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Patos de Minas
2022
Camila Lima Carneiro Gontijo
Dheiff Lorrany Ribeiro Gomes
Elisângela de Figueiredo Lima
Jennifer Karoline Oliveira
Jéssica Oliveira Félix
Karen Karoline Santos
Maisa Moreira de Melo
Nayane Cristina Araújo Alves
Patos de Minas
2022
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1. INTRODUÇÃO
COVID 19 afetou diretamente as empresas, mas é preciso também voltar o olhar para os
profissionais.
De acordo com Brooks et al., (2020) os autônomos e assalariados foram os
que mais sofreram com os efeitos da pandemia, pois os programas de suporte financeiro
desenvolvidos pelo governo não foram suficientes para conter o impacto econômico
negativo. Os trabalhadores tiveram então que lidar com prejuízos financeiros, mas
também físicos e psicológicos, uma vez que a insegurança do trabalhado está relacionada
com sintomas como raiva e ansiedade, que forram agravados pela ruptura dos vínculos
sociais e a perda das atividades de lazer (SILVA, 2020).
Portanto, é importante avaliar o quanto os trabalhadores percebem seu nível
de bem-estar no trabalho após a vivência de dois anos de mudanças impostas pela
pandemia. Alguns autores apregoam que avaliar o bem-estar em contextos particulares
como o trabalho é mais vantajoso do que avaliá-lo de uma maneira geral, (DANIELS,
2000; PASCHOAL, 2008; WARR, 2007). Mas não há consenso sobre a definição de
bem-estar no trabalho, há uma crescente convergência na direção de elementos comuns
que se afastam de um modelo centrado na patologia e se aproxima de abordagens sobre o
funcionamento positivo do indivíduo a partir de fatores que lhe propiciam vivências
prazerosas considerando tanto os aspectos cognitivos como afetivos do trabalhador
(PASCHOAL et al., 2013; SANTOS; CEBALLOS 2013).
Nesse sentido, a definição adota no presente estudo é baseada na visão de
Paschoal e Tamayo (2008) que trabalham com uma concepção de BET calcada na
Psicologia Positiva, abrangendo as concepções hedônicas e eudaimônicas. As autoras
propõem que o construto seja composto por duas dimensões: afetiva (emoções e humores
no trabalho) e cognitiva (percepção de expressividade e realização pessoal no trabalho).
Assim, em termos operacionais está organizado em torno de três fatores: afeto positivo,
afeto negativo e realização pessoal, seguindo a linha de alguns autores da literatura
internacional (WARR, 2007; WATERMAN; SCHWARTZ; CONTI, 2008).
2. METODOLOGIA
Os alunos serão divididos em oito grupos, de forma que cada grupo deverá
convidar, de forma direta ou virtual, conforme critérios de inclusão e exclusão da amostra,
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
No caso dos Afetos Negativos, obtém-se média 2,2 e desvio padrão 1,0. No
comparativo de Realização Pessoal e Profissional, os resultados apresentam média 3,7 e
desvio padrão de 1,0. Observa-se ainda, que os resultados relacionados aos afetos
positivos, sobressaem aos afetos negativos.
Afetos M DP T Gl d Valor-p
Positivos
Privado 2,88 0,835
Público 3,3 0,884
-1,26 28 -0,49 0,217
correlação entre 0.10 a 0.29, como moderado entre 0.30 a 0.49 e como elevado os valores
superiores a 0.50.
A correlação significativa obtida foi fraca entre as variáveis de Realização
Pessoal e Profissional e Salário (r=0.248, p<.05), portanto, não se pode relacionar que as
pessoas com maior realização pessoal e profissional são pessoas que possuem salários
altos. Dessa forma, o resultado encontrado corrobora com os autores Diener, Oishi e
Lucas (2003) o dinheiro parece se relacionar positivamente com o bem-estar até um certo
ponto, quando ele oferece recursos que são importantes para a felicidade e realização.
Ainda de acordo com os autores anteriormente mencionados não basta ter os
recursos físicos e financeiros, apesar destes serem importantes na sua condição básica,
mas o bem-estar pressupõe mais que isso. Pressupõe o alcance de metas intrínsecas ao
indivíduo, e a realização profissional surge dentro desse contexto.
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BROOKS, S.K. et al. The psychological impact of quarantine and how to reduce it: rapid
review of the evidence. The Lancet, v. 395, n. 10227, p. 912-920, 2020.Disponível em:
<https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS01406736(20)30460-8/fulltext>.
PASCHOAL, T.; DEMO, G.; FOGAÇA, N.; PONTE, V.; EDREI, L.;
FRANCISCHETO, L.; ALBUQUERQUE, G. Bem-estar no trabalho: cenário dos estudos
brasileiros publicados na primeira década do novo milênio. In Conference 2012: Human
Resources, Business Ethics & Governance, Special Issue, Vol. 2 Proceedings TMS Int,
2013.