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Avaliação Mediadora: Um
HOFFMAN, Jussara. Avaliação Mediadora; Uma Pratica da Construção da Pré-escola a
Universidade. 17.ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2000.
http://www.recantodasletras.com.br/resenhasdelivros/3476530
INDICAÇÃO DA OBRA
http://pedagogiaunicidiesdeguaianas.spaceblog.com.br/623673/JUSSARA-
HOFFMANN-AVALIACAO-MEDIADORA/
Avaliação Mediadora
As charadas da Avaliação
n Qual o significado da ação corretiva para o aluno, para o professor e para os pais?
n Como proceder o registro do que se observou nas tarefas dos alunos sem incorrer
na prática tradicional e autoritária?
n Como partir dessas observações para uma ação mediadora, de fato, que provoque
o aluno a refletir e descobrir gradativamente melhores soluções sem a imposição de
nossas respostas?
n Avaliação Classificatória: corrigir tarefas e provas dos alunos para verificar as
respostas certas e erradas e, com base nessa verificação periódica, tomar decisões
quanto ao seu aproveitamento escolar, sua aprovação ou reprovação em cada série ou
grau de ensino
n Avaliação Mediadora: Analisar teoricamente as várias manifestações dos alunos
em situação de aprendizagem (verbais ou escritas, outras produções), para acompanhar
as hipóteses que vêm formulando a respeito de determinados assunto, em diferentes
áreas de conhecimento, de forma a exercer uma ação educativa que lhes favoreça a
descoberta de melhores soluções ou a formulação de hipóteses preliminarmente
formuladas.
Avaliação Mediadora:
n Como romper com uma prática que se constitui fortemente pela estória de vida dos
professores, reveladora, sem dúvida, de posturas pedagógicas que parecem condizentes
a suas posturas de vida?
n A autora não acredita em mudanças por meio de decretos e regimentos.
n Defesa de uma avaliação que promova a aprendizagem do aluno
http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/o-mito-avaliacao-aprendizagem.htm
“A avaliação é a reflexão transformada em ação, não podendo ser estática nem ter
caráter sensitivo e classificatório”. Jussara Hoffmann
A Lei de diretrizes e Bases nº. 9.394/96, nos proporciona os dois mais importantes
princípios da afetividade e amor no domínio escolar, o respeito à liberdade e a
consideração à tolerância, que são inspirados nos princípios de liberdade e nos ideais de
solidariedade humana. Ambos têm por fim último o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para as
ocupações no trabalho. A Lei 9.394/96, das diretrizes e bases para a educação nacional,
faz menção à avaliação da aprendizagem. Ao longo dos seus artigos, o termo avaliação
(e suas variações) aparece 24 vezes, e o termo verificação (do rendimento ou da
aprendizagem), duas. São, assim, pelo menos vinte e seis alusões à idéia de avaliar, seja
relacionando-a a instituições, a alunos, aos docentes, ou aos processos educacionais
como um todo. A diferença fundamental entre verificação e avaliação, é que a primeira
é uma ação estática e a segunda é um processo dinâmico e encaminha a ação.
Avaliar envolve valor, e valor envolve pessoa. Avaliação é, fundamentalmente,
acompanhamento do desenvolvimento do aluno no processo de construção do
conhecimento. O professor precisa caminhar junto com o educando, passo a passo,
durante todo o caminho da aprendizagem.
Hoffmann propõe para a realização da avaliação, na perspectiva de construção, duas
premissas fundamentais: confiança na possibilidade do aluno construir as suas próprias
verdades; valorização de suas manifestações e interesses. Para Hoffmann, o
aparecimento de erros e dúvidas dos alunos, numa extensão educativa é um componente
altamente significativo ao desenvolvimento da ação educacional, pois permitirá ao
docente a observação e investigação de como o aluno se coloca diante da realidade ao
construir suas verdades. Ela distingue o diálogo entre professor e aluno como indicador
de aprendizagem, necessário, à reformulação de alternativas de solução para que a
construção do saber aconteça. A reflexão do professor sobre seus próprios
posicionamentos metodológicos, na elaboração de questões e na análise de respostas dos
alunos deve ter sempre um caráter dinâmico.
Na avaliação mediadora o professor deve interpretar a prova não para saber o que o
aluno não sabe, mas para pensar nas estratégias pedagógicas que ele deverá utilizar para
interagir com esse discente. Para que isso aconteça, o desenvolvimento dessa prática
avaliativa deverá decodificar a trajetória de vida do aluno durante a qual ocorrem
mudanças em múltiplas dimensões, e isso é muito mais que conhecer o educando.
Em um processo de aprendizagem toda resposta do aluno é ponto de partida para novas
interrogações ou desafios do professor. Devem-se ofertar aos alunos muitas
oportunidades de emitir idéias sobre um assunto, para ressaltar as hipóteses em
construção, ou as que já foram elaboradas Sem tais atitudes, não se idealiza, de fato, um
processo de avaliação contínua e mediadora.
Avaliar significa ação provocativa do professor desafiando o educando a refletir sobre
as situações vividas, a formular e reformular hipóteses, encaminhando-o a um saber
enriquecido, acompanhando o “vir a ser”, favorecendo ações educativas para novas
descobertas. A avaliação apresenta uma importância social e política fundamental no
fazer educativo vinculando-a a idéia de qualidade. Não há como evitar a necessidade de
avaliação de conhecimentos, muito embora se possa torná-la eficaz naquilo que se
propõe: a melhora de todo o processo educativo. Avaliar qualitativamente significa um
julgamento mais global e intenso, no qual o aluno é observado como um ser integral,
colocado em determinada situação relacionada às expectativas do professor e também
deles mesmos. Nesse momento, o professor deixa de ser um simples colecionador de
elementos quantificáveis e utiliza sua experiência e competência analisando os fatos
dentro de um contexto de valores, que legitimam sua atitude como educador.
Ref: HOFFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora: Uma Prática em Construção da Pré-
Escola à Universidade
http://lubarrach.blogspot.com.br/2010/10/tema-de-concurso-avaliacao-
mediadora.html
Avaliação Mediadora, trás uma abordagem referete a questão de como avaliar um aluno,
quais os meios, maneiras, enfim, será que avaliar baseia-se em apenas um único
momento?
Para Jussara Hoffmann, existem duas premissas fundamentais: o aluno constrói suas
verdades e valoriza suas manifestações e interesses. Contudo devemos considerar seus
pensamentos e suas ideias.
Ela valoriza: erros e dúvidas dos alunos, no qual se abre uma oportunidade do docente
observar e investigar o aluno.
Trata o diálogo entre Professor e Aluno, como um indicador de aprendizagem, onde
ocorre troca de informações.
Nesse processo, sempre haverá uma oportunidade para reformular uma alternativa de
solução para que a construção do saber aconteça.
Na Avaliação Mediadora o Professor não deve interpretar a prova para saber o que o
aluno não sabe, mas para pensar nas estratégias pedagógicas para interagir com seu
aluno.
Ela afirma que, no processo de aprendizagem, resposta é = Ponto de partida para novas
interrogações ou desafios do professor.
É oferecer muitas oportunidades de emitir idéias ou as que já foram elaboradas. (Sem
isso não é possível obter uma avaliação contínua e mediadora.
Avaliar qualitativamente significa olhar global, o aluno ser visto, observado como um
ser integral
http://www.professorefetivo.com.br/resumos/Avaliacao-Mediadora-Uma-Pratica-da-
Pre-Escola-a-Universidade.html
Avaliação Classificatória
Corrigir tarefas e provas do aluno para
verificar respostas certas e erradas e, com
base nesta verificação periódica, tomar
decisões quanto ao seu aproveitamento
escolar, sua aprovação em cada série ou grau
de ensino (prática Avaliativa).
Avaliação Mediadora
Analisar Teoricamente as várias
manifestações dos alunos em situações de
aprendizagem (verbais ou escritas, outra
produções), para acompanhar as hipóteses
que vem formulando a respeito de
determinados assuntos, em diferentes áreas
de conhecimento, de forma a exercer uma
ação educativa que lhes favoreça a
descoberta de melhores soluções ou
reformulação de hipóteses preliminarmente
formuladas. Acompanhamento esse que visa
ao acesso gradativo do aluno a um saber
competente na escola e, portanto, sua
promoção a outras séries e graus de ensino
As diferentes posturas também se revelam nas expectativas dos alunos (pedindo para
professor dar nota em toda atividade; não aceitando que sua tarefa tenha erro), dos pais (
não aceitando que não se corrija o caderno de seu filho), dos professores (corrijo tudo,
não corrijo, o que fazer?).
Na concepção mediadora a correção se faz presente pensando na evolução do
conhecimento de forma dinâmica, de descoberta por ensaio e erro, de tomada de
consciência sobre o fazer, muito mais que a preocupação com resultados imediatos ou
fórmulas definitivas de solução apresentadas pelo professor.
Não significa aceitar tudo o que a criança faz. Considerar, valorizar, não significa
observar e deixar como está. Ao contrário exige do professor a reflexão teórica
necessária para o planejamento de situações provocativas ao aluno que favoreçam a sua
descoberta. As tarefas de aprendizagem são pontos de partida do professor no sentido de
gerar conflitos entre as crianças pela confrontação entre elas a respeito de diferentes
soluções pensadas em evolução.
A ação mediadora do professor, a sua intervenção pedagógica, desafiadora, não pode ser
uniforme em todas as situações de tarefas dos alunos. Os erros que a criança apresenta
podem ser de natureza diversa. Nenhum extremo é válido: considerar que sempre
devemos dizer a resposta certa ou no outro extremo, considerar que todo e qualquer erro
que o aluno cometa tenha o caráter construtivo e que ele poderá descobrir todas as
respostas.
A tarefa do aluno está presente entre uma tarefa do aluno e a posterior. A tarefa do
professor consiste em favorecer a este aluno o alcance de um saber competente e a
aproximação com a verdade científica.
O tema correção envolve essencialmente o respeito à criança em suas etapas de
desenvolvimento e, por isso é urgente incluir o termo “ainda” no seu vocabulário. Ao
invés de analisar os exercícios dos alunos para responder quem errou ou quem acertou,
analisá-los para observar quem aprendeu e quem “ainda” não aprendeu.
Os registros de avaliação refletem a concepção de educação do professor. Relatórios de
avaliação devem expressar avanços, conquistas, descobertas, bem como relatar o
processo vivido em sua evolução, em seu desenvolvimento, dirigindose aos
encaminhamentos, às sugestões de cooperação entre todos que participam do processo.
Ao relatarmos um processo efetivamente vivido, encontraremos as representações que
lhes dêem verdadeiro sentido.
Há muitas crenças que a avaliação mediadora é restrita aos professores das séries
iniciais do ensino fundamental, mas a autora revela o desenvolvimento desta perspectiva
no ensino médio e no ensino universitário através de pesquisas realizadas.
O modelo que se instala em cursos de formação, é um modelo reprodutivista sendo
muito mais forte que qualquer teoria que o aluno possa adquirir, pois é vivida em seu
cotidiano.
Em sua pesquisa no curso universitário a autora aponta algumas concepções
apresentadas pelos professores resistentes à avaliação mediadora e assinala caminhos
para reflexão :
1. alunos desinteressados e desatentos – observa-se , nesta visão, um compromisso do
educador alienado de uma relação de aproximação com o pensar do aluno: o professor
“dá” a aula e o aluno “pega” as explicações. Na avaliação mediadora despertaria, então,
o educador para a relação dialógica da avaliação, buscando alternativas para estabelecer
sua aproximação e descoberta dos diferentes modos de pensar.
2. tempos e disponibilidade: entraves do processo – a avaliação mediadora opõe-se ao
modelo “transmitir-verificar-registrar” e evolui no sentido de uma ação reflexiva e
desafiadora do educador em termos de contribuir, elucidar, favorecer a troca de idéias
entre e com seus alunos.
3. o diálogo professor/aluno – o diálogo entendido a partir da relação epistemológica,
não se processa obrigatoriamente através da conversa, enquanto comunicação verbal
com o estudante.
Refletir em conjunto com o aluno sobre o objeto do conhecimento, para encaminhar-se
à superação, significa desenvolver uma relação dialógica, princípio fundamental da
avaliação mediadora.
4. acompanhamento individualizado – o diálogo, compreendido como leitura curiosa e
investigativa do professor das tarefas de aprendizagem, poderá se estabelecer mesmo se
o educador trabalhar com muitos alunos, no sentido de permitir lhe, senão a
proximidade corpo a corpo com o estudante, o debruçar-se sobre suas idéias e as do
grupo para acompanhar seus argumentos e vir a discuti-los ou enriquecê-los.
Portanto, o maior desafio é favorecer a descoberta pelos professores do significado da
avaliação mediadora para a formação de um profissional competente.
Confirmando a hipótese da autora que experiências em avaliação mediadora possam
provocar espontaneamente um reestudo do currículo, realizou um trabalho junto a uma
universidade e constatou que a prática avaliativa foi sendo reformulada e explicitada em
seu desenvolvimento através de reflexões constantes e ajustes necessários.
Os professores participantes do projeto no Ensino Médio relataram algumas conclusões:
- o processo de transformação inicia de forma lenta com muitas resistências dos alunos.
Uma vez compreendido, o processo alcança bons resultados; · a proposta exige a
reflexão permanente do grupo e ajustes freqüentes;
- a cooperação entre os alunos e destes com a professora é um dos resultados
alcançados. Os alunos passam a mostrar-se mais interessados em vencer suas
dificuldades e a refazer seus trabalhos; · a não-atribuição de notas à tarefas e situações
não-declaradas de “prova” causam menor pressão e resultados mais favoráveis de
aprendizagem;
- o processo provoca naturalmente a revisão do currículo pelos professores e o repensar
de sua metodologia;
- percebe-se com maior clareza a dimensão das dificuldades dos alunos.
Nesta perspectiva, avaliação mediadora é uma postura de vida e os fundamentos de uma
ação avaliativa mediadora ultrapassam estudos sobre teorias de avaliação e exigem o
aprofundamento em teorias de conhecimento bem como estudos referentes a áreas
específicas de trabalho do professor.
A ação avaliativa mediadora se desenvolve em benefício ao educando e dá-se
fundamentalmente pela proximidade entre quem educa e quem é educado. Pela
curiosidade de conhecer a quem educa e conhecendo, a descoberta de si
próprio. Conhecimento das possibilidades dos educandos de contínuo vir a ser, desde
que lhe sejam oferecidas as oportunidades de viver muitas e desafiadoras situações de
vida.
Resumo elaborado por
Martha Sirlene da Silva