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85
BSCFM
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS FÍSICAS E MATEMÁTICAS
DISCIPLINA: TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA
..■•••■■■••■■■•■
1•1111■1.1.00
Esta monografia foi julgada adequada como TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Professora da Disciplina
Banca Examinadora:
Orientadora
Aos meus familiares, pela força e motivação para seguir esta caminhada.
minha esposa, que com sua paciência me auxiliou na execução deste Trabalho de
Conclusão de Curso.
deste Trabalho.
INDICE
2 METODOS........•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••..•—••••••••••••••••••••••.....................---27
3.1
4 1ESULTADOS................--......—•....—...••••••••••........••••••••-•••••••—...........••••••••••••......32
3 9 4 e
o presente trabalho trata de um estudo onde se verifica qual é a visa() dos
alunos de ensino fundamental (5a. e 8a. séries) sobre a disciplina matemática e
seu ensino em escola (pública e particular) na grande Florianópolis.
Para tal, elaboramos e aplicamos questionários aos alunos contends)
questões relacionadas às principais dificuldades e sugestões para melhora do seu
ensino. Ao longo deste, procuramos discutir as diferenças encontradas e reafirmar
a importância do diálogo professorialuno. Isto porque acreditamos que ao futuro
professor não basta apenas passar conteúdos mas sim refletir sobre sua prática
pedagógica.
ensino, enfim, vários tópicos ligados ao ensino da matemática. Fazendo uma primeira
UFSC (Universidade de Passo Fundo (Gava, Silva, Silveira 1998); Universidade Federal
Silva, Silveira, 1998) atualizando dados com novos levantamentos e novas questões,
sejam comuns a todos os professores de matemática, pois dizem respeito como seus
aluno: até que ponto esta disciplina ajuda no dia - a - dia do aluno? Outra preocupação é
matemática.
5
Ao lado da investigaçao feita junto aos alunos, buscamos outras informações,
constituído pelo Parâmetro Curricular Nacional, o PCN, bem como, sobre resultados de
qualidade. Assim nao podemos deixar de comentar sobre os currículos, que estes
conteúdos estão muito distantes da vida pratica do aluno. Afinal, o que nós professores
certeza dependem da matemática. Por isso também, é que temos que abrir a mente de
nossos alunos.
minha atuação como professor de matemática o que faço já hi 5 anos). No entanto, até
eu mesmo sou surpreendido as vezes na sala de aula, com esta questão. Um exemplo
meu serviço não usarei nunca?" Aquele aluno me cativou e então fui a fundo,
perguntei onde ele trabalhava atualmente, e ele respondeu que era cobrador de ônibus.
Ai ficou mais fácil para esclarecer o porque de estudar os gráficos. Expliquei a ele que,
6
pelo fato de ser cobrador talvez fazer aquele gráfico nao teria utilidade, mas o patrao
dele, que é o dono da empresa, com certeza analisa gráficos para avaliar os gastos ou
Endo, é muito importante para nós professores, sabermos responder aos alums
a utilidade de um dado conteúdo na vida prática. Aposto que no caso acima referido o
Um comentário:
ler gráficos, mas, até mesmo para assistir TV ou ler jornal, ele precisa entender funções
e gráficos. Mais do que usar todo o dia, hi que: entender para que serve, como e quando
se usa.
Uma sugestão:
mesma forma que frações e porcentagens pode ser realizado bem cedo para a criança (3 a
ou 4a série), pois estes conteúdos estão dentro do cotidiano atual e pode ser de grande
professor, na maioria das vezes, não sabe qual é a resposta mais conveniente a dar.
7
Acredito que muitos dos professores questionados com a tal pergunta
"Professor, onde vou usar isto? " no sabem realmente explicar a utilidade ou a
importância de se estudar tal tópico: tentam apenas cumprir o que está no programa.
conteúdo. Além disso, parece que estão embotados e sem iniciativa e criatividade para
levar a aplicar no cotidiano o que aprendem, podem ser ambos procedimentos que
favoreçam estudar a matemática com gosto, levando a que esta deixe de ser um "bicho
examinarmos os livros de matemática podemos ver que nossos curriculos não foram
ponto de partida, mas nem sempre é uma garantia. Assim, uma proposta complementar
Uma grande parte dos alums tem acesso na escola a uma matemática que serve
interpretação e aplicação no seu cotidiano. Por este motivo também, nossos alunos
apontar o momento em que surgiram e como foram desenvolvidos também é tun forma
tempo um sintoma, e também, parte de um mistério muito importante: por trás dela o
aluno pergunta realmente não para saber sobre a história da matemática, mas para
aprender.
Ser professor hoje em dia requer muitas habilidades, coragem e entusiasmo para
enfrentar uma turma de alunos que apresentam diversas complicações ou até mesmo
matemática não é apenas o dos maus resultados dos alunos nos exames, mas sim, a
setas (—>) seguidos de nossos comentários. O autor ainda destaca algumas causas dos
Muitos alunos conversam durante a aula, ou até mesmo ficam quietos demais,
9
--> Alunos com problemas familiares.
Problemas que afetam a vida escolar tais como separação dos pais, pais alcoólatras.
Além desses problemas ainda existe a pressao econômica que leva o aluno a ter que
trabalhar e estudar, ou até mesmo abandonar a escola por isto. E a pressão social, na
qual os conteúdos que a escola ensina não são Ateis para o aluno; o que é útil para o
aluno ou do seu interesse, a escola não ensina. E por fim, ainda enfrentam a super
lotaçao nas salas de aula, resultando assim em mal desempenho causando até a
repetência.
De outro lado, João da Ponte (1997) também cita alguns problemas que causam o
sim de cursos extras, encontros, seminários, entre outros. Os professores precisam estar
significativo seria uma saída para diminuir o "desgosto" dos alunos pela disciplina.
Mostrar ao alum qual a origem do conteúdo ensinado; qual seu uso, ou seja,
maneira mais simples? Também podemos nos questionar: como despertar o interesse
dos alunos? Podemos citar como exempla do oposto a isto, o que ocorre com uma tribo
Pode-se pensar que o fato de que a criança odeia ou não gosta de matemática
seja um "tabu" que vem de muitos anos. Os pais, avós, bisavós, amigos, todos esses
formam uma cadeia que vao sustentando a hipótese de que a matemática é um "bicho
de sete cabeças". Podemos pensar a situação inversa, que é a de tradição, seja familiar
ou mais ampla que esta, que valorize o pensamento matemático. Este aspecto
este prisma e para uma breve referência podemos citar entre outros.(Após Vygotsky e
Piaget, 1996).
Também não podemos deixar de considerar que muito dos problemas estão na
organização da escola, que cria diferentes tipos de professores. Podemos citar mais
diretamente o exemplo de um professor da 5' série. Quando o aluno deixa a "tia", que
é a mestre legal, amiga, "boazinha", e pega um professor meio "carrasco". Este caso
acontece muito, e, contribui desde ai para que o aluno passe a "odiar" a matemática.
--> Conteúdos longos e mecânicos. Alunos afirmam ser os conteúdos extensos demais e
forma prática da vida, do cotidiano das crianças. Os alunos não saem da sala de aula
Como aponta Carraher (1993), uma criança que vende produtos na feira, sabe dar
seu troco correto, manuseia o dinheiro corretamente. Isso tudo é matemática. Mas
quando se trata do mesmo assunto dentro da sala de aula, a crimp encara como sendo
criança.
ciências, bem como, ensiná-la apoiando-se em outras habilidades que o aluno já traz
interligadas. Por que não usamos por exemplo uma música para
Relacionar a matemática com outras habilidades pode ser uma saida para despertar
matemática, que desenvolve o raciocínio dedutivo e faz o aluno se tornar critico para
resolver problemas, ou então a inteligência musical que permite alguém organizar sons
de maneira criativa. Outra situação por exemplo, uma criança que tem dificuldade para
memorizar números, pode-se utilizar a música como rota secundária para ajudá-la na
estabelece entre ela e as demais disciplinas, entre ela e seu cotidiano e das conexões
valorização da pluralidade sócio - cultural, além de criar condições para que o aluno
Sugestões sobre estratégias de ensino é o que não falta, apenas temos que nos
Matemática Português
Fonte: MEC4NENDAEB11997.
região Sul foi a segunda melhor, perdendo somente para a região Nordeste, que teve em
média uma variaçao de 11% entre 1995 e 1997. A respeito da tabela 1 também
que português neste ano. Se focarmos apenas na região Sul, vemos que a média de
variação considerável para mais, em torno de 6,5% entre 95 e 97. Algumas questões que
nos ocorrem de imediato, são: sera que nossos alunos estAo mais estudiosos? Por que as
outras regities continuaram estiveis? Podemos supor que o interesse de nossos alunos e
palestras, contribuíram para o aumento? Enfim, sera que o governo esta investindo na
educaçao ?
15
Somente a região Sudeste teve um declínio em Matemática (em tomo de 2%).
Exatamente no Sudeste a região mais desenvolvida do pais, por que sera que os alunos
comparado com 1995. Podemos destacar um pequeno declínio nas regiões Centro
mais "sofrido", comparando com a região Sul, o salto é mais significante (em tomo de
10%) para uma clientela que a educaçao não é uma das melhores, professores em geral
Por estes dados todos, podemos pensar que o ensino de matemática não esta tão
ruim assim.
TABELA 2: Comparação entre 1995 e 1997 dos acertos no exame aplicado pelo
Matemática Português
Fonte: MEC/INEP/DAEB/1997
eclinio de 1,3% neste período. Vale indagar a que ocorre, já que a tendência é de os
escolar. Isto é o que se refere a 3' série do ensino médio. Vejamos o que ocorre com os
16
TABELA 3: Comparação entre 1995 e 1997 dos acertos no exame aplicado pelo
Matemática Português
Escala de proficiência de 0 a 400, sendo participantes da pesquisa 167.196 alunos. Fonte: MECANENDAEB/1997
1) tiveram melhor resultado do que os alunos de 8 a série (ver tabela 3). Seria pelo fato
17
TABELA 4: Comparação entre 1995 e 1997 dos acertos no exame aplicado pelo
Catarina
Matemática Português
Fonte: MEC/INEP/DAEB/1997
super lotação, professores mal qualificados, etc, o Estado aparece com um escore
regiAo Sul, superam a média nacional de Matemática. Já na 3' série do Ensino Médio, as
18
regiões Sul e Centro Oeste apresentam média superior 6. média nacional, assim como
os estados do Piaui, Sergipe, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o
jovem frequenta a escola. A este respeito podemos concluir que o atraso ( que
17 227
18 226
19 218
Média de Proficiencia de 0 a 400. Fonte: Saeb/97
para a série (14 ou 15 anos) comparando com alunos da mesma série só que com mais
idade.
• 19
A defazagem pode criar várias dificuldades, como afetar a auto-estima fazendo
com que o alum repetente decresça seu rendimento escolar, pois sente-se is vezes
"humilhado" perante os alums de idade "ideal". Ainda pode dificultar a interação elite
seguintes resultados :
idade
20 287
21 272
22 276
Fonte: Saeb/97
médio, constatamos que alums "velhos" possuem urn desempenho um pouco menos
ruim comparando-se com os "velhos" da 8' série do ensino fundamental. (Ver tabela
6 e tabela 5)
20
Podemos considerar que parte dos problemas no ensino, onde se inclui o de
matemática, (alunos repetentes, com dificuldades, etc) podem ocorrer por causa da
grande massificaçao do ensino. O governo quer todo mundo na escola, mas não garante
matemática através de uma avaliação feita em 1996 das várias regiões do pais, e
verificamos também que o Norte e Nordeste foram as que tiveram piores resultados.
MEC(1996).
FONTE: MEC
série. A região Sul do pais, se posiciona em lugar para a S a série e em 10 lugar para a
série empatada com a região Sudeste, numa ordem de menos reprovaçao, se podemos
dizer assim.
21
2.2.2 A situação dos docentes nas escolta públicas
Um dos fatores que pode estar contribuindo para o insucesso dos alums pode ser
a falta de preparo dos professores. Muitos deles atuam na rede pública sem ter fonnaçAo
Básica Saeb. Podemos verificar a tabela abaixo e notar que o número de profissionais
IVIECTINEWSEEC
Verificamos também pela tabela 8, que as estatísticas para o Sul mostram que
apenas com 2* grau completo somam 13,4% enquanto os que têm somente 1 * grau
22
A exigência legal de formação inicial para atuação no ensino fundamental nem
sempre pode ser cumprida, em função das deficiências dos sistema educacional. No
ministrada.
Fonte: MECANEP/SEEC
Analisando o tabela anterior, podemos observar que 71,6% são docentes com
grau completo ou mais, e apenas 27,3% possuem somente o 2° grau, enquanto uma parte
Quanto ao ensino médio, os resultados mostram maior capacitaça'o por parte dos
educadores, como podemos verificar na tabela a seguir, que apresenta o nível dos
23
Tabela 10 Porcentagem da formaçAo profissional dos docentes atuantes no
Fonte: MEC/INENSEEC
Podemos observar que a formaçao dos professores a nível de Brasil, que atuam
no ensino médio é menos ruim do que de ensino fundamental. Do total, 89,1% possuem
30 grau completo. No Sul 92,3% dos profissionais que atuam no ensino médio possuem
3 0 grau completo, somente 7,1% possuem 2° grau completo. As porcentagens dos que
são pequenas do ponto de vista quantitativo, mas em Santa Catarina, dos 9.641
professores que atuam no ensino médio, 81,4% tem formação superior, enquanto 17,7%
possuem somente 2 ° grau completo e 0,3% atuam com 1 0 grau completo ou incompleto.
(Dados do MEC/INEP/SEEC/1997)
Por outro lado, segundo dados do Censo Escolar/97, havia 823 professores
leigos dando aulas em turmas de ensino médio, ou seja, ensinando a alums com maior
24
escolaridade do que eles próprios. Desses 823 professores, 148 não tinham sequer
Para tentar erradicar os professores leigos que atuam nas escolas, o governo
Segundo afirma Claudis Ceccon (1984, p.40,41), muitos pais acham que e" de
Como afirma Carraher (1993), não podemos também culpar as crianças do seu
fracasso escolar, pois muito do que é passado para elas não tem vinculo com o
conhecimento que ela traz consigo, ficando muito dificil para o aluno juntar o quebra
cabeça do conhecimento que já foi intemalizado e aquilo que está sendo ensinado.
alunos (Fonte: Revista Educação, agosto/99, p.14) nos mostra como os alunos vêem a
contribuição dos professores para que aprendam melhor e até para diminuir o fracasso
25
Figura 1 — Opiniões de alunos quanto aos professores que atuam no ensino
fracasso escolar. Do total, 39% afirma que o professor sabe a matéria, mas no explica.
Por outro lado, 6% dos alums responderam que os professores tem pouco
professor pode ter uma pequena contribuição para as dificuldades de sucesso, mas que,
inexistem ações (de sua parte efetiva ao menos) para transmitir este conhecimento. A
estas respostas a que acrescentar que para os alunos 33% do professorado não se
de postura de atividades no professor para que tome esta postura e atitudes bem como
podem surgir uma certa irresponsabilidade do professor, mas também um índice da sua
habilitado a lidar com dinâmica de grupo, a lidar com as questões de disciplinas pelo
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lado de dentro do grupo? E igualmente, onde estão estas escolas? Nas periferias das
3. MÉTODOS
3.1 Sujeitos
Florianópolis, sendo duas públicas e uma particular, totalizando uma amostra de 296
3.2 Procedimento
feito um "questionário piloto" com duas turmas contendo pergunta abertas. Este
procedimento tinha por objetivo verificar a clareza das perguntas assim como a
qualidade das respostas. Após aplicado, este questionário foi refeito, contendo questões
27
o questionamento implicou em perguntas do tipo:
• Voce gosta de matemática? Justifique.
• O que voce acha do ensino da matemática na sua escola? Justifique sua resposta.
Optou-se por um questionário com questões fechadas, pois isto facilitava tanto
ao aluno para responder as questões, bem como, tabular o mesmo, após sua aplicação.
estabelecimento:
ESCOLA I
Possui em média 35 alunos por sala de aula, somando num total de 1.270 alunos.
No momento, a escola passa por transtornos, pois estão reformando o prédio que
laboratórios, devido as reformas. Por outro lado, conta com cozinha, patio, orientação
vespertino e noturnos, sendo que tits turmas de 5' série e uma de 8' série são do turno
28
ESCOLA
Colégio Estadual que possui ensino do pré — escolar ao ensino médio. Conta
com biblioteca, sala de video, cozinha, quadra de esportes, patio de recreação, e outras
dependências. O colégio possui boa estrutura e espaço fisico, pois recentemente foi
reformado todo o prédio. Atende alunos de Palhoça bem como o município de sao José.
Funciona em três turnos, com uma média de 35 alunos por sala de aula e
ESCOLA 3
escola particular que conta com turmas de pré escola até 8a série do ensino
fundamental. Possui uma boa estrutura fisica, conta com laboratório, biblioteca, sala de
video, parque de recreaçAo e outras dependências. Podemos dizer que atende alunos de
A pesquisa foi realizada em uma turma de 5' e outra de tia série, ambas do turno
vespertino.
escola 2 possui alunos de classe baixa para média, e a escola 3, particular, atende uma
29
Figura 2 - Número de alunos questionados por estabelecimento
150
100
50
0
Escola 1 Escola 2 Escola 3
Escola 2 - 101
Escola 3 - 54
Total -÷ 296
turmas. Os professores aplicadores relatavam que estava sendo realizada uma pesquisa
do presente trabalho já tinha algum conhecimento, sendo que, cada um deles recebeu
ressaltar que a tabulação foi feita por escola, separando por turma. Em seguida foi feito
30
" Ao despir a Matemática das suas longas tradições para a vestir com conjuntos e
estruturas, muitos assuntos perderam todo o encanto e atração. Talvez nil° tenhamos
conjunto dos assuntos e dos capítulos mais antigos e menos coerentes, nun perdemos
com certeza o sabão: sabemos como é /dell encontrar estudantes que pensam que as
31
4. RESULTADOS
4.1 0 que dizem os alunos de 5' e 8a séries de escolas da grande Florianópolis sobre
o ensino de Matemática.
Nesta escola foram questionados alunos de 2 turmas de 5' série e 2 turmas de 8' série
os resultados da questão 1 e 2 relacionados entre si. Por exemplo, o estudante que gosta
de matemática, e como justifica isto; os que não gostam e como justificam, e assim por
diante.
no presente trabalho, o estudante pode ter respondido mais de uma alternativa para
justificar sua escolha, portanto as porcentagens podem ser maiores que 100%.
porém também foi apresentada uma alternativa "outras sugestões", deixando uma
margem para o estudante relacionar outras justificativas que poderiam não estar listadas
na questão.
32
TABELA 11 - Respostas referente a 1 e 2' perguntas aplicadas ao alunos da Escola 1
5a. SÉRIE
OW para vida Difícil e Fácil de Prof Motivam Prof não motivam Assuntos que Desenvolve outros
Complicada entender os alunos os alunos não interessam o raciocínio
SIM
66,0% 50,5% I 1,0% 19,4% 10,7% 1,0% 0,0% 32,0% 0,0%
MAIS OU MENOS
28,2% 16,5% 14,6% 3,9% 3,9% 4,9% 1,0% 11,7% 1,0%
NÃO
3, 9% 1 , 9% 3,9% 0,0% 1,0% 0,0% 0,0% '1,9% 0,0%
NÃO SABE
1,9% 1,0% 1,0% 0,0% 1,0% 0,0% 0,0% 1,0% 0,0%
8a. SERIE
Útil para vida Difícil e Fácil de Prof Motivam Prof não motivam Assuntos que Desenvolve outros
Complicada entender os alunos os alunos não interessam o raciocínio
SIM
23,1% 7,7% 0,0% 2,6% 5,1% 0,0% 0,0% 12,8% 0,0%
MAIS OU MENOS
59,0% 30,8% 12,8% 5,1% 5,1% 20,5% 0,0% 20,5% 2,6%
NÃO
17,9% 2,6% 15,4% 0,0% 0,0% 2,6% 0,0% 5,1% 0,0%
1 NÃO SABE I 0% 1 0% 1 0% 1 0% I 0% 1 0% I- 0% 1 0%
Como podemos observar nesta tabela , a maioria dos alums da 5' série da
Escola 1 dizem que gostam de matemática (66%). JA as respostas tabuladas como mais
ou menos, representam 28,2%, sugerem um certo grau de conflito, e talvez, possam ser
lado, 3,9% afirmam abertamente não gostar da disciplina, e 1,9% dos alunos não sabe,
Daqueles que dizem gostar, 50,5% reconhecem que a matemática é útil para
vida enquanto 32% admitem que a matemática desenvolve o raciocínio; 19,4% dizem
Quanto aos alunos que responderam como mais ou menos, apesar de não
definirem pelo gostar, reconhecem que a matemática é útil para a vida (16,5%),e
Os alunos que afirmam não gostar de matemática tem sua justificativa bem
complicada(3,9%).
Quanto aos alunos da 8' série da mesma escola, podemos verificar que 23,1%
gostam de matemática, e a maioria deles opta pelo mais ou menos (59%), enquanto a
dos estudantes de oitava nesta escola, a turma do mais ou menos, reconhece que a
raciocínio (20,5%), mas 12,8% desses alunos dizem também que é difícil e
complicada.
34
JA os alunos que admitem não gostar, concluem abertamente que a matemática é difícil
e complicada (15,4%).
Comparando entre as duas séries (5 a e 8' ) desta escola, podemos ver que há
uma diferença razoável quanto a gostar ou não de matemática, pois, se para os alunos
da 5' série, 66% afirmam gostar, entre os de 8 a série, apenas 23,1% dos alunos assumem
isto. Quais as causas desta diferença: o aumento da vivência escolar leva a uma maior
Gostar ou não de matemática, como caso desta 8 a série, onde apenas 23 % dos
alunos dizem gostar, não é o único fator que influenciará no resultado escolar.
Olhando os dados do MEC na Tabela 3, vemos que os resultados dos exames aplicados
alunos de 8' séries entre 1995 e 1997, na região Sul foi um escore de 259 em ambos os
anos, enquanto pela Tabela 4, os estudantes de 8a. séries em Santa Catarina tiveram
escores, de 254 e 264, respectivamente para 1995 e 1997. Então, o fato do estudante
gostar ou não de matemática, não quer dizer que vá mal nos exames. Outros fatores
estão influenciando nos resultados escolares, que podem ser: relação professor/aluno,
35
TABELA 12 - Resultado em porcentagens referente a 1 e 2 perguntas aplicadas aos alunos da Escola 2
5a. SÉRIE
_ _. ,
Útil para vida Difícil e Fácil de Prof Motivam Prof não motivam Assuntos que Desenvolve outros
Complicada entender os alunos os alunos não interessam o raciocínio
SIM
50,0% 20,8% 8,3% 8,3% 4,2% 0,0% 0,0% 25,0% 0,0%
MAIS OU MENOS
8,3% 0,0% _ 8,3% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
-,
NA°
37,5% 4,2% 29,2% 4,2% 0,0% 4,2% 0,0% 0,0% 0,0%
NÃO SABE
, 4,2% i 4,2% 4,2% 4,2% 0,0% 0,0% 4,2% 4,2% 0,0%
8a. SERIE
,
OM para vida Difícil e Fácil de Prof Motivam Prof não motivam Assuntos que Desenvolve outros
Complicada entender os alunos os alunos não interessam o raciocínio
SIM
33,8% 22,1% 2,6% 2,6% 5,2% 5,2% 0,0% 19,5% 3,9%
MAIS OU MENOS
55,8% 20,8% 13,0% 1,3% 3,9% 18,2% 6,5% 14,3% 3,9%
WO
10,4% 2,6% 5,2% 0,0% 0,0% 6,5% 0,0% 1,3% 0,0%
NÃO SABE
0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Observando a tabela 12, vemos os resultados da questão 1 com suas
alunos da 5a série desta escola gosta da matemática (50%); 8,3% respondeu mais ou
Para os alunos da 5a. série, que gostam de matemática, a maioria justifica o fato
de que desenvolve o raciocínio (25%) e que a matemática é útil para a vida (20,8%),
ao lado de outras justificativas. Já os alunos que não gostam dão como justificativa mais
Para os alunos da 8a. série desta escola, 33.8% gostam de matemática enquanto
55.8% dizem mais ou menos e apenas 10.4% afirmam não gostar da disciplina. Como
na Escola 1, na 5a. série ainda ocorrem , proporcionalmente, mais alunos do que na 8a.
Ao contrário dos alunos da 5a série desta escola, 18,2% dos alums da 8a. série
que responderam mais ou menos, dizem que é por falta de motivação dos professores.
Se olharmos a figura 1, que mostra a opinião dos alunos quanto aos professores que
atuam no ensino, podemos concluir que a falta de motivação por parte dos professores,
se enquadra nos itens mais votados na figura , 39% e 33% e outros fatores como a falta
que a matemática é útil (22.1%) e que desenvolve o raciocínio (19.5%) como mais
frequentes.
(5.2%) e professores não motivam os alunos (6.5%), com mais frequência (conforme
tabela 12).
37
maioria dos estudantes que escolheram mais ou menos (55,8%), e para eles
20.8% diz que a matemática é kit que os professores não motivam os alunos (18,2%),
por outro lado, 14,3% ainda afirmam que desenvolve o raciocínio, entre outras
Nas duas séries (5a. e 8a.) desta escola, a maioria dos alunos reconhece a
utilidade da matemática em sua vida, gostando ou não gostando da disciplina. Isto está
matemática, seus métodos são utilizados de forma direta ou indiretamente nas mais
diversas Area cientificas, isto d, a sociedade esta cada vez mais matematizada.
38
TABELA 13 - Resultados em porcentagens referente a 1 e 2 pergunta e suas justificativas para os alunos da Escola 3
5a . StR1E
Útil para vida Dificil e Fácil de Prof Motivam Prof não motivam Assuntos que Desenvolve outros
Complicada entender Os alunos Os alunos não interessam o raciocínio
SIM
37,9% 37,9% 0,0% 27,6% 17,2% 0,0% 0,0% 24,1% 3,4%
MAIS OU MENOS
44,8% 20,7% 6,9% 3,4% 10,3% 0,0% 6,9% 31,0% 6,9%
NÃO
17,2% 0,0% 10,3% 3,4% 0,0% 3,4% 0,0% 3,4% 3,4% .
NÃO SABE
0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
8a. SERIE
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OM para vida Difícil e Fácil de Prof Motivam Prof não motivam Assuntos que Desenvolve outros
Complicada entender Os alunos os alunos não interessam _ o raciocínio
SIM
22,7% 9,1% 0,0% 0,0% 4,5% 0,0% 0,0% 13,6% 0,0%
_
MAIS OU MENOS
63,6% 22,7% , 45,5% 0,0% 9,1% 18,2% 13,6% 22,7% 0,0%
NÃO
13,6% 0,0% 9,1% 0,0% 4,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
NÃO SABE
0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
idéia de que a matemática desenvolve o raciocínio já é mais do que provada
identifica isto pela tabela 13. Verificamos os resultados das questões 1 e 2 para a Escola
3 (particular).
No caso da escola 3, podemos verificar pela tabela 13 que, para os alunos da 5a.
série, a maioria diz gostar mais ou menos (44.8%), enquanto 37.9% diz gostar de
matemática, contra 17.2% que diz não não gostar de matemática. Ainda para esta
37.9% justificam que é útil, 27.6% dizem que é fácil de entender e 24.1% desenvolve
o raciocínio. Surge no entanto algo novo em relação as outras duas escolas, públicas:
uma alternativa eleita com mais frequência: professores motivam os alunos (17.2%).
despertam mais interesses dos alunos fazendo com que passem a gostar da disciplina.
séries das outras escolas. Mais da metade da amostra, assinalou que gostam mais ou
menos (63.6%), os que disseram sim, representam 22.7% da amostra, e por último,
Para os alums que gostam mais ou menos, apontam uma das causas como
sendo uma disciplina difícil e complicada (45.5%), mas por outro lado, reconhecem
com mais frequência que a matemática é útil (22.7%) e que desenvolve o raciocínio
(22.7%).
40
4.1.1 Alguns comentários feito pelos alunos ao responder a 1' e 2' perguntas
primeiras perguntas:
escola 1)
Podemos observar que para este aluno não gostar se deve ao modo de ensino dos
professores, mas por outro lado, reconhece o lado positivo que é o de raciocínio do
aluno.
está mal preparado, tende a agravar cada vez mais a situação do ensino em matemática.
41
A formação do professores que atuam no ensino fundamental na região Sul, em
relaçAo ao resto do Brasil, como podemos ver na tabela 8. Nesta região os professores
atuantes no ensino fundamental que possuem o 3' grau completo ou mais somam 86%,
isto 6, têm pelo menos o diploma. Hi que questionar o que está por trás deste diploma,
em termos de formaçao, como: até que ponto na sua formação o professor se prepara
sala-de-aula?
e mais ainda, desenvolver seu raciocínio para que o estudante possa pensar
criticamente.
situaçAo atual do ensino, a maioria dos professores utilizam a aula expositiva, isto 6,
expõem o conteúdo presente no livro didático. Isto faz com que a aula se torne
42
" Não gosto porque a matemática vai ficando mais dificil
Fazendo uma análise nos comentários feitos pelos alunos, percebe-se que na
escola em que a professora é legal, amiga, criativa, os alunos declararam que gostam de
matemática, e por outro lado, onde o professor não é do gosto deles, a maioria declara
estudantes e que muitas vezes é transmitido dos próprios familiares para os alunos e
muitas vezes cultivado dentro da própria instituição escolar, quando IA° pelo próprio
professor que aprecia ser o que mais reprova. Porém verificaremos na análise de nossos
dados que os alunos tem antídotos para combater este "tabu", já que tem propostas que
preocupam com um aprendizado mais simples, fácil e que contribua para desenvolver o
apontadas, bem como também sugestões para melhora das condições atuais do ensino e
que envolvem diversas forms de lidar com motivação para que estudantes se
interessante e significativos são possíveis como: músicas para tabuadas; relacionar area
44
No comentário abaixo, o aluno sente-se desmotivado pela matemática, não há
interesse.
( 8a série — escola 2)
escola 1)
Ensinar mostrando ao alunos sua utilidade é muito importante, pois desperta interesse
pelo fato de que o estudante sabe que um dia sera útil a ele.
45
Por exemplo, hi mais ou menos 50 anos surgiram os computadores, e a
matemática teve papel de grande importância nesse processo, mas não acabou por ai,
até nos dia de hoje. Ou então as ondas eletromagnéticas, que sac) responsáveis pelas
complicado.
reconheçam a importância
cia (como vimos nos resultados anteriores), já que lid grande
número de alunos que diz a matemática é ail para cotidiano. Mas sair do conflito em
46
Tabela 14 - Respostas em porcentagens à questAo 3: Como está o ensino de
matemática na sua escola e justifique, dos alunos da Escola 1:
5a. série
I Questão 3 Justificativas
Desenvolve o A matemática ensina Professor não Matemática Relação Professor
Raciocínio a calcular Explica bem é dificil proValuno facilitador
Bom/Ótimo
86,40% 16,60% 3% 13,70%
Ruim/Péssimo '
1,90% 0,8% 1,1%
Regular
10,70% 2% 4,50%
Não respondeu
13%
8a. série
I Questão 3 Justificativas
Desenvolve o A matemática ensina Professor não Matemática é Relação Professor
Raciocínio a calcular Explica bem dificil prof/aluno facilitador
Bom/Ótimo
56,50% 46,10% 2,50%
Ruim/Péssimo
7,70% , 5,10% 5,10% 8% 17,90% _
Regular
35,80% 5,10% 8% 4,50%
Não respondeu
11%
bom a ótimo), dizendo que o professor é bom, e, com grande frequência chamam a
47
Nesta escola, podemos observar que a maioria dos alums da 5a. série afirmam
para os alunos da 8a. série, 56.5% dizem estar bom/Ótimo, justificando também que a
dizem que o ensino esta regular, pelo fato de que a matéria é dificil (7.6%) e 5.1%
Quanto ao opção do ensino estar ruim/péssimo, 1,9% dos alunos da 5' série e
7,7% dos alunos da 8' série apontaram esta opção. A maior incidência de justificativas
foi a que a relação professor/aluno esta prejudicada (17,9%) para os alums da 8a série.
referência à questão 3.
48
I I 1 r1__)fl1 1 I-1 n 171 CO R .fl El 17' Li GP
Tabela 15 — Porcentagens referente as respostas da 3 . pergunta dos alunos Escola 2: Como está a situagio da matemática ensinada na sua
escola? Justifique.
5a. Série
i
Os alunos Desenvolve Matemática O prof 6 Professor Matéria Ótima Não Professor Mat garante
precisam não relação
De matemática o aluno Ensina chato Explica bem 15 dificil prof/aluno justificou facilitador o emprego
calcular
BOM/ÓTIMO 8,3% 8,3% 4,1% 4,1% 8,3% 16,6% 8,3%
70,8% .
RUIM/PÉSSIMO 4,1% 7 , 3%
12,5%
REGULAR 4,1%
8, 3%
8a. Série
4=,
V:11
Podemos verificar que a maioria dos alunos da 5' série desta escola dizem que o ensino de
matemática está bom/ótimo (70,8%). A justificativa mais indicada por eles é o fato de que o professor
facilita o aprendizado (16,6%) e outras justificativas mais frequentes tais como: matemática é
JA para os alunos da 8a série há diferença em suas opiniões. Veja que 46,7% dos alunos dizem que
a matemática ensinada está regular justificando a falta de metodologia dos professores (58,4%) e
tabela 16, apresenta dados com referencia a questão 3 respondidas pelos estudantes da Escola 3
(particular).
Tabela 16 Porcentagens referente as respostas da 3a pergunta dos alunos Escola 3: Como está a
situação da matemática ensinada na sua escola? Justifique.
5a. Série
REGULAR 5, 9% 13,8%
13,7%
8a. Série
',._ ,, uVA,,S
alunos precisam Professor Matemática é Falta de
De matemática explica bem Complicada motivação
BOM/ÓTIMO 18,1% 63,6%
86,3% _
RUIM/PÉSSIMO 4,5%
4,5%
REGULAR 9%
9%
50
Para os alunos da 5a série da escola 3, nao houveram respostas ruim/péssimo,
ter uma boa relação entre professor/aluno. Para os que responderam regular,
simplesmente justificam a escolha como sendo uma matéria difícil (13,8%) ou então o
diz que o ensino de matemática está bom/ótimo (86,3%), enquanto 9% diz regular e
4,5% afirmam estar ruim/péssimo. A justificativa mais apontadas por eles não difere
dos alunos da 5 a série, quando dizem que o ensino está bom/ótimo porque o professor
explica bem (63,6%) e os que falam que está ruim, dizem que é por causa da falta de
motivação (4,5%).
51
Pela tabela 17, podemos ver as soluções para o ensino de matemática apontadas
ESCOLA 2 ESCOLA 3
5a. série 8a. série 5a. série 8a. série 5a. série 8a. série
Alternativas
5, 8% 7,7% 12,5% 20,7% 33,3% 21,0%
Mudar o método
de dar aula
Melhorar a relação 14,7% 10,2% 16,6% 35,0% 33,3% 4,1%
entre prof / alun
Alunos devem prestar 66,6% 51,2% 20,8% 51,9% 26,6% 16,6%
mais atenção
Nada deve mudar, 16,6% 2,5% 4,1% 0,0% 0,0% 0,0%
está ótimo
Trabalhos em 32,3% 33,3% 12,5% 23,3% 53,3% 45,8%
Equipes
Ma's 15,6% 12,8% 4,1% 25,9% 23,3% 4,1%
Exercícios
Professores devem 2,9% 7,7% 0,0% 49,3% 3,3% 8,3%
ser mais capacitados
A matemática deve 12,7% 35,9% 25,0% 11,6% 26,6% 25,0%
ser mais simples
Mais materiais 14,7% 5,1% 4,1% 3,8% 16,6% 21,0%
Didáticos
Outra sugestão 0,0% 0,0% 12,5% 9,0% 3,3% 0,0%
principalmente aos alunos (em tomo de 67%), e secundariamente aos professores (em
primeiro destaque nesta parte (respectivamente 67% e 51% para 5a. e 8a. série),
52
segundo, por trabalhos em equipes (32% e 33% respectivamente). Ao lado desta visão
para 5a. série, três outros itens tornam-se relativamente equivalentes, a saber: melhorar
cada), para a 8a. série é preciso tomar a matemática mais 'skill (36%).
Embora não se tenha aplicado teste estatístico, estas diferenças nas respostas
foram =mantes, o que indica um senso critico dos alunos em relação a realidade
vivida na sala-de-aula.
Ao compararmos as opções mais votadas entre a 5a. e 8a. série desta escola,
verificamos que as duas primeiras opções são por tópicos semelhantes. Já a questão da
matemática ser mais simples não teve tanta unanimidade, já que correspondeu a 13% e
36% respectivamente para 5a. e 8a.. Este tópico sugere um destaque para a metodologia
Com referência a Escola 2, vemos que as sugestões mais votadas na 5a. série
desta escola são: matemática mais simples (em tomo de 25%); alunos devem prestar
mais atenção (em média de 21%). %Id para a 8a. série, apontam: alunos devem prestar
mais atenção, (em tomo de 52%, dai podemos tirar alguma conclusão a respeito desses
alunos? Ou sell, que esses alunos que acharam pressionados a responder por algum
exercícios (Veja tabela 17). As reivindicações de mais qualificação dos professores não
53
é mais novidade, pois, como já apontamos em outros momentos, neste trabalho, 6%
dos alunos que participaram da pesquisa realizada pelo Centro de Integração Empresa-
2. Pelo fato de serem alunos de uma escola particular, talvez tenham pensamento
Em geral, a maioria sugere mais trabalhos em equipes (em torno de 53% e 46%
empregado, 33% e 21% para a 5a. e 8a. série respectivamente (veja tabela 17).
Para os alums da 5a. série desta escola, 33% diz que a relação professor/aluno
deve melhorar, enquanto na 8a. série desta mesma escola, apenas 4% indicam a mesma
0 uso de métodos mais atuais e mais adequados implica muitas vezes em novos
ensinado. Como exemplo, ao ensinar porcentagem, o aluno deverá perceber que será
possível calcular o juros das prestaçaes na compra de seu brinquedo, só dessa maneira
o grande educador brasileiro Paulo Freire (Isto 6, 1997) dizia: "ensinar não é
professores ainda apostam no "tradicionalismo", mas nossos alunos já não fazem mais
54
Vemos na tabela 18 que escolhas ocorreram para explicar as dificuldades com a
matemática
5a. série 8a. série 5a. série 8a. série _ 5a. série . 8a. série
Alternativas
Não gosta da 29,4% 41,0% 8,3% 31,1% 33,3% 50,0%
disciplina
Não prestam 65,6% 51,2% 41,6% 59,7% 40,0% 8,3%
Atenção
Disciplina é 15,6% 35,8% 25,0% 19,4% 33,3% 33,3%
Multi difícil
Professores não 5,8% 2,5% 0,0% 24,6% 16,6% 16,6%
colaboram
Alunos não se 49,0% 51,2% 20,8% 55,8% 46,6% 25,0%
Esforçam
Aulas não são 9,8% 12,8% 4,1% 44,1% ' 26,6% 25,0%
bem aproveitadas
Problemas que 12,7% 17,9% 4,1% 33,7% 3,3% 12,5%
prejudicam o ensino
5,8% 30,7% 0,0% 7,7% 13,3% 41,6%
Apenas é um
"tabu"
Outra sugestão 1,0% 0,0% 16,6% 5,1% 0,0% 0,0%
Podemos observar que a maior parte dos alunos da 5a. série da Escola 1 indicam
lugar, apontam que também não hi dedicação nos estudos (49%) e outra, a causa mais
frequentemente apontada no insucesso, esta assinalada por 29.4% da amostra como não
gostar da disciplina e apenas 5.8% diz que é simplesmente um "tabu" que é passado
55
Já para os alunos da 8a. série desta escola, duas causas mais indicadas por eles
sugerem que tomam para si próprios a responsabilidade do insucesso, já que optam por:
não prestam atenção e nAo se esforçam (ambas 51%), e 31% da amostra afirma que é
apenas um "tabu"; 36% que é muito difícil, enquanto 18% apontam outros problemas
(greve,...)
ser mais capacitados (em torno de 49%) (veja tabela 17). Podemos relacionar como
causa da dificuldade as aulas não são bem aproveitadas (44%) (veja tabela 18). Seri que
podemos pensar que as aulas não bem aproveitadas pelo fato do professor da turma ao
se adequar aos alunos? Mas por outro lado, os alunos ainda reconhecem que eles
próprios não se esforçam (em tomo de 55%) e não prestam atenção (em tomo de 59%).
alunos tam dificuldades em matemática porque não gostam da disciplina (33.3% e 50%
respectivamente para 5a. e 8a. séries) e que a disciplina é muito dificil (33.3% ambas as
séries). Por outro lado reconhecem a falta de atenção deles próprios (46.6% na 5a. série
Em comum nas tries escola pesquisadas, uma boa parte da amostra, reconhece a
falta de interesses deles próprios, sugerem que os alunos prestem mais atenção nas
explicações.
56
4.1.2 Comentários feitos pelos alunos com referencia as questões 3, 4 e 5:
e 9% respectivamente, para 5a. e 8a. série. Apontadas pelos alunos da Escola 2 (veja
marcantes.
Parece que o professor não tem agradado ou não está agradando muito aos
alunos, e com certeza tem dificuldade em lidar com a dinâmica de classe. Como são os
57
Também apareceram outras sugestões, como:
pelos alunos:
experiências."
58
divertida. Se todos pararem para pensar e tendo mais
está de acordo com o que sugere João da Ponte (1997, conferir na página 34 deste
conhecimentos.
59
5. CONCLUSÃO
matemática. Assim, não seria correto pontuar apenas um, mas, ao contrário, é mais
correto levar em conta vários fatores, como: o preparo dos professores, a motivação dos
Hoje seus anseios são mais amplos, querem aulas que façam sentido para sua vida
diária, que possam colocar em prática ou entender melhor as coisas que os rodeiam.
licenciaturas, refletir sobre nossa prática em sala-de-aula: o que devemos fazer para
ainda é dado hoje a essa disciplina no é mais suficiente para saciar a sede de
Por outro lado, corre-se o risco de ser utópico, sonhando com aulas fantásticas,
60
Com certeza não hi uma receita que solucione todos os problemas da
matemática. No entanto, a presente pesquisa abriu para mim =a porta, uma luz no fim
prévios dos alunos, seus anseios e necessidades nesta Area, recuperando assim, ao
outro lado, uma forma de garantir a transposição didática, colaborando para que o
61
6. BIBLIOGRAFIA
62
I 1. GAVA, E. C., SILVEIRA, N. L. D. e PEREIRA, E. — Uma análise sobre a
matemática no ensino fundamental. VI Semana da Pesquisa da UFSC.
Florianópolis, 1998, pg. 46.
19. MORAES, R. — Um Show de Professor. Revista Isto t, 70-73, Edição 1458, 1997
63
22. PONTE, J.P. Uma disciplina condenada ao insucesso?. http://athena.matufrgs.br ,
Universidade de Lisboa, 1998
64
ANEXOS
a - Péssimo
b Ruim
c - Regular
d - Bom
e - Ótimo
f Não sabe I Não respondeu
5. Os alunos em geral tem uma grande dificuldade em matemática. Alguns têm a idéia
de que a matemática é um "bicho de sete cabeças". Relacione algumas causas porque
MUITOS alunos têm tanta dificuldade na disciplina.
PARA O PROFESSOR:
2) Recolher.
I Nome completo:
6 — Tipo de ensino (se possui pré-escolar, curso técnico, fundamental, médio, etc)
7 — outras observações: