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141-192.
“Na verdade, a resistência também cresceu junto com a ‘má positividade do sistema’”. (p.
143)
Origem da poesia-resistência.
O discurso cifrado da poesia como reação ao aprisionamento da palavra pelo sistema
capitalista-reificador, daí o uso da metalinguagem.
“Essas formas estranhas pelas quais o poético sobrevive em um meio hostil ou surdo, não
constituem o ser da poesia, mas apenas o seu modo historicamente possível de existir no interior
do processo capitalista”. (!)
“Se subtraem ao poeta o direito de dar nome as coisas, é justo que ele, agarrando-se à pele da
escrita, exiba, ao menos, sílabas secas, letras traços pontos se não o branco da página.”
“(...) em toda grande poesia moderna, a partir do Pré-Romantismo, [há] uma forma de
resistência simbólica aos discursos dominantes”. (p. 144)
“A resistência tem muitas faces. Ora propõe a recuperação do sentido comunitário perdido
(poesia mítica, poesia da natureza); ora a melodia dos afetos em plena defensiva (lirismo de
confissão [...]); ora a crítica direta ou velada da desordem estabelecida (vertente da sátira, da
paródia, do epos revolucionário, da utopia).” (p. 145)