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OBRAS DE TARSILA DO AMARAL

ABAPORU/1928 - A obra mostra uma figura irregular em suas formas, braços e pernas
grandes com a cabeça pequena, representando a valorização do trabalho braçal comum à
época, a figura sentada no chão traz à tona a relação do homem com a terra,
especificamente o Brasil, diante de um cactos que desponta como uma espécie de flor,
tendo ao fundo um céu azul e um sol amarelo, inevitavelmente essas cores nos remetem às
cores da nação brasileira.
ABAPORU - palavra indígena que significa “homem que come carne humana”.

CAIPIRINHA/1923 - A pintura a óleo “A Caipirinha”, de 1923, retrata a infância de Tarsila


do Amaral na fazenda onde nasceu, no interior de São Paulo, brincando com uma boneca
feita de mato. Como resultado, o estilo modernista característico da artista se evidenciou
nas cores vivas da tela que traduzem a cultura brasileira do campo.
O LAGO/1928 -  A pintura é pura fantasia com a flora parecendo animais surreais.

A NEGRA/1923 - A pintora brasileira criou o quadro A negra inspirada nas memórias de


infância. No período em que havia escravatura no nosso país, as escravas serviam como
amas de leite e babá das crianças. Apesar de durante a infância de Tarsila já não existir mais
escravidão no Brasil, ela ainda chegou a ser criada por mulheres negras (descendentes dos
antigos escravos) que viviam nas fazendas e cuidavam os filhos dos patrões.
O fundo do quadro, abstrato, dá ainda mais protagonismo para a mulher no centro da
pintura. Na tela a mulher tem formas inesperadas: a boca, por exemplo, volumosa, destaca
a sua origem racial. 

ANTROPOFAGIA/1929 – A pintura é a mistura de duas obras de Tarsila, A Negra e Abaporu.


Em Antropofagia vemos dois personagens desproporcionais, com membros enormes e
cabeças pequenas como no quadro Abaporu. As duas telas são muito semelhantes,
inclusive, e partilham um fundo parecido, com uma vegetação tipicamente brasileira. 
Do lado direito, em meio aos cactos, vemos o sol que é representado com o formato de
meia laranja.
Antropofagia é a ação de comer carne humana, o que entre humanos é
também conhecido como canibalismo.
CARNAVAL DE MADUREIRA/1924 - Tarsila veio de Paris para o Brasil no ano de 1924 e
passou o carnaval no Rio de Janeiro. Não se sabe se ela realmente esteve em Madureira
durante a festa, mas a obra foi intitulada com o mesmo nome do bairro.
O quadro chama a atenção, pois possui a famosa Torre Eiffel bem no meio do bairro
carioca. Diversas interpretações dão conta de que ela representaria a própria Tarsila,
deslocada em seu próprio país logo após seu regresso do exterior.

O OVO OU URUTU/1928 - Apresenta uma cobra, que é um animal bastante temido e que
possui a capacidade de deglutição. Há também um enorme ovo, significando o
nascimento de uma ideia, de um projeto novo.
MORRO DA FAVELA/1924 - A obra retrata um casario e pessoas simples, na totalidade
negra, em um morro com caminhos de terra batida e vegetação natural, numa visão
*idílica oscilando entre o rural e o urbano e com cores caipiras. *PURO/MUITO SUAVE.

ESTRADA DE FERRO CENTRAL DO BRASIL/1924 - A artista mostra uma cidadezinha do


interior, com suas casinhas simples, incluindo uma igrejinha branca, ao alto, à esquerda.
Na composição também estão presentes coqueiros e outras espécies de árvores, bem
espalhadas.
A Estrada de Ferro Central do Brasil está presente nos postes de telégrafo, nas torres de
eletricidade e nas pontes de metal. Chama a atenção o destaque que Tarsila dá à ponte e
construções em estruturas metálicas.

FLORESTA/1929 – A pintura traz um mundo fantástico com ovos cor de rosa e uma
paisagem de floresta com poucos elementos pintada em tons fortes de verde.  Ao fundo
da paisagem vemos troncos sem folhas enquanto apenas a árvore da frente, maior e
cheia de vida, parece proteger os muitos ovos mágicos que se destacam pela cor.

SÃO PAULO/1924 - A modernidade é o foco dessa obra, Tarsila coloca em posição de


destaque tanto a paisagem nacional – as cores alegres e ingênuas da cena caipira. Neste
quadro, a artista preenche a metrópole com ícones de progresso: bombas de gasolina e
um poste de eletricidade se destacam em primeiro plano; no fundo, um bonde, uma
ponte de ferro, um edifício em construção e um cartaz com números expressam a
chegada da modernidade.

A FEIRA I/1924 - A Feira é uma obra repleta de cores e formas e serve como mostruário
visual das riquezas do Brasil. Frutas tropicais como bananas, mamões, mangas, abacaxis,
carambolas, palmitos, cajus, goiabas são expostas, assim como a vegetação abundante
em proximidade com espaços comerciais e construções humana.

A FEIRA II/1925 – Nessa obra dá para perceber que o número de casas aumentou, deixando
claro que a população cresceu.

PAISAGEM COM O TOURO/1925 - A paisagem de Tarsila é bem mais que um cenário de


fundo para o homem, é de onde os eles surgem, chão natal e raiz de onde emergem. A
poética que constrói o espaço pictórico mostra que a paisagem é o lugar de moradas reais
e imaginárias, é o abrigo de nossos devaneios de luta e de repouso.
PICTÓRICO – PRÓPRIO DA PINTURA

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