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______ Relatório da 2.

ª fase – FORMAÇÃO – Funcionários Judiciais e Agentes Auxiliares de Justiça


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- Tribunais Judiciais de 1.ª Instância -

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

Abril de 2017

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Diamantino Pereira
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Índice

Introdução:………….............. 03
Desenvolvimento:…………... 03
Início do período formativo:.. 03
Constituição dos grupos:…… 06
Temáticas leccionadas:……... 10
Meios materiais e instalações:. 11
Obstáculos a superar:………... 12
Conclusões:…………………. 14

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Relatório

A – INTRODUÇÃO

Esta é a 2.ª Fase de Formação de 20.Fev.2017 a 07.Abrl.2017, na continuação da


1.ª Fase de Formação, realizada de 19/09/2016 a 04/11/2016, e que foi solicitada pelo
Conselho Superior de Magistrados Judiciais de São Tomé e Príncipe, na sequência
da realização da Inspecção Judicial, cujo diagnóstico revelou a necessidade imperiosa
de formação para se aperfeiçoar os conhecimentos técnicos e melhorar a prática judiciária
dos Funcionários Judiciais e dos Agentes Auxiliares de Justiça.

Irá, assim, cumprir-se o plano de formação, apresentado às diversas entidades envolvidas


na formação, abrangendo os anos de 2016/2017, em São Tomé e Príncipe, apenas no que
diz respeito aos Funcionários Judiciais e Agentes Auxiliares da Justiça em funções
nos Tribunais Judiciais de 1.ª Instância de São Tomé e Príncipe – Tribunais Judiciais de
1.ª Instância de São Tomé, Lembá e Príncipe.

Destarte, pretende-se cumprir um dos objectivos da formação destes profissionais, com


incidência no aprofundamento dos conhecimentos técnicos inerentes ao exercício das
funções.

B – DESENVOLVIMENTO

B.1 – ÍNICIO DO PERÍODO FORMATIVO

Chegámos a São Tomé e Príncipe, no pretérito dia 19.Fev.2017, à noite, para reiniciarmos
a formação, no dia seguinte, ou seja, 20.Fev.2017.

Assim, como foi referido na 1.ª fase de formação, numa reunião informal como Sr.
presidente do Supremo Tribunal Justiça - Dr. José Bandeira, no período da manhã, do dia

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20.Fev.2017, explicámos o plano de formação de aperfeiçoamento e de como iria decorrer
a formação e a tramitação do dossier pedagógico, a saber:

– PLANO DA FORMAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO –

(2.ª fase de formação – 20/02/2017 a 07/04/2017 1


)

Motivação;

Objectivos;

Metodologia (formação on job e em sala);

Avaliação da formação pelos formandos.

Onde:

MOTIVAÇÃO:

Esta 2.ª fase de formação, que é uma continuação da 1.ª fase de formação, foi solicitada
pelo CSMJ, na sequência da realização da inspecção judicial, cujo diagnóstico revelou a
necessidade imperiosa de formação para se aperfeiçoar os conhecimentos técnicos e
melhorar a prática judiciária dos funcionários judiciais e dos agentes auxiliares de justiça;

OBJECTIVOS:

A actualização, o aprofundamento e a especialização dos conhecimentos técnico-jurídicos


relevantes para o exercício da função dos funcionários judiciais e agentes auxiliares de
justiça, desde o relacionamento interpessoal até às boas práticas processuais, no âmbito
das respectivas competências;

METODOLOGIA (formação - on job e sala):

1
Conforme consta no Plano de Formação, distribuído às diversas entidades, existia a necessidade da presença de

outro formador, para assegurar a formação dos funcionários judiciais que laboram nas comarcas de São Tomé e
Lembá, enquanto faríamos a deslocação à Região Autónoma do Príncipe. Isto, não se veio a concretizar. Portanto,
enquanto fizemos a deslocação a esta Região Autónoma, ficou sustada a formação aos funcionários judiciais
daquelas comarcas.

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Num dos períodos do dia (período da manhã), proceder-se-á ao acompanhamento de cada
funcionário dos Juízos/Secções, sem intervenção directa e sem perturbar o normal
funcionamento dos serviços e no outro período, promover-se-á a formação em sala, com
horário adequado, com grupos organizados e sem prejuízo da actividade normal dos
serviços.

Na formação em sala, deverão ser elaborados os mapas de presenças, confeccionados


pela Administração, com os sumários executados pelo consultor/formador.

AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS:

Não se realizou em conformidade com o conteúdo constante na NOTA INFORMATIVA –


ACORDO infra.

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NOTA INFORMATIVA - ACORDO

Tendo-se em consideração a necessidade imperiosa de formação, dos funcionários judiciais e dos agentes auxiliares de justiça e
de acordo obtido com o Sindicato dos Funcionários Judiciais, informo que a formação terá os itens seguintes:

PLANO DA FORMAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO – 2016/2017

Motivação;

Objectivos;

Metodologia (formação on job e em sala).

---000---

Motivação:

Esta formação foi solicitada pelo CSMJ, na sequência do relatório geral apresentado a este Conselho, cujo diagnóstico revelou a
necessidade imperiosa de formação para se aperfeiçoar os conhecimentos técnicos e melhorar a prática judiciária dos
Funcionários Judiciais e dos Agentes Auxiliares de Justiça.

Objectivos:

A actualização, o aprofundamento e a especialização dos conhecimentos técnico-jurídicos relevantes para o exercício das funções
dos Funcionários Judiciais e dos Auxiliares de Justiça, desde o relacionamento interpessoal até às boas práticas processuais, no
âmbito das respectivas competências.

Metodologia (formação - on job e sala):

Num dos períodos do dia, proceder-se-á ao acompanhamento de cada funcionário, sem intervenção directa e sem perturbar o
normal funcionamento dos serviços e no outro período, promover-se-á a formação em sala, com horário adequado, com grupos
organizados e sem prejuízo da actividade normal dos serviços.

Nota final: O item 4. Avaliação – fica completamente suprimido.

São Tomé, 21 de Setembro de 2016.

O Presidente da Comissão de Formação,

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(Silvestre da Fonseca Leite)

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HORÁRIO:

Foi acordado o horário seguinte: no período da manhã (08:30h às 12:30h) realizar-se-ia


a formação on job e no período da tarde (14:00h às 17:00h) – Formação em Sala:
instalações do Centro Cultural Português, em São Tomé.

B.2 – CONSTITUIÇÃO DOS GRUPOS DE FORMANDOS

1.ª Semana – 20.Fev.2017 a 24.Fev.2017 - I Grupo – composto apenas com os oficiais


de justiça (ex-oficiais de diligências).

2.ª Semana – 27.Fev.2017 a 03.Mar.2017 2


– II Grupo – composto por todas as
categorias de funcionários judiciais e restantes agentes auxiliares de justiça – secretários
judiciais; escrivães de direito; escrivães adjuntos e escriturários judiciais.

3.ª Semana – 06.Mar.2017 e 10.Mar.2017 3


– III Grupo – composto por todas as
categorias de funcionários judiciais e restantes agentes auxiliares de justiça – secretários
judiciais; escrivães de direito; escrivães adjuntos e escriturários judiciais.

4.ª Semana – 13.Mar.2017 a 17.Mar.2017 – IV Grupo – Não realizou por motivo da


greve. Apenas se realizou a formação on job aos funcionários que não aderiram à greve.

2
No dia 28.Fev.2017, não se realizou a formação em sala e fomos informados que iria realizar-se uma Assembleia

Geral do Sindicato dos Funcionários Judiciais – último dia das férias judiciais –. Os formandos concordaram em
comparecer, à formação em sala, na semana seguinte, com o III Grupo.

No dia 01.Mar.2017, houve tolerância de ponto, no período da tarde - “Dia do Bocado”. Todos os formandos deste
grupo comcordaram em compensar este dia, na semana seguinte, com o III Grupo.

3
A formação foi interrompida por ter iniciado a greve em 08.mar.2017 dos funcionários judiciais e dos agentes

auxiliares de justiça. Porém, a formação on job continuou a realizar-se apenas aos funcionários que não aderiram
à greve.

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Entretanto, um dos funcionários não aderentes à greve – Sr. Edgar – secretário judicial
da secretaria-geral do Tribunal Judicial, iniciou a tarefa de lançar, no LIVRO DE
PAGAMENTOS, todas as importâncias pagas em conformidade com as contas cíveis e as
liquidações crime. Esta tarefa não se realizava há muitos anos e apraz-nos registar este
facto, pois já vínhamos a incentivar os funcionários da secretaria-geral para iniciarem esta
actividade diária importantíssima.

Acompanhámos este empreendimento, diariamente, em virtude das muitas dúvidas


suscitas pelo sr. secretário de justiça e que foram, paulatinamente, solucionadas.

No dia 16.Mar.2017, foi-me solicitado pela Exma. Senhora Ministra da Justiça – Dra. Ilza
Amaro Vaz –, que se realizasse um 1.º ENCONTRO, pelas 16 horas, no auditório do Centro
Cultural do Brasil – São Tomé e Príncipe, sobre o Código das Custas Processuais e dos
Serviços de Tesouraria e do Cofre do Tribunal do qual apresentámos um
anteprojecto, aquando da nossa chegada a São Tomé, no pretérito dia 20 de Fevereiro.

Este 1.º ENCONTRO veio a realizar-se e estiveram presentes cerca de 80 pessoas, entre
outros, magistrados judiciais e do Ministério Público, advogados, funcionários judiciais e
utentes.

5.ª Semana – 20.Mar.2017 a 24.Mar.2017 – V Grupo – Não realizou por motivo da


greve. Apenas se realizou a formação on job aos funcionários que não aderiram à greve.

Entretanto, foi solicitado pela Senhora juiz presidente do tribunal judicial de 1.ª
instância de São Tomé uma reunião – Dra. Natacha Vaz –, no dia 22.Mar.2017, pelas
15:00 horas, com todos os magistrados judiciais e do Ministério Público para um
esclarecimento sobre o nosso anteprojecto do código das custas processuais e sobre o
serviço de tesouraria e cofre do tribunal.

Este 2.º ENCONTRO veio a realizar-se e onde estiveram presentes cerca de 18


magistrados judiciais e do Ministério Público.

No dia 24.Mar.2017, pelas 15:00h, foi solicitado um 3.º ENCONTRO com os advogados da
comarca de São Tomé, o que veio a realizar-se com cerca de 12 advogados.

6.ª Semana – 27.Mar.2017 a 31.Mar.2017 – continuámos com a formação on job aos


funcionários que não aderiram à greve.

No dia 27.Mar.2017, pelas 10:00 horas, foi solicitada a nossa presença, na sala de
audiências do Tribunal Judicial de São Tomé, para formação sobre o Código das Custas
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Processuais e dos Serviços de Tesouraria e do Cofre do Tribunal e que foram
aprovados pelo Conselho de Ministros de São Tomé e Príncipe, para todos os funcionários
judiciais e agentes auxiliares de justiça. Neste 4.º ENCONTRO estiveram presentes cerca
de 90 funcionários judiciais e do Ministério Público e agentes auxiliares da justiça.

No dia seguinte, 28.Mar.2017, comunicaram-nos que, em face das alterações legislativas


aprovadas pelo Conselho de Ministros, nomeadamente com o Código das Custas
Processuais e com o Serviço de Tesouraria e Cofre do Tribunal, era conveniente
deslocarmo-nos à Região Autónoma do Príncipe para ministrar aquelas matérias a todos
os funcionários judiciais e agentes auxiliares de justiça do Tribunal Judicial e do Ministério
Público do Príncipe.

No dia 30.Mar.2017, deslocamo-nos à Região Autónoma do Príncipe onde iniciamos, logo,


a formação e continuámos no dia 31.Mar.2017 e até 7 de Abril de 2017.

7.ª Semana – 03.Abr.2017 a 07.Abr.2017 – composto por todas as categorias de


funcionários judiciais e agentes auxiliares de justiça do Tribunal e do Ministério Público do
Príncipe.

Também, aqui, iniciámos a tarefa de lançar, no LIVRO DE PAGAMENTOS, todas as


importâncias pagas em conformidade com as contas cíveis e as liquidações crime, o que
não se realizava há muitos anos.

Acompanhámos esta tarefa, diariamente, em virtude das muitas dúvidas suscitas por
todos os funcionários.

No dia 05.Abr.2017, foi-me solicitado pelo Exmo. Senhor presidente da Região Autónoma
do Príncipe – Dr. José Cassandra que se realizasse uma conferência, pelas 10 horas, num
auditório da Região Autónoma, sobre o Código das Custas Processuais e dos Serviços de
Tesouraria e do Cofre do Tribunal.

Esta conferência realizou-se com a apresentação de diapositivos e com a informação de


que estes diplomas tinham sido aprovados, recentemente, pelo Conselho de Ministros de
São Tomé e Príncipe e que contou com a presença de 30 participantes.

Consigna-se que, a formação em sala ficou incompleta dada a greve a que aderiram quase
todos os funcionários judiciais e agentes auxiliares de justiça.

Os mapas de presenças, em sala, contêm os sumários e constam no dossier pedagógico.

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Dado que do dia 20.Fev.2017 a 28.Fev.2017, ainda estávamos no período das férias
judiciais, foi difícil constituir os grupos de formação em sala. Portanto, os grupos foram
organizados em conformidade com os funcionários que não estavam no uso do gozo das
suas férias:

I - GRUPO

Dias/n.º formandos Dias/n.º formandos Dias/n.º formandos Dias/n.º formandos Dias/n.º formandos

20/02 09 21/02 13 22/02 15 23/02 13 24/02 13

II – GRUPO

Dias/n.º formandos Dias/n.º formandos Dias/n.º formandos Dias/n.º formandos Dias/n.º formandos

27/02 12 28/02 Ass_G 01/03 T.Ponto 02/03 11 03/03 10

III - GRUPO

Dias/n.º formandos Dias/n.º formandos Dias/n.º formandos Dias/n.º formandos Dias/n.º formandos

06/03 09 07/03 11 08/03 greve 09/03 Greve 10/03 greve

IV – GRUPO - Príncipe

Dias/n.º formandos Dias/n.º formandos Dias/n.º formandos Dias/n.º formandos Dias/n.º formandos

- - - - - - 29/03 5 30/03 5

IV – GRUPO - Príncipe

Dias/n.º formandos Dias/n.º formandos Dias/n.º formandos Dias/n.º formandos Dias/n.º formandos

03/04 5 04/04 5 05/04 5 06/04 5 07/04 4 -

4
- Tivemos que regressar a São Tomé, no avião das 10:00 horas, dado o nosso regresso a Portugal no dia seguinte.
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B.3 – TEMÁTICAS LECCIONADAS

Aos funcionários judiciais dos Tribunais Judiciais de São Tomé e de Lembá, antes da greve,
foi possível ministrar as temáticas sobre o Código de Processo Penal e breves noções sobre
o Processo do Trabalho.

No Tribunal Judicial do Príncipe foi possível, ainda, ministrar algumas temáticas do código
de processo penal.

Foram distribuídos em suporte informático e, em alguns casos, em suporte de papel, os


seguintes códigos e textos de apoio:

Códigos:

- O Código das Custas Judiciais e o novo Código das Custas Processuais;

- O novo Regulamento dos Serviços de Tesouraria e Cofre do Tribunal;

- Código de Processo Civil; Código de Processo Penal; Código de Processo do Trabalho.

Textos de apoio:

Citações e notificações;

Organização das Secções/Juízos de Processos;

Interrupção da instância;

Processo de Inventário;

Contabilidade processual.

Elaborámos e distribuímos todos os diapositivos sobre estas temáticas, bem como alguns
modelos de actas, autos e impressos processuais e contabilísticos.

Dada a inobservância total, em conformidade com o actual código das custas judiciais, e
a desorganização da contabilidade processual, em todos os tribunais, além do texto de
apoio sobre esta temática e dada a inexistência de impressos para o controlo
contabilístico, elaborámos os seguintes impressos:

Relação de transportes;

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Relação diária de pagamento e de depósito;

Conta-corrente processos;

Guia de pagamento e depósito; e

Vários impressos que irão servir de base para o cumprimento do novo Código das Custas
Processuais e para o Regulamento dos Serviços de Tesouraria e Cofre do Tribunal.

Na formação em sala tivemos a presença assídua do Dr. Silvestre Leite – juiz conselheiro
do STJ e inspector judicial e, ainda, do Dr. Renato Nascimento – funcionário judicial e
secretário da inspecção judicial – este só nas acções realizadas na cidade de São Tomé.
A estes dois profissionais fomos distribuindo todos os textos de apoio e todos os impressos
distribuídos, preparando-os para futuras acções.

B.4 – MEIOS MATERIAIS E INSTALAÇÕES

Não nos foi distribuído qualquer veículo para efectuarmos o percurso da unidade hoteleira
ao edifício do Tribunal, no período da manhã, nem da mesma unidade hoteleira para o
Centro Cultural Português em São Tomé, no período da tarde, e vice-versa.

Estes percursos foram efectuados no veículo automóvel atribuído ao Dr. Silvestre Leite,
juiz conselheiro e inspector judicial do CSMJ, com enorme sacrifício pessoal e familiar,
bem como no veículo particular do funcionário judicial Dr. Renato Nascimento, com o
mesmo sacrifício, o que é de realçar.

A sala que foi colocada ao nosso dispor possuía as condições essenciais para a formação
em sala e tivemos o apoio incondicional e permanente, do Senhor engenheiro António
Machado, da Embaixada de Portugal em São Tomé e Príncipe, do Sr. Nelson Mota e da
Senhora D. Lurdes, ambos funcionários do referido Centro Cultural.

Na Região Autónoma do Príncipe não foi possível fazer qualquer impressão,


nomeadamente dos textos de apoio, dada a inexistência de toner para a impressora.

Estas situações não foram acauteladas, conforme alertámos no relatório da 1.ª fase de
formação, no pretérito mês de Outubro de 2016.

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B.5 – OBSTÁCULOS A SUPERAR

As carreiras dos funcionários judiciais e dos agentes auxiliares de justiça necessitam de


ser dignificadas, sendo necessário:

• Condições de trabalho condignas, pois faltam aparelhos de ar condicionado;


estantes para acondicionar os processos; capas e contra-capas para os processos
– para evitar cozer e descoser processos –, e consumíveis para as impressoras e
ou fotocopiadoras;
• Meios de transporte preparados e adequados para a condução de detidos e
arguidos presos;
• Aliciar e motivar, permanentemente, estes profissionais para estes não optarem
por saírem, da profissão judicial dos tribunais, como tem acontecido nos últimos
anos.
• Foram identificados alguns obstáculos, nas relações interpessoais entre os
funcionários e os juízes e entre os funcionários e a DAF e vice-versa que foram
descritos e entregues a todos os interlocutores na 1.ª fase da formação juízes,
funcionários e directora da DAF.

Funcionários/juízes:

N.º
Ordem Descrição Fundamentação

Alguns magistrados não querem os processos com termo de Art.ºs 166.º do CPC e 84.º
1 “conclusão” nos gabinetes, invocando vários motivos, do CPP.
nomeadamente não terem tempo para despachar os
processos.
Por vezes, encontram-se elaborados termos de conclusão e Idem
2 alguns magistrados pedem aos funcionários para alterarem as
datas constantes nos referidos termos.
Alguns magistrados solicitam para se colocar, nas actas e Art.ºs 164.º do CPC e 66.º
3 autos, os nomes de outros magistrados que não estiveram do CPP.
presentes nos actos respectivos.
4 Alguns magistrados exigem que os diversos intervenientes Idem
processuais assinem as actas e os autos.

5 Existe apenas uma magistrada que disponibiliza o seu portátil Bom senso
para os funcionários redigirem os actos processuais onde
intervêm os juízes.
6 A acta é o registo fiel e integral do que se passou na diligência. Bom senso
Assim, sugere-se que, logo após a diligência e existindo um
funcionário judicial menos experiente fazer-se um resumo
essencial do que deve constar na acta ou no auto. O objectivo
principal será o de poder-se elaborar imediatamente a acta,
resultando eficiência e eficácia para os Serviços.

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7 Alguns magistrados não querem que determinados Art.ºs 109.º da LBSJ; 5.º e
funcionários trabalhem nos “seus processos”. Tendo-se em 70.º EFJ.
consideração que os chefes dos Juízos/Secção são os fiéis
depositários dos processos e que devem liderar estes serviços,
ficam impedidos de aplicar uma boa gestão processual e de
gerir os recursos humanos.
Futuramente, todas as orientações dadas pelos magistrados Art.ºs 8.º, 9.º,10.º; 18.º e
8 aos funcionários DEVEM SER ESCRITAS. 36.º do Regulamento das
Estas orientações terão o fito de uniformizar procedimentos e
Inspecções Judiciais.
justificar os comportamentos dos funcionários em sede de
inspecção judicial.

Funcionários/DAF/funcionários:

N.º
Ordem Descrição Obs

1 A Secretaria-Geral está situada noutro piso. Possui uma impressora


obsoleta e quase sempre sem toner. Além disso, os PC’s da Secretaria-
Geral ainda não estão ligados, falta de cabos.
As impressoras centralizadas não se compadecem com a urgência dos
2 serviços. Todos os funcionários têm que se deslocar a estas impressoras e,
naturalmente causa ineficiência, ineficácia e uma má gestão dos recursos
humanos dos Juízos/Secções de Processos.

Os Serviços Judiciais têm que esperar, largos minutos, pelos funcionários


que trabalham na DAF para terem acesso às impressoras. Inclusive, no JIC,
já existiram situações onde se esperou mais de uma hora, pela Sra.
Directora da DAF, para se poder imprimir determinados mandados de
condução à cadeia.
A carrinha da DAF, além de nem sempre estar disponível, porque em
3 primeiro lugar tem que se garantir as tarefas da DAF, não tem as condições
mínimas para o transporte de presos perigosos.
Por vezes, os funcionários da DAF não são sensíveis aos serviços judiciais
4 e até respondem de modo inadequado – Consigna-se que o inverso,
também é real.
As prateleiras existentes nos Juízos/Secções de processos são inadequadas
5 à dinâmica processual, inclusive o JEP não tem prateleiras minimamente
suficientes. Por outro lado, este JEP não tem aparelho de ar condicionado
e não têm qualquer ventoinha. Como este compartimento fica numa zona
interior do edifício, torna-se desumano trabalhar nestas condições,
perturbando o mau funcionamento do JEP e em nada dignifica a JUSTIÇA.

Além destes condicionalismos, faz muita falta um pequeno balcão aberto


para atendimento dos utentes da justiça. Pois, este serviço mais parece um
gabinete do que um Juízo.
A técnica de “cozer/descoser” processos é obsoleta e prejudica a tramitação
6 processual. É urgente adquirir outro método de acondicionar toda a
documentação dos processos, nomeadamente com capas e contra – capas
como se usa em outros países, nomeadamente em Portugal, onde
NINGUÉM coze e descose processos.
As salas de audiências deveriam estar munidas de PC’s portáteis, para se
7 elaborarem imediatamente as actas e autos presididos pelos Juízes,
introduzindo-se economia, eficiência e eficácia.

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Futuramente, todas as orientações dadas pela DAF aos funcionários DEVEM Art.º 18.º e
8 SER ESCRITAS. 36.º do
Estas orientações terão o fito de uniformizar procedimentos e justificar os
RIJ.
comportamentos dos funcionários em sede de inspecção judicial.

Se todas estas situações forem debeladas irá melhorar o ambiente de trabalho e,


naturalmente, tornar-se-á visível a melhoria da imagem dos serviços junto dos restantes
operadores judiciários e do público em geral.

C – CONCLUSÕES

Ficou incompleta a 2.ª fase de formação e não se cumpriu, integralmente, os métodos de


formação planeados por motivo da greve dos funcionários judiciais e dos agentes
auxiliares de justiça.

Na formação on job fomos, paulatinamente, rectificando as práticas erróneas e as


omissões graves ao nível da tramitação processual e contabilística.

Conseguiu-se, finalmente, após a ausência durante muitos anos, iniciar a técnica dos
lançamentos das importâncias pagas, no LIVRO DE PAGAMENTOS, em consonância com
as contas cíveis e as liquidações crime.

Nos poucos dias da formação em sala, foi possível articular a teoria com a prática e motivar
os formandos a desempenhar, em tempo útil, todo o serviço distribuído.

Ainda, na formação em sala, praticámos as diversas técnicas de processo penal e algumas


de processo do trabalho para serem utilizadas no desempenho da função.

Dentro dos constrangimentos referidos, ainda utilizámos casos práticos e que atingiram,
com a interacção de todos os formandos, alguns dos objectivos gerais e específicos desta
formação.

Em todas as áreas temáticas, introduziu-se a área comportamental com o fito de debelar


a conflitualidade interna e externa.

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Lamentavelmente, não atingimos todos os objectivos, nesta 2.ª fase de formação, porque
para além da greve verificámos que, por vários motivos, os funcionários estiveram
desmotivados.

Funcionários desmotivados origina, quase sempre, condicionalismos vitais para o êxito da


formação pretendida.

Excepcionalmente, constatámos enorme motivação nos anteprojectos que elaborámos


sobre o Código das Custas Processuais e o Regulamento dos Serviços da Tesouraria e do
Cofre do Tribunal e que, entretanto, foram aprovados pelo Conselho de Ministros do
Governo de São Tomé e Príncipe.

Portanto, apesar de não ser possível concluir a 2.ª fase de formação, pelos motivos supra
indicados, ficamos expectantes, sobre a aplicabilidade prática das várias temáticas, em
virtude do que foi transmitido, em conformidade com o plano de formação.5

São Tomé, 10 de Abril de 2017.

O consultor/formador,

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Diamantino Pereira

5
Os mapas de presença, sumários, textos de apoio, diapositivos e documentos diversos, encontram-se arquivados
no dossier pedagógico constante no Tribunal Judicial de 1.ª Instância de São Tomé, a cargo do Dr. Silvestre Leite,
juiz conselheiro do STJ e inspector judicial do CSMJ de São Tomé e Príncipe.
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