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Nesta perspectiva, vale realçar que estudos bem fundamentados acerca desta matéria
têm dado fortes indicativos que uma empresa que tenha um clima laboral onde se presta
especial atenção na qualidade de vida do trabalho, certamente, poderá contribuir para o
alívio de situações relacionadas ao stress, conflitos destrutivos, unir as pessoas em prol
dos objectivos da empresa, eliminar o máximo a fadiga e trazer, consequentemente
muita energia positiva.
Por estas e por outras somos levados a reflectir em torno dos diversos factores que
influenciam na qualidade de vida no trabalho na satisfação e bem-estar dos
trabalhadores da Área do Check in da TAAG, em Luanda. A preocupação emergiu após
a identificação da reclamação em off por parte de alguns funcionários que se mostravam
aparentemente insatisfeitos e agastados com as condições de trabalho colocadas ao seu
dispor e possivelmente com outras situações inerentes a empresa. Olhando para esta
afirmação, compreende-se que uma aposta mais séria e estratégica na qualidade de vida
do trabalho e consequentemente na satisfação dos trabalhadores. Isto sem contar com,
os outros atributos que contribuem significativamente, por exemplo, para a saúde física
e mental dos trabalhadores, fixando uma imagem positiva não só da própria empresa
como de todo pessoal que lá trabalha.
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Desta feita, ousadamente, pretendeu-se compilar informações de diversas fontes, sejam
elas escritas ou orais, capazes de enriquecer, ainda mais, a nossa pesquisa monográfica
e, consequentemente, o conhecimento parcial ou integral, sobre o assunto em debate.
Assim sendo, a discussão tornar-se desafiante devido aos diversos factores acima
referenciados, sendo por esse motivo e outros ainda por desvendar, um tema que nos
suscitou bastante curiosidade e interesse em explorá-lo apesar da exiguidade de
informações bibliográficas.
Problematização
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Problema de pesquisa
Hipóteses
Objectivos da pesquisa
Em lato senso, os objectivos são as finalidades e linhas que vão orientar a consecução
da pesquisa, bem como os resultados esperados com a realização do respectivo estudo.
Segundo Matos (2012, p.5), "o objectivo da pesquisa é descobrir uma resposta às
perguntas através do emprego do processo científico, isto é, aumentar a probabilidade
de que a informação obtida seja significativa para a pergunta proposta".
Tendo em conta a afirmação acima apresentada, compreende-se que os objectivos da
pesquisa são as finalidades e metas que se pretendem alcançar com/ou durante a
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elaboração de um trabalho, tarefa, operação. Nesta senda, para o presente trabalho de
pesquisa distinguem-se dois tipos de objectivos: geral e específicos.
Objectivo Geral
Objectivos Específicos
Delimitação
Justificativa
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tudo, analisar a influência da qualidade de vida no trabalho na satisfação e bem-estar
dos trabalhadores da área de Check in da empresa TAAG.
Metodologia da pesquisa
Quanto à natureza, utilizou-se uma pesquisa do tipo de pesquisa básica. Segundo que na
Zanella (2013, p.34), este tipo de pesquisa objectiva gerar conhecimentos novos para
avanços da ciência sem aplicação prática prevista.
Quanto à forma para se alcançar os objectivos da pesquisa, optou-se por uma pesquisa
descritiva. Segundo Gil (2006),
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qualidade de vida do trabalho com a melhoria do desempenho, aumento da
produtividade, baixa rotatividade de pessoal e consequentemente no aumento de
motivação e satisfação dos trabalhadores. Sem mencionar outros tantos benefícios que
podem advir.
Importa ressaltar que os dados com os quais se trabalhou nesta pesquisa foram
construídos a partir de várias obras académicas (livros, monografias, TCC, dissertações
de mestrados, teses de doutoramento), revistas científicas, artigos publicados na internet
e outras.
População
Para Matos (2012, p.62), "a população é o número ilimitado ou limitado, conhecido ou
desconhecido das pessoas que poderão ser observadas e contactadas pelo investigador".
Tendo em conta a perspectiva apresentada por estes dois autores, compreende-se que a
população refere-se habitualmente a totalidade de todos os sujeitos que poderão ser
observados e posteriormente estudados pelo pesquisador.
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Para o presente estudo, fizeram parte da população um total de 56 trabalhadores,
ocupando diversas funções, todos pertencentes à empresa TAAG-Linhas Àereas de
Angola.
Amostra
Amostragem
Estrutura da pesquisa
Terceira parte- Capítulo II. Apresentação da unidade em estudo, onde se fez a análise e
a interpretação dos dados, onde constam igualmente a conclusão da pesquisa e as
referências bibliográficas.
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CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para melhor compreensão sobre a temática em análise, neste capítulo achou -se
necessário definir primeiramente os principais termos e conceitos que merecem uma
atenção redobrada, a fim de servir de guia e bases de toda pesquisa, definindo os
seguintes termos: Atendimento ao cliente, Qualidade de atendimento, Cliente,
Funcionário e Crescimento Empresarial com base na perspectiva de renomados autores
que definiram ou conceituaram cada um destes termos acima apresentados e deram
igualmente outros contributos em torno desta mesma temática.
Segundo Pereira, Teixeira & Santos (2012, p.244), apesar de haver inúmeras definições,
não existe uma definição de qualidade de vida (QV) que seja amplamente aceita. Porém,
entendemos que o principal exemplo que pode ser citado é o conceito preconizado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) no qual refere que:
Num outro entendimento, Silva (2021, p.2), define a qualidade de vida como sendo:
o método utilizado para medir as condições de vida de um ser humano
ou é o conjunto de condições que contribuem para o bem físico e
espiritual dos indivíduos em sociedade. Envolve o bem espiritual,
físico, psicológico e emocional, além de relacionamentos sociais
(saúde, educação, poder de compra, habitação, saneamento básico; e,
outras circunstâncias da vida).
Numa compreensão simples, podemos entender que o termo qualidade de vida apesar de
ser complexo definir pelas razões acima adiantadas, ainda assim, há fortes indicativos
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que a mesma está muito relacionada a saúde, ambiente e, fundamentalmente com a
percepção do indivíduo de sua posição, no contexto da cultura e sistemas de valores nos
quais vive e em relação aos seus objectivos, expectativas, padrões e preocupações.
De acordo com Bowditch (2002, citado por Moreira, 2010, p.17), "a qualidade de vida
no trabalho refere-se ao grau de satisfação das necessidades pessoais que os membros
de uma organização conseguem atingir por meio de sua convivência nessa
organização".
Na óptica de Brunet (2016, p.19), a qualidade de vida no trabalho "é uma filosofia de
trabalho das organizações participativas, que buscam o desenvolvimento dos
trabalhadores, melhorar a dignidade do emprego e, por consequência, a eficiência e
eficácia organizacional".
Por sua vez, Sampaio (2012, citado por Leite, 2018, p.17), entende que "a QVT deve ser
ancorada em três conceitos principais: o humanismo, a participação do trabalhador no
processo decisório de gestão e a vivência do bem-estar".
De modo geral, o termo e conceito qualidade de vida no trabalho tem sido entendida
como sendo o acto de "sentir-se bem" no local de trabalho, condição esta influenciada
profundamente por um conjunto de factores que vão desde a saúde, integração social na
empresa, oportunidades de crescimento e segurança, o trabalho e o meio ambiente.
Assim, podemos compreender que a qualidade de vida e a qualidade de vida no trabalho
se influenciam reciprocamente.
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1.1.1.1.1. TRABALHO:
Segundo Liedke (1997, citado por Ramos, s/d., p.29), como categoria abstrata, o
trabalho pode ser entendido, estritamente, como esforço físico ou mecânico, como
energia despendida por seres humanos, animais, máquinas ou mesmo objectos movidos
por força da inércia.
Por sua vez, Brief e Nord (1990), definem o trabalho como sendo:
tudo aquilo que se faz para ganhar a vida, ou se é pago para fazer". A
função económica do trabalho, principalmente nas sociedades
ocidentais de economia capitalista, é sinónimo de emprego, e recebe
destacada atenção dos estudiosos, em comparação aos demais
significados do trabalho.
1.1.1.1.1.1. TRABALHADOR:
Em lato senso, compreende-se que a palavra trabalhador é um termo amplo que inclui
todo aquele que vive do seu trabalho – isto inclui o escravo, o servo, o artesão, o
prolectário. Refere-se fundamentalmente a todo aquele que, em troca de algum tipo de
remuneração, desenvolve algum tipo de trabalho, quer seja de forma independente e por
conta própria, quer seja integrado numa organização e sob as ordens desta. Em termos
jurídicos e fiscais, é considerado como trabalhador independente todo o trabalhador que
desenvolve o trabalho por conta própria, não estando dependente de qualquer estrutura
hierárquica e utilizando os seus próprios meios e instrumentos de trabalho. Como
trabalhador dependente é considerado todo aquele que está integrado numa equipa de
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trabalho ou organização, sob a dependência directa da estrutura hierárquica da
organização e utilizando os meios e instrumentos de trabalho pertencentes a essa mesma
organização.
1.1.1.1.1.1.1. SATISFAÇÃO:
Em consonância, Swan e Combs (1976, citados por Figueiredo, 2012, p.19), referem
que a satisfação está associada ao desempenho que supera as expectativas, enquanto a
insatisfação ocorre quando o desempenho é inferior às expectativas.
Na visão de Vala, Monteiro e Lima (s.d); Almeida (cit in Soares, 2007), citados por
Gonçalves (2017, p.31), o termo satisfação:
Para Bergamini & Coda (1997, citados por Brunet, 2016, p.38), a satisfação no trabalho
"é uma energia indirecta ou extrínseca, ligada a aspectos como salário, benefícios,
reconhecimento, chefia, colegas e várias outras condições que precisam ser atendidas no
ambiente de trabalho".
Por sua vez, Gonçalves (2017, p.31), entende que "a satisfação no trabalho é
considerada um estado emocional agradável resultante da avaliação que o indivíduo faz
do seu trabalho e resulta da percepção da pessoa sobre como este satisfaz ou permite a
satisfação dos seus valores importantes no trabalho".
Com base nos (5) cinco conceitos de satisfação acima apresentados, apesar de qualquer
divergência entre todos os autores citados, claramente sobressai em cada um deles a
existência das quatro componentes que compõem a satisfação, dentre elas: afectiva,
cognitiva, psíquica e social, incorporando ainda, um critério subjectivo, onde qualquer
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individuo se poderia sentir satisfeito em determinada situação e uma outra pessoa
ficaria insatisfeita.
Segundo França (2004, Moreira, 2010, p.22), considerando o conjunto e a natureza das
indagações acerca do tema, conceitos e abordagens, podem-se agrupar as dimensões sob
as quais o tema é abordado em escolas de pensamento. A autora apresenta uma
proposta sistematizada de classificação dessas escolas, assim definida: escola
socioeconómica, organizacional e condução humana no trabalho.
Escola Socioeconómica
De acordo com Giddens (1998, in: França (2004, citada por Moreira, 2010, p.22) os
princípios centrais desta escola estão assentes no princípio da igualdade social, na
protecção aos vulneráveis, na liberdade com autonomia, nos direitos com
responsabilidade, na autoridade com democracia e no pluralismo cosmopolita.
desenvolvimento da cidadania;
responsabilidade e projectos sociais;
igualdade com liberdade;
preservação do meio ambiente;
desenvolvimento sustentável.
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Escola Organizacional
De acordo com França (2004, citado por Moreira, 2010, p.23), QVT envolve uma
dimensão específica do local em que as relações de produção ocorrem. Trata-se de
reconhecer que grande parte dessas relações de trabalho, de suas práticas e valores,
nascem de experiências no chão de fábrica, dos processos de controlo da produção,
dos tempos e movimentos, evoluindo para qualidade total e critérios de excelência.
De acordo com França (2004, citado por Moreira, 2010, p.23), do conjunto de
contribuições da escola organizacional, destacam-se as seguintes características:
Na opinião de França (2004, citado por Moreira, 2010, p.24), a visão psicossocial está
fundamentada da seguinte forma: a) a dimensão biológica refere-se às características
físicas herdadas ou adquiridas ao nascer e durante toda a vida. Inclui metabolismo,
resistências e vulnerabilidades dos órgãos ou sistemas;
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seu modo de perceber e de posicionar-se diante das demais pessoas e das circunstâncias
que vivencia;
Segundo França (2004, citado por Moreira, 2010, p.24), para atender às peculiaridades
da cultura e do ambiente organizacionais, criou-se a dimensão organizacional, que se
referem às questões de imagem corporativa, inovação e tecnologia, sistema de controlo,
movimentações e registos, programas de treinamento e desenvolvimento e outras
actividades específicas das empresas.
França (2004, citado por Moreira, 2010, p.24), acredita que as dimensões
socioeconómicas, organizacionais e de condições humanas no trabalho devem conduzir
à definição de critérios, procedimentos metodológicos e metas de gerenciamento e à
definição da natureza dos resultados.
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uma delas tem resultado do esforço de buscar a explicação da satisfação no trabalho em
diferentes aspectos, a saber:
Na óptica de Morse in: Karpik (citado por Marinho, 1988, p.41), ao se postular uma
relação entre a expectativa psicológica do indivíduo, sem examinar as suas orientações,
sua posição social, e a situação dentro da qual ele actua não ajuda a explicar
completamente a satisfação do trabalhador.
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e a satisfação que resultaram daquele estudo não foram confirmadas
na amostra de trabalhadores franceses que ele próprio estudou.
Enquanto um alto grau de expectativas serviu como fonte de grande
insatisfação para trabalhadores da cidade, não o foi para os
trabalhadores rurais. Entre estes, pelo contrário, quanto mais alto o
grau de expectativas, maior foi a satisfação encontrada no trabalho, a
despeito dos seus reduzidos níveis de qualificação (Marinho, 1988,
p.44).
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individuais são identificadas para explicar a satisfação. (Marinho,
1988, p.43).
Por sua vez, Day e Jankey também apresentam as suas concepções teóricas sobre a
qualidade de vida no trabalho.
De acordo com estes dois autores, a classificação dos estudos sobre a qualidade de vida
no trabalho devem ser feitas por intermédio de quatro abordagens gerais: económica,
psicológica, biomédica e geral ou holística.
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Considerando a pesquisa sobre qualidade de vida, especialmente nos Estados Unidos,
num primeiro momento os indicadores económicos foram o parâmetro primordial para
se avaliar a qualidade de vida, em um segundo, foram analisados junto aos indicadores
sociais (Pereira, Teixeira & Santos, 2012, p.242).
Em conformidade com Day & Jankey (1996, citados por Pereira, Teixeira & Santos,
2012, p.242),
A abordagem psicológica: Day & Jankey (1996, citados por Pereira, Teixeira &
Santos, 2012, p.242), referiram que esta abordagem busca indicadores que tratam das
reacções subjectivas de um indivíduo às suas vivências, dependendo assim,
primeiramente da experiência directa da pessoa cuja qualidade de vida está sendo
avaliada e indica como os povos percebem suas próprias vidas, felicidade, satisfação.
No entanto, na percepção de Day & Jankey (1996, citados por Pereira, Teixeira &
Santos, 2012, p.242), o facto das abordagens psicológicas considerarem qualidade de
vida, somente enquanto um aspecto subjectivo à pessoa, desconsiderando o contexto
ambiental em que está inserida, é a principal limitação dessa linha de pensamento.
De acordo com Day e Jankey (1996), esta abordagem combinou múltiplos aspectos de
seis dimensões de análise, a saber:
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buscar esclarecer o quão bom é o ajuste da pessoa no ambiente em que
se está inserido.
As abordagens médicas: na compreensão de Minayo, Hartz & Buss (2000, citados por
Pereira, Teixeira & Santos, 2012, p.242), estes tipos de abordagens tratam,
principalmente, da questão de oferecer melhorias nas condições de vida dos enfermos.
Por sua vez, Gill & Feinstein (1994, citados por Pereira, Teixeira & Santos, 2012,
p.242), referem que:
Nesta parte do trabalho, com vista a elucidar os leitores, pretendeu-se fazer uma
abordagem sobre a Qualidade de Vida no Trabalho e suas Implicações na Vida dos
Trabalhadores.
Segundo Moreira (2010, p.17), nos anos 70, surgiu o movimento pela QVT, devido à
preocupação com a competitividade. Nessa época havia a tentativa de conciliar os
interesses dos empregados com os dos empregadores por meio de práticas gerenciais
que reduzissem os conflitos.
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A origem da QVT pode ser encontrada no longínquo pós-guerra, como
consequência da implantação do Plano Marshall para a reconstrução
da Europa. (Vieira, 1993). Sua trajectória tem passado por vários
enfoques. Uns enfatizam aspectos da reacção individual do
trabalhador às experiências de trabalho na década de 60; outros dão
ênfase aos aspectos de melhoria das condições e ambiente de trabalho,
visando à maior satisfação e produtividade na década de 1970.
(RODRIGUES, 1994 citado por Moreira, 2010, p.19).
Em torno desta temática, Leite (2018, p.14), entende que "a qualidade de vida no
trabalho é essencial para que os trabalhadores desenvolvam o seu melhor potencial e
atinjam o seu melhor desempenho". Nesta perspectiva,
Na compreensão de Miranda (2009, p. 66), "a busca pela qualidade de vida vai além de
oferecer para os empregados um alto salário ou a ocupação de um cargo importante".
20
ambiente físico, aspectos ergonómicos e assistenciais). (Miranda,
2009, p. 66).
Em conformidade com Bergeron (1972, in: Fernandes; Gutierrez, 1988, citados por
Leite, 2018, p.17),
21
Por essas e por outras, Leite (2018, p.14), afirma categoricamente que actualmente, a
avaliação que o indivíduo faz acerca da sua qualidade de vida depende fortemente da
avaliação de suas experiências laborais, uma vez que o trabalho tem sido cada vez mais
valorizado na contemporaneidade, assumindo papel central na vida das pessoas.
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factores estiverem apropriados, as pessoas não ficarão insatisfeitas
(Fraga, 2017, p. 8).
No que tange aos factores motivacionais, o mesmo autor refere que são intrínsecos.
Referem-se aos sentimentos de auto-realização e reconhecimento, ao conteúdo do cargo,
às tarefas e aos deveres relacionados com o cargo em si. Se presentes, causam
satisfação. Se ausentes, deixam de causar satisfação, mas não chegam a causar
insatisfação. Estes factores estão relacionados com as necessidades secundárias da
pirâmide de Maslow (Delgado, 2011, p. 15). "Estão relacionados com o cargo ocupado
pelo empregado e abrange: reconhecimento e oportunidade de progresso profissional,
responsabilidade e realização e levam os funcionários de estados de não satisfação ao
estado de satisfação" (Fraga, 2017, p. 8).
De acordo com Maximiano (2000 citado por Miranda, 2009, p. 20), a base da Teoria
dos dois factores é a premissa de que, em situações de trabalho, somente os factores
intrínsecos produzem a satisfação, os factores extrínsecos influenciam apenas o estado
de satisfação com as condições dentro das quais o trabalho é realizado, eles reduzem a
insatisfação. Portanto, de acordo com essa teoria é a combinação de ambiente e
conteúdo do trabalho que faz funcionar o motor interno, um sem o outro tende ser
ineficaz. O principal aspecto é a proposição de que a satisfação e a insatisfação não são
extremos opostos de um mesmo contínuo, mas dois processos diferentes influenciados
por diferentes factores.
Em busca de outro entendimento sobre esta temática, Brázio (2016, p.20), defende que
a qualidade de vida tem fortes implicações na satisfação no trabalho
uma vez que as pessoas são o recurso mais importante de qualquer
organização, tendo presente que se movem por conceitos associados
aos valores, assumem atitudes e a forma como interagem com os
outros, pode ou deriva precisamente da forma como são tratadas.
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Num plano semelhante, Locke (1976, in: Ana Amorim, 2012, citada por Brunet, 2016),
refere que
Em concordância, Apolinário (2011, citado por Brázio, 2016, p.20), salienta que “níveis
de satisfação elevados são susceptíveis de gerar, por parte dos trabalhadores, laços de
maior lealdade para com a empresa, maior identificação com os objectivos da mesma e
empenhamento acrescido no trabalho. Baixa satisfação, pelo contrário, pode implicar
níveis acrescidos de absentismo, abrandamento nos ritmos de trabalho, maior rotação de
pessoal e acréscimo de conflitualidade”.
Por isso, resultante de inúmeros estudos e abordagens científicas na matéria, certo é que
as relações encontradas entre a satisfação e suas consequências carecem de confirmação
casual. Assim, Spector (1997, citado por Brázio, 2016, p.20), inclina-se para a
expressão “… potenciais efeitos da satisfação no trabalho”.
De modo geral, podemos compreender que o trabalho tem de facto uma implicação
directa na vida do trabalhador, em particular na satisfação no trabalho, na medida em
que se apresenta como sendo um conjunto de sentimentos e crenças das pessoas sobre o
seu actual trabalho. Assim sendo, além de terem atitudes sobre o seu trabalho como um
todo, as pessoas podem também ter atitudes sobre os vários aspectos do seu trabalho
– como o tipo de trabalho que fazem, os seus colegas, os seus supervisores, os seus
subordinados ou pagamento.
Vale realçar que o intuito deste subtema não é esgotar ou aprofundar esta temática, nem
tão pouco meramente oferecer respostas objectivas e taxativas a estas questões, mas, a
partir delas, delinear alguns subsídios, criando condições de fomento e abrindo novas
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possibilidades para um diálogo profícuo, primeiramente em torno destes determinantes,
em segundo plano, na melhoria da qualidade de vida no trabalho e dos trabalhadores.
Assim, propomos uma reflexão teórica a partir da relação entre os quatro elementos
convocados para este debate: qualidade de vida no trabalho, bem-estar, satisfação e
aumento da produtividade individual. Assim sendo, dentre os vários autores que
abordaram esta temática, abordaram apenas os factores determinantes na perspectiva de
Fernandes, sem desprimor dos outros estudos e autores. Apenas por conveniência.
Segundo Fernandes (1996, citado por Moreira, 2010, p.27), existe uma pluralidade de
factores que afectam a qualidade de vida no trabalho e consequentemente a satisfação
dos trabalhadores de forma individual ou colectiva. São eles os seguintes:
Apoio sócio-emocional
Orientação técnica
Igualdade de tratamento
Gerenciamento pelo exemplo
Criatividade
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Expressão pessoal
Repercussão de idéias dadas
Educação/conscientização
Orientação para as pessoas
Responsabilidade comunitária
Nesta perspectiva, Moreira (2010, p.28), entende que os factores determinantes acima
apresentados demonstram que a QVT-Qualidade e Vida no Trabalho está relacionada
com aspectos profissionais, tais como o cargo que a pessoa ocupará e
comportamentos importantes para a produtividade individual.
Um dos estudos mais antigos que demonstra esta realização foi desenvolvido pelo
psicólogo norte americano e pioneiro na teoria do estabelecimento de metas, Ewin A.
Locke.
Assim sendo, na visão e percepção de Locke (1976, citado por Brázio, 2016, p.20),
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satisfação no trabalho é uma das áreas mais estudadas pelo facto de se
associar a ideia de que uma satisfação no trabalho elevada conduz a
um aumento da produtividade, a um baixo absentismo e uma baixa
rotatividade, e ainda, a um comprometimento dos trabalhadores para
com as organizações.
Santos (2012, p.1), defende que um dos grandes desafios da Gestão de Recursos
Humanos é conseguir maximizar o desempenho e qualidade de vida dos seus
trabalhadores. Para ultrapassar com sucesso este desafio as organizações devem
conseguir manter os seus trabalhadores satisfeitos.
Em concordância, Kovács & Morin (citados por Gonçalves, 2017, p.31) referem que,
De acordo com Leite (2018, p.22), existe uma estreita relação entre a produtividade,
satisfação e a qualidade de vida no trabalho. Pois, se assim não fosse, aumentariam
provavelmente os problemas que são potencialmente geradores de mal-estar no contexto
de trabalho. Defende, assim, que a produtividade é consequência da QVT, mas não pode
ser o objectivo que move suas acções.
27
Na óptica e compreensão do mesmo autor,
Assim, é possível dizer que a qualidade de vida no trabalho vai adquirindo ao longo dos
anos o importante conceito globalizante, buscando enfrentar questões ligadas à
produtividade, satisfação e à qualidade total (Moreira, 2010, p.20).
28
1.6. Os principais factores que afectam negativamente à qualidade de vida no
trabalho
Por intermédio da revisão bibliográfica efectuada, foi possível identificar e saber que
existem vários factores susceptíveis de afectarem negativamente à qualidade de vida no
trabalho. Nesta perspectiva, dentre os diversos autores que abordaram esta temática,
foram destacados apenas dois deles: Chiavenato (2009) e Pinto (2008), não por serem
os melhores. Longe disso! Apenas por terem sido os escolhidos para o desenvolvimento
deste subtema dentre os demais.
Por sua vez, Chiavenato (2009, p.123), afirma que diversos são os factores que afectam
negativamente à qualidade de vida no trabalho nas empresas. Dentre eles destacam-se:
A Higiene do trabalho;
Condições ambientais e de trabalho (condições ambientais de trabalho,
condições de tempo e condições sociais);
Baixa ou fraca iluminação;
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Ruído;
Temperaturas muito altas ou muito baixas;
Umidade, etc.
Deste modo, fica claro que existem de facto múltiplos factores, que de forma isolada ou
combinada, apresentam-se como sendo os principais factores que afectam
negativamente à qualidade de vida no trabalho, comprometendo seriamente a
produtividade, motivação, desempenho e satisfação dos trabalhadores.
A qualidade de vida no trabalho tem sido apontada como um dos principais pilares do
aumento de produtividade, competitividade, sucesso e satisfação nas empresas.
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De modo geral, podemos dizer que a qualidade de vida no trabalho na satisfação e bem-
estar dos trabalhadores das empresas, em particular da TAAG é de suma importância,
primeiramente porque a qualidade de vida no trabalho e na satisfação e bem-estar,
incide essencialmente sobre os trabalhadores da referida empresa. Estes por sua vez,
tendem a reflectir nas suas acções durante o exercício das suas actividades laborais. Ou
seja, quando a qualidade de vida no trabalho dos funcionários está comprometida, há
grande probabilidade dos mesmos não desempenharem as suas actividades com o
profissionalismo e zelo que se exige, sendo capazes de transferir as suas frustrações,
desmotivações ou insatisfações aos passageiros, colegas ou até mesmo na liderança.
Relembrando que trata-se de um grupo de funcionários que tem a missão de fazer a
verificação das condições de embarque de todos os passageiros que queiram viajar de
Angola para o exterior ou do exterior para Angola.
Por intermédio do estudo/pesquisa de campo que foi feita dentro das instalações da
TAAG-Linhas Aéreas de Angola, em particular, na área de Check in, foi possível traçar
algumas propostas estratégicas para a melhoria da qualidade de vida nesta mesma área.
Todas elas foram apresentadas em formas de acções dirigidas, em primeira instância,
para a chefia e/ou liderança da mesma empresa, e em segunda, para os trabalhadores da
área em questão onde foi feita a recolha dos dados.
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d) Promover constantemente a discussão em torno da Qualidade de Vida no
Trabalho como parte integrante da gestão estratégica, com a participação activa
dos trabalhadores.
e) Adoptar mecanismos bastante eficazes na identificação de baixa satisfação ou
motivações, analisar as necessidades e expectativas de cada indivíduo, bem
como as situações que estão em constante transformação na empresa.
f) Abordar a temática da qualidade de vida no trabalho em todos os
Departamentos, Secções ou Áreas como um assunto multisectorial, uma vez que
engloba todas as esferas da vida humana.
g) Introduzir os métodos participativos no seio dos trabalhadores, visando
modificar um ou vários aspectos do meio ambiente de trabalho, a fim de criar
uma nova situação, mais favorável à satisfação dos mesmos na empresa.
h) Analisar a Qualidade de Vida no Trabalho e sua influência na satisfação dos
trabalhadores como sendo uma preocupação de empregadores e uma exigência
dos empregados, que buscam estabelecer uma relação de ganha-ganha no âmbito
organizacional e do trabalho.
i) Escolher sempre que possível a comunicação assertiva entre chefia/liderança-e
os trabalhadores, por ser a melhor forma de comunicação.
Tal como foi adiantado acima, a qualidade de vida no trabalho não é algo que dependa
unicamente de uma única pessoa, um único grupo de pessoas, ou classe, seja ela do top
a base. É resultado da combinação de vários esforços, envolvendo a liderança (na
condição de chefes) e os liderados na qualidade de trabalhadores.
Neste sentido, de acordo aquilo que foi possível lermos sobre esta matéria e a pesquisa
de campo que foi feita na empresa em questão, apresentamos as seguintes acções para
os trabalhadores da área de Check in da TAAG-Linhas Aéreas de Angola:
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d) Levâ-los através de acções práticas a exercitar a sua mente de modos a terem uma
boa saúde mental no exercício das suas funções e fora delas.
e) Adoptar estratégias eficazes que podem evitar os impactos emocionais como o stress,
depressão e outros transtornos psicológicos capazes de afectar a sua satisfação.
h). Crie e sugira soluções - busque, junto à chefia/liderança, da sua equipa de trabalho
ou colegas, soluções criativas para a melhoria do seu trabalho. Lembre-se: você é o
ouvido da empresa.
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CAPÍTULO II. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
Visão:
A nossa meta é 0 acidentes, em primeiro lugar a segurança pois os acidentes podem ser
evitados. Toda companhia desde a gestão de topo está comprometida e exerce essa
missão diariamente.
Valores:
Missão:
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a próxima oportunidade de um homem de negócios ou futuro emocionante de
um jovem.
Não importa o quão rápido ou longe nos movemos, o horizonte permanece fora
do alcance, convidando-nos a expandir os nossos limites. Fazemos do horizonte
o nosso objectivo; inspirar uma nova geração a navegar no desconhecido com
esperança.
Convidar o mundo a descobrir o que é a África, seremos o conector que permite
ao mundo realizar o seu verdadeiro potencial. Tornar-nos-emos o recipiente
através do qual as paixões são exploradas.
Estamos prontos para inspirar o mundo com a nossa energia, porque na TAAG,
nós fazemos os sonhos voar.
Somos a companhia aérea nacional de Angola e a porta de entrada para África. A
nossa experiência e equipa de longa data prometem qualidade, fiabilidade e
cuidado.
No que toca aos recursos humanos, a empresa até o ano de 2021, contava com cerca de
2.759 trabalhadores desempenhando vários cargos e funções. No entanto, devido a
actual política de restruturação e/ou reforma existente na empresa é provável que este
número tenha reduzido significativamente. À empresa possui cerca de 19 aeronaves,
desde os mais antigos aos mais novos, com especial destaque aos Boeing 707, Boeing
777-300ER, Boeing 737-200, Boeing 747-300, Lockheed L-1011, Ilyushin II 62,
Yakovlev Yak-40 entre outros.
35
2.3. Apresentação e interpretação dos dados
a)-Masculino 14 46,6
b)-Feminino 16 53,3
Total 30 100%
Fonte: Dados do questionário.
Gráfico 1- Distribuição dos inquiridos de acordo o género
a) Masculino;
46,6%
53,3%
b) Feminino;
36
Tabela 2- Distribuição dos inquiridos segundo a função que desempenham.
a) TTAT-Técnico de Tráfego e
Assistência em Terra
100%
37
Tabela 3-Distribuição dos inquiridos segundo o tempo de serviço na instituição.
a)-Menos de 1 ano. 3 10
b)-De 1 a 6 anos. 9 30
c)-De 7 a 12 anos. 9 30
d)-Mais de 12 anos . 9 30
Total 30 100%
Fonte: Dados do questionário.
c) De 7 a 12 anos.
Com menor percentagem de 10%, são os trabalhadores com o tempo de serviço menor
de 1 ano na instituição, em particular, na área do Check in. Provavelmente estes
trabalhadores ainda estão no período probatório que de acordo a LGT-Lei Geral de
Trabalho n.º 7/15 (ainda em vigor no país, não obstante ter sido aprovada recentemente
um nova lei) é de 5 anos, para avaliar o desempenho do trabalhador antes da ocupação
efectiva e o enquadramento permanente na função pública. Antes disso, são apenas
considerados agentes públicos, e não propriamente funcionários públicos.
38
Tabela 4-Gostas de trabalhar nesta empresa?
a)-Sim! 26 86,6
b)-Não! 0 0
c)-Prefiro não responder. 4 13,3
Total 30 100%
Fonte: Dados do questionário.
Gráfico 4- Gostas de trabalhar nesta empresa?
13,3%
a) Sim!
0,0%
b) Não!
86,6%
Com menor percentagem de 13,3%, representa o grupo de trabalhadores que por alguma
razão desconhecida, preferiram não responder a esta questão. Infelizmente muitos
trabalhadores por temer algum tipo de ameaças ou represálias por parte da entidade
empregadora, que pode partir de uma simples medida disciplinar até um eventual
despedimento, preferem manter-se omissos em diversos assuntos. Não se sabe ao certo
se este seja de facto o caso. No entanto, esta percentagem de trabalhadores que
preferiram não responder, até certo ponto, deve constituir uma preocupação
principalmente para os gestores empresariais e de RH desta mesma empresa.
39
Tabela 5- Você se sente devidamente valorizado e reconhecido pelo seu trabalho na
TAAG?
a)-Sim! 10 33,3
b)-Não conforme gostaria. 8 26,6
c) Até certo ponto. 9 30
d)-Prefiro não responder. 3 10
Total 30 100%
Fonte: Dados do questionário.
Gráfico 5- Você se sente valorizado e reconhecido pelo seu trabalho na TAAG?
10% a) Sim!
33,3%
b) Não conforme gostaria.
30%
26,6% c) Até certo ponto.
Com menor percentagem de 10%, corresponde aos trabalhadores que disseram que
preferem não responder esta mesma pergunta. Nota-se que por alguma razão,
aparentemente justificada, os trabalhadores mostraram-se "desconfortáveis" ou
"inseguros" na hora de responder determinadas questões, sendo esta uma delas. Mais
uma vez, tais respostas chamaram a nossa atenção e devem preocupar os gestores desta
mesma organização empresarial. Porque, provavelmente, algo de errado se passa.
40
Tabela 6- Como se sente em relação às condições de trabalho que a empresa oferece?
6,6% 0,0%
a) Satisfeito!
b) Muito satisfeito!
50%
c) Mais ou menos satisfeito.
43,3%
d) Insatisfeito!
41
Tabela 7- Já pensaste em se mudar desta área devido à qualidade de vida no
trabalho?
7 23,3
a) Sim. Várias vezes .
Total 30 100%
Fonte: Dados do questionário.
42
Tabela 8- Se tivesses que descrever o seu nível de satisfação a trabalhar nesta área
da empresa, qual seria?
a) Alto.
16,6%
33,3%
0,0% b) Baixo.
c) Médio.
6,6% d) Péssimo.
43,3%
e) Excelente.
Na tabela e gráfico nº8, percebeu-se com maior percentagem de 43,3% que o nível de
satisfação relatado dos inquiridos é médio. Compreende-se que o nível de satisfação
médio por parte dos trabalhadores deve remeter a entidade empregadora a pensar apesar
de não estar assim tão bem do ponto de vista de qualidade de vida no trabalho, também
não está tão mal. No entanto, não deve se acomodar. Antes pelo contrário, deve sempre
que possível procurar melhorar a percepção e satisfação dos trabalhadores.
43
Tabela 9- Será que a vossa empresa possui políticas e programas de benefícios,
bem- estar e qualidade de vida no trabalho?
a)-Sim, tem! 12 40
b)-Não tenho conhecimento. 14 46,6
c)-Prefiro não responder. 4 13,3
Total 30 100%
Fonte: Dados do questionário.
Gráfico 9-Será que a vossa empresa possui políticas e programas de benefícios,
bem-estar e qualidade de vida no trabalho?
13,3%
a) Sim, tem!
40%
Na tabela e gráfico nº 9, notou-se com maior percentagem de 46,6%, que grande parte
dos trabalhadores nã têm conhecimento sobre a existência de políticas e programas de
benefícios, bem-estar e qualidade de vida no trabalho. De acordo com Moreira (2010,
p.28), independentemente de existir uma política e programas de benefícios, bem-estar e
qualidade de vida no trabalho, nem sempre os benefícios e programas ofertados são
suficientes para atender as perspectivas e os desafios imaginados pelos idealizadores,
ou seja, essas organizações precisam transformar a QVT em ferramenta gerencial
efectiva.
44
Tabela 10- Você sente que a empresa se preocupa com a sua saúde física e mental?
a)-Sim! 6 20
b)-Não! 8 26,6
c)-Talvez! 9 30
d)-Prefiro não responder 7 23,3
Total 30 100%
Fonte: Dados do questionário.
Gráfico 10- Você sente que a empresa se preocupa com a sua saúde física e mental?
a) Sim!
23,3% 20%
b) Não!
26,6%
30% c) Talvez!
Com menor percentagem de 20%, corresponde aos trabalhdores que dizem que a
empresa se preocupa de facto com a sua saúde física e mental. Segundo Chiavenato
(1999 citado por Moreira, 2010, p.27) a qualidade de vida no trabalho inclui um
conjunto de normas e procedimentos que visam também à protecção da integridade
física e mental do trabalhador, prevenindo-o de riscos contra a saúde.
Desta feita, compreende-se que as empresas que cumprem com tais orientações,
certamente, podem ter trabalhadores mais produtivos, satisfeitos e menos absentismos.
45
Tabela 11- Nesta empresa, será que você sente que tem oportunidades de
crescimento e desenvolvimento profissional?
50%
c) Talvez!
Na tabela e gráfico nº 11, destacou-se com maior percentagem de 50%, que grande parte
dos trabalhadores inquiridos sentem e reconhecem que têm de facto oportunidades de
crescimento e desenvolvimento profissional nesta empresa. De acordo a literatura
existem relações explícitas entre a qualidade de vida no trabalho, satisfação e o
contexto do trabalho (que inclui a oportunidade ou possibilidades de crescimento
profissional).
46
Tabela 12- Em termos de realização profissional como se sente?
6,6%
a) Realizado.
23,3%
d) Pouco realizado.
Na tabela e gráfico nº 12, verifica-se com uma percentagem de 46,6%, que em termos
de realização profissional, grande parte dos trabalhadores que constituíram a presente
amostra sentem-se realizados. O sentimento de realização profissional é fruto de muita
experiência e longos anos de trabalho.
47
Tabela 13- Quais das opções abaixo descritas podem aumentar significativamente a
sua satisfação no trabalho?
3,3%
a) Melhor Salário.
10%
b) Reconhecimento.
50%
23,3%
c) Crescimento Profissional.
13,3%
d) Estabilidade no Emprego.
e) Formação.
Na tabela e gráfico nº13, percebeu-se com maior percentagem de 50%, que grande parte
dos trabalhadores inquiridos que participaram no presente estudo, que o aumento do
salário pode aumentar significativamente a sua satisfação no trabalho. Compreendemos
claramente que um aumento salarial satisfatório, que configure uma remuneração
compatível às funções pode, certamente, contribuir para a melhoria da produtividade
dos trabalhadores da área de Check in como de outras áreas, sectores ou departamentos
da TAAG.
Com menor percentagem dos 3,3% os trabalhadores inquiridos quase que excluem a
formação como sendo um factor que pode aumentar significativamente a sua satisfação
no trabalho. No entanto, não se pode negar que quando o trabalhador possui uma
formação adequada e compatível com as suas funções, há maior probabilidade de
satisfação e melhoria na sua qualidade de vida no trabalho e resposta aos desafios
inerentes ao exercício das suas actividades laborais.
48
Tabela 14-Levando em consideração os factores atrás mencionados como se sente em
trabalhar nesta empresa?
0,0% 0,0%
a) Satisfeito!
d) Insatisfeito!
0,0%
e) Muito insatisfeito.
Com menor percentagem de 33,3%, corresponde aos trabalhadores que sentem-se mais
ou menos satisfeitos. Ou seja, nem muito satisfeitos, nem pouco satisfeitos, mostrando
que têm uma percepção equilibrada sobre a empresa. Presumivelmente grande parte
destes trabalhadores sentem que poderiam ser muito mais reconhecidos e valorizados
pelos anos de serviço dentro desta mesma empresa.
49
Tabela 15-Em sua opinião, que influência tem a qualidade de vida no trabalho na
satisfação e bem-estar dos trabalhadores da TAAG?
Gráfico 15-Em sua opinião, que influência tem a qualidade de vida no trabalho na
satisfação e bem-estar dos trabalhadores da TAAG?
a) Influencia profundamente no
engajamento e satisfação dos
trabalhadores.
23,3%
50
Na tabela e gráfico nº 15, verificou-se com maior percentagem de 50%, que na opinião
da maior parte dos trabalhadores inquiridos, a qualidade de vida no trabalho tem uma
grande influência na satisfação e bem-estar dos trabalhadores da área do Check in da
TAAG na medida em que a mesma influencia profundamente no engajamento e
satisfação dos trabalhadores.
Segundo Sousa (2012), apesar da remuneração ser a principal razão pela qual um
indivíduo procura um trabalho, dado que esta atende à necessidade mais básica da vida
das pessoas. Porém, a felicidade de um trabalhador não depende apenas do salário, mas
também da qualidade de vida no trabalho, da vida familiar, das relações interpessoais
com os colegas de trabalho e do reconhecimento pelo trabalho.
Com menor percentagem de 23,3% correspondem aos trabalhadores que afirmaram que
a qualidade de vida no trabalho tem uma grande influência porque melhora
significativamente a saúde física e mental, o desempenho, produtividade, combate o
absentismo e o presentismo no meio dos trabalhadores.
51
CONCLUSÃO
52
compreensão dos participante deste estudo que constituíram a presente amostra, a
qualidade de vida no trabalho é de facto um aspecto fundamental para se ter uma boa
saúde física e mental, aumentar o desempenho, produtividade, combater o absentismo e o
presentismo no meio dos trabalhadores.
A Qualidade de Vida no Trabalho deve ser considerada, sempre que possível, parte
integrante da gestão estratégica dos gestores empresariais e de RH.
Constatou-se que grande parte dos inquiridos não se sente devidamente valorizado e
reconhecido pelo trabalho que desempenha na área de Check in da empresa TAAG (Ver
tabela e gráfico 5).
Observou-se que quanto às condições de trabalho que a empresa oferece, grande parte
dos inquiridos sente-se satisfeitos. Enquanto quase o mesmo número, manifestou
estarem mais ou menos satisfeitos, e um grupo mais reduzido, assumiu estar insatisfeito
(Ver tabela e gráfico 6).
A maior parte dos inquiridos já pensou em se mudar da área de check in para outras
áreas, sectores ou departamentos da mesma em busca de melhor qualidade de vida no
trabalho (Ver tabela e gráfico 7).
53
Verificou-se que 43,3% dos trabalhadores inquiridos declararam estar com um nível de
satisfação médio. Ou seja, nem alto, nem baixo (Ver tabela e gráfico 8).
Constatou-se que mais de 46,6% dos trabalhadores, não tem conhecimento se a empresa
possui de facto políticas e programas de benefícios, bem-estar e qualidade de vida no
trabalho (Ver tabela e gráfico 9).
Observou-se que mais de 30% dos trabalhadores não sabem ou têm dúvidas se a
empresa se preocupa de facto com a saúde física e mental dos seus funcionários (Ver
tabela e gráfico 10).
Verificou-se que 50% dos trabalhadores sente e acredita que tem oportunidades de
crescimento e desenvolvimento profissional estando a trabalhar nesta empresa (Ver
tabela e gráfico 11).
54
SUGESTÕES
Que haja maior investimento na Qualidade de Vida no Trabalho nas diversas áreas,
sectores ou departamentos que compõem a empresa TAAG.
Que haja um estudo mais aprofundado que permita identificar as razões que levam
muitos dos trabalhadores da área de Check in a pensar em mudar de área de trabalho.
Que haja maior consciência sobre os esforços que a direcção da empresa tem feito para
proporcionar aos seus trabalhadores as condições possíveis para o bom desempenho das
suas funções.
55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bruce, A. (1952). Como motivar sua equipe: 24 dicas para criar um ambiente de
trabalho divertido e estimulante. Tradução de Eduardo Refkalefsk (2006), Rio de
Janeiro: Sextante.
Lei Geral de Trabalho (LGT), Lei n.º 7 de 15 de Junho, 2 ed., Editores Plural, 2015.
Liedke, E.R. (1997). Trabalho (verbete). In: Cattani, A.D.(Org.) Trabalho e Tecnologia:
dicionário crítico. Petrópolis: Vozes.
56
Matos, V.S. (2012), Metodologia da Investigação em Educação. Material de Apoio à
Elaboração do Projecto de Investigação e do Trabalho de Fim do Curso, 8.ª ed. interna,
Luanda: ISCED-Luanda.
Pereira, E.F., Teixeira, S.S. & Santo, A. (2012). Qualidade de vida: abordagens,
conceitos e avaliação. Artigo. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.26, n.2,
p.241-50, Abr./Jun.
Pinto, J.M. (2008). Gestão da Qualidade. Manual do Formando. Versão – 02. Leiria:
ISLA.
Ramos, Marise Nogueira (s/d). Conceitos Básicos sobre o Trabalho. Artigos. 27-56.
Disponível em https://www.arca.fiocruz.br.com, Acessado em 13/01/2024, pelas
12h:18min.
Robert, A.F. (1990). Metodologia de Investigação Científica, 3.ª ed., São Paulo: Editora
Manole, Barueri.
57
Santos, B. (2012). Satisfação no Trabalho. O caso de um Banco. Dissertação de
mestrado. Setúbal: Instituto Politécnico de Setúbal.
Saveia, J. (2009). Psicologia organizacional e do trabalho. São Paulo: Casa das ideias.
58
APÊNDICE
59
QUESTIONÁRIO
Prezado (a)!
É com enorme prazer que submetemos o presente questionário para sabermos a sua
percepção sobre a Qualidade de Vida do Trabalho. Estudo de Caso: TAAG, em
Luanda, no Ano de 2023. Os dados colhidos servirão unicamente para fins
académicos, com a explícita pretensão de elaborar uma monografia que permitirá obter
o grau de Licenciado(a) em Gestão de Recursos Humanos. A sua participação é muito
valiosa. As respostas são confidenciais e serão utilizadas apenas para fins estatísticos.
Contamos com a sua inteira colaboração. Para tal, responda com a maior transparência e
clareza possível as questões que se seguem, assinalando com (X) numa única opção que
corresponder a sua opinião. Muito obrigado(a)!
____________________________________________________________________ ( )
2. QUESTÕES FUNDAMENTAIS
2.2. Você se sente valorizado e reconhecido pelo seu trabalho na área de Check in?
a) Sim ( ) b) Não conforme gostaria( ) c) Até certo ponto( ) c) Prefiro não responder ( )
60
2.5. Se tivesses que descrever o seu nível de satisfação a trabalhar nesta área da
empresa, qual seria?
2.6. Será que a vossa empresa possui políticas e programas de benefícios, bem-
-estar e qualidade de vida no trabalho?
2.8. Nesta empresa, será que você sente que tem oportunidades de crescimento e
desenvolvimento profissional?
a) Penso que sim ( ) b) Acho que não ( ) c) Talvez ( ) d) Prefiro não responder ( )
2.10. Quais das opções abaixo descritas podem aumentar significativamente a sua
satisfação no trabalho?
61 2023
Luanda,
ANEXOS
62