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Física e Química A

Prova-modelo de exame 1

GRUPO I

Na figura está representado o diagrama de ní- n=∞


n=5
veis de energia do átomo de hidrogénio, no qual n=4
D G
estão assinaladas oito transições eletrónicas, n=3
A n En / (10–18 J)
A, B, C, D, E, F, G e H. As energias dos quatro C F H
primeiros níveis são as indicadas na tabela. n=2 4 –0,136

1. A
 variação de energia do átomo de hidrogé- 3 –0,242
nio na transição E é
B E 2 –0,545
(A) −2,315 × 10−18 J. (C) −2,043 × 10−18 J.
1 –2,179
(B) 2,315 × 10−18 J. (D) 2,043 × 10−18 J.
n=1

2. Das oito transições assinaladas, a F corresponde à __________ do fotão de __________ frequência.

(A) emissão … maior (B) absorção … maior (C) emissão … menor (D) absorção … menor
DT_ENFQ11_180
1p · FR

3. As transições eletrónicas __________ pertencem à mesma série espetral e correspondem a riscas na
região do __________.

(A) G e H … visível (B) G e H … ultravioleta (C) B e E … visível (D) B e E … ultravioleta

GRUPO II

A primeira mistura gasosa utilizada na soldagem foi


uma mistura dos gases hidrogénio, H2 (g), e oxigé- V / dm3

nio, O2 (g).
6,0
Considere uma mistura de H2 (g) e O2 (g), com
5,0
80,8% (V/V) de H2 (g).
4,0
O gráfico da figura representa o volume, V, dessa
3,0
mistura em função da quantidade de matéria total,
n, à pressão de 2 atm e à temperatura de 19 °C. 2,0
1,0
1. A
 composição da mistura, em volume, em O2 (g) é 0,0
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70
n / mol
(A) 1,92 × 105 ppm. (C) 8,08 × 105 ppm.
(B) 1,92 × 107 ppm. (D) 8,08 × 107 ppm. DT_ENFQ11_181
1p · FR

2. Q
 ual das expressões traduz o número de átomos em 3,0 dm3 da mistura a 19 °C e à pressão de 2 atm?
6,02 × 1023 × 2
(A) (C) 0,25 × 6,02 × 1023 × 2
0,25
6,02 × 1023 × 4
(B) (D) 0,25 × 6,02 × 1023 × 4
0,25

3. Determine a massa volúmica da mistura nas condições de pressão e de temperatura dadas.


Apresente todas as etapas da resolução.

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Exame FQ11_Provas Modelo_pp5.indd 332 26/07/2019 15:54


PROVA-MODELO DE EXAME 1

4. A reação entre o hidrogénio e o oxigénio pode ser representada pela equação seguinte:
2 H2 (g) + O2 (g) → 2 H2O (g)
Esta reação, à pressão de 1 bar e a 25 °C, liberta 286 kJ por calor, por cada mole de água formada.
A expressão que relaciona as energias de ligação de reagentes e produtos é

(A) 2 E(H–H) + E(O=O) − 2 E(O–H) = −286 kJ. (C) 2 E(O–H) − 2 E(H–H) − E(O=O) = −286 kJ.
(B) 2 E(H–H) + E(O=O) − 4 E(O–H) = −2 × 286 kJ. (D) 4 E(O–H) − 2 E(H–H) − E(O=O) = −2 × 286 kJ.

GRUPO III

A água do mar tem dissolvidas várias substâncias, sendo o sal maioritário o cloreto de sódio, NaC.

1. P
 ara uma água do mar com salinidade de 35 g/kg, os valores comuns das percentagens em massa dos
iões cloreto, C−, e sódio, Na+, são 1,94% e 1,08%, respetivamente. Existem ainda, por quilograma de
água, cerca de 6,23 × 1022 iões de outras espécies.

1.1 Determine o quociente entre a quantidade de iões cloreto e a quantidade total de iões da água do
mar considerada.
Apresente todas as etapas de resolução.
1.2 Explique porque é que o raio atómico do sódio é maior do que o raio atómico do cloro.
Tenha em consideração as configurações eletrónicas destes átomos, no estado fundamental.

2. O
 gráfico seguinte representa a solubilidade de três sais em água em função da temperatura:
KNO3 (s) de 0 °C a 60 °C, Na2SO4•10H2O (s) de 0 °C a 30 °C, e Na2SO4 de 30 °C a 100 °C.
O gráfico permite concluir que
100
(g sal / 100 g H2O)

(A) uma solução contendo 36 g de KNO3 (aq) por 60 g de água, KNO3


Solubilidade

80
a 40 °C, está insaturada.
60
(B) a dissolução do Na2SO4•10H2O (s) é exotérmica. Na2SO4
40
(C) uma solução contendo 50 g de Na2SO4 (aq) por 150 g de água, 20
Na2SO4.10H2O
a 80 °C, está insaturada.
0
20 40 60 80 100
(D) a dissolução do Na2SO4 (s) é endotérmica. Temperatura / ºC

3. O gráfico representa as concentrações de dois contaminantes da água,


L-1)

3
Pb2+ (aq) e S2− (aq), provenientes de minerais de composição maioritária
Pb2+
(10-5 mol

em sulfureto de chumbo, PbS (s), em função do pH.


2
Preparaçãopara exame FQ 10º/11º
Pode afirmar-se que ASEE07DESEFI00101
Concentração /

1 DT610
(A) a acidificação do meio favorece a diminuição da concentração de 06/11/08
S2–
Pb2+ (aq) na água dos oceanos. 0

(B) o produto de solubilidade do PbS, a temperatura constante, não de- 1 2 3 4


pH
pende da acidez do meio.
(C) a baixa concentração do ião S2– (aq) resulta do favorecimento do equilíbrio DT_ENFQ11_182
HS− (aq) + H2O () — S2− (aq) + H3O+ (aq) no sentido direto. 1p · FR

(D) a concentração de Pb2+ (aq) diminui com o aumento da concentração de H3O+ (aq).

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Física e Química A

4. O ácido sulfídrico, H2S (aq), é um ácido cuja ionização ocorre em duas etapas sucessivas: a segunda
etapa, por ser muito menos extensa do que a primeira, pode ser desprezada. A primeira etapa de ioni-
zação pode ser traduzida por:

H2S (aq) + H2O () — HS− (aq) + H3O+ (aq) ; Ka = 1,3 × 10−7, a 25 °C.

Considere uma amostra de 250 cm3 de uma solução de ácido sulfídrico, de concentração 0,10 mol dm−3.
Despreze a variação da concentração de H2S (aq) em resultado da sua ionização.
Determine quantos iões H3O+ (aq) existem em solução por cada ião OH− (aq).
Apresente todas as etapas de resolução.

5. A autoionização da água é uma reação endotérmica, assim

(A) o aumento da temperatura diminui a concentração de H3O+ (aq).


(B) a 50 °C, o pH da água quimicamente pura é menor do que 7.
(C) a 50 °C, a concentração de H3O+ (aq) na água quimicamente pura é maior do que a concentração
de OH− (aq).
(D) o aumento da temperatura diminui a concentração de OH− (aq).

6. A análise de uma amostra de água do mar revelou a presença de algumas espécies químicas, nomeada-
mente iões sódio (Na+), iões cloreto (C−), iões sulfato (SO42–), dióxido de carbono (CO2) e oxigénio (O2).
Sobre as espécies referidas, pode afirmar-se que

(A) as moléculas de H2O e de CO2 apresentam a mesma geometria.


(B) na molécula de O2 há quatro eletrões de valência partilhados e oito não partilhados.
(C) no sulfato de sódio por cada ião Na+ há dois iões SO42–.
(D) o ião C− tem sete eletrões de valência.

GRUPO IV

1. A
 uma altura de 80 m, um helicóptero, em repouso em relação ao solo, larga uma caixa. No instante em
que a caixa inicia a queda o seu paraquedas encontra-se já aberto.
Durante a queda, na vertical, sobre o sistema caixa + paraquedas, de massa 60 kg, atua uma força de
resistência do ar de intensidade Far = b v, em que b é uma constante e v é o módulo da velocidade do
sistema. Quando o sistema atinge a velocidade de módulo 7,5 m s−1 passa a mover-se com velocidade
constante.

1.1 Determine o módulo da aceleração do sistema caixa + paraquedas no instante em que a sua velo-
cidade é 20 km/h.

1.2 O trabalho realizado pela força de resistência do ar durante a queda é

(A) −4,8 × 104 J. (B) −1,7 × 103 J. (C) −4,6 × 104 J. (D) −1,1 × 103 J.

2. De uma varanda de um prédio, a uma altura h, uma bola é lançada verticalmente para cima, a 6,0 m s−1.
Simultaneamente, do mesmo nível, um vaso cai, acidentalmente, partindo do repouso, atingindo o solo
decorridos 2,0 s.
Considere um referencial Oy vertical, com origem na varanda, e sentido positivo de cima para baixo.

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PROVA-MODELO DE EXAME 1

d
d
2.1 Qual dos esquemas pode representar a velocidade, v, e a resultante das forças, FR, que atuam na
bola, imediatamente após o seu lançamento?

(A) (B) (C) (D)

FR FR
v v

Epg Epg Epg Epg


v v
FR
FR
t t t t

2.2 Qual dos esboços de gráfico pode representar a energia cinética, Ec, da bola em função do tempo, t?
(A) (B) (C) (D)
Ec Ec Ec Ec DT_ENFQ11_183
1p · FR

t t t t

2.3 Qual dos esboços de gráfico pode representar a energia potencial gravítica, Epg, do sistema
vaso + Terra em função do tempo, t? DT_ENFQ11_185
1p · FR
(A) (B) (C) (D)
Epg Epg Epg Epg

t t t t

2.4 Determine quanto tempo após o vaso ter chegado ao solo a bola atingirá o solo.
Apresente
Ec todas as etapas Ede
c
resolução. Ec Ec

GRUPO V
t t t t
Gerador
A figura apresenta um corpo, de massa 2,0 kg, suspen- elétrico
Água
so por um fio enrolado num cilindro, ligado ao eixo de
um gerador elétrico. A queda do corpo provoca o mo-
DT_ENFQ11_185
vimento do eixo do gerador elétrico que alimenta uma 1p · FR
Resistência
resistência elétrica, imersa num recipiente com 80 g de elétrica
água, inicialmente a 15,0 °C. Após 30 quedas sucessivas m
do corpo, de uma mesma altura de 1,2 m, a temperatura
da água é 15,9 °C.

1. N
 esta experiência __________ cede energia __________.

(A) o sistema corpo suspenso + Terra … à resistência por calor Preparaçãopara exame FQ 10º/11º
ASEE07DESEFI00101
DT614
(B) o sistema corpo suspenso + Terra … à resistência por trabalho 10/10/08
(C) o gerador … ao corpo suspenso por calor
(D) o gerador … ao corpo suspenso por trabalho

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Física e Química A

2. Determine o rendimento do processo de aquecimento da água.


Apresente todas as etapas de resolução.

3. Qual é o gráfico que relaciona a potência, P, dissipada num condutor por efeito Joule, com a tensão
elétrica, U, aos seus terminais? Admita que a resistência elétrica do condutor permanece constante.

(A) (B) (C) (D)

P P P P

0 U 0 U 0 U2 0 U2

GRUPO VI

1. U
 m anel metálico, de raio r, rola sobre uma mesa com velocidade constante, passando, sucessivamente,
pelas posições P, Q, R, S e T, como representado na figura.

P Q R S T

Na região indicada pela parte sombreada a azul na figura existe um campo magnético uniforme, de in-
tensidade B, perpendicular ao plano do anel e que aponta para fora da página.

1.1 Se o fluxo do campo magnético através do anel no ponto Q for igual a Φ, qual será o fluxo do campo
magnético no ponto R?
Preparaçãopara exame FQ 10º/11º
Φ Φ
ASEE07DESEFI00101
(A) 2Φ (B) 4Φ (C) (D) DT620

2 4
10/10/08
1.2 A corrente elétrica induzida no anel é máxima em __________ e nula em __________.

(A) P e T … R (C) R ... Q e S


(B) Q e S … P e T (D) R … P e T

1.3 Qual é o gráfico que pode representar corretamente o módulo do fluxo magnético através do anel
ao longo do percurso PQRST?

(A) (B) (C) (D)


   

x x x x

Preparaçãopara exame FQ 10º/11º


ASEE07DESEFI00101
DT621
17/10/08

336

Exame FQ11_Provas Modelo_pp5.indd 336 26/07/2019 15:54


PROVA-MODELO DE EXAME 1

2. A luz de um laser incide na superfície de separação meio 1-meio 2, apresentando dois comportamentos
diferentes, A e B, como mostra a figura (que não está à escala).
Comparando os módulos da velocidade de propagação da luz nos meios 1 e 2, verifica-se que é 1,5
vezes maior no meio 2.
Na situação A, a amplitude do ângulo de incidência é 20°.

A B
2

meio 2 meio 2
meio 1 meio 1
3 4
1 1

2.1 Determine, para a situação A, a amplitude do ângulo que o feixe refratado faz com a superfície de
separação dos dois meios.
Apresente todas as etapas de resolução.

2.2 Para determinados ângulos de incidência a luz passa a ter o comportamento apresentado na situa-
ção B. Explique as condições necessárias para que ocorra o fenómeno representado na situação B.
Apresente, num texto estruturado e com linguagem científica adequada, a explicação solicitada.

FIM

Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1. 2. 3.
I 18
6 6 6
1. 2. 3. 4.
II 28
6 6 10 6
1.1 1.2 2. 3. 4. 5. 6.
III 54
10 10 6 6 10 6 6
1.1 1.2 2.1 2.2 2.3 2.4
IV 44
10 6 6 6 6 10
1. 2. 3.
V 22
6 10 6
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2
VI 34
6 6 6 6 10
Total 200

337

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FÍSICA E QUÍMICA A

Soluções

Prova-modelo 1 (pág. 330)


GRUPO I
1. (C). A variação de energia associada à transição eletrónica
assinalada pela letra E é a diferença entre a energia do nível
n = 1 e a energia do nível n = 4: [(–2,179 × 10–18 – (–0,136 × 10–18))J] =
= 2,043 × 10–18 J.
2. (B). Na transição F, a energia do eletrão aumenta, pelo que cor-
responde a absorção de energia pelo átomo de hidrogénio. A
energia do fotão absorvido é igual à diferença de energia entre os
dois estados em que ocorre a transição, logo, maior diferença de
energia significa que o fotão absorvido tem maior energia e, por-
tanto, maior frequência.
3. (C). As transições B e E resultam de transições eletrónicas de ní-
veis superiores de energia para o mesmo nível de energia (n = 1),
por isso, pertencem à mesma série. Estas duas transições são de
maior energia do que as transições G (infravermelho) e H (visível),
ocorrendo na região do ultravioleta.

GRUPO II
1. (A). A percentagem em volume de oxigénio na mistura é
19,2
100% − 80,8% = 19,2%, ou seja, a proporção em volume de O2 é ,
19,2 100
× 106
100 1,92 × 105
logo num milhão é = , isto é, 1,92 × 105 ppm.
106 106
2. (C). Do gráfico conclui-se que em 3,0 dm3 a quantidade de ma-
téria total é 0,25 mol. Assim, naquele volume há, no total, 0,25 mol ×
× 6,02 × 1023 mol−1 moléculas. Como todas as moléculas são diató-
micas, o número de átomos é 0,25 × 6,02 × 1023 × 2.
3. Como o volume é diretamente proporcional à quantidade de
matéria (a pressão e a temperatura são constantes) e a composi-
ção da mistura é bem determinada, conclui-se que a massa volú-
mica não depende do volume. Para 6,0 dm3, ntotal = 0,50 mol.
Cálculo da quantidade de hidrogénio em 6,0 dm3 da mistura ga-
sosa: dada a proporcionalidade com o volume,
nH2 = 0,808 × 0,50 mol = 0,404 mol.
Cálculo da quantidade de oxigénio em 6,0 dm3 da mistura gasosa:
nO2 = (0,50 − 0,404) mol = 0,096 mol.
Cálculo da massa volúmica da mistura gasosa, nas condições de
pressão e temperatura consideradas:
m nH2MH2 + nO2MO2
ρmistura = mistura = =
Vmistura Vmistura
0,404 mol × 2,02 g mol–1 + 0,096 mol × 32,00 g mol–1
= = 0,65 g dm–3.
6,0 dm3
4. (B). A energia libertada na formação de 2 moles de H2O cor-
responde, aproximadamente, à diferença entre a energia absorvi-
da na quebra de ligações nos reagentes (dissociar 2 moles de H2
e 1 mole de O2) e a energia cedida na formação de ligações nos
produtos (o que para 2 moles de moléculas de H2O corresponde
à formação de 4 moles de ligações O–H).

GRUPO III
1.1 Cálculo das massas de iões CS− e Na+ em 1 kg de água do mar:
1,94 1,08
mCS– = × 1000 g = 18,7 g; mNa+ = × 1000 g = 10,4 g.
103,5 103,5
Cálculo das quantidades de CS− e Na+ e dos restantes iões em 1 kg
18,7 g
de água do mar: nCS– = = 0,5275 mol;
35,45 g mol–1
10,4 g N
nNa+ = = 0,4524 mol; nrestantes iões = =
22,99 g mol–1 NA
6,23 × 1022
= = 0,1035 mol.
6,02 × 1023 mol–1
Cálculo da fração molar dos iões CS−:
n – 0,5275 mol
xCS– = CS = = 0,487.
ntotal 0,5275 mol + 0,4524 mol + 0,1035 mol

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SOLUÇÕES

1.2 11Na: 1s2 2s2 2p6 3s1; 17CS: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5. Os eletrões de 1.2 (C). A soma dos trabalhos realizados pela força gravítica e
valência dos átomos de sódio e de cloro no estado fundamental pela força de resistência do ar é igual à variação de energia ciné-
encontram-se no mesmo nível de energia (n = 3). Sendo a carga tica do sistema: WFg + WFar = ΔEc ⇔ –ΔEpg + WFar = ΔEc ⇔ WFar =
→ → → →

nuclear do átomo de sódio (+11) inferior à do átomo de cloro (+17), a


1 2 × 60 × 7,5 – 02 + (0 – 60 × 10 × 80) J =
1
força atrativa exercida pelo núcleo do átomo de sódio sobre o seu = ΔEc + ΔEpg ⇔ WFar =

2

eletrão de valência é menor do que a força atrativa exercida pelo


= 4,6 × 104 J.
núcleo do átomo de cloro sobre os seus eletrões de valência, pelo →
que o raio atómico do sódio é maior do que o do cloro. 2.1 (D). A velocidade, v , tem a direção e o sentido do movimento,
de baixo para cima (no instante considerado, a bola está a subir).
2. (C). 50 g de Na2SO4 (aq) por 150 g de água corresponde a
A única força que atua sobre a bola é a força gravítica (vertical e
100 g
50 g × = 33 g de Na2SO4 (aq) por 100 g de água, como a sentido de cima para baixo).
150 g →
solubilidade de Na2SO4 (aq), a 80 °C, é superior a esse valor, 2.2 (B). Como a aceleração, a, é constante, o módulo da velocida-
a solução está insaturada. 36 g de KNO3(aq) por 60 g de água de, v, varia linearmente com o tempo, t, na subida e na descida:
100 g diminuindo na subida e aumentando na descida. Como a energia
corresponde a 36 g × = 60 g de KNO3 (aq) por 100 g de cinética, Ec, é diretamente proporcional ao quadrado do módulo
60 g
água, como a solubilidade a 40 °C é inferior a esse valor, a solução 1
da velocidade, Ec = mv2, conclui-se que a energia cinética variará
está sobressaturada. A dissolução do Na2SO4·10H2O (s) é endotér- 2
mica, uma vez que a sua solubilidade aumenta com a temperatura, com o quadrado do tempo, t2. O gráfico de Ec(t) não é uma reta
enquanto a dissolução do Na2SO4 (s) é exotérmica, uma vez que a 1
(neste caso, é uma parábola): Ec = m(–v0 + at)2.
sua solubilidade diminui com a temperatura. 2
3. (B). O produto de solubilidade é uma constante de equilíbrio 2.3 (B). Como o vaso cai, a sua altura, h, diminui com o tempo, t.
que a uma mesma temperatura se mantém constante. A acidifi- Logo, a energia potencial gravítica, Epg = mgh, do sistema vaso +
cação do meio significa aumento da concentração de H3O+ (aq), + Terra, também diminui com o tempo, t. A altura depende do qua-
portanto, a uma diminuição de pH, resultando num aumento da drado do tempo, pois o movimento é uniformemente acelerado,
concentração de Pb2+ (aq). A concentração em S2– (aq) é muito logo a Epg também irá variar com o quadrado do tempo:
pequena, o que significa uma reação muito extensa no sentido da Epg = mg(h0 – 5t2) (o gráfico não é linear). Como a velocidade do
formação de HS− (aq), o sentido da reação inversa. vaso aumenta na queda, a taxa de variação temporal da altura au-
menta com o tempo, logo, a taxa de variação temporal da energia
4. A concentração de H2S (aq) não ionizado na solução é
potencial gravítica, módulo do declive do gráfico Epg(t), também
[H2S]não ionizado = [H2S]inicial – [HS−] = [H2S]inicial = 0,10 mol dm−3.
aumenta com o tempo.
Cálculo da concentração de H3O+ (aq) na solução: de acordo com
|HS−|e |H3O+|e 2.4 A componente escalar da posição do vaso, yvaso, em relação a
a estequiometria da reação [HS−] = [H3O+], logo, Ka = ⇒ 1
+2 |H2S|e Oy, em função do tempo, t, é dada pela equação yvaso = × 10t2 (a
|H O |
⇒ 1,3 × 10–7 = 3
⇒ [H3O+] = 1,14 × 10–4 mol dm–3. 2
0,10 posição e a velocidade inicial do vaso são nulas). Ao atingir o solo,
Cálculo da concentração de OH− (aq) na solução: Kw = |H3O+| |OH–| ⇒
2,0 s depois de ter iniciado a queda, o vaso terá percorrido uma
⇒ 1,0 × 10–14 = 1,14 × 10–4 × |OH–| ⇒ [OH–] = 8,77 × 10–11 mol dm–3. 1
Em cada dm3, a proporção entre o número de iões H3O+ (aq) e o distância igual à sua altura inicial: yvaso (2,0) = h ⇒ × 10 × 2,02 = h ⇒
2
número de iões OH− (aq) é dada pelo quociente das correspon-
NH3O+ nH3O+ 1,14 × 10–4 ⇒ h = 20,0 m. A componente escalar da posição, ybola, da bola em
dentes quantidades: = = = 1,3 × 106. Assim, 1
NOH– nOH– 8,77 × 10–11 função do tempo, t, ao atingir o solo é ybola = –6,0t + × 10t2
2
por cada ião OH (aq) existem 1,3 milhões iões H3O+ (aq).

(a componente escalar da velocidade inicial da bola é negativa,
5. (B). Como a autoionização é endotérmica, o aumento da tem- pois a bola é atirada para cima, e a componente escalar da acele-
peratura favorece a ionização, aumentando, simultaneamente, as ração é positiva, pois o sentido da aceleração é o da força gravíti-
concentrações de H3O+ (aq) e de OH− (aq). A um aumento da con- ca, de cima para baixo). Ao atingir o solo ybola = 20,0 m: 20,0 =
centração de H3O+ (aq) corresponde uma diminuição do pH. Na 1
água quimicamente pura, a concentração de H3O+ (aq) é sempre = –6,0t + × 10t2 ⇔ 5t2 – 6,0t – 20,0 = 0 ⇒ t = –1,49 s ou t = 2,69 s,
2
igual à concentração de OH− (aq), uma vez que sempre que se for- sendo t ≥ 0, segue-se que a bola chega ao solo 2,69 s depois de
ma um ião H3O+ (aq) forma-se também um ião OH− (aq). ter sido lançada, portanto, (2,69 – 2,0) s = 0,7 s depois do vaso.
6. (B). No sulfato de sódio, Na2SO4, por cada ião sulfato, SO42–, exis-
tem dois iões sódio, Na+, de modo a que a carga total seja nula. GRUPO V
1. (B). O sistema corpo suspenso + Terra cede energia ao gerador
O– O
O–H [ C, ]– por trabalho, este, por sua vez, transfere-a para a resistência.
2. O trabalho realizado pela força gravítica que atua no corpo nas

O– C – O H
30 quedas sucessivas é:
W = 30 × Fgd cos 0° = 30 × mgd cos 0° = 30 × 2,0 × 10 × 1,2 J = 720 J.
GRUPO IV A variação de energia interna da água é: E = mcΔT = 0,080 × 4,18 ×
1.1 Sobre o sistema atuam duas forças→
com a mesma direção e × 103 × (15,9 – 15,0) = 3,0 × 102 J. Portanto, o rendimento do processo
sentido oposto: a força gravítica, F g, e a força de resistência do ar,
→ 3,0 × 102 J
Far. Quando o sistema se move a velocidade constante, a resultan- de aquecimento da água é × 100% = 42%.
te das forças que nele atuam é nula: FR = 0 ⇒ Fg – Far = 0 ⇔ Far = 720 J
mg 60 kg × 10 m s–2 3. (D). A potência, P, dissipada numa resistência R é P = RI2 =
= Fg ⇔ bv = mg ⇒ b =
1 2
= = 80 kg s–1. Quando U 2 U2
v 7,5 m s–1 =R = . Logo, se R for constante, P varia com U2: o gráfico
20 km 20 × 103 m R R
o sistema se move a = = 5,56 m s–1, o módulo da de P(U) é uma parábola e o de P(U2) é uma reta que passa na
1h 3600 s

1 2
F Fg – Far mg – bv bv P 1
sua aceleração é a = R = = =g– = origem = = constante .
m m m m U2 R

1 2
80 × 5,56
= 10 – m s–2 = 2,6 m s–2.
60

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FÍSICA E QUÍMICA A

Soluções

GRUPO VI
1.1 (A). Sendo constantes B e o ângulo entre o campo magnético e
a normal ao plano do anel (0o), o fluxo do campo magnético é pro-
porcional à área da superfície delimitada pelo anel em que o cam-
po magnético não é nulo (a área em R é o dobro da área em Q).
1.2 (B). A corrente elétrica induzida varia proporcionalmente à for-
ça eletromotriz induzida que, em módulo, é igual à taxa de varia-
ção temporal do fluxo do campo magnético através da superfície
delimitada pelo anel: em Q e em S essa taxa é máxima (o anel está
a entrar e a sair, respetivamente, da região em que há um campo
magnético); em P, R e T não há variação do fluxo do campo mag-
nético, sendo, por isso, nula a força eletromotriz induzida.
1.3 (A).

O→fluxo magnético é nulo fora da região sombreada visto
que B = 0 e é constante enquanto o anel está todo dentro dessa
região, aumentando enquanto entra naquela região e diminuindo
ao sair.
3
2.1 Sabemos que v2 = v e que α1 = 20o. A amplitude do ângulo
2 1
de refração, α2, obtém-se da Lei de Snell-Descartes: n2 sin α2=
c c v
= n1 sin α1 ⇔ sin α2 = sin α1 ⇔ sin α2 = 2 sin α1 ⇔ sin α2 =
v2 v1 v1
3
v1
1 2
2 3
= sin 20° ⇒ α2 = arcsin sin 20° = 30,9°.
v1 2
O ângulo de refração é o ângulo entre o feixe refratado e a normal
à superfície de separação dos dois meios, no ponto de incidência,
logo, a amplitude do ângulo entre esse feixe e a superfície de se-
paração é (90° – 30,9°) = 59°.
2.2 Na situação B, a luz ao incidir na fronteira dos dois meios não
é refratada para o meio 2, o que sugere ter ocorrido reflexão total.
Poderá ocorrer reflexão total se o ângulo de incidência for menor
do que o ângulo de refração. Assim, quando aumenta o ângulo de
incidência ocorrerá reflexão total se o feixe de luz que incida na
fronteira segundo um ângulo de incidência, α3, for maior que o ân-
gulo de incidência que daria origem a um feixe refratado paralelo
a essa fronteira, pois, nesse caso, o ângulo de refração atingiria
a amplitude máxima, 90o. Para que o ângulo de refração (meio 2)
seja maior do que o ângulo de incidência (meio 1) é necessário
que o índice de refração do meio 2 seja menor do que o índice de
refração do meio 1, o que é equivalente à velocidade de propaga-
ção da luz no meio 2 ser maior do que no meio 1.

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