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Filosofia da Resiliência 1

Sumário

Introdução ...................................................................................................... 03

Síndromes mentais invadem 2020 com a força de um ciclone ...................... 04

A sociedade pós pandemia: o que se ganha e o que se perde? ................... 07

Os nossos cães vão sofrer com o fim da pandemia ....................................... 11

A raiva e a agressividade durante a pandemia só atrapalham ....................... 13

Pessoas invasivas, que julgam e criticam o tempo todo ................................. 16

Um casamento feliz não é uma utopia ......................................................... 20

“Europa segue em praias lotadas. O lazer pode trazer o covid de volta!” ........ 23

Personalidade flutuante: muda a cada minuto para agradar os outros ........... 25

Estamos na era da selfie ................................................................................ 27

Quando você acredita que o outro está estranho, fica estranho também ....... 29

As pessoas não desistem umas das outras, elas cansam .............................. 31

“Pandemia faz a procura por profissionais de saúde mental aumentar


consideravelmente!” ...................................................................................... 34

Enquanto você não terminar aquilo que começou, não encontrará coisa
melhor .......................................................................................................... 37

A ansiedade nos leva a pensar que algo ruim está prestes a acontecer ........ 39

As mesmas mãos humanas que criam a evolução e o progresso podem


destruir o outro e o mundo .......................................................................... 41

Existem pessoas que se preocupam tanto com o amanhã que deixam de


viver o hoje .................................................................................................... 42

O mal do século: A ansiedade que te faz desperdiçar o presente ................... 44

Altos índices de transtornos mentais estão destruindo famílias .................... 46

Aquele que fracassa é aquele que tentou agradar todo mundo ..................... 49

Conclusão ....................................................................................................... 51

Filosofia da Resiliência 2
Introdução

A resiliência é a capacidade do indivíduo lidar com os problemas, adaptar-se

às mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas:

choque, estresse, algum tipo de evento traumático, entre outros.

Humano vem do homem ou a ele relativo, que mostra sentimento de

compaixão, benevolência e solidariedade.

A filosofia é a busca por entender as razões e os motivos da vida, ou

pelo menos, buscar inúmeras causas para algumas razões. A filosofia é

para percebermos que o fim é igual para todos e que nada se sabe após

isto. Filosofia é também uma estratégia para a busca da felicidade, para

encontrar meios para tentar ser mais feliz. A filosofia está na maneira em

como levamos a vida e nos comportamos na sociedade, pois filosofia é a

vida e é a razão.

Unindo esses três ingredientes, conseguimos uma Filosofia sobre a

Resiliência Humana, onde analiso o indivíduo, sua capacidade em lidar com

os pormenores da vida, adaptabilidade, motivação, superação e a forma como

leva a vida de maneira filosófica, ou seja, mediante as razões que o definem

como humano e que definem o seu comportamento. Estrategicamente é com

sabedoria, através da filosofia, que o ser humano se torna humano consigo

mesmo, com os outros e com a sua participação na natureza e no universo.

Filosofia da Resiliência 3
Síndromes mentais invadem 2020 com a
força de um ciclone bomba!

A pandemia atravessou fases diferentes ao longo deste ano. A primeira delas


foi o fator surpresa e o medo do contágio, o que nos levou ao distanciamento
social para prevenir a contaminação e a disseminação do vírus, além de preservar
a nossa saúde física.

Logo em seguida veio o medo da quebra da economia, de perder o emprego,


da empresa falir, e até de não conseguir viver com dignidade. Muitos, por conta
disso, buscaram na criatividade uma maneira de se reinventar para proteger a
sua saúde financeira.

Concomitantemente, com as famílias dentro de casa e as crianças


impedidas de irem à escola, veio a preocupação com a saúde da educação/
intelectual. Todos nós nos perguntamos: Será que o rendimento das crianças
e adolescentes serão o mesmo estudando a distância por tanto tempo?
Será que precisaremos criar um ano a mais nas escolas para suprir a carência
educacional de 2020? E seguimos nos questionando como seria o novo normal
e tantas outras preocupações surgiram.

Antes do vírus aparecer, as nossas vidas já estavam muito atribuladas, e


a saúde mental já vinha sendo muito discutida por conta do aumento dos
índices de depressão no mundo todo, mas, em virtude de tantas surpresas e
mudanças, nos vimos obrigados a ficar num estado constante de “alerta”, “em
prontidão”, e, consequentemente, o nível de ansiedade se tornou altíssimo.
PERCEBEMOS MUITO RAPIDAMENTE QUE SEM SAÚDE MENTAL, NÃO
HÁ SAÚDE ALGUMA.

O adoecimento mental/psicológico /emocional foi revelado, nos deixando a


mercê de síndromes que até então pouco líamos a respeito, apenas se isso
estivesse afetando a nós de alguma maneira, ou aos nossos parentes e amigos
próximos. Mas, parece que agora todas as pessoas do mundo estão conectadas
na mesma dor e essas síndromes espalharam por todos os lugares, inclusive
em nossos amigos e em nós mesmos.

Filosofia da Resiliência 4
A importância de estarmos organizados mentalmente refletiu em nossa rotina
de forma direta. Afinal, os conteúdos internos começaram a emergir sem filtros,
atravessando o comportamento e nos limitando as ações práticas. Tornando o
que era interno e invisível, externo e visível.

A PANDEMIA JOGOU LUZ À ASSUNTOS QUE FICAVAM


“DEBAIXO DO TAPETE”.

Chegamos ao limiar de um novo tempo que é muito mais digital, virtual e


paradoxalmente necessita de mais investimento humano. O mundo necessita
agora de um capital humano saudável! Todos virão que uma vida de qualidade
se faz urgente, e é extremamente necessária.

Há muito tempo que estamos doentes. Essa ansiedade descontrolada e o


vício na mídia social são comprovativos de que há algo desregulado em nós.
Possuímos um código genético pré-determinado, impresso desde o nosso
nascimento, e este não está adaptado a tal mudança abrupta.

Nascemos para sobreviver, e para isso estamos utilizando instintos como a


própria ansiedade por exemplo, além de variadas metas de curto prazo que nos
viciaram à liberação de dopamina, que é o hormônio da recompensa, e acabamos
nos tornando dependentes dele. Contudo, ele serve apenas como uma motivação
natural para nos impulsionar a conquistas para a própria sobrevivência.

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Toda essa burla em nosso sistema
causa falhas, disfunções que
tornam nossas mentes doentes, e as
consequências disso serão vistas à
longo prazo. Nós já estávamos doentes,
e precisou apenas de um gatilho para
revelar o tamanho do prejuízo que
cada um teria de acordo com sua
personalidade.

A pandemia revelou também a importância do desenvolvimento da


inteligência emocional. Os que buscaram desenvolver os seus recursos
internos emocionais estão sabendo lidar melhor com a situação atual.

O remédio está em nossos comportamentos, hábitos e na nossa


disponibilidade, além da abertura em fortalecer a nossa inteligência
emocional para aprendermos a lidar com as diversidades e desafios do
momento. É assim que poderemos contribuir para que outros consigam ver
a luz que nem todos conseguem enxergar no fim do túnel.

Filosofia da Resiliência 6
A sociedade pós pandemia: o que
se ganha e o que se perde?

Em uma sociedade pós pandemia, ganharemos novos costumes e


moldaremos antigos comportamentos. Nosso organismo já sofria com os efeitos
de uma inadaptação à essa brusca virada em nossa chave cronológica.

Foi preciso milhares de anos para nos adaptarmos a certas mudanças; a


internet, por exemplo, chegou e nos mudou de forma abrupta. Como
consequência o sentimento de solidão nos acompanhava. Já vínhamos nos
sentindo sós, em meio a tantos rostos virtuais.

A evolução exige de nós que nos mantenhamos unidos, em grupos, e nos


inclina a uma forte necessidade de contato físico. Mas, forçosamente nos
vemos impelidos a um tipo de interação dentro de uma nova realidade que é a
virtual.

São milhares de rostos que podemos conectar a qualquer momento, mas


sentíamos e ainda sentimos que nenhum deles consegue nos enxergar como
somos verdadeiramente, ou até mesmo, quando fingimos ser quem não somos,
e forjamos um perfil que gostaríamos que fosse real.

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A força da presença física traz uma outra dimensão à comunicação humana,
para além da palavra dita ou escrita, e causa um impacto emocional que traduz
a essência singular de cada um de nós, através do nosso comportamento.

A era do “selfie” fez com que o “eu” ganhasse destaque e o anonimato deu
lugar a uma fama repentina, generalizada. A vida virtual tentou esconder a nossa
humanidade, enquanto pensávamos que ela poderia ser manipulada através de
uma tela. Ganhamos voz em forma escrita e falada, e percebemos que a nossa
voz tinha e ainda tem o poder de percorrer o mundo em frações de segundos,
tanto para o bem, quanto para o mal.

Após um período de adaptação, entendemos que, simplesmente, dizer o que


se quer poderia ser um “tiro o pé”, principalmente se passamos a não mais nos
preocupar com o julgamento alheio.

Com o tempo, percebemos que o linchamento virtual é tão prejudicial quanto


o presencial, e apesar de não nos machucarmos fisicamente, a nossa moral e o
nosso emocional poderiam ficar muito feridos. Mesmo que alguns se sentissem
“aparentemente” protegidos pela tela que nos separa, as agressões e as fake
news demonstraram o poder que possuem, e nós nos tornamos seus reféns.

Muitos criminosos da internet saíram impunes, outros foram condenados,


e outros ainda serão, pois mesmo aqueles que pensam que nunca serão
descobertos um dia colherão os frutos amargos da exposição negativa que
fizeram do outro e de si mesmos.

NA VIDA NÃO HÁ PRÊMIO NEM CASTIGO,


APENAS CONSEQUÊNCIAS DE AÇÕES.

A Pandemia tornou o ser humano uma ameaça para si e para os seus, nos
forçou a solidão, e modificou o nosso olhar para a importância do virtual e para
o futuro das relações humanas. Nos forçou o distanciamento social, e obrigou a
aproximar de nós mesmos. De maneira impositiva e literal, tivemos que deixar
um pouco as “selfies” de lado, a exposição e ostentação das nossas vidas
“perfeitas”, para enaltecer o “self”, ou seja, o si mesmo.

Filosofia da Resiliência 8
William James, um dos pais da psicologia, fez a distinção, em 1892,
entre o “eu”, como a instância interna conhecedora, e o “si mesmo”, como o
conhecimento que o indivíduo tem sobre si próprio.

Carnotauros (2014), partindo da definição de James e do trabalho da S. N.


Cooley, entendeu que o “si mesmo” se baseia em três experiências básicas do
ser humano:
1) a consciência reflexiva, que é o conhecimento sobre si próprio e a capacidade
de ter consciência de si;
2) a interpessoalidade dos relacionamentos humanos, através dos quais o
indivíduo recebe informações sobre si;
3) a capacidade do ser humano de agir.

A pandemia nos fez iguais. O vírus não atinge apenas os pulmões dos pobres
e não imuniza os ricos. Para ele, ninguém é melhor que ninguém.

A FINITUDE É UM AXIOMA, E ELA É TOTALMENTE DEMOCRÁTICA.

Se já nos sentíamos perdidos, ao perdermos momentaneamente o contato


físico, passamos a valorizá-lo como nunca antes, pois é o que dizem: Só
damos valor às coisas e às pessoas quando as perdemos. Dessa perda surgiu
a necessidade de amor ao próximo, além da certeza de que dependemos uns
dos outros para viver, e, mais forte ainda, dependemos uns dos outros para que
possamos sobreviver ao vírus.

Os países que obedeceram às determinações de isolamento social, em


respeito a própria vida e a vida dos demais, aos poucos estão se abrindo para
um novo normal, onde tudo parece estar bem diferente. Aquelas sociedades
que ainda não tomaram consciência da gravidade da pandemia e de sua
força, e que não respeitaram o isolamento social, estenderão os seus dias de
sofrimento e demorará ainda mais até que possam experimentar esse novo
estilo de vida.

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Perdemos vidas, recursos
financeiros, o contato com a família
e com os amigos, a oportunidade de
lazer, de diversão e confraternizar,
a liberdade de ir e vir. Mas
ganhamos tempo com a família,
a oportunidade de dar atenção
de qualidade aos nossos filhos,
uma maior consciência planetária,
ambiental, e principalmente,
constatamos, finalmente, a
importância do autoconhecimento e
do desenvolvimento da inteligência
emocional.

Alguns tiveram ganhos que mais parecem perdas. Ganharam pânico,


medo, depressão, ansiedade, dores, e desenvolveram nesse período
algumas doenças autoimunes, frutos do descompasso emocional e do foco
constante no que está fora e não pode ser controlado. Outros perderam a
necessidade de gastar, de comprar, e perceberam que quase nada do que
faziam antes fazia sentido, e perderam a vontade de perder tempo com o
que não acrescenta, nem importa.

Ganhamos tempo para valorizar o que não valorizávamos como devíamos.


Ganhamos tempo para repensar, projetar, reinventar e aproveitar a vida interior.
Passamos a nos preocupar com o próximo: o vizinho, o sem teto, os profissionais
da saúde, os idosos. Aqueles que antes, nos faltava tempo e compaixão.
Humanos não são uma ameaça para outros humanos! Humanos devem ser
exemplos uns para os outros!

A evolução não espera a vontade do homem. Nós é que precisamos adquirir


conhecimento para nos adaptar a essa nova realidade o quanto antes, e essa
será a base para uma vida em equilíbrio. E, para nos sentirmos felizes nesse
novo que já chegou, precisaremos uns dos outros, nos unir, cuidar uns dos
outros.

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Os nossos cães vão sofrer com o fim da pandemia!

Com a quarentena as famílias se isolaram em seus lares e, de um momento


para o outro, os nossos cães e pets passaram a desfrutar da nossa companhia
familiar 24h por dia. Os nossos animais são muito ligados a nós afetivamente,
e a nossa presença os deixam muito felizes. Para eles, quanto mais tempo
ficamos em casa, melhor. ATENÇÃO NUNCA É DEMAIS.

Com o fim do isolamento, os nossos animais poderão começar a sofrer e


sentir muito a nossa falta, pois eles já se habituaram com a nossa presença e
a separação poderá ser muito custosa. A volta à normalidade pode ser um fator
que desencadeie uma síndrome de ansiedade da separação, já que eles estão
acostumados com a vida em família, e estão adorando poder estar junto com
todos os membros de uma só vez.

A ansiedade da separação é uma condição de pânico que podem despertar


nos cães e gatos comportamentos destrutivos, como por exemplo, arranhar
portas e janelas, latir ou uivar constantemente, urinar e defecar pela casa
(mesmo em cães treinados), e, em alguns casos, pode despertar uma ação
compulsiva de se machucarem sozinhos.

Filosofia da Resiliência 11
POR TODAS ESTAS
RAZÕES DEVEMOS ESTAR
ATENTOS ÀS MUDANÇAS
COMPORTAMENTAIS
DOS NOSSOS ANIMAIS
DE ESTIMAÇÃO E
TENTAR MINIMIZAR
AS CONSEQUÊNCIAS
QUANDO FOR A HORA DA
SEPARAÇÃO.

Todo este tempo partilhado com eles pode ter criado neles uma dependência
excessiva e mesmo que nós humanos estejamos aflitos desejando que tudo
volte rapidamente ao normal, os nossos cães, com toda a certeza, não desejam
o mesmo. Eles querem que fiquemos ainda mais tempo com eles.

Quando tivermos que voltar efetivamente ao trabalho, o nosso animal pode


não saber lidar com essa separação repentina e sentir muita tristeza. Por conta
disso, é imprescindível que voltemos a nossa atenção para eles no momento
que tivermos que voltar ao trabalho. Devemos compensar a nossa ausência
durante o dia, brincando, passeando, e dando muito carinho para eles quando
retornarmos para casa. Eles não entendem muito bem o que está acontecendo,
mas dá para perceber o tanto que estão felizes com a nossa presença 24h por
dia.

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A raiva e a agressividade durante
a pandemia só atrapalham!

A raiva e a agressividade durante a pandemia não ajudam, pelo contrário,


atrapalham! A raiva mal canalizada se transforma em atos de agressividade
ou em sentimentos de ira, que só atrapalham o desenrolar da vida durante a
pandemia. O momento nos pede para ajudar, ao invés de atrapalhar.

Quando agimos com raiva, estamos nos justificando, com a desculpa de que
não temos responsabilidade sobre o que nos acontece. Assim, deixamos
de atuar com disciplina em relação ao fato que apavora o mundo. Quando
nos vemos tomados pela raiva, deixamos escapar a razão e agimos com
agressividade. Movidos pela raiva, perdemos também a ética e deixamos de
lado a moral.

A raiva é uma inconsciência intelectual e revela uma falta de maturidade. É


natural que momentaneamente tenhamos raiva por algo que não concordamos,
até porque ela é a emoção que estimula a ação, é a resposta motora para aquilo
que nos retira a homeostase. Contudo, precisamos aprender a utilizá-la para
o bem e não para o mal.Saber usar a raiva para o bem e a favor da solução
dependerá do nível de desenvolvimento cognitivo do indivíduo.

Filosofia da Resiliência 13
NÃO DEVEMOS DEIXAR A RAIVA PASSAR PARA UM NÍVEL
DE AGRESSIVIDADE QUE NOS LEVE A IRA.

Estamos num momento que é de extrema importância o equilíbrio, a ajuda


mútua, depois de nós mesmos ao próximo. A saúde mental deve receber a
atenção devida nesse momento de pandemia, pois ela está se tornando uma
consequência do covid-19 e precisa ser precavida com racionalidade.

A raiva estimula o estresse, e isso desencadeia doenças que podem ser


irreversíveis. Quando nos deixamos levar pela ira, perdemos a razão e nos
tornamos irracionais diante de uma situação que poderia ser resolvida com um
pouco de equilíbrio.

Devemos sentir a raiva e utilizar a motivação que advém dela para fazer uma
leitura do cenário mais adequada, possibilitando assim uma melhor compreensão
e uma tomada de decisão mais assertiva e positiva. Mesmo que as variáveis
do momento coloquem a raiva em posição de vantagem sobre a razão, a
racionalidade deve ser trazida à tona para que nossas ações reflitam a solução,
não o problema.

Para isso, devemos buscar o


equilíbrio. Quem define o que
é certo ou errado sobre o que
resultou no descontrole emocional
e na raiva é a inteligência emocional
de cada ser humano, daquele
que protagoniza a ação. Quem
se expressa em comportamento
fazendo uso contínuo da raiva, não
é capaz de estancar o desequilíbrio
que esta desencadeia.

É POSSÍVEL SER SENHOR DE SUAS EMOÇÕES E INSTALAR O


AUTOCONTROLE, RESTABELECENDO O EQUILÍBRIO.

Filosofia da Resiliência 14
Para isso, basta recuperar o raciocínio lógico, com base no conhecimento
de experiências passadas onde esta reação não trouxe nenhum resultado
positivo.Ou seja, se você está sentindo muita raiva, precisa se perguntar
o que pode fazer com ela para que as suas ações, a partir dela. tragam
resultados positivos para a sua vida e para os demais que convivem com
você. Caso as suas ações causem prejuízo para você e para os outros, é
preciso desenvolver a competência para controlá-la.

VOCÊ SÓ CONSEGUIRÁ DESENVOLVER ESSA COMPETÊNCIA, SE


NÃO EXTERNALIZAR ESSE COMPORTAMENTO DE FORMA REATIVA.

Deve-se tentar, constantemente, vencer a ignorância, pois quem é dominado


pela emoção negativa, geralmente, não tem controle sobre os próprios atos, e a
falta de controle é a falta de equilíbrio, que faz com que a pessoa perca a razão.

Se movimente em direção da solução, não do problema, para que suas ações


sejam pró ativas, positivas e produtivas. A vida é construída em corrente
constante e contínua. Quem quebra o primeiro elo, se perde na lógica da própria
razão.

Utilize a força da raiva para construir e desenvolver ações transformadoras


para o bem, e não para promover a desordem, a baderna, e o caos generalizado.
A situação já é difícil o suficiente! Não contribua para que ela fique ainda pior.

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Pessoas invasivas, que julgam e criticam o tempo
todo, não conseguem olhar para si mesmas!

As pessoas que criticam e julgam as escolhas e o comportamento dos


outros, na verdade, não os aceitam como são, e querem que eles sejam e ajam
conforme as suas necessidades e vontades particulares. Elas não conseguem
aceitar os outros como são, pois são egocêntricas. Enxergam a si mesmas
como potencialmente superiores e são desprovidas de humildade. Falta-lhes
maturidade emocional e empatia para entender as nuances que revelam os
motivos dos outros. Eles criticam, julgam e se acham superiores.

O vício em julgar e avaliar o outro não passa pela vontade de tentar


compreender as atitudes, os seus comportamentos e a sua personalidade,
é apenas um impulso para satisfazer suas próprias certezas e reafirmar
suas verdades à uma única pessoa: ela mesma. Os “julgadores profissionais”
agem sempre como se o outro fosse um objeto de estudo para que eles possam
se autoafirmar e se vangloriar de ser melhores do que aqueles que eles julgam.
E, esse movimento constante de olhar para fora os impedem de avaliar a si
mesmos.

Há algo que nos uni por semelhança: Somos humanos! O que acontece, na
verdade é uma busca pela “perfeição” pessoal, dentro do social, que revela
uma forte necessidade de aceitação. O oposto disso é a evolução pessoal onde
o indivíduo trabalha a sua própria natureza interior, que o transforma em um
simples observador, que é o antônimo de crítico ou julgador.

O observador apenas se atém aos fatos: O que aconteceu, o que foi dito,
o que foi feito. A partir do fato, o observador pode tirar as suas conclusões
dentro do seu entendimento pessoal. O observador passa a ser crítico e
julgador quando ele interpreta esse fato, quando ele tenta avaliar, dentro da
sua concepção de certo e errado, e emite a sua opinião frente àquilo que
aconteceu. A partir daí, ele se torna um julgador, porque se coloca em uma
posição superior.

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Expor uma opinião construtiva não é um julgamento, nem uma crítica, é
uma mera observação. A crítica e o julgamento se dão quando o observador
se julga no direito de fazer uma interpretação “pejorativa” do fato: acusa,
desdenha, diminui, e invalida o outro.

Para conduzir o diálogo de maneira diplomática, é preciso que se tenha


cuidado com as palavras! O observador que quer contribuir para a evolução do
seu próximo não vai julgar, saberá conduzir a conversa no sentido de se igualar
com o outro, e não se mostrando superior a ele.

Entender o outro e responder às suas ações usando a cognição e a empatia


considerando a sua personalidade, mesmo quando se quer contestar algo que
foi dito ou feito, é um ótimo mecanismo que evita conflitos e tem mais chances
de atingir o objetivo, que é a conquista da confiança daquele que desejamos
ajudar com a nossa opinião. Nos faltam espelhos quando enxergamos algo de
errado nos outros. É temeroso ter que avaliar a si mesmo e perceber que muitas
das nossas ações não são corretas.

NÃO DEVERÍAMOS JULGAR OS OUTROS, E NEM A NÓS MESMOS,


PORQUE JULGAR APENAS APONTA A SUJEIRA, NÃO A LIMPA. APENAS
COLOCA O DEDO NA FERIDA, NÃO CURA.

Filosofia da Resiliência 17
Aqueles que criticam e julgam excessivamente, desconhecem o significado
de empatia e compaixão.

PARA OLHAR PARA SI MESMO E PARA OS OUTROS DEVEMOS


SEMPRE INCLUIR UM INGREDIENTE IMPORTANTÍSSIMO:
A COMPAIXÃO.

Devemos ter compaixão com os outros, com o nível de entendimento, com


a condição emocional que contemplam as suas histórias de vida. Devemos
aceitar que eles só poderão oferecer o que eles têm, e principalmente, que eles
terão que seguir por caminhos que eles mesmos escolherem, e precisamos
compreender que não temos o poder e nem queremos ter o controle sobre as
suas escolhas.

O que eles escolhem viver e fazer são caminhos que fazem parte do
aprendizado que eles precisam absorver, e cabe a nós apenas aceitar e
entender que o que acontecer a partir das suas escolhas será sempre o melhor
para ele. Essas situações que serão desencadeadas a partir de suas escolhas,
servirão tanto para eles aprendam com a vida, quando para eles serem pessoas
melhores, mesmo se o que vier a acontecer for algo ruim.

As pessoas que julgam e querem mudar a forma como as pessoas ao seu


redor vivem ou enxergam a vida, na verdade, não encontraram ainda o seu
lugar no mundo, e por isso, querem ficar vivendo a vida dos outros, desejando
assumir o lugar dos outros. E, por mais que elas incomodem muito aqueles que
precisam conviver com elas, esse comportamento frente à vida machuca e fere
muito mais a elas, do que a quem recebe esses julgamentos excessivas.

A realidade das suas próprias vidas é muito sombria


O julgador não percebe o próprio defeito. Ele sempre acredita que está certo,
além de não aceitar a opinião alheia, e tem profunda aversão por “feedbacks”
negativos. Ele tem uma dificuldade absurda em admitir os próprios erros, porque
busca a perfeição em si e nos outros. Quando percebe que outras pessoas não o
validam com a mesma perfeição que ele se projeta, ele se revolta e os ataca com
severa agressividade, usando palavras ofensivas e atitudes desagregadoras.

Filosofia da Resiliência 18
Não podemos nos deixar influenciar
pelas pessoas que criticam e julgam
a nossa vida, pois não sabemos se
elas vieram mediante a uma verdade,
uma vaidade, ou uma enfermidade.
Mas, devemos ter a hombridade de
nos analisar friamente para fazer as
mudanças necessárias em nossas
atitudes e pensamentos.

A mudança que queremos ver no outro deve começar em nós


Que possamos emitir opiniões acerca do comportamento alheio, com base
em nosso próprio crescimento e maturidade se formos solicitados. Caso não
tenham solicitado a nossa opinião, que tenhamos a sensatez de nos manter em
silêncio.

Devemos sempre expor as nossas visões no formato de palavras que


carreguem um encadeamento de ideias, que leve o outro a uma ascensão, e
não a um rebaixamento. Quando elevamos o outro, conquistamos um espaço
em suas vidas através da nossa própria experiência e evolução.

Nesse contexto, nossas opiniões sempre serão bem vindas, e serão recebidas
como um presente. E não como uma crítica, julgamento e condenação. Aqueles
que criticam e julgam e se sentem bem após emitirem as suas opiniões regadas
de “achismos” subjetivos, na verdade estão querendo fugir da necessidade
urgente de olhar para as suas próprias vidas.

Afinal, o outro sempre carrega aspectos que são ou já foram nossos. Também
por isso é sempre tão mais fácil enxergar no outro aquilo que não conseguimos
ver em nós mesmos.

Filosofia da Resiliência 19
Um casamento feliz não é uma utopia, é quando duas
pessoas escolhem não desistir uma da outra!

Quando nos casamos, não temos mais a necessidade de procurar por mais
ninguém. Em tese, já encontramos aquele que amamos e que desfrutaremos
os momentos da vida, sejam felizes ou tristes, ao seu lado. Porém, nem sempre
um casamento se mantém feliz por longos anos, e o que leva a esse descarrilhar
dos sentimentos é a falta de equilíbrio entre o querer das partes envolvidas.

Sempre digo que o equilíbrio é fundamental em tudo na vida, e no casamento


não seria diferente. Não beber água faz mal, mas beber em excesso também
não é bom. Falta de vitamina no organismo pode ser prejudicial, mas o excesso
também é.

Poderia colocar uma lista enorme de exemplos para demonstrar que o equilíbrio
faz parte da natureza, do cosmos, do nosso estado vital, e que sem ele, tudo
desanda. Mas alcançar o equilíbrio não é tão fácil como aparenta. É preciso
que sempre estejamos trilhando o caminho do autoconhecimento, para que,
conhecendo a nós mesmos, possamos entender melhor o sentimento do outro.

UM CASAMENTO FELIZ É O RESULTADO DA VONTADE EM SE


CONQUISTAR O EQUILÍBRIO, NA CERTEZA DA SEGURANÇA EM TER
ALGUÉM COM QUEM CONTAR.

Filosofia da Resiliência 20
Quando duas pessoas estão há longos anos juntas e felizes, elas se sentem
livres para serem exatamente como são, e não precisam fingir serem outras
pessoas para agradar o parceiro. Pelo contrário, quanto mais elas se mostram
verdadeiras umas para as outras, mais se amam e se respeitam, pois a liberdade
é imperativa para o amor verdadeiro.

O casal feliz dedica o tempo de suas vidas para realizar coisas em comum,
mas entendem que é necessário respeitar o espaço de cada um, e a vontade
que possuem em fazer outras coisas sozinhos. O casamento feliz não é aquele
que parece ser perfeito apenas na rede social. Ele se dá pela confiança, pela
cumplicidade, pela divisão, pela sociedade, pelo respeito às diferenças e,
principalmente, pelo desejo de cuidado que não permite que desistam um do
outro, mesmo diante das maiores adversidades.

É SABER QUE EXISTE ALGUÉM QUE QUER O SEU BEM COMO


O BEM DELE PRÓPRIO, E QUE SABE QUE O QUE ACONTECE
COM UM, REFLETE NO OUTRO.

O amor é a base da construção de suas vidas, e entorno desse amor, nasce


a família, que poderá dar frutos que serão a continuidade desse amor que
alimentará a sucessão da humanidade. Um casamento feito pelo impulso da
paixão dificilmente durará para sempre, ao menos que o amor seja despertado
através do respeito a liberdade de ser de cada um. Não podemos nos casar
apenas pelo impulso da paixão. Sentimentos fervorosos podem se apagar como
uma chama fraca em dia de chuva.

O AMOR É MAIS PURO, VEM DA ADMIRAÇÃO, DO SENTIR, DO DOAR,


DO LIBERTAR, E NÃO DO TER, DA POSSE, DO CONTROLE.

Que os sentimentos com o tempo mudam é fato. Os casamentos que se


dissolvem com o tempo são aqueles que não conseguiram fazer uma transição
importante: Os casamentos que permanecem felizes por toda uma vida são
tão raros, já que são poucos que conseguem fazer a transição do fogo ardente
do início para o amor profundo que nasce da admiração, da cumplicidade, da
cooperação, da parceria e do respeito à individualidade.

Filosofia da Resiliência 21
O casal percebe o que o amor
que sentem não é o mesmo
em intensidade, mas que se
transformou em um sentimento
confortante, generoso e diferente.
Com paciência e atenção aos
detalhes, se torna ainda melhor a
cada dia. Como um vinho que fica
mais saboroso ao passar dos
anos.

O AMOR EXISTE, ESTÁ LÁ, SÓ NÃO É IGUAL, POIS NADA CONTINUA


IGUAL PARA SEMPRE, MAS ELE EXISTE, SÓ ESTÁ MAIS MADURO.

Muitos casais se separam e justificam que o casamento acabou porque o outro


mudou. Ou então, porque o outro não muda. Porém, os casamentos felizes só o
são porque ambos não estão preocupados em mudar um ao outro, ou mesmo,
não se assustam caso o companheiro(a) decidam mudar de caminho. Pelo
contrário, se for para a felicidade dele(a), ambos embarcarão nessa aventura e
se apoiarão mutuamente. Os conflitos nas relações sempre acontecem quando
um começa a querer sobrepor a sua vontade em cima do outro, e quando um
dos dois se anula, ou é subjugado, a relação enfraquece.

Para um casamento ser “feliz para sempre”, é preciso que ambos saibam que
não existe felicidade permanente, que a vida é feita de altos e baixos e que o
amor pode vencer qualquer dificuldade sim, se ambos buscarem o equilíbrio, e
isso não é mera utopia.

PARA O AMOR DURAR É PRECISO QUE OS DOIS DECIDAM


PERMANECER SE APOIANDO E SE AJUDANDO POR TODO
O CAMINHO, ACONTEÇA O QUE ACONTECER.

O amor é verdadeiro quando as duas pessoas envolvidas decidem não desistir


uma da outra, haja o que houver, aconteça o que acontecer, eles se olham nos
olhos e dizem um para o outro: EU SEMPRE ESTAREI AQUI PARA VOCÊ!

Filosofia da Resiliência 22
“Europa segue em praias lotadas. O
lazer pode trazer o covid de volta!”

A Europa está em pleno verão, mas aproveitar o calor em segurança parece


ser uma tarefa complicada. Depois de meses de confinamento devido à
pandemia do covid-19, os europeus sentem uma ânsia maior de sair de casa e
aproveitar os dias quentes de férias e praia. Mas, este clima descontraído faz
esquecer a dimensão do que ainda estamos a viver e as milhares de mortes
que contabilizaram ainda a pouco tempo atrás.

A ameaça ainda é real, mas as pessoas parecem já ter esquecido. Dá a


sensação de que a normalidade voltou rápido demais. Os bares e esplanadas
estão cheios, as praias estão com as areais lotadas e, se não fossem as máscaras
que se vão vendo no rosto, quase poderíamos dizer que este é um verão como
todos os outros.

Esta falsa sensação de segurança pode muito rapidamente levar a uma


escalada de casos como já vem a acontecer em alguns países como a França ou
a Espanha. Neste momento são sobretudo os jovens que estão a ser afetados.
São eles, a faixa etária mais difícil de controlar e que mais resistência demonstra
ao distanciamento social. Talvez seja a ideia que se criou de que os jovens são
mais resistentes à doença que os faça ter este tipo de comportamento.

Filosofia da Resiliência 23
Por outro lado, eles esquecem que podem ser os responsáveis pela
enfermidade dos seus familiares mais velhos. Uma quantidade assustadora
de jovens são, hoje em dia, uma massa egoísta que apenas olha o seu próprio
umbigo, integrados às suas vontades de prazeres imediatos.

Há uma cultura que vem sendo seguida, sobretudo pelas pessoas mais novas
em que a liberdade não deve ter limites, que tudo o que se quer e tem vontade deve
ser feito. Os jovens não lembram que a liberdade deles termina quando afeta a
do outro, e que, ao contrário do que pensam, a imortalidade não existe. Não, os
jovens não estão imunes a covid-19. E eles poderão ser os responsáveis pela
volta da pandemia na Europa. Todos estamos sujeitos a contrair essa doença
e, sim, ela pode nos levar a morte, já que nenhum de nós sabe como o nosso
corpo irá reagir se for infectado.

A consciência deve ser o nosso guia. O perigo ainda não passou, e evitar uma
segunda onda depende muito do nosso comportamento. A forma como agirmos
agora poderá determinar o número de mortes no futuro.

Podemos aproveitar o tempo quente nas praias com responsabilidade, de


forma organizada e ciente das novas regras. Este tem que ser obrigatoriamente
um verão de excepção para que possamos desfrutar da vida e da liberdade
mais tarde. Praias e ruas lotadas agora serão o nosso maior desafio contra o
covid-19. Não existe vacina ainda, e mesmo que os diversos estudos indiquem
que teremos em breve, não podemos contar com a sorte.

É imprescindível que os jovens, seus pais e mães, sejam responsáveis


pelas próprias vidas. Uma das maiores lições que a pandemia nos trouxe foi a
necessidade do respeito à vida. É preciso que todos respeitem a própria vida
e a vida dos demais para que possamos conter o avanço dessa doença que
parou o mundo, e que ainda nos amedronta.

Para vencer o covid, ainda precisaremos vencer a hipocrisia e a ignorância


dos homens. Todos sentimos falta do lazer, do contato, da liberdade, mas se
continuarmos a brincar com a sorte, poderemos ser surpreendidos com a falta
dela.

Filosofia da Resiliência 24
Personalidade flutuante: muda a cada
minuto para agradar os outros!

A necessidade de aprovação faz com que algumas pessoas se adaptem à


expectativa dos outros pensando ser isto a chave para evitar a rejeição. Mas
essa é apenas uma resposta a sua própria insegurança, que velada, gera a
“ação do camaleão”.

O medo de rejeição também é gerador de frustração. Isso causa sofrimento


e dor, pois vem atrelado a isso a sensação de menor valia, de falta de
pertencimento que revela a sua baixa autoestima. No entanto, a longo prazo,
esse comportamento pode trazer inúmeros outros problemas.

Não encontramos a solução para a elevação da autoestima, afinal não nos


conhecemos verdadeiramente e não validamos os nossos pontos fortes. Não
nos encontramos com a pessoa que somos em nossa excelência e plenitude e
ficamos impedidos também de elaborar um melhor projeto de “vir a ser” e não
conseguimos nos tornar o melhor que podemos ser.

QUANDO NOS ILUDIMOS


ACREDITANDO QUE PARA SERMOS
ACEITOS PRECISAMOS AGRADAR
MOMENTANEAMENTE ALGUÉM,
NOS TRANSFORMAMOS EM UM
“EMBUSTE”, EM UM ARREMEDO DE
NÓS MESMOS. SER O QUE SOMOS
É LIBERTADOR E SÓ A PARTIR
DESSA APROPRIAÇÃO DO EU, É
QUE SAÍMOS DO AUTO-ENGANO E
PODEMOS EVOLUIR.

A felicidade está intimamente ligada com o progredi, com o desenvolver da


nossa inteligência emocional e da nossa responsabilidade afetiva com os
nossos sentimentos e com os sentimentos alheios. Usando a nossa legitimidade
podemos “crescer na escala da evolução humana”.

Filosofia da Resiliência 25
Identificar quem somos de fato para podermos modificar o que nos impede de
progredir e nos tornar a melhor versão de nós mesmos, sempre será a melhor
estratégia.

É a partir do autoconhecimento que avaliamos quais são os nossos talentos


e os colocamos no mundo como pontos fortes que nos levarão a conquistar o
nosso espaço. Não o do outro, apenas o nosso, o que nos torna únicos, e os
resultados que colheremos dele serão permanentes.

É quando paramos de comparar as diferenças que existem entre nós e


passamos a nos apropriar dos nossos recursos internos, para que possamos
parar de tentar ser quem não somos. Agradar o outro pode ser uma boa
estratégia social, mas agradar de maneira falsa e superficial não nos projetará
para o nosso lugar, pelo contrário, nos fará sair do nosso lugar para tentar
assumir um lugar que não é nosso.

O ato de agradar não precisa vir atrelado a uma falsa identidade. Caso
contrário, as outras pessoas conseguirão perceber, cognitivamente, que
a nossa atitude é falsa. Não podemos esquecer que não há disfarces sem
máscaras, e sempre que usamos máscaras os outros conseguem ver o que
está por trás.

A cognição humana é responsável por revelar a nossa verdadeira identidade


e não há atuação que consiga enganar essa verdade. SE REVELE!

Filosofia da Resiliência 26
Estamos na era da selfie, na erea do usuário de
rede social, na era da identidade virtual

Estamos na era da selfie, na era do usuário de rede social, na era da identidade


virtual. Temos que ser duas pessoas, enquanto ser real e ser virtual que se
fundem e se completam.

Hoje em dia já está extremamente difícil dissociar um do outro, uma vez que,
o nosso “eu virtual” é uma realidade concreta. Exatamente por ter existido uma
mudança grande de paradigmas e realidades, a educação está defasada, seja
a dos pais, seja a do governo ou das instituições particulares.

O tempo é outro e as adaptações têm de ser feitas, hoje mais do que nunca,
já que a mudança é quase diária. O mundo corre a uma velocidade como nunca
experienciamos na nossa existência humana. Temos que educar as crianças
como personas, indivíduos únicos, direcionados. A cada um urge um papel a
cumprir, distinto, de cunho pessoal.

Há, hoje em dia, mais do que em qualquer período histórico, a possibilidade


de criarmos ciclos de educação individualizada com base em todo o potencial
tecnológico. Essa tecnologia deve ser vista como uma aliada e não como algo
a rebater. Nós somos, hoje em dia, também produto da tecnologia que usamos
e consumimos.

Filosofia da Resiliência 27
Em última análise, o Homem molda-se a si mesmo através daquilo que
cria. E a educação deve ser moldada de forma diferente daquela que estamos
habituados até então. Os alunos devem deixar de ser vistos como um todo,
como uma massa homogênea que se comporta e pensa da mesma forma.

A HORA É DE MUDANÇA
As particularidades de cada aluno se devem sobrepor a um todo composto
pelo aglomerado. O aluno, o ser que está diante de nós deve ser visto nas suas
particularidades, deve ser motivado a desenvolver as suas capacidades, as
áreas de seu interesse e onde é particularmente notável.

O ensino deve ser feito com ritmo próprio explorando o melhor de cada um. Só
dessa forma conseguimos tirar o máximo partido de todos os recursos de que
dispomos. Todos têm um papel nesta alteração, desde os pais aos professores,
passando pelas instâncias governativas. Esse esforço deve ser conjunto para
que de fato resulte.

O desenvolvimento educacional (do indivíduo e da colectividade) passa por


uma capacidade ampla de pensar, encontrar soluções e produzir. A nossa
sociedade seria muito mais avançada e faria face a muitas problemáticas se
tivéssemos mentes a pensar de forma diferenciada. A formatação não traz nada
de positivo e nem traz inovação.

Os resultados aparecem com muito mais frequência se for dada a


oportunidade de explorar, experimentar e tentar novos caminhos e formas. O
indivíduo deve ser tratado exatamente assim, de forma especial por ser único.
Cada um de nós tem algo a acrescentar, uma ideia ou pensamento único, uma
solução, uma forma diferente de apresentar sobre outro prisma uma mesma
ideia. Dar oportunidade a uma discussão, a uma partilha levar-nos além, mais
longe.

O papel educacional é e deve ser esse: dar bases, ensinar a pensar e não
ensinar o que pensar, deve dar base e sustento para que se possa crescer
dentro da sua individualidade, mas de forma forte e segura.

Filosofia da Resiliência 28
Quando você acredita que o outro está estranho,
você fica estranho também.

As atitudes e o posicionamento do outro em relação a nós, muitas vezes,


condiciona o nosso comportamento. Nós somos o resultado das nossas
interações e das escolhas que fazemos. O modo como acreditamos que alguém
nos vê molda a forma como interagimos com ele.

Se por alguma razão, mesmo que, muitas vezes, seja fruto apenas da
nossa imaginação, acreditarmos em nosso íntimo, que alguém mudou o seu
comportamento em relação a nós. Assim, quase que automaticamente mudamos
a nossa postura com esse alguém também.

MUITAS VEZES, ACHAMOS MAIS FÁCIL ALTERAR A FORMA COMO


TRATAMOS OU NOS POSICIONAMOS FRENTE À SITUAÇÃO QUE NOS
CAUSA INCOMODO, DO QUE ESCLARECER UMA PEQUENA CONFUSÃO!

Sem intenção, acabamos gerando uma bola de neve. Há um arrastar de mal


entendidos que são gerados num vazio que perambula as nossas próprias
interpretações, o que nos leva a ações sem uma real fundamentação, frutos de
achismos e julgamentos, que nascem das nossas sombras negligenciadas e
que acabam por minar as nossas relações.

Filosofia da Resiliência 29
Quando acreditamos que alguém está agindo estranho conosco, a nossa
base de confiança sofre uma alteração, e quanto mais alimentamos esses
pensamentos, mais difícil se torna sair dessa confusão interior.

O mais simples e correto seria tentar esclarecer as coisas. Nunca terminar


um dia, uma semana ou um ciclo sem que tudo seja esclarecido para que
não fiquem assuntos pendentes que possam causar sérias magoas no
futuro. Somos seres humanos, mutáveis e se desejamos que os outros nos
compreendam, devemos também nos colocar dispostos a entender as mudanças
que ocorrem, vez ou outra, neles. O nosso humor e estado de espírito não
é constante e temos que ter consciência que o nosso comportamento pode
influenciar os outros.

DEVEMOS SEMPRE QUE POSSÍVEL TENTAR SEPARAR O FATO,


DA NOSSA INTERPRETAÇÃO DO FATO.

O nosso estado interno não é responsabilidade do outro, pelo contrário, é


de nossa extrema responsabilidade. E o outro deve se responsabilizar apenas
pela sua própria vida, e não, pelo modo como a gente se sente em relação a
vida dele.

O OUTRO TEM O DIREITO DE MUDAR, DE ESTAR BEM EM UM DIA,


E NO DIA SEGUINTE NÃO ESTAR. COMO NÓS TAMBÉM TEMOS ESSE
DIREITO.

Devemos permitir que as pessoas sejam o que desejam ser. E, parar de exigir
que elas se comportem de determinada maneira simplesmente para nos fazer
feliz. É um cuidado que devemos ter para não engrandecer e arrastar situações
desnecessárias.

O outro não está estranho! Ele simplesmente não estará sempre disposto a
agir da forma como você quer que ele aja! Compreenda e o aceite como ele é
para que ele se sinta bem ao seu lado, mesmo nos momentos onde ele não se
sente bem nem com ele mesmo.

Filosofia da Resiliência 30
As pessoas não desistem umas das outras,
elas cansam!

A desistência do outro é um sentimento triste. Ela se dá pela falta de


perspectiva do outro, quando não há mais meios nem solução, quando se
acredita que não tem mais jeito. É cansar-se mentalmente, é o esvaziamento
das forças, o desaparecimento da vontade. Onde a preguiça se instala não
pela falta de investimento afetivo ou irresponsabilidade na dinâmica da relação,
mas pela desistência das ações que tinham por objetivo inicial a reciprocidade.

Somos movidos pela esperança para alcançar nossas metas, fazemos


diversas tentativas. Quando são constantes as frustrações e rejeições, ou não
há o retorno esperado, uma sensação de cansaço e de desesperança toma
conta de nós, até chegar à desistência. Quando chegamos a este estágio é
um ponto sem retorno. Como uma energia que se esgota e não pode ser
recarregada.

O CANSAÇO COGNITIVO VEM DA CERTEZA DA FALTA DE SOLUÇÃO.

É um sentimento praticamente irreversível e por mais que a outra parte


demonstre o interesse de mudança, já não há credibilidade nem motivação.
Até quando há essa motivação, sempre existirá o receio, a sensação ansiosa e
negativa de voltar a ser como era, tudo outra vez.

Filosofia da Resiliência 31
PASSAMOS A PREVER UM COMPORTAMENTO FUTURO,
RELEMBRANDO UM PADRÃO COMPORTAMENTAL ANTERIOR.

Grande parte das pessoas estão centradas no próprio ego e obsessivas por si
mesmas. Pensam que estão com a razão, e acreditam tanto nas próprias certezas
que não conseguem reconhecer através da racionalidade a possibilidade de
estarem erradas.

Muitas outras acabam desistindo e se cansando de um relacionamento por


incompetência própria, devido à pouca capacidade de percepção sobre a vida
e sobre os outros. Boa parte delas usa da manipulação e do ambiente para
tentar entender de forma inteligente a outra pessoa ou a situação. Tentam se
antecipar ao que “acreditam” que acontecerá, e desistem antes mesmo de
começar, ou, frente as suas percepções, “antes de se machucarem”. A soberania
do desenvolvimento racional e intelectual se dá na tentativa de compreender o
outro a partir de si mesmo.

DEVE-SE SEMPRE TOMAR PARA SI A RESPONSABILIDADE


DE FAZER DAR CERTO UMA PARCERIA PARA VIDA.

Quando julgamos a competência de alguém, revelamos em nós mesmos a


falta de competência que temos em perceber o outro. Ou simplesmente não
estamos conseguindo nos conectar aos fatos ou aos motivos sem julgar.

O JULGADOR É FRACO EM DELICADEZA, POBRE EM SUTILEZA


E INCOMPETENTE NA INTERPRETAÇÃO DO OUTRO.

Sem o autoconhecimento não é possível compreender o outro. O outro


sempre carrega em si aspectos que são meus. Pois nossa condição humana,
nos coloca ora como espelho, ora como reflexo. Um dos maiores problemas
que vivemos em nossa sociedade não é somente o egoísmo, o egocentrismo,
o achismo, a falta de razão e a falta de educação, é a falta de capacidade de
pensar nas possibilidades.

Filosofia da Resiliência 32
A grande maioria das pessoas sofre por não saber administrar soluções, por
não conseguir avaliar as questões, as informações, e seus motivos, por querer
sempre impor julgamentos ao fato, e julgar sem antes ser juiz de si mesmo
nas próprias razões, é imperativo de conflito. Essa é a maior falha geológica
na linha da vida humana em nossa sociedade. É a certeza cega de pensar de
forma autorreferenciada, se colocando sempre como o “umbigo” do mundo.

É um erro casso usar o conceito do amor-próprio, consumindo-se em egoísmo


e vaidades exacerbadas. É tornar certezas, que são próprias, em axiomas
universais. É avaliar a si mesmo como um ser onipotente; e colocando no outro
o erro e a culpa. Por isso, há tantas pessoas cansadas umas das outras! Na
verdade, elas se cansam delas mesmas! A exaustão vem da indisposição em
não saber lidar com o outro, visto que pensam que os outros é que precisam se
moldar a elas.

Como justificativa de estarem esgotadas de si mesmas, cansam-se das outras


quando elas não atendem as suas expectativas egoístas. Quando não aceitam
ser da maneira que elas acreditam ser as corretas.

CHEGAR AO PONTO DE NÃO SE CANSAR DE NINGUÉM É UMA


MANEIRA INTELIGENTE DE VIVER E DE ENCONTRAR UM MELHOR
EQUILÍBRIO E SAÚDE.

Quem se cansa do outro por questões comportamentais prova falta de


humildade! Se cansar é pensar que é maior e melhor que o outro e que, por isso,
não precisa dele. Na grande corrente humana, todos os elos são importantes.

Para que esse caleidoscópio humano seja rico, colorido, completo em toda
a sua diversidade, é necessário que façamos conexões de forma equilibrada.
Que desenvolvamos uma engrenagem relacional que nos confira a capacidade
de experimentar o lado bom da vida, o bem do mundo e o melhor de nós!

Filosofia da Resiliência 33
“Pandemia faz a procura por profissionais de saúde
mental aumentar consideravelmente!”

Ansiedade, desmotivação, medo, depressão, claustrofobia, TDAH, TOC,


são inúmeras as enfermidades mentais que podem resultar neste período de
pandemia. Os profissionais de saúde nunca foram tão procurados e neste
momento, este tipo de preocupação pode ser tão grande quanto à infecção por
coronavírus.

É necessário lembrar que um hormônio neurotransmissor descontrolado pode


acarretar em diversos outros tipos de doenças ou transtornos, seja de quem não
tinha enfermidades, seja de quem tinha propensão a ter, ou de quem já tinha e
acentuou-se. O confinamento, o receio econômico, o medo de ser infectado, a
preocupação com os mais próximos, tudo isso ativa o alerta de perigo.

Veja como nosso organismo responde ao perigo para entender como uma
faísca, a ansiedade, pode levar a tantos outros problemas: A ansiedade é uma
pendência, é a incerteza do futuro, é o mecanismo de defesa natural para que
possamos ter a pulsão necessária para agir em busca de uma saída do perigo.

Filosofia da Resiliência 34
O receio, que é o medo em diferente potência, faz com que o organismo
libere o hormônio cortisol, necessário para nos ajudar a sair de uma ameaça.
Assim nosso cérebro entende o momento, como uma ameaça, derivado
do medo, aumenta-se então a produção de cortisol que aumenta a glicose
sanguínea e, esta por sua vez, é o combustível, a energia, necessária para a
ação.

Isso até então parece ser bom, mas quando esse mecanismo é acionado
repetidamente, torna-se prejudicial ao nosso sistema imunológico aumentando
a morte celular e dos neurônios. Ou seja, a cada vez que nos estressamos
ou entramos em estado de pânico, ou quando temos um estresse contínuo,
estamos matando os nossos neurônios.

ESTAMOS ADAPTADOS A LIDAR COM O ESTRESSE, MAS


NÃO COM A FREQUÊNCIA DO ESTRESSE QUE OCASIONA
UM EFEITO CASCATA E DESENCADEIA DIVERSOS OUTROS
PROBLEMAS COM O DESGASTE DO ORGANISMO.

O tipo de resposta de cada indivíduo depende, não somente da magnitude


e frequência do evento que leva à ansiedade que promove o estresse como
mecanismo de ação, como também da conjunção de fatores ambientais e
genéticos. Assim como a capacidade individual de interpretar, avaliar e elaborar
estratégias de enfrentamento são parte da personalidade do indivíduo que é
moldada à partir da priori genética de personalidade somando a fatores
externos.

Relação da ansiedade com as doenças


A ansiedade que promove o estresse pode levar a depressão, pois está
relacionada ao descontrole nos neurotransmissores devido a traumas e
acontecimentos estressores. As chances da ansiedade se tornar uma
depressão quando é contínua ou acentuada, está relacionada aos fatores
genéticos e possibilidades de acordo com o tipo de vida do indivíduo. O
comportamento é o melhor mecanismo para não deixar chegar a esta doença.
Em tempos de pandemia, todos esses fatores podem prejudicar quem já possui
o diagnóstico e pode levar a depressão àqueles que tem propensão a ela.

Filosofia da Resiliência 35
Transtornos como claustrofobia podem ser acentuados com a condição de
permanecer em ambientes fechados, sendo necessário que esses indivíduos
possam buscar o meio externo mais vezes, além de tratamentos que incluem
um melhor controle mental, por exemplo, respiração, entre outros métodos que
controlem a ansiedade.

Para pacientes com TOC (Transtorno obsessivo-compulsivo) e TDAH


(Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade) onde a ansiedade não deixa
de ser um inimigo quando acentuada, pode potencializar os sintomas e prejudicar
a vida dessas pessoas sendo necessário a busca de uma terapia.

Muitas doenças, transtornos e síndromes são relacionadas à ansiedade,


sejam doenças em que ela é o fator principal, ou enfermidades em que pode
potencializar a ansiedade, trazendo maiores consequências e levando a outros
males. Devido a isso, o número de procura pelos profissionais de saúde mental
como psicanalistas, psicólogos, psiquiatras e neurologistas, aumentou muito
neste momento de pandemia.

Vivemos um momento em que a atenção para o comportamento se torna


redobrado, e a necessidade de uma autoanálise é crucial para evitar danos
maiores em nossas vidas e das pessoas que amamos. Além de nós, tem toda
a humanidade, pois, se grande parte das pessoas não estão bem, elas não
serão produtivas e não farão o que é bom e necessário para a sociedade que
fazemos parte. Num comboio social em que um precisa do outro de alguma
maneira, precisamos cuidar uns dos outros.

Filosofia da Resiliência 36
Enquanto você não terminar aquilo que começou,
não encontrará coisa melhor!

A vida, por vezes, toma rumos inesperados. O que tomamos como certo num
dia pode não o ser. A nossa saúde, o nosso emprego, a nossa relação, a nossa
vida financeira, pode mudar num ápice de segundo. Contudo, não devemos
deixar pendências na nossa vida. Todo e qualquer assunto ou problema deve
ser resolvido definitivamente para que não nos venha a afetar no futuro. Não
terminar ou esclarecer algo no presente pode tornar a sua vida mais penosa no
futuro.

ASSUNTOS MAL RESOLVIDOS SÃO COMO PEDRAS NO SAPATO.

Por vezes, não as negamos e jogamos para de baixo do tapete para não
as sentir, mas, a qualquer momento elas vão magoar e dificultar a nossa
caminhada. Além do mais, não terminar um assunto faz com que não
consigamos aproveitar na totalidade todas as novas oportunidades que a vida
nos apresenta.

TEMOS VIRAR A PÁGINA, E COMEÇAR DE NOVO COM FOLHAS


LIMPAS PARA QUE O PASSADO NÃO PESE OS NOVOS DIAS.

Filosofia da Resiliência 37
Assim é um tudo na vida: Pontas soltas são oportunidades que
negligenciamos e que devem ser visitadas para o nosso crescimento pessoal,
para não se tornar algo que venha a nos magoar. Devemos encarar cada
desafio como oportunidade de transformação, de mudança para o bem.

NUNCA DEVEMOS COMPARAR UM MOMENTO PASSADO COM


UMA POSSIBILIDADE FUTURA, POIS TUDO O QUE É NOVO É
ESSENCIALMENTE DIFERENTE.

O passado não deve fazer sombra no presente. Porém, não deve ser
determinante, pois acolhemos essa experiência e aprendemos com ela. Não
podemos, por exemplo, ser negativos em relação ao novo emprego só porque
o anterior se revelou uma má experiência. Devemos tomar o aprendizado e
abandonar as mágoas.

Mágoas são pendências que nos adoecem. Devemos terminar tudo o que
começamos para que possamos dar passos firmes em direção a um futuro
melhor. Feche os ciclos e inicie uma nova jornada com amor, e verá a sua vida
melhorar consideravelmente.

Filosofia da Resiliência 38
A ansiedade nos leva a pensar que algo
ruim está prestes a acontecer

A ansiedade está relacionada com sentimentos de humor baixo, tristeza,


frustração, cansaço e preocupação. Ela promove uma maior interação entre a
amígdala e o hipocampo no cérebro e estes estão relacionados às recordações
de memórias emocionais.

Ansiedade é uma pendência, uma fuga de algo que precisamos resolver ou


escapar, e absortos nela é natural que as memórias negativas venham à tona
para que possamos nos defender. A sensação de que algo ruim vai acontecer,
pode acontecer por inúmeros fatores e vou enumerá-los:

Ansiedade: Ansiedade é uma luta/fuga, um instinto de sobrevivência, uma


expectativa apreensiva com relação ao que está por vir. Essa expectativa gera
preocupação que se assimila a sensação de que algo ruim está por vir.

É FICAR PRESO NO
PASSADO EM SUAS DORES
E JULGAMENTOS COM
MEDO QUE SE REPITAM
NO PRESENTE. É FICAR
PROJETANDO CATÁSTROFES
FUTURAS SEM SE ATER AO
QUE PODE SER FEITO
NO AQUI E AGORA.

Cafeína: A cafeína ou produtos que contenham este composto químico


provoca ansiedade em pouco tempo, podendo ter reações em um longo
período e até mesmo podem ser cumulativos. A cafeína é uma droga
psicotrópica do grupo dos estimulantes do sistema nervoso central e aumenta
a ansiedade.

Filosofia da Resiliência 39
SE VOCÊ SOFRE COM A ANSIEDADE E VIVE PREVENDO QUE ALGO
RUIM PODERÁ ACONTECER, PARE DE CONSUMIR OU DIMINUA A
QUANTIDADE DIÁRIA DE CAFÉ.

Pensamentos negativos: Quando temos pensamentos negativos ou


estamos passando por algum problema, essa atmosfera negativa ativa a
ansiedade, que por sua vez traz esta sensação de que algo ruim acontecerá.

TROQUE OS SEUS PENSAMENTOS, SEMPRE QUE ELES TE


VISITAREM E ACREDITE, VOCÊ NÃO É OS SEUS PENSAMENTOS.

Intestino: Este, que já foi chamado de segundo cérebro, é o responsável


pelo equilíbrio e a harmonia na microbiota intestinal, e é o grande responsável
também pelo equilíbrio do humor. Quando algo está errado em nosso intestino,
deixamos de produzir hormônios do bem estar e o desequilíbrio leva a
um estado de alteração de humor que revela o estresse e consequentemente
desencadeia as crises de ansiedade. Se alimente bem e não se descuide dessa
parte tão importante do seu corpo!

UM INTESTINO REGULADO, EQUILIBRA O NOSSO HUMOR E NOS


TIRA A SENSAÇÃO DE QUE ALGO “NÃO ESTÁ CHEIRANDO BEM”.
CUIDE-SE!

Ou seja, tudo que esteja relacionado à ansiedade gera a sensação de que


algo ruim está para acontecer, já que mergulhamos em uma atmosfera
negativa de pensamentos, como um mecanismo de defesa para não ter que
reviver acontecimentos traumáticos, ou que nos geraram algum desconforto
ou algo negativo.

Se você está se sentindo assim: só pare e respire. Veja o que está acontecendo
agora. Agora, nesse instante, está tudo bem? Algum desastre está acontecendo
agora? Ou essa angústia é fruto da sua imaginação e dos seus sentimentos
de insegurança? Não se deixe levar por esses sentimentos que te limitem e te
impedem de viver o agora! Siga em frente fazendo o seu melhor e pense sempre
positivo!

Filosofia da Resiliência 40
As mesmas mãos humanas que criam a evolução e
o progresso podem destruir o outro e o mundo!

Mãos que criam as obras de arte dos museus, os objetos do quotidiano, a


maquinaria e, em última análise, a nós mesmos. Evoluímos nosso cérebro, pois
nos tornamos bípedes, e usamos as nossas mãos para, literalmente, construir a
nossa evolução. Mas as mãos não são apenas funcionais. Através delas, temos
a sensibilidade, sentimos a emoção e o sentimento, que pode ser transmitido
num simples aperto de mão, no carinho na palma da mão e no toque.

EXPERIMENTE ACARICIAR DESLIZANDO OS DEDOS NA PALMA


DA MÃO DE QUEM AMA E PERCEBA POR SI MESMO.

As mãos são por isso uma metáfora da evolução do ser humano em seu
conjunto. Representam a dádiva ou infortúnio, mas são também a prova que
quando o nosso cérebro sonha a obra nasce.

AS MESMAS MÃOS HUMANAS QUE CRIAM A EVOLUÇÃO E O


PROGRESSO. PODEM CONQUISTAR PESSOAS OU DESTRUIR O
OUTRO E O MUNDO!

As mãos enquanto objeto criador funcionam como uma extensão das ideias,
a mente pensa e o corpo cria. Além da criação, as mãos são um veículo de
sentimento e sensações. Através delas temos a sensibilidade, sentimos a
emoção e o sentimento, que pode ser transmitido num simples aperto de mão,
no carinho na palma da mão e no toque.

Use suas mãos para criar progressos extraordinários em sua vida e na vida
dos outros, e guarde-as caso a vontade seja de apontar os erros dos outros,
digitar críticas infundadas, estapear quem pensa diferente, ou qualquer ação
que venha a destruir o sonho de um outro alguém. As mãos, que causam
destruições e sofrimentos, podem ser utilizadas para fazer o bem e trazer
mudanças significativas ao mundo! Escolha o que fazer com as suas mãos, e
sinta o poder que elas possuem em realizar coisas extraordinárias.

Filosofia da Resiliência 41
Existem pessoas que se preocupam tanto com o
amanhã que deixam de viver o hoje.

A pandemia mudou muitas mentes. Nos fez perceber que o amanhã não é
mais importante que o hoje. Não estou dizendo que devemos viver somente o
hoje como se não houvesse o amanhã, mas sim, que temos que nos precaver
agora para obter os melhores resultados amanhã. Devemos pensar muito bem
antes de fazer e estipular planos e metas, que também resultem num final feliz,
ou pagaremos o pato depois. Mas a preocupação excessiva com o amanhã
não nos permite viver o hoje, nos paralisando e congelando em um estado de
sofrimento.

VIVER O HOJE COM RESPONSABILIDADE É FAZER O DEVER


DE CASA DE UMA REALIDADE FELIZ.

A pandemia nos fez perceber que não somos imortais, nos trouxe a
consciência da morte e com ela a valorização da vida. É preciso que nos
conscientizemos de que devemos fazer tudo em nossas vidas com equilíbrio
e amor, e assim teremos menos motivos para nos preocupar. Organize as
pendências, avalie as preocupações por ordem de prioridade e resolva-as de
maneira que não consuma o presente, apenas sirvam de inspiração para criar
o futuro.

Filosofia da Resiliência 42
FILTRE OS EXCESSOS
QUE NOS TIRAM DO EIXO
NECESSÁRIO PARA A
SAÚDE MENTAL. PESSOAS
ANSIOSAS ESTÃO CHEIAS
DE FUTURO, E PESSOAS
DEPRIMIDAS ESTÃO CHEIAS
DE PASSADO.

O estressado está paralisado no presente, sem conseguir articular


pensamentos que possam avaliar os resultados para melhor planejar o futuro.
Pessoas ansiosas estão se ocupando do que ainda não aconteceu e, portanto,
negligenciando o passado que é uma posse (experiência, conhecimento,
sabedoria), que norteia para a próxima etapa da vida. Se o passado nos confere
uma posse, o futuro está em construção, justamente no tempo que podemos
ainda alterá-lo: o presente.

Por tanto, viva o presente como um belo momento de construção e


resolução de conflitos. Faça o que tem que ser feito hoje para ter bons
resultados amanhã. Não tema, não se prenda, não se limite! Viva uma vida
que vale a pena ser vivida hoje, e enfrente os desafios que a vida impõe
com coragem e resiliência.

Filosofia da Resiliência 43
O mal do século: A ansiedade que te faz desperdiçar
o presente, temendo o futuro!

Podemos definir a ansiedade como uma pendência, ou mais claramente


falando, uma fuga da realidade, do presente, do agora, de tudo que de fato é
verdadeiro. É uma necessidade de ter que resolver algo e esse desejo de ter
que resolver algo faz parte do instinto de sobrevivência, mas o que não fica
claro é que “algo” é esse que precisa ser resolvido. Dessa indefinição, nasce
um sentimento de impotência que invalida a ação no presente. Aí começam os
problemas mais graves.

Essa necessidade vem da região mais primitiva do cérebro, aquela em que


são armazenados os traumas, a negatividade, os medos a consciência dessa
fuga. Isso é necessário para que possamos “nos salvar”, afinal, era na
ansiedade que buscávamos a pulsão necessária para fugir do perigo desde
os primórdios.

A ANSIEDADE É UM RECURSO INTERNO QUE BUSCA MEMÓRIAS


DE MEDO PARA QUE VOCÊ POSSA SE DEFENDER OU BUSCAR UMA
SOLUÇÃO RÁPIDA.

Podemos dizer que essa é a razão dessa memória do medo permanecer em


nós. Estamos muito ansiosos hoje em dia porque temos muitas pendências, e
ainda criamos, diariamente, mais tantas!
Essas pendências são frutos das situações já vivenciadas e que não foram
resolvidas por nós. Muitos conflitos emocionais que negligenciamos ao longo
do tempo, e que acreditávamos já termos superado, acabam ressurgindo de
tempos em tempos para nos mostrar que não estamos no controle. Só dizer
que já superou não é o suficiente, e de fato, por não darmos a devida atenção
a essas questões, a gente não só deixa de viver o presente, como teme
o futuro por não conseguir cumprir todas essas demandas. Por temer não
conseguir cumprir essas pendências todas e por carregar esse desejo de ter
que solucionar tudo o que nos cerca, o cérebro resgata as memórias negativas.
Elas te colocam numa atmosfera pesada, fazendo com que você sinta mais
medo ainda.

Filosofia da Resiliência 44
Caso você não busque ajuda para olhar para o presente com mais
confiança, esse medo crescerá e se tornará incapacitante a ponto de, todas
as vezes que você pensar no que poderá acontecer no futuro, um estado
de pânico te dominará, e você não conseguirá controlar mais nada, nem a
si mesmo.

Não são os pensamentos positivos inventados, forçados, ou palestras


motivacionais que trarão a solução para este mal, até porque a ansiedade não
é um mal e sim uma reação natural. Sem ela, não viveríamos. Cabe a nós
sabermos usar a nossa ansiedade e não criar meios para potencializá-la a
ponto de causar uma disfunção neuronal e virar uma doença ou algo que nos
impeça de ser feliz.

Procure um profissional de saúde mental para aprender a lidar com a


ansiedade. Ela é positiva quando aprendemos a lançar mão dela. Mas quando
não sabemos usá-la a nosso favor, ela nos domina, e logo perdemos a noção de
tempo e espaço, além de temermos coisas que simplesmente não tem nenhuma
razão lógica para temer.

Busque ajuda, se esse é o seu caso! Tome a sua vida em suas mãos, e não
se deixe a deriva. Ande com passos firmes em direção à uma vida saudável e
feliz. Não passe mais tempo sofrendo calado e sozinho.

A sua vida poderá ser muito feliz se você entender a importância de aprender
a lidar com as suas emoções e com os seus recursos internos. Você precisa
aprender a se perguntar todas as vezes que sentir medo: Isso está acontecendo
agora? Respirar profundamente até se acalmar com a resposta… NÃO!
ISSO JÁ ACONTECEU, E NÃO VOLTARÁ A ACONTECER! É simplesmente,
LIBERTADOR!

Tente! E como já foi dito, se não conseguir sozinho, procure ajuda profissional.

Filosofia da Resiliência 45
Os altos índices de transtornos mentais estão
destruindo milhares de famílias!

Se alguém dentro da estrutura familiar descompensa emocionalmente, esse


será sempre um motivo causador de conflitos, pois o equilíbrio do ambiente
familiar ou profissional é altamente ameaçado quando um dos seus membros
se enfraquece.

O agravante é que vivemos um momento em que poucas pessoas estão


conseguindo se manter bem. Logo é difícil ser o suporte do outro quando
se necessita de ajuda também. Mesmo que exista alguém, dentro do nosso
convívio, que o consiga se manter equilibrado e vislumbrar uma esperança,
se a situação de conflito se prolongar muito acabará por gerar estragos
emocionais significativos.

PAIS E FILHOS TÊM PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO, MUITOS


CASAIS ACABAM VIVENCIANDO ISSO TAMBÉM, E ESSA UNIÃO DE
VÁRIOS CONFRONTOS DESEQUILIBRAM UMA FAMÍLIA.

Todos nós vivenciamos conflitos diariamente, a diferença é que um deles


é capaz de revelar os indivíduos já adoentados. Enquanto isso, aqueles que
já trabalham a inteligência emocional há algum tempo conseguem encarar os
“problemas” como desafios que merecem solução rápida.

Levando em consideração que disfunções neuronais acabam por


levar muitas pessoas à depressão, por exemplo, e que qualquer disfunção
neuronal é uma doença que merece atenção, se em momentos de pressão
um indivíduo perde o controle, isso prova que já há uma doença que só
precisava de um gatilho para eclodir.

É necessário usar da inteligência emocional para ser o controle da família


e trazer uma resposta positiva às situações mais desafiadoras. Mas, quando
estamos doentes, a única coisa que conseguimos fazer é reagir. E as nossas
reações, quando estamos doentes, são sempre agressivas e trazem à luz mais
problemas do que já estávamos habituados a enfrentar.

Filosofia da Resiliência 46
Milhares de famílias viram seus lares desmoronarem nesse período
de quarentena, por conta da falta de estrutura emocional dos indivíduos
envolvidos. O que muitos não sabem é que a calma e a positividade de um
podem contagiar ou amenizar os outros. Assim como o pessimismo de um
pode contaminar toda uma família dentro de uma atmosfera negativa, caso
os envolvidos não conheçam os recursos a serem usados nesses momentos
de descontrole mental e emocional. Vivemos um momento em que uma
infinidade de pessoas se encontra ansiosas com medo do futuro.

A ANSIEDADE RESGATA MEMÓRIAS NEGATIVAS E ESSE RESGATE


NOS COLOCA EM UMA ATMOSFERA DESFAVORÁVEL.

Geralmente, o membro da família ou da organização que se encontra mais


equilibrado tem o poder de iluminar e pacificar os conflitos trazendo luz ao
problema vivido. Quando não existe um membro equilibrado, tudo entra em
ruptura.

Cada membro da família ou equipe, já que uma família é também é uma,


tem suas nuances comportamentais. Mas, aquele que está mentalmente mais
saudável precisa desejar manter a harmonia, sem se impor com severidade,
acolhendo com amor, para que não sofram todos as consequências de uma
desordem generalizada. Esse membro equilibrado deve se portar como
um verdadeiro líder, que não humilha e nem ofusca os outros com os seus
conhecimentos, mas que mostre o melhor caminho com amor e compaixão.

Comportamentos equivocados, maus hábitos, falta de organização, e falta


de respeito ao espaço e ao momento do outro são indícios de um eminente
desmoronamento da relação.

No lado oposto, o incentivo, a alimentação saudável do físico, do mental e


do espírito, a capacidade de inventar jogos e brincadeiras que tragam alegria
e mudem a vibração do ambiente, assistir filmes e séries que possuam
conteúdos edificantes, ler bons livros para aprender melhor a si e a todos ao
seu redor, são ferramentas importantes que você pode usar para equilibrar a
sua família e manter todos dentro de uma atmosfera positiva.

Filosofia da Resiliência 47
Nunca desista da sua missão impressionante que está impregnada de amor
e compaixão. Essa missão é a harmonia familiar e a transformação que somos
capazes de fazer dentro de nós e nos corações daqueles que amamos.

ESSA TRANSFORMAÇÃO É TÃO EXTRAORDINÁRIA QUE


É CAPAZ DE RESPINGAR EM TODOS A NOSSA VOLTA.

E sem nenhum conflito, sem nenhuma exigência, sem julgamentos, apenas


buscando soluções possíveis através do respeito e da compreensão profunda
do outro, podemos realizar verdadeiras mudanças na atmosfera do nosso
lar. Podemos curar antigas feridas que teimam em se manifestar quando nos
justificamos e nos sentimos inocentes diante de uma situação desfavorável e
nos movemos para culpar o outro por todas as dores que sentimos.

Seja o equilíbrio do seu lar e para aqueles que convivem com você. Seja o
exemplo para outras famílias seguirem. Se não está conseguindo ser a solução,
ao menos não seja mais um problema. EXISTEM MUITAS FORMAS DE SE
EQUILIBRAR! PROCURE AJUDA!

Famílias se dissolvem no ar porque preferem brigar, discutir, confrontar


e apontar o dedo. Se colocam como melhores uns que os outros, e esses
comportamentos não ajudarão em nada, só os afundarão ainda mais em um
sofrimento profundo!

EXISTE UM CAMINHO PARA SAIR DO SOFRIMENTO, E PARA


EQUILIBRAR O SEU LAR, MAS VOCÊ PRECISA QUERER!

Precisa se colocar diante da vida e daqueles que ainda não te compreendem


com a amor e se afastar caso não sinta que consiga lidar com isso agora.
No entanto, esse afastamento não precisa causar dor em ninguém, pode ser
também feito de forma equilibrada e amorosa.

AO MENOS TENTE! LEVE AMOR PARA DENTRO DA SUA FAMÍLIA E


DAS FAMÍLIAS QUE VOCÊ CONHECE! SEJA AMOR! SE EQUILIBRE!

Filosofia da Resiliência 48
Aquele que fracassa é aquele que tentou
agradar todo mundo!

Já dizia a célebre e consagrada frase: “Não podemos agradar gregos e


troianos”. Mas, alguns atos de bondade de algumas pessoas são bonitos de
se ver, porque vem da personalidade delas. Há pessoas que gostam de cativar
as outras e geralmente elas têm uma tendência a serem bem quistas por uma
maior quantidade de pessoas do que aquelas que não gostam de agradar os
outros.

Agora, um alerta: se você só agradar os outros e não olhar também para si


mesmo, vai deixar de resolver as suas pendências e aí pode vir a fracassar. Tudo
na vida precisa de equilíbrio. É bonito satisfazer os outros, afinal você fica “bem
na fita”. Se você agradar os outros você vai ter um maior número de pessoas
que gostam de você? Sim, mas se você esquecer de si próprio, deixará então
de viver sua própria vida, e não se sentirá feliz.

Então, é necessário ter uma dose de inteligência emocional para equilibrar


as ações, ou seja, agrade a todos porque sua personalidade é agradável. Não
meça esforços para ajudar quem acredita ser merecedor desta ajuda e também
auxilie aqueles que não merecem.

Filosofia da Resiliência 49
Lembre-se sempre de uma coisa:
Agradar não é o mesmo que ajudar.
Você pode ajudar alguém sem ter que
bajulá-la ou até mesmo, sem ter que
se anular para isso. Ajudar, quando
for possível e quando essa ajuda não
for te agredir ou te prejudicar é sim
uma atitude nobre. Mas agradar só
para ficar “bem na fita”, vai revelar a
você muitos seres humanos ingratos.
Portanto, ajude sim, desde que isso
não exija que você gaste toda a sua
energia com os outros, ficando sem
tempo e energia para si mesmo.

Resolva as suas pendências, esteja confortável com a sua vida, cuide


da sua saúde mental e priorize o seu bem estar em relação à sua própria
vida. Agindo assim você agradará ainda mais os outros, não só de forma
inteligente, mas dando o seu exemplo.

Afinal, quando você se dedica com amor à sua própria vida você alcança o
sucesso e, satisfeito com a própria jornada, você conseguirá ser agradável
e ajudar muito mais os outros. Por outro lado, aquele que deixa sua vida de
lado para agradar todo mundo, fracassa!

Filosofia da Resiliência 50
Conclusão

Somos a causa, a razão e a circunstância. O resultado do que promovemos,

se ao nascermos nos isolássemos do mundo e de todos e até de nós mesmos,

viveríamos e logo morreríamos sem sequer sermos notados.

A cada ato, cada respiração, pensamento e intenção, definimos o caminho a

ser traçado e sofremos as consequências das escolhas erradas. Sofremos as

consequências da irresponsabilidade de quem nos criou e do mundo que nos

orientou.

Contra todo esse resultado desfavorável, seja dos nossos atos ou do acaso,

somos nós os donos de nossa consciência e inconsciência a descobrir o caminho


para uma solução gradativa ou definitiva para a felicidade ou, pelo menos, para

a paz de espírito, ou, equilíbrio mental.

Nossos comportamentos promovem hábitos que trazem os resultados, e eles

são o único e eficaz remédio para todos os problemas relacionados à mente.

Filosofia da Resiliência 51
Sobre o autor
Fabiano de Abreu é membro da Mensa,
associação de pessoas mais inteligentes do
mundo com sede na Inglaterra conseguindo
alcançar o maior QI registrado com 99 de percentil
o que equivale em numeral a um QI acima de 180.
Especialista em estudos da mente humana, é
membro e sócio da CPAH – Centro de Pesquisas
e Análises Heráclito, com sede em Portugal e
unidades no Brasil e na Holanda.

Tem como objetivo primário alcançar a


psique através da matéria. Abreu possuí
a profunda convicção que tudo na vida
tem uma explicação e uma razão final dentro de um raciocínio lógico
determinado. Conforme refere, “Mediante as razões há somente uma
razão que impera e na falta de consenso a estatística encontra a solução.”.
Com base neste pensamento, dedica-se ao estudo da neurociência que em
conjunto com neuroplasticidade tenta compreender a psicanálise. Há um
todo que é necessário estudar e conjugar para compreendermos a nossa
personalidade. Esta, incluí desde a alimentação até aos comportamentos
determinados através da ética e da moral. A finalidade é encontrar caminhos
para melhorar o nosso bem-estar. Criou a teoria da ‘Psicoconstrução -
Arquitetura da mente humana’ onde concluí a existência de uma mente
primitiva impressa a partir da hipófise no esfenóide. Seus estudos encontram
técnicas para resolver ou amenizar problemas comportamentais e de
personalidade.

Criou poemas filosóficos para escolas de Minas Gerais para alunos que
estavam desinteressados em aprender filosofia. “Assim como o funk não sai
da cabeça por causa da rima, a rima facilita na absorção do conhecimento
filosófico já que, ela contém o ingrediente emocional para o armazenamento
mental”. Recordista na criação de personagens para a imprensa, apontou
a filosofia como responsável pela criatividade já que, antes de criar um
personagem, ele faz o que chama de ‘mapeamento da alma’ para criar uma
‘propriedade intelectual’ que chame a atenção do jornalista e do público. Seus
livros foram doados para universidades e bibliotecas do Brasil, Portugal,
Angola, Paraguai e Espanha. Dedica parte da sua vida à produção gratuita
de conteúdos que contribuam para um conforto social. Possui colunas nos
maiores portais de resiliência e humanas da lusofonia que somam mais de 100
milhões de seguidores em suas redes sociais.
Filosofia da Resiliência 52
Bacharel em Neurociência pela Emil Brunner Especialização em Riscos Psicossociais
World University, nos EUA pela Traininghouse em Portugal
Pós Universitário em Neuropsicologia pela Especialização em Gestão de Tempo pela
Cognos em Portugal Traininghouse em Portugal
Pós Universitário em Neurociência, Especialização em Neurociências e
propriedades elétricas dos neurônios - Comportamento Humano - Instituto Gaio -
Universidade de Harvard, nos EUA Unesco
Pós Universitário em Neurociência - Especialização e Neurociência em
Universidade de Harvard, nos EUA Cognição - Instituto Gaio - Unesco
Pós Graduação em Neurociência - Especialização em filosofia - Ética da
Universidade Faveni - Brasil Felicidade pela Universidad Javeriana da
Pós Graduação em filosofia, Idealismo Colômbia
filosófico e visões do mundo - Universidade Especialização em Introdução a
Autônoma de Madrid, Espanha psicopedagogia e inclusão social - Instituto
Registro 0.0543 0 Sociedade Brasileira de Gaio - Unesco
Psicanálise Clínica e SBPC Especialização em Perícia Judicial no
Formação em neuropsicanálise pela SBPC Serviço Social e na Psicologia - Instituto
Formação em psicanálise registro SPSIG Gaio - Unesco
2515/5476 - Instituto Gaio - Unesco Especialização em Gestão de Políticas
Mestre em Psicanálise - Instituto Gaio - Públicas e Sociais - Instituto Gaio - Unesco
Unesco Certificação no curso de Neurociência
MBA em Psicologia Positiva - e Desenvolvimento pessoal - Na Brain
Autorrealização, Propósito e Sentido de Vida Academy - Bruxelas
- PUC RS Certificação no curso Competências
Registro jornalista FENAJ: 0035228/RJ - profissionais, emocionais e tecnológicas
Brasil pata tempos de mudança, PUC RS, Brasil.
Registro jornalista Internacional IFJ: BR16791 Certificação no curso de Introdução à
Registro jornalista CCPJ 7842-A - Portugal Filosofia da Passagens Escola de Filosofia
Membro Mensa número: 1625BR Certificação no curso de Terapia cognitivo -
Especialização em Neuroplasticidade com comportamental na UP - Brasil
Gregory Caremans - Na Brain Academy - Certificação no curso de Neuroanatomia na
Bruxelas UP - Brasil
Especialização em Filosofia no curso História Certificação no curso de neuropsicologia na
de La Ética pela Universidad Carlos III de UP - Brasil
Madrid Certificação em Espanhol pela IBL -
Especialização em Filosofia no curso Argentina
Cosmovisiones Universidad Autónoma de Certificação jornalismo no Facebook
Madrid Registro Intel Reseller Technology -
Especialização em Redação técnica para Especialista em tecnologia; IP:10381444
laudos, relatórios e pareceres - Instituto Gaio
- Unesco Registro e currículo como pesquisador:
Especialização em Nutrição Clínica pela http://lattes.cnpq.br/1428461891222558
Traininghouse em Portugal
https://www.doctoralia.com.br/fabiano-de-
Filosofia da Resiliência abreu/psicanalista/rio-de-janeiro 53
Livros

Sete pecados capitais Romantizando


que a Filosofia explica a Filosofia

Filosofia do Filosofia da
Comportamento Educação

Como se tornar Viver pode não


uma celebridade ser tão ruim

MF Press Global MF Press Global


Dicas de especialistas Dicas de especialistas
de moda de saúde

Filosofia da Resiliência 54
Filosofia da Resiliência 55

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