Você está na página 1de 24

MÉTODOS NUMÉRICOS

PARA ENGENHARIA

REVISÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E


MATEMÁTICA

Profª Drª Polliana Cândida Oliveira Martins.


2021/1
Engenharias– FGA UnB
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - Revisão

• Funções
• Derivada
• Integral
• Vetores
• Matrizes
• EDO
• Series de Taylor
Funções
250
 É uma relação/associação de números. 200

y - Dependente
150

100

50

 Uma função escrita como y = f(x) associa um número 0


0 5 10
x - Independente
15
y (variável dependente) a cada valor de x (variável
independente)
 Independente=tem-se a liberdade de escolher/definir o Variável
Variável
valor de entrada da função. Dependente
Independente x
y=f(x)=2x2
 Dependente= resultado de saída da função para o
1
valor de entrada selecionado 2
2 8
3 18
 Domínio: faixa de valores que x pode assumir; 4 32
 Imagem: faixa de valores correspondentes de y; 5 50
Funções
 Limite de uma função:
 Se o valor da função f(x) tende ao valor “K” a medida que x tende ao valor de
“a” tanto pela direita quanto pela esquerda, define-se “K” como o limite de f(x)
quando x tende ao valor “a”.
lim 𝑓 𝑥 = 𝑓 𝑎 = 𝐾
𝑥→𝑎

 Continuidade de uma função


1) 𝑓(𝑎) existe
2) lim 𝑓(𝑥) existe
𝑥→𝑎
3) lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑎) existe
𝑥→𝑎
Funções
 Teorema do Valor Intermediário

 Se 𝑓 𝑥 é contínua em um
intervalo fechado 𝑎, 𝑏 , então
existe pelo menos um número 𝑐
tal que 𝑓 𝑐 = 𝑀
Derivada
 Para 𝑦 = 𝑓(𝑥), a derivada de uma função em
um ponto 𝑎 é definida matematicamente por:


𝑑𝑦 𝑓 𝑥 − 𝑓(𝑎)
𝑓 𝑎 = 𝑎 = lim
𝑑𝑥 𝑥→𝑎 𝑥−𝑎
Derivada
 Derivadas de ordem 2 ou maior
𝑑𝑓(𝑥) 𝑑𝑦
◼ 𝑓′ 𝑥 = 𝑦′ 𝑥 = =
𝑑𝑥 𝑑𝑥
′′ ′′ 𝑑 𝑑𝑓(𝑥) 𝑑 𝑑𝑦 𝑑2 𝑦
◼ 𝑓 𝑥 =𝑦 𝑥 = = =
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 2
𝑑 𝑑 𝑑𝑓(𝑥) 𝑑 𝑑 𝑑𝑦 𝑑3 𝑦
◼ 𝑓 ′′′ 𝑥 = 𝑦 ′′′ 𝑥 = = =
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 3

 Derivadas parciais mistas de f(x, y) ( funções com duas ou mais


variáveis independentes

 Diferencial total
Derivada
 A Regra da Cadeia
 se y = f(u), onde u = g(x), então y = f(g(x)) também é derivável e a seguinte regra da cadeia
pode ser aplicada:
𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑢
=
𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥
 Teorema do valor médio para derivada
 se f(x) é uma função contínua no intervalo fechado [a, b] e derivável no intervalo aberto (a, b),
então existe um número c dentro do intervalo, c ∈ (a, b), tal que:

𝑑𝑦(𝑐) 𝑓 𝑏 − 𝑓(𝑎)
𝑓′ 𝑐 = =
𝑑𝑥 𝑏−𝑎
Integral
 A Integral Indefinida
 É o inverso da derivada (antiderivada).
𝑑𝑓(𝑥)
Para 𝑔 𝑥 =
𝑑𝑥
𝑑𝑓(𝑥)
𝑓 𝑥 = න 𝑔 𝑥 𝑑𝑥 = න 𝑑𝑥
𝑑𝑥

 A Integral Definida
 É um número, e existe em um intervalo
fechado 𝑎, 𝑏
𝑏 𝑛

𝐼 = 𝑓 𝑥 = න 𝑔 𝑥 𝑑𝑥 = lim ෍ 𝑓 𝑐𝑖 ∆𝑥𝑖
∆𝑥𝑖 →0
𝑎 𝑖=1 Soma de Riemann =é igual à área
sob a curva especificada por y = f(x)
Integral
 Teorema Fundamental do Cálculo
 Uma função 𝑓(𝑥) contínua no intervalo fechado 𝑎, 𝑏 e 𝐹(𝑥) é a antiderivada de 𝑓(𝑥) ao
longo desse mesmo intervalo, então
𝑏
න 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 = 𝐹 𝑎 − 𝐹(𝑏)
𝑎
 Teorema do valor médio para integrais
• Para uma função, 𝑓 𝑥 contínua em um intervalo fechado 𝑎, 𝑏 ,
sua integral definida pode ser interpretada como a área abaixo
da curva y = 𝑓 𝑥 , então existe um número 𝑐 ∈ 𝑎, 𝑏 tal que:

𝑏 𝑏
1
න 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑓 𝑐 (𝑏 − 𝑎) 𝑓 =𝑓 𝑐 = න 𝑓 𝑥 𝑑𝑥
(𝑏 − 𝑎) 𝑎
𝑎
Integral
 Segundo Teorema Fundamental do Cálculo
 Para uma função, 𝑓(𝑥), contínua em um intervalo aberto 𝑎, 𝑏 contendo o número
𝑎, para cada 𝑥 no intervalo:
𝑥
𝑑
න 𝑓 𝛾 𝑑𝛾 = 𝑓(𝑥)
𝑑𝑥 𝑎

 Sendo 𝛾 uma variável muda representando a coordenada ao longo do intervalo.

 Este teorema permite que se avalie a derivada de uma integral definida.


Vetores
 Vetores e suas operações
 Escalares:grandezas de um atributo: módulo,
temperatura, massa, comprimento, etc.

 Vetor:Grandezas de dois atributos, direção e o


módulo: Força, momento, aceleração, etc.
◼𝑔
Ԧ = −𝑔𝑘෠
◼𝑊 = 𝑊𝑥 𝑖Ƹ + 𝑊𝑦 𝑗Ƹ
◼𝑉 = 𝑉𝑥 𝑖Ƹ + 𝑉𝑦 𝑗Ƹ + 𝑉𝑧 𝑘෠
Vetores
 Vetores e suas operações

 𝑉 = 𝑉𝑥 𝑖መ + 𝑉𝑦 𝑗መ + 𝑉𝑧 𝑘

 𝑉 = 𝑉𝑥 𝑉𝑦 𝑉𝑧

𝑉𝑥
 𝑉 = 𝑉𝑦
𝑉𝑧

 Módulo de um vetor: 𝑉 = 𝑉𝑥2 + 𝑉𝑦2 + 𝑉𝑧2


Vetores
 Vetores e suas operações
 Vetor unitário (módulo um) associado a grandeza trabalhada, escrito
como

𝑉𝑥 𝑉𝑦 𝑉𝑧
𝑙= m= n=
𝑉𝑥2 + 𝑉𝑦2 + 𝑉𝑧2 𝑉𝑥2 + 𝑉𝑦2 + 𝑉𝑧2 𝑉𝑥2 + 𝑉𝑦2 + 𝑉𝑧2

l, m e n cossenos direcionais e correspondem ao cosseno dos ângulos entre o


vetor e os eixos do sistema de coordenadas, x, y e z, respectivamente
Vetores
 Soma Subtração de vetores:
 Ƹ (𝑉𝑧 +𝑈𝑧 )𝑘෠
𝑉 + 𝑈 = (𝑉𝑥 +𝑈𝑥 )𝑖Ƹ + (𝑉𝑦 +𝑈𝑦 )𝑗+
 𝑉 − 𝑈 = (𝑉𝑥 −𝑈𝑥 )𝑖Ƹ + (𝑉𝑦 −𝑈𝑦 )𝑗+Ƹ (𝑉𝑧 −𝑈𝑧 )𝑘෠

 Multiplicação por um escalar


 𝛼𝑉 = 𝛼𝑉𝑥 𝑖Ƹ + 𝛼𝑉𝑦 𝑗Ƹ + 𝛼 𝑉𝑧 𝑘෠

 Transposta de vetores:
𝑉𝑥
 Para 𝑉 = 𝑉𝑥 𝑉𝑦 𝑉𝑧 sua Transposta é: 𝑉 𝑇 = 𝑉𝑦
𝑉𝑧
Vetores
 Multiplicação de Vetores
 Produto Interno
◼𝑉 ∙ 𝑈 = 𝑉𝑥 𝑈𝑥 + 𝑉𝑦 𝑈𝑦 + 𝑉𝑧 𝑈𝑧 - (resulta em um escalar)
◼ Interpretação geométrica:

 Produto Cruzado
◼𝑉 × 𝑈 = 𝑉𝑦 𝑈𝑧 − 𝑉𝑧 𝑈𝑦 𝑖Ƹ + 𝑉𝑧 𝑈𝑥 − 𝑉𝑥 𝑈𝑧 𝑗Ƹ + 𝑉𝑥 𝑈𝑦 − 𝑉𝑦 𝑈𝑥 𝑘෠
◼ (resulta em um vetor)
𝑖Ƹ 𝑗Ƹ 𝑘෠
𝑉𝑥 𝑉𝑦 𝑉𝑧 = 𝑉𝑦 𝑈𝑧 − 𝑉𝑧 𝑈𝑦 𝑖Ƹ + 𝑉𝑧 𝑈𝑥 − 𝑉𝑥 𝑈𝑧 𝑗Ƹ + 𝑉𝑥 𝑈𝑦 − 𝑉𝑦 𝑈𝑥 𝑘෠
𝑈𝑥 𝑈𝑦 𝑈𝑧
Vetores
 Vetores Linearmente Independentes
 𝑉 e 𝑈 são Linearmente Independentes somente se a única solução para a
equação α𝑉 + 𝛽𝑈 = 0 for α = 0 e 𝛽 = 0.

0 1 2
◼ Considere 𝑉= ,𝑈= e𝑊= :
1 0 3
1 0
◼ 𝛼𝑉 + 𝛽𝑈 = 𝛼 +𝛽 = 0 Somente se 𝛼 = 0 e 𝛽 = 0 , portanto
0 1
Linearmente Independente.
1 0 2
◼ 𝛼𝑉 + 𝛽𝑈 − 𝑊 = 𝛼 +𝛽 − = 0 Somente se 𝛼 = 2 e 𝛽 = 3 ,
0 1 3
Portanto Linearmente Dependente.
Vetores
 Desigualdade Triangular
 Geometricamente, a soma de dois vetores pode ser representado por um
paralelograma. Disso, conclui-se que 𝑉 + 𝑈 ≤ 𝑉 + 𝑈
Matrizes
 As matrizes constituem um Arranjo retangular de números;
 Soma e subtração de matrizes; 𝑎11 ⋯ 𝑎1𝑛
𝑎 𝑚𝑥𝑛 ⋮= ⋱ ⋮
2 −1 1 3 3 2 𝑎𝑚1 ⋯ 𝑎𝑚𝑛
5 3 + −5 2 = 0 5
6 1 3 7 9 8

 Multiplicação de Matriz
𝑞
𝑐𝑖𝑗 = 𝑎𝑖𝑘 𝑏𝑘𝑗 = σ𝑘=1 𝑎𝑖𝑘 𝑏𝑘𝑗
Matrizes
 Transposta de uma matriz;  Matriz triangular superior;
𝑎11 𝑎12 𝑎31 𝑇 𝑎11 𝑎21 𝑎31 𝑎11 𝑎12 𝑎31
𝑎21 𝑎22 𝑎23 = 𝑎12 𝑎22 𝑎32 0 𝑎22 𝑎23
𝑎31 𝑎32 𝑎33 𝑎31 𝑎23 𝑎33 0 0 𝑎33

 Matriz quadrada;  Matriz triangular inferior;


𝑎11 𝑎12 𝑎31 𝑎11 0 0
𝑎21 𝑎22 𝑎23 𝑎21 𝑎22 0
𝑎31 𝑎32 𝑎33 𝑎31 𝑎32 𝑎33

 Matriz diagonal;  Matriz identidade: 𝑎 𝐼 = 𝑎


𝑎11 0 0 1 0 0
0 𝑎22 0 𝐼= 0 1 0
0 0 𝑎33 0 0 1
𝑇
 Matriz inversa [𝐴][𝐴]−1 = 𝐼  Matriz Simétrica: 𝑎 = 𝑎
Matrizes
 Determinante, definido apenas para matrizes quadradas;

 Grandeza que aparece de forma proeminente e auxilia no cálculo de


diversas informações úteis
 Existência/solução de sistemas de equações; .

onde (a′j) é a matriz formada pela troca da j-ésima coluna da matriz [a] pelo
vetor coluna contendo os lados direitos das equações do sistema original.
EDO
 Uma equação diferencial ordinária (EDO) é uma equação que contém
uma variável dependente, uma variável independente e derivadas
ordinárias da variável dependente.
 Se x é a variável independente e y é a variável dependente, uma
EDO tem termos contendo

Uma EDO é não-linear se os coeficientes forem funções de y ou de suas


derivadas, se o lado direito for uma função não-linear de y, ou se o
termolinear a1(x)y for trocado por uma função não-linear de y
Série de Taylor
 Expansão de funções em Série de Taylor
 Data uma função 𝑓(𝑥) derivável (𝑛 + 1) vezes em um intervalo contendo
um ponto 𝑥 = 𝑥0 , o Teorema de Taylor diz que, para cada 𝑧 contido nesse
intervalo, existe um valor 𝑥 = 𝛿 entre 𝑥 e 𝑥0 tal que:

2 𝑑2𝑓 3 𝑑3𝑓 𝑛 𝑑𝑛 𝑓
𝑑𝑓 𝑥0 𝑥 − 𝑥0 𝑥0 𝑥 − 𝑥0 𝑥0 𝑥 − 𝑥0 𝑥0
𝑓 𝑥 = 𝑓 𝑥0 + 𝑥 − 𝑥0 + + + + 𝑅𝑛 (𝑥)
𝑑𝑥 2! 𝑑𝑥 2 3! 𝑑𝑥 3 𝑛! 𝑑𝑥 𝑛

𝑥 − 𝑥0 𝑛+1 𝑑 𝑛+1 𝑓 𝛿 Resíduo


𝑅𝑛 =
(𝑛 + 1)! 𝑑𝑥 𝑛+1

 Pode ser definida para funções de duas ou mais variáveis;


Referências Bibliográficas
 Amos Gilat e Vish Subramaniam. Métodos Numéricos para engenheiros e cientistas. Uma
introdução com aplicações utilizando o Matlab. Porto Alegre. Bookman, 2008

 Ruggiero, Márcia A. Gomes; Lopes, Vera Lúcia Da Rocha. Cálculo Numérico: Aspectos Teóricos E
Computacionais. Editora Pearson, 2ª edição, São Paulo, 2005.

 Décio Sperandio, João Teixeira Mendes e Luiz Henry Monken. Cálculo Numérico: Características
Matemáticas e Computacionais dos Métodos Numéricos. Editora Prentice-Hall, 2ª edição, São Paulo,
1999.

 Steven C. Chapra. Métodos Numéricos Aplicados com MatLab para Engenheiros e Cientistas. Editora
McGraw Hill, 3a edição, São Paulo, 2013.

Você também pode gostar