparação ao grupo de controle, por meio de qualificação
profissional para 800 (oitocentos) jovens, conforme
detalhamento e especificações técnicas constantes do Termo
de Referência anexo do respectivo certame licitatório.

O Contrato de Impacto Social é um instrumento de


contratação entre o governo e o setor privado, ou o terceiro
setor, em que a remuneração depende do alcance de metas
sociais previamente estabelecidas e para o atingimento dos
objetivos, o particular disporá de maior liberdade na execução
das ações.

Além disso, uma das características é a busca da


Administração por soluções inovadoras para os problemas
sociais, que possam ser replicadas para outras ações estatais,
ou seja, não se trata de um contrato de prestação de serviços
tradicional, sendo sua principal inovação, criar espaço para
experimentação dentro do setor público, seguindo na
contramão do modelo de implementação de políticas públicas
padronizadas de grande escala.
Assim, afigura-se de grande importância a medição rigorosa
dos resultados que será realizada por meio do monitoramento
e da fiscalização das ações com o auxílio do Avaliador
Independente.

Nesse sentido, buscou-se desenvolver um documento


denominado Guia Prático, com o objetivo de orientar a
execução do contrato, detalhando procedimentos e fluxos de
trabalho, minimizando a possibilidade de erros graves e
promovendo a manutenção da qualidade dos processos, sem a
intenção de sobrepor as definições do Termo de Referência.
Orientação para a execução do Contrato nº 38/2019

A partir da celebração do contrato, momento em que se


inicia a execução das ações a ele inerentes, será desencadeada
a consecução dos eventos relativos à realização do objeto, os
quais, em síntese, dispõem-se da seguinte forma:

I – No ato da celebração:

a) Início da primeira etapa do contrato (com duração de até


365 dias a partir da assinatura do instrumento);
A primeira etapa do contrato contemplará:
a) Desenvolvimento de metodologia geral da intervenção;
b) Pesquisa de prospecção do mercado de trabalho local;
c) Organização geral dos trabalhos; e
d) Qualificação social e profissional do grupo de tratamento.

b) Reunião Inicial de Orientação: a equipe técnica


responsável pela gestão e pela fiscalização do contrato
fará uma visita técnica à sede da instituição com fito de
apresentar-se, de expor o escopo do processo de
acompanhamento, de orientar quanto a cada fase da
execução e quanto às entregas que deverão ser feitas com
fins de monitoramento e de sanear eventuais dúvidas.
Nesse momento, a contratada deverá apresentar cronograma de execução contendo a
discriminação das etapas com o detalhamento das atividades e os respectivos prazos de execução.
Nas fases de desenvolvimento de metodologia geral da intervenção, da pesquisa de
prospecção do mercado de trabalho local e de organização geral dos trabalhos, serão apresentados à
contratante o relatório metodológico de mapeamento de demandas e o projeto pedagógico a ser
adotado;
A contratada apresentará, ainda, para fins de monitoramento do contrato, cronograma de
atividades que servirá de referência para que, durante a execução dessa etapa, sejam feitas as entregas
relativas a cada uma dessas fases.
Esse cronograma de execução deverá ser reajustado a qualquer momento para adequar-se à
abordagem de execução da contratada, desde que observada antecedência mínima de trinta dias.

II – Do ato da celebração até trinta dias antes do primeiro


envio de relação de inscritos:

a) Apresentação da metodologia geral da intervenção, que


deverá conter o mapeamento de demandas e o projeto
pedagógico.
O relatório metodológico de mapeamento de demandas deverá, com fundamentação técnica,
abordar os seguintes aspectos:
I – Critérios de definição da abrangência territorial da intervenção;
II – Metodologia de prospecção direta das demandas do setor produtivo;
III – Metodologia de utilização de dados estatísticos, tais como a RAIS, o CAGED e o eSocial; e
IV – Outros processos relevantes contidos no escopo metodológico de mapeamento de demandas.
O projeto pedagógico deverá demonstrar consonância com as características da região em que
será realizada a intervenção e abordar, no mínimo, os seguintes aspectos:
I – Critérios de definição dos cursos que serão oferecidos, a partir do mapeamento de demandas;
II – Proposta curricular dos cursos, observados os critérios de composição e carga horária estabelecidos
no programa;
III – Estrutura docente;
IV – Estrutura de suporte administrativo; e
V – Estrutura de financiamento da ação e relação de outras ações ou projetos de qualificação
profissional em execução concomitante pela contratada, caso existam.

b) É permitida a subcontratação parcial do objeto, até o


limite de 25% do valor total do contrato, vedada a sub-
rogação completa ou da parcela principal da obrigação e
condicionada à autorização prévia da contratante, a quem
incumbirá avaliar o cumprimento, pela subcontratada,
dos requisitos de qualificação técnica necessárias para a
execução do objeto.
Em qualquer hipótese de subcontratação, permanece a responsabilidade integral da contratada
pela perfeita execução contratual, a quem caberá realizar a supervisão e coordenação das atividades
subcontratadas, bem como responder perante a contratante pelo rigoroso cumprimento das obrigações
contratuais correspondentes ao objeto da subcontratação; na hipótese de extinção da subcontratação, a
contratada notificará a contratante e substituirá a subcontratada no prazo de trinta dias, mantendo o
percentual originalmente subcontratado até a sua execução total, ou demonstrará a inviabilidade da
substituição e ficará responsável pela execução da parcela originalmente subcontratada.
Os empenhos e pagamentos referentes às parcelas subcontratadas serão de responsabilidade da
contratada.

III – Do ato da celebração até o envio de cada relação de


inscritos:

a) Seleção de candidatos (jovens de 18 a 29 anos,


desempregados no ato da inscrição);
Ficará a cargo da contratada selecionar, no mínimo, dois mil jovens em idades entre dezoito e
vinte e nove anos que, no ato da inscrição para participação no programa, deverão estar
desempregados.
Poderá, para tanto, ser realizado processo seletivo em que, respeitadas aquelas condições de
participação, se estabeleçam parâmetros mais específicos quanto à idade e à escolaridade dos
candidatos, a depender da estratégia de intervenção da contratada.

b) Inscrição dos candidatos: no rito de inscrição dos


candidatos, a contratada deverá coletar todas as
informações constantes da relação de inscritos, bem
como as cópias do RG, do CPF e da CTPS de cada um.
No processo de inscrição, a contratada deverá listar os candidatos selecionados, observadas as
quantidades necessárias à composição das turmas e respectivos grupos de controle, em relação em
formato .csv, de forma que cada linha da tabela contenha a informação de um único indivíduo; as
colunas deverão conter as seguintes variáveis: nome completo, CPF, PIS, data de nascimento, sexo,
cor/raça, estado civil, endereço completo, telefone, e-mail, nível de escolaridade, se já completou curso
técnico/profissionalizante, escolaridade do pai, escolaridade da mãe, informações de trabalho, renda
total do domicílio, número de moradores do domicílio e número de filhos.
A contratada deverá, ainda, realizar a guarda de cópias do RG, CPF e da CTPS dos inscritos,
bem como do laudo médico no caso de pessoas com deficiências, que poderão ser solicitadas pela
contratante durante o processo de monitoramento da execução contratual.
Para viabilizar a avaliação de impacto, será requerida, no agregado, a inscrição de, no mínimo,
2,5 vezes a quantidade de candidatos sobre o número de vagas ofertadas (2000 inscritos para as 800
vagas ofertadas) e, no mínimo 1,5 vezes o número de candidatos por vaga para cada turma (uma turma
hipotética com 40 alunos precisaria ter ao menos 60 alunos inscritos).
A avaliação irá comparar os inscritos que forem sorteados e matriculados (grupo de
tratamento) com os que não forem sorteados e nem matriculados (grupo de controle).
A título de exemplo, se, em um dado momento da execução, a contratada programar a
realização isolada de uma turma com quarenta vagas, serão selecionados e inscritos para essa
finalidade cem jovens, que posteriormente serão agrupados, mediante sorteio realizado pelo avaliador
independente, nos grupos de tratamento e de controle.
Ao programar mais de uma turma, essa proporção poderá ser reduzida em uma delas, até o
piso de 1,5 vezes a quantidade de vagas, e compensada nas demais: uma turma com quarenta vagas
poderá ter, no mínimo, sessenta inscritos, mas será compensada em uma outra, que terá cento e
quarenta inscritos para as mesmas quarenta vagas.

IV – Do envio pela contratada de cada relação de inscritos


até a devolução pela contratante da relação contendo o
respectivo grupo de tratamento:

a) Validação da relação de inscritos pela equipe de


monitoramento mediante declaração de veracidade e
análise amostral quanto ao critério de idade e quanto ao
critério de empregabilidade;
A verificação da elegibilidade dos candidatos inscritos será feita a partir das relações
encaminhadas pela contratada, contendo a respectiva declaração de veracidade:
I – Quanto à faixa etária, mediante solicitação de cópias dos documentos, de quantidade amostral.
II – Quanto ao desemprego, de forma integral, mediante batimento no CAGED.

b) Submetimento da relação ao avaliador independente para


sorteio e organização dos grupos de tratamento e de
controle;
Essa relação, cuja veracidade será declarada pela contratada, conforme modelo
disponibilizado pela contratante, será submetida ao avaliador independente para, respeitados os
percentuais de pessoas com deficiência, composição dos grupos de tratamento e de controle, e será
restituída à contratada para oferta e composição das turmas, acrescida de colunas relativas ao
recebimento da oferta do curso e à realização de matrícula, respectivamente.
As turmas serão compostas em observância à ordem decrescente de sorteio contida na relação
e, em caso de não efetivação de matrículas por candidatos sorteados para compor o grupo de
tratamento, as vagas remanescentes poderão ser ofertadas para os candidatos subsequentes do grupo de
controle até o limite estabelecido pelo avaliador independente.
É vedada a cobrança de taxas ou a imputação de ônus de qualquer natureza aos candidatos em
qualquer fase de execução do contrato, bem como a venda casada de outros produtos ou serviços
providos pela contratada.

c) Devolução pela contratante da relação contendo o


respectivo grupo de tratamento.

V – Do recebimento pela contratada da relação contendo o


respectivo grupo de tratamento até quinze dias antes do
início das respectivas turmas:

a) Oferta dos cursos aos candidatos selecionados para o


grupo de tratamento;

b) Matrículas dos candidatos;

c) Informe à contratante o resultado do processo de


matrícula (a relação dos candidatos selecionados para o
grupo de tratamento que realizaram e que não realizaram
matrícula) e o quantitativo de vagas remanescentes;
d) Avaliador independente indica, a partir do grupo de
controle, os candidatos para recomposição do grupo de
tratamento;
O ciclo acima poderá repetir-se até o completo preenchimento das vagas, observado o limite
estabelecido pelo avaliador independente.

e) Organização das turmas;


Os cursos deverão ter carga horária mínima de 250 horas-aula presenciais, das quais pelo
menos 20 horas deverão ser destinadas para os conteúdos básicos que compreenderão os seguintes
temas: comunicação oral e escrita, leitura e compreensão de textos; raciocínio lógico-matemático;
saúde e segurança no trabalho; direitos humanos, sociais e trabalhistas; relações interpessoais no
trabalho; orientação profissional e responsabilidade socioambiental.
Da carga horária de formação profissional, ao menos 30% (trinta por cento) será voltada para
a prática profissional, que compreenderá diferentes situações de vivência, aprendizagem e trabalho,
como experimentos e atividades específicas em ambientes especiais, tais como laboratórios, oficinas,
empresas pedagógicas, ateliês e outros, bem como investigação sobre atividades profissionais, projetos
de pesquisa e/ou intervenção, visitas técnicas, simulações, observações e outras condizentes com os
cursos que forem ofertados.
A hora-aula presencial dos cursos oferecidos pela contratada compor-se-á de sessenta minutos.
Tomando-se como exemplo um curso que cumpra os parâmetros mínimos de carga horária,
esse terá duração total de 250 horas, das quais 20 horas contemplarão os conteúdos básicos e 230
horas, os conteúdos de formação profissional; destes últimos, 161 horas abordarão conteúdos teóricos e
69 horas abrangerão a prática profissional.
A carga horária mínima presencial poderá, a critério e às custas da contratada, ser
complementada por qualificação à distância.
Deverão ser destinadas 10% das vagas para pessoas com deficiência, desde que as limitações,
que deverão ser comprovadas por laudo médico, não sejam impeditivas ao exercício das atividades
laborais pretendidas.
Verificada a adesão de pessoas com deficiência abaixo do porcentual estabelecido e
comprovado o emprego de meios razoáveis à sua mobilização, a contratada poderá preencher as vagas
com pessoas que não possuam deficiência.
É considerado meio razoável à mobilização de pessoas com deficiência:
I - Divulgação do período de inscrições, com antecedência mínima de quinze dias, em instituições
locais de apoio à pessoa com deficiência.
Nos cursos com carga horária diária de até quatro horas, será facultado o fornecimento de
lanche ou refeição.
Nos cursos com carga horária diária entre quatro e seis horas será obrigatório o fornecimento
de lanche ou refeição.
Nos cursos com carga horária diária maior que seis horas, será obrigatório o fornecimento de
lanche e refeição.
O material didático, constituído de livros e/ou apostilas, impressos ou eletrônicos, deverá ser
entregue ou enviado aos educandos no primeiro dia de curso e terá sua configuração, formato e
conteúdo adequado ao projeto pedagógico e à estratégia adotada pela contratada no desenvolvimento
de sua intervenção.
A disponibilização de equipamentos de proteção individual para educandos e instrutores
deverão ser disponibilizados nos cursos que, por força de legislação vigente, seja necessária sua
utilização, os quais deverão ser adequados ao risco da ocupação e estar em perfeito estado de
conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção
contra os riscos de acidente e danos à saúde dos envolvidos.
Uniforme somente deverá ser fornecido quando adotado pela instituição de ensino, vedada a
cobrança de qualquer taxa.

É obrigatória, nos termos da Resolução CODEFAT nº 44, de 12 de maio de 1993, a identificação da


fonte de financiamento, quando da utilização, de forma total ou parcial, de recursos do Fundo de
Amparo ao Trabalhador – FAT:
I - Nos projetos a serem executados, juntamente às placas de identificação das entidades financiadoras;
II - Nos contratos e convênios a serem celebrados para concessão de financiamentos pelos bancos
oficiais federais;
III - Em plaquetas a serem afixadas em móveis e equipamentos adquiridos com os recursos de que se
trata;
IV - Nas publicações da RAIS e do CAGED;
V - Nos formulários, cartazes ou outros meios de divulgação e propaganda do pagamento do Seguro-
Desemprego e do Abono Salarial;
VI - Em qualquer outra atividade em curso ou que venha a ser desenvolvida.

f) Registro da programação das turmas no sistema de gestão


e informação ou meio alternativo disponibilizado pelo
ME, com, no mínimo, 15 (quinze) dias corridos de
antecedência em relação à data fixada para o início dos
cursos e qualquer alteração na programação das turmas
deverá ser comunicada com antecedência mínima de 5
(cinco) dias corridos da data de início anteriormente
informada.

VI – Durante a execução das turmas (qualificação


profissional):

a) Realização dos controles diários de frequência dos


educandos, de entrega de lanche/refeição, de auxílio-
transporte ou de respectiva dispensa;

b) Realização, no ato da disponibilização, os controles de


entrega de material didático e de entrega de EPI.
Os controles serão digitalizados e disponibilizados à contratante em até 15 dias corridos a
partir dos eventos e, ao fim da execução de cada turma, também será preenchido, atestado pelos
educandos e disponibilizado à contratante um relatório físico comprobatório.
Ao final do curso, cada educando validará os referidos controles diários mediante assinatura
de relatório físico comprobatório.
A convergência entre os controles diários e o relatório físico comprobatório será conferida de
forma amostral.
Serão considerados como auxílio transporte o vale transporte, a contratação de empresa de
transporte, bem como convênios ou acordos com órgãos municipais ou estaduais para o deslocamento
dos alunos.
No caso em que o educando não necessite do auxílio transporte, por qualquer motivo, ficar-
lhe-á facultado dispensar o benefício, mediante assinatura de declaração de dispensa.

Os referidos controles devem observar os prazos para registro no sistema de gestão e informação ou
meio alternativo disponibilizado pelo ME

c) Realização de visitas in loco às turmas pela equipe de


monitoramento e supervisão;

d) Edição de relatórios de supervisão pela contratante;

e) Interposição, pela contratada, de contrarrazões relativas a


eventuais impropriedades identificadas pela equipe de
monitoramento;

f) Registro de eventuais sanções decorrentes de


impropriedades não saneadas.

VII – No ato da conclusão de cada turma:

a) Registro no sistema de gestão e informação ou meio


alternativo disponibilizado pelo ME do relatório físico
comprobatório atestado pelos educandos;

b) Emissão de certificados de conclusão do curso para os


educandos concluintes e respectivo registro no sistema
de gestão e informação ou meio alternativo
disponibilizado pelo ME.
É obrigatória a disponibilização aos educandos de certificado de conclusão do curso,
conforme modelo disponibilizado pelo ME.
A contratada elaborará modelo de certificado, que poderá ser adotado pela contratante para os
fins do projeto.
O não fornecimento do certificado ao educando implicará a glosa de 10% dos recursos
equivalentes ao custo aluno dos educandos que não receberem os certificados.

VIII – Do ato de conclusão de cada turma até 240 dias


depois:

a) Monitoramento, pelo avaliador independente, da


empregabilidade dos respectivos matriculados;

b) Monitoramento telefônico amostral da situação de


empregabilidade dos matriculados que figurem como
empregados no CAGED.
A medição da entrega dos serviços será realizada com auxílio da entidade avaliadora
independente, por meio de mecanismo que defina quantitativamente a diferença percentual de
empregabilidade ocorrida no grupo de tratamento em relação ao grupo de controle.
Após a conclusão das aulas do curso em cada turma, haverá, nos 240 dias seguintes, o
monitoramento da empregabilidade para aquela turma, bem como do grupo de controle correspondente,
e a empregabilidade será definida como contratação e permanência em emprego formal de carga
horária semanal mínima de 40 horas, em uma mesma empresa, por pelo menos 120 dias durante o
período de monitoramento.
As contratações deverão ocorrer em, no mínimo, cinco empresas de grupos econômicos
distintos e as contratações que eventualmente ocorram pela própria contratada serão desconsideradas.
Para fins da avaliação de impacto, todos os alunos serão incluídos na análise,
independentemente de terem evadido ou não.
A taxa máxima de evasão permitida é de 20% para o conjunto das turmas e, para efeitos de
pagamento, mesmo que a contratada tenha atingido o índice de empregabilidade exigido, haverá
desconto proporcional ao percentual de jovens que evadiram além do limite de 20%, correspondente a
50% do custo de cada vaga por aluno evadido.
A taxa de evasão será obtida aplicando-se a seguinte equação: [Total de jovens matriculados
(até o limite da meta) - Total de jovens concluintes (até o limite da meta) ] X 100/Total de jovens
matriculados (até o limite da meta).
Somente serão admitidos como justificativa para evasão acima de 20%, desde que ocorridas no período
de duração do curso e devidamente comprovadas:
• Aluno empregado no mercado de trabalho formal, o que deverá ser comprovado pela cópia da
CTPS do educando;
• Óbito, o que deverá ser comprovado pela cópia da certidão de óbito do educando; e
• Situação de calamidade ou emergência na localidade, o que deverá ser comprovado pelo
Decreto Municipal de Emergência.
Será admitido o abono de faltas dos educandos até o limite de 10% da carga horária total do
curso, nos seguintes casos:
• Doença, o que deverá ser comprovado por atestado médico; e
• Participação em entrevista de emprego, o que deverá ser comprovado por declaração da
empresa promotora.
Será considerado como concluinte o educando que atingir 75% de frequência em relação à
carga horária total do curso.
A contratante adotará remuneração variável de pagamento, conforme o percentual de
empregabilidade obtido do grupo de tratamento superior ao grupo de controle, estimado a partir de
regressões lineares que incluirão como variáveis independentes informações socioculturais dos
beneficiários, de acordo com a seguinte métrica:
• Se o impacto estimado no percentual de empregabilidade adicional for igual ou maior que 8% e
menor do que 30%, o valor a ser pago, entre 62,5% e 99,9% do valor adjudicado, será
determinado pela fórmula 62,5 + {37,5/22 x (Y – 8)}, na qual Y é o percentual de
empregabilidade adicional obtido.
• Se o impacto estimado no percentual de empregabilidade adicional for igual ou superior a 30%,
o valor a ser pago equivalerá a 100% do valor adjudicado.
A título de exemplo, caso o grupo de controle obtenha empregabilidade de 20%, o grupo de
tratamento deverá obter uma empregabilidade de 21,6% para obter o valor mínimo (1,6% a mais, o que
equivale a 8% do índice de empregabilidade do grupo de controle) e de pelo menos 26% para obter o
valor total adjudicado (6% a mais, o que equivale a 30% do índice de empregabilidade do grupo de
controle).
Na hipótese de o percentual de empregabilidade obtido do grupo de tratamento ser menor que
8% a mais que o atingido pelo grupo de controle, o objeto contratual será considerado como não
entregue e não será devido qualquer pagamento à contratada.

IX – Até 365 dias após o término da primeira etapa do


contrato:

a) Entrega do relatório final de avaliação quantitativa do


impacto social pelo avaliador independente.
A elaboração de Relatório Final será feita pelo avaliador independente, que demonstrará, em
avaliação quantitativa e percentual, a diferença de empregabilidade alcançada pelo grupo de
tratamento, definido pelo somatório dos alunos que se matricularam para receber a qualificação, em
relação ao grupo de controle, definido pelo somatório dos alunos que não se matricularam.
Para fins da avaliação de impacto, todos os indivíduos serão incluídos na análise,
independentemente de terem realizado matrícula ou não.
O monitoramento quantitativo e análise do indicador de resultado será feito a partir das
informações administrativas constantes do CAGED ou do eSocial.

X – Até 5 dias a partir do recebimento, pela contratante,


do relatório final de avaliação quantitativa do impacto
social:

a) Ateste pela contratante de recebimento provisório dos


serviços.

XI – Até 10 dias a partir do recebimento, pela contratante,


do relatório final de avaliação quantitativa do impacto
social:
a) Elaboração de Relatório Circunstanciado pelo fiscal do
contrato.

XII – Até 10 dias a partir do recebimento provisório dos


serviços pela contratante:

a) Ateste de recebimento definitivo pelo gestor do contrato;

b) Comunicação à contratada para que emita a Nota Fiscal


ou Fatura relativa à prestação dos serviços.

XIII – Até 30 dias a partir do recebimento pela


contratante da Nota Fiscal ou Fatura relativa à prestação
dos serviços:

a) Edição de Nota Técnica relativa aos elementos


essenciais da Nota Fiscal ou Fatura;

b) Efetivação do pagamento pelos serviços prestados.

Principais instrumentos normativos:

Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993


Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002
Resolução CODEFAT nº 783, de 26 de abril de 2017
Norma de Execução nº 113, de 14 de outubro de 2019
Termo de Referência do Pregão nº 08/2019

Anexos

Serão disponibilizados pela contratante modelos de:

I – Formulário de Inscrição
II – Relação de inscritos;
III – Lista de Elegibilidade
IV – Lista de Ofertas-Matrículas
V – Lista de controle de frequência dos educandos;
VI – Lista de entrega de material didático;
VII – Lista de entrega de EPI;
VIII – Lista de dispensa de auxílio-transporte;
IX – Lista de estrega de certificado de conclusão do curso; e
X – Relatório físico comprobatório
16

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