Você está na página 1de 67

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO TOCOÍSTA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÓMICA

FLUXO DE CAIXA: FERRAMENTA DE CONTROLO INTERNO


FINANCEIRO NAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
(Estudo de caso: Empresa Padaria KUIA BUÉ, Lda. No período
compreendido entre 2019 - 2020)

Autor: Fabião Valdmiro Macosso


Orientador: Msc. Carlos Zua

Trabalho Apresentado Como Requisito Para Obtenção do Grau Académico de


Licenciatura em Contabilidade e Finanças

LUANDA/2022
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO TOCOÍSTA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÓMICA

FLUXO DE CAIXA: FERRAMENTA DE CONTROLO INTERNO


FINANCEIRO NAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
(Estudo de caso: Empresa Padaria KUIA BUÉ, Lda. No período
compreendido entre 2019 - 2020)

Fabião Valdmiro Macosso

Trabalho de fim do curso apresentado ao ISPT como


requisito para obtenção do grau de Licenciatura em
Contabilidade e Finanças, sob orientação do
professor Mestre Carlos Zua.
LUANDA/2022

DESPACHO Nº _________.
VISTO E APROVADO PELO
DIRECTOR (A) DO ISPT EM:
______/_____/______.

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO TOCOÍSTA

DEPARTAMENTO DE ___________________________

FICHA DE PRÉ-DEFESA DO TRABALHO DE FIM DE CURSO - TFC

TEMA DO TFC
________________________________________________________________

ORIENTANDO
________________________________________________________________

ORIENTADOR
________________________________________________________________

MEMBROS DO JÚRI:
PRESIDENTE
___________________________________________________________
1º VOGAL
____________________________________________________________________
2º VOGAL
_________________________________________________________________
NOTA DA AVALIAÇÃO DO TFC ESCRITO _______, POR EXTENSO
____________________________________________, EM ______/_______/_______.
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO TOCOÍSTA

DEPARTAMENTO DE ___________________________

ACTA DA SESSÃO DE DEFESA PÚBLICA DO TRABALHO DE FIM DE


CURSO
(TFC)

ACTA Nº __________/_________

Aos _______/_______/_______, no ISPT, esteve reunido o júri encarregue de examinar


o Trabalho de Fim de Curso (TFC), do estudante ___________________
___________________________, da Especialidade de _____________________

do Departamento de _________________________________________________,

no ano académico de _________.

O título do TFC é: ___________________________________________________

__________________________________________________________________,

cujo orientador é ___________________________________________________


__________________________________________________________________,
docente (e/ou orientador convidado) do Departamento de ____________________
__________________________________________________________________, do
ISPT.
O júri foi nomeado por despacho nº ___________/GDG/_______ cuja constituição é a
seguinte:

Presidente _________________________________________________________

1º Vogal ___________________________________________________________
2º Vogal ___________________________________________________________
Secretário _________________________________________________________
O júri declarou aberta a sessão pública às _______ tendo a sessão sido conduzida nos
termos do regulamento do TFC, encerradas às ___________.

Concluída a sessão, o júri deliberou o seguinte:

Avaliação do TFC escrito ______, Extenso _______________________________,

Avaliação da Defesa Pública do TFC _______, Extenso _____________________,

Avaliação final ________, Extenso______________________________________,

Observações: ______________________________________________________

__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
O Presidente do júri __________________________________________________

O 1º Vogal _________________________________________________________

O 2º Vogal _________________________________________________________

O Secretário ________________________________________________________

O Licenciado _______________________________________________________
DEDICATÓRIA

É com grande honra que dedico este trabalho aos meus pais, pelo apoio moral e
financeiro que me têm dado desde a minha existência. A todos amantes do saber,
especificamente aos do saber científico.
AGRADECIMENTOS

Tal como diz as escrituras sagradas, em tudo dei graças a Deus. De uma forma
particular quero agradecer a Deus pelo fôlego de vida que me tem dado dia pois dia.

Especial agradecimento aos meus pais Alberto Capita Macosso e Rita Isabel
Macosso por tudo que fizeram por mim para que esse sonho se tornasse uma realidade.
Aos meus irmãos, familiares, colegas, amigos pelo apoio moral e material.

Quero agradecer a empresa LUCK MAC STUDIO pelo apoio financeiro.

À direcção do Instituto Superior Politécnico Tocoista, ao corpo docente e não


docente da instituição.

Ao meu orientador professor Carlos Zua, que com seu espírito crítico, a sua
força de vontade e o seu empenho quotidiano, soube usá-los como ingredientes para a
realização do trabalho que hoje apresento.

Aqueles que indirecta ou indirectamente deram a sua contribuição para que este
dia fosse uma realidade.

A todos, o meu muito obrigado.


EPÍGRAFE

“Se não for corajoso o suficiente, ninguém vai apoia-lo’’

Autor: Desconhecido

8
LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Cálculo da variação das Actividades Operacionais..............................54


Tabela 2- Cálculo da variação das Actividades de investimentos........................54
Tabela 3- Cálculo da variação das Actividades de Financiamentos.....................55
Tabela 4- Cálculo da Variação de caixa e seus equivalentes................................55

9
LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Demonstração do Fluxo de Caixa – Método Direto............................33


Quadro 2- Demonstração do Fluxo de Caixa – Método Indireito........................35
Quadro 3- Modelo de fluxo de caixa semanal – método direto............................39

10
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍGLAS

DFC- Demostração de Fluxo de Caixa;

DRE- Demonstração de Resultado e Exercício;

PGCA Plano Geral de Contabilidade Angolano

11
RESUMO

O presente trabalho do fim do curso tem como tema Fluxo de caixa: Ferramenta
de controlo interno financeiro nas pequenas e médias empresa, com estudo de caso na
empresa padaria KUIA BUÉ, Lda nos anos compreendido entre 2019/2020. A
finalidade deste trabalho está voltada em propor um modelo adaptado de gestão do
Fluxo de Caixa como instrumento de controlo interno financeiro da empresa KUIA
BUÉ. O modelo adaptado de Fluxo de Caixa permite uma visualização antecipada das
necessidades ou sobras de caixa no curto prazo que, permitindo simulações, auxilia o
gestor a planear seu negócio. Desta forma, procurou-se enfatizar a importância da
gestão financeira e os controlos internos necessários para a confecção do Fluxo de
Caixa. Evidenciaram-se os métodos de apresentação do Fluxo de Caixa, ou seja, o
Método Direto e Indireto. Demonstrou-se ainda que independente do método adotado é
importante sua utilização, pois a informação fornecida por este demonstrativo evidencia
a escassez ou excedente de recursos aos gestores, para que eles em tempo real, possam
tomar decisões quando da necessidade de captação de recursos ou investimentos que
garantam continuidade e competitividade a empresa. O Fluxo de Caixa indica a origem
de todo dinheiro que entrou no caixa, bem como a aplicação de todo dinheiro que saiu
do caixa em determinado período e, ainda, o resultado do fluxo financeiro da empresa
em determinado período, servindo ainda, como instrumento para projeções futuras.

Palavras Chave: Fluxo de Caixa, Controlo interno, Controlo Financeiro.

12
ABSTRACT

13
ÍNDICE

DEDICATÓRIA..............................................................................................................VI

AGRADECIMENTOS..................................................................................................VII

EPÍGRAFE...................................................................................................................VIII

LISTA DE TABELAS....................................................................................................IX

LISTA DE QUADROS....................................................................................................X

LISTA DE ABREVIATURAS E SÍGLAS.....................................................................XI

RESUMO.......................................................................................................................XII

ABSTRACT.................................................................................................................XIII

INTRODUÇÃO...............................................................................................................16

FORMULAÇÃO DO PROBLEMA................................................................................17

JUSTIFICATIVA DO TEMA.........................................................................................17

OBJECTIVO DA PESQUISA........................................................................................18

Objectivo Geral…………………………………………………………………………18

Objectivos Específicos....................................................................................................19

HIPÓTESE......................................................................................................................19

ESTRUTURA DO TRABALHO....................................................................................20

CAPÍTULO I- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................21

1.1-DEFINIÇAO DE ALGUNS TERMOS E CONCEITOS..........................................21

1.2.1- BALANÇO...........................................................................................................23

1.2.3- DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS..........................................................24

1.3- FLUXO DE CAIXA................................................................................................25

1.3.1- FINALIDADE DO FLUXO DE CAIXA.............................................................26

1.3.2- OBJECTIVO DO FLUXO DE CAIXA................................................................27


1.3.3- CARACTERÍSTICAS DO FLUXO DE CAIXA.................................................29

1.3.4- IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA..........................................................29

1.3.5- DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA....................................................30

1.3.6- FORMAS DE APRESENTAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA..............................32

1.3.7- VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS MÉTODOS DO FLUXO DE


CAIXA…………………................................................................................................36

1.3.8- ELABORAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA..........................................................37

1.3.9- COMPONENTES DO FLUXO DE CAIXA........................................................41

1.3.10- FACTORES QUE AFECTAM O FLUXO DE CAIXA.....................................41

1.4- PLANEAMENTO....................................................................................................42

1.4.1- PLANEAMENTO DE CAIXA.............................................................................43

1.5- CONTROLO INTERNO.........................................................................................45

CAPITULO II – METODOLOGIA DO ESTUDO.........................................................47

2.1- TIPOS DE PESQUISAS..........................................................................................47

2.2- MÉTODO DA PESQUISA......................................................................................49

CAPITULO III – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUÇÃO DOS


REULTADOS….............................................................................................................51

3.1- CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA...................................................................51

3.2- HISTÓRICO DA PADARIA KUIA BUÉ, Lda.......................................................51

3.3- QUADRO DE PESSOAL........................................................................................52

3.4- ANÁLISE DE DADOS DA EMPRESA KUIA BUÉ.............................................52

3.5- FLUXO DE CAIXA DA EMPRESA KUIA BUÉ..................................................53

3.6- CALCULO DA VARIAÇÃO DAS ACTIVIDADES DA EMPRESA KUIA


BUÉ……………….........................................................................................................54

3.7- VERIFICAÇÃO DAS HIPÓTEES..........................................................................57

CONCLUSÕES...............................................................................................................58
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA..............................................................................61

ANEXOS.........................................................................................................................63

ANEXO 03-FLUXO DE CAIXA DA EMPRESA KUIA BUÉ.....................................66


INTRODUÇÃO

As finanças da empresa são fundamentais para a sustentação do negócio, tanto


para a sua sobrevivência como para a sua evolução, competitividade e perenidade. Na
verdade, toda a acção realizada por uma empresa resume-se à entrada e saída de
dinheiro e é nesse jogo de entra e sai que o Fluxo de Caixa é importante, uma vez que
nos ajuda a perceber antecipadamente quando vai faltar ou sobrar recursos.

O atual cenário económico que o mundo vem apresentando demonstra ser um


grande desafio para a gestão dos mesmos, principalmente no que diz respeito a gestão
financeira das organizações, que busca maneiras propicias para o crescimento e
manutenção no mercado. Neste contexto das grandes transformações cada vez tem
alcançado destaque a gestão corporativa, que busca da melhoria de resultados, voltando
sua atenção para mecanismos que auxiliem na melhoria da empresa, bem como de
todas as atividades desenvolvidas pelas organizações empresariais. Os problemas, bem
como a busca de resultados através das informações entre todos os agentes e a própria
organização, está entre as diversas razões para se aplicar um sistema de gestão como
ferramenta de administração.

A utilização de uma ferramenta voltada para a gestão administrativa e financeira


de uma instituição apresenta-se de vital importância, pois é expressivo o valor que
envolve o seu orçamento, e principalmente pela importância destas para a sociedade em
geral.

Diariamente a empresa possui entradas e saídas do caixa referente aos


pagamentos dos clientes na aquisição de produtos oferecidos pela empresa, tanto na
forma de cartão (crédito ou débito) ou em espécie, assim como há os desembolsos para
pagamento de fornecedores e demais despesas operacionais e administrativas. O
planeamento e controlo desse fluxo são de extrema importância para a saúde financeira
da empresa. A falta de uma ferramenta que demonstre o seu fluxo de recursos
impossibilita projetar, com segurança, a situação futura da empresa, bem como avaliar
as reais necessidades de recorrer à captação de recursos no mercado financeiro ou
aplicar excedentes de caixa.

18
Diante disso a utilização de um controlo interno na empresa torna-se
fundamental para estabelecer um padrão de procedimentos e métodos como o objectivo
de detectar fraudes, reduzir desperdícios, produzir informações verdadeiras e favorecer
a eficiência da empresa. O fluxo de caixa como ferramenta de controlo fornece a
empresa o volume de capital necessário para cada atividade. Sendo assim os controlos
internos ajudam a organização a ter um registro correto das demonstrações gerenciais.

FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Segundo Gil (1999, p.49), problema é qualquer questão não resolvida e que é
objecto de discução em qualquer domínio do conhecimento.

Toda qualquer empresa possuí entradas e saídas de caixa para efeitos de


pagamento dos clientes quando os mesmos adquirem produtos oferecido pela empresa,
tanto na forma de cartão e de crédito, e assim pelo que há o desembolso para pagar os
fornecedores e demais despesas operacionais e administrativas.

Um plano financeiro é extremamente importante para empresa, portanto, a falta


de um planeamento financeiro pode criar sistema de colapso financeiro na empresa.

A utilização de um controlo interno na empresa torna-se fundamental para


estabelecer um padrão de procedimentos e métodos com objectivo de detectar fraudes e
reduzir desperdícios, produzir informações verdadeiras e favorecer a eficiência da
empresa.

O fluxo de caixa fornece a empresa o volume de capital para diversas


actividades operacional na dinâmica do crescimento empresarial, sendo assim o
controlo interno ajuda a organização a ter um registo correto da administração
gerências. Assim sendo, o problema é considerada o ponto de partida de uma
pesquisa, sendo assim, procura-se saber Qual é a relevância da Demostração do
Fluxo de Caixa como Ferramenta do Controlo Interno financeiro nas pequenas e
médias empresas?

18
JUSTIFICATIVA DO TEMA

Segundo Gonçalves (2001, p. 58), A justificativa corresponde ao momento em


que o pesquisador irá explicar no âmbito do projecto o motivo que o levou a investigar
uma determinada temática.

A presente monografia tem como tema Fluxo de caixa: ferramenta de


controlo interno financeiro nas pequenas e médias empresas o mesmo foi escolhido
devido a importância da gestão financeira na sustentação das micro e pequenas
empresas, no curto, médio e longo prazo assim como descobrir a gerar lucros ou
prejuízos, a empresa tem condições de cumprir com suas obrigações.

Ao analisar este trabalho numa empresa deve-se o facto de ser um sector


importante da nossa economia. Actividades comerciais é uma das principais fontes
geradoras de valores, emprego e renda na economia de um determinado país.

Com o mercado cada vez mais competitivo é comum que as micro e pequenas
empresas, com características especiais e que apresentam ineficiência na vida
económica, daí é importante o controlo interno para minimizar ou selecionar essa
ineficiência.

Controlar empresa internamente possibilita apontar os principais problemas que


afectam o desenvolvimento da organização.

Sem controlo interno a empresa não saberá, com dados exatos, o quanto tem
disponível em caixa, quanto entrará ou sairá em determinado período não tendo como
programar as contas a pagar, arriscando assim o acúmulo de dívidas que poderão não
ser pagas por falta de recursos. Sendo assim torna-se necessário a utilização de
controlos financeiros que permitam conhecer com maior eficiência os recursos de
caixa.

OBJECTIVO DA PESQUISA

Segundo Gil (2007, p. 28), os objectivos indicam a pretensão do


desenvolvimento da pesquisa e quais os resultados que se buscam alcançar.

Objectivo Geral

18
Segundo Gil (2008, p. 189) objectivo geral está relacionado à ideia central que
serve de fio condutor no estado proposto de fenómeno e eventos particulares.

 Propor um modelo adaptado de gestão do Fluxo de Caixa como


instrumento de controlo interno financeiro da empresa.

Objectivos Específicos

Segundo Macroni e Lakatos (2003, p. 219) os objectivos específicos para


efeitos de pesquisa científica são apresentados de forma detalhada ou pormenorizada,
permitindo, de um lado, atingir o objectivo geral e, de outro, aplica-lo a situações
particulares. Para essa pesquisa elaborou-se os seguintes objectivos específicos:

 Propor o uso de um modelo adaptado como fonte de orçamento e


planeamento de caixa para visualização antecipada das necessidades e
sobras de caixa, visando a liquidez no curto prazo.
 Revisar os conceitos de gestão financeira, com ênfase à dinâmica do fluxo
de caixa.
 Ilustrar a importância e a utilidade do fluxo de caixa.

HIPÓTESE

Hipóteses são citações de argumentos e explicações que possivelmente


justificam dados e informações, que ainda não foram confirmadas por observação ou
experimentação.

Segundo Gil (2007, p. 15) ressalta que, a hipótese é uma proposição testável,
que pode ou não solucionar um problema.

A criação de hipóteses, consistem em dar possíveis respostas a questão de


partida, atendendo a mesma, chegou-se nas seguintes:

H1- A relevância da demostração do fluxo de caixa consiste em auxiliar a


empresa numa análise rápida do resultado financeiro, controlando as fontes
recentes das receitas e despesas, monitora e controla as entradas e saídas de
caixa.

18
H2- A demostração do fluxo de caixa não monitoriza as entradas e saídas do
caixa nem faz análise rápida do resultado financeiro da empresa.

ESTRUTURA DO TRABALHO

O presente trabalho está estruturado da seguinte forma: Além da introdução tem


a O Capitulo I, Capitulo II e Capitulo II.

Na introdução fez-se apresentação do tema, problema, hipóteses e os objectivos


de estudo. Já no capitulo I, fundamentação teórica onde definiu-se alguns termos e
conceito e uma breve abordagem sobre o tema em estudo.

No capitulo II, fez-se a apresentação das metodologias de pesquisa e tipos de


pesquisas.

No capitulo III, este capitulo consiste na apresentação, análise e discussão dos


resultados, tendo a caracterização da empresa, os seus cálculos basearam-se numa
demostração do fluxo de caixa finalizando assim com a interpretação dos resultados
obtidos na DFC.

18
CAPÍTULO I- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1-DEFINIÇAO DE ALGUNS TERMOS E CONCEITOS

Segundo Assaf Neto e Silva (2012, p.39) conceitua o fluxo de caixa como um
instrumento que relaciona os ingressos e saídas de recursos monetários no âmbito de
uma empresa em determinado período.

Segundo Filho (2005, p.35) resume o fluxo de caixa como sendo um instrumento
indispensável de planeamento financeiro.

Segundo Zdanowicz (2004), o fluxo de caixa é o instrumento que permite


demonstrar as operações financeiras que são realizadas pela empresa, facilitando a
análise e decisão na utilização dos recursos financeiros disponíveis. Permite ao
administrador financeiro ter uma visão clara da época em que ocorrerão as entradas e
saídas de caixa, através da projeção das entradas e das saídas, decorrentes da actividade
operacional da empresa para o período desejado.

Para Kuster e Nogacz (2002), o Fluxo de Caixa é um instrumento que permite


ao administrador monitorar a evolução do equilíbrio ou desequilíbrio entre a entrada e
saída de dinheiro durante um determinado período, possibilitando a adopção antecipada
de medidas que venham assegurar a disponibilidade de recursos para o suprimento das
necessidades de caixa.

Para Silva (2005, 11), o fluxo de caixa “é o principal instrumento de gestão


financeira que planeia, controla e analisa as receitas, as despesas e os investimentos,
considerando determinado período projectado.”

18
Com base os argumentos dos autores acima citada e de uma forma mais
simplificada, podemos dizer que o fluxo de caixa pode ser entendido como um
instrumento, de entrada e saida de caixa de uma entidade num determinado periodo ou
exercicio.

Em suma, o fluxo de caixa é um importante instrumento de gestão que visa:

- A projecção das entradas e das saídas dos recursos financeiros para um


determinado período;

- O prognóstico das necessidades de captação de recursos e das aplicações de


excedentes de caixa nas operações mais rentáveis, sem comprometer a liquidez;

- A prevenção dos períodos deficitários e superavitários.

Finanças: de uma forma resumida, é a arte e a ciência de gestão de activos


financeiro.

Empresa: Segundo Crepaldi (1998, p. 2). é uma associação de pessoas para a


exploração de um negócio que produz ou oferece bens e serviços, com vistas, em geral,
à obtenção de lucros.

Para o Cassarro (1999, p. 22) define a empresa sendo uma entidade jurídica que
tem como obrigação apresentar lucro, e este deve ser suficiente para permitir sua
expansão e o atendimento das necessidades sociais.

18
1.2- DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

1.2.1- BALANÇO

Representa todos os bens, direitos e obrigações que uma empresa possui. Os


bens e direitos ficam do lado esquerdo do Balanço, chamado de ativo e no lado direito
ficam as obrigações e o capital próprio, chamado de Passivo. ( DINIZ, 2015, p 44).

É uma demonstração contabilística destinada a evidenciar, quantitativamente e


qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira de uma
entidade.( Plano Geral de Contabilidade Angolano, p 6).

O balanço é constituído pelos seguintes elementos:

Activo: é um recurso controlado pela entidade como resultado de


acontecimentos passados e do qual se espera que fluam para a entidade benefícios
económicos futuros (todos os recursos que contribuem, directa ou indirectamente, para
o fluxo de caixa e de seus equivalentes da entidade).( PEREIRA, 2011, p 19).

Há autores que defendem que no activo relacionam-se todas as aplicações de


recursos efetuadas pela empresa. Esses recursos poderão estar distribuídos em:

 Activos não correntes, que se espera que permaneçam na posse da entidade por
um período superior a um ano.
 Activos correntes, que se espera que permaneçam na posse da entidade por um
período até um ano.

Passivo: identifica as exigibilidades e as obrigações da empresa, ou seja, todas


as obrigações a pagar, cujos valores estão investidos no ativo.( DINIZ, 2015, p 46).

18
Estas obrigações podem dividir-se em duas categorias principais:

 Passivos não correntes, que se espera que venham a ser pagos pela entidade num
período superior a um ano.
 Passivos correntes, que se espera que venham a ser liquidados pela entidade num
período até um ano.

Capital Próprio: é representado pela diferença entre o total do ativo e do


passivo em determinado momento. Identifica os recursos próprios da empresa, sendo
formado pelo capital investido pelos acionistas (sócios), mais os lucros gerados nos
exercícios e que foram retidos na empresa (lucros não distribuídos) .( DINIZ, 2015, p
45).

O conceito de balanço origina-se do equilíbrio destas três partes essenciais que


são: ativo, passivo e capital próprio, sendo a identidade contábil básica e os elementos
relacionados à mensuração da posição patrimonial e financeira no balanço patrimonial.

1.2.3- DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

É uma demonstração financeira que nos possibilita observar os aumentos e as


reduções causados no Patrimônio Líquido pelas operações executadas por determinada
organização. Normalmente, as receitas representam aumento do activo, e aumentando o
activo, aumenta o Patrimônio Líquido. As despesas representam redução do Patrimônio
Líquido. De forma simplificada, podemos dizer que a DRE é o resumo do movimento
de certas entradas e saídas no Balanço Patrimonial, entre duas datas. ( DINIZ, 2015, p
52).

A Demonstração de resultados é uma demonstração contabilística destinada a


evidenciar a composição do resultado formado num determinado período de operações
de uma entidade. ( Plano Geral de Contabilidade Angolano, p 7).

A DRE mostra como foi formado o resultado em um determinado período,


normalmente o ano. Portanto, a cada exercício social, existe a necessidade de apurar o
resultado, de maneira a atender ao objectivo das organizações, que é gerar valor aos
seus investidores.

Enquanto o Balanço Patrimonial pode ser considerado uma “foto”, pois mostra o
valor dos bens, direito e obrigações que uma organização possui em determinado
18
momento, a Demonstração do Resultado do Exercício pode ser considerada um
“filme”, pois mostra o resultado que uma organização obteve em determinado intervalo
de tempo.

A DRE é constituída pelos seguintes elementos:

Proveitos: — Aumentos dos benefícios económicos, durante o período, na


forma de influxos ou melhorias de activos ou diminuições de passivos que resultem em
aumento dos capitais próprios, que não sejam os relacionados com as contribuições dos
participantes no Capital Próprio.( Plano Geral de Contabilidade Angolano, p 7).

Custos: — Diminuição nos benefícios económicos, durante o período, na forma


de exfluxos ou perdas de valor de activos ou no aumento de passivos que resultem em
diminuição dos capitais próprios, que não sejam os relacionados com as distribuições
aos participantes no Capital Próprio. ( Plano Geral de Contabilidade Angolano, p 7).

1.3- FLUXO DE CAIXA

Conceito Geral

Uma empresa, que está em continuidade, realizando operações de vendas,


compras, investimento, a qualquer tempo pode passar por momentos de escassez de
crédito, queda do facturamento, altas taxas de juros, e para isso se faz necessário a
utilização de controlos financeiros que possibilitam o conhecimento dos recursos de
caixa.

De acordo com Assaf Neto (2002, p.39): Para se manterem em operação, as


empresas devem liquidar corretamente seus vários compromissos, devendo como
condição básica apresentar o respectivo saldo em caixa nos momentos dos
vencimentos. A insuficiência de caixa pode determinar cortes nos créditos, suspensão
de entregas de materiais e mercadorias, e ser causa de uma série descontinuidade em
suas operações.

Neste contexto, cabe destacar o instrumento de gestão financeira, o fluxo de


caixa, que possui como foco principal a gestão das disponibilidades da empresa. O
Fluxo de caixa é uma ferramenta que facilita a visualização e compreensão das
movimentações financeiras num período preestabelecido, permitindo a verificação de

18
sobras ou faltas de caixa antes mesmo que ocorram, possibilitando ao empresário-
administrador planear melhor suas ações.

Conforme Santos (2001, p. 57), “o fluxo de caixa é um instrumento de


planeamento financeiro, que tem por objectivo fornecer estimativas da situação de
caixa da empresa em determinado período de tempo à frente.” Neste sentido, o fluxo de
caixa é de fundamental importância para as empresas, constituindo-se numa
indispensável sinalização para tomada de decisão. Assim de acordo com Sá (1998), as
informações fornecidas pelo fluxo de caixa, possibilitam a administração acompanhar e
programar as entradas e saídas dos recursos financeiros, de forma que a empresa possa
operar de acordo com as metas e objectivos determinados a curto e longo prazo.

Através do fluxo de caixa, Sá (1998, p.12) tem-se um retrato fiel da situação


financeira da empresa. Com a projecção do mesmo pode-se evidenciar tanto o passado
como o futuro, permitindo assim verificar dia a dia a evolução do disponível, podendo
se prevenir com antecedência e tomar as cabíveis decisões para enfrentar a falta ou a
sobra de recursos.

1.3.1- FINALIDADE DO FLUXO DE CAIXA

Santos (2001, p.57), define as finalidades do fluxo de caixa como: “A projeção


de caixa da empresa tem várias finalidades, a principal delas é informar à capacidade
que a empresa tem para liquidar seus compromissos financeiros a curto e longo prazo.”.
Ainda para ele, o fluxo de caixa tem outras finalidades como: planear empréstimos e
financiamentos; maximizar o rendimento das aplicações das sobras de caixa; avaliar o
impacto financeiro de variações de custos e avaliar o impacto financeiro de aumento de
vendas.

Por outro lado, segundo Zdanowicz (1998), é interessante levar em


consideração que, o fluxo de caixa também apresenta algumas limitações, sendo que
uma delas é o não fornecimento das informações precisas sobre o lucro e sobre os
custos dos produtos da empresa. Isto porque, as demonstrações e as operações são
realizadas pelo regime de caixa e não pelo regime de competência. Todavia, ainda para
o autor pode-se afirmar que o fluxo de caixa é uma ferramenta de controlo financeiro,
cuja finalidade é auxiliar o empresário nas tomadas de decisões, visando sempre

18
atribuir maior riqueza às entradas de caixa em relação aos desembolsos, ou seja,
otimizar a compatibilidade financeira da empresa e suas obrigações correntes.

Já para Assaf Neto (2003), complementa que tudo aquilo que não venha sofrer
variação alguma em função da decisão de investimentos (receitas não recebíveis e
despesas não desembolsáveis), não será considerado na formação do dimensionamento
do fluxo de caixa. Dessa maneira, devem ser avaliadas todas as movimentações
operacionais efetivas de caixa, até mesmo o Imposto de renda. Referido autor cita,
também, as principais movimentações financeiras que podem ocorrer:

- Desembolso ou investimento inicial: são todos os dispêndios de capital, de


caráter não repetitivos, com a finalidade de gerar benefícios econômicos futuros, tais
como aumentos de receitas ou redução de custos e despesas;

- Receitas operacionais: é o recebimento das vendas ligadas ao investimento;

- Custos e despesas operacionais: é o consumo operacional devido à


implementação de um investimento;

- Despesas não desembolsáveis: e Imposto de Renda – como já foi citado,


despesas desembolsáveis não devem ser consideradas para o cálculo dos fluxos de
caixa. Entretanto, existe uma exceção, quando o Imposto de Renda é tratado como um
desembolso de caixa efetivo, seu cálculo é processado após a respetiva dedução dessas
despesas;

- Vendas de ativos: o valor recebido das vendas relaciona-se com a entrada de


caixa no início do investimento

1.3.2- OBJECTIVO DO FLUXO DE CAIXA

Luís Santos (2004, p. 16). Os seus objectivos têm, portanto, a ver com a
possibilidade de saber como foi gerado e aplicado o dinheiro, analisar as variações
ocorridas na estrutura financeira (liquidez e solvabilidade) e ponderar a flexibilidade
financeira da empresa”

Segundo Campos Filho (1999, p. 21), o fluxo de caixa tem por objectivo
primordial, a projecção das entradas e das saídas dos recursos financeiros da empresa
para um determinado período. Conhecer os fluxos de caixa e saber interpretá-los
contribui para a saúde financeira e para o aumento da rentabilidade das empresas.
18
Para Zdanowicz (2004, p. 23) “o fluxo de caixa tem como objectivo básico, a
projecção das entradas e saídas de recursos financeiros para determinado período,
visando prognosticar a necessidade de captar empréstimos ou aplicar excedentes de
caixa nas operações mais rentáveis para a empresa.” Ainda o mesmo autor, “o principal
objectivo do fluxo de caixa é dar uma visão das actividades desenvolvidas, bem como
as operações financeiras que são realizadas diariamente, no grupo do activo circulante,
dentro das disponibilidades, e que representam o grau de liquidez da empresa.”

Outros objectivos básicos do fluxo de caixa são apontados por este autor:

- Facilitar a análise e o cálculo na selecção e obtenção de linhas de crédito junto


das instituições financeiras;

- Programar as entradas e saídas de caixa, de forma criteriosa, permitindo


determinar o período em que deverá ocorrer carência de recursos e o montante,
havendo tempo suficiente para a tomada das medidas necessárias;

- Permitir o planeamento dos desembolsos de acordo com as disponibilidades


de caixa, evitando-se o acumulo de compromissos vultuosos em épocas de pouco
encaixe;

- Determinar o montante dos recursos próprios que a empresa dispõe em dado


período, e aplicá-los de forma mais rentável possível, bem como analisar os recursos de
terceiros que satisfaçam as necessidades da empresa;

-Proporcionar o intercâmbio dos diversos departamentos da empresa com a área


financeira;

- Desenvolver o uso eficiente e racional do disponível;

- Financiar as necessidades sazonais ou cíclicas da empresa;

- Providenciar os recursos para atender aos projectos de implantação, expansão,


modernização ou relocalização industrial e/ou comercial;

-Fixar o nível de caixa, em termos de capital de giro;

-Auxiliar na análise dos valores a receber e stocks, para que se possa julgar a
conveniência em aplicar nesses itens ou não;

-Verificar a possibilidade de aplicar possíveis excedentes;

18
- Estudar um programa saudável de empréstimos ou financiamentos;

-Projectar um plano efectivo de pagamentos de débitos;

-Analisar a viabilidade de serem comprometidos os recursos pela empresa;

-Participar e integrar todas as actividades da empresa, facilitando assim os


controlos financeiros.

“Em suma, um dos principais objectivos do fluxo de caixa é optimizar a


aplicação, pela empresa, de recursos próprios e de terceiros nas actividades mais
rentáveis.

1.3.3- CARACTERÍSTICAS DO FLUXO DE CAIXA

Zdanowicz, (2004) O fluxo de caixa tem como característica projetar todos os


ingressos e desenvolvimento de recursos da empresa. Os principais ingressos no caixa
são: Venda a vista, recebimento de vendas a prazo, receitas de aluguéis, vendas do
activo imobilizado, aumentos de capital socia, empréstimos e resgates de aplicações no
mercado financeiro.

E os desembolsos são caraterizados pelos pagamentos, compra à vista ou a


prazo de matéria prima, salários, aluguéis, impostos e todas as despesas pertencentes à
empresa.

Os factores determinantes do formato do fluxo de caixa são o prazo de


cobertura, sua utilização e a disponibilidade de recursos humanos e materiais a serem
alocados. Um fluxo de caixa projecta o saldo de caixa para um horizonte de tempo
(semana, mês, ano, etc.) que é chamado prazo de cobertura.

Santos (2001, p. 5), descreve que, quando o fluxo de caixa tem um prazo de
cobertura de uma semana até três meses, é considerado de curto prazo. Se o prazo de
cobertura fica entre 91 dias e um ano, o fluxo de caixa é de médio prazo; um fluxo de
caixa de longo prazo tem prazo superior a um ano. E a unidade de tempo em que se
divide o prazo de cobertura do fluxo de caixa é denominada de período de informação.

1.3.4- IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA.

O fluxo de caixa, definido como controlo das entradas e saídas financeiras das
empresas, e proporciona uma visão geral como: pagamento, recebimentos, compra de

18
matéria prima e mercadorias, impostos entre outros. Permite ainda projectar, para
determinado período, suas disponibilidades e conhecer antecipadamente suas
necessidades, mediante controlo e acompanhamento das entradas e saídas de recursos
financeiros.

Fluxo de caixa é uma demonstração das entradas e saídas de recursos na


empresa, para um determinado período de tempo, podendo ser diário, semanal ou
também mensal, para a elaboração de um fluxo de caixa, inicialmente, deve-se definir o
prazo desejado para fazer as projecções e relacionar todas as receitas e despesas
existentes e as previstas para realizarem-se as projecções.

Conforme Quintana, (2009, p.13). A administração do fluxo de caixa está


inserida no contexto de finanças das empresas, é através dele que tem o entendimento
de como as organizações geram, aplicam e gerenciam seus recursos financeiros, ou
também em um conjunto de que tem por objectivo preservar e assegurar a saúde
financeira das empresas em geral.

A Demonstração do Fluxo de Caixa, além de ser um importante documento


contabilístico, pode contribuir de forma expressiva para a gestão financeira, pois
grande parte dos factos que ocorrem nas empresas envolve a movimentação de recursos
financeiros. Por isso, a gestão financeira acaba tornando-se um elemento indispensável
no processo de gestão das empresas.

De acordo com o autor o fluxo de caixa envolve movimentação de recursos


financeiros sendo imprescindível sua utilização e tem relevante importância na gestão
das organizações, se considerado como um instrumento gerencial é aquele que permite
apoiar o processo decisório da organização, de maneira que ela esteja orientada para os
resultados pretendidos e evidenciar a existência de ferramentas eficazes na gestão
empresarial.

A projeção de fluxo de caixa permite avaliar a capacidade da empresa de gerar

recursos, retratando a situação real da empresa. Precisando dispor de


informações de entradas e saídas, contas á receber e contas á pagar. Sendo a principal
dificuldade é de gerenciar adequadamente as informações financeiras.

Com a adequada formulação do fluxo de caixa obtém-se a real posição de


liquidez, se conhecem quais as variações que provocaram as alterações na liquidez,
18
tendo em vista as alternativas de movimentação de fundos, assim como as políticas que
devem ser orientadas para o planeamento de liquidez.

1.3.5- DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

Santos (2001, p. 57) descreve que "fluxo de caixa é um instrumento de


planeamento financeiro que tem por objectivo fornecer estimativas da situação de caixa
da empresa em determinado período de tempo a frente". As necessidades de
informações sobre os saldos de caixa podem ser em base diaria para o gerenciamento
financeiro de curta prazo, ou periodos mais longos, como mês ou trimestre, quando a
empresa precisa fazer um planeamento por prazo maior. O fluxo de caixa é o
instrumento capaz de traduzir em valores e datas os diversos dados gerados pelos
demais sistemas de informação da empresa.

O fluxo de caixa serve para demonstrar como anda a situação da empresa, alem
de possuir informações que são utilizadas para tomadas de decisão referente aos
recursos monetários.

De acordo com Assaf Neto e Silva (1997, p.35): fluxo de caixa é um


instrumento que relaciona os ingresses e saidas (desembolsos) de recursos monetarios
no âmbito de uma empresa em determinado intervale de tempo. A partir da elaboração
do fluxo de caixa é possível prognosticar eventuais excedentes ou escassez de caixa,
determinando-se medidas saneadoras a serem tomadas.

Ressaltando que a principal finalidade do fluxo de caixa é informar a


capacidade que a empresa tem para liquidar seus compromissos financeiros a curto e
Iongo prazo. O fluxo de caixa também possibilita identificar o processo de circulação
do dinheiro, bem como do exame sobre a origem e aplicação do dinheiro que transitou
pela empresa.

Na prespectiva do Santos (2001, p.64) busca ampliar esta visão acrescentando


que "o fluxo de caixa é um receptor de dados financeiros gerados por todas as areas da
empresa. Projecções de recebimento de vendas e pagamentos de compras, pessoal,
serviços de terceiros, juros, impostos, receitas e gastos diversos, são informações
importadas de diversas áreas da empresa pelo fluxo de caixa".

18
Zdanowicz (2000, p. 41) denomina alguns benefícios que as entidades podem
obter com a utilização do fluxo de caixa:

- Facilita a anáise de linhas de credito a serem obtidas junto as instituições

financeiras;

- Sistematiza o ingresso e desembolso de caixa, permitindo saber com


antecedência os períodos de carencia de recursos e o montante;

- Fixa o nível de caixa, em termos de capital de giro;

- Proporciona o intercâmbio de diversos departamentos da empresa (compras,


marketing, vendas) com a area financeira;

Para Matarazzo (1997, p. 371) é possivel extrair importantes informações sobre


a capacidade financeira da empresa pelo fluxo de caixa:

- Possibilidade de auto financiamento nas operações de compra e produção;

- Capacidade de gerar recursos proprios para expandir os investimentos;

- lndependêmcia do sistema bancário no curto prazo;

- Amortizar antecipadamente dividas.

1.3.6- FORMAS DE APRESENTAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

Segundo a FIPECAFI (1994, p. 211), Quanto à elaboração da DFC, pode ser


apresentada sob duas formas: o método directo e o método indirecto. Estes dois
métodos diferenciam-se pela forma como são apresentados os recursos provenientes das
operações.

Método Directo

Para Ching, Marques e Prado (2006, p. 80), O método directo, é o regime de


caixa. Neste método listam-se todas as entradas as saídas físicas de caixa das
actividades operacionais. O mesmo autor esclarece que o método directo é aquele no
qual são demonstrados os recebimentos e pagamentos derivados das atividades
operacionais da empresa em vez do lucro líquido ajustado. Mostra efetivamente as
movimentações dos recursos financeiros ocorridos no período. Portanto pode-se
concluir que este método é voltado para o futuro, abrangendo períodos curtos.

18
A DFC, quando elaborada pelo método directo apresenta dentro do grupo das
atividades operacionais, primeiro o valor referente à receita pela venda de mercadorias
e serviços, para, em seguida, subtrair deste os valores equivalentes ao pagamento de
fornecedores, salários e encargos sociais dos empregados, bem como os impostos e
outras despesas legais. Além disso, adicionam-se os eventuais dividendos recebidos,
bem como os recebimentos de seguros.

A elaboração da DFC (Demonstração do Fluxo de Caixa) pelo método directo


encontra-se representado no Quadro abaixo.

Quadro 1: Demonstração do Fluxo de Caixa – Método Directo

FLUXO DE CAIXA - MÉTODO DIRECTO


 
Entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa
 
Fluxo de caixa das atividades operacionais:
Venda de mercadorias e serviços (+)
Pagamento de fornecedores (-)
Salários e encargos sociais dos empregados (-)
Dividendos recebidos (+)
Impostos e outras despesas legais (-)
Recebimento de seguros (+)
Caixa líquido das atividades operacionais (+/-)
 
Fluxo de caixa das atividades de investimento:
Venda de imobilizado (+)
Aquisição de imobilizado (-)
Aquisição de outras empresas (-)
Caixa líquido das atividades de investimento (+/-)
 
Fluxo de caixa das atividades de financiamento:
 
Empréstimos líquidos tomados (+)
Pagamento de leasing (-)
Emissão de ações (+)
Caixa líquido das atividades de financiamento (+/-)
 
Aumento / Diminuição líquido de caixa e equivalente de caixa
Caixa e equivalentes de caixa - início do ano

18
Caixa a equivalentes de caixa - final do ano
Fonte: Teles (1997)

A diferença, na elaboração da DFC, entre os métodos directo e indirecto


encontrase apenas no grupo das atividades operacionais.

Segundo Campos Filho (1999, p. 41), As empresas que decidirem não mostrar
os recebimentos e pagamentos operacionais deverão relatar a mesma importância de
fluxo de caixa líquido das atividades operacionais indirectamente, ajustando o lucro
líquido para reconciliá-lo ao fluxo de caixa líquido das atividades operacionais (método
indirecto ou de reconciliação).

Método Indirecto

A DFC elaborada pelo método indirecto, apresenta no grupo das atividades


operacionais primeiro, o lucro líquido proveniente da Demonstração do Resultado do
Exercício, para em seguida adicionar os valores que não representam desembolso de
caixa que tenham sido deduzidos do lucro na DRE, ou seja, depreciação e amortização;
provisão para devedores duvidosos; aumento ou diminuição referente a fornecedores,
no caso de compras a prazo, ou contas a pagar, também a longo prazo; aumento ou
diminuição de valores em contas a receber, para o caso de vendas a prazo ou nos
estoques.

Carmo et al. (1997, p.58-59) esclarecem que “o método indirecto consiste na


demonstração dos recursos provenientes das atividades operacionais a partir do lucro
líquido, ajustado pelos itens que afetam o resultado mas que não modificam o caixa da
empresa”. Enquanto, o método directo demonstra "os recebimentos e pagamentos
derivados das atividades operacionais da empresa em vez do lucro líquido ajustado".

De acordo com Assaf Neto (2002, p. 51) “o fluxo de caixa indireto representa
uma forma de conciliação entre o regime de caixa e o regime de competência”. Um
ponto forte desse método é que ele proporciona a empresa o entendimento, que o lucro
difere do caixa resultante das operações, mas por outro lado, o método indirecto não
demonstra os detalhes operacionais como: cobrança de clientes, pagamentos de
fornecedores, impostos e outros.

18
Assim, para conciliar o lucro líquido ao caixa operacional, é necessário fazer os
seguintes ajustes: adição de amortização e depreciação; bem como a adição de estoques
vendidos. O mesmo caso acontece para os fornecedores pelo seu respectivo aumento e
ainda se necessário subtraem-se as contas a receber pelos mesmos acontecimentos.

A elaboração da DFC (Demonstração do Fluxo de Caixa) pelo método indirecto


encontra-se representado no Quadro abaixo.

Quadro 1: Demonstração do Fluxo de Caixa – Método Indirecto

FLUXO DE CAIXA - MÉTODO INDIRECTO


 
Entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa
 
Fluxo de caixa das atividades operacionais:
Lucro líquido
Depreciação e amortização (+)
Provisão para devedores duvidosos (+)
Aumento / diminuição em fornecedores (+/-)
Aumento / diminuição em contas a pagar (+/-)
Aumento / diminuição em contas a receber (+/-)
Aumento / diminuição em estoques (+/-)
Caixa líquido das atividades operacionais (+/-)
 
Fluxo de caixa das atividades de investimento:
Venda de imobilizado (+)
Aquisição de imobilizado (-)
Aquisição de outras empresas (-)
Caixa líquido das atividades de investimento (+/-)
 
Fluxo de caixa das atividades de financiamento:
Empréstimos líquidos tomados (+)
Pagamento de leasing (-)
Emissão de ações (+)
Caixa líquido das atividades de financiamento (+/-)
 
Aumento / diminuição líquido de caixa e equivalente de caixa
Caixa e equivalentes de caixa - início do ano
Caixa a equivalentes de caixa - final do ano
Fonte: Teles (1997)

18
Conforme Matarazzo (2008) as empresas podem escolher em apresentar o fluxo
de caixa pelo método directo ou indirecto, esses dois métodos se diferenciam pela
forma de como são apresentados os recursos provenientes das operações, mas ambos
alcançam os mesmos resultados.

1.3.7- VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS MÉTODOS DO FLUXO


DE CAIXA

1- Método Directo

- Vantagens:

 Cria condições para que a classificação siga critérios técnicos e não fiscais;

 Possibilita a disseminação da cultura de administrar pelo caixa;

 As informações podem estar disponíveis diariamente CAMPOS FllHO, (1999,


p. 43).

- Desvantagens:

 Custo adicional para classificar os recebimentos e pagamentos;

 Falta de preparo dos profissionais das áreas da contabilidade e de administração


para lidar com a sistemática CAMPOS FILHO, (1999, p. 43).

2- Método indirecto

De acordo com Campos Filho (1999, p. 43) as vantagens e desvantagens do


método indirecto são as seguintes:

- Vantagens:

 Baixo custo, basta os dois balanços patrimoniais (o do início e o do final do


período), a demostração de Resultado do Exercício e algumas outras
informações obtidas na contabilidade;

 Concilia o lucro contabilístico com o fluxo de caixa operacional liquido,


evidenciando a composição da diferença.

- Desvantagens:

 O tempo necessária para gerar as informações pelo regime de competência e


só então converte-la para o regime de caixa;
18
 O método elimina parcialmente as distorções geradas pela interferência
contabilística e fiscalidade na contabilidade oficial.

1.3.8- ELABORAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

Segundo Zdanowicz (2004, p.34). O fluxo de caixa é o instrumento que


permite demonstrar as operações financeiras que serão realizadas pela empresa,
facilitando a análise e decisão, de comprometer os recursos financeiros, de selecionar
o uso de linhas de crédito menos onerosas, de determinar o quanto a organização
dispôs de capitais próprios, bem como utilizar as disponibilidades da melhor forma
possível.

Estimativa das Levantamento das


Projecção das vendas
compras cobranças

Determinação Orçamento

Ainda segundo Zdanowicz (2004, p. 34), a função planeamento relaciona-se


com a primeira etapa de elaboração do fluxo de caixa. As seguintes informações ou
estimativas, segundo os períodos de tempo, são úteis para a elaboração do fluxo de
caixa:

 Projecção das vendas, considerando-se as prováveis proporções entre as vendas


à vista e a prazo da empresa;

 Estimativa das compras e as respectivas condições oferecidas pelos


fornecedores;

 Levantamento das cobranças efectivas com créditos a receber dos clientes;

 Determinação da periodicidade do fluxo de caixa, de acordo com as


necessidades, tamanho, organização da empresa e ramo de actividade;

 Orçamento dos demais ingressos e desembolsos de caixa para o período em


questão.

18
Para Edno Santos (2001, p. 152), na elaboração do fluxo de caixa, precisam
ser considerados os seguintes aspectos:

Prazo de cobertura e período de informação: o prazo de cobertura é o


horizonte de tempo (semana, mês, ano, etc.) para o qual o saldo de caixa é
projectado.

Quando o fluxo de caixa tem um prazo de cobertura de uma semana até três
meses, é considerado de curto prazo; se o prazo de cobertura fica entre 91 dias e um
ano, o fluxo de caixa é de médio prazo e se tiver um prazo de cobertura maior do que
um ano, o fluxo de caixa é de longo prazo.

O período de informação é a unidade de tempo em que se divide o prazo de


cobertura do fluxo de caixa.

O prazo de cobertura mais comum na elaboração do fluxo de caixa é o mês


(30 dias corridos) e período de informação diário.

Neste sentido Zdanowicz, (2000, p. 25) coloca que com base nos registros dos
recebimentos e pagamentos de caixa, a empresa poderá programar as suas
necessidades financeiras, bem como aplicar as possíveis excedentes de forma segura
e rentável. O fluxo de caixa é o instrumento que permite demonstrar as operações
financeiras que serão realizadas pela empresa, facilitando a análise e decisão de
comprometer os recursos financeiros.

O fluxo de caixa é constituído a partir das informações relativas a todas as


entradas e saídas projectadas, assim como os dados já de conhecimento da empresa.

Na elaboração do fluxo de caixa, utiliza-se mapas auxiliares que tem como


propósito planear e organizar as informações para o fechamento final do fluxo. A
forma, consistência, periodicidade e relevância desses mapas auxiliares, dependerá
do tipo da empresa e da sua atividade operacional. São exemplos de mapas
auxiliares: despesas administrativas, pagamento de fornecedores, despesas com
vendas, vendas a prazo entre outras.

Os prazos dos fluxos podem ser diários, semanais, mensais ou anuais.


Recomenda-se o planeamento e controlo diário dos fluxos de caixa, para análise de
curto prazo, pois desta forma fornecerá informações mais detalhadas sobre os

18
ingressos e desembolsos, seus prazos de vencimento e o melhor dia do mês para
projetar recebimento e compras.

Quadro 3– Modelo de fluxo de caixa semanal – método directo

RUBRICAS ANO ANO


Recebimentos de Clientes
Pagamentos a fornecedores
Pagamentos ao pessoal
Fluxo gerado pelas operações
Pagamento de Imposto sobre o Rendimento    
Outros pagamentos Operacionais/Recebimentos
FLUXOS DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO    
Recebimentos provenientes de:    
Imobilizações Corpóreas
Imobilizações Incorpóreas  
Investimentos Financeiros
Subsídios ao Investimento
Juros e Proveitos similares
Dividendos ou Lucros obtidos
Sub total
Pagamentos respeitantes a:    
Imobilizações Corpóreas
Imobilizações Incorpóreas  
Investimentos Financeiros
Sub total
FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO    
Recebimentos provenientes de:    
Aumentos de capital
Cobertura de Prejuízos  
Empréstimos obtidos
Subsídios à exploração e doações
Sub total
Pagamentos respeitantes de:  
Reduções de capital  
Dividendos ou Lucros Pagos  
Empréstimos obtidos    
Juros e custos similares    
Sub total  
FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Variação de caixa e seus equivalentes (1)+(2)+(3)
Efeito das diferenças de câmbio    
Caixa e seus equivalentes no inicio do período (A)
Caixa e seus equivalentes no fim do período (B)
Variação de caixa e seus equivalentes (B) - (A)
18
Quadro 3–Demostração de Fluxo de Caixa (Fonte: Empresa KUIA BUÉ, Lda 2019-2020

Para que se tenha um eficiente fluxo de caixa, as projecções devem ser


ordenadas e distribuídas de forma racional. Os principais itens que compõe o fluxo,
conforme Zdanowicz (2000, p. 147) são os seguintes:

 Ingressos: São todos as entradas de caixa e banco, como as vendas à vista, vendas a
prazo, recebimentos de atrasados, receitas financeiras, vendas de ativos, entre outros.
Varia conforme a atividade fim da empresa;

 Desembolsos: É composto pelas compras à vista, compras a prazos com fornecedores,


salários com os encargos sociais, assim como todas as despesas administrativas, com
vendas, tributárias e financeiras geradas pelo processo de produção e
comercialização;

 Diferença do período: Apura-se, neste item, o resultado entre os recebimentos e


pagamentos da empresa, ou seja, a partir dos valores projectados, de ingresso e
desembolsos, encontra-se a diferença de valores, podendo ser positivo, negativo ou
nulo;

 Saldo inicial de caixa: é igual ao saldo final de caixa do período imediatamente


anterior;

 Nível desejado de caixa: é a determinação do capital de giro liquido necessário pela


empresa, em função do volume de ingressos e desembolsos futuros;

 Empréstimos ou aplicação de recurso financeiros: poderão ser captados


empréstimos para subir a necessidade de caixa, mediante a apuração do saldo da
disponibilidade acumulada, ou, quando houver excedentes, serão realizadas
aplicações no mercado financeiro;

 Pagamento ou resgate de aplicação: as amortizações são devoluções do principal


tomado emprestado, enquanto o resgaste constituem-se nos recebimentos do
principal aplicado;

 Saldo final de caixa: é o nível desejado de caixa projectado para o período seguinte,
que será o saldo inicial de caixa do período subsequente.

18
Normalmente, o fluxo de caixa não é uniforme durante todo o mês,
apresentado períodos sazonais. Neste trabalho foi utilizado o fluxo semanal dentro
dos meses realizados.

1.3.9- COMPONENTES DO FLUXO DE CAIXA

Os componentes da DFC, de acordo com Frezatti (1997, p. 56), são:

A) - Os fluxos operacionais, que corresponde às entradas e saídas relacionadas


às atividades operacionais da empresa;

B) - Os fluxos permanentes, que está ligado aos investimentos no activo


permanente da empresa; o fluxo dos acionistas, que indica as transacções que afetam
os mesmos e que são derivadas de decisões de capitalização ou de distribuição do
lucro ou redução do capital;

C) - O fluxo financeiro equivale ao somatório dos demais fluxos, onde, no caso


de sobra de recursos, ocorre à saída para aplicação deste valor no mercado e, no caso
de insuficiência de recursos, ocorre à entrada por meio de resgate de investimentos,
ou por meio de captação de recursos com terceiros.

1.3.10- FACTORES QUE AFECTAM O FLUXO DE CAIXA

A administração da liquidez é uma das atividades mais importantes do


administrador financeiro. Para desempenhar essa função, o profissional de finanças
utiliza um dos principais instrumentos de análise e controle financeiro, o fluxo de caixa.
Segundo Frezatti (apud Neto, op. Cit.) a primeira coisa que deve-se mencionar é que o
fluxo de caixa não é a mesma coisa de capital de giro liquido.

O fluxo de caixa das operações, definido como sendo a diferença entre resultado
antes juros e depreciação menos imposto, mede o volume de numerário gerado pelas
operações, não contando os investimentos ou os gastos com necessidade de capital de
giro e tem por objectivo primordial, a projecção das entradas e das saídas dos
recursos financeiros da empresa em um determinado período de tempo.

Para Zdanowicz (apud Iucícibus 1995: 33), "o fluxo de caixa é o


instrumento que permite demonstrar as operações financeiras que são realizadas
pela empresa", o que possibilita melhores análises e decisões quanto à aplicação dos
recursos financeiros que a empresa dispõe.
18
Iudícibus (1999, p. 218) afirma que a DFC "demonstra a origem e a aplicação de
todo o dinheiro que transitou pelo caixa em um determinado período e o resultado desse
fluxo", sendo que o caixa engloba as contas Caixa e Bancos, evidenciando as entradas e

saídas de valores monetários no decorrer das operações que ocorrem ao longo do


tempo nas organizações.

Por sua vez, Campos Filho (1999, p. 3) complementa explicando que a DFC

"permite mostrar, de forma directa ou mesmo indirecta, as mudanças que tiveram


reflexo no caixa, suas origens e aplicações". Assaf Neto e Silva (1997) explicam que o
fluxo de caixa, de maneira ampla, "é um processo pelo qual a empresa gera e aplica
seus recursos de caixa determinados pelas várias atividades desenvolvidas", onde as
atividades da empresa dividem-se em operacionais, de investimentos e de
financiamento.

As atividades de investimento dizem respeito à aquisição ou venda de activos


não-circulantes, que representam a destinação que a empresa dá aos seus recursos na
compra de novos equipamentos ou na ampliação de suas instalações.

As actividades de financiamento estão relacionadas à obtenção de empréstimos a


curto e longo prazo, bem como à emissão de acções representativas do capital e ao
pagamento de dividendos aos acionistas. As atividades operacionais, em geral,
referem--se à quelas operações que envolvem produção e venda de produtos, ou a
prestação de serviços. Este grupo permite visualizar a atividade que gera maior caixa
operacional, quando comparados diversos períodos.

Os factores que afectam o caixa são:

 Despesa elevada com administração;


 Diminuição repentina de venda afecta o fluxo de caixa;
 Processo pouco eficientes;
 Desconto e vantagens mal planeado;
 Politica salarial sem planeamento;
 Giro de estoque muito lento;
1.4- PLANEAMENTO

18
Com as transformações provocadas pelos avanços tecnológicos e a
interdependência das empresas e das pessoas, planear se tornou necessário para que
os objectivos sejam almejados.

Ross, Westerfield e Jaffe (1995, p.525) “o planeamento é um processo que,


na melhor das hipóteses, ajuda à empresa a evitar tropeçar no seu futuro andando
para trás, obriga a empresa a refletir sobre sua meta”.

Na visão de Silva (2007, p.18), “Planeamento é o processo administrativo que


determina antecipadamente o que um grupo de pessoas deve fazer e quais as metas
que devem ser atingidas.” O facto de planear é muito normal, pois todos nós, na vida
pessoal já planeamos naturalmente, e o administrador de empresa não é diferente,
planea sempre algo para sua empresa.

De uma forma mais simplificada, planear é a ferramenta mais importante das


funções gerenciais, pois é utilizada para administrar o futuro da empresa. É utilizada
no processo de tomada de decisão.

Planeamento significa preparar com antecedência as acções que serão


tomadas, estimar os recursos a serem necessários futuramente e atribuir
responsabilidades para o alcance de determinados objectivos da empresa.

1.4.1- PLANEAMENTO DE CAIXA

É através do planeamento de caixa que o empresário consegue estimar as


necessidades de caixa de curto prazo, possibilitando-lhe uma visão clara do momento
em que ocorrerão as entradas e saídas de recursos financeiros no período considerado
e consequentemente, em que momento haverá excedente ou escassez de recursos
financeiros.

Segundo Zdanowicz (2004, p. 34) é com o planeamento de caixa que temos


conhecimento antecipado das necessidades de numerário no atendimento aos
compromissos que a empresa costuma assumir, tendo em conta os prazos em que
deverão ser saldados. Assim, o administrador financeiro estará apto a planear com a
devida antecedência, os problemas de caixa que poderão surgir em consequência de
reduções cíclicas das receitas ou aumentos súbitos no volume de pagamentos.

18
O administrador financeiro saberá o montante certo em que contrairá
empréstimos para cobrir a falta ou insuficiência de fundos, bem como quando irá
aplicar no mercado financeiro o excesso de dinheiro.

Zdanowicz (2004, p. 34), através da sua experiência profissional, tem


comprovado que as dificuldades financeiras, especialmente as que embaraçam as
micro e pequenas empresas, parecem decorrer das ausências de planeamento e do
controlo das suas actividades operacionais. Não quer com isto dizer que todos os
fracassos possam ser evitados única e exclusivamente através do planeamento e
controlo financeiro, porém muitos os seriam com certeza.

Para Edno Santos (2001, p. 57), “a administração de caixa começa com o


planeamento de caixa, actividade que consiste em estimar a evolução dos saldos de
caixa da empresa. Essas informações são fundamentais para a tomada de decisões.”

Refere ainda este autor que “a necessidade de planeamento de caixa deve


estar presente tanto em empresas com dificuldades financeiras, como naquelas bem
capitalizadas.

Para as empresas com problemas financeiros, o planeamento de caixa é o


primeiro passo no sentido de procurar o seu equacionamento. Nas empresas em boa
situação financeira, o planeamento de caixa permite-lhes aumentar a eficiência no
uso das suas disponibilidades financeiras.”

Segundo Gitman (1997, p 586), “o planeamento de caixa é a espinha dorsal


da empresa. Sem ele não se saberá quando haverá caixa suficiente para sustentar as
operações ou quando se necessitará de financiamentos bancários.

Empresas que continuamente tenham falta de caixa e que necessitem de


empréstimos de última hora, poderão perceber como é difícil encontrar bancos que as
financie.”

Gitman (1997, p 586) identifica três fontes de fluxos de caixa de acordo com
o tipo de actividade que os originaram, os quais facilitam o planeamento e a análise
de caixa:

1- Fluxo Operacional: são os fluxos ligados directamente com a produção e


vendas de produtos e serviços da empresa, reflectindo a demonstração de resultados e

18
as transações das contas circulantes, excluindo-se os títulos a pagar, ocorridas em
determinado período. Indica a capacidade da empresa gerar meios de pagamento
suficientes.

2- Fluxo de Investimentos: são fluxos associados com a aquisição e venda de


activos imobilizados, e participações sociais. Representa a extensão dos dispêndios
feitos para obter recursos cuja finalidade é gerar resultados e fluxos de caixa futuros.

3- Fluxo de Financiamento: são fluxos resultantes de operações de


empréstimo, financiamento e capital próprio. Permite estimar as necessidades de
meios de pagamento e de novas entradas de capital, bem como proporcionar aos
financiadores informação sobre a capacidade de serem reembolsados.

Sem esta separação dos fluxos de caixa fica mais difícil para o empresário,
por exemplo, entender se as necessidades de caixa da empresa têm natureza
ocasional ou permanente.

1.5- CONTROLO INTERNO

Segundo Crepaldi (2008, p.58) O controlo interno pode ser definido como o
sistema, de uma empresa, que compreende o plano de organização os deveres e
responsabilidades e todos os métodos, e medidas adotadas como a finalidade de:

 Salvaguardar os activos;
 Verificar a exatidão e fidelidade dos dados e relatórios contabilísticos e de
outros dados operacionais;
 Desenvolver a eficiência nas operações;
 Comunicar e estimular o cumprimento das políticas, normas e procedimento
administrativos adotados.

Já para o Franco e Marra (2000, p.261) Por controlos internos entendemos


todos os instrumentos da organização destinados a vigilância, fiscalização e
verificação administrativa, que permitam prever, observar, dirigir ou governar os
acontecimentos que se verificam dentro da empresa e que produzam reflexos em seu
património.

Segundo Almeia (2003, p. 63) O controlo interno representa em uma


organização o conjunto de procedimentos métodos ou rotinas com os objectivos de
18
proteger os activos, produzir dados contabilísticos confiáveis e ajudar a
administração na condução ordenada dos negócios da empresa.

Diante destes conceitos, pode-se afirmar que o controlo interno é um conjunto


de procedimentos e rotinas adotados pela empresa, cujo os objectivos é proteger os
bens de possíveis e erros, fiscalizar, vigiar e garantir a integridade e confiabilidade
dos dados contabilísticos e auxiliar a administração na tomada de decisão.

CAPITULO II – METODOLOGIA DO ESTUDO

Segundo Prod anov e Freitas (2013, p.14) A metodologia é a aplicação de


procedimentos e técnica que devem ser observadas para construção do
conhecimento, com o propósito de comprovar sua validade e utilidade nos diversos
âmbitos da sociedade.

2.1- TIPOS DE PESQUISAS

18
Quanto a sua Natureza:

Segundo Freitas (2013, p. 14) afirmam que do ponto de vista da sua natureza
a pesquisa pode ser básica ou aplicada.

Pesquisa aplicada: esta pesquisa objectiva gerar conhecimento para aplicação


prática dirigida a solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses
locais.

Do ponto de vista da sua natureza, á presente monografia, contou com a


pesquisa aplicada, pois a mesma gerou conhecimento para aplicação prática que é
dirigida a aplicada, pois a mesma gerou conhecimento para aplicação prática que é
dirigida a empresa KUIA BUÉ, Lda com o propósito de apresentar a solução do
problema

Quanto aos seus Objectivos:

Segundo Freitas (2013, p.14) afirmam que do ponto de vista dos seus
objectivos a pesquisa pode ser Exploratória, Descritiva, Explicativa.

Pesquisa Exploratória: quando a pesquisa se encontra na fase preliminar,


tem como finalidade proporcionar mais informações sobre o assunto que vamos
investigar, possibilitando sua definição e seu delineamento, isto é, facilitar a
delimitação do tema da pesquisa, orientar a fixação dos objectivo e a formulação das
hipóteses ou descobrir um novo tipo de enfoque para o assunto. Assume em geral, as
formas de pesquisas bibliográficas e estudos de caso.

Pesquisa descritiva: quando o pesquisador apenas registra e descreve os


factos observados sem interferir neles. Visa descrever as características de
determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre
variáveis. Envolvendo o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados:
Questionário e obdervação sistemática. Assume em geral, a forma de levantamento.

Segundo Gil (2010, p. 28) A pesquisa explicativa é aquela que aprofunda o


conhecimento da realidade porque explica a razão, o porquê das coias.

Do ponto de vista dos seus objectivos, á presente monografia contou com a


pesquisa: Exploratória, Descritiva e explicativa.

Quanto aos procedimentos:


18
De acordo com o Lakatos e Marconi (2003, p. 183) a pesquisa bibliográfica
abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde
publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livro, pesquisas, monografias, teses,
material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: Rádio, gravações em fita
magnética e audiovisuais: filme e televisão’’. A pesquisa bibliográfica deste trabalho
é realizada em livros, pesquisas monográficas, artigos e internet.

Segundo Gil (2008, p. 60) diz que A pesquisa documental basea-se em


materiais que não receberam ainda um tratamento analítico ou que pode ser
reelaborado de acordo com objectivos da pesquisa. A presente pesquisa fará ouso de
documentos oficiais fornecido pela empresa em estudo.

Do ponto de vista dos seus procedimentos, á presente monografia contou com


a pesquisa: bibliográfica e documental.

Quanto a sua abordagem:

Segundo Prodanov e Freitas (2013, p. 69) do ponto de vista da abordagem do


problema a pesquisa pode ser: quantitativa e qualitativa.

Pesquisa quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que


significa traduzir em números as opiniões e informações para classifica-las, requer o
uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana,
desvio padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão etc.).

Pesquisa qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo


real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo o mundo objectivo e a
subjectividade do sujeito que não pode ser traduzido em números.

A presente monografia contou com a pesquisa mista, agregando nela dados


qualitativos e quantitativos.

2.2- MÉTODO DA PESQUISA

Segundo Gil (2008, p. 9) diz que o método dedutivo parte de princípios


reconhecidos como verdadeiros e indiscutível e possibilita chegar a conclusões de
maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua logica.

18
Esta monografia contou com o método dedutivo partindo do geral ao
particular através da sua indignação, culminando na avaliação do estudo da empresa
KUIA BUÉ, Lda

Universo da pesquisa

Segundo Lakatos e Marconi (2007, p. 89) O universo (também chamado de


população) é um conjunto definido de elementos que possuem determinadas
características.

A presente monografia, tem como universo ou população a empresa KUIA


BUÉ, Lda no exercício económico de 2019 -2020

Amostra

Segundo Lakatos e Marconi (2007, p. 89) A mostra é um subconjunto do


universo do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo.

A presente monografia tem como amostra a demostração do Fluxo de caixa


da empresa KUIA BUÉ, Lda

Variáveis a controlar

Segundo Prodonov e Freitas (2013, p. 72) Variáveis são características


observáveis do fenómeno a ser estudado.

Variável Independente

Segundo Lakatos e Marconi (2007, p. 89) A variável independente (x) é


aquela que influência, determina ou afecta outra variável, é o facto determinante que
pode ser manipulada e quantificada.

1- Variável Independente (X): Fluxo de Caixa.


Variável Dependente

Gil (2002, p. 62) A variável dependente (Y) é aquela que será explicada em
função de ser influenciada, afectada pela variável independente.

2- Variável dependente (Y): Ferramenta de controlo interno


financeiro.

18
CAPITULO III – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUÇÃO DOS
REULTADOS

3.1- CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A empresa padaria KUIA BUÉ, Lda é uma sociedade uni pessoal, que iniciou
as suas atividades no dia 16 de Junho de 2019, data em que teve a sua abertura oficial
e aberta as portas ao público em geral. Sendo classificada juridicamente como
18
pequena empresa, devido ao quadro do pessoal (11 trabalhadores) e o seu volume de
negócios.

A padaria KUIA BUÉ, está localizada em Luanda no Distrito Urbano da


Samba município de Luanda, bairro Gamek na rua da Gamek a direita.

3.2- HISTÓRICO DA PADARIA KUIA BUÉ, Lda

Já faz três anos que a empresa Kuia Bué, está no mercado Angolano no ramo
da industria e comércio. No dia 16 de Junho de 2019 decidiu-se criar uma empresa,
privada, que desde essa altura até hoje assumiu a gestão no que concerne a toda
actividade da empresa, assim como de outras actividades relacionadas com a mesma.

Segundo seus estatutos tem o compromisso de prestar serviços de acordo com


os termos da lei e dos respectivos regulamentos, no que concerne ampla informação
sobre as nossas actividades e realizações. A fim de promover estudos, visando o
conhecimento de outras empresas como objectivo de promover a mesma,
contribuindo para a divulgação da empresa KUIA BUÉ.

A empresa KUIA BUÉ tem como pontos fortes a assiduidade, pontualidade,


qualificação e competência por parte de funcionários, boa localização, uma vez que o
local da empresa está numa área bastante conhecida, que permite os clientes de
diferentes pontos municipais solicitarem os nossos serviços.

MISSÃO

Produzir a actividade comercial típica de uma venda a retalho

VISÃO

Ganhar os concorrentes, dominando o mercado, de forma manter a marca no


mais alto nível dentre os outros concorrentes.

OBJECTIVO

Expandir nesta cidade, no prazo de dois anos 4 padarias, maiores que o


actual.

3.3- QUADRO DE PESSOAL

A empresa KUIA BUÉ, Lda possuí um quadro de pessoal de 11


funcionários, dos quais quatro fazem parte dos órgãos sociais (assembleia de
18
quotistas e gerência) e os restantes estão na categoria de empregados. As funções do
pessoal estão descritas na tabela a baixo:

Quadro 4- Descrição do pessoal da empresa KUIA BUÉ, Lda no período de 2019 -2020

NOME CATEGORIA
Fabião Valdmiro Macosso Responsável
Alberto Capita Macosso Gerente Comercial
Pascoal Capita Macosso Contabilista
Fábio Chicaia Macosso Secretário Geral
Beatriz da Glória Macosso Balconista
Rita Isabel Macosso Balconista
Joaquim de Almeida Macosso Motorista
Rosa Fabiana Macosso Auxiliar de Limpeza
Yano Macosso Auxiliar de Limpeza
Jorge Macosso Segurança
Fonte: Dados da pesquisa

3.4- ANÁLISE DE DADOS DA EMPRESA KUIA BUÉ

A análise foi feita através dos dados obtidos na Demostração de Fluxo de


Caixa obtidos na empresa KUIA BUÉ, Lda nos períodos compreendido entre 2019 a
2020.

3.5- FLUXO DE CAIXA DA EMPRESA KUIA BUÉ

RUBRICAS ANO 2020 ANO 2019


14.455.340,0
17.500.000,00
Recebimentos de Clientes 0
Pagamentos a fornecedores 4.350.500,00 3.483.229,00
Pagamentos ao pessoal 700.333,00 495.000,00
Fluxo gerado pelas operações 12.449.167,00 10.477.111,00
Pagamento de Imposto sobre o Rendimento    
Outros pagamentos Operacionais/Recebimentos 1.575.690,00 1.125.220,00
18
FLUXOS DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 14.024.857,00 11.602.331,00
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO    
Recebimentos provenientes de:    
Imobilizações Corpóreas 250.000,00 100.000,00
Imobilizações Incorpóreas  
Investimentos Financeiros 0,00 0,00
Subsídios ao Investimento 0,00 0,00
Juros e Proveitos similares 0,00 0,00
Dividendos ou Lucros obtidos 0,00 0,00
Sub total 250.000,00 100.000,00
Pagamentos respeitantes a:    
Imobilizações Corpóreas 100.000,00 50.000,00
Imobilizações Incorpóreas 0,00  
Investimentos Financeiros 0,00 0,00
Sub total 100.000,00 50.000,00
FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO 150.000,00 50.000,00
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO    
Recebimentos provenientes de:    
Aumentos de capital 750.000,00 300.000,00
Cobertura de Prejuízos   0,00
Empréstimos obtidos 0,00 0,00
Subsídios à exploração e doações 0,00 0,00
Sub total 750.000,00 300.000,00
Pagamentos respeitantes de:  
Reduções de capital  
Dividendos ou Lucros Pagos  
Empréstimos obtidos    
Juros e custos similares    
Sub total  
FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO 750.000,00 300.000,00
Variação de caixa e seus equivalentes (1)+(2)+(3) 14.924.857,00 11.952.331,00
Efeito das diferenças de câmbio    
Caixa e seus equivalentes no inicio do período (A) 11.952.331,00 0,00
Caixa e seus equivalentes no fim do período (B) 26.877.188,00 11.952.331,00
Variação de caixa e seus equivalentes (B) - (A) 14.924.857,00 11.952.331,00
Quadro 3–Demostração de Fluxo de Caixa (Fonte: Empresa KUIA BUÉ, Lda 2019-2020

3.6- CALCULO DA VARIAÇÃO DAS ACTIVIDADES DA EMPRESA KUIA


BUÉ

Neste, serão feito alguns cálculos da variação das actividades da empresa


referente aos anos 2019 e 2020, com objectivo de verificar qual dos anos houve mais
rendimento.

Para o cálculo das variações fez-se a diferença entre o ano corrente e o ano
anterior ou seja, fez-se a subtração dos resultados obtidos em cada etapa do fluxo de
18
caixa tanto nos recebimentos como nos pagamentos afim de fazer a verificação de qual
dos anos teve maior rendimento.

Desta forma os cálculos serão feitos nas tabelas abaixo:

Tabela 1- Cálculo da variação das Actividades Operacionais

A
NOS
DESCRIÇÃO   VARIAÇÃO
  2020 2019  
Recebimento de Cliente 17.500.000,00 14.455.340,00 3.044.660,00
Pagamento a Fornecedor 4.350.500,00 3.483.229,00 867.271,00
Pagamento ao Pessoal 700.333,00 495.000,00 205.333,00
Outros Pagamentos e Recebimentos 250.000,00 100.000,00 450.470,00
14.024.857,0
Total da Actividade operacional 0 11.602.331,00 2.422.526,00

A tabela acima evidencia os cálculos das variações referido aos recebimentos e


pagamentos proveniente da actividades operacionais da empresa onde fez-se a diferença
dos recebimentos e dos pagamentos dos anos em estudo. Nesta senda, para os dois anos
tivemos recebimento e pagamentos que nos possibilitou fazer a diferença entre os dois
anos sendo que o ano 2020 com um total de 14.024.857,00 e o ano 2019 com um total
de 11.602.331,00. A diferença de variação entre os dois anos é de 2.422.526,00

Logo, a empresa KUIA BUÉ no ano 2020 superou nas suas vendas.

Tabela 2- Cálculo da variação das Actividades de investimentos.

AN
OS
DESCRIÇÃO   VARIAÇÃO
  2020 2019  
Recebimentos      
Imobilizações Corpóreas 250.000,00 100.000,00 150.000,00
Pagamentos      
Imobilizações Incorpóreas 100.000,00 50.000,00 50.000,00
Total das Actividades de Investimento 150.000,00 50.000,00 100.000,00

18
A tabela acima, relata sobre as actividades de investimento da empresa em
estudo. Nota-se que nas actividades de investimento, a empresa KUIA BUÉ quanto aos
imobilizados corpóreas a empresa obteve na sua variação um valor correspondente a
150.000,00 e para os imobilizados incorpóreas um valor correspondente a 50.000,00.

Neste contexto, a empresa KUIA BUÉ teve um total de variação de 100.000,00


que nos possibilita compreender que, quanto aos investimentos a empresa investiu mais
no ano 2020.

Tabela 3- Cálculo da variação das Actividades de Financiamento

ANOS
DESCRIÇÃO   VARIAÇÃO
  2020 2019  
Recebimentos      
Aumento de Capital 750.000,00 300.000,00 450.000,00
       
Total das Actividades Financeira 750.000,00 300.000,00 450.000,00

No calculo da Variação das actividades financeira da empresa, a empresa em


estudo obteve um aumento de capital de 750.000,00 referente ao ano 2020 e
300.000,00 referente ao ano 2019. Sendo que a diferença de variação entre os dois
anos, esta avaliado em 450.000,00

Logo, a empresa KUIA BUÉ em 2020 teve maior aumento de capital com um
total de variação correspondente a 450.000,00.

Tabela 4- Cálculo da Variação de caixa e seus equivalentes

ANOS
DESCRIÇÃO   VARIAÇÃO
  2020 2019  
Fluxo das Actividades Operacionais 14.024.857,00 11.602,331,00 2.422.526,00
Fluxo das Actividades de Investimento 150.000,00 50.000,00 100.000,00
Fluxo das Actividades Financeira 750.000,00 300.000,00 450.000,00
Total do Fluxo de Caixa 14.924.857,00 11.952.331,00 2.972.526,00

18
A Tabela acima, relata sobre os cálculos das variações de caixa e os seus
equivalentes. Neste, fez-se os cálculos dos totais das actividades operacionais, de
Investimento e de financiamento. Desta forma, a variação de caixa para o ano 2020 é
de 14.924.857,00 e para o ano 2019 é de 11.952.331,00. Sendo que a diferença entre os
dois anos é de 2.972.526,00 que representa o fluxo da empresa tal como demonstra na
tabela acima.

Entretanto, verificou-se maior rentabilidade no caixa no ano 2020 em relação


ao ano de 2019.

3.7- VERIFICAÇÃO DAS HIPÓTEES

A criação de hipóteses, consistem em dar possíveis respostas a questão de


partida, atendendo a mesma. Nesta senda, faremos algumas verificação das hipóteses
alcançadas durante a nossa pesquisa.

H1- A relevância da demostração do fluxo de caixa consiste em auxiliar a


empresa numa análise rápida do resultado financeiro, controlando as fontes recentes
das receitas e despesas a fim de monitora e controla as entradas e saídas de caixa.

Para a criação dessa hipótese foi preciso fazer um estudo na empresa KUIA
BUÉ. e com base a nossa pergunta de partida, a nossa hipótese foi validade onde deu-se
entender que a empresa em estudo tem elaborado o fluxo de caixa como sendo um
instrumento que possibilita auxiliar a empresa numa análise rápida do resultado
financeiro, controlando as fontes recentes das receitas e despesas afim de monitorar e
controla as entradas e saídas de caixa. Por esse motivo a empresa optou na elaboração
do fluxo de caixa sob o método directo.

18
H2- A demostração do fluxo de caixa não monitoriza as entradas e saídas do
caixa nem faz análise rápida do resultado financeiro da empresa.

Toda qualquer questão está sujeita a uma aceitação e uma negação. Não foi
diferente com a pergunta de partida deste trabalho, sendo que a negação está voltada
numa afirmação categórica em que a demostração do fluxo de caixa não monitoriza as
entradas e saídas do caixa nem faz análise rápida do resultado financeiro da empresa.

Entre tanto, verifica-se que há maior probabilidade de aceitação da nossa


hipótese 1 por ser positiva e com base os dados apresentados na elaboração do fluxo de
caixa, e o estado actual da empresa, foi validada a nossa hipótese 1.

CONCLUSÕES

A presente monografia teve como principal objectivo demonstrar a importância


do fluxo de caixa para a gestão financeira da empresa, uma técnica que auxilia nas suas
decisões, através do planeamento e controlo financeiro, observando a necessidade de
cobrir obrigações a curto prazo, em momentos de escassez de caixa, assim como
aplicar os excedentes em ativos rentáveis.

O fluxo de caixa é um instrumento que permite demonstrar e estimar as


operações realizadas pela empresa, destacando a projeção de suas operações tais como:
orçamento de entradas, saídas de caixa, cuja finalidade é de auxiliar no processo
decisório, visando atingir os objectivos esperados, fazendo frente às incertezas
associadas ao fluxo de recebimentos e pagamentos. Sendo assim o fluxo de caixa
possibilita também a empresa a se organizar, controlando todas as suas atividades
operacionais e não operacionais e planear seus recursos. Com isso, a presente pesquisa
constituiu em evidenciar a utilização do fluxo de caixa nas micro e pequenas empresas,
como sendo uma ferramenta capaz de gerir com competência os recursos financeiros,
garantindo melhores controles das suas atividades com relatórios mais confiáveis.

18
Assim a contabilidade estará recebendo dados seguros sobre as movimentações,
fazendo com que os relatórios finais sejam verdadeiros e confiáveis, representando
melhor a situação da empresa. O tema escolhido foi de grande relevância para a
acadêmica e para empresa, pois ao estudar e aplicar as técnicas apresentadas contribuiu
com a realização da acadêmica em colocar na prática os ensinamentos obtidos durante
o curso. E para a empresa, proporcionou satisfação em obter informações mais
organizadas para auxiliá-los na sua gestão. Possibilitando ainda conhecer áreas de
riscos e buscar soluções para ausência de controles existentes.

Por isso, a curiosidade pelo tema que se constitui pela dificuldade que os micro
e pequenos empresários têm em controlar seus recursos e até mesmo em investir em
novos ativos.

Primeiramente, buscou-se na literatura conceitos e classificações sobre o tema


abordado. Em seguida foi executada uma apresentação dos dados da empresa em
estudo onde obtivemos alguns dados que nos possibilitou dar a sustentabilidade da
presente pesquisa.

Conclui-se então que o fluxo de caixa é um instrumento que permite organizar,


planear, dirigir e controlar os recursos financeiros, demonstrando a real situação
financeira a curto e longo prazo. Desta forma, podemos crer que A relevância da
demostração do fluxo de caixa consiste em auxiliar a empresa numa análise rápida do
resultado financeiro, controlando as fontes recentes das receitas e despesas, monitora e
controla as entradas e saídas de caixa tal como afirma a hipótese um (1) da pergunta
de partida.

18
RECOMENDAÇÕES

É de suma importância o Fluxo de Caixa em uma empresa, pais é através dele


que o administrador financeiro vê antecipadamente a necessidade de recursos para
honrar seus compromissos em seus respectivos vencimentos ou seus excessos de
disponibilidade, possibilitando a escolha da melhor forma de aplicação.

Desta forma, recomendo oseguinte:

 Que as empresas façam o uso do fluxo de caixa fluxo de caixa por er um


instrumento que pode auxiliar a empresa a monitorar e controlar as entradas e
saídas de caixa.
 Que a empresa KUIA BUÉ possa optar no uso do método directo por ser um
método bastante simples e de fácil compreensão no controlo de caixa para que
se tenha maior controlo do seu caixa quanto as entradas e saídas.

Pelas informações demonstradas no Fluxo de Caixa, pode-se evitar a


programação de desembolso desnecessário em períodos de baixo ou nenhum
ingresso, ou seja, programar os desembolsos conforme o grau de sua importância.

18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

Almeia Controle de Gestão – Uma Abordagem Contextual e Organizacional.


4.ed. São Paulo: Atlas, 2003

ASSAF NETO, Alexandre. 0 crepusculo do conhecimento contabil. Caderno de


estudos FIPECAFI. Sao Paulo: 1989.

CAMPOS FILHO, Ademar. Demonstra~io dos fluxos de caixa: uma ferramenta


indispensavel para administrar sua empresa. Sao Paulo: Atlas, 1999.

CARMO, Augusto B.G. et al. Fluxo de Caixa. Revista Brasileira de


Contabilidade do CRC –SP. São Paulo: ano I, nº 3, p.57-64, dez./ 1997.

CASSARRO, Analise Financeira de Balanc;os: abordagem basica e gerencial.


SP. São Paulo. 1999

CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil. 3 ed. São Paulo: Atlas,


2008

18
CHING, MARQUES e PRADO Analise Financeira de Balanc;os: abordagem
basica e gerencial. 2. ed. Sao Paulo:2006

FREZATTI, Fábio. Gestão do Fluxo de Caixa Diário. São Paulo: Atlas, 1997

QUINTANA Costa Alexandre, Fluxo De Caixa - Demonstrações Contábeis.


Editora Juruá 2009.

MATARAZZO, Dante C. Analise Financeira de Balanços – Abordagem Básica


e Gerencial. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1997. E 1999

ROSS, Stephen A.WESTERFIELD, Randolph W. JAFFE, Jeffrey F.


Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1995.

TELES, Egberto Lucena. A demonstração do fluxo de caixa como forma de


enriquecimento das demonstrações contábeis exigidas por lei. Revista Brasileira de
Contabilidade. Brasília, ano XXVI, nº 5, p.64-71, jul.1997,p.69

PEREZ JUNIOR José Hernandes, PESTANA, Armando O; FRANCO, Sergio


P.C. Controladoria de Gestão – Teoria e Pratica, 2 ed. São Paulo; Atlas, 1997.

GOMES, Josir S. SALAS, Joan M. A . Controle de Gestão – Uma Abordagem


Contextual e Organizacional. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1999

GIL, António Carlos. Como construir hipóteses? Como elaborar projecto de


pesquisa. 4ª ed.; São Paulo: Altas, 2007.

GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 2. ed. Porto


Alegre: Bookman, 1997.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI. (2003). Fundamentos de Metodologia


Científica. 5ª Edição, Editora Atlas S:A

MATTARAZO, Dante. Analise Financeira de Balanc;os: abordagem basica e


gerencial. 6. ed. Sao Paulo: Atlas, 2003.

QUINTANA Costa Alexandre, Fluxo De Caixa - Demonstrações Contábeis.


Editora Juruá 2009.

SÁ, Carlos Alexandre de. Gerenciamento do fluxo de caixa. Apostila, São


Paulo: Top Eventos, 1998.
18
SANTOS, Edno Oliveira dos. Guia prática para a elaboração do demostrativo
dos fluxos de caixa – DFC 3 ed Curitiba Juruá. 2004

SANTOS, Edno Oliveira dos. Administração Financeira da Pequena e Media


Empresa. Sao Paulo: Atlas, 2001.

SILVA, Edson Cordeiro da. Como administrar o fluxo de caixa das empresas:
guia prático e objetivo de apoio aos executivos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005.

ZDANOWICZ, Jose Eduardo. Planejamento financeiro e orc;amento 4. ed. Porto


Alegre: Sagra Luzzatto, 2004 .

ANEXOS

18
ANEXO 01- BALANÇO PATRIMONIAL

DESCRIÇÃO EXERCÍCIO  
Activo 2020 2019
Activo não corrente 5.155.000,00 6.200.000,00
Imobilizado Incorpóreos 0,00 0,00
Investimentos em subsidiárias e associadas 0,00 0,00
Outros activos financeiro 0,00 0,00
TOTAL DOS IMOBILIZADOS 5.155.000,00 6.200.000,00
Outros activos não correntes    
TOTAL DOS ACTIVO NÃO CORRENTE 5.155.000,00 6.200.000,00
Activo Corrente    
Existências 2.000.000,00 1.300.000,00
Contas a receber 400.000,00 600.000,00
Disponibilidades 14.924.857,00 11.952.331,00
Outros activos correntes 570.000,00 150.000,00
TOTAL DO ACTIVO CORRENTE 17.894.857,00 14.002.331,00
     
TOTAL DO ACTIVO 23.049.857,00 20.202.331,00
     
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO    
Capital Próprio    
Capital 16.000.000,00 16.000.000,00
Reservas 0,00 0,00

18
Resultados Transitados 0,00 0,00
Resultado do Exercício 3.750.000,00 2.925.000,00
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 19.750.000,00 18.925.000,00
     
Passivo não Corrente    
Provisões para Cobranças Duvidosas 0,00 0,00
Empréstimos de médio e Longo Prazo 0,00 0
Impostos Diferidos 0,00 0,00
Provisões para pensões 0,00 0,00
Provisões para outros riscos e encargos 1.049.857,00 0,00
Outros passivos não correntes 0,00 0,00
TOTAL DO PASSIVO NÃO CORRENTE 1.049.857,00 0
Passivo Corrente    
Contas a pagar 0,00 0,00
Empréstimos de curto prazo 0,00 0,00
Parte corrente dos empréstimos a mélio e longo
prazo 0,00 0,00
Outros passivos correntes 2.250.000,00 1.277.331,00
TOTAL DO PASSIVO CORRENTE 2.250.000,00 1.277.331,00
TOTAL CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 23.049.857,00 20.202.331,00
Balanço Patrimonial (Fonte: Empresa KUIA BUÉ, Lda 2019-2020

ANEXO 02- DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO


EXERCÍCIO
RUBRICA   Ano 2020 Ano 2019
Vendas 22 1.125.000,00 950.000,00
Prestação de serviços 23    
Ostros Proveitos Operacionais 24    
Variações nos produtos acabados e produtos em via
de fabrico 25 350.500,00 950.000,00
Trabalhos para a própria empresa 26    
C.M.V e das matérias primas e subsidiárias
consumidas 27 125.350,00 725.000,00
Custos com o pessoal 28 450.000,00 325.123,00
Amortização 29 241.000,00 102.333,00
Outros custos e perdas operacionais 30 1.015.770,00 512.011,00
       
Resultados operacionais   220.420,00 100.000
Resultados financeiros 31 900.000,00  
Resultado 32    
Resultados não operacionais 33 553.500,00 235.533,00
Resultados antes do impostos   5.000.000,00 3.900.000,00
Imposto sobre o rendimento   1.250.000,00 975.000,00
Resultado Líquido das actividades correntes   3.750.000,00 2.925.000,00
18
Resultados extraordinários 34    
Imposto sobre o rendimento 35    
Resultado Líquido do Exercício   3.750.000,00 2.925.000,00
Demonstração de Resultado do Exercício (Fonte: Empresa KUIA BUÉ, Lda 2019-2020

ANEXO 03-FLUXO DE CAIXA DA EMPRESA KUIA BUÉ

RUBRICAS ANO 2020 ANO 2019


Recebimentos de Clientes 17.500.000,00 14.455.340,00
Pagamentos a fornecedores 4.350.500,00 3.483.229,00
Pagamentos ao pessoal 700.333,00 495.000,00
Fluxo gerado pelas operações 12.449.167,00 10.477.111,00
Pagamento de Imposto sobre o Rendimento    
Outros pagamentos Operacionais/Recebimentos 1.575.690,00 1.125.220,00
FLUXOS DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 14.024.857,00 11.602.331,00
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO    
Recebimentos provenientes de:    
Imobilizações Corpóreas 250.000,00 100.000,00
Imobilizações Incorpóreas  
Investimentos Financeiros 0,00 0,00
Subsídios ao Investimento 0,00 0,00
Juros e Proveitos similares 0,00 0,00
Dividendos ou Lucros obtidos 0,00 0,00
Sub total 250.000,00 100.000,00
Pagamentos respeitantes a:    
Imobilizações Corpóreas 100.000,00 50.000,00
Imobilizações Incorpóreas 0,00  
Investimentos Financeiros 0,00 0,00
Sub total 100.000,00 50.000,00
FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO 150.0000,00 50.000,00

18
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO    
Recebimentos provenientes de:    
Aumentos de capital 750.000,00 300.000,00
Cobertura de Prejuízos   0,00
Empréstimos obtidos 0,00 0,00
Subsídios à exploração e doações 0,00 0,00
Sub total 750.000,00 300.000,00
Pagamentos respeitantes de:  
Reduções de capital  
Dividendos ou Lucros Pagos  
Empréstimos obtidos    
Juros e custos similares    
Sub total  
FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO 750.000,00 300.000,00
Variação de caixa e seus equivalentes (1)+(2)+(3) 14.924.857,00 11.952.331,00
Efeito das diferenças de câmbio    
Caixa e seus equivalentes no inicio do período (A) 11.952.331,00 0,00
Caixa e seus equivalentes no fim do período (B) 26.878.188,00 11.952.331,00
Variação de caixa e seus equivalentes (B) - (A) 14.924.857,00 11.952.331,00
Demonstração de Fluxo de Caixa (Fonte: Empresa KUIA BUÉ, Lda 2019-2020

18

Você também pode gostar