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Planejamento Financeiro
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O planejamento financeiro pessoal permite que o investidor otimize seus recursos para alcançar
quaisquer objetivos de curto, médio e longo prazo, deixando-o apto a aproveitar as
oportunidades que surjam e a contornar eventuais dificuldades. Se for suficientemente preciso e
bem elaborado, ele pode proporcionar uma vida financeira pessoal saudável e equilibrada,
ponderando as conquistas de metas de curto e médio prazo com a necessidade de poupar
recursos para o futuro.
O planejamento financeiro independe de renda, isto é, pode ser elaborado por pessoas e famílias
com rendas de centenas ou milhões de reais por mês. Apesar da importância de um
planejamento financeiro em países com alto grau de incertezas econômicas, entre eles o Brasil, o
planejamento financeiro não é um hábito comum em nosso país. Este fator agrava ainda mais a
situação financeira de indivíduos despreparados para lidar com tais incertezas e riscos.
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3. Analisar e avaliar a situação financeira do cliente
O planejador financeiro deve analisar as informações para compreender a situação financeira do
cliente para, então, poder avaliar até que ponto os objetivos, necessidades e prioridades do
cliente podem ser alcançados com seus recursos atuais.
Com isso, o profissional conseguirá apresentar esse plano de ação, devendo comunicar tais
recomendações de uma maneira que permita que o cliente tome uma decisão bem informado.
A relação entre o profissional e seu cliente deve ser pautada, acima de tudo, pela transparência
das informações e dos processos, o que naturalmente contribuirá para construção de uma relação
de confiança.
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também ter experiência, ética e educação e estar em constante aperfeiçoamento, proporcionando
com isto uma prestação de serviço idônea e profissional.
Porém, ele deve ter discernimento suficiente para avaliar se é competente para satisfazer as
necessidades do cliente. Nesse sentido, ele deve agir de acordo com o Princípio da Competência,
que afirma que o profissional deve atingir e manter um nível adequado de habilidades,
capacidades e conhecimentos para o fornecimento de serviços profissionais de planejamento
financeiro pessoal.
O planejador financeiro e o cliente devem definir juntos o escopo do compromisso antes que
qualquer serviço de planejamento financeiro seja desenvolvido. Os detalhes sobre as
responsabilidades de cada um, a duração dos serviços, a compensação e os conflitos de
interesses devem ser documentados por escrito e assinados por ambas as partes.
Existem diversos tipos de remuneração que podem ser cobradas pelos provedores e planejadores
financeiros:
1. Tarifas/ Mensalidades: são as tarifas de manutenção cobradas, por exemplo, por bancos
comerciais ou múltiplos para manutenção de conta corrente ou mensalidade cobradas, por
exemplo, por um escritório de contabilidade.
2. Taxa de administração: é a taxa que a instituição cobra de cada cliente pelo serviço de
gestão e administração da carteira. Seu valor varia muito de uma instituição para outra, daí a
importância de o investidor pesquisar antes de investir seu dinheiro. São cobradas por:
Divisões de private banking, Consultorias independentes, Assets, Family offices.
3. Taxa de performance: é a taxa que a instituição cobra do cliente quando sua rentabilidade
supera um número previamente definido. Sua cobrança recai apenas sobre o rendimento
excedente. São cobradas por: consultorias independentes, Assets, etc.
4. Comissões: encargo gerado pelo ato de compra ou venda do produto. São cobradas por:
instituições financeiras em geral, escritórios de representação de instituições internacionais,
corretoras de seguros.
5. Despesas: dependendo do que for estabelecido, algumas despesas podem ser cobradas do
investidor, penalizando o rendimento da carteira. Por exemplo: despesas com
correspondência, despesas de custódia, honorários de auditores independentes e despesas
com cartório. São cobradas por: consultorias independentes, escritórios de representação de
instituições internacionais, family offices, asset management (ainda que não claramente, pois
é debitado do valor da cota do fundo de investimento) e escritórios de advocacia e
contabilidade.
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• Comissões: o profissional de planejamento financeiro pode eventualmente intermediar a
venda de produtos e serviços a seus clientes, tais como Planos de Previdência e Seguros, e
portanto, receber comissões por isso.
• Taxas de performance: a compensação do profissional pode envolver também taxas de
performance, que seriam devidas em função da superação de algum resultado previamente
estabelecido. Exemplo disso seria uma remuneração a que o profissional teria direito caso um
determinado investimento que foi sugerido por ele ao cliente supere certo parâmetro
(benchmark).
• Composição das anteriores: é possível ao planejador oferecer uma combinação de duas ou
mais formas de cobrança. Por exemplo, se um planejador cobrar R$ 2 mil mensais por seu
trabalho, ele poderia cobrar, pela tarifa, a diferença entre o valor acordado e o rebate que
receber do fundo de investimento em que o cliente investir o dinheiro.
Responsabilidades do Planejador:
• Colocar os interesses do cliente sempre à frente dos seus (dever fiduciário);
• Ser independente e objetivo;
• Ser um bom ouvinte e fazer uma investigação profunda para conhecer o cliente;
• Fazer análises e estudos minuciosos antes de qualquer representação, recomendação ou ação
de investimento;
• Verificar se as aplicações são recomendáveis e apropriadas ao perfil do cliente;
• Explicitar fatores relevantes em relação à carteira de investimentos, incluindo a distinção do
que é opinião e o que é fato;
• Educar, explicar e explicitar formalmente as características básicas das aplicações, incluindo
riscos (disclosures);
• Respeitar a confidencialidade do cliente;
• Ser claro e informar a real capacidade da empresa e de si próprio em prestar serviços e
outras qualificações (“não prometer o que não pode entregar”);
• Informar qualquer conflito de interesse que possa ter com o cliente;
• Informar o cliente sobre taxas e comissões;
• Realocar a carteira quando necessário, observando benefícios e custos de tal
rebalanceamento;
• Monitorar constantemente os investimentos.
Para mais informações a esse respeito, consulte a seção de Ética desse material.
Responsabilidades do Cliente:
• Ser claro e honesto em relação à sua situação econômica e patrimonial, incluindo origens de
recursos, experiência financeira e conhecimento de produtos;
• Cumprir todas as demandas tributárias;
• Ser honesto na relação com a instituição financeira e consultor;
• Explicitar dúvidas ao consultor;
• Tentar seguir e respeitar o plano traçado (ajustes de gastos e despesas) e os objetivos de
investimentos;
• Entender limitações de investimentos e sua situação financeira e econômica.
Assim como dificilmente uma empresa pode crescer no longo prazo se não tiver um foco ou
objetivo, o indivíduo também precisa saber antecipadamente as metas que pretende atingir. Isto
não quer dizer que, depois de definidas, elas não sofram alterações. Faz parte do planejamento
realizar reuniões periódicas, pelo menos anualmente, de modo a confirmar se certos
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investimentos e gastos são realmente necessários, ou se deveriam ser eliminados, assim como
para redefinir objetivos de curto, médio e longo prazos.
Uma vez que o cliente defina quais são os seus objetivos de curto e longo prazo, é importante
distinguir quais são objetivos prioritários (educação dos filhos, aluguel, despesas mensais, plano
de aposentadoria, etc.) e quais são secundários (desejos de viagens, casa de praia, etc.).
É usual, após essas entrevistas, o planejador desenvolver um relatório detalhado sobre esses
contatos com o cliente para a instituição financeira, que pode requerer mais informações.
O planejador e a instituição financeira usam os dados coletados para definir a situação específica
do cliente e iniciar as análises com vistas à elaboração do planejamento financeiro.
Assim como informações quantitativas são bastante relevantes, principalmente para cálculos do
planejamento financeiro, informações qualitativas do cliente também têm grande importância.
Essas últimas devem ser consideradas para que o profissional consiga apresentar alternativas de
planejamento financeiro que sejam viáveis não somente do ponto de vista numérico, mas
também da realidade e de questões pessoais do cliente.
Com essas informações mais qualitativas, o planejador financeiro pode entender melhor o perfil
do cliente (situational profiling). Este processo envolve a classificação do cliente de acordo
com ciclo de vida e circunstâncias econômicas, levando em consideração as características
específicas (qualitativas) de cada indivíduo.
Situational profiling deve ser apenas o passo inicial para entendimento das preferências,
situação econômica, objetivos e desejos. Outro ponto de investigação para se obter informações
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sobre o cliente é a análise de sua atividade, profissão e a origem de seus recursos, uma vez que
podem se mostrar reveladoras do modo de agir e pensar de um investidor.
A experiência passada com investimentos tem grande influência na seleção de ativos, cabendo ao
gestor estabelecer um processo educacional das opções de aplicação disponíveis.
Os pontos iniciais para definição de perfil do cliente são a origem dos recursos, a medida de
riqueza e o ciclo de vida.
2) Medida de Riqueza:
A chave para medir riqueza é não considerar o tamanho absoluto da carteira, mas sim a
percepção que um indivíduo tem em relação ao seu nível de riqueza. Geralmente existe
uma correlação positiva entre a percepção do tamanho da carteira e o nível de
tolerância de risco. Se um investidor percebe sua carteira como pequena, provavelmente
exibirá um nível mais baixo de tolerância ao risco.
Um fator adicional sobre a medida de riqueza é seu tamanho relativo aos gastos
requeridos pelo estilo de vida do investidor. Se a carteira gera uma quantidade de fundos
considerável em relação aos fundos necessários para manter seu estilo de vida, um nível de
risco maior pode ser tolerado.
3) Ciclo de vida: Em geral, uma relação inversa existe entre idade e tolerância ao risco.
Geralmente, uma relação inversa existe entre idade e tolerância ao risco do investidor. Há três
fases no ciclo de vida, conforme abaixo:
• Fase de Fundação da Riqueza- os indivíduos procuram acumular riquezas através de
trabalho e poupança, buscando educação ou começando um negócio. O longo prazo de
investimento permite que incorram alto risco. Porém, nesta fase geralmente não possuem
muitos fundos para investir. Os que herdam riquezas nesta fase já podem arriscar mais. As
circunstancias especificas de cada investidor determinará suas decisões
• Fase de Acumulação de Capital: os investidores em início de carreira profissional, ou com
novas famílias, têm maiores oportunidades de se recuperarem de eventuais movimentos
adversos do mercado. Os investidores mais jovens geralmente podem tolerar mais riscos e,
com isso, possuir carteiras com características mais agressivas, visando ao crescimento de
longo prazo, levando em conta suas baixas necessidades de liquidez.
• Fase de Conservação ou Proteção de Capital: os investidores de meia-idade ainda
dispõem de um horizonte de tempo relativamente longo. Podem tolerar risco, entretanto suas
carteiras de investimento devem ser mais conservadoras, especialmente quando a
aposentadoria se aproxima. Suas carteiras devem apresentar algumas aplicações voltadas à
geração de renda e caixa para a aposentadoria. Tais investidores geralmente possuem uma
necessidade de liquidez mais imediata, comparada à fase de acumulação de capital, mas não
têm tantas restrições quanto os investidores que já estão na fase de distribuição/transferência
de capital.
• Fase de Distribuição/Transferência de Capital: os investidores próximos da
aposentadoria podem não ser capazes de depender em uma fonte segura de renda (salário)
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para compensar uma queda de valor da carteira, apresentando assim mais baixa tolerância ao
risco. As carteiras possuem instrumentos de caixa e geração de renda, em detrimento de
ativos de crescimento. Geralmente, os indivíduos mais velhos possuem carteiras maiores, em
termos de ativos, que os mais novos devido à acumulação de capital durante os anos de
trabalho. Se uma pessoa aposentada possuir uma carteira “grande” ou uma renda de
aposentadoria superior ao nível de gastos e às necessidades de caixa, uma diferente avaliação
pode ocorrer do descrito acima.
• Despesas com educação (universidade) são consideradas nos planos, e muitas vezes são
significativas no orçamento familiar e na necessidade de geração de renda por parte da
carteira de investimentos.
• Situações de morte por parte do investidor ou pessoas ligadas a ele. Quanto maior o número
de dependentes, maiores serão os gastos e as incertezas.
• O mesmo ocorre com o processo de divisão de bens. Novos planos de investimentos devem
ser traçados, assim como adequados os objetivos.
1
Veja em maiores detalhes regimes matrimoniais no Módulo 3 desse material.
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Não existe uma regra geral e rápida para julgar a disposição para assumir riscos, mas procure
declarações explícitas ou evidências no comportamento do investidor. Por exemplo, se ele se
mostrar incomodado com momentos pontuais de volatilidade mais acentuada no mercado,
provavelmente ele terá baixa disposição a assumir riscos, assim como investidores que afirmam
não se sentirem seguros para realizar aplicações em ativos mais arrojados, como de renda
variável. Abaixo seguem algumas análises que o profissional pode realizar para compreender
melhor a disposição para assumir riscos de seu cliente:
Em linhas gerais, esse conceito está mais associado a fatores econômicos e financeiros do cliente,
tais como: patrimônio atual e renda comparada com os gastos, prazo e importância de objetivos,
volatilidade máxima que a carteira do investidor pode possuir, de forma que movimentos
abruptos e negativos não prejudiquem a situação financeira do cliente como um todo, ou pelo
menos não de forma significativa.
A tolerância a riscos pode então ser entendida como a composição da Capacidade do cliente
para assumir riscos com a Disposição desse indivíduo para assumir determinados riscos.
Como exemplos de situações referentes à tolerância a risco (agregando tanto capacidade como
disposição), podemos exemplificar:
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Baixa tolerância a risco Alta tolerância a risco
Metas em curto prazo Metas em longo prazo
Necessidade de liquidez de curto prazo Reserva suficiente para casos de emergência
Proximidade de aposentadoria Carreira em crescimento / início de carreira
Grande parte da renda destinada a
pagamentos de despesas e compromissos Menor comprometimento da renda
financeiros
Alterações no mercado causam ansiedade e
Tranquilidade frente às mudanças no mercado
desconforto
Para o exame: esteja preparado para responder a perguntas sobre a carteira mais apropriada
para um investidor cujas características serão descritas. Como se trata muitas vezes de uma
questão relativamente subjetiva, uma vez que não há consenso sobre percentuais de alocação de
ativos e perfis de investimento (por exemplo, 50% em ações pode ser considerado moderado ou
agressivo?), procure ler com calma e bastante atenção à descrição do investidor e busque nas
alternativas a carteira que melhor se adapta a tais características.
Após coletar as informações quanti e qualitativas, assim como sobre os objetivos, restrições e
circunstâncias específicas do cliente, o planejador financeiro deve então realizar análises para
avaliar se tais objetivos são compatíveis com os riscos que o cliente deseja assumir, assim como
com relação à situação patrimonial desse cliente.
Veja esse exemplo a seguir para compreender melhor essa avaliação da compatibilidade entre
objetivos, riscos e a situação patrimonial do cliente.
Um cliente, com 30 anos de idade e que possui atualmente R$ 100 mil para investir, procura um
planejador financeiro. O principal objetivo desse cliente é se aposentar aos 60 anos, com uma
renda de R$ 20 mil/mensais a valores de hoje, a ser usufruída por 40 anos (portanto, até que
esse cliente complete 100 anos).
O planejador faz alguns cálculos 2 e conclui que, para atingir esse objetivo, o cliente deveria
aplicar cerca de R$ 9 mil mensais durante os próximos 30 anos para poder atingir o objetivo de
aposentadoria (considerando taxa de juros real líquida de 0,25% ao mês), valor que está acima
da capacidade de poupança mensal do cliente.
2
Veja mais detalhes sobre cálculos na sessão 4 (Fundamentos de Finanças).
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percepção do planejador de que o cliente possui baixa tolerância a riscos. Contudo, ele
deve apresentar isso ao cliente, para que tenha ciência de que será necessário assumir
riscos provavelmente superiores ao tolerável.
2) Outra opção seria, por exemplo, sugerir ao cliente que se aposente um pouco mais tarde.
Se o cliente aceitar poupar até os 70 anos (portanto, por 40 anos) e usufruir da renda de
R$ 20 mil a valores atuais por 30 anos (dos 70 aos 100 anos de idade), assumindo as
demais premissas, ele atingiria o objetivo poupando cerca de R$ 4.800 por mês durante os
40 anos da fase de acumulação.
3) Outra análise seria demonstrar que, caso o cliente consiga aplicar R$ 5 mil mensais por 30
anos, à taxa de 0,25% ao mês (algo relativamente compatível com a baixa tolerância a
riscos), ele poderia desfrutar de renda mensal de apenas cerca de R$ 11 mil.
1.2.3.3. Analisar o perfil do cliente (suitability): determinar o perfil de risco do cliente e suas
expectativas de retorno, horizonte de investimento e objetivos, para adequação da
carteira de investimentos.
Planejadores financeiros que atuam como gestores também se beneficiam de uma Política de
Investimento porque ela serve como um documento que determina formalmente o entendimento
e acordo com os seus clientes.
Estes questionários devem ser usados apenas como um primeiro passo. Seus resultados devem
ser usados como um ponto de partida na determinação dos objetivos e restrições do cliente. Ele
pode ajudar o consultor a antecipar preocupações do cliente, estruturar um plano de
investimentos em uma linguagem que o cliente entenda, e construir uma política de
investimentos relevante.
Etapa de planejamento
Etapa de execução
Etapa de realimentação
Devemos considerar o estágio de vida, fatores psicológicos, objetivos e restrições do cliente para
nos direcionarmos sobre qual a melhor postura de investimento e elaborarmos uma Política de
Investimentos (IPS – Investment Portfolio Statement).
Em linhas gerais, os investidores podem ser categorizados em quatro categorias de acordo com
seus comportamentos de investimentos. São eles:
Perfis Características
• Desejam alto grau de segurança e são avessos ao risco.
• Preferem investimentos com baixo risco.
• Não gostam de tomar suas próprias decisões de investimentos e podem
resistir ajuda profissional.
Cuidadosos • Podem perder boas oportunidades de investimentos por não conseguirem
tomar decisões.
• Tendem a fazer uma análise cuidadosa e demorada de suas aplicações.
Após decisões e seleções, suas carteiras apresentam baixo giro e
volatilidade.
• Pesquisam mercados, indústrias e empresas com potencial e utilizam
relatórios de analistas para pesquisa de investimentos.
Metódicos
• Não desenvolvem relação afetiva com seus investimentos (são racionais e
baseiam-se em fatos).
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• Tendem a ser conservadores.
• Buscam confirmação de suas decisões e continuam a pesquisar/ buscar
melhores informações.
• Fazem pesquisas e são confiantes em suas próprias habilidades.
• Questionam análises e recomendações profissionais.
Individualistas • Tomam decisões de investimento independentes.
• Tendem a ser menos conservadores que os metódicos.
• São confiantes e tomam suas próprias decisões.
• Tendem a ajustar suas carteiras com frequência com base nas condições
de mercado.
• Admitem falta de conhecimento em investimentos e tendem a questionar
conselhos profissionais.
• A procura constante por novidades juntamente com o acompanhamento
Espontâneos
próximo da gestão provocam um alto giro de suas carteiras (a mais alta
entre os perfis).
• A performance é prejudicada por taxas e custos de comissão associadas
aos constantes ajustes.
• Retorno, em detrimento do risco, é o foco do investidor.
A construção de um IPS envolve a distinção entre retorno requerido e desejado, algo que deve
ser discutido com o cliente. Também é importante definir se o retorno em questão é antes ou
após os impostos.
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4) Avaliar os requisitos de liquidez – lembre-se que os itens a serem incluídos dentro da seção
de liquidez na Política de Investimento (IPS) são gastos a serem arcados pela carteira, e não
pelo salário ou outra renda do investidor.
5) Calcular o retorno exigido para satisfazer as necessidades:
• Considerar inflação e impostos (especificar taxa nominal vs. real, antes ou após
impostos);
• Comparar retorno com risco permitido (capacidade e disposição).
A orientação dada pelo consultor financeiro é de grande importância na conexão dos objetivos do
investidor e sua carteira final.
Horizonte
Os objetivos devem ser separados de acordo com o horizonte de tempo. Os horizontes de tempo
mais curtos que três anos são geralmente considerados como de curto prazo. Os mais longos que
dez anos são considerados como de longo prazo.
Os horizontes de tempo são períodos nos quais uma carteira é dividida e exige-se certa geração
de recursos para atender importantes objetivos do investidor nestes períodos. Uma mudança de
horizonte de tempo acontece quando as circunstâncias e padrões de gasto ou receitas do
investidor mudam significativamente. Por exemplo, um indivíduo que está atualmente empregado
terá pelo menos dois períodos de tempo: os anos restantes de trabalho (com renda) e os anos de
aposentadoria. Os horizontes de tempo adicionais podem ser gerados dentro de um estágio de
vida quando uma despesa planejada é significativa o suficiente para alterar a política de
investimento.
Esteja ciente de horizontes de tempo que não estão relacionados com o indivíduo, mas com
pessoas relacionadas a ele, como por exemplo, o recebimento de herança seria um exemplo de
um novo horizonte de tempo. Outros exemplos incluem os filhos indo para a universidade,
cônjuge parar de trabalhar ou outra despesa significativa que alteraria o planejamento financeiro.
Como vimos nos tópicos de objetivos de risco e retorno, os horizontes mais longos de tempo
indicam uma maior capacidade de um cliente para assumir riscos, mesmo quando sua
disposição para tal não é evidente. Os prazos longos permitem menos pressão sobre uma carteira
de investimentos para eventuais recuperações. O inverso também é verdadeiro. Entretanto, como
já mencionado, cada caso é específico e exige atenção especial.
Liquidez
• Eventos Importantes Planejados. Essas despesas são relacionadas aos gastos maiores que
são planejados, como férias, reforma da casa, ou até aposentadoria, que levam a fluxos de
caixa negativos (ex. mais saindo do que entrando na carteira). Quanto mais perto se chega
desses eventos, maior a necessidade de liquidez na carteira.
Para o exame:
• As restrições de liquidez podem ser divididas em três principais categorias: necessidades de
liquidez imediata, necessidades de liquidez contínuas e necessidades de liquidez ocasionais
(esporádicas).
• As necessidades de liquidez imediatas são despesas que precisam ser satisfeitas
imediatamente ou em um período de tempo muito curto. Essas necessidades são geralmente
supridas por um fundo de reservas de alta liquidez (ex. fundos necessários em três meses para
comprar uma casa devem ser removidos do valor da carteira antes de se determinar o retorno
requerido).
• As necessidades de liquidez contínuas são os gastos recorrentes que precisam ser pagos
regularmente pelos retornos da carteira.
• As necessidades de liquidez ocasionais geralmente incluem grandes quantidades
esperadas de fluxo de caixa (ex. segunda casa) que são geradas pela liquidação de uma parte
da carteira.
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Regulamentação e aspectos legais
Impostos
A tributação é uma questão global e deve ser levada em conta na formulação de políticas de
investimentos. Algumas classificações generalizadas de impostos são:
• Imposto de Renda. Impostos pagos sobre rendimentos (ex. salários, aluguéis, dividendos,
rendas de juros).
• Imposto sobre ganho de capital. Impostos pagos sobre a apreciação de preço de bens na
sua venda.
• Imposto sobre transferência. Impostos pagos sobre bens transferidos na forma de
herança, doações, etc.
• Imposto sobre propriedades. Impostos pagos sobre um percentual do valor líquido ou bens
possuídos (ex. automóveis, imóveis).
Os pontos seguintes são meios de reduzir o impacto negativo dos impostos na carteira.
• Deferimento fiscal. Minimize os efeitos de impostos pelo pagamento dos mesmos apenas no
final do período de investimento. Estratégias inclusas nessa categoria focam em baixo giro
(movimentação de fundos) e na compensação dos ganhos com as perdas da carteira.
• Elisão fiscal. Investimento em títulos sem impostos. Contas especiais de poupança e títulos
isentos de impostos são exemplos de opções de investimento que geram retornos isentos de
impostos.
• Redução fiscal. Investimento em títulos que exigem pagamentos de impostos diretos
menores. Ganhos sobre capital podem ser tributados a uma alíquota inferior a do imposto de
renda, assim títulos que geram retornos, principalmente sobre apreciação de preço, oferecem
ao investidor uma taxa de imposto efetiva mais baixa. O uso efetivo de títulos derivativos é
outra maneira de reduzir o impacto total dos impostos.
• Impostos sobre transferência de riqueza. Diminua os impostos legalmente planejando a
transferência de riqueza de uma parte à outra sem envolver uma venda. Muitas vezes, essas
estratégias são muito específicas à jurisdição da área em que o investidor reside. Quando as
transações serão feitas também é importante. Se a riqueza for transferida na morte, os
impostos terão sido diferidos o maior tempo possível.
Para o exame:
• Identifique se os ganhos de carteira serão ou não sujeitos a impostos.
• Veja se os retornos requeridos são antes ou após os impostos.
• Lembre-se que renda em forma de juros é tributável, mas dividendos não.
Circunstâncias especiais
Essa categoria engloba todas as demais situações não cobertas pelas outras categorias.
Informações variadas ou requisitos que devem ser considerados, quanto ao futuro de despesas
ordinárias ou investimentos indesejados, devem aparecer nessa seção da política de
investimentos.
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Todo o planejamento financeiro deve ser norteado pelos objetivos do cliente. Cabe ao planejador
financeiro identificar quais são esses objetivos (comprar uma casa, trocar de carro, poupar para a
aposentadoria, entre outros) e traduzir esses desejos em objetivos numéricos de acumulação de
capital.
Em linhas gerais, é possível classificar esses objetivos de acumulação de capital em três grandes
categorias:
3) Aposentadoria: por fim, o planejador financeiro pode elaborar um plano focado para
acumulação de capital a ser usufruído durante a aposentadoria do seu cliente.
Por exemplo, se um cliente afirma que deseja se aposentar daqui a 20 anos com uma renda
de R$ 20 mil por mês, cabe ao profissional considerar:
a. Qual parte do patrimônio atual do cliente servirá como poupança para atingir esse
objetivo? Se o cliente tem um imóvel onde reside, talvez o valor referente a esse imóvel
não deva ser computado no cálculo, pois o cliente provavelmente precisará de um local
para morar;
b. Qual a taxa de juros que será utilizada nos cálculos? Recomenda-se o uso de taxas reais
e líquidas, ou seja, aquelas que já consideram eventuais custos, impostos e inflação;
c. Como será recebida essa renda? Ela será do tipo perpétua ou o cliente pretende utilizá-
la por um determinado número de meses, após a aposentadoria?
d. Qual será o valor mensal a ser poupando pelo cliente durante a fase de acumulação?
Essas são algumas perguntas que o planejador financeiro precisa responder para elaborar o
planejamento financeiro. O mais importante aqui é que o ponto de partida é a identificação
dos objetivos do cliente e, a partir deles, transformá-los em objetivos quantitativos para
elaboração do planejamento.
Uma das maneiras mais usuais de gerenciamento de risco da pessoa física é a contratação de
seguros. Esse mercado surgiu da necessidade que as pessoas têm de se associar para suportar
coletivamente suas perdas individuais.
Para mais detalhes sobre seguros, veja a apostila de Seguros no módulo IV.
Feitas a coleta dos dados e as análises, cabe ao planejador financeiro elaborar o plano
propriamente dito e apresentá-lo ao cliente. Essa fase do processo de planejamento financeiro
pode ser dividida nas etapas a seguir.
3
Veja mais detalhe sobre balanço patrimonial na seção 2.2
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4) Aspectos fiscais: as recomendações do profissional passam por aspectos fiscais da vida
financeira do cliente. Isso envolve desde sugestões pontuais para melhor gestão de impostos
(por exemplo, sugerir a constituição de uma empresa para concentrar os imóveis do cliente, o
que tende a diminuir os impostos incidentes sobre a renda de aluguéis) até mesmo estruturas
tributárias mais complexas.
5) Questões sucessórias: outro importante diz respeito a questões sucessórias, ou seja,
recomendações que visem à proteção do patrimônio da família em momentos de transmissão
de tal patrimônio para gerações futuras, ou mesmo em casos pontuais, como separação de
cônjuges.
6) Investimentos: por fim, as recomendações do planejador financeiro passam pelos
investimentos do cliente. Muitas vezes se trata da parte mais detalhada do plano, pois uma
carteira de investimentos bem elaborada contribuirá, sem dúvida, para o sucesso do plano.
IMPORTANTE: nessa etapa de desenvolvimento de recomendações de planejamento
financeiro ao cliente, o planejador tem como principal objetivo, na parte de
investimentos, desenvolver estratégias e apresentá-las e discuti-las com o cliente.
Os produtos financeiros que suportarão a estratégia serão escolhidos somente na
fase seguinte – Implementar Recomendações de planejamento financeiro.
• Estratégia semiativa combina ambas as estratégias passiva e ativa. Um exemplo seria uma
indexação seguindo um índice acionário como o Ibovespa, mas com atribuição de pesos
maiores para as ações ou setores que o investidor acredita que terão altos retornos no futuro.
Sugere-se que as recomendações sejam expostas com base em cada objetivo traçado pelo
cliente. Há outras recomendações que podem ter sido identificadas pelo próprio profissional (por
exemplo, a necessidade de alguma cobertura contra o risco de morte ou invalidez) e que devem
também ser expostas.
É possível que algumas recomendações não sejam viáveis ou haja algumas com as quais o cliente
não concorda. Cabe ao planejador então reavaliar o plano, refazer tais recomendações e
reapresentá-las ao cliente.
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1.2.5. Implementar as recomendações de planejamento financeiro.
Uma vez apresentado o planejamento financeiro, cabe ao planejador e ao cliente acordar sobre as
responsabilidades da implementação. Em linhas gerais, pode acontecer o seguinte:
• Cliente não deseja apoio do planejador financeiro e procura pelos produtos e serviços por
sua conta, tais como investimentos, seguros, planos de previdência;
• Profissional fica responsável por procurar os produtos e serviços que atendam às
recomendações propostas e as apresenta ao cliente. Por esse serviço, o planejador pode
ser recompensado à parte (por exemplo, com um rebate da taxa de administração de um
fundo de investimento que indicar) ou tal compensação pode já ter sido prevista no
trabalho de planejamento financeiro como um todo.
• Há ainda uma terceira opção, em que o cliente se compromete a implementar o plano,
mas submete os produtos e serviços escolhidos à análise do planejador. Por exemplo, o
cliente deseja investir em determinado fundo, aplicação que está de acordo com a Política
de Investimentos do planejamento, mas pede a opinião do planejador quanto à idoneidade
do gestor, consistência de retornos passados e sobre a gestão do fundo.
Conforme acordado com o cliente quanto aos detalhes da implementação, quem ficou
responsável pela identificação dos produtos e serviços os apresentará a outra parte. No caso de o
cliente optar por não envolver o planejador financeiro nessa fase, cabe a ele (cliente) procurar
tais produtos e serviços por conta própria.
Nos últimos exames caíram questões práticas, nas quais eram dadas as características de um
investidor e pedia-se qual a alocação de carteira mais indicada para ele. Você deve avaliar:
• O risco da carteira (concentração da carteira em classes de ativos de alto risco como ações,
private equity, etc.).
• A liquidez da carteira – é bom ter um baixo percentual (5%) dos fundos investidos em
produtos de alta liquidez para atender possíveis emergências.
• Retorno exigido pelo cliente – se as carteiras dadas atingem o retorno esperado pelo cliente.
Questões de Prova:
1. Um cliente de 70 anos quer se aposentar em 3 anos e hoje sua carteira está alocada em 50%
renda fixa e 50% renda variável. Ele aceita correr algum risco, porém deseja preservar o
patrimônio para transmiti-lo aos netos. Neste caso, você recomendaria a carteira constituída
por
a. 100% em Renda Fixa.
b. 20% em Renda Variável e 80% em Renda Fixa.
c. 70% em Renda Variável e 30% em Renda Fixa.
d. Manter como está.
A carteira mais recomendada para este cliente seria a B) 20% em Renda Variável e 80% em
Renda Fixa porque ele terá alguma exposição à renda variável (20%) e a maior parte da carteira
em Renda Fixa (gera rendimentos). A exposição à renda variável das carteiras C e D são muito
altas (maior risco) e 100% em RF pode ser muito conservador.
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Carteira Cliente
CDI
20%
NTN-C
60% Poupança
10%
Letras
Hipotecárias
10%
Neste caso, o fator que mais poderá prejudicar a performance da carteira deste cliente será:
a. queda de inflação.
b. queda da taxa Selic.
c. aumento de inflação.
d. aumento da taxa Selic.
Ele leu um relatório de macroeconomia informando que a inflação iria subir nos próximos meses.
Ele pergunta a um profissional CPF o que deve fazer para que seu patrimônio fosse protegido
contra a inflação. A melhor recomendação do Profissional CFP será que ele:
a. Venda NTN-B e LTN e compre LFT.
b. Venda LFT e compre NTN-B.
c. Venda LFT e NTN-B e compre LTN.
d. Venda LTN e compre LFT.
Para alguns planejadores, as classes de ativos disponíveis podem ser limitadas a títulos de renda
fixa e variável. Para outros planejadores, mais de dez classes de ativos podem ser consideradas.
A quantidade de classe de ativos a ser utilizada cabe ao planejador ponderar, considerando os
pontos levantados acima.
Para cada classe a ser incluída na análise, o planejador deve ter no mínimo as seguintes
informações: retorno esperado, desvio padrão esperado (ou variância), correlação com
todas as outras classes de ativos, condições de liquidez de cada aplicação.
Baseado na tolerância a risco do cliente e do risco em potencial das carteiras que existem, uma
estratégia de asset allocation é selecionada para o cliente. Devido à diferença de performance
de cada classe de ativos ao longo do tempo, é necessário fazer um rebalanceamento para ajustar
a carteira com a estratégia pré-definida de alocação de ativos.
Na maioria dos casos, dá-se ênfase à abordagem top-down na formulação das estratégias de
alocação, abrangendo uma análise macroeconômica, a definição da composição macro da
carteira, uma análise setorial e, por último, a análise de cada uma das empresas.
Com base nestas projeções, define-se a alocação de ativos propriamente dita, ou seja, o
percentual dos recursos a serem destinados às diferentes classes de ativos. Este processo passa
geralmente por quatro etapas:
No caso dos recursos que comporão a carteira de ações, por exemplo, decide-se em que setores
da economia serão aplicados, iniciando-se, a seguir, a fase de construção do portfólio. Esta fase
consiste em três partes:
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O mais importante critério para uma alocação de ativos apropriada é a correta determinação do
perfil do cliente/ investidor. Podemos traçar diferentes perfis de investidor para alocação de
ativos.
Um investidor conservador é aquele que não está disposto a correr riscos e a aplicar dinheiro
em investimentos com grande oscilação, ou ainda sua atual situação financeira não permite
investimentos que envolvam altos riscos e/ou que possam comprometer o capital investido.
Um investidor moderado está disposto a correr um risco um pouco mais elevado para obter
uma rentabilidade maior, estando propenso a aplicar uma parcela significativa de seu dinheiro em
investimentos que oscilam muito e a destinar o restante para aplicações mais seguras.
Por último, o investidor agressivo está disposto a correr riscos para conseguir a máxima
rentabilidade, estando propenso a investir a maior parte de seus recursos em aplicações que
apresentam grande oscilação e a destinar uma parcela mínima para aplicações mais seguras que
preservem o capital investido.
O fundo mais apropriado para este investidor, dada uma taxa de risco livre de 3%, é:
Fundo A Fundo B
Balanceado Crescimento e renda
Retorno nos últimos 5 anos: 14% Retorno nos últimos 5 anos: 12%
Desvio padrão = 12% Desvio padrão = 7%
Consiste em 40% das ações de Consiste em 60% em ações de
crescimento, 60% ações preferenciais crescimento e 40% de ações com
dividendos elevados
O patriarca de uma família vendeu as ações que possuía e obteve R$ 60.000.000,00, que
constitui 100% do seu patrimônio. Ele investiu 90% deste total num projeto com liquidez após 60
meses. Ele deixou os 10% restantes em títulos de curto prazo com liquidez. O patriarca não se
preocupou com a remuneração destes fundos e garantiu à família, para o período de retorno do
seu investimento, uma renda mensal de R$ 200.000,00. Porém, neste período, o mercado sofreu
uma forte queda e um profissional CFP® lhe informou que a expectativa de reintegração do seu
investimento passou de 60 meses para 130 meses. O custo de oportunidade dos fundos de curto
prazo é 1,0% a.m.
Respostas
Questão 01- Resposta A) B, porque ele tem uma melhor relação risco/retorno.
O Fundo B é o mais adequado porque tem uma maior mistura de crescimento e renda e o seu
índice Sharpe é maior (1,29) em relação ao Fundo A (0,92). Índice Sharpe A = (14-3) / 12 =
0,92, Índice Sharpe B = (12-3) / 7 = 1,29, portanto, o Fundo B tem um maior retorno para um
dado nível de risco. Um fundo de crescimento melhor atenderia seus objetivos de crescimento.
Um gestor está revisando a conta de Marcos e Paula. Ambos Marcos e Paula possuem 65 anos de
idade, e têm uma filha de 18 anos. Eles se aposentaram recentemente de uma grande empresa
de tecnologia fabricante de microprocessadores, chamada ABC, Inc. Sua filha pretende estudar
finanças em uma universidade de prestígio. Os custos da universidade são $ 40.000 por ano, mas
ela ganhou uma bolsa de estudos que cobre a metade dos seus custos. O casal manifestou o
desejo de financiar o montante restante da educação universitária, bem como deixar uma grande
herança para a filha após a sua morte. Durante as suas carreiras, eles tiveram rendimentos
relativamente elevados, e conseguiram economizar cerca de 10% das suas rendas a cada ano. A
respeito da sua carteira, eles afirmam que preferem investimentos que têm volatilidade mínima.
Sua carteira de investimentos atual está avaliada em $ 1,2 milhões.
A sua política de investimento segue abaixo:
Depois de revisar as notas sobre o casal, o gestor revisa suas recomendações feitas pelo seu
colega de trabalho. As recomendações são:
1) Reduzir o peso das ações de tecnologia ABC - esta grande posição expõe a carteira ao risco
específico da ação desnecessário.
2) Aumentar a alocação do fundo de renda fixa diversificado, a fim de diminuir a volatilidade da
carteira.
3) Aumentar a alocação das ações large-cap para gerar crescimento.
4) Manter a alocação de ações no mercado emergente, devido à sua alta rentabilidade.
5) Manter a alocação nos terrenos comerciais devido à sua baixa correlação com outros ativos na
carteira.
Depois de analisar as recomendações acima, o gestor deve concordar com as recomendações:
a. 1, 2 e 4 apenas.
b. 1, 2 e 3 apenas.
c. 1, 3 e 5 apenas.
d. 2, 3 e 4 apenas.
Resposta B) 1, 2 e 3 apenas.
O gestor deve concordar com as recomendações 1, 2 e 3. A alocação em ações de mercados
emergentes é provavelmente muito alta dada a preferência do casal por investimentos de baixa
volatilidade. Além disso, a alocação em terrenos comerciais tem gastos de pagamentos de
impostos, etc. O casal precisa de renda e de liquidez e os terrenos comercias não provê nenhum
destes dois requisitos.
O exemplo abaixo ilustrará melhor como este tema pode ser cobrado no exame.
Dados: inflação de 3,00% a.a., a taxa do ativo livre de risco real de 4,0% a.a. e a taxa de
impostos de 15% sobre os rendimentos projetados, constantes para todo período.
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Os rendimentos são valores constantes recebidos de cada aplicação. No caso de ações, podem ser dividendos ou juros
sobre capital próprio; no caso de imóveis, aluguéis.
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1. Sobre a sua disposição para correr riscos pode-se afirmar que é:
a. alta porque ele ainda é novo.
b. alta porque possui é capaz de poupar dinheiro.
c. média porque prefere não correr riscos elevados.
d. média porque não possui dívidas.
5. O retorno nominal mínimo requerido para este investidor, desconsiderando os efeitos dos
impostos é, aproximadamente:
a. 6,0% a.a.
b. 9,0% a.a.
c. 10,0% a.a.
d. 13,0% a.a.
Carteira
Ativo
I II III IV
Ações 45% 35% 20% 0%
Fundos de renda fixa 25% 30% 40% 50%
Títulos do governo 0% 15% 35% 30%
Fundos private equity 30% 15% 15% 0%
Fundos de curto prazo 0% 5% 0% 20%
Retorno esperado total das
15% 13% 10% 7%
carteiras, após os impostos
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Respostas Comentadas
Para que tudo transcorra bem, cliente e o profissional devem acordar sobre os termos e
responsabilidades de cada um.
Ao cliente, geralmente cabe manter o planejador sempre informado de mudanças, tais como
alterações em objetivos, mudanças na renda (em função, por exemplo, da perda de um emprego
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ou mesmo de uma promoção, que implique rendas maiores), na estrutura familiar (como o
nascimento de um filho). Já o planejador financeiro geralmente tem a responsabilidade de fazer
as adaptações necessárias no planejamento financeiro sempre que o cliente sinalizar tais
mudanças.
Para uma prática mais regular, recomenda-se que o planejamento financeiro seja revisto pelo
menos uma vez por ano.
Conforme combinado com o cliente, recomenda-se que pelo menos anualmente o planejamento
financeiro seja revisto, o que envolve analisar novamente desde os objetivos do cliente, até
mesmo as condições macroeconômicas vigentes para que sejam feitas eventuais readequações.
2. Gestão Financeira
Orçamento familiar
Muitas pessoas tratam de suas finanças procurando apenas, ainda que intuitivamente, gastar
menos do que ganha, o que representa apenas a base de um bom planejamento. Um outro
aspecto importante é estabelecer objetivos de acordo com a fase produtiva de sua vida.
Na teoria, o planejamento financeiro pode ser algo relativamente simples, mas muitas vezes sua
implementação pode ser difícil. Por exemplo, grande parte dos consumidores relacionados pelo
SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) por atraso de pagamento não quitaram suas contas em dia
por mero e simples descontrole dos gastos.
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• Despesas correntes – necessidades de caixa do dia-a-dia. Instrumento de alta liquidez é
demandado;
• Reservas para eventos – gastos não esperados como emergências médicas, perdas não
cobertas por seguros, etc. Reservas para cobrir despesas de 3 a 12 meses são recomendadas;
• Grandes eventos planejados – liquidez para eventos como reformas na casa, viagens,
troca de automóvel, etc.
O profissional também deve estar atento a mudanças nas necessidades de liquidez, o que
pode precipitar reorganização de ativos na carteira por conta de algum evento específico.
Passos do orçamento:
Entradas:
a. Salários
b. Receitas de juros
c. Receitas de dividendos
d. Receitas de aluguéis
e. Reembolso de impostos
f. Outras receitas
g. Pensão alimentícia
h. Renda de aposentadoria
Saídas:
a. Aplicações mensais (previdência, investimentos)
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b. Custos fixos obrigatórios
I. Despesas de moradia (aluguel, financiamento, água, luz, gás)
II. Despesas de carros (seguro, prestações, estacionamento, lavagem, combustível,
manutenção)
III. Impostos
IV. Seguros
c. Custos fixos facultativos
I. TV a cabo, telefone, internet, etc.
II. Clube/ginástica
d. Custos variáveis obrigatórios
I. Alimentação
e. Custos variáveis facultativos
I. Férias
II. Lazer
Notas de rodapé devem ser usadas para explicar detalhes de receitas e despesas.
Exemplo de Orçamento:
Jonas e Maria Carvalho - Ano de 2014
Entradas - Anuais
Salário de Jonas R$ 42.000,00
Salário de Maria R$ 55.000,00
Receita de dividendos R$ 1.220,00
Receita de juros R$ 1.110,00
Total de Entradas Anuais R$ 99.330,00
Saídas - Anuais
Poupança e Investimentos
Previdência R$ 5.000,00
Aplicações R$ 10.530,00
Juros R$ 1.000,00
R$ 16.530,00
Custos Fixos - Anual
Financiamento da casa R$ 9.592,00
IPTU R$ 2.000.00
Seguro Residencial R$ 720,00
Água, luz, gás R$ 1.200,00
Telefone R$ 1.200,00
Financiamento do carro R$ 9.000,00
Seguro do carro R$ 1.800,00
Gasolina/óleo/manutenção R$ 2.600,00
Pagamentos de cartão de
crédito R$ 5.000,00
R$ 33.112,00
Custos Variáveis - Anual
Impostos R$ 26.142,00
Alimentação R$ 6.490,00
Saúde
(dentista/médico/remédios) R$ 2.400,00
Vestuário / Despesas pessoais R$ 2.600,00
Educação R$ 3.000,00
Empregados R$ 2.000,00
Férias/Lazer R$ 3.000,00
Despesas discricionárias R$ 4.056,00
R$ 49.688,00
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Total de Saídas Anuais R$ 99.330,00
Não é fácil mudar hábitos num curto período, mas o aprendizado da austeridade no trato das
finanças e o alcance das metas tenderão a compensar os eventuais sacrifícios e
descontentamentos passageiros. Deve-se fazer o balanceamento das receitas e despesas mensais
e reservar uma parcela das receitas para poupança e investimentos (plano de investimentos).
Para informações sobre o fundo de emergência, veja o ponto 1.2.3.4 (sobre liquidez) acima.
Os índices de endividamento e custo médio ponderado de capital são tratados no tópico 2.2.2.
• Balanço Patrimonial
De acordo com o § 1º do artigo 176 da Lei 6.404/76, as demonstrações de cada exercício serão
publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior,
para fins de comparação.
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Disponibilidades Fornecedores
Clientes Empréstimos Bancários
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Estoques Impostos e Outros
Outros Passivo Não Circulante
Ativo Não Circulante Empréstimos Bancários
Realizável a Longo Prazo Resultados de Exercícios Futuros
Investimentos Patrimônio Líquido
Imobilizado Capital
Intangível Reservas
Lucros Acumulados
Os Ativos Não Circulantes também registram direitos e obrigações, porém aqueles que
somente têm expectativa de realização após um ano a partir da data do balanço (exemplos:
vendas com prazo superior a um ano, empréstimos concedidos a empresas do mesmo grupo
controlador, dentre outras operações consideradas de longo prazo).
O Passivo Não Circulante, da mesma forma, registra dívidas e obrigações, com a única
diferença situada no prazo de pagamento, ou seja, aqui se incluem aquelas com prazo superior
a um ano.
O Patrimônio Líquido representa o capital próprio da empresa. Nele estão incluídas as contas
de Capital, Reserva de Capital, Reserva de Lucros e outras, além dos Lucros Acumulados. Em
outras palavras, este grupo se caracteriza pela diferença entre o valor total dos ativos (bens e
direitos) e dos passivos (obrigações).
Este relatório tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida o resultado
apurado em relação ao conjunto de operações realizadas num determinado período,
normalmente, de doze meses.
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Na Demonstração dos Resultados do Exercício é que se verifica a performance da empresa
dentro de um determinado período. Cabe aqui lembrar que o Balanço Patrimonial representa uma
fotografia dos números da empresa em certa data. No caso da Demonstração dos Resultados a
visão é outra, ou seja, são valores acumulados num espaço de tempo (receitas e despesas), cujo
somatório vai nos mostrar se houve lucro ou prejuízo.
A classificação das contas segue uma sequência lógica e se inicia com o faturamento da empresa
(ou Receita Operacional) no período. Vamos tomar como referência a Demonstração de
Resultados da empresa fictícia XYZ S.A., mostrada a seguir:
A contabilidade utiliza o chamado critério de competência, e não de caixa, o que significa que
todos os valores são lançados na Demonstração dos Resultados, sejam eles efetivamente
recebidos ou não.
A Receita Bruta se relaciona com as vendas da empresa no período, não importando se foram
feitas à vista ou a prazo. Da receita bruta são deduzidos os impostos, como IPI e outros, e ainda
eventuais devoluções de vendas e abatimentos concedidos posteriormente à entrega dos
produtos. Chegamos então à Receita Líquida.
O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) representa a parcela dos estoques que foi vendida no
período, incorporando todo o custo envolvido na produção, como matérias-primas, mão-de-obra,
energia, depreciação, etc.
A diferença entre a receita líquida e o CPV resulta no Lucro Operacional Bruto. Em seguida,
encontramos as Despesas Operacionais, aqui apresentadas de acordo com as definições dada
pela Lei das S.A. As principais despesas operacionais são:
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• Despesas com Vendas - representam todos os gastos de promoção, colocação e distribuição
dos produtos da empresa, tais como salários do pessoal de vendas, comissão de vendedores,
propaganda e publicidade, dentre várias outras.
• Despesas Administrativas - incluem os gastos com o pessoal específico da área
administrativa, honorários da diretoria, dentre outras despesas.
• Despesas Operacionais Financeiras - referem-se aos custos dos empréstimos contratados
junto às instituições financeiras, além de encargos de títulos e outras operações sujeitas a
despesas de juros (debêntures, por exemplo).
• Equivalência Patrimonial - diz respeito à parte proporcional que cabe a uma empresa sobre
a variação do Patrimônio Líquido de outras empresas nas quais tenha participação acionária
relevante.
Assim, se deduzirmos do Lucro Bruto todas as despesas operacionais, chegamos ao LAIR (ou
Lucro Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social). Após a dedução da provisão do
Imposto de Renda e Contribuição Social, chega-se ao Lucro Líquido pós Provisão e antes das
Participações. Como última dedução, temos ainda as chamadas Participações Estatutárias,
que se referem às participações de administradores e empregados nos lucros da companhia, de
acordo com o previsto no seu Estatuto.
Tudo considerado, apura-se então o Lucro Líquido do exercício, o qual é direcionado aos
acionistas, sendo uma parte na forma de dividendos ou Juros sobre Capital próprio (JCP) e outra
parte incorporada ao Patrimônio Líquido, na condição de reservas e lucros acumulados.
Assim como é possível elaborar um balanço patrimonial para empresas, é viável e recomendável,
no escopo do planejamento financeiro pessoal e familiar, a construção de um balanço patrimonial.
Nele são registrados os bens, direitos e obrigações da pessoa física ou da família num
determinado momento, agrupados em contas dispostas em ordem decrescente de liquidez, do
lado dos ativos, e por ordem crescente de vencimento (maturidade), do lado dos passivos.
Segue abaixo um exemplo de um balanço para uma família e algumas considerações para sua
construção.
1. Ativos e Passivos deverão ser listados no valor de mercado (fair market value).
2. O período do relatório deve estar correto.
3. Patrimônio líquido deve constar no relatório.
4. Notas de rodapé devem descrever detalhes dos ativos e passivos.
5. Se o casal tiver separação parcial ou total de bens, os ativos e passivos devem conter a inicial
do proprietário (D para Denise e R para Roberto ou CC para conta conjunta no exemplo
abaixo).
6. Categorias de Ativos:
a. Dinheiro ou equivalentes;
b. Ativos financeiros investidos (carteira de ativos);
c. Bens de uso (residência, móveis, automóveis);
d. Ativos devem ser listados em ordem decrescente de liquidez (velocidade de conversão
para dinheiro).
7. Passivos devem ser listados de acordo com a maturidade (data de pagamento):
a. Passivos de curto prazo: com vencimento até 1 ano.
b. Passivos de longo prazo: financiamentos, empréstimos de longo prazo.
8. Patrimônio Líquido = Ativos - Passivos
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Dinheiro & Instrumentos (Alta Liquidez) Passivos de Curto Prazo
Conta banco/Poupança R$ 40.000,00 Cartão de Crédito 1 R$ 5.000,00
Total Dinheiro R$ 40.000,00 Cartão de Crédito 2 R$ 7.000,00
Cartão de Crédito 3 R$ 8.000,00
Ativos Investidos Financiamento carro 1 R$ 10.000,00
Financiamento carro 2 R$ 10.000,00
Total Passivos de Curto Prazo R$ 40.000,00
Carteira de investimentos
Denise R$ 90.000,00
Carteira de investimentos
Roberto R$ 110.801,00
Previdência da Denise R$ 200.000,00 Passivos de Longo Prazo
Financiamento Residência
Previdência do Roberto R$ 400.000,00 Principal R$ 150.000,00
Notas:
1 Todos os bens foram avaliados no valor atual de mercado.
2 Casal com comunhão universal de bens.
O capital de giro é o conjunto de valores necessários para a empresa fazer o negócio acontecer
(girar).
Ele é o recurso que autofinancia a atividade principal de uma empresa, ou seja, é o capital
necessário para continuar a adquirir os bens que serão, por exemplo, revendidos no volume que
o seu mercado consome, e continuar a obter a sua principal fonte de renda perenemente.
O Capital de Giro (CG), também conhecido como Capital Circulante Líquido (CCL), pode ser
calculado como a diferença entre o Ativo Circulante (AC) e o Passivo Circulante (PC):
CCL = CG = AC – PC.
Quanto maior for o capital de giro de uma empresa, maior serão os ativos circulantes frente aos
passivos circulantes. Essa situação representa um cenário bastante conservador para o
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empresário, pois ele tem excesso de ativos circulantes, tais como caixa, contas a receber ou
mesmo estoques. Porém, um grande volume de Capital de Giro pode impactar negativamente
a rentabilidade do negócio, pois significa que a empresa tem excesso de dinheiro em caixa,
muitos estoques ou ainda um grande volume de contas a receber, recursos que poderiam ser
reinvestidos no negócio para melhor rendimento.
Por sua vez, um baixo Capital de Giro tende a implicar maior rentabilidade, mas também
maior risco, pois significa que o empresário pode ter menos caixa para fazer frente a suas
obrigações ou que ainda pode estar perdendo vendas, seja por não realizar muitas vendas a
prazo (baixo contas a receber), seja porque possui baixo estoque.
O grande desafio é manter um nível de Capital de Giro que ao mesmo tempo não prejudique a
rentabilidade do negócio, tampouco incremente o risco de baixos ativos circulantes (caixa, contas
a receber e estoques, principalmente). Por fim, é importante mencionar que o dimensionamento
do capital de giro também está muito associado ao setor ao qual à empresa pertence.
Se for feita a mesma análise para pessoa física, poderíamos genericamente concluir o seguinte:
• Elevado Capital de Giro: a pessoa física ou a família possui um grande excesso de ativos
circulantes, tais como caixa e aplicações de elevada liquidez, em relação aos passivos
circulantes (financiamentos de curto prazo). Trata-se de uma situação conservadora, pois
dificilmente faltará caixa para pagar passivos ou mesmo despesas inesperadas. Contudo, a
rentabilidade das aplicações provavelmente não será tão expressiva, uma vez que estão
sendo priorizados investimentos com alta liquidez.
• Baixo Capital de Giro: uma pessoa física ou família com baixo capital de risco possui,
por sua vez, um pequeno excesso ou mesmo uma falta de ativos circulantes em relação
aos passivos circulantes. Isso pode ocorrer quando se tem investimentos de baixa liquidez
(por exemplo, imóveis), poucos recursos em aplicações com maior liquidez ou, ainda, se a
pessoa física ou a família possui grandes dívidas de curto prazo. Nesse caso, a
rentabilidade das aplicações tende a ser superior, em função da menor liquidez, mas o
risco é certamente maior, pois há poucos recursos à mão para fazer frente a uma despesa
inesperada ou ainda um excesso de dívidas de curto prazo.
• Índices de Liquidez
Há dois importantes índices relacionados à gestão do capital de giro: Liquidez Corrente (LC) e
Liquidez Seca (LS)
Mede a capacidade de pagamento no curto prazo e é calculado a partir do quociente entre Ativo
Circulante (AC) e Passivo Circulante (PC)
LC = AC
PC
Mede Capacidade de pagamento no curto prazo sob uma ótima mais realista, dada a menor
liquidez dos estoques (E) e considerando eventuais despesas pagas antecipadamente (DA). É
calculado a partir do quociente entre Ativo Circulante (AC) menos Estoques (E) menos Despesas
Antecipadas (DA) e Passivo Circulante (PC)
LS = AC – E - DA
PC
• Índices de Endividamento
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Antes de enunciar o Índice de Endividamento, é importante fazer a distinção das fontes de capital
de uma empresa e mesmo de uma pessoa física:
• Capital Próprio: refere-se ao capital da própria empresa ou pessoa física. Está associado
ao Patrimônio Líquido, pois refere-se à quantidade de ativos que se sobressai ao total de
passivos. Em outras palavras, se a empresa ou a pessoa física transformar em dinheiro
todos os ativos e pagar todas as suas dívidas (passivos), o valor que sobra é o Patrimônio
Líquido, ou seja, o Capital Próprio da pessoa física, do sócio ou acionista de uma empresa.
• Capital de Terceiros: está associado ao capital que não pertence à pessoa física, sócio
ou acionista da empresa. Refere-se principalmente a dívidas, sejam elas de curto ou longo
prazo.
• Passivo Total: do ponto de vista de contabilidade empresarial, refere-se à soma do
Capital Próprio com o Capital de Terceiros.
Um índice muito elevado geralmente implica um menor custo de capital; por sua vez, essa
situação representaria maior risco para a empresa, em função do elevado endividamento.
Mede a proporção dos ativos totais financiada pelos credores e é calculado através do quociente
entre Passivo Exigível – PE (passivo circulante + exigível a longo prazo) e Ativo Total – AT.
IE = PE
AT
Cada fonte de financiamento de uma pessoa física ou empresa possui um custo. Por exemplo, o
sócio ou acionista de uma empresa que investiu determinado capital na companhia em algum
momento certamente deseja um retorno sobre esse capital investido. Por sua vez, um credor que
emprestou dinheiro para uma empresa ou mesmo pessoa física obviamente cobrará juros por
isso.
Logo, cada fonte de financiamento (Capital Próprio e Capital de Terceiros) possui um custo. Da
mesma forma, a Estrutura de Capital de uma empresa ou de uma pessoa física pode apresentar
tais fontes em proporções distintas. Por exemplo, uma empresa altamente endividada
provavelmente possui uma proporção de capitais de terceiros em sua estrutura de capital
superior a outra empresa que praticamente não possui dívidas.
O custo do capital pode ser representado pela taxa de juros que as empresas usam para calcular,
descontando ou compondo, o valor do dinheiro no tempo. É de suma importância para a
avaliação da viabilidade de projetos de investimentos.
O termo (1 – IR) que multiplica o custo do capital de terceiros e a participação desse tipo de
capital na estrutura de capital da empresa ou da pessoa física refere-se ao benefício fiscal
associado aos juros cobrados em empréstimos e financiamentos.
Suponha duas empresas com os mesmos resultados operacionais (por exemplo, R$ 100 mil).
Porém, a empresa A não possui dívidas e, a empresa B, contraiu R$ 200 mil junto ao banco à
taxa de juros de 10% ao ano (o que irá gerar uma despesa financeira de R$ 20 mil por ano). Se a
alíquota de Imposto de Renda for de 40%, o Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE)
dessas empresas seria:
A B
Resultado Operacional R$ 100.000 R$ 100.000
Despesa financeira - (R$ 20.000)
LAIR (Lucro Antes do IR) R$ 100.000 R$ 80.000
IR (40%) (R$ 40.000) (R$ 32.000)
Lucro Líquido R$ 60.000 R$ 48.000
Note então que a empresa A pagou R$ 8 mil a mais de Imposto de Renda que a empresa B. Isso
ocorreu porque a empresa B abateu a despesa financeira de R$ 20 mil da base de cálculo de IR.
Logo, considerando essa economia fiscal de R$ 8 mil, o custo final da dívida contraída pela
empresa B seria: [20.000 (juros) – 8.000 (benefício fiscal)] / 200.000 (total da dívida) = 6% ao
ano.
Perceba que o custo da dívida, considerando o termo (1 – IR) na fórmula do Custo Médio
Ponderado de Capital, será exatamente esse: 10% (1 – 40%) = 6%.
Se o Custo de Capital de Terceiros é de 10% ao ano e o de Capital Próprio 20% o ano, calcule o
Custo Médio Ponderado de Capital dessa empresa, considerando alíquota de 40% de Imposto de
Renda.
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Ebitda é a sigla em inglês para earnings before interest, taxes, depreciation and
amortization, que traduzido literalmente para o português significa: "Lucros antes de juros,
impostos, depreciação e amortização" (Lajida).
Essa "purificação" dos números que representam o lucro da empresa vai além da retirada dos
acréscimos referentes às rendas acessórias ou amortizações. No entanto, o Ebitda nada diz sobre
a qualidade dos lucros. Esse indicador é capaz de retirar, também, distorções referentes à maior
ou menor incidência de impostos, decorrentes de incentivos ou majorações fiscais, razão pela
qual é muito utilizado para comparar empresas de setores ou portes distintos, ou ainda aquelas
que residem em países diferentes, cuja carga tributária possa divergir bastante. Por eliminar os
efeitos dos financiamentos e das decisões meramente contábeis, a sua utilização pode fornecer
uma boa análise comparativa, pois mede a produtividade e a eficiência do negócio. Como
percentual de vendas pode ser utilizado para identificar empresas que sejam mais eficientes
dentro de um segmento de mercado. Tem como função, também, determinar a capacidade de
geração de caixa da empresa.
DRE Mil $
Receita operacional bruta 974.655
(-) Impostos sobre vendas (230.567)
Receita operacional líquida 744.088
(-) CPV (-depreciações), CMV, CSP (-489.68)
(-) Depreciações (-30.680)
Lucro Bruto 223.728
(-) Despesas comerciais (83.880)
(-) Despesas administrativas (43.674)
(-) Provisão p/ devedores duvidosos (1.440)
Lucro Operacional I 94.734
(-) Despesas financeiras (3.557)
Lucro Operacional II 91.177
(+/-) Equivalência patrimonial 27.381
Lucro Líquido antes do IR (Lair) 118.558
(-) Provisão IR e CS (16.127)
Lucro Líquido 102.149
Cálculo do Ebitda
Outras variações:
Como vimos acima, o Ebitda ou Lajida é uma medida de performance operacional, que considera
as receitas operacionais líquidas, menos os custos e as despesas operacionais, exceto as
depreciações e amortizações. Ou seja, é o lucro operacional I, mais as depreciações. Muitas
empresas estabelecem a remuneração de certos executivos a partir de metas de Ebitda. Neste
sentido os executivos estão sendo avaliados pela performance operacional, não computando o
impacto dos investimentos em imobilizado (foi excluído o valor das depreciações e amortizações)
nem da estrutura de capitais.
Para algumas atividades em que as estruturas das empresas possam ser muito parecidas, o
Ebitda fornece também uma medida comparativa de desempenho com a concorrência. É
importante notarmos que a política de gestão de capital de giro, especialmente, a concessão de
crédito e de prazos a clientes poderão ter interferência expressiva na necessidade líquida de
capital de giro e nas perdas com inadimplência, o que acarretará impacto na estrutura de capital
e nos resultados sem ser refletido no Ebitda.
Em uma análise mais crítica, não há dúvida de que, se o Ebitda for negativo, é péssimo, porém,
se for positivo, não é suficiente para tomar qualquer decisão em relação a empresa, seja para
compra de suas ações ou para fornecimento de empréstimos.
Por oferecer esses benefícios aos correntistas, os bancos cobram juros e encargos cada vez que
os recursos são utilizados. Esses custos geralmente são descontados uma única vez por mês, em
uma data de vencimento predeterminada. Há alguns bancos, contudo, que já permitem o
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pagamento do cheque especial em parcelas, como acontece em demais modalidades de
empréstimo.
O valor total dessa linha de crédito disponibilizado ao cliente é chamado limite do cheque especial
e é negociado entre o banco e o cliente.
O Cheque Especial deve ser utilizado em situações de emergência, como por exemplo, para
pagamento de uma conta quando você sabe que receberá dinheiro em alguns dias, ou em prazos
curtos, como alternativa para aqueles pequenos "buracos" que aparecem no orçamento. Se você
sabe que precisará utilizar esse dinheiro por um prazo maior, considere a possibilidade de
contratar uma operação de Crédito Pessoal (CDC), que lhe oferece prazos maiores e taxas mais
baixas.
Quanto ao uso, recomenda-se prudência, pois as taxas de juros cobradas estão entre as mais
altas do mercado. O cheque especial deve servir apenas como um empréstimo de curtíssimo
prazo e para uma situação inesperada ou em casos em que se espera que o valor negativo em
conta corrente seja coberto o quanto antes.
Se o cliente precisar do empréstimo por mais tempo, recomenda-se linhas de financiamento com
taxas de juros mais baratas, tais como o Crédito Direto ao Consumidor.
Ele oferece a vantagem de concentrar vários pagamentos em um único dia, através da compra de
produtos e serviços em estabelecimentos cadastrados. Além disso, o cartão de crédito oferece
aos titulares a possibilidade de não pagar a totalidade da fatura no vencimento. Porém, o Banco
Central estabeleceu que o valor mínimo da fatura de cartão de crédito a ser pago mensalmente
não pode ser inferior a 15% do valor total da fatura.
• Crédito Rotativo: financiamento automático do valor da parcela que não foi pago,
respeitando o mínimo de 15%;
• Parcelamento da fatura: serviço que permite financiar em parcelas fixas o valor da fatura,
de acordo com condições contratuais pré-estabelecidas;
• Compras Parceladas: no ato da compra, o cliente pode ter a possibilidade de dividir o valor
em parcelas mensais, iguais e fixas, com ou sem juros, dependendo do estabelecimento onde
o produto ou serviço for adquirido;
• Pagamento de contas: alguns cartões oferecem a possibilidade de pagar contas (como de
água, luz, telefone, entre outros) através do cartão de crédito;
• Saques: muitos cartões permitem que os titulares realizem saques em moeda.
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Ainda de acordo com o Banco Central, é admitida a cobrança de cinco tarifas, válidas tanto para
os cartões básicos quanto para os diferenciados. São elas:
• anuidade;
• para emissão de 2ª via do cartão;
• para retirada em espécie na função saque;
• no uso do cartão para pagamento de contas; e
• no caso de pedido de avaliação emergencial do limite de crédito.
Em resumo, é uma modalidade de crédito bastante interessante quando usada com consciência,
ou seja, para concentrar vários pagamentos em uma única data e ainda aproveitar vantagens que
muitos cartões oferecem, tais como possibilidade de acumular pontos para trocar por passagens
aéreas e por outros bens e serviços.
Porém, se utilizado sem esse propósito, pode se tornar um instrumento capaz de elevar
significativamente a dívida do portador do cartão em pouco tempo, em função das elevadas taxas
de juros que são cobradas pelo chamado Crédito Rotativo, aquele disponibilizado quando o titular
do cartão não paga a totalidade da fatura.
Cada instituição financeira costuma ter uma grade de empréstimos pessoais com bastante
variedade. Em linhas gerais, os principais tipos são:
Crediário automático
Porém, como geralmente não envolve garantias, essa modalidade costuma possuir taxas de juros
elevadas.
Por ser um produto atrelado ao recebimento de um valor certo, as taxas de juros costumam ser
mais vantajosas aos clientes.
Crédito Consignado
O crédito consignado é uma modalidade de crédito pessoal que implica desconto diretamente na
folha de pagamento do cliente. Não exige necessidade da comprovação do uso do dinheiro e
geralmente envolve pagamentos em parcelas mensais e iguais.
Assim como o crédito com garantia de investimentos, o fato de as prestações serem debitadas
diretamente do salário do cliente reduz significativamente o risco de inadimplência e, dessa
forma, as taxas de juros costumam ser mais vantajosas para o cliente.
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Tal risco é ainda menor quando o empréstimo for destinado para funcionários públicos,
pensionistas e aposentados pelo INSS, uma vez que tais clientes têm estabilidade em termos de
receitas.
Contudo, para evitar endividamento excessivo, surgiu o conceito da margem consignável, que
é o valor máximo que pode ser comprometido do salário (ou da aposentadoria) por mês para
pagar o empréstimo consignado. De acordo com a legislação, a parcela de empréstimo não pode
ser superior a 30% da renda mensal.
Outro ponto importante é que qualquer empréstimo é computado para cálculo da margem
consignável, e não somente o empréstimo consignado em si. Por exemplo, se o cliente já possui
outro empréstimo cuja parcela corresponde a 20% de sua renda mensal, poderá contrair um
empréstimo consignado, desde que as parcelas não superem 10% da renda mensal (para, no
cômputo geral, respeitar o percentual de 30%).
O uso de cada modalidade depende do objetivo do cliente com o empréstimo, além do custo
desse empréstimo.
Para necessidades imediatas de recursos, o crediário automático pode ser interessante, uma vez
que os recursos são liberados com rapidez e o cliente não precisa comprovar o destino do
dinheiro para a instituição financeira. Porém, em função do elevado custo, deve ser usado com
prudência.
Caso o cliente consiga se planejar, empréstimos com taxas de juros menores e prazos maiores
para pagamento são mais indicados, como o Consignado e aquele com Garantia de Investimentos
(caso o cliente possua recursos aplicados para dar em garantia).
Por fim, os créditos como antecipação de recebimentos certos, tais como Restituição de Imposto
de Renda e do 13º Salário, são opções muito interessantes, pois costumam implicar juros
inferiores. Além disso, o empréstimo é quitado em uma única parcela, quando do recebimento da
Restituição do Imposto de Renda ou do 13º Salário, evitando assim refinanciamentos e extensão
da dívida por mais tempo.
Tributação
Com relação à tributação, incidem sobre operações de crédito o IOF-Crédito, cobrado de duas
formas:
Em exames passados, já foi cobrado o Custo Efetivo Total (CET) de um empréstimo. O CET
refere-se à taxa de juros que é efetivamente cobrada de um devedor em função da operação do
empréstimo. Além da taxa de juros propriamente dita, o CET leva em consideração outros
encargos que o devedor incorrerá, tais como impostos (IOF), seguros e qualquer outro tipo de
despesa que, obviamente, tornarão o custo final do empréstimo mais elevado.
De acordo com a Carta Circular do Banco Central 3.593 de 2013, as instituições credoras em uma
operação de crédito devem fornecer a planilha de cálculo explicitando todos os custos e as
despesas envolvidas, conforme exemplo a seguir, extraído dessa própria Carta Circular:
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Vamos a um exemplo para melhor entendimento desse conceito.
Uma pessoa física contraiu R$ 10 mil através de uma linha de crédito bancário e irá quitar a
dívida em doze parcelas mensais, iguais e consecutivas, no valor de R$ 945 cada, sendo a
primeira paga um mês após a liberação dos recursos. Assumindo IOF total de R$ 350,00, Seguro
Prestamista de R$ 250,00 e uma Tarifa Bancária total de R$ 100,00 (todos financiados pela
própria instituição financeira), calcule a Taxa de Juros e o Custo Efetivo Total desse empréstimo.
Para cálculo da taxa de juros do financiamento, precisamos fazer um ajuste no valor total
financiado. Esse valor corresponde aos R$ 10.000 somados com os demais encargos (IOF, Seguro
e Tarifa), perfazendo R$ 10.700,00. Com o auxílio de uma calculadora financeira5, chegamos à
seguinte resposta:
Porém, note que o valor que será efetivamente liberado para o devedor será de apenas R$
10.000, sendo os demais R$ 700 encargos que ele terá que pagar em função da contratação do
empréstimo. Logo, o Custo Efetivo Total para esse devedor deverá ser calculado com base no
valor efetivamente liberado (R$ 10.000). Logo, recalculando, teremos:
Os financiamentos para pessoa física abrangem diversas categorias e custos diferentes. São as
chamadas operações ativas dos bancos:
5
Veja mais detalhes sobre cálculos envolvendo Matemática Financeira no capítulo 5 desse material.
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o ativo imobilizado das empresas. Contudo, para essas aquisições, recomenda-se a utilização de
outras alternativas, como o leasing e o Finame, em função das menores e dos prazos superiores.
Todavia, justamente pelo fato de os prazos das outras alternativas serem longos, uma empresa
que não disponha de recursos imediatos para adquirir bens para o ativo imobilizado, mas não
queira financiá-los por prazos longos, poderá optar pelo CDC, solicitando cotação para os bancos
com os quais opera.
Os financiamentos para pessoas físicas, por meio do CDC, podem ser realizados
independentemente de o financiado ser previamente cliente da instituição credora. Muitas
operações são encaminhadas por lojistas, que vendem bens de consumo duráveis, bem como
para revendas e concessionárias de veículos. Se os potenciais compradores, encaminhados pelos
vendedores, enquadrarem-se nos padrões de crédito do credor, o financiamento poderá ser
realizado. Por outro lado, a pessoa física, interessada na compra de um bem, poderá solicitar o
financiamento diretamente ao banco no qual mantém conta corrente.
Os percentuais do custo de aquisição dos bens que serão financiáveis e os prazos mínimos e
máximos do financiamento são definidos por regras do Bacen, determinadas por sua vez por
políticas governamentais de liberação ou contenção do crédito e, ainda, por políticas internas da
instituição financeira, que para fixá-las levarão em conta aspectos relativos a riscos e
disponibilidade de recursos.
As taxas de juros cobradas são as usuais de mercado, podendo ser pré ou pós-fixadas. Em
períodos de estabilidade econômica e baixa inflação, é usual operar com taxa pré-fixada. Em
períodos de instabilidade econômica e incertezas com relação à inflação e ao comportamento das
taxas de juros, as instituições financeiras tendem a reduzir a oferta do produto e, quando
operam, fazem com encargos pós-fixados e/ou taxas repactuadas. As formas de repagamento
são, em geral, contraprestações iguais, mensais e sucessivas.
Garantias/riscos/ seguro
A garantia usual nas operações de CDC é a alienação fiduciária do próprio bem objeto do
financiamento, que poderá, em caso de inadimplência, ser retomado por meio de uma ação de
busca e apreensão. Caso a alienação seja considerada insuficiente em face do risco do cliente, ou
caso o financiamento não comporte esse tipo de garantia, não há impedimento para que se
solicitem garantias adicionais reais ou fidejussórias.
O produto é interessante do ponto de vista de risco de crédito, uma vez que o financiamento de
bens já possui a priori garantia real e também por ser uma modalidade de financiamento de risco
pulverizado, envolvendo grande número de clientes com operações de pequeno/médio valor.
Regra geral, bancos múltiplos e financeiras que operam o produto exigem seguro com as
coberturas de fogo, roubo, colisão e responsabilidade civil (no caso de veículos), ou fogo, roubo,
danos elétricos, se for o caso, para outros bens. A cláusula beneficiária a favor do financiador
reduz ainda mais a possibilidade de eventual perda e tende a contribuir, portanto, para reduzir a
taxa do financiamento ou para relaxar a exigência de garantias.
Vantagens do produto
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• Operações de Penhor – exclusivas da Caixa Econômica Federal, com o uso de garantia de
penhor de joias. Valor está vinculado ao objeto a ser empenhado e, caso os empréstimos não
sejam pagos, as joias vão a leilão.
• Cartões de Crédito – os juros cobrados nesta opção são geralmente mais altos.
O consultor financeiro, junto ao investidor, deve analisar os juros cobrados, termos de
contrato e flexibilidade de cada opção separadamente.
O leasing nada mais é do que um arrendamento, uma espécie de aluguel, com a opção de
compra no final do contrato. Esse sistema de financiamento, tal como conhecemos hoje, ganhou
força a partir de 1941, com a Segunda Guerra Mundial, quando os EUA decidiram emprestar
armas para os países aliados, que assumiam o compromisso de, depois da guerra, devolver ou
comprar o armamento.
E essa lógica vale até hoje: uma empresa de leasing, que pode estar associada a um banco – o
que ocorre na maioria das vezes – compra um produto para um cliente, que o aluga por um prazo
determinado. No final desse período, o cliente opta por comprar o produto pelo valor acordado
previamente (pode ser o valor de mercado) ou simplesmente devolvê-lo.
Porém, ficar com o bem é a última coisa que alguém que faz leasing deveria querer. Esse
mecanismo é, em essência, uma maneira de sempre trocar o bem antigo por um novo. No Brasil,
entretanto, transformou-se em uma forma de financiamento muito semelhante às demais
existentes no mercado.
Basicamente os dois tipos de leasing mais importantes para a pessoa física são:
O Leasing no Brasil funciona da seguinte maneira: imagine que uma pessoa compra um
automóvel, por meio do leasing, com prazo de 24 meses. Pagou R$ 400,00 por mês e, no final do
prazo, tem opção de compra por R$ 7.000,00. Nessa hora, ou ela decide pagar os R$ 7.000,00,
liquidar sua dívida e ficar com o carro, ou devolver para o banco e partir para o leasing de outro
carro.
Assim é como acontece no EUA. Lá, raramente alguém paga para ficar com o automóvel. O
consumidor entra na concessionária com seu carro usado, faz um novo leasing e sai com o carro
zero. A grande vantagem é permitir que o investidor não precise vender o automóvel.
No Brasil, o leasing operacional quase não existe para pessoas físicas. Os bancos fazem o leasing
financeiro. Nesse caso, você fica praticamente impedido de devolver o bem. O financiamento é
feito de forma que o valor residual – o valor do bem no mercado, quando acaba o leasing – seja
incorporado às mensalidades, ou, então, antecipado, tomando a forma de uma entrada – é o
chamado resíduo antecipado. Com isso, no final do contrato, o resíduo está pago e o bem
quitado.
Para pessoas físicas, esse sistema é interessante apenas quando se procura um crédito de prazo
mais longo – especificamente, acima de dois anos. O financiamento por leasing só se torna
competitivo com os demais tipos de créditos nesse caso. No curto prazo, o leasing é mais
indicado para empresas.
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Atenção: Questão de prova
Sim. Caso a quitação seja realizada após os prazos mínimos previstos na legislação e na
regulamentação), o contrato não perde as características de arrendamento mercantil. Entretanto,
caso realizada antes dos prazos mínimos estipulados, o contrato perde sua caracterização legal
de arrendamento mercantil e a operação passa a ser classificada como de compra e venda a
prazo. Nesse caso, as partes devem arcar com as consequências legais e contratuais que essa
descaracterização pode acarretar.
Para contratos assinados após 6 de dezembro de 2007, é vedada a cobrança de qualquer taxa do
cliente que queira quitar antecipadamente o contrato (conhecida como taxa de antecipação),
conforme Resolução 3.516/2007 do Conselho Monetário Nacional.
Na compra de um imóvel financiado pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação), e mesmo fora
desse sistema, a instituição financeira contrata um seguro com as coberturas para morte e
invalidez permanente do mutuário (MIP) e para danos físicos ao imóvel (DFI).
O limite máximo de cobertura para esta modalidade é o valor da avaliação inicial do imóvel
que serviu de base para a contratação do financiamento, devidamente atualizado pelo índice de
atualização que foi previsto no contrato, se for o caso. No caso de não haver previsão contratual
de atualização, o valor de avaliação poderá ser corrigido por índice estipulado na apólice de
seguro. O valor do prêmio referente à cobertura de DFI é calculado utilizando a taxa estipulada
pela seguradora aplicada sobre o valor de avaliação do imóvel e são atualizados com base no
indexador previsto no contrato ou na apólice, acrescido de IOF e taxas, se for o caso, sendo
cobrados juntamente com as prestações mensais.
A indenização é igual ao valor necessário para a reposição dos prejuízos, com a recuperação do
imóvel em condições idênticas às que apresentava antes do sinistro (materialização de um dos
riscos previstos na apólice).
O seguro habitacional não tem franquia. Quanto à carência, esta só se aplica às seguintes
situações:
• no caso de morte por suicídio, a cobertura só será válida depois de dois anos da entrada em
vigor da apólice do seguro; e
• em caso de desemprego, o seguro não cobre o saldo devedor. Algumas seguradoras
oferecem, à parte, seguro para essa eventualidade mediante a contratação dessa cobertura e
o pagamento de prêmio adicional.
• no caso de morte ou invalidez permanente, a seguradora poderá exigir carência limitada a 12
meses nos casos de alterações de contrato movidas para composição de renda, necessária
para aprovação do financiamento do imóvel.
Coberturas
Com exceção dos riscos de incêndio, queda de raio e explosão, a garantia do seguro habitacional
(DFI) se refere a danos causados ao imóvel por fatores externos. Em outras palavras, prejuízos
provocados por acontecimentos gerados de fora para dentro do imóvel, sobre o prédio, ou
sobre o solo ou subsolo em que está construído.
Por exemplo, um rio ou canal transborda e a água danifica a sua casa. O seguro DFI paga as
despesas para a recuperação do imóvel, mas não se responsabiliza pelos seus pertences. A
mesma garantia você tem caso haja ocorrência de eventos como chuva, granizo ou ainda caso se
rompa canos fora de sua casa, mas que provoque danos ao seu imóvel.
Coberturas adicionais
Seguro Prestamista é seguro que tem por objetivo garantir a quitação de uma dívida do
segurado, no caso de sua morte ou invalidez ou até mesmo desemprego involuntário.
No caso desse tipo de seguro voltado para o financiamento imobiliário, utiliza-se o nome de
Seguro de Morte e Invalidez Permanente (MIP). As coberturas concedidas nesta modalidade
referem-se aos riscos de morte do mutuário/segurado decorrentes de causas naturais ou
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acidentais e invalidez permanente, ocorrida em data posterior à data de assinatura do
contrato, causada por acidente pessoal ou doença que provoque a incapacidade total e
permanente do segurado de exercer sua atividade laboral, devidamente comprovada, sendo a
indenização limitada ao valor do saldo devedor do contrato de financiamento na data do sinistro.
As taxas utilizadas para cálculo dos seguros poderão ser estabelecidas por faixa etária ou por
idade média do grupo segurado. Usualmente, são utilizadas as taxas que variam de acordo com a
faixa etária do mutuário/segurado, (quando maior a idade do segurado maior será a taxa), sendo
o prêmio recalculado no transcorrer do prazo do financiamento e na medida em que houver
mudança de faixa etária.
A base de cálculo do prêmio a ser pago é o saldo devedor do contrato no mês de referência,
utilizando a taxa correspondente à idade do mutuário/segurado naquele mês acrescido de IOF e
taxas, se for o caso, sendo cobrados juntamente com as prestações mensais. Usualmente, o
pagamento do primeiro prêmio é antecipado, bem como, todos os demais, sendo que na última
parcela não deverá ser cobrado. No caso de ocorrência de amortização extraordinária e, em
virtude do prêmio ser calculado sobre o saldo devedor, este será reduzido na mesma proporção
da redução do saldo devedor.
O produtor pode pleitear as três modalidades de crédito rural como pessoa física ou jurídica. As
cooperativas rurais são também beneficiárias naturais do sistema. Ano a ano, o governo Federal
tem alocado cada vez mais recursos para o crédito rural. A maior parte do dinheiro destina-se a
créditos de custeio para cobrir os gastos rotineiros com as atividades no campo. Esse dinheiro é
tomado diretamente nos bancos ou por meio das cooperativas de crédito.
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A oferta de linhas de créditos para investimentos conta com recursos do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e dos Fundos Constitucionais de Financiamento do
Centro-Oeste, Norte e Nordeste, conhecidos como FCO, FNO e FNE.
As solicitações podem ser feitas de forma direta, indireta ou mista, dependendo da modalidade de
apoio utilizada:
• Operação direta - realizada diretamente com o BNDES ou através de mandatário.
• Operação indireta - realizada por meio de instituição financeira credenciada, ou através do
uso do Cartão BNDES.
• Operação mista - combina a forma direta com a forma indireta não automática.
2.3.7. Outros: conta margem (margin account); consórcio; penhor; linhas de crédito
educacionais
• Conta Margem
Conta Margem é uma modalidade de crédito oferecido por corretoras de valores para a realização
de operações sem a necessidade de 100% do capital envolvido. Dessa forma, o investidor pode
alavancar seus investimentos ou aproveitar oportunidade sem precisar se desfazer de seus
investimentos.
A cobrança de juros é feita diariamente e a taxa varia de corretora para corretora. Normalmente,
cada uma define regras específicas para a concessão do crédito, baseando-se na carteira de
ações atual do cliente.
• Consórcio
Os consórcios são formados por grupos de pessoas que formam fundos comuns e arrecadam
contribuições mensais em dinheiro destinadas a proporcionar a cada consorciado (membros do
consórcio) a aquisição de um bem, conjunto de bens ou determinado serviço especificados na
proposta de adesão ao longo do tempo. Geralmente, a cada mês são distribuídos 2 bens (um por
sorteio e outro por lance). Os lances correspondem a pagamentos antecipados de prestações.
Os grupos são constituídos após uma Assembleia Geral Ordinária (AGO) convocada pela a
administradora do consórcio, entidade responsável por todas as etapas administrativas (inclusive
pela aplicação do excesso de recursos de cada grupo) e pelos recursos coletados.
Exemplo:
Dez pessoas querem comprar um carro que custa R$ 20 mil, mas cada uma delas só tem R$ 2
mil. Elas podem esperar dez meses para conseguir adquirir o automóvel ou se reunir em um
grupo juntando mensalmente os R$ 20 mil necessários (desde que cada uma das pessoas aporte
R$ 2 mil por mês). Se fizerem isso todo mês, comprarão um carro todo mês. Ao final de dez
meses, todas estarão com seu automóvel na garagem, e pelo menos nove delas o terão
comprado mais rapidamente do que se bancassem a compra sozinhas. Essa é a lógica do
consórcio.
Na prática, o valor mensal a ser pago será um pouco superior a R$ 2 mil em função dos custos
associados. Ou seja, o consórcio realmente pode ser um bom negócio quando não se tem pressa.
O consorciado vai pagando as prestações mensais e todo mês pode ser sorteado para retirar o
bem ou dar um lance com essa finalidade.
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É importante sempre comparar o consórcio com a opção da poupança programada por meio de
investimentos. É possível que, no mesmo prazo do consórcio, o investidor consiga reunir o
dinheiro necessário para comprar o bem desejado, sem ônus de ter de pagar as taxas de
administração e seguro.
A legislação permite que sejam formados consórcios para a aquisição de bens móveis duráveis
(como eletrodomésticos e carros, inclusive usados), imóveis residenciais e passagens aéreas.
Entretanto, em todos esses casos, o que o consumidor está comprando é uma carta de crédito, e
não o bem em si. Qual a relevância dessa informação? É importante o investidor saber que
sempre pode mudar de ideia e retirar a carta de crédito em vez do bem, utilizando-a para
comprar outro bem qualquer, desde que previsto no contrato do consórcio e com a condição de
que o bem seja alienado fiduciariamente à administradora, como garantia.
• Penhor
Penhor refere-se a uma forma de direito real de garantia que consiste na transferência de algo
móvel ou mobilizável (qualquer objeto que garante o direito imaterial). Os sujeitos que aqui
atuam são o devedor e o credor. O devedor é o sujeito passivo da obrigação principal ou um
terceiro que ofereça o ônus real, como um fiador. O credor é aquele que empresta o dinheiro e
recebe o bem empenhado. Isso implica também receber a posse deste.
O FIES financia até 70% do valor das mensalidades, a partir da data de ingresso no programa
pelo período remanescente para a conclusão do curso. Este prazo pode ser prolongado por mais
um ano mediante aceitação da Comissão Permanente de Seleção e Acompanhamento da IES
(Instituição de Ensino Superior). O contrato deve ser semestralmente renovado mediante a
assinatura de um Termo de Anuência feito na própria Faculdade.
O contrato de crédito é feito pelo aluno ou responsável legal, se o aluno for menor de 18 anos e
não emancipado, juntamente com o fiador e o seu cônjuge com a Caixa Econômica Federal.
O fiador deve ter renda no mínimo duas vezes superior ao valor da mensalidade integral do
curso. Caso a renda da família do estudante seja menor que 60% do valor das mensalidades, é
necessária a presença de um segundo fiador na assinatura do contrato.
Existem diversos modelos de crédito privado para financiar a educação, desde o de instituições
financeiras como o das próprias instituições de ensino superior.
Este tipo de financiamento é oferecido somente por algumas instituições privadas (financeiras e
de ensino superior), e o valor financiado varia de instituição para instituição, podendo ser
financiado parte ou até mesmo o valor integral da mensalidade.
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A restituição do valor investido geralmente começa a ser feita doze meses após a data prevista
para o término do curso e o número de parcelas pode variar em cada instituição, sendo o mais
usual o ex-aluno pagar as prestações durante o mesmo período que necessitou do financiamento,
mas pode chegar a ser parcelado em até 10 anos.
O sistema de correção tem juros mais baixos que os dos bancos e maiores que o FIES (programa
do Governo Federal), e será feito de acordo com o critério utilizado pela instituição, podendo ser
pelos índices de inflação, pelo valor da hora/aula, pelo valor da mensalidade atual ou outros, que
deverão estar definidos em contrato. Para todos os programas de financiamento é necessária a
participação de um fiador.
Estes programas, tanto públicos como privados, vêm para preencher uma lacuna no
desenvolvimento social do país e são de suma importância para um futuro mais próspero e
socialmente igualitário da nossa população.
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